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Cildo Meirelles - Inserções em Circuitos Ideológicos - Projeto

Coca Cola – Aproveitando que as garrafas eram retornáveis, ou


seja, o consumidor entregava as garrafas de volta para que
pudessem serem reutilizadas pela empresa, Cildo imprimia frases
nas garrafas. Frases como Yankees go home (Americanos, voltem
para casa) Cildo introduziu as garrafas para o seu circuito, elas
voltaram para a fábrica, onde foram lavadas e preenchidas
novamente. Agora, graças ao fundo preto proporcionado pelo
líquido, a mensagem será lida pelo próximo consumidor que, por
sua vez, ao beber seu conteúdo, devolverá a garrafa ao distribuidor,
que a encaminhará ao fabricante e assim sucessivamente..

Contexto histórico - 1970, período em que o Brasil vivia uma


ditadura militar, se não apoiada, pelo menos vista com
tolerância pelo governo americano

Cildo Meirelles - Inserções em Circuitos Ideológicos – Projeto


cédula

Projeto Cédula - Consistia de ações em que serigrafava -ou, como


passou a fazer posteriormente, carimbava -, sobre cédulas de
dinheiro circulante, instruções e mensagens como se fossem
"parasitas" simbólicos Entre as mais conhecidas mensagens está a
“Quem matou
Herzog?, “ inquiria a frase impressa na cédula emitida pelo Estado.

Contexto histórico - 1970, período em que o Brasil vivia uma


ditadura militar, e Vladimir Herzog era jornalista, diretor de
jornalismo da TV Cultura de São Paulo, foi encontrado morto,
supostamente enforcado, nas dependências do 2ª Exército, em
São Paulo, em 25 de outubro de 1975. No dia seguinte à morte o
órgão de repressão do exército brasileiro, divulgou nota oficial
informando que Herzog havia cometido suicídio na cela em que
estava preso.

Gil Vicente – Inimigos. Esta série de desenhos consiste em


desenhos em grande escala, onde o artista se retrata prestes a
cometer um atentado à integridade física de personalidades
influentes da política mundial e do Brasil.

Acusado de apologia ao crime, o artista e sua obra correm o risco


de serem censurados pela Ordem dos Advogados do Brasil e
retirados da exposição
Márcia X - Desenhando com terços - Performance / Instalação.

Márcia X., de camisola branca, usa terços para realizar desenhos de


pênis no chão, ocupando uma área determinada. O público
acompanha o desenvolvimento do trabalho.
Este trabalho adquire características específicas de acordo com a
situação em que é realizado.
Como desenvolvimento da proposta, “Desenhando com terços”
poderia ser realizado ocupando um espaço muito grande,
consumindo vários dias (até um mês) para ser executado. A extensão
do desenho evidenciaria a abstração resultante da trama dos terços
e o caráter obsessivo do processo.
Na performance / instalação realizada na Casa de Petrópolis -
Instituto de Cultura em julho de 2000. foram usados 500 terços
(montados dois a dois).A performance durou 6h.

Adriana Varejão – Varal - O quadro Varal parece um painel de


azulejos com cena de caça, inspirada na decoração setecentista
portuguesa. De uma trave pendem pedaços de corpo humano
esquartejado de livros de anatomia, ex-votos, relicários com símbolos
hagiográficos. Varejão apropria-se de imagens da história do Brasil,
retomando representações etnográficas de indígenas e negros para
comentar o processo de miscigenação no país e a violência do
processo de colonização. A artista percorre, assim, o repertório de
imagens relacionadas ao Período Colonial brasileiro: os azulejos, os
mapas e os registros dos viajantes.

Nelson Leirner – Assim é se lhe parece – Série de mapas-mundi e


globo-terrestres com adesivos colados.

Jean François Boclé - Consommons racial! [Consumo


racial!]. Instalação. Consommons racial! é uma grande
prateleira na parede, onde caixas e frascos de diversos
produtos comerciais se acumulam como num supermercado.
Um olhar mais atento a essa colorida justaposição de imagens
revela que em todos os produtos aparece a imagem
caricaturizada de um personagem de raça negra ou é utilizada
uma referência textual à raça, com nomes como “Aunt Jemima”,
“La Blanquita”, “La Negrita”, ou simplesmente “Negro”. Os
traços raciais são exagerados até devirem um estereótipo: olhos
abertos, boca grande, dentes brancos, em uma expressão de
alegre conformidade de um papel social forçado pelo
colonialismo.
Flávio de Carvalho - Experiência nº 2 - Realizada em uma
tarde de junho de 1931, durante uma procissão de Corpus
Christi que tomava a rua Direita, no centro da capital
paulistana. Vendo aquela quantidade de fiéis juntos, ele correu
para casa, pegou um boné verde e saiu andando no sentido
contrário ao da multidão, com o chapéu na cabeça, em um
sinal de total desrespeito ao ato religioso. Não satisfeito, ainda
mexeu com as filhas de Maria. Só não foi linchado pela
multidão em fúria porque conseguiu se refugiar em uma leiteria
na rua São Bento, onde a polícia deu-lhe proteção. Da atitude,
escreveu um livro em que analisou o comportamento das
massas com base em referências da psicanálise e da
antropologia.

Tunga –Tereza – Instalação - Tunga trabalhou com um grupo de


sem-teto. O nome da instalação vem de uma conhecida prática
dos presidiários que consiste em usar os cobertores disponíveis
para fazer tranças de vários metros com as quais tentam fugir da
prisão. Os sem-teto deverão fazer "terezas" que, neste caso,
servirão para fugir do museu ou galeria onde a instalação se faz.
Como pontua o próprio artista, a obra aqui é, ao mesmo tempo,
individual e coletiva; escultura e instrumento de fuga do espaço
da arte; instauração de uma ligação entre o espaço do museu e o
espaço da rua onde vivem os sem-teto.

Maurício Ianês - A Bondade de Estranhos – performance .


Completamente nu, Maurício Ianês começou a performance
"A Bondade de Estranhos", no terceiro andar da 28ª Bienal de
São Paulo. O artista ficou vivendo no pavilhão da Bienal
durante doze dias, sustentado apenas por doações que
recebeu do público.

Priscila Rezende – Bombril – Durante a performance “Bombril”, a


artista usa seus próprios cabelos para esfregar objetos metálicos.

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