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Kronos Nexus Cursos Profissionalizantes

João Pessoa; 05 de março de 2014

Aluno: Curso: Técnico em Eletrotécnica Turma: Eletro L Turno: Noite

Professora: Leidiane Carolina Disciplina: Eletrotécnica 1 Período: 2013.2

Trabalho

de

Eletrotécnica 1
1
O CAPACITOR

Um capacitor é um dispositivo elétrico formado por duas placas condutoras de metal


separadas por um material isolante chamado dielétrico.

Os símbolos esquemáticos aplicados aos condutores aparecem nesta figura abaixo.

O capacitor armazena a carga elétrica no dielétrico. As duas placas do capacitor


mostradas na Fig. 13-2a são eletricamente neutras uma vez que existem tantos
prótons (carga positiva) quantos elétrons (carga negativa) em cada placa. Portanto, o
capacitor não possui carga. Agora ligamos uma bateria às placas (Fig. 13-2b). Ao se
fechar a chave (Fig. 13-2c), a carga negativa da placa A é atraída para o terminal
positivo da bateria, enquanto a carga positiva da placa B é atraída para o terminal
negativo da bateria. Esse movimento de cargas continua até que a diferença de cargas
entre as placas A e B seja igual à força eletromotriz (tensão) da bateria. Agora o
capacitor está carregado. Como praticamente nenhuma carga pode cruzar a região

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entre as placas, o capacitor permanecerá nesta condição mesmo que a bateria seja
retirada (Fig. 13-3a). Entretanto, se for colocado um condutor através das placas (Fig.
13-3b), os elétrons encontram um caminho para voltarem à placa A e as cargas em
cada placa não novamente neutralizadas. O capacitor está agora descarregado.

CAPACITÂNCIA

Eletricamente, a capacitância é a capacidade de armazenamento de carga elétrica. A


capacitância é igual à quantidade de carga que pode ser armazenada num capacitor
dividida pela tensão aplicada às placas.

Onde C = capacitância, F

Q = quantidade de carga, C

V = tensão, V

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A equação pode ser reescrita na forma:

= .

A unidade de capacitância é o farad (F). O farad é a capacitância que armazena um


Coulomb de carga no dielétrico quando a tensão aplicada aos terminais do capacitor é
de um volt.

A característica do dielétrico que descreve a sua capacidade de armazenar energia


elétrica é chamada de constante dielétrica. Usa-se o ar como referência e lhe é
atribuída uma constante dielétrica igual a 1. Alguns outros exemplos de materiais
dielétricos são o teflon, o papel, a mica, baquelite ou cerâmica. O óleo, por exemplo,
tem uma constante dielétrica média de 4, o que significa que ele pode fornecer uma
densidade de fluxo elétrico quatro vezes maior que a do ar para uma dada tensão
aplicada e para a mesma dimensão física.

Materiais Dielétricos

Isolantes ou dielétricos são caracterizados pelo fato de possuírem poucos elétrons


livres, isto é, os elétrons estão fortemente ligados ao núcleo. Sem a aplicação de um
campo elétrico, um átomo dielétrico é simétrico, mas na presença de um campo
elétrico os elétrons se deslocam de forma a ficarem próximos da carga positiva do
campo elétrico.
Uma medida de como as linhas de força são estabelecidas em um dielétrico é
denominada permissividade. A permissividade absoluta (e) é a relação entre a
densidade de fluxo no dielétrico e o campo elétrico sobre o mesmo.
A constante dielétrica então, é a relação entre permissividade de um material e a
permissividade do vácuo, e é definida como:

ℰ =

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Representação Gráfica da Capacitância

Existe uma relação entre a tensão aplicada entre duas placas paralelas separadas por
um dielétrico, e a carga que aparece nestas placas.
Analise o circuito abaixo:

Ao fecharmos a chave, circulará uma corrente da fonte para as placas, no início alta.
Quando houver um equilíbrio de cargas, isto é E = v, a corrente I tenderá a zero. Este
processo é chamado “carga”, e leva um tempo muito pequeno.

Um gráfico relacionando a tensão e a carga acumulada gera uma relação linear. A


constante de proporcionalidade a tensão e a carga acumulada e a tensão, isto é, a
inclinação da reta é a capacitância.
= = CxE

A unidade de capacitância é o Coulomb/ Volt, que é definida Farad.

A capacitância de um capacitor depende da área das placas condutoras, da


separação entre as placas, e da constante dielétrica do material isolante. Para um
capacitor com duas placas paralelas, a formula para se calcular a sua capacitância é.

= ou = (8,85 10 )

onde C= capacitância, F

= constante dielétrica do material isolante

A= área da placa, m²

d= distância entre as placas, m

Para a maioria dos capacitores 1 farad é uma unidade muito grande para indicar a sua
capacitância. Por isso, tornou- se conveniente a utilização de submúltiplos como o
micro-farad ( ), que é igual a um milionésimo de farad (10 ), nanofarad (nF), que

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é igual a um bilionésimo de farad (10 ) e o pico farad (pF), que é igual a um
milionésimo de microfarad (10 ). Assim, 1 F =10 F = 10 nF = 10 Pf.

TIPOS DE CAPACITORES

Os capacitores comerciais são denominados de acordo com seu dielétrico. Os mais


comuns são os capacitores de ar, mica, papel e cerâmica, além dos tipos eletrolítico.
Esse tipos são comparados na Tabela 13-1. A maioria dos tipos de capacitores podem
ser ligados aos circuitos elétricos sem se dar importância à polaridade. Mas os
capacitores eletrolíticos e certos capacitores cerâmicos tem sua polaridade marcada
para indicar que lado deve ser ligado ao lado mais positivo de um circuito.

CAPACITORES EM SÉRIES E EM PARALELO

Os capacitores é como os resistores, podem ser ligados em série e em paralelo. Pode-


se aumentar os valores de capacitância ligando os capacitores em paralelo e reduzi-los
ligando capacitores em série.
No caso de dois ou mais capacitores ligados em série, a carga é a mesma em todos os
capacitores.

= = =

Aplicando a lei de Kirchhoff para tensões, temos:

E = V 1 + V2 + V3

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Entretanto, =

De modo que = + +

Usando a equação = = = e dividindo os dois lados porQ, temos

1 1 1 1
= + +

Que é semelhante à expressão que utilizamos para calcular a resistência total de um


circuito resistivo paralelo. A capacitância total de dois capacitores em série é dada por

x
=
+

A tensão entre os terminais de cada um dos capacitores da Fig 10.59 pode ser
determinada a partir de.

ou

Explicitando :

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Substituindo por seu valor:

1
(E)
=
1 1 1
+ +

Existe uma equação semelhante para cada capacitor do circuito.

No caso de dois ou mais capacitores em série, a tensão é a mesma entre os terminais


de todos os capacitores, e a carga total é a soma das cargas dos capacitores:

= + +

Entretanto,

Q = CV

Dessa forma, = + +

mas E= = =

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Assim, que é semelhante à expressão que usamos para calcular a resistência total de
um circuito resistivo em série.

= + +

REATÂNCIA CAPACITIVA

A reatância capacitiva é a oposição ao fluxo de corrente ca devido à capacitância


no circuito. A unidade da reatância capacitiva é o ohm. Pode-se calcular a reatância
capacitiva através da equação.

,
= = =
,

onde = reatância capacitiva, Ω


f = frequência, Hz
C = capacitância, F

Se duas quantidades quaisquer da equação forem conhecidas, poderemos calcular a


terceira.

,
=

,
=

A tensão e a corrente num circuito contendo somente reatância capacitiva pode ser
determinada utilizando-se a lei de Ohm. Entretanto, no caso de um circuito capacitivo,
substitui-se R por .

onde = corrente que passa pelo capacitor, A

= tensão através do capacitor, V

= reatância capacitiva, Ω

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INDUTORES

A capacidade que um condutor possui de induzir tensão em si mesmo quando a


corrente varia é a sua auto-indutância ou simplesmente indutância. O símbolo da
indutância é L, e sua unidade é o henry (H). Um Henry é a quantidade de indutância
que permite uma indução de um volt quando a corrente varia na razão de uma ampère
por segundo. A fórmula para a indutância é.

= /

onde L = indutância, H

= tensão induzida através da bobina, V

Δi/Δt = taxa de variação da corrente, A/s

Quando a corrente num condutor ou numa bobina varia, esse fluxo variável pode
interceptar qualquer outro condutor ou bobina localizado nas vizinhanças, induzindo
assim tensões em ambos. Uma corrente variável em induz portanto tensão através
de e de (Fig. 12-2). Quando a tensão induzida produz corrente em , o seu
campo magnético variável induz tensão em . Logo, as duas bobinas e possuem
indutância mútua, pois uma variação de corrente numa bobina induz uma tensão na
outra. A unidade de indutância mútua é o Henry, e o símbolo . Duas bobinas
apresentam de 1H, quando uma variação de corrente de 1A/s numa bobina induz
uma tensão de 1V na outra.

A Fig. 12-3 mostra o símbolo esquemático de duas bobinas com indutância mútua.

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AS CARACTERÍSTICA DAS BOBINAS

Característica Físicas

A indutância de uma bobina depende de como ela é enrolada, do material do núcleo


em torno do qual é enrolada, e do número de espiras que formam o enrolamento.

1. A indutância L aumenta com o número de espiras N em torno do núcleo. A


indutância aumenta com o quadrado do número de espiras. Por exemplo,
se o número de espiras dobrar (2X), a indutância aumenta de 2 ou de 4X,
supondo que a área e o comprimento da bobina permaneçam os mesmos.
2. A indutância aumenta com a permeabilidade relativa do material de que
é feito o núcleo.
3. À medida que área A abrangida em cada espira aumenta, a indutância
aumenta. Como a área é uma função do quadrado do diâmetro da bobina, a
indutância aumenta com o quadrado do diâmetro.
4. A indutância diminui à medida que o comprimento da bobina aumenta
(admitindo que o número de espiras permaneça constante).

Uma fórmula aproximada no SI para a indutância de uma bobina onde o


comprimento é pelo menos 10 vezes maior que o diâmetro é dada por.

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L= (1,26 10 ), H

Perdas no Núcleo

As perdas no núcleo magnético se devem às perdas por efeito de


correntes parasitas e perdas por histerese. As correntes parasitas seguem
uma trajetória circular dentro do próprio material do núcleo e de dissipam
na forma de calor pelo núcleo. A perda é igual a I R, onde R é a resistência
da trajetória percorrida através do núcleo. Quanto mais alta a frequência da
corrente alternada na indutância, maiores as correntes parasitas e maior a
perda por corrente parasita.
As perdas por histerese decorrem da potência adicional necessária para
inverter o campo magnético nos materiais magnéticos com corrente
alternada. As perdas por histerese geralmente são menores do que as
perdas produzidas por correntes parasitas.
Para reduzir as perdas por efeito de correntes parasitas, enquanto se
mantém a densidade de fluxo, o núcleo de ferro deve ser feito de lâminas
isoladas umas das outras, ou de grânulos de ferro isolados prensados
formando um sólido, ou ferrite. As bobinas com núcleo de ar praticamente
não apresentam perdas por correntes parasitas ou por histerese.

REATÂNCIA INDUTIVA

A reatância indutiva é a oposição à corrente CA devida à indutância do


circuito. A unidade da reatância indutiva é o ohm. A fórmula para a
reatância indutiva é.

=2

Como 2 = 2 (3,14) = 6,28, a equação toma-se:

= 6,28

onde = reatância indutiva, Ω


f = frequência, Hz
L = indutância, H

Se forem conhecidas quaisquer duas das quantidades da equação, pode-


se determinar a terceira.

12
=
6,28

=
6,28

Num circuito formado apenas por indutância (Fig. 12-4), pode-se aplicar a lei
Ohm para se calcular a corrente e a tensão, bastando para isso substituir por
R.

onde = corrente através da indutância, A


= tensão através da indutância, V
= reatância indutiva, Ω

INDUTORES EM SÉRIE E EM PARALELO

Se os indutores forem disposto suficientemente afastados um do outro de


modo que não interajam eletromagneticamente entre si, os seus valores
podem ser associados exatamente como se associam os resistores. Se um certo
número de indutores for ligado em série, a indutância total será a soma das
indutâncias individuais, ou
Série: = + + +... +

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Se duas bobinas ligadas em série forem colocadas muito próximas uma da
outra de forma que suas linhas de campo magnético se interliguem, a sua
indutância mútua produzirá um efeito no circuito. Neste caso, a indutância
total será.
= + ±2

onde é a indutância mútua entre as bobinas. O sinal mais (+) na equação é


usado se as bobinas forem dispostas em série aditiva, enquanto o sinal menos
(-) é usado quando as bobinas são disposta em série subtrativa. A série aditiva
indica que a corrente comum produz o mesmo sentido de campo magnético
para as duas bobinas. A ligação em série subtrativa produz em campos opostos.

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Todas as indutâncias devem ser dadas nas mesmas unidades. As fórmulas
simples usadas para o cálculo de R em paralelo podem ser usadas para L em
paralelo. Por exemplo, se dois indutores de 8 mH forem associados em
paralelo, a indutância total será = = = 4 mH.

A Fig. 12-7 mostra uma representação descritiva e esquemática de três formas


diferentes de se arranjar as bobinas e . Na Fig. 12-7a, as bobinas são
colocadas muito distantes uma da outra, o que impede uma interação
eletromagnética. Não há indutância mútua, portanto é zero. A indutância
total é = + . Na Fig. 12-7b, as bobinas são colocadas bem próximas e
possuem enrolamentos no mesmo sentido, como indicam as pintas pretas. As
bobinas estão dispostas na forma de série aditiva, logo = + ± 2 . Na
Fig. 12-7c, os enrolamentos das bobinas têm sentidos opostos, portanto as
bobinas estão dispostas na forma de série subtrativa, e = + -2 .
As pintas grandes acima da bobina (Fig. 12-7b e c) indicam a polaridade do
enrolamento sem ter que mostra a construção física real. As bobinas com
pintas na mesma extremidade (Fig. 12-7b) têm a mesma polaridade ou o
mesmo sentido de enrolamento. Quanto a corrente entra pelas extremidades
onde estão as pintas em e , os seus campos estão se somando e tem
mesmo sentido de L.
Se os indutores forem colocados suficientemente afastados um outro, de
modo que a sua indutância mútua seja desprezível ( = 0), as regras para a
associação de indutores em paralelo serão as mesmas que para os resistores.
Se um certo número de indutores for ligado em paralelo (Fig. 12-8), a sua
indutância total será
Paralelo:

= + + + ··· +

A indutância total de duas bobinas ligadas em paralelo é dada por

Paralelo:

x
=
+

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Todas as indutâncias devem ser dadas nas mesmas unidades. As fórmulas simples
usadas para o cálculo de R em paralelo podem ser usadas para L em paralelo. Por
exemplo, se dois indutores de 8 mH forem associados em paralelo, a indutância total
será = = = 4 mH.

IMPEDÂNCIA

É a oposição a corrente alternada gerada pelo conjunto formado por resistência e


reatâncias indutiva e/ou capacitiva. Ela é obtida de forma vetorial (módulo e ângulo de
fase).

Módulo da Impedância: │Z│, é a raiz quadrada da soma dos quadrados da resistência


e das reatâncias.

│Z│ = √ + (Ω)

Ângulo de fase: , é o arco tangente da relação entre a reatância e a resistência.

= (graus ou radianos)

Toda impedância em que a reatância indutiva supera a reatância capacitiva, a


corrente fica atrasada em relação à tensão. Se a reatância capacitiva supera a indutiva,
a corrente fica adiantada em relação à tensão.

Diagrama Fasorial, é um diagrama vetorial para representar a intensidade de tensões e


correntes e seus ângulos de defasagem (ou fases).

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Impedância RL Série

A resultante da adição dos fasores R e é chamada de impedância. O símbolo que


representa a impedância é Z. A impedância é a reação total ao fluxo da corrente,
expressa em ohms. O triângulo de impedância (Fig. 12-13) corresponde ao triângulo de
tensão, mas o fator comum I se cancela. As equações para a impedância e para o
ângulo de fase são deduzidas da seguinte forma:

= +

( ) =( ) +( )

= +

Z= +

tg =

Impedância em RL Paralelo

Para o caso geral do calculo da impedância total de R e em paralelo, suponha


um número qualquer para a tensão aplicada , pois no calculo de em função das
correntes de ramo, o valor de se cancela. Um valor conveniente a ser admitido para
é o valor ou de R ou de , independentemente de qual seja o número mais alto.
Este constitui apenas um método entre outros que dão o valor de .

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Bibliografia:

GUSSOW, Milton. Eletricidade Básica. 2.ed. Revisada e Ampliada, Schaum Mc Graw-


Hill. [S.l.]: Makron Books.

Circuitos Elétricos - Introdução à Análise de Circuitos - Robert L. Boylestad - 8a Edição

UTFPR – DAELN. CORRENTE ALTERNADA, REATÂNCIAS, IMPEDÂNCIA & FASE.


http://www.pessoal.utfpr.edu.br/pichorim/AULA/Fund_Elet_Eletronica/CAeZ.pdf

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