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Ver textos no grupo. Texto do Masude (?), Ana Shideman (?), Cláudia Cruz Santos.
Colarinho Branco.
Crime cometido por pessoas “respeitáveis”, com elevado status social, no exercício da
profissão, com violação de confiança. Exemplos: homens de negócios e empresários;
profissionais técnicos como médicos e advogados; e políticos. Regra de confiança: aquela
profissão detém alguma regra que tutela algum risco inerente à profissão, baseada na
confiança, não há maior controle ou supervisão.
Conceitos assemelhados:
Alta danosidade: vítimas difusas. O crime é cometido em determinado espaço que concentra
algum tipo de poder que gera impacto na vida de muitas pessoas.
Impunidade: cifra obscura fração de condutas que poderiam ser tidas como típicas e que
não são percebidas pelo sistema penal. Há um alto percentual de filtragem dentro do próprio
sistema.
Criminalização: processo por meio do qual se diz que uma pessoa e uma conduta são
criminosas. A criminalização primária é em nível abstrato – tipos penais. A secundária acontece
com a aplicação da pena, com a condenação. A terciária, com o cumprimento da pena.
20/08/2014
Texto do Tiedemann:
25/08/2014
Crimes que são tanto White quanto blue collars: lavagem de ativos, crimes financeiros,
corrupção.
Combate à corrupção:
27/08/2014
Abertura conceitual
Ex.2: Gestão temerária. Não há elementos intuitivos ou de fácil definição com conceitos
presentes na teoria geral do direito.
Crimes de perigo. Ex.: gestão fraudulenta e temerária. Não necessariamente a gestão deve
gerar a falência da instituição, não é exigido nem mesmo o prejuízo. O que se pune é o perigo
que advém dela. O crime pode ser de perigo concreto ou abstrato.
Crimes formais nenhum resultado material. Ex.: art. 5º, inciso IV, da Lei 8.137..
CP:
Início da criminalização secundária dos crimes contra a ordem econômica a partir de uma
atuação forte do Ministério Público.
01/09/2014
Lei 1521. A lei 8137 a alterou. Crimes contra a economia popular que têm vítimas coletivas.
Há condutas previstas nestas leis que se amoldariam ao estelionato e que têm como vítimas
maior número de pessoas. Por serem crimes mais específicos, devem ser aplicados, em vez de
se aplicar o crime de estelionato. Há, no entanto, grave incongruência porque esses crimes
têm penas menores.
Os tipos previstos no art. 2º da Lei 1521 foram quase que totalmente derrogados por aqueles
previstos no art. 7° e incisos da 8137.
O inciso VIII, 2º, l.1521 continua em vigor para crimes menos sofisticados (ausência de dolo
específico de cartelizar).
10/09/2014
Lei 7492/86 – crimes financeiros: não há crimes financeiros no CP. Os crimes financeiros
atentam contra o Sistema Financeiro Nacional. Instituição financeiras: captam e aplicam
recursos de terceiros. Algumas instituições só captam e outras só aplicam.
Art. 1º e incisos: definição das instituições financeiras (há crimes de mão própria e crimes
comuns, de forma que o inciso II é inócuo).
Art. 31 sem valor porque hoje toda prisão preventiva ocorre por força do art. 312, do CPP.
Art. 30: entendimento do STF não basta apenas a magnitude da lesão para justificar a prisão
preventiva por contrariar a presunção da inocência. Mas em crimes de sangue, só a magnitude
da prisão se justifica.
Art. 2º e 3º: crimes comuns. O art. 3º guarda relação com o art. 177, do CP, que, embora tenha
norma de subsidiariedade expressa, deve ser aplicado quando configurados os elementos do
tipo por conta do princípio da especialidade. O art. 3º é mais amplo e só se aplica ao SFN,
enquanto que o 177 se aplica tanto às condutas do SFN quanto àquelas que não são do SFN.
Ainda sobre o art. 3º: deve ser uma informação relevante e deter um potencial, ainda que
abstrato, de trazer prejuízo, se não, será um crime impossível.
Art. 4º: gestão fraudulenta. É crime próprio, sendo necessário o poder de gestão. Indica
habitualidade. Condutas previstas no crime de estelionato. Parágrafo único: gestão temerária
conduta de desmedido risco.
A maior parte desses crimes não pode ser feita por omissão imprópria, por conta da forma
especial da prática do crime.
Na gestão temerária, deixar de avisar sobre determinado risco poderia ser uma forma
comissiva por omissão imprópria.
STJ: se o BACEN, a CVM ou o Conselhinho entenderem que não houve gestão temerária,
cumpre ao Judiciário reconhecer o mesmo.
Art. 5º: a apropriação deve ser de bem custodiado em razão de operações financeiras.
Art. 6º: sócio, investidor ou repartição pública (vítimas), não é um crime comum em absoluto.
Art. 11: crime de caixa 2. É delito especial próprio, requer habitualidade, não requer lesão
concreta.
17/09/2014
1) Colocação: numerário a ser lavado é colocado em algum negócio jurídico, mas não se
pode dispor dele ainda;
2) Dissimulação: alteração da natureza do dinheiro (emissão de notas frias, etc.);
3) Integração: não é tão clara no limite do tipo penal, integra-se o dinheiro ao patrimônio
do agente.
É necessário que se tenha a terceira etapa para que haja tipicidade material.
É possível a lavagem em uma hipótese que crime, mas de aparência de licitude, em que o
dinheiro vem da economia formal.
22/09/2014
UIFs: são unidades internas dos países de combate a esses crimes. O órgão brasileiro é o COAF.
O GAFI, até o 11/09, tinha um enfoque maior ao combate ao tráfico internacional de drogas.
Depois, o foco passou a ser o combate ao terrorismo.
3ª Geração: qualquer infração penal (crime + contravenção). Deve ser um crime que gere
proveito ou produto que permita ser lavado. Principal contravenção que gera lavagem: jogo de
azar.
Trust: instituto intermediário entre uma fundação e um mandato. Nele, pega-se um recurso X
para fundá-lo e nomeia-se alguém para administrá-lo (trustee). O fundo ganha personalidade
jurídica.
Deve haver intenção de ocultar ou dissimular, a mera intenção não configura crime. Sobre o
crime antecedente: deve haver um vínculo de origem com o crime, e ainda que esteja
exaurido, prevalece o crime de lavagem.
Classificação: dependendo da lavagem, será permanente (ex.: lavagem com posse de imóveis).
29/09/2014
P/ PJ, pena: suspensão das atividades, multa restritiva de direitos, liquidação forçada (só no
caso de a empresa ter sido constituída para cometer crime ambiental), desconsideração da PJ,
prestação de serviços à comunidade.
06/10/2014
Investigação:
Objetos;
Exploração de local: entra na casa do investigado sem que ele saiba, e faz a captação
ambiental.
29/10/2014
Persecução de cartéis
10/11/2014
Dolo e autoria se confundem em muitos casos. Nos crimes econômicos, para aferir a existência
de um autor mediato, pode não ser possível fazê-lo (isso é cometido entre quatro paredes).
Por conta disso, há teorias que tentam reduzir o dolo ao conhecimento somado ao
assentimento.
Em alguns casos, a lei confere a determinadas pessoas um dever jurídico de agir em relação à
ilegalidade isso desloca o dolo para o conhecimento (altera a vontade).
Teoria da cegueira deliberada: o conhecimento pode ser substituído pela comprovação de que
o indivíduo “não quis saber” (criação de mecanismos, altera o conhecimento).
Razões que justificam um boom de legislações que combatem crimes econômicos do final da
década de 80 até o início dos anos 2000:
17/11/2014
Operação Caça-níqueis: ler o texto.
Questões importantes: