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PECE – PROGRAMA DE EDUCAÇÃO CONTINUADA DA

ESCOLA POLITÉCNICA

TECNOLOGIA E GESTÃO DA PRODUÇÃO DE EDIFÍCIOS

TG-005 – GESTÃO DE SUPRIMENTOS

CCQ – CÍRCULOS DE CONTROLE DE QUALIDADE

CEP – CONTROLE ESTATÍSTICO DO PROCESSO

Profs: Francisco F. Cardoso e Frederico A. Martinelli

Alunos: .

Carlos Eduardo Kalil .

Fernando Resende .

Isaac Daniel Wasserman .


Nilton Ferri Roque .

Silvio Piva Romero .


SÃO PAULO
2000
CCQ - CÍRCULOS DE CONTROLE DE QUALIDADE

INTRODUÇÃO

Antes de definir CCQ é importante fazer uma breve explanação sobre

Gestão Participativa e Participação Direta .

Gestão Participativa: Em função do grande desenvolvimento dos meios

de comunicação, todos os segmentos da sociedade tem experimentado uma

crescente democratização das relações sociais, que pressiona do mesmo

modo a organização econômica, a produção de bens e serviços. Uma nova

concepção de mando/subordinação vem sendo instituída, adaptando as

organizações às pressões da democratização, impulsionando assim a

introdução da gestão participativa nas empresas.

Participação Direta: Diz-se que a participação é direta quando o

indivíduo age em seu próprio nome, assumindo ou influenciando decisões

na sua área de atuação. O CCQ é uma das modalidades de participação

direta - ou democratização a nível de tarefa.

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CONCEITOS BÁSICOS

• O que é o CCQ ?

Círculo de controle de qualidade é um pequeno grupo de funcionários

que voluntariamente se une para conduzir atividades de controle de

qualidade dentro da mesma área de trabalho. A motivação básica do CCQ é

a participação. Os propósitos fundamentais do CCQ são:

1 - Contribuir para a melhoria e desenvolvimento da empresa.

2 - Respeitar a natureza humana, construir um local de trabalho alegre e

brilhante no qual valha a pena viver.

3- Desenvolver as possibilidades infinitas da capacidade mental humana e

permitir a sua aplicação.

• Um CCQ pode ter quantas pessoas?

O ideal é que cada CCQ tenha no mínimo três e no máximo sete

funcionários. Todas as decisões dos Círculos são tomadas em conjunto,

através de consenso.

• Melhorias promovidas pelos CCQ

1- Para os funcionários: promovem a auto-confiança e auto-realização de

todos, criam a oportunidade da participação nos processos decisórios da

empresa, melhoram a qualidade de vida no trabalho, estimulam a busca das


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atividades em equipe, trazem o sentimento de responsabilidade e

oportunidade de demonstrar todo o seu potencial.

2- Para a empresa: melhoram a qualidade dos processos, reduzem os

custos, promovem um melhor uso do potencial dos seus funcionários,

ampliam a consciência sobre qualidade, aumentam o nível de satisfação das

pessoas, maior integração entre os colaboradores.

3- Para a sociedade: melhoram o nível de satisfação de todos,

desenvolvem uma mentalidade voltada para a busca da qualidade,

desenvolvem o senso de cidadania

CONCLUSÃO

Entre os esquemas participativos, o que teve maior difusão no Brasil é

dos CCQ - Círculos de Controle de Qualidade. A aceitação da idéia ao

nível da comunidade empresarial deve-se tanto à sua operacionalidade não

exige nenhum investimento maior (a princípio) e não altera a estrutura

formal da empresa, quanto à sua flexibilidade, e é aplicável a qualquer tipo

de empresa. O CCQ tem sido utilizado em várias empresas com bastante

sucesso.

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CEP – CONTROLE ESTATÍSTICO DO PROCESSO

INTRODUÇÃO

A história do controle da qualidade é tão antiga quanto a própria

indústria. Antes da revolução industrial, a qualidade era controlada,

principalmente, pela imensa experiência dos artesãos da época.

O moderno sistema industrial iniciou uma nova era técnica, onde o

operário deixou de ser responsável pela fabricação de todo o produto,

ficando responsável por apenas parte deste.

É neste contexto que surge a inspeção. O objetivo principal era

assegurar peças intercambiáveis e produtos uniformes. Assim, a inspeção

visava separar os itens não conformes, a partir do estabelecimento das

especificações e dos limites de tolerância. No ínicio, a inspeção era

realizada em todos os itens produzidos.

Com o crescimento da demanda e a conseqüente intensificação da

produção em massa, métodos estatísticos começaram a ser usados na

indústria, como alternativa à “inspeção 100 %” de uma produção em franco

crescimento. Surge, então, a inspeção por amostragem.

A simples inspeção final, entretanto, não melhorava a qualidade dos

produtos fornecidos, apenas fornecia informações sobre o nível de


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qualidade destes e separava os itens conformes dos não conformes. A

preocupação constante com os custos e com a produtividade deu origem à

seguinte indagação: “Como utilizar as informações obtidas com a inspeção

para melhorar a qualidade dos produtos ?”.

Este é considerado o começo do Controle Estatístico do Processo.

O QUE É CEP ?

Controle estatístico do processo ( CEP ) é o ramo do controle da

qualidade que consiste na coleta, análise e interpretação de dados para

utilização nas atividades de melhoria e controle da qualidade de produtos e

serviços.

As principais ferramentas do CEP são:

DIAGRAMA DE PARETO – Esse diagrama classifica os problemas de

acordo com a causa e o fenômeno.

DIAGRAMA DE CAUSA E EFEITO - São usados para analisar as

características de um processo ou situação e os fatores que contribuem para

eles.

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HISTOGRAMAS – É usado para determinar os problemas através da

verificação do formato da dispersão, do valor central e da natureza da

dispersão.

CARTAS DE CONTROLE – Servem para descobrir as tendências

anormais com ajuda dos gráficos de linhas.

DIAGRAMA DE DISPERSÃO – Mostra a relação entre os dados

correspondentes através da relação entre os pontos marcados no diagrama

de dispersão.

GRÁFICOS – Muitos tipos de gráficos são empregados, dependendo do

formato desejado e do propósito da análise.

FOLHAS DE VERIFICAÇÃO – São projetadas para tabular os resultados,

através da verificação rotineira da situação.

CONCLUSÃO

Essas ferramentas são amplamente utilizadas em círculos de controle de

qualidade, bem como por engenheiros e gerentes, para identificar e

solucionar problemas. Todas essas ferramentas são estatísticas e analíticas

e os funcionários devem ser treinados para utilizarem-nas adequadamente

em suas atividades rotineiras.

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Para refletir sobre o assunto :

“O problema central na administração e na liderança é o não entendimento

das informações contidas na variabilidade dos processos.” Lloyd S. Nelson

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