Você está na página 1de 9

Disciplina: 

    

Antropologia das populações afro-americanas

O TRÂNSITO INTERNACIONAL DAS IDÉIAS DE "RAÇA" E ETNICIDADE

O CASO DAS POPULAÇÕES AFRO-AMERICANAS

O objetivo da disciplina é refletir de forma crítica, a partir de uma análise histórico-


antropológica, sobre a formação das culturas afro-americanas, no espaço sociopolítico
do mundo atlântico. Ênfase especial será dada à contextualização, historicização e
interconexão dos processos de criação e reprodução cultural e as dinâmicas identitárias
das populações afrodescendentes. Também serão examinados processos
contemporâneos de racialização e politização da cultura. Textos teóricos serão
complementados com estudos de caso mais etnográficos.

            O curso postula que a história e o presente do pensamento social brasileiro, das
ideias de ´raça´ e diferença étnica no Brasil, assim como da noção de negro, cultura
negra e população afro-brasileira, precisam ser entendidos no contexto mais amplo
onde eles se originam e circulam: o espaço atlântico e o mundo do colonialismo. O
curso se propõe analisar como estas noções viajam de uma beira a outra do Atlântico e
como elas mudam nesta viagem. De acordo com numerosos autores, a história das
ciências sociais não pode ser vista como deslocada da experiência colonial. Se os
Grandes Descobrimentos foram determinantes para o desenvolvimento das idéias e das
possibilidades da Modernidade, da mesma forma as ciências sociais se cristalizam e
canonizam em torno e graça ao colonialismo - tanto aquele externo, sobretudo na
África, cujo alvo é muitas vezes o Outro racial, como aquele interno, cujo alvo tende a
ser o Outro social (como bem mostrou Foucault) ou racialmente ou etnicamente
definido (na América Latina, sobretudo o negro e o índio). Por outro lado tanto os ideais
de libertação social como os ideais antirracistas e anticolonialistas bebem da fonte das
ciências sociais de sua época. Assim foi o caso do Sionismo e do Pan-Africanismo, que
no passado eram influenciados pelos grandes discursos racialistas e racistas. E assim
hoje está sendo para os processos indentitários “afro” que se retroalimentam da
linguagem das ciências sociais contemporâneas (multiculturalismo, novo relativismo
cultural, novas e mais radicais formas de exercício da cidadania).

O curso trabalhará a noção de biblioteca colonial, lançada por Valentin Mudimbe, pela
qual o gerenciamento da África colonial se sustentava num único conjunto de saberes,
limítrofe ás ciências sociais da época, porém também em relação de tensão com as
agendas político-culturais dos cientistas sociais. Mostrar-se-á como a construção desta
biblioteca é um fenômeno trans-atlântico - que interliga Europa, África e Novo Mundo -
e que leva um longo período, primeiro, sobretudo nas Américas e depois mais
fortemente na Ásia e na África. Esta biblioteca colonial influencia pesadamente a
construção da antropologia afro-americana em Brasil e Cuba nos anos entre 1900 e
1940. A disciplina trata também do contexto contemporâneo, diferenciando três
momentos: os anos de 1950, os anos de 1970-80 e o momento atual – de 2000 ate’
hoje. Continuidades e rupturas neste processo serão evidenciadas na base de alguns
exemplos que contribuem para tornar mais complexa a geopolítica do saber tal qual
tinha sido desenhada dentro dos grandes projetos coloniais: hoje este saber
transatlântico se beneficia também das redes sociais; as migrações de intelectuais do
Terceiro Mundo para alguns centros de produção cientifica de ponta; e o
aproveitamento da academia por integrantes de movimentos de cunho étnico (por
exemplo, o movimento negro).

Organização das aulas

Primeira parte: Prologo

1. Biblioteca colonial: transito, circulação, centros e periferias, “entanglement”.


2. Gênese das populações afro americanas.
3. A formação das ciências humanas e as populações afro americanas com foco no Brasil e
em Cuba.

Segunda parte: Diferentes contextos e terminologias de cunho etno-racial:

4. Cabo Verde

5. Guine Bissau

6. S. Tome e Príncipe

7. Moçambique

8. Brasil – Bahia – Rio de Janeiro

9. Banto e Sudaneses nas Américas


 

Terceira parte: Processos identitarios e negritudes

10. Musica

11. Religião

12. Comida

Quarta parte: Formas e meios da circulação

13. Oralidade

14. Escrita

15. Hipertexto e redes sociais

16. Síntese do curso

17. Avaliação

Avaliação: A avaliação final do aluno decorre da combinação de seu desempenho nos


seguintes itens: presencia e contribuição no Fórum, fichamento de textos, ensaios
intermediários e ensaio final.

Lisat provisoria de leituras, ainda a ser distribuídas nas aulas:


Alencastro, Luis Felipe 2000. O trato dos viventes, S.Paulo: Companhia das Letras.

Appiah, Anthony 1999. Na casa do meu pai,

Bastide, Roger. As Américas Negras: as civilizações africanas no Novo Mundo, São Paulo:
Edusp, 1983 [1974].

Bastide, Roger. As Religiões africanas no Brasil: Contribuição a uma sociologia das


interpenetrações de civilizações, Livraria Pioneira Editôra, EDUSP, 1971 [1960].

Capone, Stefania. Os yorubá do Novo Mundo: religião, etnicidade e nacionalismo negro


nos Estados Unidos. Rio de Janeiro: Pallas, 2011 [2005].

Carneiro, Edison. Candomblés da Bahia, Salvador, Ediouro, 1985 [1948].

Cunha, Manuela Carneiro de Negros, estrangeiros: os escravos libertos e sua volta à


África, São Paulo: Brasiliense, 1985, cap. “Brasileiros em Lagos”, pp. 101-151.

Dantas, Beatriz Góis Vovó Nagô e Papai Branco. Usos e abusos da África no Brasil, Rio
de Janeiro, Graal, 1988 [1982].

Deasai, Gaurav 2001. Subject to Colonialism. African Self-Fashioning and the Colonial
Library, London: Duke University Press.

Dubois, Laurent, “Luzes Escravizadas: Repensando a história intelectual do Atlântico


francês”, Estudos Afro-Asiáticos, v. 26, n. 2, 2004

Farias, Juliana Barreto & SOARES, Carlos Eugênio Libano & GOMES, Flavio dos Santos.
No Labirinto das Nações. Africanos e identidades no Rio de Janeiro, século XIX. Rio de
Janeiro, Arquivo Nacional, 2005.

Frazier, E. Franklin. “The Negro Family in Bahia, Brazil,” American Sociological Review v. 7
n. 4, 1942, pp. 465-478.

Gilroy, Paul 2002. O Atlântico Negro, S.Paulo: Editora 34.

Mbembe, Achille 2001. "As formas africanas de auto-inscrição". Estudos Afro-Asiáticos


23, 1: 171-209.

Mintz, Sidney e Price, Richard. O nascimento da cultura afro americana. Rio de Janeiro,
Pallas, 2001, pp. 19-86.
Mudimbe, Valentin 1988. The Invention of Africa Bloomington: Indiana University Press.

PARÉS, Luis Nicolau. A formação do Candomblé, história e ritual da nação jeje na Bahia,
Campinas, Editora UNICAMP, 2006. Especialmente caps. 1-3.

Poort, Mattijs van de. “Candomblé in Pink, Green and Black: Rescripting the AfroBrazilian
Religious Heritage in the Public Sphere of Salvador, Bahia”, Social Anthropology v. 13, n.
1, 2005, pp. 3–26. Tradução portuguesa disponível
em: http://www.seer.ufrgs.br/debatesdoner/article/viewFile/36521/23596 

Sansone, Livio 2004. Negritude sem etnicidade. O local e o global nas relações raciais,
culturas e identidades negras no Brasil, Salvador/Rio de Janeiro: EDUFBA/Pallas.

--- No prelo. Field Station Bahia. ...

Thomaz, Omar 2003. Ecos do Atlântico Sul, Rio de Janeiro: Editora da UFRJ.

Literatura opcional:

ADEDIRAN, Biodun. “Yoruba Ethnic Groups or Yoruba Ethnic Group? A Review of the
Problem of Ethnic identification,” in Africa, n. 7, (Revista do CEA da USP), 1984, p. 57-70.

ALENCASTRO, Luiz Felipe. O trato dos viventes: formação do Brasil no Atlântico Sul. São
Paulo: Companhia das Letras, 2000.

AMOS, Alcione M. Os que voltaram, Belo Horizonte, Tradição Planalto, 2007.

APTER, Andrew. “Herskovits’ Heritage: Rethinking Syncretism in the African Diaspora”, in


Anita Maria Leopold and Jeppe Sinding Jensen (orgs) Syncretism in Religion: A Reader,
Nova Iorque, Routledge, 2004.

BARCELAR, Jefferon. Etnicidade. Ser negro em Salvador. Salvador, Penba-Ianamá.1989

BERLIN, Ira, “De crioulo a africano: as origens Atlânticas da sociedade afro-americana na


América do Norte Continental”, Estudos Afro-Asiáticos, v. 26, n. 2, 2004.
BRATHWAITE, Edward Kamau. The Development of Creole Society in Jamaica, 1770-
1820. Oxford : Clarendon, 1971.

BUCK-MORSS, Susan: “Hegel e Haiti”, Novos Estudos Cebrap. São Paulo: Cebrap, julho
de 2011, n° 90: 131-172. BUTLER, Kim D. Freedoms Given Freedoms Won. Afro-Brazilians
in Post-Abolition São Paulo and Salvador, New Brunswick, New Jersey and London,
Rutgers University Press.1998.

CAPONE, Stefania. La quête de l'Afrique dans le candomblé. Pouvoir et tradition au


Brésil, Paris, Karthala, 1999.

FERREIRA Roquinaldo. “Ilhas Crioulas”: O significado plural da mestiçagem cultural na


África Atlântica”, Revista De História 155 (2º - 2006), 17-41

FREYRE, Gilberto. Casa-Grande e Senzala, Rio de Janeiro, Record, 1999 [1933]

GAMES, Alison. “Atlantic History: Definitions, Challenges, and Opportunities,” American


Historical Review 111, no. 3 (June 2006): 741–757.

GEGGUS, David P. The Impact of the Haitian Revolution in the Atlantic World, University
of South Carolina Press, 2001

GENOVESE, Eugene. Da rebelião à revolução: as revoltas de escravos nas Américas. São


Paulo. Global, 1983.

GILROY, P. O Atlântico Negro. Modernidade e dupla consciência (São Paulo - Rio de


Janeiro: Editora 34, UCAM, 2001 [1992]) Cap. 1 “O Atlântico negro como contracultura
da modernidade”, pp. 33-100.

GOLDMAN, Marcio. “Cavalo dos deuses: Roger Bastide e as transformações das religiões
de matriz africana no Brasil”, Revista de Antropologia (USP), v. 54 n. 1, 2011, pp. 407-32.
GOMES, Flávio dos Santos. A hidra e os pântanos: mocambos, quilombos e
comunidades de fugitivos no Brasil (séculos XVII-XIX). São Paulo: Polis. 2005.

GOMEZ, Michael. Exchanging our country marks: the transformation of African identities
in the colonial and antebellum South, Chapel Hill: University of North Carolina Press,
1998.

GRUZINSKI, Serge. O pensamento mestiço. São Paulo: Companhia das Letras, 2001, 398
pp.
GUIMARÃES, Antonio Sérgio Alfredo. Racismo e Anti-racismo no Brasil, São Paulo,
Editora 34, 1999.

HALL, Gwendolyn Midlo. Slavery and African Ethnicities in the Americas, Cape Hill, The
University of North Carolina Press, 2005.

HERSKOVITS, Melville J. “African Gods and Catholic Saints in the New World Negro
Belief”. American Anthropologist n. 39, 1837, pp. 635-43

HERSKOVITS, Melville J. The Myth of the Negro past, Beacon Press Boston, 1990 [1941],
cap 1 “The significance of Africanisms”, pp. 1-32.

HEYWOOD, Linda. (org.) Central Africans and Cultural Transformations in the American
Diaspora. Cambridge University Press, 2002. “Introdução” pp.1-18. Johnson, Paul.
Secrets, Gossip, and Gods. The Trnasformation of Brazilian Candomblé, Oxford, Oxford
University Press, 2002.

KLEIN, Herbert. S. O tráfico de escravos no Atlântico. Ribeirão Preto, SP: FUNPEC Editora,
2004

LAW, Robin. “Etnias de africanos na diáspora: novas considerações sobre os significados


do termo ‘mina’”, Tempo, n. 20, pp. 98-120.

LAW, Robin & MANN, Kristin. “West Africa in the Atlantic Community: The Case of the
Slave Coast”. William and Mary Quarterly, vol. 56, no. 2, 1999.

LIMA, Vivaldo da Costa. "A família-de-santo nos Candomblés Jeje-Nagôs da Bahia: um


estudo de relações intra-grupais", Salvador, UFBa, tese de mestrado, 1977.

LOVEJOY. Paul E. and TROTMAN David V. (eds.). Trans-Atlantic Dimension of Ethnicity in


the African Diaspora, London, Continuum, 2003

OLIVERIRA, Maria Inês Cortês de. "Quem eram os 'negros da Guiné'? A origem dos
africanos na Bahia", Afro-Ásia 19-20, 1997, pp. 37-74.

ORTIZ, Fernando. Contrapunteo cubano del tabaco y el azúcar. 1940

MATORY, Lorand. Black Atlantic religion. Tradition, Trans-Nationalism and Matriarchy in


the Brazilian Candomblé, Priceton University Press, 2005.

MATORY, Lorand. “Yorubá: as rotas e as raízes da nação transatlântica, l830-l950”,


Horizontes Antropológicos, vol. 4 n. 9 (1998), pp. 263-292.
MORGAN, Philip D. “The Cultural Implications of the Atlantic Slave Trade: African
Regional Origins, American Destinations and New World Developments”, Slavery &
Abolition n. 18, 1997, p. 122-145.

NARO, N. P. & SANSI, R. & TREECE D. H. (orgs) Cultures of the Lusophone Black Atlantic,
New York: Palgrave Macmillan, 2007, pp. 17–40.

PALMIÉ, Stephan. 1995. “Against Syncretism: ‘Africanizing’ and ‘Cubanizing’ Discourses


in North American Òrìsà Worship”. In: R. Fardon (ed.). Counterworks: 73-104. London:
Routledge.

PALMIÉ, Stephan. “Ekpe/Abakuá in Middle Passage: Time, Space and Units of Analysis in
African American Historical Anthropology” in: Andrew Apter; Lauren Derby (eds)
Activating the Past: History and Memory in the Black Atlantic World, Cambridge:
Cambridge Scholars Publishing, 2010, pp. 1-44.

PARÉS, Luis Nicolau. & SANSI Roger (orgs) Sorcery in the Black Atlantic. Chicago:
Chicago University Press, 2011. PEEL, John. "The cultural work of Yoruba ethnogenesis",
in E. Tonkin, M. McDonald and M. Chapman (eds) History and ethnicity, London-NY:
Routledge, 1989.

PIERSON, Donald. Brancos e pretos na Bahia. São Paulo: Companhia Editora Nacional,
1971.

PRICE, Richard. “O milagre da crioulização: retrospectiva”, Estudos Afro-Asiáticos, vol. 25,


no 3 (2003), pp. 383-419. [disponivel on-line]

RAMOS, Artur. O Negro Brasileiro. Etnografia religiosa e psicanálise, Recife, Fundação


Joaquim Nabuco, Editora Massangana, 1988 [1934].

REIS, João José. Domingos Sodré, um sacerdote africano: escravidão, liberdade e


candomblé na Bahia do século XIX. São Paulo: Companhia das Letras, 2008. REIS, João
José e SILVA, Eduardo. Negociação e conflito: a resistência negra no Brasil escravista,
São Paulo: Companhia das Letras, 1989.

RODRIGUES, Nina. Os Africanos no Brasil, São Paulo, Companhia Editora Nacional, (Col.
Brasiliana 9), 1977 [1906].

ROUTON, Kenneth “Conjuring the past: Slavery and the historical imagination in Cuba”
American Ethnologist, vol. 35, n. 4, 2008, pp. 632–649.
SANSI, Roger, Fetishes and Monuments. Afro-Brazilian Art and Culture in the 20th
Century, New York – Oxford, Berghahn Books, 2007.

SANTOS, Jocélio. Santos, Jocélio Teles, dos, O Poder da Cultura e a Cultura no Poder. A
Disputa Simbólica da Herança Cultural Negra no Brasil, Salvador, EDUFBA, 2005. SHAW,
Rosalind “The Production of Witchcraft/Witchcraft as Production: Memory, Modernity,
and the Slave Trade in Sierra Leone”, American Ethnologist, Vol. 24, No. 4 (Nov., 1997),
pp. 856-876

SIDBURY, James. Becoming African in America: Race and Nation in the Early Black
Atlantic. Oxford: Oxford University Press, 2007.

SIDBURY, James & CAÑIZARES-ESGUERRA, Jorge. “Mapping Ethnogenesis in the Early


Modern Atlantic”, The William and Mary Quarterly, v. 68, n., 2011, pp. 181-208. SLENES,
Robert. "Malungu Ngoma vem! A África coberta e descoberta no Brasil", Cadernos do
Museu de Escravatura, Luanda, Ministério da Cultura, 1995.

SOARES, Mariza de Carvalho. Devotos da Cor. Identidade étnica, religiosidade e


escravidão no Rio de Janeiro, século XVIII, Rio de Janeiro, Civilização Brasileira, 2000.
SWEET James H. Domingos Alvares, African Healing, and the Intellectual History of the
Atlantic World, Chapel Hill: The University of North Carolina Press, 2011.

THORNTON, J. África e os africanos na formação do mundo atlântico - 1400-1800, Rio


de Janeiro, Elsevier, 2004 [1992]. TROUILLOT, Michel-Rolph. “Culture on the Edges:
creolization in the Plantation Context”. Plantation Society in the Americas, v. 5, n. 1,
1998, pp. 8-28.

TROUILLOT, Michel-Rolph. “An unthinkable history”. In: Silencing the past. Power and
the production of history. Beacon Press: Boston. 1995. pp. 70-107

VAINFAS, Ronaldo e SOUZA, Marina de Mello e. “Catolização e poder no tempo do


tráfico: o reino do Congo da conversão coroada ao movimento antoniano, séculos XV-
XVIII”, Tempo, 6, 1998, pp. 95-118.

VERGER, Pierre. Os Libertos. Sete caminhos na liberdade de escravos da Bahia no século


XIX, São Paulo, Corrupio, 1992.

YELVINGTON, Kevin. "Melville J. Herskovits e a institucionalização dos estudos afro-


americanos", in: C. Pereira e L. Sansone (orgs.), Projeto Unesco no Brasil: textos críticos,
Salvador, Edufba, 2007, pp. 149-172

Você também pode gostar