Centro de Massa e Momento Linear

Mecânica Clássica

Universidade Federal Rural do Semi-Árido

Campus Angicos

15 de julho de 2014
Fonte

Fonte deste material: Halliday, Resnick, Walker; Fundamentos

de Fı́sica; Volume 1 - Mecânica; 8ª Edição, LTC
Sumário

O Centro de Massa

A Segunda Lei de Newton para um Sistema de Partı́culas

Momento Linear
O Centro de Massa

O Centro de Massa
I O centro de massa de um sistema de partı́culas é o
ponto que se move como se
I (1) toda a massa estivesse concentrada nesse ponto e
I (2) todas as forças externas estivessem aplicadas nesse ponto.
O Centro de Massa
O Centro de Massa

Sistemas de Partı́culas
Definimos a posição do centro de massa (CM) desse sistema de
duas partı́culas como

m1 x1 + m2 x2
xcm =
m1 + m2
O Centro de Massa

Sistema de Partı́culas
Podemos escrever
m1 x1 + m2 x2
xcm = na forma:
m1 + m2

m1 x1 + m2 x2
xcm =
M

em que M é a massa total do

sistema.
O Centro de Massa

Sistemas de Partı́culas
Podemos generalizar para o caso de n partı́culas em uma
configuração unidimensional:

m1 x1 + m2 x2 + m3 x3 + · · · + mn xn
xcm =
M
n
1X
xcm = mi xi
M
i=1
O Centro de Massa

Sistemas de Partı́culas
Para o caso tridimensional, podemos definir:

n n n
1X 1X 1X
xcm = mi xi ycm = mi yi zcm = mi zi
M M M
i=1 i=1 i=1
O Centro de Massa

Sistemas de Partı́culas
Usando a notação vetorial:

n
1X
~rcm = mi~ri
M
i=1

em que

~rcm = xcm î + ycm ĵ + zcm k̂ ,

~ri = xi î + yi ĵ + zi k̂
são os vetores-posição do centro de massa e da partı́cula i,
respectivamente.
O Centro de Massa

Corpos Maciços
Os objetos a que estamos acostumados são corpos extensos, em
que podemos adotar uma distribução contı́nua de massa, uma vez
que são constituı́dos por um número enorme de partı́culas:

1
Z
~rcm = ~r dm
M

em que M é a massa do objeto. Conhecendo-se a massa especı́fica

ρ e o volume V do objeto, podemos obter sua massa por meio da
relação M = ρV .
O Centro de Massa
Problema
Três partı́culas de massas m1 = 1, 2 kg, m2 = 2, 5 kg e m3 = 3, 4 kg
formam um triângulo equilátero de lado a = 140 cm. Onde fica o centro
de massa desse sistema?

Escolhemos os eixos x e y de tal forma que uma das partı́culas

esteja na origem e o eixo x coincida com um dos lados do triângulo.
O Centro de Massa

Problema
Três partı́culas de massas m1 = 1, 2 kg, m2 = 2, 5 kg e m3 = 3, 4 kg
formam um triângulo equilátero de lado a = 140 cm. Onde fica o
centro de massa desse sistema?

n
1X
xcm = mi xi
M
i=1
m1 x1 + m2 x2 + m3 x3
=
M
(1, 2 kg)(0) + (2, 5 kg)(140 cm) + (3, 4 kg)(70 cm)
=
7, 1 kg
= 83 cm
O Centro de Massa

Problema
Três partı́culas de massas m1 = 1, 2 kg, m2 = 2, 5 kg e m3 = 3, 4 kg
formam um triângulo equilátero de lado a = 140 cm. Onde fica o
centro de massa desse sistema?

n
1X
ycm = mi yi
M
i=1
m1 y1 + m2 y2 + m3 y3
=
M
(1, 2 kg)(0) + (2, 5 kg)(0) + (3, 4 kg)(120 cm)
=
7, 1 kg
= 58 cm
O Centro de Massa

Problema
Três partı́culas de massas m1 = 1, 2 kg, m2 = 2, 5 kg e m3 = 3, 4 kg
formam um triângulo equilátero de lado a = 140 cm. Onde fica o
centro de massa desse sistema?

Assim, a posição
do centro de
massa é dada por:

~rcm = 83 cm î + 58 cm ĵ
A Segunda Lei de Newton para um Sistema de Partı́culas

Segunda Lei de Newton para um Sistema de Partı́culas

Temos, para um sistema de n partı́culas:

M~rcm = m1~r1 + m2~r2 + m3~r3 + · · · + mn~rn

Derivando com relação ao tempo:

M~vcm = m1~v1 + m2~v2 + m3~v3 + · · · + mn~vn

Derivando novamente:

M~acm = m1~a1 + m2~a2 + m3~a3 + · · · + mn~an

A Segunda Lei de Newton para um Sistema de Partı́culas
Segunda Lei de Newton para um Sistema de Partı́culas

I
M~acm = m1~a1 + m2~a2 + m3~a3 + · · · + mn~an
Assim, de acordo com a 2ª lei de Newton:
~1 + F
M~acm = F ~2 + F
~3 + · · · + F
~n

I Entre as forças que contribuem para F ~1 + F

~2 + F
~3 + · · · + F~n
estão as forças externas e as forças internas (interações
entre as partı́culas)
I Porém, pela 3ª lei de Newton, as forças internas formam pares
ação-reação e se cancelam mutuamente.
I Assim, o sobra é a soma vetorial de todas as forças externas:

~ res
M~acm = F
A Segunda Lei de Newton para um Sistema de Partı́culas

Segunda Lei de Newton para um Sistema de Partı́culas

A equação vetorial que descreve o movimento do centro de massa
de um sistema de partı́culas é

~ res = M~acm
F

I ~ res é a força resultante de todas as forças externas que

F
agem sobre o sistema.
I M é a massa total do sistema. O sistema é fechado (nenhuma
partı́cula entra ou sai).
I ~acm é a aceleração do centro de massa do sistema.
A Segunda Lei de Newton para um Sistema de Partı́culas

Segunda Lei de Newton para um Sistema de Partı́culas

~ res = M~acm é equivalente a:
A equação F

Fres,x = Macm,x Fres,y = Macm,y Fres,z = Macm,z

A Segunda Lei de Newton para um Sistema de Partı́culas
A Segunda Lei de Newton para um Sistema de Partı́culas
A Segunda Lei de Newton para um Sistema de Partı́culas

Problema
As três partı́culas da figura estão
inicialmente em repouso. Cada uma ~ res = M~acm
F
sofre a ação de uma força externa
produzida por corpos fora do sistema das
três partı́culas. As orientações das forças ~1 + F
F ~2 + F
~ 3 = M~acm
estão indicadas e os módulos são
F1 = 6, 0 N, F2 = 12, 0 N e F3 = 14, 0 N.
Qual é a aceleração do centro de massa ~1 + F
F ~2 + F
~3
do sistema e em que direção se move? ~acm =
M

1, 03m/s 2 î + 0, 53m/s 2 ĵ
~acm =
M
q
|~acm | = acmx2 + acmy2 = 1, 2m/s 2

acmy
θ = tan−1 = 27◦
acmx
Momento Linear

Momento Linear
O momento linear de uma partı́cula é uma grandeza vetorial ~p
definida por meio da equação:

~p = m~v

A unidade de momento no SI é o quilograma-metro por segundo

(kg·m/s)
Momento Linear

Momento Linear
Newton expressou sua segunda lei originalmente em termos do
momento:
A taxa de variação com o tempo do momento de uma
partı́cula é igual à força resultante que atua sobre a
partı́cula e tem a mesma orientação que a força
resultante.

d~p
~ res =
F
dt
d~p d d~v
~ res =
F = (m~v ) = m = m~a
dt dt dt