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- Admite que há um problema ecológico a enfrentar, com gravidade;

- Este deriva do:


- progresso técnico;
- crescimento económico;
- aumento da população e do consumo.
Tudo isto contribui para um esgotamento da Natureza.

- Considera que a economia “livre” das sociedades ocidentais (leia-se, capitalismo) é o centro
da Dinâmica de crescimento destruidor da Natureza;

- Nem o capitalismo ocidental nem o marxismo soviético se revelam capazes, em princípio,


de evitar o perigo ecológico mundial enquanto mantiverem paralelamente o seu materialismo
e as suas politicas economicistas, assim como a utópica promessa de bem-estar sem limites.

- Todavia considera que o comunismo, se quisesse era capaz de impor os sacrifícios e


limitações exigidos pela Ecologia, se, em vez de haver apenas Estados comunistas, existisse
um único “regime socialista mundial” – trata-se de um problema global, que deve ser
globalmente resolvido.

A ética tradicional e a nova ética ecológica


1) Ética tradicional
- Ética antropocêntrica – punha o homem no centro do mundo;
- A distinção entre o bem e o mal, com a qual o homem tinha de nortear a sua acção tinha
alcance imediato e não a longo prazo.

Todavia, a técnica moderna introduziu acções cujas consequências não conseguem ser
resolvidas através da ética tradicional.

Defende por isso uma


2) Nova ética
- individual e de proximidade (em conjunto com uma ética colectiva);
- de âmbito planetário;
- baseada no saber científico e tecnológico;
- uma ética do presente e do futuro;
- voltada para o “bem das coisas extra-humanas”.

Os novos imperativos da Ética


1) Visualizar os efeitos de longo prazo, para os termos em conta ao agir;
2) Mobilizar o sentimento adequado à percepção dos males futuros, de forma a tomar uma
atitude deliberada – dúvida EXIGÊNCIA DE ESCRUTÍNIO DA ACÇÃOO PRESENTE
TENDO EM CONTA AS CONSEQUÊNCIAS FUTURAS – Não agir de forma automática ,
agir de forma deliberada (após deliberação)
3) Privilegiar o mau prognóstico sobre o bom;
4) Não arriscar os interesses dos outros nas apostas individuais – o melhorismo não justifica
apostas totais;
5) Não provocar o suicídio da humanidade;
6) Os decisores políticos, económicos e financeiros devem considerar-se responsáveis não só
pelas gerações actuais mas também pelas futuras.
7) “Toda a arte de governar é responsável por uma futura arte de governar”

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