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Por G1
Comunicado da AstraZeneca afirma que a vacina foi 90% eficaz na prevenção a Covid-19
quando administrada em meia dose seguida de uma dose completa com intervalo de pelo
menos um mês, de acordo com dados de ensaios em estágio final no Reino Unido e no Brasil.
Outro regime de dosagem mostrou 62% de eficácia quando administrado em duas doses
completas com pelo menos um mês de intervalo. A análise combinada dos das duas formas de
dosagem resulta em uma eficácia média de 70%, segundo a AstraZeneca.
O CEO da AstraZeneca Pascal Soriot, afirmou em coletiva de imprensa que uma dose menor na
primeira aplicação da vacina significa que mais pessoas podem ser vacinadas mais
rapidamente. "Poder vacinar mais pessoas mais rapidamente é realmente uma grande
vantagem".
A farmacêutica terá 200 milhões de doses da sua candidata a vacina prontas até o fim do ano e
700 milhões de doses até o fim do primeiro trimestre de 2021 em todo o mundo, afirmou o
chefe de operações da AstraZeneca, Pam Cheng. Para o Reino Unido, serão 20 milhões de
doses nesse ano e 70 milhões até o começo do próximo ano.
Dentre os voluntários, foram registrados 131 infectados com a doença. Não foi relatado
nenhuma hospitalização nem casos graves da doença em participantes que receberam a
vacina. A análise incluiu dados das fases 2 e 3 da pesquisa no Reino Unido e da fase 3 no Brasil.
A vacina de Oxford é uma das quatro que estão em teste de fase 3 no Brasil, em parceria com
a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz). Em agosto o governo federal disse que iria investir R$ 1,9
bilhão para produção de 100 milhões de doses. No começo de novembro anunciou a Fiocruz
um cronograma de produção e distribuição do imunizante no Brasil.
Na última semana, duas vacinas contra a Covid-19 – Pfizer e Moderna – divulgaram resultados
positivos e uma eficácia de mais de 90% em estudos de fase 3, a última fase antes do pedido
de registro junto às reguladoras.
Atualmente, a vacina de Oxford está na terceira e última fase de testes na Inglaterra, Índia,
Brasil, África do Sul e Estados Unidos. Em setembro, a AstraZeneca interrompeu os testes
globais da vacina para investigar um participante que desenvolveu uma forma de inflamação
chamada mielite transversa. Em outubro, um voluntario brasileiro que participou dos testes da
vacina morreu de Covid-19. O participante, entretanto, não recebeu a vacina que está sendo
testada, e sim um placebo (uma substância inativa). Atualmente, o ensaio está em andamento.
Outras três vacinas em fase 3 de ensaios clínicos também estão sendo testadas no Brasil:
Pfizer/BioNTech, Sinovac (CoronaVac) e Johnson & Johnson.
ETAPAS: por que a fase 3 dos testes clínicos é essencial para o sucesso e a segurança das
vacinas