Prof: Dr. Pr. Osvaldo Theodoro Aluno: Evandro Ricardo Alencar
A PANDEMIA DO CORONAVÍRUS É UMA CONCEPÇÃO ESCATOLÓGICA
OU É UMA QUESTÃO ECOLÓGICA A crise lançada pelo novo coronavírus levantou questionamentos ao redor de todo mundo acerca do tipo de sociedade que está sendo construída e como será o futuro da humanidade. Desse modo, os apontamentos que pretendo realizar indicam para a uma postura alimentar saudável e a confiança na fé de um Deus que está no controle de todas as coisas. O que proponho é uma aproximação das questões ecológicas e escatológicas. Pode-se ter questão ecológica sem sinal do fim dos tempos, mas não escatológica sem ecológica. Nos tempos em que surgem as epidemias virais, o homem é o ser mais afetado. Caso este que têm deixado pessoas de varias religiões, inclusive cristãos, ao terror do fim do mundo. Na época presente, essas epidemias e pandemias acontecem com uma constância maior. Apesar dos progressos da ciência em combatê-las, a quantidade de mortes ainda é assustadora. A jornalista e cientista Sonia Shah, em 2016, publicou um livro nos EUA, que manifesta a origem do coronavírus. A Síndrome Respiratória Aguda Grave - SARS, sigla em inglês, desenvolveu-se em animais designados ao mercado. Esses animais permanecem presos até o comercio. Vários caminhões transportam os animais vivos, em locais fechados, pequenos, aglomerados, transmitindo vírus entre si. Os primeiros casos de coronavírus que apareceram no Brasil foram de pessoas, em viagens de avião, que passaram muitas horas confinadas. Pessoas muito próximas, recebendo e transmitindo o vírus. A gripe espanhola é um caso com uma ideia próxima, pois surgiu de aglomeração de soldados, assim como, aves presas em gaiolas. Não há certeza se o novo coronavírus veio de alguma dessas condições e espécies de animais. Porém, é bom elucidar que pessoas de todos os lugares do mundo comem animais silvestres, inclusive os brasileiros. Sendo assim, reprovar um costume cultural em detrimento de outros não é sensato. Antes de dar qualquer parecer é importante compreender as circunstâncias que cercam a situação. Muitos cristãos se ofendem com a concepção secular de que doenças como o coronavírus surgem no mundo por processos naturais. Na época presente temos as manifestações ecológicas, e com vista à preservação da natureza, os cristãos, por obrigação, devem se preocupar com a criação e aliviar o sofrimento humano que estiver ao seu alcance. A Bíblia não brinca de adivinhações e o que nela contêm, em tempo propicio, se manifestará. A verdade da Escritura é indiscutível, apesar de muitas vezes não ficar claro, na historia da igreja cristã, as questões do fim dos tempos. O coronavírus é um despertar para todo o mundo, principalmente para cristãos que cursam suas vidas despreparados. O principio das dores, em Mateus 24, nos indica sobre a vinda de Jesus, como diz no versículo 7 e 8: “Haverá fomes e terremotos em vários lugares. Porém todas essas coisas são o princípio das dores.” John Piper diz que “A imagem é da terra como uma mulher em trabalho de parto, tentando dar à luz o novo mundo, que Jesus trará à existência em sua vinda.” O fato é que não sabemos o tempo do fim. Porém, não precisamos ter uma data precisa. Os sinais alertam a todos. Em Marcos 13.33: “Estejam de sobreaviso e vigiem, porque vocês não sabem quando será o tempo”. Marcos 13.29: “Dessa mesma maneira, assim que observardes esses sinais ocorrendo, sabei que o tempo está próximo, já às portas”. A interpretação literal de passagens bíblicas, principalmente dos profetas pode causar desastres, porém o “princípio das dores” é sinal de que logo Jesus voltará. O coronavírus é uma questão ecológica, mas, sobretudo escatológica. O conforto do cristão, na vida e na morte, é o Senhor Jesus, e independente dos fins que o coronavírus possa trazer, estão seguros. A Bíblia não faz previsão, ela é o livro que fala do fim dos tempos do mesmo modo que do inicio de todas as coisas.