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Cada indicador pode estar associado a vários índices, mesmo que reflitam aspectos de uma
mesma realidade. Ex:
INDICADORES DE DESEMPENHO
PORQUE MEDIR?
Tomar decisões acertadas significa conhecer, com precisão, os fatores que envolvem a
questão, dominar fatos e dados. Para isso, a empresa deve dispor de um rotineiro sistema de
acompanhamento dos fatos e medição dos resultados que mais interessam a seu negócio. São
estes, em sua maior parte, indicadores da qualidade e produtividade.
Indicadores são expressões numéricas, simbólicas ou verbais utilizadas para caracterizar o
desempenho de determinado processo, atividade ou estratégia.
Indicadores podem se empregados para analisar se as suposições que estão por trás da
estratégia são válidas ou não.
Vantagens
Indicadores econômico-financeiros
Exemplo:
1- A receita da empresa para o ano foi planejada em R$ 750 mil. Ao final do período, obteve-se
um resultado de R$ 748 mil.
Indicador: Índice de receita anual
Índice: 748 = 0,984 (ou 98,4 %)
750
Indicadores de Fornecedores
Medem a qualidade dos serviços prestados pelos fornecedores de bens, materiais e serviços
da empresa.
Exemplo:
Indicadores Sociais
Para mensurar quaisquer dos indicadores citados acima, podemos utilizar como instrumentos:
formulários, check-list, gráficos, tabelas, entre outros.
Engª Cláudia Cecilia Tasca 3/9
FTEC - QUALIDADE NA EMPRESA
Tenho assistido em várias empresas a perda de tempo e recursos quando os indicadores são
estabelecidos de forma errônea. Como dizia nosso finado mestre Ishikawa, o gerenciamento
começa pelos indicadores. Tendo como objetivo clarear um pouco mais o tema, descrevo
abaixo algumas características de um bom “item de gerenciamento” (indicador).
Não pode haver muitos indicadores - Como os indicadores representam prioridades, não
pode haver muitos indicadores para cada dono. Experiências fáceis de serem feitas mostram
que os seres humanos conseguem guardar, em média, três itens na memória. Algumas
pessoas excepcionais chegam a cinco. Por outro lado, não dá para gerenciar mais do que isto.
Um indicador deve sempre ter uma regra - Se estou gerenciando certo processo, meus
indicadores devem seguir “regras universais”. Que é isto? É o seguinte: tenho que arrumar
meus indicadores de tal maneira que possa fazer julgamentos. Por exemplo: “custos de
overhead devem cair sempre”. Portanto, se estou gerenciando os custos de overhead, quando
estes sobem temos um caso grave que deve ser analisado profundamente, de tal forma que
ações corretivas possam ser tomadas. Sabemos que os custos variáveis flutuam com o nível
de produção. No entanto, se expressarmos os custos variáveis em valor por unidade produzida
então poderemos ter como regra universal o seguinte: “custos variáveis por unidade de produto
devem cair sempre”. Certa vez vi em uma empresa um “indicador” chamado “custos fixos”.
Acreditei! A regra universal neste caso é “deve cair sempre”. Quando este indicador subiu criei
o maior caso e deram-me várias explicações: a produção estava aumentando e as horas extras
estavam subindo, etc. Mas hora extra não é custo fixo! Ou seja, não dá para misturar custos de
naturezas diferentes pois neste caso não existem “regras universais” e, portanto, não temos
critérios de julgamento. Estamos à deriva.
Indicadores de melhoria podem ser temporários - Tenho visto empresas que padronizam
indicadores. Nada mal padronizar indicadores operacionais. O problema é que indicadores de
melhoria são estabelecidos sobre itens prioritários, naquele momento e naquele local, que se
deseja gerenciar. Por exemplo: se uma empresa está com sua linha de produção totalmente
cheia e não tem mais capacidade, não adianta brigar por mais volume de vendas. O que temos
que buscar é a margem, possivelmente focar em mix, precificação e custos. Os problemas
variam no espaço e no tempo e, portanto, também os indicadores! Se um problema está
resolvido e você é benchmark mundial, melhor seria eliminar aquele indicador e buscar outro.
De forma geral, os indicadores de rotina operacional (manutenção do valor) são mais estáveis
e os de melhoria devem ser estabelecidos sempre sobre as prioridades locais e temporais.
O indicador líder numa empresa é sempre de caráter financeiro - Hospitais, escolas e até
mesmo igrejas não funcionam sem dinheiro. Os recursos financeiros são o sangue de qualquer
organização: a pressão e a temperatura têm que estar certas. Faltou dinheiro, faltou tudo.
Engª Cláudia Cecilia Tasca 5/9
FTEC - QUALIDADE NA EMPRESA
Desta forma, não poderá haver nada mais importante para uma empresa do que ter uma
operação que gere um bom caixa. São os indicadores financeiros que mostram a excelência da
operação. Além disto, o critério para priorizar ações gerenciais e, portanto, indicadores, deve
ser sempre financeiro.
Estas são regras básicas. Convido os leitores a criarem outras. Se as regras básicas acima
forem obedecidas por todos já melhora muito. Indicador é coisa muito séria e o início de um
bom gerenciamento.
PADRÕES
Padrões são especificações técnicas que permitem ao usuário optar pela melhor razão
custo/benefício em cada exercício do seu poder de compra. Neste conceito, padrões existem
na telefonia, na energia elétrica e na indústria automobilística, que são segmentos com adoção
de padrões bem sucedidos.
A melhor forma de exemplificar o que é um padrão é pensarmos em uma lâmpada elétrica - ao
comprarmos uma lâmpada no supermercado sabemos que certamente servirá no bocal a que
se destina, e isso não depende de quem a fabricou.
Podemos entender ainda que padrões podem ser índices escolhidos como referenciais de
comparação.
Problemas são detectados quando existe variação negativa entre o padrão definido e o índice
apontado pelo instrumento de mensuração do indicador.
Exemplo:
Baseado no exemplo acima escolha uma situação atual e trabalhe até a definição do novo
padrão:
Fórmula:
BENCHMARKING
No final da década de 70 a Xerox chegou à conclusão que havia perdido uma parcela
significativa do mercado de máquinas e copiadoras. Os competidores japoneses estavam
ganhando a fatia de mercado de copiadoras de alto volume dentro do próprio mercado norte-
americano. A Xerox assistia a invasão japonesa do mercado de copiadoras, a exemplo ocorrido
na indústria automobilística, de motocicletas e de equipamentos eletrônicos. A Xerox decidiu
então descobrir como os japoneses conseguiam produzir produtos de alta qualidade a custos
tão baixos. Através de uma joint venture no Japão, a Fugi-Xerox, começou a investigar como
os japoneses gerenciavam seus negócios, iniciando-se então uma comparação estabelecendo
o que pode ser considerado como o primeiro benchmarking.
O benchmarking pode ser definido como sendo um método para examinar em detalhe algum
processo, prática de gestão, ou produto da organização e compará-lo com um processo,
prática ou produto similar que esteja sendo executado de maneira mais eficaz e eficiente, na
própria ou em outra organização, visando a implementação de melhorias significativas.
(Critérios de Excelência 2005 – FNQ).
Em suma, é um método para a melhoria dos processos internos através da comparação deles
com referências externas, ou mesmo internas. Partindo-se de análise das atividades e práticas
existentes dentro da empresa, o objetivo é compreender processos ou atividades existentes
BENEFÍCIOS DO BENCHMARKING
TIPOS DE BENCHMARKING
Embora muitas empresas façam um mau uso do benchm,arking utilizando-o como fonte de
espionagem industrial e cópia de produtos ou processos, quando aplicado de forma séria e
bem planejada, os resultados obtidos podem garantir o sucesso da empresa do futuro.
Entende-se, cada vez mais, que o benchmarking será utilizado para estabelecer as etapas
necessárias para alcançar tais metas. O benchmarking pode ser associado com a gestão da
qualidade, de forma a dirigir sua atuação para o cliente, seja este interno ou externo.