Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Por outro lado, os agentes administrativos temporários são aqueles que, por
necessidade excepcional e de relevante interesse público (artigo 37, inciso
IX da Constituição Federal de 1988), são contratados pela Administração
Pública para tão somente exercer uma função pública específica e por
tempo determinado, por meio de um regime contratual especial de direito
público. Nesta hipótese específica, é afastada a regra da contratação
mediante concurso público, porquanto esses agentes administrativos não
ocupam cargo nem emprego público. São regidos pelo disposto na lei
8.745, de 09 de dezembro de 1993.
Neste mesmo sentido, preconiza Celso Antônio Bandeira de Mello 4 que, "o
Estado, ressalvadas as pertinentes disposições constitucionais impeditivas,
deterá o poder de alterar legislativamente o regime jurídico de seus
servidores, inexistindo a garantia de que continuarão sempre disciplinados
pelas disposições vigentes quando de seu ingresso. Então, benefícios e
vantagens, dantes previstos, podem ser ulteriormente suprimidos. Bem por
isso, os direitos que dele derivem não se incorporam integralmente, de
imediato, ao patrimônio jurídico do servidor (firmando-se como direito
adquiridos), do mesmo modo que nele se integrariam se a relação fosse
contratual". Verifica-se, no contexto da Administração Pública, que o
interesse público prevalece em detrimento do interesse individual.
Mais adiante, a CF/88, no artigo 39, § 1°, dispõe que se aplicam aos
servidores públicos alguns direitos dispostos no artigo 7° desse mesmo
diploma legal, artigo este que trata de direito de trabalhadores do setor
privado.
Nos termos do artigo 81, será concedida licença ao servidor público: (i) por
motivo de doença, inclusive em pessoa da família, precedidas de exame por
perícia médica oficial, sendo vedado o exercício de atividade remunerada
durante o período de licença; (ii) por motivo de afastamento do cônjuge ou
companheiro, isto é, nas hipóteses em que o servidor precise acompanhar o
cônjuge ou o companheiro deslocado para outro ponto do território
nacional, para o exterior ou para o exercício de mandato eletivo dos
Poderes Executivo e Legislativo (nestes casos, a licença poderá ser por
prazo indeterminado e sem direito à remuneração); (iii) para o serviço
militar; (iv) para atividade política, sem direito à remuneração; (v) para
capacitação, podendo ou não ser remunerado; (vi) para tratar de interesses
particulares, a critério da Administração Pública, desde que não esteja em
estágio probatório, pelo prazo de até três anos consecutivos, sem
remuneração; e (vii) para desempenho de mandato classista10.
Por fim, nos termos do artigo 97, poderá o servidor público ausentar-se do
serviço, sem qualquer prejuízo: (i) por um dia para doação de sangue; (ii)
por dois dias para alistamento ou recadastramento eleitoral; e (iii) por oito
dias consecutivos em razão de casamento e/ou falecimento do cônjuge,
companheiro, pais, madrasta ou padrasto, filhos, enteados, menor sob
guarda ou tutela e irmãos. Nas hipóteses de servidor público estudante,
desde que incompatível o horário escolar com o da repartição, será
concedida horário de trabalho especial. Da mesma forma, aos portadores de
deficiência, quando comprovada a necessidade por junta médica oficial.
8 São eles: (i) não exista imóvel funcional disponível para uso pelo
servidor; (ii) o cônjuge ou companheiro do servidor não ocupe imóvel
funcional; (iii) o servidor ou seu cônjuge ou companheiro não seja ou tenha
sido proprietário, promitente comprador, cessionário ou promitente
cessionário de imóvel no Município aonde for exercer o cargo, incluída a
hipótese de lote edificado sem averbação de construção, nos doze meses
que antecederem a sua nomeação; (iv) nenhuma outra pessoa que resida
com o servidor receba auxílio-moradia; (v) o servidor tenha se mudado do
local de residência para ocupar cargo em comissão ou função de confiança
do Grupo-Direção e Assessoramento Superiores, níveis 4, 5 e 6, de
Natureza Especial, de Ministro de Estado ou equivalentes; (vi) o Município
no qual assuma o cargo em comissão ou função de confiança não se
enquadre nas hipóteses do art. 58, § 3o, em relação ao local de residência
ou domicílio do servidor; (vii) o servidor não tenha sido domiciliado ou
tenha residido no Município, nos últimos doze meses, aonde for exercer o
cargo em comissão ou função de confiança, desconsiderando-se prazo
inferior a sessenta dias dentro desse período; (viii) o deslocamento não
tenha sido por força de alteração de lotação ou nomeação para cargo
efetivo; e (ix) o deslocamento tenha ocorrido após 30 de junho de 2006.