Você está na página 1de 12

Os principais direitos do servidor público

Vladmir Oliveira da Silveira

Os servidores públicos são aquelas pessoas que estão vinculadas ao Estado


em decorrência de uma relação de trabalho de natureza não eventual e, por
isso, estão submetidos ao regime de direito público.

Tal como ocorre na iniciativa privada, o setor público também imprescinde


de recursos humanos para a execução de suas atividades cotidianas. Esses
recursos humanos, nos âmbitos da Administração Pública Direita (em seus
mais diversos níveis, isto é, federal, estadual e municipal) ou Indireta (tais
como autarquias e fundações), são denominados de agentes administrativos
que se constituem por pessoas físicas que "sob variados vínculos, seja
estatutário ou celetista, de forma definitiva ou transitória e algumas vezes
sem qualquer liame, prestam serviços à Administração Pública ou realizam
atividades de sua responsabilidade"1, mediante remuneração paga pelo
erário.

Diante dessa conceituação é possível depreender que os agentes


administrativos podem ser categorizados de três formas, a saber: (i) os
estatutários (servidores ou funcionários públicos propriamente ditos); (ii)
os celetistas (empregados públicos); e (iii) os temporários. Apesar de o
presente texto ter como objetivo elencar os principais direitos dos
servidores públicos, importante delinear as principais características das
demais categorias.
Assim, será considerado empregado público àquelas pessoas que são
vinculadas funcionalmente ao Estado, por meio do regime de direito
privado, isto é, sob o regime contratual da Consolidação das leis
Trabalhistas ("CLT")2, mas que, ainda assim, submetidas a certos
princípios de direito público, tal como, por exemplo, a necessidade de
aprovação em concurso público para sua investidura.

Por outro lado, os agentes administrativos temporários são aqueles que, por
necessidade excepcional e de relevante interesse público (artigo 37, inciso
IX da Constituição Federal de 1988), são contratados pela Administração
Pública para tão somente exercer uma função pública específica e por
tempo determinado, por meio de um regime contratual especial de direito
público. Nesta hipótese específica, é afastada a regra da contratação
mediante concurso público, porquanto esses agentes administrativos não
ocupam cargo nem emprego público. São regidos pelo disposto na lei
8.745, de 09 de dezembro de 1993.

Já os servidores públicos são aquelas pessoas que estão vinculadas ao


Estado em decorrência de uma relação de trabalho de natureza não eventual
e, por isso, estão submetidos ao regime de direito público, disciplinado por
diploma legal específico, normalmente denominado de Estatuto. Por tal
razão, diz-se que os servidores públicos estão sujeitos a um "regime
estatutário" próprio e diferenciado. No que diz respeito a este aspecto, é
pacífico o entendimento de que o "cargo ou função pública pertence ao
Estado e não ao agente; desta forma, poderá o Estado ampliar, suprimir ou
alterar os cargos e funções, não gerando direito adquirido ao agente
titular"3.

Neste mesmo sentido, preconiza Celso Antônio Bandeira de Mello 4 que, "o
Estado, ressalvadas as pertinentes disposições constitucionais impeditivas,
deterá o poder de alterar legislativamente o regime jurídico de seus
servidores, inexistindo a garantia de que continuarão sempre disciplinados
pelas disposições vigentes quando de seu ingresso. Então, benefícios e
vantagens, dantes previstos, podem ser ulteriormente suprimidos. Bem por
isso, os direitos que dele derivem não se incorporam integralmente, de
imediato, ao patrimônio jurídico do servidor (firmando-se como direito
adquiridos), do mesmo modo que nele se integrariam se a relação fosse
contratual". Verifica-se, no contexto da Administração Pública, que o
interesse público prevalece em detrimento do interesse individual.

Certos direitos básicos dos servidores públicos estão previstos na


Constituição Federal de 1988 ("CF/88"), em especial, nos artigos 39 a 41.
Ato contínuo, no âmbito federal, a lei 8.112, de 11 de dezembro de 1990
("Estatuto do Servidor Público") representa o regime jurídico dos
servidores públicos federais, estabelecendo, dentre outras coisas, outros
direitos e deveres desses agentes administrativos no exercício de suas
funções. Nada impede, não obstante, que outros direitos sejam atribuídos
aos servidores públicos pelas Constituições estaduais e/ou leis ordinárias
dos entes da Federação e de municípios.

O acesso aos cargos, funções e empregos públicos é possível a todos os


brasileiros e estrangeiros, desde que preencham os requisitos legais,
requisitos estes presentes no artigo 5° do Estatuto do Servidor Público,
quais sejam: (i) ter a nacionalidade brasileira; (ii) gozar de direitos
políticos; (iii) estar quite com as obrigações militares e eleitorais; (iv) ser
maior de idade; e (v) ter aptidão física e mental. Adicionalmente, para que
haja a nomeação de um servidor público ou de um empregado público é
imprescindível a realização e a aprovação em um concurso público de
provas ou de provas e títulos, consoante artigo 37, inciso II da CF/88,
exceto nos casos de nomeações para cargos em comissão e de contratação
de agentes temporários; todavia, nestes últimos casos, são desprovidos de
estabilidade, benefício este voltado exclusivamente aos servidores públicos.

A estabilidade é, pois, garantia constitucional que se efetiva após três anos


de exercício do cargo ou função (artigo 41) e que somente poderá ser
afastada e, consequentemente, o servidor público ser demitido, nos
seguintes casos: (i) em virtude de sentença judicial transitada em julgado;
(ii) mediante processo administrativo disciplinar, assegurada a ampla
defesa; ou (iii) mediante procedimento de avaliação periódica de
desempenho, na forma da lei, assegurando-se igualmente a ampla defesa 5.
O período entre a investidura e a estabilidade do servidor público é
chamado de estágio probatório.

Os direitos e deveres dos servidores públicos na CF/88

Consoante artigo 39 da CF/88, será instituído regime jurídico único e


planos de carreira para os servidores da Administração Pública Direta e
Indireta, com o objetivo de garantir tratamento isonômico entre eles. Esse
regime jurídico é o estabelecido no Estatuto do Servidor Público.

Mais adiante, a CF/88, no artigo 39, § 1°, dispõe que se aplicam aos
servidores públicos alguns direitos dispostos no artigo 7° desse mesmo
diploma legal, artigo este que trata de direito de trabalhadores do setor
privado.

Assim, estão garantidos aos servidores públicos os seguintes direitos: (i)


salário mínimo, fixado em lei com reajustes periódicos que lhe preservem o
poder aquisitivo, inclusive para aqueles que percebem remuneração
variável; (ii) décimo terceiro salário com base na remuneração integral ou
no valor da aposentadoria; (iii) adicional noturno; (iv) salário família pago
em razão do dependente do trabalho de baixa renda, nos termos da lei; (v)
duração do trabalho não superior a oito horas diárias e quarenta e quatro
semanais, facultada a compensação de horários e a redução da jornada; (vi)
repouso semanal remunerado, preferencialmente aos domingos; (vii) hora
extra de, no mínimo, cinquenta por cento à do normal; (viii) férias anuais
remuneradas com, pelo menos, um terço a mais do que o salário normal;
(ix) licença maternidade, sem prejuízo do emprego e do salário, com
duração de cento e vinte dias; (x) licença paternidade, nos termos da lei;
(xi) proteção do mercado de trabalho da mulher, mediante incentivos
específicos, nos termos da lei; (xii) redução dos riscos inerentes ao
trabalho, por meio de normas de saúde, higiene e segurança; e (xiii)
proibição de diferença de salários, de exercício de funções e de critério de
admissão por motivo de sexo, idade, cor ou estado civil.

Também serão assegurados aos servidores um "regime de previdência de


caráter contributivo e solidário, mediante contribuição do respectivo ente
público, dos servidores ativos e inativos e dos pensionistas" (artigo 40),
vedada a adoção de requisitos e critérios diferenciados, ressalvados os
servidores: (i) portadores de deficiência; (ii) que exerçam atividade de
risco; e (iii) cujas atividades sejam exercidas sob condições especiais que
prejudiquem a saúde ou a integridade física.

Por fim, a CF/88 permite o direito à livre associação sindical e o direito de


greve (conforme definido em legislação específica), nos termos do artigo
37, respectivamente, incisos VI e VII.

Os direitos, vantagens e deveres dos servidores públicos no Estatuto do


Servidor Público Federal

O Título III do Estatuto do Servidor Público prescreve os direitos e as


vantagens dos servidores públicos no âmbito federal.

Como forma de retribuição pecuniária pelo exercício do cargo público, o


servidor tem direito a vencimentos, cujo valor é previamente fixado em lei,
sendo estes irredutíveis, como também não passíveis de arresto, sequestro
ou penhora, exceto nos casos de prestação de alimentos resultantes de
decisão judicial.

Contudo, nos termos do artigo 42, é vedada a percepção mensal, a título de


remuneração6, de "importância superior à soma dos valores percebidos
como remuneração em espécie, a qualquer título, nos âmbitos dos
respectivos Poderes, pelos ministros de Estado, por membros do Congresso
Nacional e ministros do Supremo Tribunal Federal", excluídas dessa
limitação as vantagens previstas no artigo 61, incisos II a VII7.

Além dos vencimentos, os servidores públicos poderão ter direito às


seguintes vantagens: (i) indenizações; (ii) gratificações; e (iii) adicionais.
Ao passo que as indenizações não são incorporadas ao vencimento, as
gratificações e os adicionais incorporam-se, nos casos e nas condições
indicadas em lei.

De acordo com o artigo 51, constituem indenização ao servidor público: (i)


ajuda de custo; (ii) diárias; (iii) transporte; e (iv) auxílio-moradia. A ajuda
de custo destina-se "a compensar as despesas de instalação do servidor que,
no interesse do serviço, passar a ter exercício em nova sede, com mudança
de domicílio em caráter permanente" (artigo 53). Já as diárias são
destinadas a "indenizar as parcelas de despesas extraordinárias com
pousadas, alimentação e locomoção urbana" (artigo 58) quando o servidor
precisar se afastar da sede em caráter eventual ou transitório para outro
ponto do território nacional ou para o exterior (assim, se deslocamentos são
exigências permanentes do cargo, ele não fará jus a essa vantagem). Por
sua vez, as indenizações de transporte são devidas quando o servidor utiliza
meios próprios de locomoção para execução de serviços externos, por força
das atribuições próprias do cargo (artigo 60). E, por fim, o auxílio-moradia
consiste "no ressarcimento das despesas comprovadamente realizadas pelo
servidor com aluguel de moradia ou com meio de hospedagem
administrado por empresa hoteleira" (artigo 60-A) e serão devidas se
atendidos os requisitos dispostos no artigo 60-B8.

Em adição aos vencimentos e as vantagens acima elencadas, serão


deferidos aos servidores públicos as seguintes retribuições, gratificações e
adicionais:

(i) retribuição pelo exercício de função de direção, chefia e assessoramento,


na qual lei específica disporá sobre o assunto;

(ii) gratificação natalina, correspondente a um doze avos da remuneração a


que o servidor fizer jus no mês de dezembro, por mês de exercício no
respectivo ano;

(iii) adicional pelo exercício de atividades insalubres, perigosas ou penosas


sobre o vencimento, devido aos servidores que trabalharem com
habitualidade em locais insalubres ou em contato permanente com
substâncias tóxicas, radioativas ou com risco de vida. Assim sendo
cessadas as condições de risco, cessa o pagamento deste adicional;

(iv) adicional pela prestação de serviço extraordinário, equivalente a um


acréscimo de cinquenta por cento em relação à hora normal de trabalho,
para atender a situações excepcionais e temporárias, respeitado o limite
máximo de duas horas por jornada;

(v) adicional noturno, consistindo em serviços prestados em horário


compreendido entre 22 horas de um dia e 05 horas do dia seguinte e com
acréscimo de vinte e cinco por cento no valor-hora, computando-se cada
hora como cinquenta e dois minutos e trinta segundos;

(vi) adicional de férias, correspondendo a um acréscimo de um terço da


remuneração. A este respeito, as férias terão duração de trinta dias,
podendo ser parceladas em até três etapas, e poderão ser acumuladas, até o
máximo de dois períodos;

(vii) outros, relativos ao local ou à natureza do trabalho; e

(viii) gratificação por encargo de curso ou concurso, devida ao servidor


que, em caráter eventual, (a) atuar como instrutor em curso de formação, de
desenvolvimento ou de treinamento regularmente instituído no âmbito da
administração pública federal; (b) participar de banca examinadora ou de
comissão para exames orais, para análise curricular, para correção de
provas discursivas, para elaboração de questões de provas ou para
julgamento de recursos intentados por candidatos; (c) participar da logística
de preparação e de realização de concurso público envolvendo atividades
de planejamento, coordenação, supervisão, execução e avaliação de
resultado, quando tais atividades não estiverem incluídas entre as suas
atribuições permanentes; e (d) participar da aplicação, fiscalizar ou avaliar
provas de exame vestibular ou de concurso público ou supervisionar essas
atividades9.

A despeito dos direitos, vantagens e adicionais acima elencados, os


servidores públicos possuem direito de se ausentar no serviço, em virtude
de licenças, afastamentos e concessões, cujas hipóteses serão a seguir
listadas.

Nos termos do artigo 81, será concedida licença ao servidor público: (i) por
motivo de doença, inclusive em pessoa da família, precedidas de exame por
perícia médica oficial, sendo vedado o exercício de atividade remunerada
durante o período de licença; (ii) por motivo de afastamento do cônjuge ou
companheiro, isto é, nas hipóteses em que o servidor precise acompanhar o
cônjuge ou o companheiro deslocado para outro ponto do território
nacional, para o exterior ou para o exercício de mandato eletivo dos
Poderes Executivo e Legislativo (nestes casos, a licença poderá ser por
prazo indeterminado e sem direito à remuneração); (iii) para o serviço
militar; (iv) para atividade política, sem direito à remuneração; (v) para
capacitação, podendo ou não ser remunerado; (vi) para tratar de interesses
particulares, a critério da Administração Pública, desde que não esteja em
estágio probatório, pelo prazo de até três anos consecutivos, sem
remuneração; e (vii) para desempenho de mandato classista10.

Consoante artigo 93, os afastamentos dos servidores públicos serão


possíveis nos seguintes casos: (i) para servir a outro órgão ou entidade para
exercício de cargo em comissão ou função de confiança ou em outros casos
desde que previstos em lei específica; (ii) para exercício de mandato
eletivo; (iii) para estudo ou missão no exterior; e (iv) para participação em
programa de pós-graduação stricto sensu no País.

Por fim, nos termos do artigo 97, poderá o servidor público ausentar-se do
serviço, sem qualquer prejuízo: (i) por um dia para doação de sangue; (ii)
por dois dias para alistamento ou recadastramento eleitoral; e (iii) por oito
dias consecutivos em razão de casamento e/ou falecimento do cônjuge,
companheiro, pais, madrasta ou padrasto, filhos, enteados, menor sob
guarda ou tutela e irmãos. Nas hipóteses de servidor público estudante,
desde que incompatível o horário escolar com o da repartição, será
concedida horário de trabalho especial. Da mesma forma, aos portadores de
deficiência, quando comprovada a necessidade por junta médica oficial.

Ainda, nos termos do Estatuto do Servidor Público, os servidores públicos


têm direito à seguridade social, nos termos do artigo 183 e seguintes,
objetivando dar cobertura aos riscos a que estão sujeitos e compreendendo
um conjunto de benefícios que serão elencados a seguir.

Ao servidor público os benefícios compreendem em: (i) aposentadoria (por


invalidez permanente, compulsoriamente ou voluntariamente); (ii) auxílio-
natalidade; (iii) salário-família; (iv) licença para tratamento de saúde; (v)
licença à gestante, à adotante e licença paternidade; (vi) licença por
acidente em serviço; (vii) assistência à saúde; e (viii) garantia de condições
individuais e ambientais de trabalho satisfatórias. Por outro lado, aos
dependentes do servidor público os benefícios são: (i) pensão vitalícia e
temporária; (ii) auxílio-funeral; (iii) auxílio-reclusão; e (iv) assistência à
saúde.
______________
1 GASPARINI, Diógenes. Direito Administrativo. 8.ed. São Paulo:
Saraiva, 2003, p. 129.

2 Modalidade obrigatória nos casos de empresas públicas e de sociedades


de economia mista.

3 PAULO, Marcelo Alexandrino Vicente. Direito Administrativo. 17.ed.


São Paulo: Método, 2009, p. 125.

4 MELLO, Celso Antônio Bandeira de Vicente. Curso de Direito


Administrativo. 22.ed. São Paulo: Malheiros, p. 244.

5 Por depender de lei complementar específica, a Administração Pública


não poderá demitir servidores públicos com base neste dispositivo
enquanto não sobrevier regulamentação.

6 A remuneração de um servidor público é a soma dos vencimentos mais


eventuais vantagens de caráter individual e as relativas à natureza ou ao
local de trabalho a que ele tem direito.

7 São elas: (i) gratificação natalina; (ii) adicional pelo exercício de


atividades insalubres, perigosas e penosas; (iii) adicional pela prestação de
serviço extraordinário; (iv) adicional noturno; e (v) adicional de férias.

8 São eles: (i) não exista imóvel funcional disponível para uso pelo
servidor; (ii) o cônjuge ou companheiro do servidor não ocupe imóvel
funcional; (iii) o servidor ou seu cônjuge ou companheiro não seja ou tenha
sido proprietário, promitente comprador, cessionário ou promitente
cessionário de imóvel no Município aonde for exercer o cargo, incluída a
hipótese de lote edificado sem averbação de construção, nos doze meses
que antecederem a sua nomeação; (iv) nenhuma outra pessoa que resida
com o servidor receba auxílio-moradia; (v) o servidor tenha se mudado do
local de residência para ocupar cargo em comissão ou função de confiança
do Grupo-Direção e Assessoramento Superiores, níveis 4, 5 e 6, de
Natureza Especial, de Ministro de Estado ou equivalentes; (vi) o Município
no qual assuma o cargo em comissão ou função de confiança não se
enquadre nas hipóteses do art. 58, § 3o, em relação ao local de residência
ou domicílio do servidor; (vii) o servidor não tenha sido domiciliado ou
tenha residido no Município, nos últimos doze meses, aonde for exercer o
cargo em comissão ou função de confiança, desconsiderando-se prazo
inferior a sessenta dias dentro desse período; (viii) o deslocamento não
tenha sido por força de alteração de lotação ou nomeação para cargo
efetivo; e (ix) o deslocamento tenha ocorrido após 30 de junho de 2006.

9 Ademais, esta gratificação somente será paga se tais atividades forem


exercidas sem prejuízo das atribuições do cargo de que o servidor público
for titular, devendo ser objeto de compensação de carga horária quando
desempenhadas durante a jornada de trabalho (artigo 76, § 2°) e não são
incorporadas aos vencimentos ou tampouco poderão ser utilizadas como
base de cálculo para quaisquer outras vantagens, inclusive para fins de
aposentadoria e pensões (artigo 76, § 3°).

10 Isto é, para o desempenho de mandato em confederação, federação,


associação de classe de âmbito nacional, sindicato representativo da
categoria ou entidade fiscalizadora da profissão ou, ainda, para participar
de gerência ou administração em sociedade cooperativa constituída por
servidores públicos para prestar serviços a seus membros (artigo 92).
______________

*Vladmir Oliveira da Silveira é advogado da Advocacia Ubirajara


Silveira, professor de Direito na PUC/SP e professor titular de Direito da
Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS).

Você também pode gostar