Memorial Técnico Descritivo

Projeto Elétrico Do Mercado Municipal De Condeúba

Endereço: Praça da Bandeira, SN – Condeúba – BA
Obra: Mercado Municipal
Proprietário: Prefeitura Municipal de Condeúba
Endereço: Praça da Bandeira, SN – Condeúba - BA
Data: Setembro de 2017
Responsável Técnico: Dôglany Marinho Sousa

MEMORIAL DESCRITIVO ELÉTRICO

1. INTRODUÇÃO
1.1. Este memorial tem por objetivo especificar detalhes construtivos para execução do projeto
elétrico do Mercado Municipal de Carne na cidade de Piripá.
1.2. Toda e qualquer alteração do projeto durante a obra deverá ser feita mediante consulta
prévia do engenheiro projetista que produzirá um ofício aprovando a execução.
1.3. Ao final da execução deverá ser entregue um projeto elétrico AS-BUILT considerando
todas as modificações que foram realizadas no projeto e um diagrama unifilar atualizado.
1.4. Ficará a critério do órgão fiscalizador da Prefeitura Municipal de Piripá (PMP) impugnar
qualquer serviço executado que não satisfaça as condições aqui prescritas.

2. COMPOSIÇÃO DO PROJETO
2.1 Além do presente Memorial Descritivo, os seguintes elementos técnicos compõem o projeto:
2.2 PRANCHA CONTENDO: planta baixa, esquema unifilar, quadro de cargas, detalhamento e
dimensionamento da entrada de energia.

3. NORMAS E DETERMINAÇÕES
3.1. As seguintes normas nortearam este projeto e devem ser seguidas durante a execução da
obra:
3.2.NBR 5410 - Instalações Elétricas de Baixa Tensão;
3.3.NBR 6148 - Condutores isolados com isolação extrudada de cloreto de polivinila (PVC)
para tensões até 750 V;
3.4.NR10 - Segurança em Instalações e Serviços em Eletricidade;
3.5.NOR.DISTRIBU-ENGE-0022 - Fornecimento de energia elétrica à edificações com

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múltiplas unidades consumidoras;
3.6.Os itens descritos abaixo, tais como tomadas, disjuntores etc. tem suas Normas citadas
quando da descrição dos mesmos;
3.7.Além das normas e regulamento acima mencionados, também serviu de base para este
projeto às indicações do Projeto Arquitetônico.

4. TIPO DE FORNECIMENTO

As unidades consumidoras serão atendidas pela COELBA em tensão secundária de

fornecimento 380/220V, respeitando-se os valores de tensão e suas variações estabelecidas
pela portaria 047/78 do DNAEE.

5. ENTRADA DE ENERGIA E MEDIÇÃO

5.1.O abastecimento de BT será em 380/220V a partir da rede secundária de energia existente
na parte lateral esquerda do prédio.
5.2. A entrada será aérea desde a base do poste até o quadro de medição.
5.3.Os cabos de alimentação serão compostos por quatro condutores, seção reta 25mm² para
fases/neutro e 25 mm² para o condutor de proteção, do tipo singelo, classe de
encordoamento 2, protegidos na subida do poste por eletroduto de ferro galvanizado, DN
50mm(1.1/2"), ou por PVC, DN 60mm( 2”).
5.4. A medição será do tipo direta, em quadro de medidores para edificações de uso coletivo
conforme orientação da Concessionária, localizado conforme indicação em planta.
5.5. No quadro de barramento, será instalado o disjuntor geral, tipo termomagnético, tripolar,
corrente nominal de 100 A, capacidade de ruptura mínima de 10kA.

6. DISTRIBUIÇÃO DE ENERGIA

6.1. O quadro de distribuição de circuitos (QDGERAL) será instalado conforme indicado na

planta elétrica.
6.2. Quadro de distribuição de energia elétrica, embutido na parede, todo construído em material
termoplástico isolante auto extinguível segundo NF C 20-455, com porta transparente com
chave, tampa espelho removível por desengate com local para fixação de etiquetas
identificadoras dos circuitos, recortada de modo a permitir o acionamento das chaves e
disjuntores sem perigo de toque acidental nas partes energizadas, proteção IP40 ou superior.

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Deve ter classe de isolação II e tensão nominal de 380/220 V a 50/60 Hz, conforme a norma
NBR IEC 60439-3. Trilho para fixação dos disjuntores.
6.3.O barramento do condutor de proteção será eletricamente ligado ao terminal de aterramento
principal (TAP), e o barramento de neutro isolado do mesmo.

7. DEMANDA:
7 - Cálculo de Demanda

7.1 - Cálculo da Demanda Do Mercado

Para o cálculo da demanda dos BOX, os medidores foram reunidos num único agrupamento.

7.2 - Cálculo da Demanda dos BOX conforme potência instalada

O agrupamento será composto pelas seguintes potências previstas segundo a NBR 5410:
Carga instalada: No agrupamento dos BOX
 Iluminação (cosα = 0,9) 1.280W
 Tomadas de uso geral 12.800W
 Tomadas de uso específico:
o Moedor de carne: 20.480W
o Freezer horizontal: 17.920W
o Serra de carne para açougue: 64.000W
 Total: 116.480W

Calculo de demanda individual dos BOX:

DC = a + b + c + d + e + f + g
Parcela (a)
 Iluminação: (64 x 20) / 0,9 = 1.422,2W
o A demanda referente à parcela “a” é obtida, através de:
a = (iluminação + tomadas da área de serviço) x FD
a = (1422,2) x 1,0
a = 1.422,2 VA
Parcela (b)
 Aparelhos com potência até 1kW:
o b6 = {(64x200) + (64x280) + (64x320) + (64x1000)] / FP}x FD
b6 = [( 12.800 + 17.920 + 20.480 + 64.000) / 0,8] x 0,36
b6 = 144.000 x 0,36
b6 = 51.840 VA

A demanda individual dos Box é:

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DC = a + b6
DC = 1.422,2 + 51.840
DC = 53.262,2 VA
7.3 – Cálculo da Demanda do Condomínio

Para o cálculo da demanda do condomínio, utilizou-se as orientações constantes na norma

de fornecimento de energia a múltiplas unidades consumidoras (NOR.DISTRIBU-ENGE-0022)
edição de 13/09/2016.

Método da potência instalada para o condomínio:

Carga instalada do condomínio

 Iluminação ( cosα = 0,9 ) 1.560W

 Tomadas de uso geral 7.400W
 Total: 8.960W

Calculo de demanda do condomínio:

DS = a + b + c + d + e + f + g
Parcela (a)
 Iluminação: (39x 40) x 0,9= 1.733,3W
o A demanda referente à parcela “a” é obtida, através de:
a = (iluminação) x FD
a = (1.733,3) x 1,00
a = 1.733,3 VA

 Aparelhos com potência até 1kW:

o b6 = {[(37x200)]/ FP}x FD
b6 = [(7.400) / 0,8] x 0,38
b6 = (9.250) x 0,38
b6 = 3.515VA

A demanda total da área comum do mercado é:

DS = a + b6 + d
DS = 1.733,3 + 3.515
DS = 5.248,3 VA

7.4 – Cálculo da Demanda do Mercado

Para o cálculo da demanda do prédio, utilizou-se as orientações constantes na norma de

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fornecimento de energia a múltiplas unidades consumidoras NOR.DISTRIBU-ENGE-0022 - de
13/09/2016.

Em seguida calcula-se a demanda da edificação pela expressão

Df = Dr x Fr + Ds + Dc

Df = 0 x 1,5 + 5.2487,3 + 53.262,2

Df = 0 + 5.2487,3 + 53.262,2

Df = 58.510,5 VA

O cálculo da demanda da edificação determina um cabo #25mm2 e um disjuntor tripolar de

100A, conforme tabela 2 de edificações de múltiplas unidades localizada na página 34 da norma
NOR.DISTRIBU-ENGE-0022 - de 13/09/2016.

Assim:

RAMAL DE ENTRADA = 3 # 25 (25) mm2

PROTEÇÃO GERAL = DISJUNTOR TRIPOLAR - 100 A

ELETRODUTO = 60 mm ou 2 pol

ATERRAMENTO = CONDUTOR DE COBRE 25mm

ELETRODUTO = 25mm ou pol

8. CONDUTOR NEUTRO
8.1. O condutor neutro deve ser de seção igual à dos condutores fase (conforme o projeto em
anexo), ser contínuo, não sendo permitido ser instalado nenhum dispositivo capaz de causar
sua interrupção.
8.2. O condutor neutro da entrada de energia deve ser aterrado num único ponto, partindo da
caixa de entrada.
9. ATERRAMENTO
9.1. É previsto um condutor de terra para todas as tomadas e para a carcaça das luminárias que
contém reatores para lâmpadas fluorescentes.
9.2. O condutor terra deverá partir do CD, desde o barramento de proteção do mesmo,
configurando o sistema de aterramento tipo TN-S, conforme previsão da Norma NBR-5410.
9.3.O aterramento geral deverá ser executado na área externa ao prédio, junto à entrada de

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serviço, em caixas de PVC de 300mm, com tampa de inspeção, de modo que seja possível
fazer a manutenção do sistema sempre que necessário.
9.4.As hastes de aterramento deverão ser do tipo copperweld, diâmetro 15mm, com no mínimo
2,40m de comprimento e enterradas verticalmente no solo.
9.5.Cada haste foi interligada por cabos horizontais de cobre nu, com seção circular de 50 mm²,
a uma profundidade de 0,20 m da superfície do solo, como mostra na planta. As conexões
entre as hastes verticais e o cabo horizontal foram feitas através de conectores de aperto.
9.6.A conexão do cabo de terra com a haste deverá ficar exposta dentro da caixa, de modo a
facilitar a manutenção.
9.7.O aterramento deve ser acessível por ocasião da vistoria da entrada de energia, sendo que a
haste pode ser instalada em local situado até 5 metros da medição, se ocorrerem dificuldades
para a cravação (cavidade de inspeção).
9.8.Caso não seja possível atender ao nível de resistência de terra acima, deverão ser cravadas
um maior número de hastes, distanciadas entre si de, no mínimo, 2,40m.

10. CIRCUITOS TERMINAIS

10.1. Os circuitos terminais serão todos a três fios (FNT) e tem suas seções indicadas no quadro
de cargas.
10.2. Deve ser tomado especial cuidado no aterramento de carcaça de reatores e luminárias da
iluminação fluorescente.
10.3. A proteção mecânica dos circuitos terminais será feita por eletrodutos de PVC rígido
rosqueável no forro e eletroduto de PVC corrugado nas descidas para tomadas, interruptores
e apliques.
11. RECOMENDAÇÕES PARA EXECUÇÃO
11.1. Deverão ser obedecidas rigorosamente as maneiras de instalação recomendadas pelos
fabricantes dos materiais. Particularmente deverá ser observado o seguinte:
11.2. Quanto à Instalação de Caixas e Eletrodutos:
 As tubulações deverão ser fixadas rigidamente, sempre de maneira a não interferir na
estética ou funcionalidade do local.
 A conexão dos eletrodutos com as caixas deverá ser feita com buchas e arruelas, com
acabamento absolutamente sem saliências ou rebarbas.
 A mudança de alinhamento dos dutos deverá ser feita preferencialmente com caixas; será

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admitida, entretanto, a utilização de curvas, desde que, no máximo, duas no mesmo plano e
não reversas, em cada trecho entre caixas.
 Deverá ser observada rigorosamente a continuidade do sistema de tubulação e caixas.
 A fixação das caixas deverá ser feita pelo fundo, de modo que as tampas possam ser abertas
pela frente.
 A montagem dos quadros deverá ser feita de maneira organizada, com os condutores unidos
através de braçadeiras plásticas.
 O quadro de distribuição será identificado com etiqueta em acrílico preto com letras brancas
gravadas por trás da placa, em baixo relevo.
 Os circuitos deverão ser todos identificados através de etiquetas apropriadas, de modo a se
ter uma indicação inequívoca da localização das cargas vinculadas.
11.3. Quanto aos Condutores Elétricos
 Deverão apresentar, após a enfiação, perfeita integridade da isolação;
 Para facilitar a enfiação, poderá ser utilizada parafina ou talco industrial apropriado;
 Não serão admitidas emendas desnecessárias, bem como fora das caixas de passagem.
 As emendas necessárias deverão ser soldadas e isoladas com fita auto-fusão de boa
qualidade sendo que as pontas deverão ser estanhadas.
 A conexão dos condutores com barramentos e disjuntores deverá ser feita com terminais
pré-isolados, tipo garfo, olhal ou pino, soldados.
11.4. Quanto ao Acabamento
 O interior das caixas deve ser deixado perfeitamente limpo, sem restos de barramentos,
parafusos ou qualquer outro material.
 O padrão geral de qualidade da obra deve ser irrepreensível, devendo ser seguidas, além do
aqui exposto, as recomendações das normas técnicas pertinentes, especialmente a Norma
NBR-5410.

12. GENERALIDADES
As obras deverão ser executadas por profissionais devidamente habilitados, abrangendo
todos os serviços, desde as instalações iniciais até a limpeza e entrega da obra, com todas as
instalações em perfeito e completo funcionamento.
Equipamentos de Proteção Individual. A empresa executora deverá providenciar

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equipamentos de proteção individual, EPI, necessários e adequados ao desenvolvimento de cada
etapa dos serviços, conforme normas na NR-06, NR-10 e NR-18 portaria 3214 do MT, bem
como os demais dispositivos de segurança.
Equipamentos de Proteção Coletiva. A empresa executora deverá providenciar além dos
equipamentos de proteção coletiva também projeto de segurança para o canteiro em consonância
com o PCMAT e com o PPRA específico tanto da empresa quanto da obra planejada.
O profissional credenciado para dirigir os trabalhos por parte da empresa executora deverá
dar assistência à obra, fazendo-se presente no local durante todo o período da obra e quando das
vistorias e reuniões efetuadas pela Fiscalização.
No caso de erros ou discrepâncias as especificações deverão ser comunicado ao
proprietário e ao projetista.
A contratada não deve prevalecer-se de qualquer erro involuntário, ou de qualquer
omissão eventualmente existente para eximir-se de suas responsabilidades.
A construtora obriga-se a satisfazer a todos os requisitos constantes nos desenhos e nas
especificações.
As cotas que constam nos desenhos deverão predominar, caso haja discrepâncias entre as
escalas e as dimensões. O engenheiro residente deverá efetuar todas as correções e interpretações
que forem necessárias para o término da obra de maneira satisfatória.
Quaisquer outros detalhes e esclarecimentos necessários serão julgados e decididos de
comum acordo entre a construtora e o proprietário.
Ao término dos serviços deverá fornecer instruções necessárias ao pessoal designado para
operar e manter a instalação.
Todas as instalações deverão ser executadas com esmero e bom acabamento, com todos os
dutos, tubos e equipamentos, sendo cuidadosamente instalados, formando um conjunto mecânico
ou elétrico satisfatório e de boa aparência.
________________________________
DÔGLANY MARINHO
ENGENHEIRO ELETRICISTA
CREA 39528/BA

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13. ANEXO

Edificação Sem Recuo - Ramal de Ligação Aéreo com Travessia de Rua.

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