Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
CAI Mec Agric 1º - Mecanico Automovel I Suspensao e Direcao - 122
CAI Mec Agric 1º - Mecanico Automovel I Suspensao e Direcao - 122
Mecânico de automóvel I
Suspensão e direção
SENAI-SP - INTRANET
AA309-08
Suspensão e direção
SENAI-SP - INTRANET
AA309-08
Suspensão e direção
Suspensão e direção
032244 (46.25.11.433-8)
SENAI-SP, 2007
2ª Edição
Trabalho editorado por Meios Educacionais da Gerência de Educação da Diretoria Técnica do SENAI-SP.
1ª Edição, 1992.
Trabalho elaborado e editorado pela Divisão de Material Didático da Diretoria de Tecnologia Educacional
do SENAI-SP.
629.133
(CDU,IBICT, 1976)
SENAI-SP - INTRANET
AA309-08
Suspensão e direção
E-mail senai@sp.senai.br
Home page http://www.sp.senai.br
SENAI-SP - INTRANET
AA309-08
Suspensão e direção
Sumário
Apresentação 7
Roda 9
Substituir roda 19
Estabilizador 21
Substituir estabilizador 23
Amortecedor 25
Substituir amortecedor 35
Cubo de roda 37
Rolamentos 43
Graxa 57
Recondicionar cubo de roda 61
Mola 63
Suspensão dependente 67
Suspensão independente 71
Substituir suspensão 75
Estrutura da suspensão 77
Recondicionar suspensão 83
Sistema de direção 85
Substituição da caixa de direção 89
Caixa de direção 91
Recondicionar caixa de direção 101
Balanceamento de roda 103
Balancear roda 107
Alinhamento das rodas 109
Alinhar rodas 115
Tabela de conversões 117
Referências 119
SENAI-SP - INTRANET
AA309-08
Suspensão e direção
SENAI-SP - INTRANET
AA309-08
Suspensão e direção
Apresentação
Quando dirigimos um veículo, queremos que ele obedeça ao nosso comando. Assim:
x A suspensão funciona para que a carroçaria não receba, diretamente, os impactos
dos pneus com buracos e lombadas;
x A barra estabilizadora dificulta o tombamento do veículo, quando ele faz
inclinação numa curva;
x A caixa de direção permite que o motorista mude a direção da trajetória do
veículo, movimentando o volante de direção com menos esforço;
x O alinhamento das rodas com a carroçaria é feito para permitir melhor
dirigibilidade e menos desgaste dos pneus;
x As rodas precisam ser equilibradas (balanceadas, como se diz tecnicamente) para
evitar vibrações das rodas, em determinadas velocidades;
x Cubo é o elemento de ligação da roda cm o eixo.
Estudando esta unidade de ensino você adquirirá conhecimentos básicos sobre rodas
sobre rodas, pneus, molas, amortecedores, barra estabilizadora, suspensão
dependente e independente e caixa de direção.
As operações que você irá executar necessitam de muito cuidado, para evitar
acidentes com macaco hidráulico e feixe de molas, principalmente. O uso correto das
ferramentas contribuirá também para evitar que ocorram acidentes com você e com os
equipamentos.
SENAI-SP - INTRANET
AA309-08 7
Suspensão e direção
SENAI-SP - INTRANET
8 AA309-08
Suspensão e direção
Roda
A roda permite a movimentação do veículo. Ela absorve uma parte dos choques e
vibrações produzidos pelos buracos e outras irregularidades do piso por onde o veiculo
trafega.
Aro
O aro serve de suporte para pneu. Pode ser de aço, que é o mais comum, ou de liga
como as que contêm alumínio. Magnésio, etc.
SENAI-SP - INTRANET
AA309-08 9
Suspensão e direção
O aro de aço é mais resistente a choques. Já o aro de liga leve está mais sujeito a
deformações ou trincas, devido a impacto.
A roda tem diversas aberturas. Umas servem para a ventilação dos freios e outras para
a própria fixação da roda ao eixo.
Abertura da roda
Nas rodas de liga leve, os furos de fixação precisam ser protegidos. Eles não podem
ficar em contato direto com as porcas ou parafusos de fixação que são de aço.
Antigamente essa proteção era feita com graxa mas, atualmente, os furos de fixação
vêm com buchas de aço.
SENAI-SP - INTRANET
10 AA309-08
Suspensão e direção
Observação:
Para veículos pesados e máquinas de terraplanagem usam-se aros desmontáveis
formados de duas ou três partes.
Aros desmontáveis
Pneu
Os pneus são importantes porque seguram o veículo firmemente contra o piso nas
curvas e freadas. Para isto acontecer, é importante que a parte do pneu que entra em
contato com piso, ou seja, sua banda de rodagem, esteja bem conservada.
A banda de rodagem deve ter ranhuras com profundidade mínima, especificada pelo
fabricante, para permitir que a água escape entre pneu e o piso. Assim os pneus não
derrapam, diminuindo a possibilidade de ocorrer hidroplanagem.
SENAI-SP - INTRANET
AA309-08 11
Suspensão e direção
A borracha é o material ideal para a fabricação do pneu por ser flexível, elástica e não
se gasta rapidamente com o atrito. Entretanto, a borracha dos pneus tem que ser
reforçada com fios de algodão, de náilon ou de aço para aumentar sua resistência a
deformações, cortes e perfurações.
Talão é parte do pneu que se apoia no aro da roda e é reforçada por fios de aço.
Composição do pneu
Conforme a disposição dos fios de reforço, o pneu pode ser diagonal ou radial.
Pneu diagonal
SENAI-SP - INTRANET
12 AA309-08
Suspensão e direção
No pneu radial, os fios das lonas estendem-se de uma a outra lateral em ângulo reto.
O pneu radial tem, também, lonas estabilizadoras que permitem bom apoio da banda
de rodagem, mesmo quando o pneu recebe esforço lateral, o que ocorre, por exemplo,
nas curvas.
Pneu radial
SENAI-SP - INTRANET
AA309-08 13
Suspensão e direção
61 257 72 355 83 487 94 670 105 925 do pneu, (veja tabela 1).
62 265 73 365 84 500 95 690 106 950
63 272 74 375 85 515 96 710 107 975 7. A letra representa a velocidade
64 280 75 387 86 530 97 730 108 1000 máxima em que o pneu pode
65 290 76 400 87 545 98 750 109 1030 rodar com total segurança (veja
66 300 77 412 88 560 99 775 110 1060 tabela 2).
67 307 78 425 89 580 100 800 111 1090
68 315 79 437 90 600 101 825 112 1120 8. Indica reforço especial na
69 325 80 450 91 615 102 850 113 1150
estrutura interna do pneu, para
70 335 81 462 92 630 103 875 114 1180
que ele possa receber pesos
acima do normal.
Categoria de velocidade
SENAI-SP - INTRANET
14 AA309-08
Suspensão e direção
Câmara de ar
É um tubo circular de borracha que se coloca dentro do pneu. A câmara é enchida com
ar comprimido, através doe uma válvula. Essa válvula permite a entrada do ar
comprimido, mas impede sua saída interior da câmara.
SENAI-SP - INTRANET
AA309-08 15
Suspensão e direção
O pneu sem câmara tem o interior revestido com borracha macia, que impede a saída
do ar.
Pressão do pneu
A pressão que o ar deve ter dentro da câmara ou do pneu sem câmara é especificada
pelo fabricante. Essa pressão depende de o veículo estar com muito ou pouco peso e
é medida com um calibrador.
SENAI-SP - INTRANET
16 AA309-08
Suspensão e direção
O calibrador portátil tem uma escala que é empurrada pelo ao comprimido do pneu
quando seu bocal é encostado na válvula do pneu.
A medida da pressão é feita pelo manômetro do calibrador fixo, que tem duas escalas.
x Kg/cm2 (quilograma por centímetro quadrado)
x Lb/po12 (libra por polegada quadrada)
A calibragem dos pneus deve ser feita quando eles estiverem fios, ou seja, a
temperatura ambiente. Isto porque os pneus esquentam ao rodarem em contato com o
piso e, assim, sua pressão aumenta. Pneus com pressão acima da recomendada
SENAI-SP - INTRANET
AA309-08 17
Suspensão e direção
gastam mais na parte central da banda os rodagem; com pressão menor esse
desgaste é mais acentuado nos lados da banda rodagem.
Pneus desgastados
Outros problemas, como mau alinhamento, folga nos rolamentos das rodas, etc.,
também provocam um desgaste irregular dos pneus. Isto quer dizer que o Mecânico de
automóvel experiente pode perceber que o veículo tem problemas de direção,
alinhamento, etc. pelo tipo de desgaste ou irregularidades observadas nos pneus
(produzidas por esses defeitos).
SENAI-SP - INTRANET
18 AA309-08
Suspensão e direção
Substituir roda
Ordem de execução
Precaução
Verifique se o macaco está bem posicionado.
SENAI-SP - INTRANET
AA309-08 19
Suspensão e direção
Precaução
Verifique se os cavaletes estão bem posicionados.
6. Inspecione a roda.
7. Calibre o pneu.
8. Instale a roda.
Observações:
x Para instalar o pneu, proceda no sentido inverso ao da remoção.
x Consulte o manual do fabricante.
SENAI-SP - INTRANET
20 AA309-08
Suspensão e direção
Estabilizador
Estabilizador
A barra estabilizadora tem serão circular e é encurvada nas extremidades, para formar
dois braços de alavanca.
Efeito do estabilizador
SENAI-SP - INTRANET
AA309-08 21
Suspensão e direção
Amortecedores inclinados
SENAI-SP - INTRANET
22 AA309-08
Suspensão e direção
Substituir estabilizador
Ordem de execução
2. Retire o estabilizador.
4. Instale o estabilizador.
Observação:
Consulte o manual do fabricante.
SENAI-SP - INTRANET
AA309-08 23
Suspensão e direção
SENAI-SP - INTRANET
24 AA309-08
Suspensão e direção
Amortecedor
O amortecedor é uma peça de aço geralmente formada por duas partes, que se
movimentam lentamente. Ele é instalado entre a carroçaria. (chassi) e a suspensão do
veículo e tem como função amortecer as oscilações das molas e, portanto, da
carroçaria.
Amortecedor hidráulico
O amortecedor hidráulico mais usado é do tipo telescópico – nome que se deve ao fato
de ele ser formado por dois tubos que podem entrar um dentro do outro.
SENAI-SP - INTRANET
AA309-08 25
Suspensão e direção
O êmbolo tem uma haste que atravessa o cilindro externo, sendo presa ao protetor e
ao sistema de fixação do amortecedor.
Câmara do amortecedor
SENAI-SP - INTRANET
26 AA309-08
Suspensão e direção
Amortecedor comprimido
SENAI-SP - INTRANET
AA309-08 27
Suspensão e direção
Amortecedor estendido
Conjunto mola-amortecedor
SENAI-SP - INTRANET
28 AA309-08
Suspensão e direção
SENAI-SP - INTRANET
AA309-08 29
Suspensão e direção
Elementos do amortecedor
A passagem lenta do óleo de uma câmara do amortecedor para outra é que garante
uma movimentação lenta do amortecedor.
Amortecedor pressurizado
Os amortecedores hidráulicos contêm óleo e ar. Por isso, estão sujeitos à perda de
pressão e falha através de dois mecanismos:
x Aeração e
x Cavitação.
SENAI-SP - INTRANET
30 AA309-08
Suspensão e direção
Amortecedor pressurizado
Esse amortecedor tem o gás nitrogênio, o mesmo que compõe a maior parte do ar.
Precaução
Esse tipo de amortecedor não deve ser aberto! Há risco de explosão.
SENAI-SP - INTRANET
AA309-08 31
Suspensão e direção
Esse tipo de amortecedor possui válvulas adicionais, controladas por sinal elétrico, que
permitem modificar o amortecedor em fração de segundo.
SENAI-SP - INTRANET
32 AA309-08
Suspensão e direção
Instalação
Os amortecedores podem ser fixados aos seus pontos de trabalho de duas maneiras:
x Por olhal, que é o tipo mais comum para fixação do amortecedor ao eixo do
veículo;
x Por espiga que é o tipo mais comum para fixação do amortecedor à carroçaria do
veículo.
Fixação do amortecedor
SENAI-SP - INTRANET
AA309-08 33
Suspensão e direção
SENAI-SP - INTRANET
34 AA309-08
Suspensão e direção
Substituir amortecedor
Esta operação ocorre sempre que o amortecedor apresenta defeitos ou quando atinge
seu limite de uso.
Ordem de execução
1. Retire a roda.
Precaução
Observar normas de segurança.
2. Retire o amortecedor.
Observação:
Em alguns tipos de veículos é necessário retirar o conjunto mola/amortecedor.
4. Instale o amortecedor.
5. Instale a roda.
Observação:
Consulte o manual do fabricante.
SENAI-SP - INTRANET
AA309-08 35
Suspensão e direção
SENAI-SP - INTRANET
36 AA309-08
Suspensão e direção
Cubo de roda
O cubo de roda é a peça responsável pela rolagem das rodas dos veículos. Pode ser
de ferro fundido ou de aço.
O cubo pode ser fundido com o tambor de freio, formando uma única peça, ou pode
ser fixado a ele por meio de porcas ou parafusos. Neste último caso, é possível
separar o cubo do tambor.
SENAI-SP - INTRANET
AA309-08 37
Suspensão e direção
O cubo das rodas motrizes – rodas que movem o veículo deve ser capaz de transmitir
a tração do eixo para a roda. Por esse motivo, o cubo deve ser fixado através de cone,
de chaveta ou de estrias.
Nas rodas não-motrizes, que apenas giram passivamente, o cubo é montado sobre um
ou dois rolamentos que podem ser cônicos ou esféricos.
Há uma tampa metálica, chamada protetor da porca do cubo, que cobre a ponta do
eixo. Sua finalidade é impedir a saída da graxa que lubrifica os rolamentos e proteger
os componentes do cubo contra a infiltração de impurezas e choques. Esse protetor é
colocado sob interferência mecânica, cobrindo a ponta do eixo.
A porca que prende o conjunto ao eixo tem um ajuste que deve atender aos padrões
especificados pelo fabricante, para que o conjunto tenha um desempenho normal.
SENAI-SP - INTRANET
38 AA309-08
Suspensão e direção
A porca de Ajuste do cubo pode soltar-se com o movimento de rotação da roda. Para
impedir que isso ocorra, utiliza-se uma arruela com uma saliência em seu diâmetro
interno, que se encaixa na canaleta existente na ponta de eixo. Essa arruela é
montada entre o rolamento externo e a porca de ajuste do cubo, não permitindo que o
giro da roda interfira com a porca.
Para manter o ajuste do cubo, a porca deve ser travada. Esse travamento pode ser
feito de diversas maneiras. As formas mais comuns são as que utilizam:
x Contrapino e porca-castelo;
x Travamento por amassamento da porca;
x Porca e parafuso allen;
x Contraporca com chapa de travamento.
Observação:
Existem veículos que utilizam eixos entalhados. Nesse caso, a porca do cubo da roda
seria de fixação com travamento e não haveria necessidade da arruela.
SENAI-SP - INTRANET
AA309-08 39
Suspensão e direção
Depois de apertada, a porca é travada com seu próprio material, que é prensado para
o interior de uma canaleta existente na ponta do eixo.
Porca prensada
SENAI-SP - INTRANET
40 AA309-08
Suspensão e direção
Nesse travamento, a ponta de eixo não tem orifício nem canaleta, mas a porca tem um
corte, que sai de uma de suas faces externas e atravessa a parte roscada.
SENAI-SP - INTRANET
AA309-08 41
Suspensão e direção
SENAI-SP - INTRANET
42 AA309-08
Suspensão e direção
Rolamentos
O movimento de dois objetos que estejam em contato é prejudicado pelo atrito entre
suas superfícies. Esse atrito deve-se às irregularidades – saliências e reentrância –
que as superfícies apresentam. Essas irregularidades se engancham com o movimento
dos objetos.
Desde a Antigüidades, o homem aprendeu que esse atrito é bem menor quando um
corpo rola ao invés de ser arrastado sobre outras.
Exemplos de atritos
SENAI-SP - INTRANET
AA309-08 43
Suspensão e direção
Rolamentos secionados
SENAI-SP - INTRANET
44 AA309-08
Suspensão e direção
Os rolamentos, segundo os esforços que devem suportar, podem ser divididos em três
classes: rolamento axial, rolamento radial e rolamento axial-radial.
O rolamento axial deve suportar esforços paralelos ao eixo. É o que ocorre com o
mancal de embreagem.
Rolamento axial
O rolamento radial é o que suporta esforços ao longo de seu raio. É usado em semi-
árvores, geradores, etc.
Rolamento radial
SENAI-SP - INTRANET
AA309-08 45
Suspensão e direção
SENAI-SP - INTRANET
46 AA309-08
Suspensão e direção
SENAI-SP - INTRANET
AA309-08 47
Suspensão e direção
T = torque
D = distância
F = força
SENAI-SP - INTRANET
48 AA309-08
Suspensão e direção
Após a lavagem, os rolamentos passam por uma secagem com jato de ar comprimido.
Nessa secagem, deve-se segurar os dois anéis do rolamento. Evita-se, assim, que ele
gire a grande velocidade e se danifique por estar sem lubrificação.
Um rolamento limpo deve ser manuseado, com panos limpos e sem fiapos, até ter
suas superfícies lubrificadas e protegidas da oxidação. Não sendo utilizados
imediatamente, os rolamentos devem ser lubrificados e embrulhados em papel limpo.
SENAI-SP - INTRANET
AA309-08 49
Suspensão e direção
Há rolamentos blindados com capas laterais para proteger o lubrificante. Esse tipo de
rolamento já vem lubrificado de fábrica e não pode ser lavado.
Os rolamentos que não são blindados devem ser lubrificados com óleo ou graxa. Essa
lubrificação deve ser renovada periodicamente.
A lubrificação com óleo deve ser feita com almotolia nos pontos apropriados
(oleadeiras). A lubrificação com graxa é feita sempre que se desmontam componentes
para revisão e nelas existem rolamentos alojados.
SENAI-SP - INTRANET
50 AA309-08
Suspensão e direção
Ao verificar defeitos em um rolamento, não basta substitui-lo; temos que descobrir sua
provável causa e elimina-la. As causas mais freqüentes são:
x Falha de montagem
x Falha de lubrificação
x Presença de materiais estranhos ao rolamento
x contaminação com água
x Erros de forma
x Vibrações
x Corrente elétrica
x Fadiga do material
Pode ocorrer uma sobrecarga axial, devida, por exemplo, à expansão térmica do eixo.
Assim, o rolamento não consegue acompanhar o deslocamento axial do eixo, o que
provoca um desgaste na faixa lateral da pista externa.
SENAI-SP - INTRANET
AA309-08 51
Suspensão e direção
Endentações (marcas) nas pistas e corpos rolantes podem ser devidos a golpes no
rolamento é montado com interferência mecânica no eixo.
Marcas nas pistas e nos corpos rolantes aparecem quando materiais estranhos entram
nos rolamentos, durante sua montagem. Eventualmente, segue-se o desprendimento
de material.
SENAI-SP - INTRANET
52 AA309-08
Suspensão e direção
SENAI-SP - INTRANET
AA309-08 53
Suspensão e direção
Crateras podem ser produzidas nas pistas do rolamento por uma pequena corrente
elétrica, por exemplo pela colocação indevida de um fio-terra.
Um rolamento, por ter completado sua duração normal, pode apresentar trincas por
fadiga.
Vedadores
Estrias
L lisa
DRr vedador para eixo com movimento horário
DRL vedador para eixo com movimento anti-horário
DRW vedador para eixo com movimento bidirecional
SENAI-SP - INTRANET
54 AA309-08
Suspensão e direção
Um vedador em más condições prejudica o rolamento e diminui sua vida útil. Por isso,
deve-se observar nas revisões se os vedadores não apresentam vazamento,
endurecimento ou queimaduras. Em qualquer desses casos, e todas as vezes em que
for retirado, o vedador deve ser substituído um novo do mesmo tipo.
SENAI-SP - INTRANET
AA309-08 55
Suspensão e direção
SENAI-SP - INTRANET
56 AA309-08
Suspensão e direção
Graxa
Nos veículos, há muitos corpos (peças) em movimento e, portanto, muitos pontos onde
é comum o atrito.
Esse atrito gera calor e desgastes excessivos das peças, tornando impossível a
operação de uma máquina ou de um conjunto mecânico. Como exemplo pode-se citar
os rolamentos do cubo das rodas dos veículos, que são mancais sujeitos a grandes
esforços e, conseqüentemente, a grande atrito.
Daí a importância da lubrificação, como meio de reduzir ao máximo o atrito entre peças
que se movimentam.
SENAI-SP - INTRANET
AA309-08 57
Suspensão e direção
Alguns tipos de graxa mais usados nas oficinas mecânicas são feitos de dois produtos
principais: sabão metálico e óleo lubrificante.
Vários sabões metálicos podem ser usados na fabricação da graxa afim de atender à
diversas aplicações.
Os sabões metálicos mais usados são: sódio, lítio, alumínio, chumbo, cálcio, bário e
sabões mistos. Esses minerais são encontrados na natureza e são responsáveis pela
consistência e característica de cada tipo de graxa.
Em alguns tipos de graxa, para fins especiais, são adicionados aditivos que dão certas
propriedades à graxa além de mudar a sua coloração.
Muitas vezes, para se obterem graxas com várias características, misturam-se vários
sabões metálicos, como, por exemplo:
x Graxa à base de sabões de cálcio e de chumbo reúnem as propriedades da graxa
à base de cálcio e alta resistência a desgaste proporcionada pelo chumbo;
SENAI-SP - INTRANET
58 AA309-08
Suspensão e direção
As graxas à base desses sabões (lítio e bário), devido às suas múltiplas finalidades,
também são conhecidas por multi-purpose e são as mais usadas na linha automotiva
atualmente.
Graxa muito consistente (dura) ou de pouca consistência (mole) poderá não lubrificar a
contento, visto que a primeira poderá, pelo efeito da centrifugação, afastar-se do ponto
de lubrificação e a segunda poderá escorrer, acarretando danos aos mancais, peças,
etc.
Assim, por exemplo, uma graxa 00 é quase líquida, uma graxa n0 2 é pastosa e uma
graxa n0 5 é quase sólida.
Logo, há um tipo de graxa para cada fim. Seu uso correto, aplicando-se as
especificações dos fabricantes do veículo e da graxa, permitem que se obtenha o
máximo de rendimento e duração das peças ou conjunto mecânicos.
É sempre bom lembrar que , tão importante quanto a escolha é a quantidade de graxa
a ser usada, em cada ponto de aplicação, que deve obedecer rigorosamente à
prescrição dos fabricantes.
O assunto é extenso e não se esgota com este texto. Você poderá ampliar seus
conhecimentos quanto à fabricação e utilização das graxas consultando manuais livros,
boletins técnicos e revistas, onde encontrará muitas informações úteis a respeito do
assunto.
SENAI-SP - INTRANET
AA309-08 59
Suspensão e direção
SENAI-SP - INTRANET
60 AA309-08
Suspensão e direção
Ordem de execução
1. Retire a roda.
Precaução
Não utilize o jato de ar para secagem das mãos e limpeza da roupa.
8. Instale a roda.
Observação:
Consulte o manual do fabricante do veículo.
SENAI-SP - INTRANET
AA309-08 61
Suspensão e direção
SENAI-SP - INTRANET
62 AA309-08
Suspensão e direção
Mola
Cada trecho da mola helicoidal que corresponde a uma volta chama-se espira; a
distância entre uma espira e a espira seguinte chama-se passo.
Mola helicoidal
SENAI-SP - INTRANET
AA309-08 63
Suspensão e direção
Na mola helicoidal de tração as espiras estão juntas uma da outra. Assim, quando a
mola é tracionada, as espiras se afastam. Já na mola helicoidal de compressão, as
espiras precisam ter um certo afastamento para permitir uma deformação elástica e
absorver a ação da carga aplicada.
SENAI-SP - INTRANET
64 AA309-08
Suspensão e direção
Além disso, as molas têm uma determinada duração, depois da qual deixam de atuar.
Nesse caso, o carro pode ficar mais baixo ou pender para o lado.
Outro problema, devido a molas danificadas, é o veículo não voltar rapidamente à sua
posição original ao ser abaixado e solto.
Por isso, deve-se fazer uma substituição preventiva das molas, de acordo com a
especificação do fabricante do veículo. Todos esses cuidados são válidos, também,
para feixes de molas com molas semi-elípticas.
Flecha do arco
As molas de suspensão dos veículos são feitas de aço-liga temperado. Por isso, não
devem ser aquecidas, cortadas, soldadas ou arqueadas para não perderem sua
capacidade de ação.
SENAI-SP - INTRANET
AA309-08 65
Suspensão e direção
SENAI-SP - INTRANET
66 AA309-08
Suspensão e direção
Suspensão dependente
A estrutura faz a ligação das rodas com o chassi e define o tipo de suspensão
dependente ou independente.
Na suspensão dependente, impactos sofridos por uma roda são transmitidos pelo
eixo rígido até a outra roda.
SENAI-SP - INTRANET
AA309-08 67
Suspensão e direção
Há dois tipos mais comuns de suspensão dependente: com feixe de molas e com mola
helicoidal.
Suspensão dependente
O feixe de molas é constituído por um certo número de lâminas de aço. Esse aço
contém manganês e silício, elementos que proporcionam maior elasticidade ao aço.
SENAI-SP - INTRANET
68 AA309-08
Suspensão e direção
As lâminas têm comprimentos diferentes. São unidas por um pino central (espigão) e
braçadeiras. Essas braçadeiras não impedem que as lâminas se movimentem entre si
quando a mola se flexiona.
Feixe de molas
Durante a flexão, o comprimento do feixe varia. Por isso, é necessário que ele esteja
ligado à carroçaria por uma peça móvel, a algema ou jumelo.
Função de algema
SENAI-SP - INTRANET
AA309-08 69
Suspensão e direção
SENAI-SP - INTRANET
70 AA309-08
Suspensão e direção
Suspensão independente
O dispositivo que se deforma elasticamente, com o impacto sofrido pela roda, pode ser
de diversos tipos, como veremos a seguir.
Esse feixe é fixado no seu ponto médio, preso à carroçaria que é do tipo monobloco.
Por essa razão, a flexão que ocorre em um dos lados não se transmite ao outro lado
do feixe.
Feixe de molas
SENAI-SP - INTRANET
AA309-08 71
Suspensão e direção
Barra de torção
É um eixo de aço especial, de seção circular, que pode ser deformado por torção. Uma
de suas extremidades é fixada do chassi do veículo e outra fica ligada rigidamente ao
braço de suspensão. Esse braço recebe a carga e aplica-a à barra de torção.
Feixe de molas
Feixe de torção
SENAI-SP - INTRANET
72 AA309-08
Suspensão e direção
Suspensão hidropneumática
Suspensão hidropneumática
A suspensão com mola helicoidal pode ser: braço oscilante e eixo articulado
Braço oscilante
SENAI-SP - INTRANET
AA309-08 73
Suspensão e direção
Eixo articulado
Observação:
Alguns veículos utilizam um outro tipo de suspensão chamada de semi-independente,
pois, apesar de as rodas estarem ligadas por um mesmo eixo, esse eixo, em
determinadas condições de esforço, sofre torção.
Suspensão semi-independente
SENAI-SP - INTRANET
74 AA309-08
Suspensão e direção
Substituir suspensão
Ordem de execução
2. Retire a suspensão.
3. Instale a suspensão.
4. Abaixe o veículo
Precaução
Ao comprimir a mola, procure o seu ponto de equilíbrio para evitar que ela salte e
cause acidentes.
Observação:
Consulte o manual do fabricante.
SENAI-SP - INTRANET
AA309-08 75
Suspensão e direção
SENAI-SP - INTRANET
76 AA309-08
Suspensão e direção
Estrutura da suspensão
O feixe de molas é formado por número variável de lâminas. A lâmina que tem olhais é
a lâmina-mestra; segue-se a ela a contramestra. As demais, da maior para a menor,
são chamadas terceira, quarta, quinta, etc.
Feixe de molas
SENAI-SP - INTRANET
AA309-08 77
Suspensão e direção
Um grampo, em forma de “U”, fixa feixe de molas ao eixo do veículo. O feixe articula-
se com o chassi através das algemas (ou jumelos) que permitem sua flexão. Essa
flexão do feixe é limitada pelo batente - peça de borracha maciça fixada ao chassi do
veículo.
Feixe de lâmina
Quaisquer defeitos detectados devem ser corrigidos ou, se isso não for possível, deve-
se substituir as peças defeituosas.
A maioria dos veículos leves possui sistema de suspensão independente com mola
helicoidal. Essa mola helicoidal pode ter maior ou menor resistência de acordo com os
acessórios instalados no veículo, tais como ar condicionado, direção hidráulica, etc. A
oscilação da roda pode se dar através de dois braços de aço, que se articulam: um
braço superior e outro inferior.
Braço triangular
SENAI-SP - INTRANET
AA309-08 79
Suspensão e direção
Braço linear
A ligação dos braços da suspensão com ponta de eixo é feita através da articulação
esférica.
Articulação esférica
Entre a parte esférica e seu alojamento há uma película de lubrificante e uma proteção
de borracha, que é uma coifa de proteção.
SENAI-SP - INTRANET
80 AA309-08
Suspensão e direção
O tensor é uma borracha de aço cilíndrica que liga o braço à carroçaria do veículo. Sua
função é suportar os esforços provocados pelas mudanças de velocidade, quando o
veículo “arranca” ou freia.
Tensor
Quando o veículo se desloca em pisos irregulares, suas rodas sofrem impactos. A mola
helicoidal recebe esses impactos através dos braços e se flexiona. Sua flexão é
limitada pelo batente ou coxim, que é uma peça de borracha maciça, fixada ao chassi
do veículo.
Manutenção
SENAI-SP - INTRANET
AA309-08 81
Suspensão e direção
SENAI-SP - INTRANET
82 AA309-08
Suspensão e direção
Recondicionar suspensão
Ordem de execução
1. Desmonte a suspensão.
4. Monte a suspensão.
Observação:
Consulte o manual do fabricante
Precauções
x Tratando-se de suspensão com mola helicoidal, ao comprimir amola procure seu
ponto de equilíbrio para evitar que ela salte e cause acidentes.
x Devido às características de construção do feixe de molas, tome cuidado com a
sua fixação na morsa e com a sua manipulação.
SENAI-SP - INTRANET
AA309-08 83
Suspensão e direção
SENAI-SP - INTRANET
84 AA309-08
Suspensão e direção
Sistema de direção
Sistema de direção
SENAI-SP - INTRANET
AA309-08 85
Suspensão e direção
Com o avanço tecnológico, visando à segurança, foi criada a coluna retrátil. Em caso
de impacto frontal do veículo ela se deforma, impedindo que o motorista seja atingido
pelo volante de direção.
A caixa de direção é uma carcaça metálica, contendo em seu interior peças que se
articulam e que transferem os movimentos da árvore de direção para as rodas, através
de braços e barras de direção, que constituem as articulações de direção.
Articulações de direção
SENAI-SP - INTRANET
86 AA309-08
Suspensão e direção
Esse último efeito é importante, pois vale também em sentido inverso. Qualquer coisa
que afete a direção do veículo, como estouro de pneu dianteiro ou choque em uma das
rodas dianteiras, afetará pouco o volante. Logo, a direção servoassistida permite dirigir
com:
x Maior segurança;
x Menor esforço;
x Menor movimentação do volante.
A direção servoassistida possui, além das peças que a direção mecânica tem, os
seguintes componentes:
x Bomba de fluido;
x Reservatório;
x Válvula rotativa;
x Um pistão dentro de um cilindro hidráulico e, naturalmente, tubulações que
conduzem o fluido.
A bomba é acionada pelo motor. Quando o volante não é movimentado pelo motorista,
o fluido não atua sobre a caixa de direção.
SENAI-SP - INTRANET
AA309-08 87
Suspensão e direção
SENAI-SP - INTRANET
88 AA309-08
Suspensão e direção
Substituição da caixa de
direção
Ordem de execução
Observação:
Consulte o manual do fabricante.
SENAI-SP - INTRANET
AA309-08 89
Suspensão e direção
SENAI-SP - INTRANET
90 AA309-08
Suspensão e direção
Caixa de direção
Sistema de direção
SENAI-SP - INTRANET
AA309-08 91
Suspensão e direção
Na figura abaixo você pode ver a estrutura de uma caixa de direção com rosca sem-fim
e setor.
SENAI-SP - INTRANET
92 AA309-08
Suspensão e direção
Todo o conjunto de peças dessa caixa de direção trabalha em banho de óleo ou graxa,
contido em uma carcaça, muito bem fechada com tampa parafusada além de ter junta
e vedadores. Assim, evita-se a saída de lubrificante ou a entrada de impurezas, já que
nos dois casos o funcionamento do mecanismo seria prejudicado.
A rosca sem-fim tem um diâmetro menor no centro do que nas extremidades. Assim
ela se ajusta ao setor em toda sua movimentação, como se observa nas fotos
seguintes.
SENAI-SP - INTRANET
AA309-08 93
Suspensão e direção
O pinhão está montado junto com a árvore de direção e engrena-se com uma haste
linear dentada que é a cremalheira. A folga entre dois – pinhão e cremalheira – é
corrigida por dispositivos de regulagem.
SENAI-SP - INTRANET
94 AA309-08
Suspensão e direção
SENAI-SP - INTRANET
AA309-08 95
Suspensão e direção
A cremalheira está ligada a um êmbolo que desliga, sob pressão o fluido, dentro de um
cilindro de trabalho.
Dessa forma, a cremalheira desloca-se acionada pelo pinhão e pela pressão do óleo.
SENAI-SP - INTRANET
96 AA309-08
Suspensão e direção
A caixa de direção servoassistida pode vir instalada nos veículos, desde sua
fabricação, ou ser adaptada aos que não possuem.
SENAI-SP - INTRANET
AA309-08 97
Suspensão e direção
Essa tabela refere-se apenas às operações que podem ser executadas nas oficinas.
SENAI-SP - INTRANET
98 AA309-08
Suspensão e direção
Observação:
Segundo os fabricantes de direção servoassistida, não se deve abrir a válvula rotativa
e a bomba hidráulica. Elas devem ser encaminhadas aos postos autorizados para
reparo.
Essa fluido hidráulico deve ser altamente estável e manter sua viscosidade co pouca
variação quando sua temperatura sobe. Deve conter aditivos, tais como:
x Anti-espumantes;
x Detergente;
x Componente anti-desgaste;
e apresentar o mínimo possível de resíduos.
SENAI-SP - INTRANET
AA309-08 99
Suspensão e direção
SENAI-SP - INTRANET
100 AA309-08
Suspensão e direção
Recondicionar caixa de
direção
Ordem de execução
Observação:
Use mordente ou suporte apropriado.
Observação:
Consulte o manual do fabricante.
SENAI-SP - INTRANET
AA309-08 101
Suspensão e direção
SENAI-SP - INTRANET
102 AA309-08
Suspensão e direção
Balanceamento de roda
Balanceamento estático
Há uma forma fácil de verificar se uma roda está com desequilíbrio estático. É só
colocá-la em um eixo que lhe permita girar livremente. Se ela não parar em qualquer
posição, é sinal que está com alguma massa concentrada que procura, portanto, fica
na posição mais baixa possível.
SENAI-SP - INTRANET
AA309-08 103
Suspensão e direção
Para balancear a roda, prende-se uma massa no ponto diametralmente oposto ao que
desceu.
A massa adicional presa à roda equilibra-a de tal forma que ela ficará parada em todas
as posições. Eliminam-se, assim, as trepidações que dificultam dirigibilidade do
veículo.
Desequilíbrio estático
SENAI-SP - INTRANET
104 AA309-08
Suspensão e direção
Balanceamento dinâmico
Equilíbrio dinâmico
Desequilíbrio dinâmico
SENAI-SP - INTRANET
AA309-08 105
Suspensão e direção
Para eliminar o desequilíbrio dinâmico das rodas, prende-se uma massa adicional no
lado oposto da massa desequilibrante, como se vê na ilustração seguinte.
A figura a seguir resume as possibilidades de equilíbrio que uma roda pode apresentar
Observação:
O balanceamento dinâmico pode ser feito com a roda no veículo se o aparelho
balanceado for portátil. Caso contrário, será necessário retirá-la.
As massas adicionais são afixadas nas bordas do aro por meio de uma presilha ou fita
adesiva.
SENAI-SP - INTRANET
106 AA309-08
Suspensão e direção
Balancear roda
Ordem de execução
Observação:
Remova as massa adicionais que já estiverem presas no aro usando alicate
apropriado.
2. Limpe a roda.
Observações:
x Consulte o manual do fabricante do balanceador.
x Confira a fixação das massas adicionais para evitar que se desprendam.
SENAI-SP - INTRANET
AA309-08 107
Suspensão e direção
SENAI-SP - INTRANET
108 AA309-08
Suspensão e direção
O alinhamento das rodas traseiras e das rodas dianteiras do veículo envolve sete
fatores básicos, que são:
Para conseguir um alinhamento perfeito das rodas é necessário que haja uma relação
correta entre os ângulos da geometria da direção, pois cada qual tem um objetivo
específico mas todos estão relacionados entre si.
SENAI-SP - INTRANET
AA309-08 109
Suspensão e direção
Câmber
Câmber
A cambagem das rodas deve ser nula quando o veículo estiver em movimento. Isto
não significa que o câmber seja nulo com o veículo vazio e parado, mas que sob
condições normais de carga e velocidade seja aproximadamente 0°. Quando o veículo
trafega em estradas irregulares, o deslocamento da roda para cima ou para baixo
provoca variações no ângulo de câmber, passando de positivo para negativo e vice-
versa (suspensão independente).
Cáster
É o ângulo no qual o pino-mestre (suporte da porta de eixo) está inclinado para a frente
ou para trás no sentido longitudinal do veículo .
Cáster7
SENAI-SP - INTRANET
110 AA309-08
Suspensão e direção
Cáster positivo é quando a parte superior do pino-mestre está inclinado para trás;
negativo, é quando está inclinado para frente.
Quando o cáster for muito nulo, a linha de centro do pino ficará paralela com a linha
vertical de centro do pneu, não oferecendo a menor estabilidade direcional. Quando o
cáster for acentuadamente positivo, será necessário muito esforço para girar o volante
nas curvas, e as rodas dianteiras tenderão a volta à reta rapidamente. Por essa razão,
deve-se seguir a orientação dada pelo fabricante do veículo sobre as regulagens dos
ângulos da geometria da direção.
Inclinação do pino-mestre
Inclinação do pino-mestre
SENAI-SP - INTRANET
AA309-08 111
Suspensão e direção
Embora, teoricamente, as rodas da frente devam ser paralelas quando apontadas para
a frente, verifica-se, na prática, que se obtêm melhores resultados quanto a uma
direção mais firme e um menor desgaste dos pneus quanto as rodas se apresentam
com a convergência positiva ou negativa.
SENAI-SP - INTRANET
112 AA309-08
Suspensão e direção
Sistema de direção em uma reta, visto de cima. A barra mais comprida representa o
conjunto do eixo dianteiro. A barra mais curta corresponde à barra de direção acionada
pelo volante.
SENAI-SP - INTRANET
AA309-08 113
Suspensão e direção
Sistema de direção em uma curva. Como a barra de direção é mais curta que o
conjunto do eixo dianteiro, a roda da direita move-se com um ângulo maior do que a
esquerda ao girar para a direita e vice-versa ao girar para esquerda, como mostra a
ilustração a seguir.
SENAI-SP - INTRANET
114 AA309-08
Suspensão e direção
Alinhar rodas
Ordem de execução
Observação:
Calibre os pneus na pressão recomendada pelo fabricante do veículo.
Observações:
x Corrija as irregularidades encontradas antes de iniciar o processo de alinhamento
da direção.
x Consulte o manual do fabricante do veículo.
SENAI-SP - INTRANET
AA309-08 115
Suspensão e direção
Observação:
Compare os valores obtidos com as especificações do fabricante do veículo ou do
aparelho de alinhamento.
Observação:
Consulte o manual do alinhador de rodas quando á sua instalação.
SENAI-SP - INTRANET
116 AA309-08
Suspensão e direção
Tabela de conversões
para obter multiplicar por
COMPRIMENTO
milímetro polegada 25,4
metro pé 0,3048
metro jarda 0,9144
quilômetro milha 1,609
ÁREA
milímetro2 polegada2 645,2
centímetro2 polegada2 6,45
metro2 pé2 0,0929
metro2 jarda2 0,8361
VOLUME
milímetro3 polegada3 16387,0
centímetro3 polegada3 16,387
litro polegada3 0,01639
litro galão 3,7854
metro3 pé3 0,02832
MASSA
quilograma libra (lb) 0,4536
gramas onça (oz) 28,35
FORÇA
newton (N) quilograma força (kgf) 9,807
newton (N) onça (oz) 0,278
newton (N) libra (lb) 4,448
TORQUE
libra.polegada (Ib.pol) 0,11298
newton.metro (N.m)
libra.polegada (Ib.pol) 1,152
quilograma força.centímetro (kgf.cm)
libra.pé (lb.pé) 1,3558
newton.metro (N.m.)
libra.pé (lb.pé) 0,13826
quilograma força.metro (kgf.m)
quilograma força.metro (kgf.m) 9,806
newton.metro (N.m.)
quilograma força.centímetro
newton.metro (N.m.)
(kgf.cm) 0,098
POTÊNCIA
quilowatt (kw) hp 0,746
quilowatt (kw) cv 0,736
PRESSÃO
quilograma/centímetro2 libra/polegada2 (lb;pol2) 0,0703
quilopascal (Kpa) libra/polegada2 (lb/pol2) 6,896
quilopascal (Kpa) quilograma/centímetro2 (kg/pol2) 98,1
bar (bar) libra/polegada2 (lb/pol2) 0,069
bar (bar) quilograma/centímetro2 (kg/cm2) 0,981
SENAI-SP – INTRANET
AA309-08 117
Suspensão e direção
SENAI-SP – INTRANET
AA309-08 118
Suspensão e direção
Referências
SENAI-SP - INTRANET
AA309-08 119
Suspensão e direção
SENAI-SP - INTRANET
120 AA309-08
Aprendizagem industrial
Mecânico de automóvel
Mecânico de automóvel I
004576 (46.25.11.433-8) Fascículo introdutório
032241 (46.25.11.433-8) Ferramentas
032242 (46.25.11.433-8) Metrologia
032243 (46.25.11.433-8) Ajustagem mecânica
032244 (46.25.11.433-8) Suspensão e direção
Mecânico de automóvel II
004577 (46.25.12.435-7) Freios
032245 (46.25.12.435-7) Transmissão
Mecânico de automóvel IV
004579 (46.25.14.439-5) Lubrificação
032248 (46.25.14.439-5) Motor