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Faculdade de Ciências Naturais e Matemática


Departamento de Matemática

Disciplina: Geometria Analítica


(Apontamentos e exercícios resolvidos pelo autor)

Docente: Jorge Diquissone


Nadcherenga

Chimoio

2015

Geometria analítica, docente: dr Jorge Diquissone Ndacherenga


4

Faculdade de Ciências Naturais e Matemática


Departamento de Matemática

Disciplina: Geometria analítica


(Apontamentos e exercícios resolvidos pelo autor)

Docente: Jorge Diquissone


Ndacherenga

Chimoio
2015

Geometria analítica, docente: dr Jorge Diquissone Ndacherenga


5

Conteúdos pag.

1.Introdução......................................................................................................................3
2. vectores em R2 e R3…………………………………………………….......…………5
2. Produto de vectores…………………………………………………………...............9
3. A RECTA ............................................................................................................... .13
3.1 Equação vectorial da recta no plano ………………………………………………..16
i. Equação reduzida da recta ....................................................................................... 16
b. Posição relativa de duas rectas ................................................................................ 17
i. Condição de paralelismo, ........................................................................................ 17
ii. Condição de concorrência entre as duas rectas ....................................................... 17
c. Distância ponto e recta. ....................................................................................... 1417
d. Equação vectorial da recta no plano ........................................................................ 17
e. Equação paramétrica da recta no plano ................................................................... 18
4. Equação da recta no espaço ..................................................................................... 18
a. Equação do plano. ................................................................................................... 18
b. Posição relativa do plano......................................................................................... 19
i. Paralelismo .............................................................................................................. 19
ii. Critérios de paralelismo entre uma recta e um plano .............................................. 19
c. Posições Relativas De Dois Planos ......................................................................... 19
d. Equação simétrica do plano..................................................................................... 22
4.Linhas de segunda Ordem…....…………………………………………...................47
4.1 Parábola…………………………………………………………………….…........47
4.2 Elipse……………………………………………………………….........…………57
5. Bibliografia recomendada...........................................................................................63

Introdução
A disciplina de Geometria analítica, faz parte da componente de formação Especifica do
curso de Licenciatura em Ensino de Matemática, com a seguinte estruturação e
objectivos.

Geometria analítica, docente: dr Jorge Diquissone Ndacherenga


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Competências
Os estudantes deverão:
 Aplicar e desenvolver técnicas de demonstrações geométricas nos diferentes
contextos;

 Aplicar os métodos analíticos na resolução de problemas geométricos.;

 Usar modelos concebidos em software para a interpretação, análise e


demonstração de propriedades de objectos da geometria euclidiana.

Objectivos gerais
No final da disciplina, os estudantes deverão ser capazes de:
 Descrever analiticamente aspectos observados no plano e espaço;

 Demonstrar teoremas da geometria através de métodos analíticos;

 Deduzir as equações vectoriais, cartesianas e paramétricas de linhas e curvas


dadas no plano e no espaço;

 Calcular ângulos, áreas e volumes usando métodos algébricos;

 Identificar cónicas e quádricas através da equação geral, classificar e deduzir


suas equações reduzidas;

 Resolver problemas práticos que envolvem objectos geométricos, aplicando o


tratamento algébrico.

Conteúdos (Plano Temático)


Unidade Conteúdos Horas de Horas de
contacto estudo
1 4 4
Introdução. Objecto da Geometria
Analítica

2 8 16
Vectores e operações com vectores

3 12 20
Estudo da recta no plano e no espaço

4 12 16
Estudo do plano

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7

5 8 10
Transformação de coordenadas. Tipos de
coordenadas

6 12 10
Curvas de segunda ordem – Cónicas

7 8 10
Superfícies de segunda ordem – Quádricas

Sub-total 64 86
Total 150

1. Vectores em
Exercícios 2.8. propostos (resolução)

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8

1. Determinar a extremidade do segmento que representa o vector ,


sabendo que sua origem é o pnto A(-1,3)
Solução
Para a solução deste problema basta saber que ,

desta relação podemos tirar , isto quer dizer que

, com este resultado podemos dizer que a

extremidade do segmento que representa o vector da sua origem em A é B(1,-2)

  
2. Dados os vectores u  (3,1) e v  (1,2) , determinar o vector w tal que
  1  
a) 4u  v   w  2u  w
3
    
b) 3w  2v  u   24w  3u 
Solução
a)
  1   4     3   
4u  v   w  2u  w  w  2u  4u  v   w  2u  4u  v 
3 3 4
 3   
w  2u  4u  v   6,2  43  1,1  2  6,2   16,12   10,10 ou
3 3 3
4 4 4 4
  15 15 
w   , 
 2 2
b)
             
3w  2v  u   24w  3u   3w  2v  u   8w  6u  5w  6u  2v  u 
   23 11 
 5w  63,1  2 1,2   3,1   18,6    5,5   23,11  w   , 
 5 5

3. Dados os pontos A(-1,3), B(2,5) e C(3,-1) calcular , e

Solução
i.

ii.

iii.

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9

   9 
4. Dados os vectores u  3,4  e v    ,3  , verificar se existem a e b tais que
 4 
   
u  av e v  bu .
Solução
   9 
u  av  3,4  a  ,3   a 
3 4

 4  
9 3
4
   9 
v  bu    ,3   b3,4   3b   ,  4b  3  b  
9 3
 4  4 4

  
5. Dados os vectores u  2,4, v   5,1 e w   12,6 , determinar k1 e k2 tal
  
que w  k1u  k 2 v
Solução
 12,6  k1 2,4  k 2  5,1   12,6  2k1 ,4k1    5k 2 , 6k 2  , estamos perante

uma combinação linear do vector w , quando chegamos neste passo criamos um sistema
de duas equações com duas incógnitas.
2k1  5k 2  12 k 2  2
 
 4k1  6k 2  6 k1  1

6. Dados os pontos A(-1,3), B(1,0), C(2,-1), determinar D tal que

Solução

x  4
 logo o D = (4,-4)
 y  4

7. Dados os pontos A(2,-3,1) e B(4,5,-2) determinar o ponto P tal que ,

Solução
O PontoP é dado por P(x,y,z), e
,

Como , então

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10

x  2   x  4 2 x  6 x  3
  
 y  3   y  5  2 y  2   y  1 , o ponto P procurado, P(3,1,-1/2)
z  1   z  2 2 z  1  z  1 / 2
  
A resolução, do número 8, 9 e 10, assemelha-se com a resolução dos números anteriores
mas vou aqui resolver número, já que no caso anterior só era uma combinação no plano,
e neste caso é no espaço.
   
10. Encontrar os números a1 e a2 tais que w  a1v1  a2 v2 , sendo v1  1,2,1 ,
 
v2  2,0,4 e w  (4,4,14) .
Solução
 4,4,14  a1 1,2,1  a2 2,0,4   4,4,14  a1  2a1  a1  2a2  0a2  4a2
a1  2a 2  4
 a1  2
 2a1  4  
a  4a  14 a 2  3
 1 1

 
11. Determine a e b de modo que os vectores u  4,1,3 e v  6, a, b sejam
paralelos
Solução
A condição de paralelismo entre dois vectores é:
1 4  3
  a
  u 4 1 3  a 6  2
u  kv  k       
v 6 a b  3  4 b   9
 b 6  2
12. Verifica se são colineares os pontos:
a) A(-1,-5,0), B(2,1,3) e C(-2,-7,-1)
b) A(2,1,-1), B(3,-1,0) e C(1,0,4)
Solução
Para verificar se os pontos estão alinhados basta calcular o determinante da matriz se o
resultado for nulo os pontos estão alinhado e se o resultado dar um número diferente de
zero, os pontos não estão alinhados ou seja não são colinears.
a)

, sim são.

b)

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, não são.

13. Calcular a e b de modo que sejam colineares os pontos A(3,1,-2), B(1,5,1) e


(a,b,7)
Solução
Usando os procedimentos do exercício anterior temos:

a  3

b  13

14. Mostrar que os pontos A(4,0,1), B(5,1,3), C(3,2,5) e D(2,1,3) são vértices de um
paralelogramo.
Solução

Fonte Adicional
1. MONTEIRO, A. et al. Álgebra Linear e Geometria Analítica. Schaum´s
Outlines, McGraw Hill, Lisboa, 1997.
2. STEINBRUCH, A. & WINTERLE, P. Geometria
Analítica. McGraw Hill, 2a Ed., São Paulo, 1987.

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12

2. Produto de vectores
Quanto ao produto de vectores podemos destacar o Produto interno, Produto Vectorial e
produto Misto. Eis alguns Exemplos do cálculo de cada um dos tipos de produtos de
vectores.

Exercício propostos 3.16 (resolução)


  
1. Dados os vectores u  1, a,2a  1, v  a, a  1,1 e w  a,1,1, determinar a
    
de modo que u  v  u  v   w
Solução
1, a,2a  1  a, a  1,1  1, a,2a  1  a, a  1,1 a,1,1
a  a a  1  2a  1  a a  1  2a  1  2a 
 a 2  2a  1  a 2  3a  1  a  2


2. Dados os pontos A(-1,0,2), B(-4,1,1) e C(0,1,3), determinar o vector x tal
que

Solução

Combinando todos esses resultados podemos ter :



x  4,0,2   3,1,11,1,1   3,1,1   14,14,14   3,1,1  (17,13,15)

Logo x  (17,13,15)

 
3. Determinar 3,7,1  2v  6,10,4  v
Solução
3,7,1  2v  6,10,4  v  3v  6,10,4  3,7,1  3v  3,3,3  v  1,1,1

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13

A resolução dos exercícios do capítulo 3, vem sendo resumida no capítulo 4,5,6,7,e8,


por isso a partir de agora, farei a escolha de alguns exercícios a serem resolvidos aqui
neste terceiro capítulo que os restantes serão aplicados no caso concreto quando faremos
a resolução de exercícios que tem a ver com o plano. Os exercícios da quarta unidade
ou do quarto capítulo não serão resolvidos por que entraram na prática no capítulo 5 (o
Plano)
Neste capítulo continuarei com a resolução mas de alguns exercícios com um pouco de
novidade na sua resolução.

  2 4
6. Determinar o valor de n para que o vector v   n, ,  seja unitário
 5 5
Solução
Para se ter o vector unitário deve-se ter:
2 2
 2 4
| v | 1  n 2        1
5 5
2
 2 2 
 n 2   2    4    12
 5 5 
 
2 2
2 4 4 16 25  20 1 1 5
n        1  n2  1
2
   n 
5 5 25 25 25 5 5 5

    
7. Seja o vector v  m  7i  m  2 j  5k . Calcular m para que | v | 38
Solução

m  7 2  m  22  5 2  38

 38 
2
 m  7 2  m  22  5 2  
2

 
m  7  2
 m  2  5  38
2 2

m 2  14m  49  m 2  4m  4  25  38
2m 2  18m  40  0  m 2  9m  20  0
m  4  m  5

8. Dados os pontos A(1,0,-1), B(4,2,1) e C(1,2,0), determinar o valor de m para que



| v | 7 , sendo .

Solução

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14

Primeiro vamos calcular os vectores e

, agora passemos a calcular

Com a condição dada no exercício, significa que:

9  4m 2  m  1  7
2

5m 2  2m  10  7

 5m 2
 2m  10   49
2

5m 2  2m  39  0
  b 2  4ac  784 
b  26 13
  28 m  , m  3 m   
2a 10 5
Depois da resolução e compreensão deste exercício pode se perceber que até então o
estudante já sabe brincar com vectores.

10. Calcular o perímetro do triangulo de vértices A(0,1,2), B(-1,0,-1) e C(2,-1,0)


Solução
Olhando para a figura da página seguinte vê -se que

E , e 2,-2,2)

P  1  1  9  9  1  1  4  4  4  11  11  12  2 11  3  

C(2,-1,0)

A(0,1,2) B(-1,0,-1)

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12. Seja o triângulo de vértices A (-1,-2,4), B(-4,-2,0) e C (3,-2,1). Determinar o


ângulo interno B
Solução
Primeiro calcularemos os vectores:
,

O angulo formado entre esses vectores é:


 
| AB BC | |  3,0,4   7,0,1 | | 25 | 1 2
cos Bˆ   
   
| AB || BC | 25 50 25 2 2 2

 2
Bˆ  arccos   45o

 2 

Fonte Adicional:
3. MONTEIRO, A. et al. Álgebra Linear e Geometria Analítica. Schaum´s
Outlines, McGraw Hill, Lisboa, 1997.
3. STEINBRUCH, A. & WINTERLE, P. Geometria
Analítica. McGraw Hill, 2a Ed., São Paulo, 1987.

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16

A RECTA
3.1 Equação vectorial da recta no plano

Primeiro coeficiente angular (declive) e inclinação

é a inclinação da recta. O

coeficiente angular de uma recta


passando pelos pontos
, neste caso o

coeficiente angular pode ser


designado por letra m.
O coefiente angular pode ser
calculado por seunte expressão:
y 2  y1
m (1.1.)
x 2  x1
Figura 1.1. Ou ainda pode ser escrita da
seguinte maneira:
m  tan  (1.2)
Onde  é o ângulo entre a recta e o sentido positivo do eixo das abcissas.
Vamos agora ver a equação da recta que passa por dois pontos é

dada por:
y  y1  mx  x1 
(1.3)
Lembre que m é dado pela equação 1.1.
A equação da recta que passa por um ponto e de coeficiente angular m será

dada pela expressão 1.3. y  y1  mx  x1 


a. Tipos de equação da recta

i. Equação reduzida da recta

y  mx  b (1.4)
m é o coeficiente angular e b é o coeficiente linear
ii. Equação geral da recta

mx  y  b  0 ou ax  by  c  0 (1.5)

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17

Exemplo duma equação geral da recta,


2x  2 y  9  0 (1.6)
b. Posição relativa de duas rectas

Dada duas rectasr1: y  m1 x  b1 er2: y  m2 x  b2


i. Condição de paralelismo,

m1  m2 (1.7)
Se os coeficientes angulares das duas rectas forem iguais, as rectas são paralelas, isto é,
nunca se cruzam, ou melhor cruzam-se no infinito.
ii. Condição de concorrência entre as duas rectas

Se m1  m2  1 (1.8)
Se o produto dos coeficientes angulares das duas rectas for igual a menos um, as rectas
são concorrentes, ou seja são perpendiculares entre si.
Intercessão de duas rectas
A intercessão de duas rectas é a solução de sistema formado pelas duas equações.
 y  m1 x  b1
 sol x, y  (1.9)
 y  m2 x  b2
O método a usar para a resolução da equação depende de cada um nós
Ângulo entre duas rectas
y  m1 x  b1 m2  m1
tan   (1.10)
y  m 2 x  b2 1  m2  m1 
c. Distância ponto e recta.

A distância entre um ponto e recta r da equação é dada pela

seguinte fórmula.
| ax1  by1  c |
d  A, r1   (1.11)
a2  b2

d. Equação vectorial da recta no plano

Se um dado vector esteja definido no referencial, pelas suas coordenadas


e e se representarmos um ponto , temos.


P  A  k v (1.12)
  
Ou seja  x, y    x1 , y1   k  v 1 , v 2  (1.13)
 

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18

e. Equação paramétrica da recta no plano

 x   a   x1   x  at  x1
   t        (1.14)
 y   b   y1   y  bt  y1
Da equação 1.14, podemos definir a equação da recta simétrica no plano, se
x  x1 y  y1
t , t
a b
x  x1 y  y1
 (1.15)
a b
A equação 1.15, é a equação simétrica da recta no plano.
4. Equação da recta no espaço

a. Equação do plano.

Considere o plano da figura 1.2,

Como ilustra a figura 1.2, o vector normal , forma um angulo de 90 graus com o plano.

Conhecendo o vector , podemos determinar a equação geral da recta com isso temos:

Dados os pontos e

Como o vector , é perpendicular ao vector , então o seu produto escalar é nulo isto

é,

(1.16)
(1.17)

Fazendo o produto escalar temos:

Figura 1.2. plano (1.18)


A equação 1.18 pode ser escrita na
sua fórmula que é:

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19

ax  by  cz  d (1.19)
b. Posição relativa do plano

Para justificar formalmente as posições relativas de planos e rectas é necessário ter


em consideração os critérios de paralelismo e perpendiculares entre planos e entre
rectas e planos.
i. Paralelismo

ii. Critérios de paralelismo entre uma recta e um plano

Uma recta é paralela a um plano se for paralela a uma recta contida nesse plano.

Se r //s e s   então r //  (1.20)


Critério de paralelismo entre rectas paralelas
Dois planos são paralelos se um deles contiver duas rectas concorrentes paralelas ao
outro plano.
c. Posições Relativas De Dois Planos

No espaço IR3, dois planos  e  são paralelos se, somente se, seus vectores
normais são paralelos temos:
Paralelos distintos:     

Observemos que dois planos são paralelos se, somente se, seus vectores normais são
paralelos. Consideremos  : a1 x  b1 y  c1 z  d1  0 e  : a2 x  b2 y  c2 z  d 2  0 .
Temos que  e  são paralelos se, somente se, existe um real k tal que:

a1  ka2

b1  kb2 (1.21)
c  kc
 1 2

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20

Se os planos  e  são paralelos, e além disso, possuem um ponto em comum.

Entao eles são coincidentes. Suponhamos que P( x1 , y1 , z1 ) seja esse ponto comum.
Assim, as coordenadas de P satisfazem as equaçoes de  e  :

a1 x1  b1 y1  c1 z1  d1  0

a 2 x1  b2 y1  c 2 z1  d 2  0
Ou equivalentemente:
ka2 x1  kb2 y1  kc2 z1  d1  0

a 2 x1  b2 y1  c 2 z1  d 2  0
Daí, d1  k (a2 x1  b2 y1  c2 z1 ). logo, d1  kd 2

Se os vectores normais dos planos  e  não paralelos, então estes planos são
concorrentes. Neste caso, eles se interceptam segundo uma recta r. assim, um ponto
P( x1 , y1 , z1 ) pertence à recta r se, somente se, suas coordenadas satisfazem ao
sistema:

a1 x1  b1 y1  c1 z1  d1  0

a 2 x1  b2 y1  c 2 z1  d 2  0
Este sistema é denominado equação geral da recta r.
Observemos que um vector direção da recta r, r , possui representantes nos planos

 
 e  . Daí, r é ortogonal a n  e ortogonal a n  . Podemos concluir entao que r é

 
paralelo ao vector n   n  .
 
Se os vectores n  e n 

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21

Se r e s são rectas concorrentes de  e r //  e s //  então  //  .

Dado um ponto do plano e vector normal ao plano; dado um ponto do plano e dois
vectores paralelos que não tenham mesma direcção. Dados três pontos não colineares.
Dados um ponto do plano e vector normal ao plano; Exemplo: Encontre a equação
cartesiana do plano que passa pelo ponto P(1,-1,2) e é perpendicular ao vetor
,

Se é um ponto do plano,então

A equação cartesiana do plano é:

Dados um ponto P do plano e dois vetores paralelos que não tenham mesma direção.
Seja e

Se Qx, y, z  é o ponto do plano. Mostre que . Porque?

Então

Portanto a forma paramétrica da equação do plano é:


 x  x1  tu x  tv x

 y  y1  tu y  kv y , t  R, k  R

 z  z1  tu z  tv z

Onde t e k são os parâmetros.

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22

Exemplo: É possível determinar as equações paramétricas do plano que contém o ponto


P(1,2,1) e é paralelos aos vectores e ? Se sim, vamos

encontrar as equações.
Mostre que e não tem mesma direcção. O que aconteceria se ambos tivessem a

mesma direcção?
Portanto sua representação paramétrica é:
 x  1  2t  5t

 y  2  3t  7 k , t  R, k  R
 z  1  t  2k

d. Equação simétrica do plano

x  x0 y  y 0 z  z 0
 
a b c

(o Plano) página 181 problemas propostos 5.9 (resolução)


1. O plano  : 2 x  y  3 z  1  0 . Calcular:

a) O ponto  que tem abcissa 4 e ordenada 3.


Solução
Neste problema temos, e , significa, que temos o seguinte ponto por

enquanto , precisamos achar a cota para completarmos o ponto, o vector

normal é ,Utilizando a equação geral do plano ( ax  by  cz  d  0 ), e

substituindo nela pelos valores podemos ter: 2  4   1  3  3z  1  0 , resolvendo


para z temos 3z  8  3  1  z  2 , logo o ponto procurado é

b) O ponto que tem abcissa 1 e cota 2


Solução
Neste problema temos, e , significa, que temos o seguinte ponto por

enquanto , precisamos achar a ordenada para completarmos o ponto, o

vector normal é , Utilizando a equação geral do plano

( ax  by  cz  d  0 ), e substituindo nela pelos valores númericos podemos ter:

2  1   1  y  6  1  0 , resolvendo para y temos  y  9  y  9 , logo o ponto

procurado é

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23

c) O valor de k para que o ponto P2, k  1`, k  pertença a .


Para que o ponto P pertença ao plano deve ser um ponto do plano, onde
e e já fomos dado o vector normal , usando a

equação geral do plano, e substituindo nela pelos valores dados podemos ter:
2  2  k  1  3k  1  0  4  k  3k  0 , Resolvendo para k podemos ter:

k  2

d) O ponto de abcissa zero e cuja ordenada é dobro da cota.


Solução
Neste problema temos, e , significa, que temos o seguinte ponto por

enquanto , precisamos achar o valor da ordenada e o valor da cota para

completarmos o ponto, o vector normal é , Utilizando a equação geral do

plano ( ax  by  cz  d  0 ), e substituindo nela pelos valores podemos ter:

2  0   1  2 z  3z  1  0 , resolvendo para z temos z  1 , logo o ponto

procurado é

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24

Nos problemas 2 a 10, determinar a equação geral do plano


2. Paralelo ao plano
 : 2x  3y  z  5  0 e que
contém o ponto A4,1,2

Solução
Os planos são paralelos significa que o
vector normal é o mesmo para os dois
planos, isto é. , usando o
A(4;-1;2)
ponto dado podemos determinar o plano
precisado.
Figura 1.1. Exercício 2
2x  4  3 y  1  z  2  0

 2x  8  3y  3  z  2  0
 2x  3y  z  9  0

x  2 y  3
3. Perpendicular à reta r :  e que contém
z   y  1
Se o plano é perpendicular a reta r significa, que o vector normal do plano é igual ao
vector director da recta dada, o vector director da recta dada é logo o

vector normal ao plano procurado é


A(1, -2,
pois são perpendiculares.
6)
Usando a equação geral do plano
deduzida durante as aulas temos:
2x  1   y  2  z  3  0  2 x  2  y  2  z  3  0 

PM (2, -1, 3)
4. Mediador do segmento de
extremos A(1, -2, 6) e B(3,0,0)
Em primeiro lugar vamos esquematizar
o problema
, em seguida vamos tentar achar o ponto
B(3, 0, 0)
médio, isto é
x1  x 2 1  3 4
xM    2
2 2 2

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25

y1  y 2 20 2
yM     1
2 2 2
z1  z 2 60 6
zM    3
2 2 2
O ponto médio é PM (2, -1, 3)
O vector do plano é dado por

isto quer dizer que

A(5, -1, Agora vamos usar a equação geral do plano,


4) para escrever a equação do plano procurada,
com isto temos:
2x  2  2 y  1  6z  3  0  2 x  4  2 y  2  6 z  18  0

 x  y  3z  8  0
PM (2, -4, 5/2)

5. Mediador do segmento de extremos


A(5, -1, 4) e B(-1, -7, 1)
Em primeiro lugar vamos esquematizar o
problema
B(-1,-7, 1)
, em seguida vamos tentar achar o ponto
médio, isto é
x1  x 2 5 1 4
xM    2
2 2 2
y1  y 2 1 7  8
yM     4
2 2 2
z1  z 2 4 1 5
zM   
2 2 2
O ponto médio é PM (2, -4, 5/2)
O vector do plano é dado por

isto quer dizer que

Agora vamos usar a equação geral do plano, para escrever a equação do plano
procurada, com isto temos:
 6x  2  6 y  4  3z  5 / 2  0   6 x  12  6 y  24  3z  15 / 2  0

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26

 6 x  6 y  3 z  9 / 2  0  12x  12 y  6 z  9  0 , este resultado ainda pode ser

escrita da seguinte maneira 4 x  4 y  2 z  3  0 .

6. Paralelo ao eixo z e que contém os pontos A(0, 3, 1) e B(2, 0, -1)


Se é paralelo ao eixo z significa que temos o seguinte vector , o vector normal

do plano será dado por .

, temos que também determinar o

vector , onde P é o ponto , depois de determinarmos o vamos

determinar o produto misto

Fazendo o produto misto e igualar a zero temos:

O plano procurado então é

7. Paralelo ao eixo dos x e que contém os pontos A(-2,0,2) e B(0,-2,1)


Se é paralelo ao eixo x significa que temos o seguinte vector , o vector normal

do plano será dado por .

, temos que também determinar o

vector , onde P é o ponto , depois de determinarmos o vamos

determinar o produto misto

Fazendo o produto misto e igualar a zero temos:

O plano procurado então é

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27

8. Paralelo ao eixo dos y e que contém os pontos A(2,1,0) e B(0,2,1)


Se é paralelo ao eixo y significa que temos o seguinte vector , o vector normal

do plano será dado por .

, temos que também determinar o vector

, onde P é o ponto , depois de determinarmos o vamos determinar o

produto misto

Fazendo o produto misto e igualar a zero temos:

O plano procurado então é

9. Paralelo ao plano xOy e que contém o ponto A(5, -2,3)


Como o plano é paralelo ao plano xOy, podemos concluir que , logo

E para o nosso caso .

10. Perpendicular ao eixo dos y e que contém o ponto A(3,4,-1)


Como o plano é perpendicular ao eixo dos y logo é paralelo ao plano xOz, considerando
o caso anterior do exercício número 9.

Nos problemas 11 a 14 escrever a equação geral do plano determinado pelos pontos.


11. A (-1, 2, 0), B (2, -1, 1) e C(1,1,-1)

Para este caso precisamos de achar os vectores e , depois achar o produto

vectorial, para encontrarmos o vector norma . Onde

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28

Para facilitar os cálculos vamos fixar um ponto, neste caso o ponto A e acharmos o
vector

Passemos agora a determinar o produto misto de , fazendo isso

temos:

3x  1   y  2  3z   3z  x  1  3 y  2  0  3x  3  y  2  3z  3z  x  1  3 y  6  0
4 x  5 y  3z  6  0

12. A(2,1,0), B(-4, -2, -1) e C(0,0,1).

Para este caso precisamos de achar os vectores e , depois achar o produto

vectorial, para encontrarmos o vector norma . Onde

Para facilitar os cálculos vamos fixar um ponto, neste caso o ponto A e acharmos o
vector

Passemos agora a determinar o produto misto de , fazendo isso

temos:

x  2y  0 .

A resolução dos números, 13 e 14, assemelha-se a resolução do números 11 e 12.

15. Determinar o valor de para que os pontos , ,

Solução
Em primeiro lugar vamos determinar os vectores , e , e depois achar o

produto mista e igualar a zero, isto é:

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29

Passemos a calcular

Calculando o produto misto podemos ter:

16. O plano passa pelo ponto A(6,0,-2) e é paralelo aos vectores e .

Solução
e

SendoP(x, y, z) o ponto genérico deste plano, deve-se ter:

ou

usando Laplace temos

0  y  2( z  2)  0   y  2 z  4  0

A equação do plano procurado é y  2 z  4  0


17. O plano passa pelos pontos A(-3,1,-2) e B(-1,2,1) e é paralelo ao vector

SendoP(x, y, z) o ponto genérico deste plano, deve-se ter:

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30

Ou

 3x  3  12 y  1  2z  2  0  3x  9  12 y  12  2 z  4  0

A equação do plano procurado é:


3 x  12 y  2 z  25  0

18. O plano contém os pontos A(1,-2,2) e B(-3,1,-2) e é perpendicular ao plano


 : 2x  y  z  8  0

Se o plano é perpendicular e passa pelos dois pontos, quer dizer que

SendoP(x, y, z) o ponto genérico deste plano, deve-se ter:

Ou

 3  4x  1  4  8 y  2   4  6z  2  0  x  1  12 y  24  10z  20  0


A equação do plano procurado é:
x  12 y  10z  5  0

19. O plano contém o ponto A(4,1,0) e é perpendicular aos planos


 1 : 2x  y  4z  6  0 e  2 : x  y  2z  3  0 .
Solução
Se os planos forem ortogonais, significa que o produto escalar dos dois vectores
normais é nulo,

SendoP(x, y, z) o ponto genérico deste plano, deve-se ter:

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31

Ou

2x  4  8 y  1  3z  0  2 x  8  8 y  8  3z  0
A equação do plano procurado é:
2 x  8 y  3z  0

Nos problemas 20 a 23, determinar a equação geral do plano que contém os seguintes
pares de retas:
 y  2x  3  x 1 z 1
  
r : e s : 3 5
20.   y  1
z   x  2

Solução
A reta passa pelo ponto e tem a direção do vector . A recta

passa pelo ponto e tem a direção do vector .

SendoP(x, y, z) o ponto genérico deste plano, deve-se ter:

Ou

10x  8 y  3  6z  2  0  10x  8 y  24  6 z  12  0


A equação do plano procurado é: 5 x  4 y  3z  6  0

x 1 y  2 z  3 x 1 y  2 z  3
21. r :   e s:  
2 3 1 2 1 2

Solução
A resolução deste exercício é semelhante a do exercício anterior,
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32

A reta r passa pelo ponto e tem a direção do vector . A recta

passa pelo ponto e tem a direção do vector .

Quando as rectas não são paralelas é só multiplicar os vectores diretores e o vector e

igualar a zero, uma vez que o ponto P(x,y,z) é um ponto genérico deste plano.
Isto é

Ou

5( x  1)  2 y  2  4z  3  0  5x  5  2 y  4  4 z  12  0
A equação do plano procurado é: 5 x  2 y  4 z  21  0


 x  3  t 
  x  2 y 1

22. r :  y  t e s:   ,z  0
z  4  2  2
 


Solução
A reta r passa pelo ponto e tem a direção do vector . A recta

passa pelo ponto e tem a direção do vector .Como as

rectas r e s são paralelos, teremos o seguinte caso.

Passemos agora a calcular o vector ,

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33

Temos que notar que os vectores-base são e =(1,1,-4). Para o ponto fixo

desse plano e P(x,y,z) um ponto genérico, deve-se ter:


(

Ou

Ou

4x  3  4 y  2z  4  0  4 x  12  4 y  2 z  8  0
A equação do plano procurado é: 2 x  2 y  z  2  0


 x  t

r : x  z ; y  3 e s : y  1
z  2  t



Solução
A reta r passa pelo ponto e tem a direção do vector . A recta

passa pelo ponto e tem a direção do vector .Como as

rectas r e s são paralelos, teremos o seguinte caso.


Passemos agora a calcular o vector ,

Para o ponto fixo desse plano e P(x,y,z) um ponto genérico, deve-se ter:

Ou

Ou

4 x  2 y  3  4 z  0  4 x  2 y  6  4 z  0

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34

A equação do plano procurado é: 2 x  y  2 z  3  0

Nos problemas 24 a 28, determinar a equação geral do plano que contém o ponto e a
recta dados

x  t

23. A3,1,2 e r : y  2  t
 z  3  2t

Solução
A recta r passa pelo ponto A1(0,2,3) e tem a direção do vector , portanto,

os vectores base do plano são e e:

Isso quer dizer que , usando a equação geral do plano deduzida durante as

aulas temos:
7( x  3)  7 y  1  0  7 x  21  7 y  28  0  x  y  2  0

x  2 y  z  1  0
24. A(3,2,1) e r :
2 x  y  z  7  0

Solução
Em primeiro vamos por a recta r na sua forma reduzida

 y  x  2

 , da equação reduzida podemos notar que
z  x  5


A recta r passa pelo ponto A1(0,-2,5) e tem a direção do vector , portanto,

os vectores base do plano são e e:

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35

Isso quer dizer que , usando a equação geral do plano deduzida durante as

aulas temos: 6x  3  9 y  2  3z  1  0  6 x  18  9 y  18  3z  3


2x  3y  z  1  0

25. A(1,2,1) e a reta interseção do plano  : x  2 y  z  3  0 com plano yOz

Solução
Os caminhos de resolução, não se diferem, dos que foram usados na alínea anterior.
O que devemos notar aqui é que para determinarmos a reta temos que ter o Ponto

Se substituirmos na equação do plano com este ponto podemos ter


 2 y  z  3  0  z  2 y  3 , lembrando a fórmula das equações simétrica no espaço
podemos escrever:
y  3/ 2
z , com isto podemos dizer que o vector diretor da recta é dado por
1/ 2
(0,1/2,1).

Se x  y  0  z  3 e A' (0,0,3)
O produto vai nos dar o vector normal do plano procurado.

Ou

(-5/2,-1,1/2)

26. A(1,-1,2) e o eixo dos z


Solução

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36

Como trata-se do eixo dos z, quer dizer que temos uma recta com vector diretor dado
por , e a reta passa pelo ponto P(0,0,0),vamos em seguida determinar o

vector formado entre o ponto P e A

Em seguida achamos o produto vectorial de , onde este resultado nos dará o

vector normal do plano procurado.

Sendo , a equação do plano com o ponto P(0,0,0) é dada por:

x y 0

27. A(1,-2,1) e o eixo dos x


Solução
Como trata-se do eixo dos x, quer dizer que temos uma recta com vector diretor dado
por , e a reta passa pelo ponto P(0,0,0),vamos em seguida determinar o

vector formado entre o ponto P e A

Em seguida achamos o produto vectorial de , onde este resultado nos dará o

vector normal do plano procurado.

Sendo , a equação do plano com o ponto P(0,0,0) é dada por:

y  2z  0

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37

28. Resolvido na sala de aulas

29. Representar graficamente os planos de equações

a) x  y  3  0
Nesta situação temos , se anularmos mais uma variável,que aqui significa já temos

um ponto P(0,0,0), se temos P(0,3,0) e se temos, P(3,0,0)

Com estes três pontos podemos desenhar o plano.

y
3
0

x
O procedimento é o mesmo para as outras alíneas.

30. Dada a equação geral do plano


 : 3 x  2 y  z  6  0 , determinar um sistema de equações.

Solução
Pode escolher arbitrariamente o valor de uma das variáveis para determinar as restantes,
para isto temos:
x  y  0  z  6 e o ponto é A(0,0,-6), em seguida temos que escolher um outro
ponto neste caso pode ser:
x  z  0  y  3 e o ponto é B(0,-3,0) e finalmente escolhemos de novo
arbitrariamente para acharmos o terceiro ponto.
y  z  0  x  2 o ponto é C(2,0,0)

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38

Agora temos que achar os vectores e

O sistema de equações paramétricas fica


x  2t

 :  y  3u
 z  3  6u  6t

31. Estabelecer equações paramétricas do plano determinado pelos


pontos A(1,1,0), B(2,1,3) e C(-1,-2,4)
Solução
Para estabelecer as equações paramétricas do plano determinado pelos pontos dados
temos que achar os vectores e

e , usando A como fixo podemos ter as seguintes

equações paramétricas.
 x  1  u  2t

 :  y  1  3t
 z  3u  4t

32. Determinar o ângulo entre os seguintes planos:

a)  1 : x  2 y  z  10  0 e  2 : 2 x  y  z  1  0
Solução
Os vectores e são vectores normais a estes planos. De

acordo com equação deduzida durante as aulas temos:

| n1  n2 | | (1,2,1)  (2,1,1) | 2  2 1 3 1
cos         600
| n1 |  | n2 | 12  2 2  12  2 2  12   1 6 6 6 2
2

b)  1 : 2x  2 y  1  0 e  2 : 2x  y  z  0
Solução
Os vectores e são vectores normais a estes planos.

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39

| n1  n2 | | (2,2,0)  (2,1,1) | 42 6 3


cos         300
| n1 |  | n2 | 2 2   2  0 2  2 2   1   1 8 6 2
2 2 2
4 3

c)  1 :3x  2 y  6  0 e  2 : plano xOz


Se o plano é xOz isto quer dizer que a=c=0, então passemos a ter os seguintes vectores
e são vectores normais a estes planos.

| n1  n2 | | (3,2,0)  (0,1,0) | 2 2  2 
cos        arccos 
| n1 |  | n2 | 3  2  0  0 1  0
2 2 2 2 2 2
13  1 13  13 

b)  1 :3x  2 y  6  0 e  2 : plano yOz


Se o plano é xOz isto quer dizer que b=c=0, então passemos a ter os seguintes vectores
e são vectores normais a estes planos.

| n1  n 2 | | (3,2,0)  (1,0,0) | 3 3  3 
cos        arccos 
| n1 |  | n 2 | 3 2 0  1 0 0
2 2 2 2 2 2
13  1 13  13 

33. Determinar o valor de m para que seja de 30o o ângulo entre os planos
 1 : x  my  2 z  7  0 e
 2 : 4 x  5 y  3z  2  0

Solução
Usando a equação que usamos nos exercícios anteriores para determinarmos ângulos
entre dois planos podemos ter:

| n1  n2 |
cos  , os vectores normais a estes planos são e
| n1 |  | n2 |
e o ângulo entre esse dois planos é de 30o, substituindo estes dados na expressão escrita
primeiramente temos:

| (1, m,2)  (4,5,3) | 4  5m  6 3 5m  10


cos 30    
12  m 2  2 2  4 2  5 2  3 2 m 2

 5  16  25  9 2 
50 m 2  5 

   
3 50 m 2  5  25m  10  150 m 2  5  10m  20 , resolvendo esta equação
obedecendo as regras da resolução de equação irracional temos:
150m 2  750  100m 2  400m  400  50m 2  200m  350  0  m 2  8m  7  0
Usando a fórmula de Bhaskara para a resolução desta euacao quadrática temos

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40

  b 2  4ac    36,  6
86
m  m  1 m  7
2
34. Determinar a e b, de modo que os planos
 1 : ax  by  4 z  1  0 e  2 :3x  5 y  2 z  5  0 sejam paralelos.

Solução
Para que os planos sejam paralelos devem obedecer a seguinte condição
a1 b c1 a b c
 k, 1  k,  k , isto é 1  1  1 , substituindo nesta última expressão
a2 b2 c2 a 2 b2 c 2
pelos valores sabendo que osvectores normais a estes planos são e

temos:

a
a b 4  3  2  a  6
   
3 5 2  b  2 b  10
  5

35. Determina m de modo que os planos


 1 : 2mx  2 y  z  0 e
sejam perpendiculares
 2 : 3 x  my  2 z  1

Solução
Para que dois planos sejam perpendiculares é necessário que o produto escalar dos
vectores normais que formam estes dois planos seja nulo, isto é.

Dados e

2m,2.  1  3,m,2  0  6m  2m  2  0  4m  2  m  1/ 2

x  2 y z 1
36. Determinar o ângulo que a recta r :    forma com o
 3 4 5
plano  : 2 x  y  7 z  1  0

Solução
Os vectores e são vectores normais a estes planos. De

acordo com equação deduzida durante as aulas temos:

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41

| v n | | (3,4,5)  (2,1,7) | 6  4  35 45 3
sin          600
| v || n | 3 2   4   5 2  2 2   1  7 2 50  54 2
2 2
30 3

 y  2 x
37. Determine o ângulo formado pela recta, r :  e o plano  : x  y  5  0
z  2x  1

Solução
Os vectores e são vectores normais a estes planos. De

acordo com equação deduzida durante as aulas temos:

| v n | | (1,2,2)  (1,1,0) | 1 2 1 2
sin          450
| v || n | 12   2   2 2  12   1 9 2 2
2 2
2

38. Determinar as equações reduzidas, em termos de x, da recta r que passa pelo


ponto A(2,-1,4) e é perpendicular ao plano  : x  3 y  2 z  1  0

Solução
Como a recta é perpendicular ao plano, então o seu vector diretor é igual ao vector
normal desse plano.

Usando a fórmula da equação simétrica da recta podemos ter:


x  2 y 1 z  4 x2 z4 x  2 y 1  y  3 x  5
      
1 3 2 1 2 1 3 z  2x

39. Determinar as equações paramétricas da recta que passa pelo ponto A(-1,0,0) e
é paralela a cada um dos planos.
 1 : 2x  y  z  1  0 e  2 : x  3y  z  5  0

Solução
Como os dois planos são paralelos, quer dizer que o produto vectorial dos dois vai nos
dar o vector diretor desta recta

, o vector diretor da recta é dado por , usando a fórmula

para a determinação da equação paramétrica da recta temos:

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42

 x  2t  1
x 1 y z 
 t,  t,  t  r :  y  3t
2 3 7  z  7t

 x  3t  1

42. Mostra que a recta r :  y  2t  1 é paralela ao plano  : x  2 y  z  3  0
z  t

Solução
A condição para que uma recta e uma plano sejam paralelo é , pois quando

uma recta e um plano são paralelo o vector diretor da recta é perpendicular ao vector
normal que forma esse plano. e

, de facto são paralelo.

 x 1 y 1
43. Mostrar que a recta r:  ; z  0 está contida no plano
 1 2
 : 2 x  y  3z  1  0

Solução
A condição para que uma recta esteja contido num plano é ,

, não está contida.

 y  2x  3
44. Calcular os valores de m e n para que a recta r :  esteja contida
z   x  4
no plano  : nx  my  z  2  0

Solução
A partir da equação reduzida da recta vou atribuir x qualquer valor, para encontrar um
ponto desta recta.
x  0  y  3 , z  4 P(0,-3,4).
Substituindo com este ponto na equação do plano temos:
0  3m  4  2  0  m  2 , atribuindo novamente o x um valor arbitrário, mas
diferente daquele que atribuímos anteriormente podemos ter por exemplo para

P(1,-1,3), substituindo este ponto na equação do plano temos:

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43

n  23 2  0  n  3

Nos problemas 45 e 46, estabelecer as equações reduzidas, x a variável independente,


da recta interseção dos planos:

45.  1 : 3x  y  z  3  0 e  2 : x  3 y  2z  4  0

Solução
O vector diretor da recta será dado pelo produto vectorial dos vectores normais a estes
planos. e

, o vector diretor da recta é dado por .

Agora temos que achar os pontos de intercepção das da recta resolvendo o sistema de 2
equações com três incógnita, onde a solução desta nos dará o ponto de intercepção.
3 x  y  z  3  0 y  x  2
  , para temos P(0,-2,1) este é um ponto da
x  3 y  2z  4  0  z  2 x  1
intercepção da recta.
Usando a fórmula para a determinação da equação simétrica da recta temos:
x y  2 z 1 x y2 z 1 x y  x  2
      
5 5 10 5 5 10 5  z  2 x  1

46.  1 : 3x  2 y  z  1  0 e  2 : x  2y  z  7  0
Solucao
O vector diretor da recta será dado pelo produto vectorial dos vectores normais a estes
planos. e

, o vector diretor da recta é dado por .

Agora temos que achar os pontos de intercepção das da recta resolvendo o sistema de 2
equações com três incógnita, onde a solução desta nos dará o ponto de intercepção.

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44

 1 3
3x  2 y  z  1  0 y  x 
  2 2 , para temos P(0,3/2,-4) este é um ponto da
x  2 y  z  7  0 
z  2x  4
intercepção da recta.
Usando a fórmula para a determinação da equação simétrica da recta temos:
 1 3
x y  3/ 2 z  4 x y  3/ 2 z4 x y  x 
       2 2
4 2 8 4 2 8 4 
 z  2 x  4

Nos problemas 47 e 48, determinar as equações paramétricas da recta intercepção dos


planos.

47.  1 : 2 x  y  3z  5  0 e 2 : x  y  z 3  0

Solução
O vector diretor da recta será dado pelo produto vectorial dos vectores normais a estes
planos. e

, o vector diretor da recta é dado por .

Agora temos que achar os pontos de intercepção da recta resolvendo o sistema de 2


equações com três incógnita, onde a solução desta nos dará o ponto de intercepção.
 1
2 x  y  3 z  5  0  y  4 x  1
  , para temos P(0,1,-2) este é um ponto da
x  y  z  3  0 3
z  x  2
 4
intercepção da recta.
Usando a fórmula para a determinação da equação paramétrica da recta podemos ter:
 x  4t
x y 1 z2 
 t,  t,  t  r : y  1 t
4 1 3  z  2  3t

48.  1 : 2 x  y  2  0 e 2 : z  3

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45

Solução
O vector diretor da recta será dado pelo produto vectorial dos vectores normais a estes
planos. e

, o vector diretor da recta é dado por .

Agora temos que achar os pontos de intercepção da recta resolvendo o sistema de 2


equações com três incógnita, onde a solução desta nos dará o ponto de intercepção.
2 x  y  2  0  y  2 x  2
  , para temos P(0,2,3) este é um ponto da
z  3 z  3
intercepção da recta.
Usando a fórmula para a determinação da equação paramétrica da recta podemos ter:
x  t
x y2 z 3 
 t,  t,  t  r :  y  2  2t
1 2 0 z  3

Nos problemas 49 a 51, determinar o ponto de intercepção da recta r com o ponto
 nos seguintes casos.

2z  3
49. r : x  2 y  3  e  : 2 x  y  3z  9  0
3

Para determinar o ponto de intersepção, temos deixar a r: nas equações reduzidas e


resolver o sistema de equações, das equações reduzidas da recta e do plano.
Conhecendo a fórmula da equação da recta podemos reescrevver a equação da recta e
ficar deste jeito.
3 3  1 3
y z  y  x
x
 2  2  2 2
1 3  , resolvendo agora o sistema de três equações com 3
1 3
z  x  3
2 2  2 2
incógnitas podemos ter:
 1 3 
y  2 x  2  _______
   _______
 3 3 
z  x    _______   _______
 2 2  x  1
2 x  x   3 x    9  0 
1 3 3 3
2 x  y  3 z  9  0
  2 2 2 2

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46

x  1

 y  2 , o ponto de intercepção é: P(1,2,3)
z  3

x  1  t

50. r :  y  2t e  :x3
z  5

Solução
Para determinar o ponto de intersepção, temos deixar a r: nas equações reduzidas e
resolver o sistema de equações, das equações reduzidas da recta e do plano.
Conhecendo a fórmula da equação da recta podemos reescrever a equação da recta e
ficar deste jeito.
x 1 y z 5 x 1 y  y  2x  2
t , t , t   z3 , resolvendo agora
1 2 0 1 2 z  5
o sistema de três equações com 3 incógnitas sendo a terceira a equação do plano
podemos ter:
 y  2x  2 x  3
 
z  5   y  4 , o ponto de intercepção é P(3,4,5)
x  3 z  5
 

x  t

51. r :  y  1  2t e  : 2x  y  z  4  0
 z  t

Para determinar o ponto de intersepção, temos deixar a r: nas equações reduzidas e


resolver o sistema de equações, das equações reduzidas da recta e do plano.
Conhecendo a fórmula da equação da recta podemos reescrever a equação da recta e
ficar deste jeito.
x y 1 z x y 1 z  y  2 x  1
t , t , t     , resolvendo agora o
1 2 1 1 2 1 z   x
sistema de três equações com 3 incógnitas sendo a terceira a equação do plano podemos
ter:

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47

 y  2 x  1  __________ x  3
  
z   x   __________   y  5 , o ponto de intercepção é
2 x  y  z  4  0 2 x  2 x  1  x  4  0  z  3
  
P(3,-5,-3)

 y  2x  3
52. Determinar os pontos de intercepção r: com os planos
z   x  2
coordenados
Solução
Para determinar os pontos de intersepção com os planos coordenados, temos que ter em
conta os seguintes planos coordenados onde , onde e finalmente

onde

Para onde temos:

x  2
 y  2x  3 
  y  1 PxOy 2,1,0
0   x  2 z  0

Para onde temos:

x  0
y  2  0  3 
   y  3 PyOz 0,3,2
z   x  2 z  2

Para onde

 3
x  2
 y  2x  3  3 1
  y  0 PxOz  ,0, 
z   x  2  1
2 2
z 
 2

53. Determinar os pontos de interseção do plano  : 2 x  4 y  z  4  0 com os


eixos coordenados e, também , a recta interseção deste com o plano

Solução
i.
Com o eixo x, y  z  0, 2x  4  0  0  4  0  x  2 Px 2,0,0

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48

Com o eixo y, x  z  0, 2.0  4  y  0  4  0  y  1 Px 0,1,0

Com o eixo z, y  z  0, 2.0  4  0  z  4  0  z  4 Px 2,0,0

ii.
Recta interseção com o plano onde

z  0
z  0 
  1
2 x  4 y  0  4  0  y   x  1
 2

54. Determinar o ponto de interseção das rectas


3x  y  6 z  13  0 x  1
r:  e 
9 x  3 y  5 z  0 4 x  y  z  9  0

Solução
Para determinar o ponto de interseção, basta resolver o sistema de equações formada
pelas equações.
3  y  6 z  13  0
9  3 y  5 z  0 x  1
 
  y  2 PI 1,2,3
y  z  5  0  z  3
 x  1 

Nos problemas 55 e 56, determinar a equação geral do plano que contém o ponto A e
a reta interseçao que contém o ponto A e a reta interseção dos dois planos  1 e  2 .

55. A(2, 0,1),  1 : 2 x  3 y  5z  0 e 2 : x  y  0

Solução
O produto vectorial dos vectores normais que formam estes dois planos nos dará o
vector director da recta, sendo e e

O passo seguinte é achar o ponto de interseção, resolvendo o sistema de equações


formado pelos dois planos.
2 x  3 y  5 z  0
 , para x  0 temos P0,0,0 
x  y  0

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49

Passemos agora a determinar o vector

O produto vectorial deste vector e do vector director da recta nos dará o vector
normal a este plano procurado, para isto temos:

Usando a fórmula para a determinação da equação geral do plano temos:


5 x  7 y  10z  0

Fonte para consulta adicional:


4. MONTEIRO, A. et al. Álgebra Linear e Geometria Analítica. Schaum´s
Outlines, McGraw Hill, Lisboa, 1997.
5. STEINBRUCH, A. & WINTERLE, P. Geometria
Analítica. McGraw Hill, 2a Ed., São Paulo, 1987.

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50

4. Linhas de segunda ordem (cónicas)


Nesta secção apresenta-se a resolução de exercícios acerca linhas de
segunda ordem: Parábola e elipse.
4.1 Parábola
Em cada um dos problemas 1 a 18, estabelecer a equação de cada uma das
parábolas, sabendo que:

1. Vértice: V(0,0); diretriz d:

Solução
A equação é da forma:
P
x 2  2 Py , mas  2P  4
2
Substituindo na equação com o valor de P já determinado teremos:
x 2  8 y , que é a equação da parábola procurada.
Graficamente
y

Par(-4,2) Par(4,2)
2 F(0,2)
P
2 4
-4
V(0,0) x
P
d 2 -2

2. Foco: F(2,0); diretriz d:

Solução
A equação é da forma:
P
y 2  2 Px , mas  2P  4
2
Substituindo na equação com o valor de P já determinado teremos:
y 2  8 x , que é a equação da parábola procurada.

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51

Representação gráfica

y
4 Par(2,4)

F(2,0)
-2 V(0,0) 2 x
P P
2 2

-4 Par(2,-4)
d

3. Vértice: V(0,0); foco: F(0,-3)


Solução
A equação é da forma:
P
x 2  2 Py , mas  3  P  6
2
Substituindo na equação com o valor de P já determinado teremos:
x 2  12 y , que é a equação da parábola procurada. A parábola é virada para baixo e é
simétrica em relação ao eixo dos y.

4. Vértice: V(0,0); foco: F(-3,0)


Solução
A equação é da forma:
P
y 2  2 Px , mas  3  P  6
2
Substituindo na equação com o valor de P já determinado teremos:

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52

y 2  12x , que é a equação da parábola procurada. A parábola é virada para esquerda e


é simétrica em relação ao eixo dos x.
5. Foco: F(0,-1); d:

Solução
A equação é da forma:
P
x 2  2 Py , mas  1  P   2
2
Substituindo na equação com o valor de P já determinado teremos:
x 2  4 y , que é a equação da parábola procurada. A parábola é virada para baixo e é
simétrica em relação ao eixo dos y.

6. Vértice: V(0,0); simetria em relação ao eixo dos y e passando pelo


pontoo P(2,-3)
Solução
A equação é da forma
x 2  2 py
Como P pertence à parábola, então (2,-3) é uma solução da equação, isto é, a afirmação:

2 2  2 p 3  4  6 p é verdadeira. Daí vem : p  


2
3
4
y x2   y  3x 2  4 y  0
3
V(-2,3) 3
p 7. Vértice: V(-
2
2,3); foco: F(-2,1)
F(-2,1) 1
Solução
-2 x Para facilitar, façamos um esboço
do gráfico. A equação da parábola
é da forma:
x  h2  2 p y  k  , mas
p
 2  p  4 , logo
2

x  22  8 y  3
Ou ainda pode ser escrita da seguinte maneira:
x 2  4 x  8 y  20  0

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53

8. Vértice: V(2,-1); foco: F(5,-1)


Solução
Para facilitar, façamos um esboço do gráfico. p
x
A equação é da forma: 2
0 2 5
y  k  2
 2 px  h , mas  3  p  6
p
V(2,-1)
2 F(5,-1)
Logo a equação fica:
 y  12  12x  2 ou
y 2  2 y  12x  25  0

9. Vértice, V(4,1); diretriz d:

Solução
y

V(4,1)
x
-4 0 5
p
2

d
A equação é da forma

 y  k 2  2 px  h , mas p
 8  p  16
2
Logo a equação fica:
 y  12  32x  4 ou
y  2 y  32x  129  0
2

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54

10. Vértice: V(0,0); eixo , passa por (4,5)

Solução
A equação é do tipo
25
y 2  2 px,  25  8 p  p  , substituindo na equação temos:
8
25
y2  x  4 y 2  25x  0
4
y 11. Vértice: V(-4,3);
foco: F(-4,1)
V(-4,3)
p Solução
2 Para facilitar façamos o
F(-4,1)
esboço do gráfico. A equação

-4 0 é da forma:
x
x  h2  2 p y  k  ,
p
mas  2  p  4 ,
2
substituindo na equação
temos:
x  42  8 y  3 ou
x 2  8x  8 y  8  0

12. Foco: F(2,3); diretriz:

Solução
Ay  Fy
Vy  , isto por que em todos os casos V x  Fx , procedendo com os cálculos
2
temos:
1 3
Vy   1 , logo o vértice é V(2,1)
2

A equação é do tipo x  h2  2 p y  k  , mas


p
 2  p  4 , substituindo na
2
equação temos:
x  22  8 y  1 ou x 2  4x  8 y  4  0
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55

Graficamente

p F(2,3)
2
V(2,1)

0 2
x

A resolução dos números 13 e 14, assemelha-se ao da resolução dos exercícios


anterior, passemos agora para o número 15, que tem pelo menos uma novidade.

15. Vértice: V(1,3); eixo paralelo ao eixo dos x, passando pelo ponto P(-1,-1)
Solução
Como o eixo é paralelo ao eixo dos x, então a equação é do tipo
 y  k 2  2 px  h , o ponto faz parte da equação para isso temos:
 1  32  2 p 1  1  16  4 p  p  4 , agora substituindo com o valor de p na
equação temos:
 y  32  8x  1
16. Eixo de simetria paralelo ao eixo dos y e passa pelos pontos A(0,0), B(1,1)
e C(3,1)
Solução
Como o Eixo de simetria paralelo ao eixo dos y, a equação é do tipo ax 2  bx  c  y ,
neste caso.

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56


c  0
0  0  0  c c  0 
   1
1  a  b  c  a  b  1  a   , a equação da parábola fica
1  9a  3b  c 9a  3b  1  3
   4
b  3

1 4
 x2  x  y
3 3

17. Eixo de simetria paralelo ao eixo dos y e passa pelos pontos P1(0,1),
P2(1,0) e P3(2,0)
Solução
Como o Eixo de simetria paralelo ao eixo dos y, a equação é do tipo ax 2  bx  c  y ,
neste caso.

c  1
1  0  0  c c  1 
   1
0  a  b  c  a  b  1  a  , a equação da parábola fica
0  4a  2b  c 4a  2b  1  2
   3
b   2

1 2 3
y x  x 1
2 2

18. Eixo paralelo a e passa pelos pontos P1(-2,4), P2(-3,2) e P3(-11,-2)

A equação é do tipo x  ay 2  by  c ,

c  6
 2  16a  4b  c c  16a  4b  2 
   1
  3  4 a  2b  c    12a  2b  1  a   a equação da parábola fica
 11  4a  2b  c  12a  6b  9  4
 
b  2

1 2
x y  2y  6 .
4

Em cada um dos problemas 19 a 34, determinar o vértice, o foco, uma equação para a
diretriz e uma equação para o eixo da parábola de equação dada. Esboçar o gráfico.

19. x 2  12 y

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57

Solução
Sabe-se que:
p
x 2  2 py , da equação dada percebe-se que: 2 p  12   3 , com estes resultados
2
podemos ter:
V(0,0), F(0,-3), y  3  0 (equação da directriz) e equação para o eixo da parábola de
equação .

20. y 2  100x
Sabe-se que:
p
y 2  2 px , da equação dada percebe-se que: 2 p  100   25 , com estes
2
resultados podemos ter:
V(0,0), F(-25,0), x  25  0 (equação da directriz) e equação para o eixo da parábola
de equação y

25 x

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58

A resolução dos números 21, 22 e 23 assemelha-se a da resolução dos


exercícios 19 e 20.

24. x 2  4 x  8 y  12  0
Solução.

Primeiramente, vamos apresentar esta equação na forma prática:


x  h2  2 p y  k 
Iniciemos escrevendo a equação assim x 2  4 x  8 y  12  0
Como o 1o membro da equacao deve ser um trinômio quadrado, teremos que
completar a expressão x 2  4 x . Para completar o quadrado de uma expressão da
forma x 2  qx devemos somar o quadrado da metade de coeficiente x, ou seja
2 2
q 4
  . No caso de x  4 x , devemos somar   , ou seja 4. Ora, como iremos
2

2 2
o
somar 4 ao 1 membro da equação, não podemos deixar de compensar somando 4
também ao 2o membro:
x 2  4x  4  8 y  12  4  x  2  8 y  1
2
y
Logo temos

p
E 2 p  8   2 , o vértice da parábola é V(-2,-
2
1) -2 0
V(-2,-1) x
Pelo esboço do gráfico podemos ter os elementos em -1
p
falta.
2
Neste caso temos:
V(-2,-1), F(-2,-3) , , F(-2,-3) -3

25. x 2  2 x  20 y  39  0 (veja a resolução do


número anterior)

26. y 2  4 y  16x  44  0

y 2  4 y  4  16x  44  4   y  2  16x  3
2

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59

Logo

p
2 p  16   4 o vértice da parábola é V(3,-2)
2
Esboçando o gráfico teremos os restantes elementos da parábola.

-1 3 7
0
x
F(-1,-2) -2
V(3,-2)
p
2 d

Neste caso temos, V(3,-2), F(-1,-2), e

De número 27 até 34, tem mesmos passos da resolução com os números 24,25 e 26.

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60

4.2 Elipse

Em cada um dos problemas 1 a 8, determinar os vértices A1 e A2, os focos e a


excentricidade das elipses dadas. Esboçar o gráfico.
x2 y2
1.  1
100 36
Solução
Nesta caso temos a equação da elipse da seguinte forma:
x2 y2
2
 2  1 onde a 2  100  a  10 e b 2  36  b  6 , como
a b

a 2  b 2  c 2  c 2  a 2  b 2  c  a 2  b 2  8 , o focos da elipse são: F1(-8,0) e


F2(8,0), vértice A1(-10,0) e A2 (10,0) e semi –eixo menor B1(0,-6) e B2(0,6), a
excentricidade da elipse é dada pela expressão:
c
e , neste problema a excentricidade será:
a
8 4
e 
10 5
Esboço do gráfico da elipse:

6 B2(0,6)

A1(-10,0)
F1(-8,0) C(0,0) 0 F2(8,0) 10
-10
A2(10,0) x

-6 B1(0,-6)

x2 y2
2.  1
36 100

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61

Solução
Nesta caso temos a equação da elipse da seguinte forma:
y2 x2
2
 2  1 onde a 2  100  a  10 e b 2  36  b  6 , como
a b

a 2  b 2  c 2  c 2  a 2  b 2  c  a 2  b 2  8 , o focos da elipse são: F1(0,-8) e


F2(0,8), vértice A1(0,-10) e A2 (0,10) e semi –eixo menor B1(-6,0) e B2(6,0), a
excentricidade da elipse é dada pela expressão:
c
e , neste problema a excentricidade será:
a
8 4
e 
10 5 A2(0,10) y
10
F2(0,8)

B1(-6,0)-6 C(0,0) 0
6
B2(6,0)
x

F1(0,-8)

-10 A1(0,-10)

3. x 2  25 y 2  25
Esta equação pode ser escrita da seguinte maneira quando divididos todos os membros
da equação por 25.
x2 y2
 1
25 1
Nesta caso temos a equação da elipse da seguinte forma:
x2 y2
2
 2  1 onde a 2  25  a  5 e b 2  1  b  1 , como
a b

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62

a 2  b 2  c 2  c 2  a 2  b 2  c  a 2  b 2  2 6 , o focos da elipse são: F1(-

2 6 ,0) e F2( 2 6 ,0), vértice A1(-5,0) e A2 (5,0) e semi –eixo menor B1(0,-1) e
B2(0,1), a excentricidade da elipse é dada pela expressão:
c
e , neste problema a excentricidade será:
a

2 6
e 
5

Esboço do gráfico da elipse:

1 B2(0,1)
A1(-5,0) A2(5,0)
F1(- 2 6 ,0) C(0,0) 0 F2( 2 6 ,0) 5
-5 x
-1 B1(0,-1)

4. 9 x 2  5 y 2  45  0
Esta equação pode ser escrita da seguinte maneira quando divididos todos os membros
da equação por 45.
x2 y2
9 x  5 y  45  0  9 x  5 y  45 
2 2 2 2
 1
5 9

Nesta caso temos a equação da elipse da seguinte forma:


y2 x2
2
 2  1 onde a 2  100  a  3 e b 2  5  b   5 , como
a b
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63

a 2  b 2  c 2  c 2  a 2  b 2  c  a 2  b 2  2 , o focos da elipse são: F1(0,-2) e

F2(0,2), vértice A1(0,-3) e A2 (0,3) e semi –eixo menor B1(- 5 ,0) e B2( 5 ,0), a
excentricidade da elipse é dada pela expressão:
c
e , neste problema a excentricidade será:
a
2
e
3
5. 4 x 2  9 y 2  25 (resolução de número 2, 4)

6. 4 x 2  y 2  1 (resolução de número 1,3)

7. 4 x 2  25 y 2  1 (resolução semelhante a de números


anteriores)
8. 9 x 2  25 y 2  25 (resolução semelhante ade números
anteriores)
Em cada um dos problemas 9 a 22, determinar a equação da elipse que satisfaz as
condições dadas.

9. Eixo maior mede 10 e focos (±4,0)


Dos dados temos: 2a  10  a  5 , temos também c  4 , do teorema de Pitágoras

para elipse, temos: a 2  b 2  c 2 , 25  b 2  16  b  3 com todos estes dados sabendo

x2 y2
que a equação da elipse é dada por 2  2  1 , podemos ter a equação da elipse
a b
pedido no problema que será dado por:
x2 y2
  1 ou 9 x 2  25 y 2  225 .
25 9

3
10. Centro C (0,0), um foco F ( ,0) e um vértice A
4
(1,0)
Solução
3 1 1
a2  b2  c2  b2  1  b
4 4 2

x2 y2
  1  x2  4y2  1
1 1
4

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64

Fonte:
6. MONTEIRO, A. et al. Álgebra Linear e Geometria Analítica. Schaum´s
Outlines, McGraw Hill, Lisboa, 1997.
7. STEINBRUCH, A. & WINTERLE, P. Geometria
Analítica. McGraw Hill, 2a Ed., São Paulo, 1987.

Exercícios Complementares sobre a Disciplina



1. Dado o vector w(10;14) , determine as coordenadas de um vector com o triplo do

comprimento de w , a mesma direcção e o sentido contrário.
     
2. Calcular o módulo dos vectores u  v e u  v , sabendo que u  4 e v  3 e o

 
ângulo entre u e v é de 60o.
  

3. Sendo u  (5;2;5) e v  2;1;2  , calcular o vector proju .


v

 
4. Escreva o vector w  ( 4;4;14) como combinação linear dos vectores v1  (1;2;1)

e v2  ( 2;0;4) .
5. Qual deve ser o valor de m para que os pontos A(3;m;1), B(1;1;-1) e C(-2;10;-4)
pertença a mesma recta?

Estabeleça as equações paramétricas da recta que passa pelo ponto de intersecção das
y 1 z x  1 y
rectas r : x  2   e s: e é simultaneamente ortogonal a r e s.
2 3 z  2  x

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65

x 1 y  3 z 1
6. Ache o plano que passa pelo ponto A (1;2;3) e conte a recta r 
 
3 0 2
7. Vamos encontrar a equação do plano que passa pelos pontos p1  (2;1;1) ,
p 2  (0;1;1) e p3  (1;2;1)
8. Encontre a equação do plano que passa pelo ponto A(2;1;3) e é paralelo aos vectores
 
v  ( 2;1;3) u  ( 3;3;1)
 x  1  2t

9. r :  y  t  :x y50
Determine o ângulo entre a recta :  z  3  t forma com o plano

 y  2x  3
10. s:  : 3x  5 y  2 z  9  0
Determine a intersecção da recta  z  3 x  4 com o plano
11.  : 2x  3y  z  6  0
Represente o plano
12.
Determinar o valor de m de modo que seja de 30o o ângulo entre os
 1 : x  my  2 z  7  0
planos  2 : 4 x  5 y  3z  2  0

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66

Bibliografia
8. EVDOQUIMOV, M. Geometria Analítica. Universidade Eduardo Mondlane,
Maputo, 1992.
9. KINDLE, J.H. Geometria Analítica Plana e no Espaço. Editora McGraw-Hill,
Rio de Janeiro, 1970.
10. MONTEIRO, A. et al. Álgebra Linear e Geometria Analítica. Schaum´s
Outlines, McGraw Hill, Lisboa, 1997.
11. STEINBRUCH, A. & WINTERLE, P. Geometria
Analítica. McGraw Hill, 2a Ed., São Paulo, 1987.

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67

Biografia

Autor: Jorge Diquisone Ndacherenga, nasceu na Província de Manica, aos de 16 de


Março de 1987. Terminou a Licenciatura em 2011, na Universidade Pedagógica
delegação da Beira. Entre os Anos 2010 a 2012, foi Professor de Matemática do nível
médio das Escolas João XXIII e Catedral da Beira. Desde 2013 é Assistente Estagiário
na Universidade Pedagógica, Delegação de Manica, onde já trabalhou com as
disciplinas de Cálculo Integral em R, Teoria de Probabilidades, Estatística Descritiva,
álgebra e Geometria Analítica, Geometria analítica, cálculo Infinitesimal, Calculo
Diferencial em Rn, Matemática Básica, Estatística Educacional.

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