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Arthur Andreetta
São Paulo State University
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All content following this page was uploaded by Arthur Andreetta on 24 May 2020.
Resumo
Palavras Chave
Abstract
The investment in the occupational safety professional and, consequently, preventive
measures from the moment it is understood that every incident should be considered
important, since it is not possible to predict whether or not it will cause injuries to the
worker, is less than expenses for the resolution of problems related to the
consequences due to work accidents with employees (from temporary removals to
deaths). Not to mention that such expenses, understood up until then as damages to
the companies, could be being saved and reinvested, meaning an improvement in the
conditions of work environments, reducing risk levels, protecting workers more,
causing an increase in productivity and competitiveness within organizations,
generating more profits for the companies themselves, proving that "prevention is
better than cure".
Keywords
Accidents at work – Prevention Tools – Regulatory Norms – Safe Job – Safety and
Occupational health
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Introdução
Quanto ao Brasil, o tema é tratado com ênfase nos últimos 50 anos, inclusive, sendo
comemorado no dia 27 de julho o Dia Nacional de Prevenção de Acidentes de
Trabalho, em alusão a implementação do Serviço Obrigatório de Segurança e
Medicina do Trabalho em empresas com mais de 100 funcionários, instituído em 1972
por iniciativa do Ministério do Trabalho.
Desenvolvimento
Da mesma Lei Federal, o artigo 21 exemplifica e detalha de forma lúcida uma variada
possibilidade de ocorrências correlacionadas aos acidentes de trabalho. Resumindo,
pode-se reunir todas as possibilidades em quatro grupos fundamentais:
I. Acidente ligado ao trabalho que não seja causa única, mas contribua
diretamente para a morte, redução ou perda da capacidade para o trabalho,
ou produza lesão que exija cuidados médicos;
II. Acidente ocorrido no local e no horário do trabalho, consequência de uma
variedade de fatores;
III. A doença derivada de contaminação acidental no exercício da atividade
laboral;
IV. Acidente sofrido ainda que fora do local e horário de trabalho;
(Emerson Santiago – Acidentes de Trabalho, Infoescola)
Sofrer alguma lesão fora do local e horário de trabalho também é reconhecido como
acidente de trabalho, desde que no ato do acontecimento, o colaborador estivesse
exercendo seu papel para com a sua empresa, através de suas ordens ou serviços.
Da mesma forma, há os acidentes sofridos em viagens a trabalho, no caso de a
viagem ter sido financiada por interesse do empregador.
Os acidentes de trabalho não geram apenas conflitos judiciais, mas também muita dor
de cabeça e gastos ao empregador. Os acidentes considerados menos graves por
exemplo, onde o colaborador ainda tenha de se ausentar, mas por um curto espaço
de tempo, considerado de até 15 dias, o prejuízo fica a cargo direto da empresa, que
deixa de contar com o trabalhador por este período e ainda tem de arcar com as
despesas provenientes de seu tratamento. O acidente repercutirá ao empregador
também no cálculo do Fator Acidentário de Prevenção - FAP da empresa, nos termos
do art. 10 da Lei nº 10.666/2003.
Outro lado que perde com os acidentes de trabalho é o Estado. É função do Instituto
Nacional do Seguro Social – INSS administrar e fornecer a prestação dos benefícios
do acidentado, tais como auxílio-doença acidentário, auxílio-acidente, habilitação e
reabilitação profissional e pessoal, aposentadoria por invalidez e pensão por morte.
A constituição federal, em seu artigo 7º, inciso XXVIII, declara que é direito dos
trabalhadores o seguro contra acidentes do trabalho, a cargo do empregador, sem
excluir a indenização a que este está obrigado, quando incorrer em dolo ou culpa.
(BRASIL, 1988)
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Com o passar dos anos, é possível notar que as ações das instituições e as novas
medidas prevencionistas vêm colaborando com as reduções dos acidentes. O Dia
Nacional de Prevenção de Acidentes de Trabalho por exemplo é comemorado no dia
27 de julho. A data representa a luta dos trabalhadores brasileiros por melhorias nas
condições de saúde e segurança no trabalho.
Mas esse pioneirismo não tem sido suficiente para melhorar as estatísticas. O último
levantamento da Previdência Social (2007/2013) registrou nada menos do que cinco
milhões de acidentes. Em quase metade (45%), o resultado foi morte, invalidez
permanente ou afastamento temporário do emprego.
Nos dias de hoje, é cada vez mais raro se deparar com empresas que não se
preocupam com o bem-estar de seus colaboradores e com o ambiente de trabalho
que oferecem a eles e suas condições de segurança. Isso ocorre por conta das
diversas ações e programas prevencionistas existentes, além do que, financeiramente
também é vantajoso para a empresa o investimento na saúde e segurança dos
trabalhadores. Afinal, é melhor investir em treinamento e infraestrutura do que gastar
com processos, indenizações e tratamentos, ainda podendo representar em aumento
de produtividade.
As fases da conscientização:
− Riscos e perigos
Por exemplo, temos o Mapa de Risco, que quando bem elaborado e com uma
linguagem clara é muito útil para conscientização dos níveis de risco e perigo do
ambiente de trabalho. Inclusive, conseguindo alcançar até os frequentadores
esporádicos daquele ambiente, que não participaram de demais ações de
conscientização, como por exemplo, visitantes.
− Medidas preventivas
Ferramentas De Prevenção:
− DDS
Os Diálogos Diários de Segurança seriam como o cafezinho do intervalo de serviço,
umas das ferramentas de conscientização mais simples e práticas do dia-a-dia, que
pode ser facilmente aplicada, sem grandes custos e eficaz. Trata-se de palestras
curtas, que nem mesmo chegam a 15 minutos, apenas para relembrar diariamente a
todos da importância da prevenção no ambiente de trabalho.
Inclua tal ação em sua empresa, na entrada de seus colaboradores em seu ambiente
de trabalho, e além de tudo, aproxime-se mais deles, além de protegendo, melhorando
seu ambiente.
− Check-lists
− Investigação de acidentes
− PPRA
− Inspeções de segurança
− PCMSO
− PT ou PTE
A Permissão de Trabalho ou Permissão de Trabalho Especial é um formulário utilizado
em trabalhos de risco elevado para registrar a liberação de um trabalho por um tempo
determinado, geralmente, que apresente índices elevados de insalubridade e
periculosidade. Uma de suas fases é a Análise Preliminar de Risco.
− APR
São utilizadas cores convencionadas nos locais de trabalho como forma de controle e
prevenção de acidentes, somadas a formas para placas de aviso. Assim, servem de
orientação para diversos fatores e ações a serem identificados, tomados e/ou
evitadas, como por exemplo, avisos, interdição, alerta, atenção, perigo, cuidado
obrigação e prevenção.
− Organização do ambiente
− Improviso
− Treinamentos
− Normas de segurança
− Imprudência
− Comunique incidentes
− CIPA
Toda empresa com mais de 20 funcionários deve contar com essa comissão,
independentemente do tipo de risco que sua atividade possa vir a oferecer. A escolha
dos membros se dá por meio de uma eleição com as chapas dos interessados em
participar. A votação é secreta e todos os funcionários podem participar.
A missão da CIPA é investigar os acidentes que já aconteceram e encontrar formas
de evitar que eles se repitam; além de identificar qualquer acidente do trabalho em
potencial que possa ocorrer e orientar os funcionários sobre o uso dos EPIs
(equipamento de proteção individual).
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− Conforto
Um dos riscos que os colaboradores estão fadados dentro dos ambientes de trabalho
são os riscos ergonômicos, além de doenças ocupacionais, e estes não precisam de
grandes fábricas para ocorrer. Escritórios também estão condicionados a ocorrência
de lesões e problemas aos colaboradores. O conforto em qualquer ambiente de
trabalho, além de evitar lesões, torna a equipe muito mais satisfeita e produtiva, pois
ninguém é feliz com dores e incômodo. Ainda é possível se aplicar políticas como
ginástica laboral, implantação de vestiários que permitam ao trabalhador chegar ao
trabalho de bicicleta por exemplo, salas de descanso, entre outras várias práticas
bastante aplicadas hoje em dia, nos mais diversos segmentos empresarias para o
conforto e bem-estar de seus colaboradores.
Considerações Finais
Talvez por isso seja tão difícil fazer com que as pessoas percebam o que estão
fazendo de errado, até mesmo pela comodidade e hábitos que estejam acostumados
a ter e fazer. Assim, é muito importante que o tema da segurança no trabalho seja
recorrente dentro da empresa e que sejam realizadas ações que sensibilizem os
colaboradores, principalmente quanto a prevenção de acidentes.
Ou seja, é fundamental destacar o fato de que, no fim das contas, estamos falando de
um cuidado com a vida. Mesmo que o acidente não seja gravíssimo, ele ainda pode
levar a problemas de saúde que impactarão muito na qualidade de vida do indivíduo
e de toda a sua família, além dos prejuízos para a empresa.
1. Atenção - todo e qualquer trabalho deve ser feito com plena consciência;
2. Cuidado - não se expor à riscos e prestar atenção aos avisos, acidentes
acontecem muitas vezes por imprudência;
3. Manter o local de trabalho limpo e organizado pode parecer besteira, mas
também pode evitar escorregões e quedas por exemplo, além de ser muito
mais agradável para se trabalhar;
4. Usar corretamente os equipamentos de proteção (que devem ser,
obrigatoriamente, fornecidos pela empresa);
5. Sempre comunicar incidentes para que a solução não demore a aparecer,
assim como auxiliar em suas resoluções;
6. Participar ativamente da gestão de segurança fornecida pela empresa, seja
prestando atenção nas palestras, passando o conhecimento adiante exigindo
também a segurança de seu colega, pois a segurança dele também é a sua.
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Referências
BRASIL, Constituição da República Federativa do Brasil de 1988. Art. 7º, inciso XXVIII,
1988.
BRASIL, Lei Federal nº 8.213 de 24 de julho de 1991. Art. 19º, 1991.
BRASIL. Ministério Público do Trabalho. Fundacentro. Estatísticas de Acidentes do
Trabalho. Disponível em: http://www.fundacentro.gov.br/estatisticas-de-acidentes-de-
trabalho/inicio. Acessado em 10 de março, às 19h.