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São Paulo, segunda-feira, 10 de setembro de 2001

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Presidente do PMDB ganha palanque


em SP
FÁBIO ZANINI
ENVIADO ESPECIAL A BRASÍLIA

A vitória de Michel Temer na convenção do PMDB dá novo


alento ao projeto do deputado de ser o candidato do partido
ao governo de São Paulo em 2002.
Segundo avaliam Temer e deputados a ele ligados, a vitória,
ao proporcionar um palanque privilegiado e exposição
nacional, fortalece o deputado na disputa que trava com
Orestes Quércia pelo comando da sigla em São Paulo.
Quércia hoje preside o diretório paulista e cogita lançar-se à
disputa pelo governo. Mas o grupo de Temer, que inclui 9
dos 11 deputados federais da bancada paulista, ficou
animado ao constatar que conta com metade dos votos do
Estado na convenção.
"O fato é que ganhar na convenção nacional significa um
reconhecimento nacional do partido à nossa atuação. Claro
que o projeto de disputar o governo do Estado está entre as
possibilidades em análise, mas isso é para ser decidido no
ano que vem", disse Temer.
O êxito do deputado em conquistar o apoio do diretório
estadual do partido vai depender de sua capacidade de
convencer a militância de que realmente defende a
candidatura própria do PMDB à Presidência.
"A base do PMDB quer candidato próprio e isso é definitivo.
Há alguns meses, quando houve a convenção estadual
[vencida por Quércia", não estava claro para a militância que
o Temer defendia com ênfase a candidatura própria. Agora
está", disse o deputado federal Milton Monti, que liderou a
chapa derrotada de Temer na disputa pelo comando do
PMDB paulista, há quatro meses.
A estratégia do grupo de Temer a partir de agora se dará em
duas frentes. A primeira, percorrer o Estado dizendo que o
ex-presidente da Câmara, por ter expressão nacional, é o
único capaz de evitar o fiasco eleitoral.
A segunda é usar a superioridade hierárquica de Temer para
forçar Quércia a convocar prévia para a escolha do candidato
ao governo do Estado. Se o projeto ao governo falhar, Temer
deve, ainda que veladamente, apoiar Geraldo Alckmin à
reeleição. Nesse caso, ele sairia para o Senado.
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