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Ergonomia

POR QUE USAR A ERGONOMIA ?


Novas tecnologias, competitividade de mercado,
produtividade x qualidade
Necessidade de melhoria das práticas das tarefas com:
9 Eficácia
9 Segurança
9 Qualidade
ABORDA QUESTÕES RELATIVAS AO TRABALHO
COMO POR EXEMPLO:

9 ALTO ÍNDICE
Í DE ACIDENTES DE TRABALHO;
9 PROBLEMAS ASSOCIADOS A DOENÇAS DO TRABALHO;
9 QUESTÕES RELACIONADAS À REDUÇÃO DA PRODUTIVIDADE NO
LOCAL DE TRABALHO, ALTO ÍNDICE DE ABSENTEÍSMO, RETRABALHOS,
DIMINUIÇÃO DE MOTIVAÇÃO, ETC;
9 QUALIDADE DE VIDA NO TRABALHO (QVT), PROPORCIONANDO MAIS
DO QUE UM POSTO DE TRABALHO MELHOR, MAS TAMBÉM É UMA VIDA
MELHOR NO TRABALHO.

A ergonomia se esforça para conhecer o


comportamento do operador

DIFERENÇA
Ç ENTRE:

O TRABALHO PRESCRITO = TAREFA


O TRABALHO REAL = ATIVIDADE

Atividade é a expressão do
funcionamento do homem na
execução de sua tarefa.
ABORDAGEM ERGONÔMICA
Considera as capacidades humanas e seus
limites:
9 capacidade física,
9 força muscular,
9 dimensões corporais,
9 possibilidades
i ii de interpretação
i ã das informações
i f õ pelo
aparelho sensorial (visão, audição),
9 capacidade de tratamento das informações em termos de
rapidez e de complexidade

ABORDAGEM ERGONÔMICA
ANALISA AS EXIGÊNCIAS DAS TAREFAS E OS
DIFERENTES FATORES QUE INFLUENCIAM AS
RELAÇÕES
HOMEM X TRABALHO
AS CARACTERÍSTICAS MATERIAIS DO TRABALHO: (APRESENTAÇÃO
ESPACIAL E TEMPORAL)
9PESO DOS INSTRUMENTOS
9FORÇAS A EXERCER
9DISPOSIÇÃO DOS COMANDOS
9DIMENSÕES DOS DIFERENTES ELEMENTOS CONSTITUINTES DO
POSTO E DO SISTEMA
FISIOLOGIA DO TRABALHO MUSCULAR

Fisiologia do Trabalho Muscular


BIOMECÂNICA OCUPACIONAL

BIOMECÂNICA OCUPACIONAL
AS POSTURAS DE TRABALHO
BIOMECÂNICA OCUPACIONAL
AS RELAÇÕES ENTRE TRABALHO E POSTURA:

BIOMECÂNICA OCUPACIONAL
MOVIMENTAÇÃO E ELEVAÇÃO DE CARGAS
1. FUNDAMENTOS DA ERGONOMIA
1.1 - ORIGEM E EVOLUÇÃO DA ERGONOMIA

O termo ergonomia
g foi utilizado p
pela p
primeira vez,, em
1857, pelo polonês W. Jastrzebowski, que publicou um
artigo intitulado “Ensaio de ergonomia ou ciência do
trabalho baseada nas leis objetivas da ciência da
natureza”.
Quase cem anos mais tarde, em 1949, um engenheiro
inglês chamado Murrel criou na Inglaterra a primeira
sociedade nacional de ergonomia, a “Ergonomic
Research Society”.
13

1. FUNDAMENTOS DA ERGONOMIA
1.1 - ORIGEM E EVOLUÇÃO DA ERGONOMIA
Posteriormente, a ergonomia desenvolveu-se em
numerosos países industrializados,
industrializados como a França,
França
Estados Unidos, Alemanha, Japão e países
escandinavos.
Em 1959 foi fundada a “International Ergonomics
Association”.
Em 31 de agosto de 1983 foi criada a “Associação
Brasileira de Ergonomia”.
Em 1989 foi implantado o primeiro mestrado do país no
PPGEP/UFSC. 14
1. FUNDAMENTOS DA ERGONOMIA
1.1 - ORIGEM E EVOLUÇÃO DA ERGONOMIA
O desenvolvimento atual da ergonomia

Pode
P d ser caracterizado
t i d segundo
d quatro
t níveis
í i ded
exigências:

As exigências tecnológicas: técnicas de produção

As exigências econômicas: qualidade e custo de


produção
p ç

As exigências sociais: melhoria das condições de


trabalho

As exigências organizacionais: gestão participativa


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1. FUNDAMENTOS DA ERGONOMIA
1.2 - CONCEITOS DE ERGONOMIA

Conceito da Ergonomics Research Society :


“ A ergonomia é o estudo da relacionamento entre o homem e o seu
trabalho, equipamento e ambiente, e particularmente a aplicação dos
conhecimentos de anatomia, fisiologia e psicologia na solução
surgida neste relacionamento”.

Conceito Associação Brasileira de Ergonomia (ABERGO):


“A ergonomia é o estudo da adaptação das tarefas e do ambiente de
trabalho às características fisiológicas e psicológicas do ser humano”.

16
1. FUNDAMENTOS DA ERGONOMIA

1.2 - CONCEITOS DE ERGONOMIA


Conceito da International Ergonomics Association
(IEA): “A ergonomia é o estudo científico da relação entre o
homem e seus meios, métodos e espaços de trabalho. Seu
objetivo é elaborar, mediante a contribuição de diversas
disciplinas científicas que a compõem, um corpo de
conhecimentos que,
que dentro de uma perspectiva de aplicação,
aplicação
deve resultar em uma melhor adaptação ao homem dos
meios tecnológicos e dos ambientes de trabalho e de vida”.

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1. FUNDAMENTOS DA ERGONOMIA
1.3 – ASPECTOS ESTUDADOS PELA ERGONOMIA

HOMEM: características físicas


físicas, fisiológicas
fisiológicas,

psicológicas e sociais do trabalho; influência do

sexo,idade, treinamento e motivação;

MÁQUINA: entende-se por máquina todas as ajudas


materiais que o homem utiliza no seu trabalho,
englobando os equipamentos, ferramentas, mobiliário e
instalações;

18
1. FUNDAMENTOS DA ERGONOMIA
1.3 – ASPECTOS ESTUDADOS PELA ERGONOMIA

AMBIENTE: estuda as características do ambiente físico que

envolve o homem durante o trabalho, como temperatura, ruídos,


vibrações, luz, cores, gases e outros;

INFORMAÇÃO: refere-se às comunicações existentes entre os

elementos de um sistema, a transmissão de informações, o


processamento
t e a tomada
t d de
d decisões;
d i õ

ORGANIZAÇÃO: é a conjugação de todos estes elementos no

sistema produtivo, estudando aspectos como horários, turnos de


trabalho e formação de equipes;
19

1. FUNDAMENTOS DA ERGONOMIA
1.4 - AS DIFERENTES ABORDAGENS EM ERGONOMIA

1) QUANTO A ABRANGÊNCIA:
Ê
ERGONOMIA DO POSTO DE TRABALHO:
abordagem micro ergonômica
ERGONOMIA DE SISTEMAS DE PRODUÇÃO:
abordagem macro ergonômica

20
1. FUNDAMENTOS DA ERGONOMIA
1.4 - AS DIFERENTES ABORDAGENS EM ERGONOMIA

2)) QUANTO A CONTRIBUIÇÃO:


Ç
ERGONOMIA DE CONCEPÇÃO: normas e especificações
de projeto;
ERGONOMIA DE CORREÇÃO: modificações de
situações existentes;
ERGONOMIA DE ARRANJO FÍSICO:
melhoria de seqüências e fluxos de produção;
ERGONOMIA DE CONSCIENTIZAÇÃO:
capacitação em ergonomia;

21

1. FUNDAMENTOS DA ERGONOMIA
1.4 - AS DIFERENTES ABORDAGENS EM ERGONOMIA

3) QUANTO A INTERDISCIPLINARIDADE:
ENGENHARIA:
projeto e produção ergonomicamente seguros;
DESIGN:
metodologia de projeto e design do produto;
PSICOLOGIA:
t i
treinamento
t e motivação
ti ã do
d pessoal;
l
MEDICINA E ENFERMAGEM:
prevenção de acidentes e doenças do trabalho;
ADMINISTRAÇÃO:
projetos organizacionais e gestão de RH; 22
1. FUNDAMENTOS DA ERGONOMIA
1.5 - OS DIFERENTES TIPOS DE ERGONOMIA

1) ERGONOMIA DE PROJETO X ERGONOMIA INDUSTRIAL:

ERGONOMIA DE PROJETO:

é a ergonomia preventiva no estágio de projeto

ERGONOMIA INDUSTRIAL:

é a ergonomia corretiva de situações existentes

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1. FUNDAMENTOS DA ERGONOMIA
1.5 - OS DIFERENTES TIPOS DE ERGONOMIA

2) ERGONOMIA DO PRODUTO X ERGONOMIA DA PRODUÇÃO

ERGONOMIA DO PRODUTO:

é a ergonomia de concepção de um dado objeto

ERGONOMIA DA PRODUÇÃO:

é a ergonomia de chão de fábrica

24
1. FUNDAMENTOS DA ERGONOMIA
1.5 - OS DIFERENTES TIPOS DE ERGONOMIA

3)) ERGONOMIA DE LABORATÓRIO X ERGONOMIA DE CAMPO


ERGONOMIA DE LABORATÓRIO:
é a pesquisa em ergonomia realizada em situação
controlada de laboratório;
ERGONOMIA DE CAMPO:
é a pesquisa em ergonomia realizada em situação real
de trabalho.
25

1. FUNDAMENTOS DA ERGONOMIA
1.6 - ABORDAGEM SISTÊMICA EM ERGONOMIA

Sistema é um conjunto de componentes (partes ou órgãos do


sistema), dinamicamente inter-relacionados entre si em uma rede de
comunicações (em decorrência da interação dos diversos
componentes), formando uma atividade (comportamento ou
processamento do sistema), para atingir um determinado objetivo
(finalidade do sistema), agindo sobre sinais, energia e materiais
(insumos ou entradas a serem processadas pelo sistema), para
f
fornecer i f
informação,
ã energia
i ou produto
d t (saídas
( íd dod sistema).
i t )
ENTRADA

Informação
SAÍDA

Dados
Energia Energia
PROCESSAMENTO
Materiais Produtos

26
1. FUNDAMENTOS DA ERGONOMIA
1.6 - ABORDAGEM SISTÊMICA EM ERGONOMIA

UM SISTEMA DE PRODUÇÃO é aquele representado por


t d
todas as unidades
id d e relações
l õ necessárias
ái e suficientes
fi i t
para alcançar um determinado objetivo pré-fixado.

O OBJETIVO DE UM SISTEMA DE PRODUÇÃO define a


realidade para a qual foram ordenadas todas as unidades
e relações do sistema, enquanto as suas restrições são as
limitações introduzidas em sua operação,
operação definindo assim
as fronteiras do sistema e as condições dentro das quais o
mesmo irá operar.

OS SISTEMAS PODEM OPERAR, simultaneamente, em


série ou em paralelo.
27

1. FUNDAMENTOS DA ERGONOMIA

1.6 - ABORDAGEM SISTÊMICA EM ERGONOMIA

O sistemas
Os i t existem
i t em um meio
i ambiente
bi t e são
ã por ele
l
condicionados.

Meio ambiente é o conjunto de todos os objetivos que,


dentro de um limite específico, possam ter alguma
influência sobre a operação do sistema.

As fronteiras de um sistema são as condições ambientais


dentro das quais o sistema deve operar.

28
1. FUNDAMENTOS DA ERGONOMIA
1.6 - ABORDAGEM SISTÊMICA EM ERGONOMIA
QUANTO A SUA CONSTITUIÇÃO OS SISTEMAS PODEM SER:
° SISTEMAS FÍSICOS OU CONCRETOS: quando compostos de
h d
hardwares;
± SISTEMAS ABSTRATOS: quando compostos de softwares.
Os sistemas físicos (máquina) precisam de um sistema abstrato
(programação) para poderem funcionar e desempenhar suas funções.
QUANTO À SUA NATUREZA OS SISTEMAS PODEM SER:
° SISTEMAS FECHADOS: são sistemas cujo comportamento é
totalmente determinístico e programável e que operam com pouco
intercâmbio com o meio ambiente;
± SISTEMAS ABERTOS: são sistemas cujo comportamento é
probabilístico e não programável, e que mantém uma forte interação
com o meio ambiente.
29

1. FUNDAMENTOS DA ERGONOMIA
1.6 - ABORDAGEM SISTÊMICA EM ERGONOMIA

OS SISTEMAS SER HUMANO - MÁQUINAS


SHM É UM CONJUNTO DE POSTOS DE TRABALHO, ARTICULADOS UNS AOS OUTROS.

Entrada
H M H M H M

Posto de trabalho

H M
Saída
M

H
H M
30
1. FUNDAMENTOS DA ERGONOMIA
1.6 - Abordagem sistêmica em ergonomia

Evolução dos sistemas ser humano - máquinas:


° Estágio artesanal: percepção e respostas diretas

Sinais
MÁQUINA HOMEM

Respostas

31

1. FUNDAMENTOS DA ERGONOMIA
1.6 - ABORDAGEM SISTÊMICA EM ERGONOMIA

EVOLUÇÃO DOS SISTEMAS HOMENS - MÁQUINAS:


± ESTÁGIO SEMI-AUTOMATIZADO: PERCEPÇÃO E RESPOSTAS INDIRETAS

SINAIS

DISPOSITIVO DISPOSITIVO
MÁQUINA SINALIZAÇÃO HOMEM COMANDO

RESPOSTAS

32
1. FUNDAMENTOS DA ERGONOMIA
1.6 - ABORDAGEM SISTÊMICA EM ERGONOMIA

OS SISTEMAS HOMENS - TAREFAS

AS TAREFAS COMPREENDEM
NÃO SÓ AS CONDIÇÕES
SÃO MAIS RICOS QUE OS TÉCNICAS DE TRABALHO, MAS
SISTEMAS HOMEM(S)- TAMBÉM AS CONDIÇÕES
MÁQUINA(S); AMBIENTAIS E
ORGANIZACIONAIS DE
TRABALHO.

33

1. FUNDAMENTOS DA ERGONOMIA
1.6 - ABORDAGEM SISTÊMICA EM ERGONOMIA
¦ DADOS A COLETAR REFERENTES AO HOMEM:

Trabalhador (ou trabalhadores) que intervém no posto e seu papel


no sistema de produção;
Formação e qualificação profissional;
Número de trabalhadores trabalhando simultaneamente sobre cada
posto e regras de divisão de tarefas (quem faz o que?);
Número de trabalhadores trabalhando sucessivamente sobre cada
posto e regras de sucessão (horários, modos de alternância de
equipes);
Características da população: idade, sexo, forma de admissão,
remuneração, estabilidade no posto e na empresa, absenteísmo;
34
1. FUNDAMENTOS DA ERGONOMIA
1.6 - ABORDAGEM SISTÊMICA EM ERGONOMIA

§ DADOS A COLETAR REFERENTES ÀS CONDIÇÕES TÉCNICAS (MÁQUINA):


Estrutura geral da máquina (ou das máquinas);

Dimensões características (croqui, foto, fluxo de produção);

Órgãos de comando da máquina;

Órgãos de sinalização da máquina;

Princípios de funcionamento da máquina (mecânico, elétrico,

hidráulico, pneumático, eletrônico);

Problemas aparentes na máquina;

Aspectos críticos evidentes na máquina.


35

1. FUNDAMENTOS DA ERGONOMIA
1.6 - ABORDAGEM SISTÊMICA EM ERGONOMIA

« DADOS A COLETAR REFERENTES ÀS AÇÕES:


Ç

As ações imprevistas ou não programadas;


Os principais gestos de trabalho realizado pelo operador;
As principais posturas de trabalho;
Os principais deslocamentos;
As principais ligações sensório-motoras;
As principais categorias de tratamento de informação;
As principais decisões a serem tomadas;
As principais regulações: do homem, posto e sistema;
As principais ações do operador sobre: máquina, entrada e saída.

36
1. FUNDAMENTOS DA ERGONOMIA
1.6 - ABORDAGEM SISTÊMICA EM ERGONOMIA

¬ DADOS A COLETAR REFERENTES ÀS CONDIÇÕES AMBIENTAIS:


O espaço e os postos de trabalho;
O ambiente térmico;
O ambiente acústico;
O ambiente luminoso;
O ambiente vibratório;
O ambiente toxicológico.
37

1. FUNDAMENTOS DA ERGONOMIA
1.6 - ABORDAGEM SISTÊMICA EM ERGONOMIA
¯ DADOS A COLETAR REFERENTES ÀS CONDIÇÕES TÉCNICAS (COMANDOS):
Número e variedade de comandos;
Posição, distância relativa dos sinais e dos comandos;
Grau de precisão da ação do operador sobre os comandos;
Intervalo entre o aparecimento do sinal e dos comandos;
Rapidez e freqüência das ações realizadas pelo operador;
Grau de compatibilidade nos movimentos de diferentes comandos,
q
manobrados seqüencial ou simultaneamente;;
Grau de realismo dos comandos;
Disposição relativa dos comandos;
Grau de correspondência entre a forma dos comandos e suas
funções;
Grau de coerência no sentido dos movimentos.
38
2.1 - CONSIDERAÇÕES GERAIS

Os comportamentos do ser humano no trabalho podem ser estudados


sob dois ângulos:
Sistema de transformação de energia: atividades motoras (ou
musculares) de trabalho, que permitem a transformação da energia
físico-muscular em energia mecânica de aplicação de forças, de
deslocamentos, de movimentos, de manutenção de posturas,...
Sistema de recepção e tratamento de informação: atividades cognitivas
de trabalho, que permitem a detecção, a percepção e o tratamento das
informações recebidas do meio ambiente de trabalho.

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2.1 - CONSIDERAÇÕES GERAIS

Sub-sistema de estocagem

Memória de Memória de
llongo-termo
t curto-termo
t t

Olhos Discriminação Membros

Reconhecimento
Ouvidos Interpretação Posturas
de padrões

Outros Tomada de Voz


órgãos decisão
Sub-sistema
Sub-sistema tratamento informação Sub-sistema
sensorial resposta

FIGURA 2.1 - MODELO ANTROPOCÊNTRICO DO SER HUMANO EM ATIVIDADE DE TRABALHO


40
FISIOLOGIA DA CONTRAÇÃO 
MUSCULAR
TIPOS DE CONTRAÇÃO MUSCULAR

FADIGA MUSCULAR

A diminuição da força muscular decorrente do


ç ou
exercício de alta intensidade e de curta duração
sub‐máximo e de longa duração é conhecida como
fadiga.
(Powers & Howley, 2000)
ƒ Causas:
à Diminuição
ç da liberação
ç de Ca++ ((Powers & Howley,
y,
2000);
à Diminuição da velocidade de reabsorção de Ca++ (Enoka,
2000);
‚ Curva de tempo de relaxamento muscular.
TIPOS DE FORÇA

ƒ FORÇA
Ç ATIVA – p
produzida p
pelo material
contrátil existente no músculo esquelético
(filamentos finos e grossos).

ƒ FORÇA PASSIVA – produzida pelas estruturas


elásticas do músculo.

FADIGA MUSCULAR

INÍCIO DA FADIGA MUSCULAR

Powers & Howley, 2000


TIPOS DE CONTRAÇÕES

ƒ Dinâmica – movimento articular observável.
à Concêntrica;
à Excêntrica;
à Isotônica;
à Isocinética.
ƒ Estática (isométrica) –
Estática (isométrica)  ausência de movimento 
articular observável.
à Manutenção do mesmo comprimento muscular.

CONTRAÇÃO CONCÊNTRICA

Contração em que ocorre um encurtamento 
muscular.
(Smith et al., 1997)

ƒ Tipo de força ‐ ativa;


ƒ Produção de força inferior;
d ã d f f
ƒ EMG intermediário.
CONTRAÇÃO EXCÊNTRICA

Contração em que se observa um alongamento 
muscular.
(Smith et al., 1997)

ƒ Tipo de força = ativa e passiva;


ƒ produção de força superior.
d ã d f
ƒ EMG inferior;

CONCÊNTRICO X EXCÊNTRICO
60

Concêntrico
50
Excêntrico

40
VO2 (ml/Kg.min)

30

20

10

0
0 50 100 150 200 250 300 350 400
Carga (Watt)
CONCÊNTRICO X EXCÊNTRICO
12

Concêntrico
10
Excêntrico

8
Lactato (mmol/L)

0
0 50 100 150 200 250 300 350 400
Carga (Watt)

CONCÊNTRICO X EXCÊNTRICO
450
Concêntrico

400

Excêntrico
350

300

250
CPK

200

150

100

50

0
-1,5 -1 -0,5 0 0,5 1 1,5 2 2,5 3 3,5

Dias
CONTRAÇÃO ISOTÔNICA

Contração
ç em q que o esforço
ç muscular é constante
através de toda a excursão muscular.
(Smith et al., 1997)

ƒ Praticamente inexistentes devido aos sistemas de


alavancas existentes no corpo humano.

CONTRAÇÃO ISOTÔNICA
CONTRAÇÃO ISOCINÉTICA

Contração que ocorre em uma velocidade de 
ç q
movimento constante.
(Smith et al., 1997)

ƒ Tipo de força = Força ativa e força passiva


ƒ A produção de força depende da velocidade do 
movimento.

CONTRAÇÃO ISOMÉTRICA

Quando o músculo se contrai produzindo força sem 
nenhuma alteração macroscópica no ângulo da 
articulação.
(Smith et al., 1997)
ƒ Tipo de força = Força ativa
ƒ Produção de força intermediária;
ƒ Tendões se alongam;
Rasch, 1991
ƒ Músculo se encurta (3%);
ƒ EMG superior.
CONTRAÇÃO ISOMÉTRICA

TERMINOLOGIA DA ATIVIDADE 
MUSCULAR
AGONISTA
Músculo ou grupo muscular que ao contrair‐se é 
considerado o principal músculo responsável pelo 
movimento articular ou pela manutenção de uma 
d t
determinada postura.
i d   t
(Smith et al., 1997)
TERMINOLOGIA DA ATIVIDADE MUSCULAR

ANTAGONISTA
Músculo que possui ação anatômica oposta a do 
agonista. Normalmente não está se contraindo e 
não auxilia ou resiste ao movimento.
(S ith ett al.,
(Smith l 1997)

TERMINOLOGIA DA ATIVIDADE MUSCULAR

ANTAGONISTA
(Rasch, 1991)
1. Resistência grande – relaxamento dos 
antagonistas;
2. Resistência moderada – ativação moderada 
visando a desaceleração do movimento;
3. Ausência de resistência – resistência do agonista 
e antagonista, com prevalência do primeiro.
TERMINOLOGIA DA ATIVIDADE MUSCULAR

SINERGISTA
Músculo que se contrai ao mesmo tempo que o 
músculo agonista.
(Smith et al., 1997)

Ação semelhante a do agonista (ex: flexores do cotovelo);
Ação estabilizadora de um movimento (ex: bíceps x pronador redondo);

REGISTRO DA CONTRAÇÃO MUSCULAR

ƒ TÉCNICAS:

à PALPAÇÃO;

à ELETROMIOGRAFIA DE SUPERFÍCIE;

à ELETROMIOGRAFIA DE PROFUNDIDADE.
REGISTRO DA CONTRAÇÃO MUSCULAR

PALPAÇÃO
Simples e de baixo custo, permite a análise dos 
músculos envolvidos em determinado movimento.
Limitação: permite a análise apenas dos músculos 
superficiais.

REGISTRO DA CONTRAÇÃO MUSCULAR

ELETROMIOGRAFIA DE SUPERFÍCIE

Complexa, permite uma identificação um 
pouco mais detalhada da contribuição dos 
músculos analisados.
Limitação: permite a análise apenas dos 
Li it ã   it     áli    d  
músculos superficiais.
REGISTRO DA CONTRAÇÃO MUSCULAR

ELETROMIOGRAFIA DE PROFUNDIDADE
Complexa, permite a análise de pequenos grupos 
musculares superficiais e profundos, sem a 
interferência de músculos adjacentes.

Limitação: método invasivo.

2.2 - FISIOLOGIA DO TRABALHO MUSCULAR

Os músculos do corpo humano classificam-se em três tipos:


estriados ou esqueléticos; lisos e do coração;
Os músculos estriados estão sob controle consciente do
homem, e é através deles que o organismo realiza trabalhos
externos, portanto apenas o estudo destes é de interesse para
a ergonomia;
40% dos músculos do corpo são estriados, somente 75 pares
desses estão envolvidos na postura e movimentos globais do
corpo;
64
2.2 - FISIOLOGIA DO TRABALHO MUSCULAR

O tecido muscular é um tecido adaptado à


contração. Distingue-se:
° A contração estática ou isométrica;
± A contração dinâmica ou anisométrica.

A tensão desenvolvida ao nível da extremidade


dos tendões depende dos seguintes aspectos:
° número de fibras musculares excitadas;
± ângulo de articulação;
² estado do músculo;
65

2.2 - FISIOLOGIA DO TRABALHO MUSCULAR


PROPRIEDADES ESSENCIAIS DOS MÚSCULOS:
O músculo é constituído de um grande número de fibras musculares
(de 100.000 à 1.000.000);
E t sistema
Este i t de
d fibras
fib é constituído
tit íd de
d substâncias
b tâ i proteicas:
t i a actina
ti
e a miosina;
Este sistema de fibras apresentam dois estados possíveis: contração
ou relaxamento;

ACTINA

MIOSINA
Fibra contraída Fibra relaxada

66 Figura 2.2 - Contração e relaxamento das fibras musculares


2.2 - FISIOLOGIA DO TRABALHO MUSCULAR

Figura 2.3 - Fibras musculares

67

2.2 - FISIOLOGIA DO TRABALHO MUSCULAR

ATIVIDADE MUSCULAR:
Cada fibra muscular se contrai com uma determinada
força e a força total do músculo é a soma das forças das
fibras envolvidas na contração;

A força absoluta do músculo está na faixa de 30 à 40


N/cm2 da seção transversal de músculo. Isto significa que
um músculo com 1cm2 de seção transversal pode
suportar de 3 à 4 Kg no sentido vertical;
68
2.2 - FISIOLOGIA DO TRABALHO MUSCULAR
ASPECTOS FÍSICO-QUÍMICOS DA ATIVIDADE MUSCULAR :
Toda atividade muscular implica em um gasto de energia.
E t energia
Esta i necessária
á i à contração
t ã muscular
l é de
d origem
i
química:

O organismo produz trabalho a partir da energia química. A


alimentação aporta os nutrientes que, uma vez
metabolizados no organismo, servirão para cobrir as
necessidades básicas e energéticas do conjunto das células.
É principalmente a partir dos glicídeos e dos lipídeos que as
69 necessidades energéticas serão cobertas;

2.2 - FISIOLOGIA DO TRABALHO MUSCULAR

AO NÍVEL DOS MÚSCULOS ESTA COBERTURA SE FARÁ:

 diretamente,
diretamente a partir da glicose ou do metabolismo dos

ácidos graxos, segundo o tipo de músculo;

 Os músculos estriados utilizam em geral os ácidos


graxos como principal combustível.
í S
São músculos
ú
posturais ricamente vascularizados.

70
2.2 - FISIOLOGIA DO TRABALHO MUSCULAR

O CORPO HUMANO COMO UM SISTEMA DE ALAVANCAS:

Os músculos, ossos e juntas formam diversas alavancas no corpo,

semelhantes as alavancas mecânicas. Para cada movimento, há pelo

menos dois músculos que trabalham antagonicamente: quando um se

contrai, o outro se distende. Por exemplo, ao dobrar o braço sobre o

cotovelo, há uma contração do bíceps e uma distensão do tríceps.

71

2.2 - FISIOLOGIA DO TRABALHO MUSCULAR

ALAVANCA INTERFIXA:

O apoio situa-se entre a força e a resistência.


Um exemplo típico é o tríceps. Este tipo de alavanca é o

mais adequado para transmitir velocidade e pouca força;

72
2.2 - FISIOLOGIA DO TRABALHO MUSCULAR

ALAVANCA INTERPOTENTE:

A força é aplicada entre o ponto de apoio e a

resistência. É caso do bíceps. Este tipo de alavanca é um

dos mais comuns no corpo. Os músculos se inserem

próximos à articulação e facilitam a realização de

movimentos rápidos e amplos.


73

2.2 - FISIOLOGIA DO TRABALHO MUSCULAR

ALAVANCA INTER-RESISTENTE:

A resistência situa-se entre o ponto de apoio e a

força. É o caso dos músculos da face posterior da perna

(panturrilha), que se ligam ao calcanhar e permitem

suspender o corpo na ponta dos pés.


é Este tipo de alavanca

sacrifica a velocidade para ganhar força.

74
FISIOLOGIA DO TRABALHO MUSCULAR

FISIOLOGIA DO TRABALHO MUSCULAR


2.2 - FISIOLOGIA DO TRABALHO MUSCULAR

COLUNA VERTEBRAL
A coluna vertebral é constituída de 33 vértebras, classificadas em cinco

grupos:

Vértebras cervicais (7);

Vértebras torácicas ou dorsais (12);

Vértebras lombares ((5);


);

Vértebras sacrococcigenas (9): (5) estão fundidas e formam o sacro e

as (4) da extremidade inferior são pouco desenvolvidas e formam o

cóccix.
77

2.2 - FISIOLOGIA DO TRABALHO MUSCULAR

Das 33 vértebras, apenas 24 são flexíveis e, destas, as que têm


mais mobilidade são as cervicais e as lombares;
As vértebras dorsais estão unidas a 12 pares de costelas,
formando a caixa torácica, que limitam os movimentos;
Entre uma vértebra e outra existe um disco intervertebral
cartilaginoso. As vértebras
é também
é se conectam entre si por
ligamentos;
Os movimentos da coluna são possíveis pela compressão e

78
deformação dos discos e pelo deslizamento dos ligamentos.
2.2 - FISIOLOGIA DO TRABALHO MUSCULAR

79 Figura 2.5 - A coluna vertebral

2.2 - FISIOLOGIA DO TRABALHO MUSCULAR

AS PRINCIPAIS DEFORMAÇÕES DA COLUNA SÃO:


ESCOLIOSE é um desvio lateral da coluna;
ESCOLIOSE:

CIFOSE: é o aumento da convexidade, acentuando-se a curva para a


frente na região torácica, correspondendo ao corcunda;

LORDOSE: é um aumento da concavidade posterior da curvatura na


região cervical ou lombar, acompanhado por uma inclinação dos

quadris para a frente.

80
81

2.2 - FISIOLOGIA DO TRABALHO MUSCULAR

NOÇÃO DE TRABALHO MUSCULAR:


° A FORÇA MUSCULAR:
MUSCULAR é uma ação
ã com uma direção,
di ã um sentido
tid e
uma intensidade.
Ela varia em função:
dos músculos solicitados;
das atitudes (alongamento, obliqüidade e gravidade);
dos sujeitos (sexo, idade, lateralidade, treinamento).
± NOÇÃO DE TRABALHO ESTÁTICO: é um trabalho sem deslocamento
aparente. Ele corresponde à contrações musculares isométricas. Este
trabalho permite a manutenção dos segmentos ósseos numa
determinada atitude (postura, segurar um objeto,...)
82
2.2 - FISIOLOGIA DO TRABALHO MUSCULAR

² NOÇÃO DE TRABALHO DINÂMICO: é um trabalho que permite

contrações anisométricas sucessivas com alternância de relaxamentos

dos músculos, como nas tarefas de martelar, serrar, girar um volante ou

caminhar.

A ATIVIDADE DINÂMICA RESULTA DA AÇÃO:

dos músculos sinérgicos envolvidos no início do movimento;

dos músculos de controle que regulam o movimento em curso da ação,

permitindo assim a precisão do gesto.

83

2.2 - FISIOLOGIA DO TRABALHO MUSCULAR


TRABALHO ESTÁTICO e QUEIXAS do CORPO:

QUEIXAS E CONSEQÜÊNCIAS
TIPO DE TRABALHO
POSSÍVEIS
De pé no lugar Pés e pernas, eventualmente varizes
Postura sentado, mas sem apoio
para as costas Musculatura distensora das costas

Assento demasiado alto Joelhos, pernas e pés


Assento demasiado baixo Ombros e nuca
Postura de tronco inclinado, sentado Região lombar, desgaste de discos
ou de pé intervertebrais
Cabeça curvada demasiado para Nuca e desgaste dos discos
frente ou para trás intervertebrais
Postura de mão forçada em Antebraço, eventualmente
comandos ou ferramentas inflamações dos tendões

84
2.2 - FISIOLOGIA DO TRABALHO MUSCULAR

METABOLISMO:
° BASAL: energia necessária para manter uma pessoa viva, sem
realizar nenhum trabalho externo.
Homem: 1800Kcal/dia;
Mulher: 1600 Kcal/dia;

± Alguns exemplos:
Mulheres:
costureira: 2300 Kcal/dia;
dona de casa: 2500 Kcal/dia;
trabalhadora de tarefas pesadas: 3000 Kcal/dia;
bailarina: 3300 Kcal/dia;
85

2.2 - FISIOLOGIA DO TRABALHO MUSCULAR

± Alguns exemplos:
Homens:
escritório: 2500 Kcal/dia;
motorista: 2800 Kcal/dia;
trabalho leve: 3000 Kcal/dia;
mecânico automóveis: 3500 Kcal/dia;
trabalhadores industriais: entre 2800 e 4000 Kcal/dia;
estivadores: 4500 Kcal/dia;

86
2.2 - FISIOLOGIA DO TRABALHO MUSCULAR

PROBLEMAS DE SUBNUTRIÇÃO:
Ã

‹ Quantidade alimentos de 3000 Kcal/dia, rendimento de 100%;

‹ Quantidade alimentos de 2700 Kcal/dia, rendimento de 80%;

‹Quantidade alimentos de 2500 Kcal/dia, rendimento de 50%;

‹Quantidade alimentos de 2000 Kcal/dia, rendimento de 0%;

87

2.2 - FISIOLOGIA DO TRABALHO MUSCULAR

CAPACIDADES DE TRABALHO DE UM MÚSCULO:


A capacidade de trabalho faz intervir: a força realizada e a duração do
esforço.
° CAPACIDADE DE TRABALHO ESTÁTICO: é o produto da força exercida
(F) pelo tempo máximo ou limite (t lim), durante o qual a força pode ser
exercida.
Quando F é máxima, o tempo limite é de 2,5 à 10 s
abaixo de 20% da Fmax , a contração pode ser mantida durante um
tempo teoricamente ilimitado;
acima de 20% da Fmax , o t lim de manutenção (aparecimento de fadiga)
é função do nível de contração.
88
2.2 - FISIOLOGIA DO TRABALHO MUSCULAR

± CAPACIDADE DE TRABALHO DINÂMICO:

POTÊNCIA DE PICO: potência máxima em

um trabalho dinâmico ativo;

POTÊNCIA CRÍTICA: potência que pode ser

mantida sem limite de tempo.

89
PROCESSOS PERCEPTIVO E COGNITIVO

OBJETO Interpretação e
Integração das
CÉREBRO R
características do
CAPTAÇÃO E
objeto aos
S
PELO ESTRUTURAS conhecimentos
CORTICAIS P
do sujeito
SISTEMA O
•Memória S
SENSORIAL SISTEMA •Categorização T
Características: COGNITIVO •Atenção A
- cor Resolução de
•Resolução S
- textura Problemas: tipos
- tamanho de raciocínio
- formato
•Linguagem
- profundidade

Processo Perceptivo Processos Cognitivos


ANTROPOMETRIA

ANTROPOMETRIA
´ ESTUDO DAS MEDIDAS E
CARACTERÍSTICAS FÍSICAS DAS
PESSOAS.
PESSOAS
´ PERMITE A ADAPTAÇÃO DO
AMBIENTE DE TRABALHO PARA
AS MEDIDAS INDIVIDUAIS DAS
PESSOAS.
2.3 - ANTROPOMETRIA: MEDIDAS E APLICAÇÕES

¦ANTROPOMETRIA é a medida dos diversos segmentos


corporais e outras características físicas do ser humano,
para aplicação na concepção de sistemas, equipamentos,
produtos, ambiente e demais facilidades humanas.

¦O termo antropometria é de origem grega:


¦Anthropo identifica “homem” e metry significa “medida”.

97

2.3 - ANTROPOMETRIA: MEDIDAS E APLICAÇÕES


¦ ALGUNS TERMOS ESTATÍSTICOS IMPORTANTES EM ANTROPOMETRIA:
bPopulação:
p ç conjunto
j dos indivíduos,, objetos
j ou medidas;;
bAmostra: parte representativa de uma população;
bDistribuição: repartição de uma população ou de uma amostra em classes
delimitadas em função do critério estudado;
bPercentil: corte dos valores obtidos em porcentagem do número de valores
por ordem crescente ou decrescente
(5 percentil - 50 percentil - 95percentil);
bMédia: soma dos valores obtidos divididos pelo número de valores;
bMediana: valor que separa em seu meio a distribuição dos valores;
bModa: valor cuja freqüência é a mais elevada;
bCorrelação: é a relação existente entre duas variáveis (figura 2.7).
98
2.3 - ANTROPOMETRIA: MEDIDAS E APLICAÇÕES
Correlação fraca (~0,24) Correlação média (~0,50)

Altura do joelho (cm)


o (KgF)
Peso

Idade (anos) Altura do tronco (cm)

Correlação forte (~0,83)


a (cm)
Estatura

Envergadura (cm)

Figura 2.7 - Correlações entre diferentes dimensões corporais


99

2.3 - ANTROPOMETRIA: MEDIDAS E APLICAÇÕES

b AS TÉCNICAS DE MEDIDAS ANTROPOMÉTRICAS:


° PAQUÍMETRO DE MARTIN:
bastante preciso;
permite medidas de extremidades;
permite medidas lineares e a determinação de comprimentos
das diversas articulações.
± MÉTODO DE MORAND:
bastante rápido;
simples de ser empregado;
permite medidas de extremidades.
² DIMENSÕES ÚTEIS DE SEREM MEDIDAS:
distâncias extremas;
distâncias inter-articulares.
100
2.3 - ANTROPOMETRIA: MEDIDAS E APLICAÇÕES

Figura 2.8 - Paquímetro de MARTIN

101

2.3 - ANTROPOMETRIA: MEDIDAS E APLICAÇÕES

Figura 2.9 - Método de MORAND


102
2.3 - ANTROPOMETRIA: MEDIDAS E APLICAÇÕES
b MEDIDAS E DADOS ANTROPOMÉTRICOS
FATORES DE VARIAÇÃO DOS DADOS ANTROPOMÉTRICOS:

° FATORES ÉTNICOS (SEGUNDO SHELDON, 1940):

ENDOMORFO: tipo de formas arredondadas, tipo pêra, com

grandes depósitos de gordura;

MESOMORFO: tipo musculoso, de formas angulosas, com

pouca gordura subcutânea;

ECTOMORFO: tipo de formas longas e finas, com mínimo de

gordura e músculos.

103

2.3 - ANTROPOMETRIA: MEDIDAS E APLICAÇÕES

± Fatores nacionais: disparidades sócio-econômicas regionais.


² Fatores sócio-profissionais:
operários: menor estatura;
executivos: estatura mais elevada.
³ Fatores de envelhecimento: redução da estatura com a idade (~ 6 cm
entre 20 e 65 anos)
´ Fatores sexuais: diferença de estatura entre o homem e a mulher (~
(
12 cm)
µ Crescimento secular da estatura: aumento da estatura média de uma
determinada população.

104
2.3 - ANTROPOMETRIA: MEDIDAS E APLICAÇÕES
LEVANTAMENTO DE MEDIDAS ANTROPOMÉTRICAS:

1) Definição dos objetivos do levantamento


antropométrico;
t ét i

2) Definição das medidas a serem coletadas:


localização, direção e postura;

3) Escolha do método de medida;

4) Seleção da amostra;

5) Realização das medidas;

105

2.3 - ANTROPOMETRIA: MEDIDAS E APLICAÇOES


LEVANTAMENTO DE MEDIDAS ANTROPOMÉTRICAS:

6) Análise
A áli estatística.
t tí ti

Exemplo: numa amostra em que a


estatura média é de 169,7 cm e o desvio-
padrão é de 7,5 cm, para os percentis de 5%
e 95% (coeficiente = 1,645), temos os
seguintes
i t intervalos:
i t l

para 5%: 157,4 cm


para 95%: 182,0 cm

106
2.3 - ANTROPOMETRIA: MEDIDAS E APLICAÇÕES

b ANTROPOMETRIA ESTÁTICA

1) É aquela em que as medidas se referem ao

corpo parado ou com poucos movimentos.

aplicada ao projeto de objetos sem partes

móveis ou com pouca mobilidade;

107

2.3 - ANTROPOMETRIA: MEDIDAS E APLICAÇÕES

108
2.3 - ANTROPOMETRIA: MEDIDAS E APLICAÇÕES

Figura 2.10b:

109

2.3 - ANTROPOMETRIA: MEDIDAS E APLICAÇÕES


ª MEDIDAS EFETUADAS EM UM LEVANTAMENTO ANTROPOMÉTRICO ESTÁTICO:

Corpo:
01 - estatura 21 - profundidade do abdômen - sujeito sentado
02 - altura do nível dos olhos - sujeito
j em pé
p 22 - comprimento
p do braço
ç
03 - altura do ombro - sujeito em pé 23 - profundidade da falange - cotovelo - sujeito sentado
04 - altura do cotovelo - sujeito em pé 24 - profundidade do ombro - falange - sujeito em pé
05 - altura do quadril 25 - profundidade do ombro - palma - sujeito em pé
06 - altura da falange 26 - profundidade da cabeça
07 - alcance inferior máximo - sujeito em pé 27 - largura da cabeça
08 - altura da cabeça - assento 28 - alcance dos antebraços - sujeito sentado
09 - altura do nível dos olhos - assento 29 - largura cotovelo à cotovelo - sujeito sentado
10 - altura do ombro - assento 30 - altura da cabeça - sujeito sentado
11 - altura do cotovelo - assento 31 - altura do nível dos olhos - sujeito sentado
12 - altura das coxas - assento 32 - altura do ombro - sujeito sentado
13 - profundidade nádega - joelho - sujeito sentado 33 - alcance
l frontal
f t l máximo
á i - sujeito
j it sentado
t d
14 - profundidade nádega - popliteal - sujeito sentado 34 - alcance vertical máximo - sujeito em pé
15 - altura dos joelhos - sujeito sentado 35 - alcance vertical máximo - sujeito sentado
16 - altura popliteal - sujeito sentado 36 - profundidade das costas - palma - sujeito em pé
17 - largura bideltóide - sujeito sentado 37 - comprimento do membro superior
18 - largura do tórax entre axilas - sujeito sentado 38 - altura do cotovelo - sujeito sentado
19 - largura do quadril - sujeito sentado 39 - envergadura
20 - profundidade do tórax - sujeito sentado 40 - envergadura dos ombros

110
2.3 - ANTROPOMETRIA: MEDIDAS E APLICAÇÕES

29

Figura 2.11a - Medidas efetuadas em um levantamento antropométrico estático do corpo em pé e sentado

111

2.3 - ANTROPOMETRIA: MEDIDAS E APLICAÇÕES

33

30

31
32

38

Figura 2.11b - Medidas efetuadas em um levantamento antropométrico estático do corpo em pé e sentado

112
2.3 - ANTROPOMETRIA: MEDIDAS E APLICAÇÕES
Mão:
Pé:
41 - comprimento da mão
59 - largura do pé descalço
42 - comprimento da palma da mão 60 - comprimento do quinto dedo
43 - largura da mão - metacarpal 61 - comprimento do pé descalço
44 - largura da mão - através do polegar 62 -largura do calcanhar
63 - comprimento interno do passo
45 - diâmetro máximo de pega
46 - envergadura máxima da mão Cabeça:
64 - profundidade da cabeça
47 - envergadura funcional máxima da mão
65 - largura da cabeça
48 - comprimento do polegar 66 - distância do queixo ao topo da cabeça
49 - comprimento do dedo indicador 67 - distância da boca ao topo da cabeça
50 - comprimento do dedo médio 68 - distância do nariz ao topo da cabeça
69 - distância da orelha ao topo da cabeça
51 - comprimento
p do dedo anular
70 - distância
di tâ i dod olho
lh ao topo
t da
d cabeça
b
52 - comprimento do dedo mínimo 71 - distância da orelha à parte de trás da cabeça
53 - largura do polegar 72 - distância do olho à parte de trás da cabeça
54 - espessura do polegar 73 - distância do nariz à parte de trás da cabeça
74 - largura inter-pupilar
55 - largura do dedo indicador
75 - largura britageal
56 - espessura do dedo indicador 76 - largura do maxilar
57 - espessura da mão (metacarpal) 77 - diâmetro da cabeça
58 - espessura da mão (com o polegar) 78 - diâmetro máximo da cabeça desde o queixo
113

2.3 - ANTROPOMETRIA: MEDIDAS E APLICAÇÕES

5
5 4 45
5 0 9 55
1
2 59
43 41 6
1 6
60
42 44 48
54 0 6
3
62
46

56 57
58 47
53

Figura 2.12 - Medidas efetuadas em um levantamento antropométrico estático da mão e do pé

114
2.3 - ANTROPOMETRIA: MEDIDAS E APLICAÇÕES

74 65
72 64
71 73 75

76

7
06 66 6 77
9 87 6
78

Figura 2.13 - Medidas efetuadas em um levantamento antropométrico estático da cabeça


115

2.3 - ANTROPOMETRIA: MEDIDAS E APLICAÇÕES

h ANTROPOMETRIA DINÂMICA E FUNCIONAL


REGISTRO DOS MOVIMENTOS:

utilizando crono-fotografia;

utilizando filmagem (vídeo);

utilizando um sistema de planos tri-ortogonais:

 zonas de conforto e de máximo alcance.

permitem a delimitação do espaço onde deverão ser posicionados

os controles.
116
2.3 - ANTROPOMETRIA: MEDIDAS E APLICAÇÕES
ALCANCE DOS MOVIMENTOS:

(ABDUÇÃO: afastar membro do corpo;


(ADUÇÃO: aproximar membro do corpo;
(ELEVAÇÃO: movimento do braço acima da horizontal;
(FLEXÃO: movimento do braço para frente;
(EXTENSÃO: trazendo braço de volta para perto do tronco;
(PRONAÇÃO: polegar gira para dentro do corpo;
(SUPINAÇÃO: polegar gira para fora do corpo;
117

2.3 - ANTROPOMETRIA: MEDIDAS E APLICAÇÕES

Figura 2.14a - Amplitudes articulares da cabeça 118


2.3 - ANTROPOMETRIA: MEDIDAS E APLICAÇÕES

Figura 2.14b - Amplitudes articulares do tronco 119

2.3 - ANTROPOMETRIA: MEDIDAS E APLICAÇÕES

Figura 2.14c - Amplitudes articulares dos pés, pernas e coxas

120
2.3 - ANTROPOMETRIA: MEDIDAS E APLICAÇÕES

Figura 2.14d - Amplitudes articulares dos membros superiores 121

2.3 - ANTROPOMETRIA: MEDIDAS E APLICAÇÕES

Figura 2.14e - Amplitudes articulares das mãos


122
2.3 - ANTROPOMETRIA: MEDIDAS E APLICAÇÕES

AVALIAÇÃO DA AMPLITUDE MÁXIMA DOS MOVIMENTOS ARTICULARES:

¾ARTICULAÇÃO;

¾IDADE;

¾SEXO;

¾CONSTITUIÇÃO FÍSICA;

¾TREINAMENTO;

¾POSTURA.

123

2.3 - ANTROPOMETRIA: MEDIDAS E APLICAÇÕES


AVALIAÇÃO DA DIMENSÃO MÁXIMA DE PREENSÃO
definido pelo conjunto das posições extremas alcançadas pelo

polegar;

na prática, determina-se este espaço levando-se em conta o modo de

preensão:

& (A) polegar - indicador


& (B) pinça com 2 ou 3 dedos
& (C) empalmadura
124
2.3 - ANTROPOMETRIA: MEDIDAS E APLICAÇÕES
ÂNGULOS DE CONFORTO:
1

RC (articulação medula-cervical) •
•E
8
4
• 3
M •C
5
G
• • H
6 2

7
•D

Figura 2.16 - Ângulos de conforto 125

2.3 - ANTROPOMETRIA: MEDIDAS E APLICAÇÕES


LEGENDA DEFINIÇÃO DO ÂNGULO LIMITE INFERIOR (graus) LIMITE SUPERIOR (graus)
1 Vertical / eixo cabeça 0 40
2 Vertical / eixo tronco -5 + 20
3 Vertical / eixo do braço 5 35

4 Eixo braço / ante-braço 80 110

5 Eixo tronco / eixo coxa 85 110

6 Ei coxa / eixo
Eixo i perna 95 120

7 Eixo perna / eixo pé 85 95

8 Eixo ante-braço / eixo mão 170 190

Tabela 2.1 - Ângulos de conforto das diversas articulações do corpo humano


126
2.3 - ANTROPOMETRIA: MEDIDAS E APLICAÇÕES

b UTILIZAÇÃO DE DADOS ANTROPOMÉTRICOS:


DEFINIR A POPULAÇÃO USUÁRIA:
sexo, idade, nacionalidade;
vestuário;
população atual e futura.
COLETAR OS DADOS ÚTEIS:
dimensões - amplitudes articulares;
medidas sobre a população usuária;
medida sobre uma amostra desta população;
referências a dados já conhecidos (tabelas) procurando dar a
devida correção.
127

2.3 - ANTROPOMETRIA: MEDIDAS E APLICAÇÕES

PRINCÍPIOS PARA APLICAÇÃO DE DADOS ANTROPOMÉTRICOS:

° Princípio: projetos para o tipo médio (Ex:banco de jardim);

± Princípio: projetos para indivíduos extremos (Ex:saída emergência);

² Princípio: projetos para faixas da população (Ex: roupas e sapatos);

³ Princípio:
P i í i projeto
j t para o indivíduo
i di íd (Ex:
(E aparelhos
lh ortopédicos);
t édi )

´ Considerações sobre a aplicação dos princípios.

128
MECÂNICA

´ Estudo dos movimentos e efeito das forças sobre


um objeto.

´ Fornece as ferramentas para analisar a força das


estruturas e os modos de prever e medir o
movimento de uma máquina.

BIOMECÂNICA

´ Biologia – estudo dos organismos vivos.


vivos

´ Biomecânica – avalia os movimentos de um


organismo vivo e o efeito da força – seja
empurrando ou tracionado – sobre esse
organismo.
TRABALHO ESTÁTICO E DINÂMICO

POSTURA

´ De acordo com Merino (1996) a postura submete-


se às características anatômicas e fisiológicas do
corpo humano e possui um estreito relacionamento
com a atividade do indivíduo, sendo que a mesma
pessoa adota diferentes posturas, nas mais
variadas atividades que realiza.
POSTURA

´ Postura deitada

´ Postura sentada

´ Postura de pé

POSTURA
REGISTRO DE POSTURAS

MÉTODO OWAS
DIAGRAMA DE DOR
LER/DORT
CARACTERÍSTICAS
´ Ocorrência de vários sintomas concomitantes ou não;
´ aparecimento insidioso;
´ Dor, parestesia, sensação de peso e fadiga;
´ Causam incapacidade laboral temporária ou permanente.;
´ Resultantes do superutilização e pouco tempo de
recuperação das estruturas anatômicas.

LER/DORT

´ Fatores Predisponentes
LER/DORT
ƒRELAÇÕES ENTRE AS CAUSAS DAS LER/DORT COM OS FATORES DA
CARGA FÍSICA DO TRABALHO

RECOMENDAÇÕES ERGONÔMICAS

´ Transmissão de movimentos e forças


RECOMENDAÇÕES ERGONÔMICAS
SUSTENTAÇÃO DE CARGA EM ALTURAS DISTINTAS

RECOMENDAÇÕES ERGONÔMICAS

¾ Sustentação de cargas em distâncias distintas


RECOMENDAÇÕES ERGONÔMICAS

´ Levantamento e transporte de carga

TRANSPORTE MANUAL DE CARGAS

´ Manter a carga na vertical - Isso significa que o centro de gravidade


da carga deve passar,
passar o mais próximo possível,
possível pelo eixo longitudinal
(vertical) do corpo.

´ Manter a carga próxima do corpo - Para o transporte de carga com


os dois braços, deve-se mantê-la o mais próximo possível perto do
corpo, na altura da cintura, conservando-se os braços estendidos. O
transporte
p de carga
g com os braçosç flexionados ((fazendo ângulo
g no
cotovelo) aumenta a carga estática dos músculos e cria momento
em relação ao centro de gravidade do corpo, que se situa à altura do
umbigo.
TRANSPORTE MANUAL DE CARGAS

´ USAR CARGAS SIMÉTRICAS - Sempre que possível,


deve ser mantida uma simetria de cargas,
cargas com os
dois braços carregando aproximadamente o
mesmo peso. No caso de cargas grandes,
compridas ou desajeitadas devem ser usados dois
carregadores para facilitar essa simetria.

TRANSPORTE MANUAL DE CARGAS

´ USAR MEIOS AUXILIARES - Os meios auxiliares devem ser usados


para cargas de formas ou texturas que dificultem o manuseio. Isso
inclui o uso de luvas, ganchos, cordas, correias e assim por diante.
Para o transporte de geladeiras, cofres, móveis e outros objetos que
não permitem uma pega adequada, devem ser colocadas cordas ou
correias que passam pelo dorso, para serem carregadas. Esses
dispositivos devem permitir que os braços fiquem estendidos,
evitando-se a perda de energia com a flexão dos mesmos.
TRANSPORTE MANUAL DE CARGAS

´ TRABALHAR EM EQUIPE - O trabalho em equipe


deve ser usado quando a carga for excessiva para
uma só pessoa. Assim se evitam lesões no
trabalhador ou danos à carga. Para casos mais
complexos, envolvendo o trabalho de diversas
pessoas, deverá haver um deles apenas para
orientar e coordenar os esforços dos demais,
principalmente quando há obstáculos na trajetória
da carga.

TRANSPORTE MANUAL DE CARGAS


TRANSPORTE MANUAL DE CARGAS

TRANSPORTE MANUAL DE CARGAS


RECOMENDAÇÕES

TRANSPORTE MANUAL DE CARGAS


TRANSPORTE MANUAL DE CARGAS

EQUIPAMENTOS
EQUIPAMENTOS

2.4 - Biomecânica Ocupacional


Definição:

° Estuda as interações entre o trabalho e o


homem sob o ponto de vista dos movimentos
músculo-esqueletais envolvidos, e as suas
conseqüências;

° Analisa basicamente a questão das posturas


corporais no trabalho e a aplicação de forças;

160
2.4 - Biomecânica Ocupacional
OS GESTOS DE TRABALHO

TAREFAS MANUAIS E MOVIMENTOS DAS MÃOS


° Atividade da mão e tarefa manual
Importância da mão nos gestos de trabalho: grande
plasticidade mecânica, importante mobilidade dos
dedos em relação a multiplicidade de ossos,
músculos e articulações e, em relação a fineza da
inervação motora e sensitiva (tato);

161

2.4 - Biomecânica Ocupacional


OS GESTOS DE TRABALHO

desfavorável modificada

Figura 2.18 - Atividade da mão e tarefa manual: adaptações de


empunhadura em função da anatomia da mão.
162
2.4 - Biomecânica Ocupacional
OS GESTOS DE TRABALHO
± Os movimentos manuais:
Os movimentos especificamente manuais:
Envolvem atividades de manipulação com imobilização do tronco,
dos braços, dos ante-braços. Esses movimentos são encontrados
em tarefas finas e delicadas como micro-soldagem, desenho
decorativo em cerâmica, relojoaria, micro-eletrônica.

Figura 2.19 - Três posições de


preensão especificamente
manuais. Os valores referem-se
as forças nos dedos.

163

2.4 - Biomecânica Ocupacional

OS GESTOS DE TRABALHO

OS MOVIMENTOS NÃO


à ESPECIFICAMENTE MANUAIS:

Envolvem um certo número de segmentos corporais: mobilização do

ante-braço, do braço e, às vezes, de movimentos de

acompanhamento do tronco. Esta mobilização é necessária à

aplicação de força e a realização eficaz do gesto de trabalho, como

por exemplo em tarefas de aperto de parafusos de maiores

dimensões, conforme figura 2.20.

164
2.4 - Biomecânica Ocupacional
OS GESTOS DE TRABALHO
Envolvimento do tronco, do braço
e do antebraço, além , é claro, da
mão,
ã para a realização
li ã dod gesto t de
d
trabalho

Figura 2.20 - Movimentos não especificamente manuais.


165

2.4 - Biomecânica Ocupacional


OS GESTOS DE TRABALHO
° TIPOS DE GESTOS EM FUNÇÃO DOS CIRCUITOS EMPREGADOS:
Ø Os
O gestos
t voluntários:
l tá i
São os gestos realizados de forma consciente pelo sujeito e que
envolve o córtex cerebral. Como todos os gestos, eles subentendem
uma interação entre a força muscular e a força gravitacional. Eles
podem ser:

Gestos voluntários subentendidos:


É São gestos lentos, tensos, operados por contração dos
músculos sinérgicos e de controle, que trabalham em sentido
opostos.

166
2.4 - Biomecânica Ocupacional
OS GESTOS DE TRABALHO

Gestos voluntários balísticos:


É São gestos mais econômicos em termos energéticos, eles são
muito mais rápidos e a ação simultânea dos músculos sinérgicos e
de controle é bastante reduzida.

É Este tipo de gesto é utilizado, por exemplo, em caso de perigo,


quando de uma parada brusca de uma máquina em funcionamento.
funcionamento
O movimento balístico termina, então, sobre o botão vermelho de
parada de urgência, que está localizado, normalmente, ao lado do
painel de comando das máquinas e equipamentos, cujo diâmetro é
aproximadamente o da palma da mão.
167

2.4 - Biomecânica Ocupacional


OS GESTOS DE TRABALHO
Ø OS GESTOS AUTOMÁTICOS OU AUTOMÁTICO-VOLUNTÁRIOS:
São os gestos que correspondem às atividades motoras que
envolvem um nível de integração sub-cortical. Pode ser observado
em trabalhadores experientes. Um exemplo de atividade automática-
voluntária é dado pela análise do comportamento operativo de um
motorista quando da condução de um veículo em uma rua bastante
conhecida.
Ø OS GESTOS REFLEXOS:
São gestos que correspondem a circuitos reflexos bem conhecidos,
do ponto de vista fisiológico. Este tipo de gesto ocorre, por exemplo,
em caso de perigo para a integridade física corporal do sujeito:
reação à choque, calor, gesto de proteção do rosto. 168
2.4 - Biomecânica Ocupacional
OS GESTOS DE TRABALHO
± A CLASSIFICAÇÃO DOS GESTOS EM FUNÇÃO DO TIPO DE TAREFA:

Ø A tarefa de ajustamento contínuo:


Este tipo de tarefa é caracterizada pela necessidade de ajustar, a

cada instante, a ação motora a seu objetivo. As informações vindo do

ambiente de trabalho e variando de forma aleatória, exigem uma

resposta motora contínua e permanentemente corrigida. Por

exemplo, a condução de um automóvel e o corte de determinados

materiais segundo um traçado pré-determinado.


169

2.4 - Biomecânica Ocupacional

OS GESTOS DE TRABALHO

Ø A TAREFA DE AJUSTAMENTO DESCONTÍNUO:


Este tipo de tarefa é caracterizada pelo fato de que a necessidade de
ajustar a ação motora ao seu objetivo não ocorre a todo instante. As
informações provenientes do ambiente de trabalho são independentes
da natureza da resposta motora precedente. Entram neste tipo de tarefa
aquelas que comportam uma única e mesma ação (por exemplo: girar
um botão com duas posições) e aquelas que comportam uma seqüência
de gestos, mais ou menos isolados (por exemplo: digitação, onde após
um erro o digitador pode perfeitamente continuar a digitar o texto)

170
2.4 - Biomecânica Ocupacional
OS GESTOS DE TRABALHO
OS FATORES QUE INFLUENCIAM OS GESTOS:
° A APRENDIZAGEM:
A aprendizagem de um trabalho consiste em criar circuitos
sensório-motores preferenciais que, na medida em que vão sendo
elaborados, tendem a se tornar cada vez menos conscientes;
Neste sentido, o endereço gestual máximo é obtido quando este
circuito torna-se perfeitamente automático;
Dois processos neuro-fisiológicos concorrem à aprendizagem: o
processo central e o periférico.

171

2.4 - Biomecânica Ocupacional


OS GESTOS DE TRABALHO

Ø PROCESSO CENTRAL:
$Estabelecimento de planos de cooperação muscular, por meio da
criação de vias neuro-fisiológicas particulares;
$Nota-se ao nível dos gestos uma diminuição progressiva dos
movimentos acessórios (diminuição das co-contrações) dos grupos
musculares cuja intervenção é útil à atividade considerada;
$Objetivamente, isto se traduz por um gesto fácil e simples com
um sujeito experiente, em oposição à um gesto hesitante e contraído
com um sujeito aprendiz.

172
2.4 - Biomecânica Ocupacional
OS GESTOS DE TRABALHO

9 PROCESSO PERIFÉRICO:
(Adaptação fisiológica cardio-respiratória, muscular,

desenvolvimento do tato. Por exemplo: ao nível muscular observa-se

um aumento da força e da velocidade de execução.

(Na prática, para a aprendizagem, na medida em que se necessita


uma forte concentração mental e motora, é desejável, ao menos no

início, que as seções sejam curtas e repetitivas.


173

2.4 - Biomecânica Ocupacional


OS GESTOS DE TRABALHO

± OS ESTEREÓTIPOS MENTAIS:
DEFINIÇÃO:
9Estereótipo é a tendência que um sujeito tem de atingir uma certa
reação dos aparelhos que ele utiliza quando ele age sobre um

comando assim como o significado que ele tem tendência a dar na


comando,

interpretação de uma informação lida sobre um painel, por exemplo;

9Identifica-se dois tipos de estereótipos mentais: os universais e


os culturais.
174
2.4 - Biomecânica Ocupacional
OS GESTOS DE TRABALHO
OS ESTEREÓTIPOS UNIVERSAIS:
Existem determinados estereótipos, universalmente aceitos, que podem

ser caracterizados qualitativa e quantitativamente.

NOÇÃO QUALITATIVA:
A noção qualitativa está relacionada com a ação motora realizada.
P exemplo:
Por l quando
d uma alavanca
l é puxada
d de
d sua posição
i ã central
t l
para a direita ou para frente, espera-se que a agulha de um painel
que visualize esta ação, gire no sentido horário ou para cima,
conforme figura 2.21.

175

2.4 - Biomecânica Ocupacional


OS GESTOS DE TRABALHO

Figura 2.21 - Esteriótipos universais: noção qualitativa


176
2.4 - Biomecânica Ocupacional
OS GESTOS DE TRABALHO

NOÇÃO QUANTITATIVA:
¦ Sobre uma escala graduada horizontal o zero está a esquerda;

§ Sobre uma escala graduada vertical o zero está em baixo;

¨ Nestes dois casos, um aumento do parâmetro que se estuda,

deverá se traduzir, respectivamente, por um deslocamento da

esquerda para a direita, e de baixo para cima, conforme figura 2.22.

177

2.4 - Biomecânica Ocupacional


OS GESTOS DE TRABALHO

Figura 2.22 - Esteriótipos universais: noção quantitativa


178
2.4 - Biomecânica Ocupacional
OS GESTOS DE TRABALHO

² O TREMOR:
Consiste em uma oscilação concomitante ao esforço aplicado,
desenvolvido para conservar a posição ou a direção fixada do gesto.
O tremor diminui com a aprendizagem, em caso de trabalho com
atrito ou se o membro superior
p for apoiado
p ((se isto for p
possível),
),
assim como se o corpo for bem equilibrado.
O tremor aumenta em caso de fadiga, quando se faz um esforço
para não tremer ou em caso de emoção.

179

2.4 - Biomecânica Ocupacional


AS POSTURAS DE TRABALHO
° CONSIDERAÇÕES GERAIS:
A postura é a organização no espaço dos diferentes segmentos
corporais. Ela é o suporte da busca e das tomadas de informações
para a ação do sujeito;

A postura é então, principalmente, determinada:


Ø pelas características e exigências da tarefa;
Ø pelas condicionantes internas: formas fisiológicas e
bi
biomecânicas
â i d manutenção
de t ã do
d equilíbrio;
ilíb i
Ø pelas características do meio ambiente de trabalho.

Nenhuma postura de trabalho é neutra. Nenhuma “má postura” é


adotada “livremente” pelo sujeito, mas é resultado de um
compromisso entre os pontos citados.
180
2.4 - Biomecânica Ocupacional

AS POSTURAS DE TRABALHO

± ELEMENTOS FISIOLÓGICOS E BIOMECÂNICOS DA MANUTENÇÃO


POSTURAL:
CONDIÇÃO DA MANUTENÇÃO DO EQUILÍBRIO:

Ø A manutenção do equilíbrio implica que uma certa parte da


massa muscular estabiliza o corpo numa postura lhe permitindo
evitar a queda;

ØNo caso do sujeito utilizar um apoio (por exemplo uma cadeira),


os pontos de apoio entram na determinação do polígono de
sustentação.
181

2.4 - Biomecânica Ocupacional


AS POSTURAS DE TRABALHO
MODIFICAÇÃO DO EQUILÍBRIO:
Ø Todo
T d desvio
d i do
d CG dos
d segmentos
t corporais,
i em relação
l ã à linha
li h
de gravidade e ao polígono de sustentação, necessita o emprego de
forças musculares de manutenção da posição. A posição da
projeção do CG não é, então, em postura em pé fixa, mas varia em
função do estado do sujeito (idade, sexo, fadiga, álcool,...);

Ø A manutenção do equilíbrio é assegurada principalmente pela


contração dos músculos posturais sob o controle de estruturas
nervosas que recebem informações diversas (labirínticas, visuais e
táteis,..).
182
2.4 - Biomecânica Ocupacional
AS POSTURAS DE TRABALHO
MODIFICAÇÃO DO EQUILÍBRIO:
¦ MANUTENÇÃO
Ç POSTURAL ESTÁTICA:

É Na criança, a manutenção do equilíbrio é instável. Com a


aprendizagem ela se estabiliza até próximo dos 60 anos.
A partir daí ocorre uma degradação;

É A manutenção do equilíbrio é assegurada principalmente


pela contração dos músculos posturais sob o controle de
estruturas nervosas que recebem informações diversas
(labirínticas, visuais e táteis,..).

183

2.4 - Biomecânica Ocupacional


AS POSTURAS DE TRABALHO
MODIFICAÇÃO DO EQUILÍBRIO:
§ PERTURBAÇÃO POSTURAL:
É Em caso de desequilíbrio do corpo, as mesmas modalidades
sensoriais são utilizadas, com prioridade para as informações
visuais em relação às vestibulares e às cinestésicas. Com os
cegos a situação é diferente porque a hierarquia sensorial é
modificada;
É O envelhecimento diminui a adaptação da resposta muscular
que permite evitar a queda; O tipo de tarefa e o treinamento
modificam a performance do sujeito; Em situação real, as
estratégias empregadas pelos sujeitos, graças à experiência,
também melhoram a performance.
184
2.4 - Biomecânica Ocupacional

AS POSTURAS DE TRABALHO

² CARACTERÍSTICAS DAS PRINCIPAIS POSTURAS DE TRABALHO:


Existe uma variedade considerável de posturas de trabalho
(72 segundo método OWAS);
 Tentativas de classificação em vista de uma avaliação;
Limites posturais:
Ø Um deslocamento, mesmo fraco, de um segmento corporal,
pode modificar a estabilidade da postura e as contrações
musculares estáticas do equilíbrio;
Ø A duração da manutenção de uma postura imóvel é um fator
essencial de avaliação do constrangimento postural.
185

2.4 - Biomecânica Ocupacional


AS POSTURAS DE TRABALHO
3. Reto e 4. Inclinado
1. Reto 2. Inclinado torcido e torcido

1. Dois 2. Um 3. Dois
braços braço para braços Exemplos:
para baixo cima para cima Código 127
215
3. Duas 327
1. Duas 2. Uma
pernas
p perna
p pernas
retas reta flexionadas

4. Uma 5. Uma 6. Deslocamento 7. Duas


perna perna com pernas pernas
flexionada ajoelhada suspensas

Figura 2.25 - Classificação das diferentes posturas, segundo Método OWAS


186
2.4 - Biomecânica Ocupacional
AS POSTURAS DE TRABALHO

Figura 2.26 - Consumo de energia no lazer. Os valores dão o consumo médio de energia
em minutos para os homens em Kcal/min. Para as mulheres (10 a 20% menos)
187

188
2.4 - Biomecânica Ocupacional

AS POSTURAS DE TRABALHO

ANÁLISE VISUAL DA POSTURA:


A observação das posturas utilizadas por um sujeito nos informa
sobre as dificuldades do trabalho:
Ø Ângulo de inclinação do corpo em relação a vertical;
Ø Variação da postura em relação a uma postura ideal teórica;
Ø Número de pontos de apoio;
Ø Modificação da postura em função do tempo.

189

2.4 - Biomecânica Ocupacional

AS POSTURAS DE TRABALHO
AS RELAÇÕES
Ç ENTRE TRABALHO E POSTURA:
O espaço de trabalho deve ser adaptado às características das
informações e das ações:
Ø Localização e características físicas dos detalhes a serem
percebidos (dimensões, iluminação,...);
Ø Concepção dos comandos relacionados com a direção da força e
de seu ponto de aplicação;
Ø Uma força elevada só poderá ser exercida se o corpo estiver em
equilíbrio (com apoio);
Ø As condicionantes temporais têm influência sobre a postura.
Existe uma relação entre a precisão da tarefa, cadência de trabalho,
distância olho-tarefa, rigidez postural e duração do trabalho.

190
2.4 - Biomecânica Ocupacional

MOVIMENTAÇÃO E ELEVAÇÃO DE CARGAS

± ELEVAÇÃO
à MANUAL DE CARGAS PESADAS:
O TIPO DE ELEVAÇÃO:
Ø A elevação suportada pelos joelhos é mais potente do que a
elevação suportada pela coluna vertebral para cargas pesadas.
Para cargas leves e médias eles se equivalem ;
Ø A força máxima de elevação dobra quando os pés estão à 30
cm do objeto ao invés de 50 cm;
Ø A elevação de cargas suportadas pelos joelhos ou pela coluna
não tem as mesmas conseqüências para o sujeito.

191

2.4 - Biomecânica Ocupacional

MOVIMENTAÇÃO E ELEVAÇÃO DE CARGAS

BIOMECÂNICA DA ELEVAÇÃO DE CARGAS:


Ø Na elevação de cargas pesadas, é necessário que o esforço se
produza quando a coluna vertebral estiver reta, isto é, quando as
vértebras exercerem uma pressão uniforme sobre os discos
intervertebrais;
Ø Com a idade e segundo o peso das cargas, assim como do seu
modo de movimentação e elevação, o disco intervertebral se
deforma e sua estrutura se altera;

192
2.4 - Biomecânica Ocupacional
MOVIMENTAÇÃO E ELEVAÇÃO DE CARGAS

Ø Se realizarmos um esforço em posição curvada, a pressão que se


exerce sobre o disco não é mais distribuída de forma homogênea, o que
pode provocar uma hérnia do disco intervertebral com conseqüente
compressão dolorosa da medula espinhal na saída da coluna vertebral;
Ø Um homem de 80 Kgf, cujo tronco é flexionado à 60o sobre a vertical,
exerce uma força de compressão de 200 Kgf sobre a L5 (5a vértebra
lombar);
Ø O mesmo homem, na mesma posição, mas tendo um peso de 25 Kgf
na extremidade do braço, exerce uma força de compressão de 400 Kgf
sobre a L5;
193

2.4 - Biomecânica Ocupacional


MOVIMENTAÇÃO E ELEVAÇÃO DE CARGAS

BIOMECÂNICA DO RENDIMENTO ENERGÉTICO:


Ø Baixo rendimento da elevação manual quando a carga é leve,
porque a energia serve para movimentar as massas corporais. Para a
elevação de carga a partir do solo, o melhor rendimento se obtém
com peso de 30 Kgf (8%);
Ø Ocorre uma melhoria considerável do rendimento se o plano de
apoio estiver numa altura de 0,50 m e sobretudo 1 m. A altura de 1,50
m baixa o rendimento. Para a elevação a partir de uma altura de 1 m,
o peso ótimo deve ser reduzido à 15 Kgf e a cadência se eleva
sensivelmente;
194
3. Dispositivos de Informação

3.1 - ÓRGÃOS DO SENTIDO

1Visão: é o órgão
g do sentido mais importante
p que
q
possuímos, tanto para o trabalho como para a vida
diária;
1O olho humano é, aproximadamente, uma esfera com
diâmetro de cerca de 20 mm;
1O olho humano possui 3 membranas que o envolvem:
•a córnea: tecido resistente e transparente que
cobre a superfície anterior do olho;
•a coróide: é a cobertura externa da esclerótica;
•a retina: é a membrana mais interna do olho. 195

3. Dispositivos de Informação
3.1 - ÓRGÃOS DO SENTIDO

196
197

3. Dispositivos de Informação
3.1 - ÓRGÃOS DO SENTIDO

198

3. Dispositivos de Informação
3.1 - ÓRGÃOS DO SENTIDO - VISÃO:

1Estrutura:
•CRISTALINO:
„é formado por camadas concêntricas de células fibrosas,
sendo sustentado por fibras que se conectam ao corpo
ciliar;
„o cristalino contém 60 a 70% de água, cerca de 6% de
gordura e mais proteínas do que qualquer outro tecido no
olho;
„o cristalino é colorido por uma pigmentação levemente
amarelada, que se intensifica com a idade;
„as luzes infravermelha e ultravioleta são ambas
intensamente absorvidas por proteínas na estrutura do
cristalino e, quando excessivas, podem danificar o olho.
199

3. Dispositivos de Informação

3.1 - ÓRGÃOS DO SENTIDO - VISÃO:

1Estrutura:
•RETINA:
„se estende por toda a porção posterior do
olho humano;
„quando o olho está apropriadamente
focalizado a luz de um objeto fora do olho é
focalizado,a
tornada imagem na retina;
„a visão de padrões é viabilizada pela
distribuição de receptores discretos de luz
sobre a superfície da retina.

200

3. Dispositivos de Informação
3.1 - ÓRGÃOS DO SENTIDO - VISÃO:
1Células fotossensíveis:
1O olho tem dois tipos de células fotossensíveis, que são os
cones e os bastonetes, sendo cerca de 6 a 7 milhões de cones e
130 milhões de bastonetes;
1Os cones se concentram em um ponto no fundo da retina,
chamado de fóvea central, funcionam com maior nível de
iluminação, sendo responsáveis pela percepção das cores, de
espaço e da acuidade visual;
1Os bastonetes são sensíveis a baixos níveis de iluminação,
sendo acromáticos, distinguindo apenas formas;
201

3. Dispositivos de Informação
3.1 - ÓRGÃOS DO SENTIDO - VISÃO:

1Características:
1ACUIDADE VISUAL: é a capacidade visual para discriminar pequenos

detalhes, depende principalmente da iluminação e do tempo de exposição;

1ACOMODAÇÃO: é a capacidade de cada olho em focalizar objetos a

várias distâncias ( 16 anos - 8cm; 45 anos - 25 cm; 60 anos - 100cm);

1CONVERGÊNCIA: é a capacidade dos dois olhos se moverem

coordenadamente, para focalizar o mesmo objeto ( menor distância -

10 cm);

202

3. Dispositivos de Informação
3.1 - ÓRGÃOS DO SENTIDO - VISÃO:

1Características:
1MOVIMENTO DOS OLHOS: é movido por 6 músculos, que

permitem ao olho executar vários movimentos rotacionais. As

rotações para esquerda e direita são iguais, podendo atingir

50º cada. Para cima é de 40º, e para baixo, de 60º no máximo;


203

3. Dispositivos de Informação
3.1 - ÓRGÃOS DO SENTIDO - VISÃO:
1Características:
1MOVIMENTO SACÁDICO:
Á são movimentos rápidos dos
olhos, aos pulos, em direção à nova posição;
1MOVIMENTO DE PERSEGUIÇÃO: movimentos lentos dos
olhos acompanhando o movimento de um objeto móvel;
1FOCALIZAÇÃO:
FOCALIZAÇÃO: movimentos opostos entre os dois olhos,
para focalizá-los sobre o mesmo objeto;
1MOVIMENTO COMPENSATÓRIO: movimentos dos olhos
no sentido oposto aos movimentos da cabeça, para manter a
fixação sobre um objeto, durante os movimentos da cabeça;

204

3. Dispositivos de Informação

3.1 - ÓRGÃOS DO SENTIDO

2AUDIÇÃO: é o órgão coletor dos estímulos

externos, transformando as vibrações sonoras em

impulsos
p sonoros p
para o cérebro. É, sem dúvida, a

estrutura mecânica mais sensível do corpo humano

pois detecta quantidades mínimas de energia;


205

3. Dispositivos de Informação
3.1 - ÓRGÃOS DO SENTIDO

2ANATOMIA DO OUVIDO: é dividido em três partes:


o externo, o médio e o interno. Os sons chegam por
vibrações doar, captadas pelo ouvido externo,
transformando-se em vibrações mecânicas, no ouvido
médio e finalmente em pressões hidráulicas,
médio, hidráulicas no ouvido
interno. Finalmente, essas pressões são captadas por
células sensíveis no ouvido interno e transformadas em
sinais elétricos, que se transmitem ao cérebro;

206

3. Dispositivos de Informação
3.1 - ÓRGÃOS DO SENTIDO
207

3. Dispositivos de Informação
3.1 - ÓRGÃOS DO SENTIDO - OUVIDO:

•Ouvido externo: é constituído do pavilhão auditivo (orelha) e


do conduto auditivo externo, que termina na membrana do
tímpano;

•Ouvido médio: o som se transmite através de três ossículos,


chamados de martelo, bigorna e estribo. Esses ossículos
captam as vibrações do tímpano e as transmitem a uma outra
membrana fina na janela oval,
oval que separa o ouvido médio do
ouvido interno;

•Ouvido interno: as vibrações sonoras que chegam são


convertidas em pressões hidráulicas dentro de um órgão
chamado cóclea, sendo transformadas em sinais elétricos, que
se transmitem ao cérebro pelo nervo auditivo, onde são
decodificados em sensações sonoras

208

3. Dispositivos de Informação
3.1 - ÓRGÃOS DO SENTIDO - OUVIDO:

2 PERCEPÇÃO DO SOM: um som é caracterizado por três


variáveis: freqüência, intensidade e duração;

2 FREQÜÊNCIA: o ouvido humano é capaz de perceber


sons na freqüência de 20 a 20.000 Hz;

2 INTENSIDADE: o ouvido é capaz de perceber sons de 20 a


120 dB. Os sons normalmente encontrados no lar, em tráfego,
escritórios e fábricas estão na faixa de 50 a 80 dB. Sons acima
de 120 dB causam desconforto e, quando atingem 140 dB, a
sensação torna-se dolorosa;
209

3. Dispositivos de Informação
3.1 - ÓRGÃOS DO SENTIDO - OUTROS SENTIDOS:
SENSO CINESTÉSICO: fornece informações sobre
movimentos de partes do corpo, sem exigir um
acompanhamento visual. Permite também perceber as forças
e tensões internas e externas exercidas pelos músculos.
É muito importante no trabalho, pois muitos movimentos dos
pés e mãos devem ser feitos sem o acompanhamento visual,
visual
enquanto a visão se concentra em outras tarefas realizadas
simultaneamente;

210

3. Dispositivos de Informação
3.2 – PERCEPÇÃO DA INFORMAÇÃO:

 Os dispositivos de informação constituem a parte da


máquina que fornece informações ao operador humano, para
que este possa tomar decisões;
 O tipo de código usado e a forma como uma informação é
apresentada pode influir na rapidez e na precisão da leitura;
 Estima-se
Estima se que existam hoje cerca de 5.000
5 000 línguas e dialetos
em uso no mundo, das quais cerca de 100 são consideradas
de maior importância.Para facilitar a intercomunicação
algumas áreas humanas desenvolveram símbolos universais.
211

3. Dispositivos de Informação
3.3 – TIPOS DE MOSTRADORES:

 Os mostradores se classificam em quantitativos e


qualitativos,e ambos podem ser estáticos ou dinâmicos,
conforme forneçam leituras fixas ou variáveis;
 MOSTRADOR QUANTITATIVO: é usado quando a informação a
ser fornecida é ligada a alguma variável como volume, pressão,
peso, comprimento,
p p temperatura,
p valor. Divide-se em dois g
grandes
grupos: os analógicos e os digitais. Os mostradores analógicos
apresentam um ponteiro ou uma escala móvel, como o velocímetro
de um carro, assim como um barômetro (pressão) ou dinamômetro
(força);

212

3. Dispositivos de Informação

3.3 – TIPOS DE MOSTRADORES:


213

3. Dispositivos de Informação
3.3 – TIPOS DE MOSTRADORES:
9MOSTRADOR QUALITATIVO: apresenta indicações sobre
valores
alores aproximados
apro imados de uma
ma variável,
ariá el sobre sua
s a tendência,
tendência
variação de direção ou desvio em relação a um determinado valor,
quando não se necessita saber o valor exato da variável. É usado
em controle de processos, onde as variáveis como
pressão,temperatura e fluxo devem ser mantidas dentro de uma
determinada faixa de operação, como é o caso do indicador de
temperatura;

214

3. Dispositivos de Informação
3.3 – LOCALIZAÇÃO DOS MOSTRADORES:

 IMPORTÂNCIA: os mostradores mais importantes, e que devem


ser continuamente observados, devem ficar à frente do operador,
no campo de mais fácil visualização;
ASSOCIAÇÃO: no caso de mostradores associados a controles,
ambos devem ser colocados na mesma ordem ou mesmo tipo de
arranjo espacial;
SEQÜÊNCIA: quando os mostradores estiverem associados a
operações seqüenciais, devem ser colocados na mesma seqüência
dessas operações;
215

3. Dispositivos de Informação
3.4 – ÁREAS DE VISÃO - PREFERENCIAIS:
 NÍVEL 1 – VISÃO ESTÁTICA: os objetos situados dentro
dessa área podem ser vistos continuamente,
continuamente praticamente
sem nenhum movimento deos olhos. Situa-se na faixa abaixo
da linha horizontal de visão, até 30º e para os lados, com
abertura lateral de 30º;
 NÍVEL 2 – MOVIMENTO DOS OLHOS: é a visão que se
consegue movimentando-se somente os olhos, sem
movimentar a cabeça. Situa-se até 25º acima da linha
horizontal de visão e 35º abaixo da mesma e, lateralmente, faz
a abertura de 80º;

216

3. Dispositivos de Informação
3.4 – ÁREAS DE VISÃO - PREFERENCIAIS:

 NÍVEL 3 - MOVIMENTO DA CABEÇA: situa-se o campo


visual que se consegue atingir com o movimento da cabeça. A
cabeça consegue girar até 55º para a esquerda ou para a
direita, inclinar-se até 40º para a frente e 50º para trás e
inclinar-se até 40º para a esquerda ou a direita, pendendo para
um dos ombros;
217

4. AMBIENTE
4.1 - TEMPERATURA, RUÍDOS E VIBRAÇÕES

Grande fonte de tensão no trabalho são as condições

ambientais desfavoráveis, como excesso de calor, ruídos

e vibrações;

Causam desconforto, aumentam o risco de acidentes e

podem provocar danos consideráveis à saúde;

218

4. AMBIENTE
4.1.1 - TEMPERATURA

ÃA temperatura e a umidade influem diretamente no


desempenho do trabalho humano;

ÃBredford e Vernon(1922), pesquisa em mina de carvão:


ÃTempo para pausas aumenta a partir de 19°C, havendo
crescimento acentuado a partir de 24°C;

ÃEficiência do trabalho a 28°C era cerca de 41% menor


que a 19°C;
219

4. AMBIENTE
4.1.1 - TEMPERATURA

ÃTemperatura corporal é mais ou menos constante em


torno de 37°C;

ÃO equilíbrio térmico pode ser descrito pela equação:


M+C+R-E=0

onde: M = calor gerado pelo metabolismo;


C = calor trocado por condução e convecção;
R = calor trocado por radiação;
E = calor perdido por evaporação

220

4. AMBIENTE
4.1.1 - TEMPERATURA

ÃMETABOLISMO ( M ):
O organismo humano funciona como uma máquina exotérmica,
sempre gerando calor. Ex: 20 a 50 Kcal/h para trabalhos normais; 70 a
120 Kcal/h para trabalhos moderados com os braços; 200 a 500 Kcal/h
para trabalhos mais pesados;

ÃQuanto maior o esforço físico realizado, maior será a quantidade de


calor gerado, que deverá ser eliminado pela radiação, condução e
convecção, e evaporação (suor e urina);
221

4. AMBIENTE
4.1.1 - TEMPERATURA

ÃCONDUÇÃO
Ç E CONVECÇÃO
Ç ( C )):
A condução ocorre quando o organismo entra em
contato direto com objetos mais quentes ou mais
frios;
A troca por convecção ocorre pelo movimento de
camada de ar próxima à pele, que tende a retirar o ar
quente ( se a temperatura ambiental for abaixo de 37°
C) e substituí-lo por outro mais frio;

222

4. AMBIENTE
4.1.1 - TEMPERATURA

ÃRADIAÇÃO ( R ):
O corpo humano troca calor continuamente com o ambiente, pela
radiação, recebendo calor daqueles objetos mais quentes e
irradiando para aqueles mais frios que o seu corpo;
A melhor forma de proteger-se contra o calor radiante é pela
colocação
l ã de
d uma superfície
fí i refletora
fl t entre
t a fonte
f t e o trabalhador.
t b lh d
Por exemplo, uma lâmina de alumínio refletirá quase
completamente o calor radiante, protegendo o trabalhador;
223

4. AMBIENTE
4.1.1 - TEMPERATURA

ÃEVAPORAÇÃO ( E ):
É o mecanismo mais importante do equilíbrio térmico. Ela ocorre nos
pulmões e na superfície da pele, sob a forma de suor. Cabe destacar
que não é propriamente a produção de suor, mas a sua evaporação
que contribui para remover o calor;
A importância da evaporação pode ser expressa, reescrevendo-se a
equação do equilíbrio térmico da seguinte maneira:

E=M+R+C ou E= M+ R + C, para temperaturas


acima de 35°C;

224

4. AMBIENTE
4.1.1 - TEMPERATURA

ÃCONFORTO TÉRMICO:
TEMPERATURA EFETIVA: é aquela que produz sensação
equivalente de calor a uma temperatura medida com o ar
saturado (100% de umidade relativa) e praticamente parado (sem
ventos);
ZONA DE CONFORTO TÉRMICO: a zona de conforto é delimitada
entre as temperaturas efetivas de 20 a 24°C, com umidade
relativa de 40 a 60%, com uma velocidade do ar moderada, da
ordem de 0,2 m/s. As diferenças de temperatura presentes no
mesmo ambiente não devem ser superiores a 4°C.
225

4. AMBIENTE

4.1.2 - RUÍDOS

9DEFINIÇÕES: Ruído é um som indesejável; É um


estímulo auditivo que não contém informações úteis para
a tarefa em execução;

9Máximo que o ouvido humano pode suportar é de


130 dB, acima disso situa-se o limiar da percepção
dolorosa

226

4. AMBIENTE
4.1.2 - RUÍDOS
9CONSEQÜÊNCIAS: a conseqüência mais evidente do ruído
é a surdez. Ela pode ser de duas naturezas: a surdez de
condução e a surdez nervosa;
9SURDEZ DE CONDUÇÃO: resulta de uma redução da
capacidade de transmitir as vibrações, a partir do ouvido externo
para o interno. Pode ser causada por diversos fatores, como
infecção ou perfuração no tímpano;
9SURDEZ NERVOSA: ocorre no ouvido interno e é devida à
redução da sensibilidade das células nervosas. Essa
insensibilidade ocorre principalmente nas faixas de maior
freqüência, acima de 1000 hertz;
227

4. AMBIENTE

4.1.2 - RUÍDOS

9TEMPO DE EXPOSIÇÃO:
9até 80 dB, durante toda jornada de trabalho;
9acima de 90 dB, dificulta comunicação verbal, aumenta tensão
psicológica e o nível de atenção, problemas após 2 horas de
exposição;
9ruídos agudos, suporta até 100 dB (freqüência de 100 Hz);
94000 Hz, cai para 85 dB;
9ruídos de longa duração (horas), 70 a 90 dB não se observam
mudanças significativas. Acima de 90 dB o desempenho começa
a cair;

228

4. AMBIENTE

4.1.3 - VIBRAÇÕES

É qualquer movimento que o corpo executa em torno de um


ponto fixo. Esse movimento pode ser regular, do tipo senoidal ou
irregular, quando não segue nenhum padrão determinado;

Os efeitos da vibração direta sobre o corpo humano podem


ser extremamente graves, podendo danificar permanentemente
alguns órgãos;
229

4. AMBIENTE
4.1.3 - VIBRAÇÕES

Freqüências de 1 a 80 Hz são particularmente danosas,

provocam lesões nos ossos, juntas e tendões;

De 30 a 200 Hz provocam doenças cardiovasculares,

acima de 300 Hz, o sintoma é de dores agudas e distúrbios

neurovasculares;

230

4. AMBIENTE

4.1.3 - VIBRAÇÕES

Uma vibração
ç intensa transmitida p
por ferramentas

manuais propaga-se pelas mãos, braços e corpo do

operador, e pode causar dormência dos dedos e perda de

coordenação motora. A exposição continuada pode levar a

lesões da coluna vertebral, desordem gastro-intestinal e

perda do controle muscular de partes do corpo;


231

4. AMBIENTE: ILUMINAÇÃO E CORES


4.2.1 - FOTOMETRIA:

A eficiência luminosa de uma fonte de luz depende da


quantidade de radiação que ela emite dentro da faixa
visível, que geralmente está associada à energia gasta
durante a emissão de ondas;

A eficiência luminosa de uma fonte é expressa em


número
ú d unidades
de id d ded luz
l emitida
itid por uma unidade
id d de
d
energia gasta. A unidade de luz chama-se lúmen

A eficiência luminosa de uma lâmpada elétrica é


expressa, então, em lúmens por Watt, ou lm/W;

232

4. AMBIENTE: ILUMINAÇÃO E CORES


4..2.2 - ESCALAS DE MEDIÇÃO

INTENSIDADE DE ILUMINAÇÃO: dá a medida do fluxo
luminoso que incide em uma superfície.
superfície A unidade de
medida é o lux: Lux (lx) = 1 Lúmen (Lm) / m²;


Na literatura inglesa, é ainda comum a footcandle (fc).
1Lux corresponde a aproximadamente 0,1 candela (cd).


DENSIDADE LUMINOSA: é uma medida da claridade de
superfícies. A impressão da claridade de uma superfície
luminosa é proporcional à densidade luminosa desta
superfície.

A unidade de medida é a candela/m² (cd/m²).
233

4. AMBIENTE: ILUMINAÇÃO E CORES


4..2.2 - ESCALAS DE MEDIÇÃO

Para a caracterização da densidade luminosa de paredes, móveis e


outros objetos não luminosos usa-se
usa se a candela/m²; para a claridade
de fontes luminosas usa-se, na maioria da vezes o stilb (sb).
1 stilb(sb) = 10.000 candela/m².

Exemplos: lua = 0,25 sb; céu claro = 0,40 sb; vela acesa = 0,7 a 0,8
sb; lâmpada querosene = 0,6 a 1,5 sb; lâmpada incandescente = 70 a
1000 sb; lâmpada fluorescente = 0,45 a 0,65 sb;

Em uma intensidade de iluminação de 300 Lx podemos esperar,


em uma sala, as seguintes claridades aproximadas de superfícies:
papel branco sobre a mesa = 70 a 80 cd/m²; tampo da mesa = 40 a 60
cd/m²; fundo escuro no monitor = 5 a 15 cd/m².

234

4. AMBIENTE: ILUMINAÇÃO E CORES


4..2.2 - ESCALAS DE MEDIÇÃO

GGRAUU DE REFLEXÃO:
O a claridade
c a dade de diversas
d e sas
superfícies também pode ser comparada com seu grau
de reflexão. Entendemos com isso a relação entre a luz
incidente e a luz refletida. A claridade de superfícies em
cd/m² e a intensidade luminosa em Lx estão relacionadas
da seguinte forma com o grau de reflexão:

grau de reflexão (%) = [ (cd/m²) / (¶ x Lx) ] x 100


235

4. AMBIENTE: ILUMINAÇÃO E CORES


4..2.3 - FONTES LUMINOSAS

1- FONTES LUMINOSAS RADIANTES DIRETAS: emitem 90% ou


mais da luz na forma de cone de luz direcionado a uma superfície.
superfície
Caracterizada por fortes sombras. Aplicada em exposições,
vitrines e em alas de guichês. Em iluminação de locais de trabalho
só podem ser recomendadas se, ao mesmo tempo, existir uma boa
iluminação geral, que reduza as sombras e os contrastes;

2 - FONTES LUMINOSAS SEMI-DIRETAS OU SEMI-INDIRETAS:


emitem uma significativa parte da luz (até 40%) diretamente em
todas as direções, enquanto que outra parte direta ou
indiretamente incide em paredes e no teto. Produz sombreamento
parcial e bordas das sombras não muito nítidas. Aplicada em
iluminação geral de residências, empresas, escritórios. Como
iluminação de trabalho só podem ser recomendadas para
trabalhos grosseiros ou pouco precisos.

236

4. AMBIENTE: ILUMINAÇÃO E CORES


4..2.3 - FONTES LUMINOSAS

3 - FONTES IRRADIANTES LIVRES: exemplo típico são


as lâmpadas incandescentes opacas, irradiam a luz
uniformemente para todas as direções. Mostra um pequeno a
médio sombreamento. São freqüentes fontes de ofuscamento e
não devem ser usadas em salas de espera e salas de trabalho.
Podem ser usadas em corredores, depósitos, salas auxiliares,
banheiros;

4 - FONTES EMISSORAS INDIRETAS: jjogam g 90% e mais


de sua luz nas paredes e no teto, de onde é refletida para os
outros locais da sala. Exige paredes e teto de cores claras. Não
apresenta praticamente sombras. São indicadas especialmente
para exposições, salas de vendas, ou seja, em todos os lugares
onde o olhar do usuário deve ser dirigido às paredes.
237

4. AMBIENTE: ILUMINAÇÃO E CORES


4.2.4 - TIPOS DE LÂMPADAS
1 - LÂMPADAS INCANDESCENTES: fornecem uma luz
q
que tem uma p parcela elevada de tons vermelhos e amarelos.
Modifica as cores, não sendo recomendada onde se tenha que
reconhecer cores. No ambiente de trabalho têm a desvantagem de
emissão de calor (60ºC ou mais nos suportes);

2 - LÂMPADAS FLUORESCENTES: a iluminação


repousa na transformação de energia elétrica em radiação,
radiação devido
a passagem da corrente elétrica através de gases (argônio) e
vapores (mercúrio). Rendimento de três a quatro vezes maior que
o das lâmpadas incandescentes. Vantagens:a) alto rendimento
luminoso e longa duração das lâmpadas; b) baixa densidade
luminosa do corpo luminoso; c) possibilidade de composição de
cores semelhantes à luz do dia.

238

4. AMBIENTE: ILUMINAÇÃO E CORES


4.2.5 - EFEITOS FISIOLÓGICOS DA ILUMINAÇÃO

O NÍVEL DE ILUMINAÇÃO INTERFERE DIRETAMENTE NO MECANISMO FISIOLÓGICO


DA VISÃO E TAMBÉM NA MUSCULATURA QUE COMANDA OS MOVIMENTOS DOS
OLHOS.
FATORES QUE INFLUEM NA DISCRIMINAÇÃO VISUAL:
1 - QUANTIDADE DE LUZ:
920 a 50 lux : corredores e almoxarifados, zonas de estacionamento;
9100 a 150 lux:escadas, corredores, banheiros, zonas de circulação,
depósitos;
9200 a 300 lux: Fábricas com maquinaria pesada.
pesada Escritórios,
Escritórios hospitais,
hospitais
restaurantes;
9400 a 600 lux: trabalhos manuais médios. Montagem de automóveis;
91000 a 1500 lux: trabalhos manuais precisos. Montagem de pequenas
peças, instrumentos de precisão. Trabalhos com revisão e desenhos
detalhados;
91500 a 2000 lux: trabalhos minuciosos e muito detalhados.
239

4. AMBIENTE: ILUMINAÇÃO E CORES


4.2.5 - EFEITOS FISIOLÓGICOS DA ILUMINAÇÃO

2 - CONTRASTE ENTRE FIGURA E FUNDO:


A DIFERENÇA DE BRILHO ENTRE A FIGURA E FUNDO É
CHAMADA DE CONTRASTE. Se não houver esse contraste, a figura
ficará camuflada e não será visível, como acontece, por exemplo,
com um urso polar na neve ártica.

C = (E1 - E0) / E1
onde: E1 = brilho da figura;
E0 = brilho do fundo;

240

4. AMBIENTE: ILUMINAÇÃO E CORES


4.2.5 - EFEITOS FISIOLÓGICOS DA ILUMINAÇÃO

3 - FADIGA VISUAL:
É provocada pelo esgotamento dos pequenos
músculos ligados ao globo ocular, responsáveis pela
movimentação, fixação e focalização dos olhos.

Características: olhos avermelhados, começam a


lacrimejar, e a freqüência de piscar vai aumentando.
Muitas vezes a imagem perde a nitidez ou se duplica.

Causas: fixação de detalhes; iluminação inadequada;


pouco contraste; pouca definição; objetos em
movimento e má postura.
241

4. AMBIENTE: ILUMINAÇÃO E CORES


4.2.6 - PLANEJAMENTO DA ILUMINAÇÃO
A iluminação dos locais de trabalho deve privilegiar o
aproveitamento
p adequado
q da luz natural,, suplementando
p com
luz artificial.
SISTEMAS DE ILUMINAÇÃO:
iluminação geral: colocação regular de luminárias em toda área;
iluminação localizada: concentra maior intensidade de
iluminamento sobre a tarefa;
ç
iluminação combinada: iluminação
ç geral e complementada
g p com
focos de luz localizados sobre a tarefa;
OBS: as luminárias devem se situar acima de 30º em relação à
linha de visão (horizontal) e, se possível, lateralmente ou atrás
do trabalhador, para evitar a luz direta ou refletida nos seus
olhos.

EXEMPLOS DE SISTEMAS DE ILUMINAÇÃO


242

Fig.: Salas de computação


243

4. AMBIENTE: ILUMINAÇÃO E CORES


4.2.7 - CARACTERÍSTICAS DAS CORES

CORES PRIMÁRIAS DA LUZ: vermelho, verde e azul. A


mistura dessas três luzes produz a luz branca.
branca
CORES PRIMÁRIAS DE CORANTES: amarelo, magenta e
verde-azul. A mistura dessas três produz o preto.
CORES COMPLEMENTARES: além das cores primárias,
existem as cores complementares (de luzes) que se anulam
mutuamente, ou seja, aquelas cujas misturas produzem a cor
branca.

VERMELHA - VERDE - AZUL;


AMARELA - AZUL;
VERDE - MAGENTA;

244
4. AMBIENTE: Iluminação e Cores
4.2.8 - CARACTERÍSTICAS PSICOLÓGICAS E SIMBÓLICAS DAS CORES

9VERMELHO, LARANJA e AMARELO sugerem CALOR;


9VERDE, AZUL e VERDE-AZUL sugerem FRIO;
9CORES AVERMELHADAS sugerem ALEGRIA e SATISFAÇÃO;
9PRETO quando usado só é depressivo e sugere
MELANCOLIA;

9VERMELHO : cor quente, saliente, agressiva, estimulante e


dinâmica;
9AMARELO: cor luminosa e digna, evoca dominação, riqueza
material e espiritual;
9VERDE: cor passiva, sugere imobilidade, alivia tensões e
equilibra o sistema nervoso;
9AZUL: cor fria por excelência, é calmo, repousante;
9LARANJA: cor muito quente, viva,acolhedora, saliente;
9BRANCO: cor da pureza, simbolizando a paz;
9PRETO: cor deprimente, evoca o mal, a angústia, a tristeza.
245
4. AMBIENTE: ILUMINAÇÃO E CORES
4.2.8 - CARACTERÍSTICAS PSICOLÓGICAS E SIMBÓLICAS DAS CORES

A norma brasileira NB-76/59 fixa as cores dos


locais de trabalho para prevenção de acidentes:

VERMELHO : equipamentos de combate a incêndio;


LARANJA : partes móveis e perigosas de máquinas e
equipamentos, como polias, engrenagens;
AMARELO : indica “cuidado” em escadas, vigas, etc;
VERDE: equipamentos de primeiros socorros, macas,
chuveiros de segurança, etc;
AZUL equipamentos
AZUL: i t fora
f d serviço,
de i ou fontes
f t de d energia;
i
PÚRPURA: perigos provenientes de radiações
eletromagnéticas;
BRANCO: demarcar áreas de corredores e locais de
armazenagem;
PRETO: coletores de resíduos;

246
4. AMBIENTE: ILUMINAÇÃO E CORES
4.2.8 - CARACTERÍSTICAS PSICOLÓGICAS E SIMBÓLICAS DAS CORES

A norma brasileira NB-54/57 fixa as cores para


tubulações:
Vermelho:
V lh combate
b t a incêndio;
i ê di
Alaranjado: ácidos;
Amarelo: gases não-liquefeitos;
Verde: água;
Azul: ar comprimido;
Lilás: álcalis;
Marrom: qualquer outro tipo de fluído;
Alumínio: gases liquefeitos, inflamáveis e combustíveis de
baixa viscosidade;
Cinza Claro: vácuo;
Cinza Escuro: eletrodutos;
Branco: vapor;
Preto: inflamáveis e combustíveis de alta viscosidade;
247

5. FATORES HUMANOS NO TRABALHO


5.1 - INTRODUÇÃO:

zO estudo da adaptação ao trabalho abrange as


transformações que ocorrem quando o organismo passa
do estado de repouso para a atividade e também as
transformações de caráter mais duradouro, devido ao
treinamento;
ƒAspectos importantes na análise e projeto do trabalho
humano: monotonia, fadiga, motivação, idade, sexo e
deficiências físicas;

248

5. FATORES HUMANOS NO TRABALHO


5.2 - ADAPTAÇÕES AO TRABALHO:

RITMO CIRCADIANO: oscilações nas funções


fisiológicas do organismo humano com um ciclo
aproximado de 24 horas;
EXEMPLOS:
rim produz menos urina e com composição mais
ácida durante a noite;
temperatura
p interna do corpo
p varia de 1,1, a
1,2ºC durante o dia, subindo das 8 h e mantendo-
se elevada até as 22 h , atingindo mínimo entre 2
e 4 h da madrugada;
249

5. FATORES HUMANOS NO TRABALHO


5.2 - ADAPTAÇÕES AO TRABALHO:

bTIPOS DE INDIVÍDUOS:
bMATUTINOS: são aqueles que acordam de manhã
com mais facilidade, apresentam melhor disposição na
parte da manhã e costumam dormir cedo. Sua
temperatura sobe mais rapidamente a partir das 6 h e
atinge o máximo por volta das 12h;

bVESPERTINOS: são mais ativos à tarde e no início da


noite. A temperatura corporal sobe mais lentamente na
parte da manhã e aquela máxima só ocorre por volta das
18 h.

250

5. FATORES HUMANOS NO TRABALHO


5.2 - ADAPTAÇÕES AO TRABALHO: PELO TREINAMENTO

ŠAPRENDIZAGEM DA SEQÜÊNCIA DE ATIVIDADES – FASE


1: execução de uma instrução escrita ou verbal, ou a imitação
de um comportamento. Trabalhadores experientes executam
com maior rapidez uma seqüência longa de atividades;

ŠAJUSTE DOS CANAIS SENSORIAIS – FASE 2:


à medida que o trabalhador vai adquirindo habilidade,
habilidade os
canais sensoriais que ele usa para obter informações sobre a
tarefa vão se modificando. Exemplo típico: crescente
participação do senso cinestésico substituindo a visão;
251

5. FATORES HUMANOS NO TRABALHO


5.2 - ADAPTAÇÕES AO TRABALHO: PELO TREINAMENTO

ŠAJUSTE DOS PADRÕES MOTORES - FASE 3:


é a seleção mais adequada dos movimentos corporais,
seguido de uma melhoria na velocidade, trajetória e
ritmo dos movimentos;

ŠREDUÇÃO DA ATENÇÃO CONSCIENTE - FASE 4:


o trabalhador passa a executar a tarefa
“automaticamente”, com necessidade de poucas
informações;

252

5. FATORES HUMANOS NO TRABALHO


5.3 - MONOTONIA:

DEFINIÇÃO:
Ç é a reação
ç do organismo
g a um ambiente
uniforme, pobre em estímulos ou com pouca variação
das excitações. Os sintomas mais indicativos são uma
sensação de fadiga, sonolência, morosidade e
diminuição da atenção;

CAUSAS: atividades prolongadas e repetitivas de


pouca dificuldade; trabalhos de vigilância com baixa
freqüência de excitação; locais mal iluminados, muito
quentes, ruidosos e com isolamento social;
253

5. FATORES HUMANOS NO TRABALHO


5.3 - MONOTONIA:

ÄCONSEQÜÊNCIAS:
Ädiminuição da atenção; aumento do tempo
de reação;

ÄFATORES FISIOLÓGICOS:

Ätarefas repetitivas diminuem o nível de


excitação do cérebro e das reações do
organismo;
Äredução da capacidade física e mental;

254

5. FATORES HUMANOS NO TRABALHO


5.4 - FADIGA:

DEFINIÇÃO: é o efeito de um trabalho continuado, que


provoca uma redução reversível da capacidade do
organismo e uma degradação qualitativa desse
trabalho. É causada, em primeiro lugar, pelos fatores
fisiológicos, relacionados com a intensidade e duração
do trabalho físico e intelectual. Depois há uma série de
fatores psicológicos, como a monotonia, falta de
motivação
ti ã e, por fim,
fi os fatores
f t ambientais
bi t i e sociais,
i i
como a iluminação, ruídos, temperaturas e o
relacionamento social com a chefia e os colegas de
trabalho.
255

5. FATORES HUMANOS NO TRABALHO


5.4 - FADIGA:
fCONSEQÜÊNCIAS:

faceite, por parte do funcionário, de menores padrões


de precisão e segurança;
fsimplificação da tarefa, eliminando o que não for
essencial;
faumento dos índices de erro;
fdecréscimo da precisão na discriminação de sinais
nas tarefas com excesso de carga mental, retardando as
respostas sensoriais e aumentando a irregularidade das
mesmas;

256

5. FATORES HUMANOS NO TRABALHO


5.4 - FADIGA:

FFATORES FISIOLÓGICOS:
Fexaustão muscular ou energética;
Ffadiga crônica pode causar doenças como
úlceras, e doenças mentais e cardíacas;

0FATORES PSICOLÓGICOS:
0cansaço em geral;
0 irritabilidade;
0desinteresse;
0maior sensibilidade a certos estímulos como
fome, calor, frio ou má postura
257

5. FATORES HUMANOS NO TRABALHO


5.5 - MOTIVAÇÃO: TEORIAS

TEORIAS DE PROCESSO: preocupam-se em


explicar
li as causas e objetivos
bj ti d comportamento
do t t e
determinar as variáveis ou componentes envolvidos
no processo. A mais conhecida é da “expectância-
valência”.

EXPECTÂNCIA: avaliação subjetiva das chances ou


probabilidades de sucesso que uma pessoa faz,
faz antes
de iniciar a tarefa;

VALÊNCIA: significado do resultado, ganho ou outra


conseqüência da atividade pela qual a pessoa acha
que vale a pena realizar essa atividade;

5. FATORES HUMANOS NO TRABALHO


5.5 - MOTIVAÇÃO: TEORIAS

TEORIAS DE CONTEÚDO: procuram determinar as


necessidades que motivam uma pessoa ou a classe de
motivos que ela procura atingir

TEORIA DE MASLOW: as pessoas são motivadas a


alcançar ou manter certas necessidades básicas
relacionadas com o bem-estar físico ou intelectual.

258
259

5. FATORES HUMANOS NO TRABALHO


5.5 - MOTIVAÇÃO: TEORIAS

NÍVEL 1 - NECESSIDADES FISIOLÓGICAS:

Satisfação da fome, sede, conforto térmico, sexo.


Estas necessidades predominam sobre todas as
outras;

NÍVEL 2 - NECESSIDADE DE SEGURANÇA:

Proteção contra ambientes agressivos, doenças,


guerras, acidentes, conturbações sociais e
qualquer situação que cause tensão;

260

5. FATORES HUMANOS NO TRABALHO


5.5 - MOTIVAÇÃO: TEORIAS

NÍVEL 3 - NECESSIDADE DE AMOR:


AMOR

A busca da estima ou afeição de membros da


família, amigos e colegas de trabalho;

NÍVEL 4 - NECESSIDADE DE EGO:

Ser apreciado pelas suas qualidades,


capacidade, conhecimento, atributos físicos;
261

5. FATORES HUMANOS NO TRABALHO


5.5 - MOTIVAÇÃO: TEORIAS

NÍVEL 5 - NECESSIDADE DE AUTO-REALIZAÇÃO:


Sentir-se realizado, com o pleno
aproveitamento de suas potencialidades;

Maslow defende a teoria de q


que essas cinco classes
de necessidades são hierarquizadas.

262

5. FATORES HUMANOS NO TRABALHO


5.5 - MOTIVAÇÃO: TEORIAS

TEORIA DE ALDERFER:
Propôs uma simplificação da teoria de Maslow.
263

5. FATORES HUMANOS NO TRABALHO


5.5 - MOTIVAÇÃO: TEORIAS

NÍVEL 1 - NECESSIDADES DE EXISTÊNCIA:


São as necessidades que devem ser satisfeitas
para assegurar a sobrevivência do indivíduo,
também chamada de necessidades básicas;
NÍVEL 2 - NECESSIDADES DE RELACIONAMENTO:
São as necessidades de contato, sentindo a
proximidade dos outros e sendo estimado
pelos mesmos;
NÍVEL 3 - NECESSIDADES DE CRESCIMENTO:
São as necessidades de destacar-se dos outros,
diferenciando-se dos demais e conseguindo
influência para mudar a situação;

264

5. FATORES HUMANOS NO TRABALHO


5.5 - MOTIVAÇÃO: TEORIAS

TRABALHO DE HERZBERG:
estudo para identificar os conteúdos motivacionais
num ambiente de trabalho (1685 trabalhadores
entrevistados);
CAUSAS DE MAIOR SATISFAÇÃO (MOTIVADORAS):
realização; reconhecimento; trabalho em si;
responsabilidade; avanço e crescimento;
CAUSA DE MAIOR ABORRECIMENTO:
política e administração da empresa; supervisão;
condições de trabalho;salário; relacionamento com
os colegas e/ou subordinados;
5. FATORES HUMANOS NO TRABALHO
5.6 - IDADE, SEXO E PORTADORES NECESSIDADES ESPECIAIS:

IDADE:
ANTROPOMETRIA:

diminuição da estatura após 50 anos. Homem - 3 cm


até 80 anos e Mulher - 2,5 cm;
redução
ç dos alcances e da flexibilidade,, especialmente
p
dos braços;
redução da força muscular após 40 anos, Homem - 25
anos= 100%, 40 anos= 95%, 50 anos= 80% e 60anos=
50%;

265

266

5. FATORES HUMANOS NO TRABALHO


5.6 - Idade, Sexo e Portadores Necessidades especiais:

PSICOMOTRICIDADE:
tempo de reação para uma pessoa de 60 anos são
20% maiores que uma de 20 anos;

VISÃO E AUDIÇÃO:
1 a visão vai perdendo gradativamente sua eficiência a
partir
ti dos
d 20 anos;

2a audição tem o seguinte comportamento: 40 anos


perda de 5%, os de 60 anos - 10%, os de 70 anos - 17%
e os de 80 anos - 35%
267

5. FATORES HUMANOS NO TRABALHO


5.6 - IDADE, SEXO E PORTADORES NECESSIDADES ESPECIAIS:

cTRABALHO FEMININO:
9ANTROPOMETRIA: são mais baixas cerca de 12 cm
em relação aos homens;
9CAPACIDADE FÍSICA: 2/3 da capacidade muscular do
homem; capacidade pulmonar e de 70% do homem; limite
de levantamento de peso e carregamento manual deve ser
fixado em 20 Kg, no máximo;
9 MENSTRUAÇÃO: dois ou três dias antes provoca
irritabilidade, tensão e depressão, em pelo menos 25 a
35%, sendo que 10% sentem fortes dores, durante algumas
horas, incapacitando-as ao trabalho;

268

5. FATORES HUMANOS NO TRABALHO


5.6 - IDADE, SEXO E PORTADORES NECESSIDADES ESPECIAIS:

Portadores de Necessidades Especiais:


são aquelas pessoas que não podem exercer plenamente
as suas aptidões físicas, em conseqüência de doenças ou
acidentes. Cada deficiente apresenta um quadro próprio de
deficiências, que ,em geral, podem ser classificadas em:
Ëos que dependem permanentemente da cadeira de
rodas;
os que usam pernas mecânicas,
mecânicas muletas ou bengalas;
os que são parcial ou completamente cegos;
os que são parcial ou completamente surdos;
os que têm lesões no sistema nervoso central;
6 -AS CONDIÇÕES ORGANIZACIONAIS DO TRABALHO
6.1 - Introdução:

DO PONTO DE VISTA DA ERGONOMIA, A ORGANIZAÇÃO DO


TRABALHO PODE SER DECOMPOSTA EM TRÊS OBJETIVOS:
¦ Definir e repartir as funções, as tarefas e os postos de trabalho
necessários a obtenção de uma determinada produção;
§ Decidir, escolher e implantar os meios materiais (espaços de
trabalho,, máquinas,
q , logística)
g ) e humanos ((recrutamento e seleção,
ç ,
formação e treinamento, alocação e promoção do pessoal);
¨ Assegurar o desenvolvimento e o acompanhamento das
atividades de trabalho (planificação e ação, coordenação e
regulação, avaliação do alcance dos objetivos). 269

6 -AS CONDIÇÕES ORGANIZACIONAIS DO TRABALHO


6.1 - Introdução:

O ALCANCE DESTES OBJETIVOS ESTÁ RELACIONADO AOS


DIFERENTES NÍVEIS DE UMA ORGANIZAÇÃO:
¦ NÍVEL ESTRATÉGICO: são definidos os organogramas funcionais,
os investimentos, as políticas de produção e de comercialização;
§ NÍVEL GERENCIAL: são definidas as metas de produção por meio
de estudos, pesquisas, desenvolvimentos e métodos. Neste nível é
definida a operacionalização da produção;
¨ NÍVEL OPERACIONAL: neste nível se realiza efetivamente a
produção, definindo-se os postos de trabalho, suas realizações
funcionais e a escolha dos trabalhadores. 270
6 -AS CONDIÇÕES ORGANIZACIONAIS DO TRABALHO
6.2 - Pontos chaves da Organização do Trabalho:

DO PONTO DE VISTA DA ERGONOMIA, A

ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO APRESENTA

ALGUNS PONTOS CHAVES:

PROBLEMAS DE COLETIVO;

PROBLEMAS DE CONFLITO;

PROBLEMAS DE AUTORIDADE;

PROBLEMAS DE PODER.
271

6 -AS CONDIÇÕES ORGANIZACIONAIS DO TRABALHO


6.2 - Pontos chaves da Organização do Trabalho:

AS MODALIDADES DO EXERCÍCIO DA AUTORIDADE:

PODER: é a capacidade de obrigar alguém a fazer

alguma coisa que, normalmente, não seria feito se não

houvesse esta obrigação;

AUTORIDADE: é o poder reconhecido como legítimo

pela lei, costume, respeito ou consenso.

272
6 -AS CONDIÇÕES ORGANIZACIONAIS DO TRABALHO

6.2 - PONTOS CHAVES DA ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO:

ESTILOS DE LIDERANÇA PAPEL DO LÍDER PAPÉIS DOS SUBORDINADOS


• Decodificar as informações.
• Tomar decisão
DIRETIVO • Executar
• Dar as instruções
• Controlar
• Decodificar as informações.
• Tomar decisão • Dar informações
NEGOCIADOR
• Dar as instruções • Executar
• Controlar
• Pedido de informações e de sugestões
• Tomar decisões • Dar informações e sugestões
CONSULTIVO
• Dar instruções • Executar
• Controlar
• Negociar e procurar a melhor solução • Propor soluções
PARTICIPATIVO • Tomar decisões • Melhorar soluções
• Controlar • Executar
• Dar informações
• Escolher uma solução
• Sugerir soluções possíveis
• Assumir a responsabilidade da
DELEGADOR • (não pedir jamais aos subordinado que
decisão
abandonem sua solução)
• Executar
• Controlar
273

6 -AS CONDIÇÕES ORGANIZACIONAIS DO TRABALHO

6.2 - PONTOS CHAVES DA ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO:

Um gerente para ser competente deve ter a seguinte postura:


Fazer com que seus subordinados sejam muito atentos aos objetivos

fixados pela organização;

Usar de didática para que seus subordinados compreendam bem esses

objetivos;

D
Desenvolver
l a confiança
fi em si,
i a coerência
ê i e a confiança
fi em seus

subordinados para permitir alcançar esses objetivos;

Suscitar o comprometimento pessoal e a solidariedade dentro do grupo

de seus subordinados.
274
6 -AS CONDIÇÕES ORGANIZACIONAIS DO TRABALHO
6.2 - PONTOS CHAVES DA ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO:
A CONTRIBUIÇÃO DA ERGONOMIA:
A ERGONOMIA PODE CONTRIBUIR NA DEFINIÇÃO DA
ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO EVIDENCIANDO OS SEGUINTES
ASPECTOS:
° Problemas ambientais e de procedimentos técnicos;
± Os grandes modos operativos;
² Características dos recursos humanos disponíveis;
³ Vantagens e inconvenientes do sistema implantado;
´ Evolução contínua do sistema organizacional implantado.

275

6 -AS CONDIÇÕES ORGANIZACIONAIS DO TRABALHO


6.3 - FONTES DE INSATISFAÇÃO DOS TRABALHADORES:

 AMBIENTE FÍSICO: p
posto de trabalho e as condições
ç
físicas como iluminação, temperatura, ruídos e vibrações,
constituem-se em fontes de stress e insatisfação;
AMBIENTE PSICOSSOCIAL: sentimento de segurança e
estima,oportunidades de progresso funcional,
relacionamento social com os colegas e benefícios
recebidos no trabalho;
 REMUNERAÇÃO: injustiças salariais e reconhecimento
do mérito pela empresa;
276
6 -AS CONDIÇÕES ORGANIZACIONAIS DO TRABALHO

6.3 - FONTES DE INSATISFAÇÃO DOS TRABALHADORES:

 JORNADA DE TRABALHO: países desenvolvidos


( 40 a 45 h/semana), países menos desenvolvidos (44 a 48
h/semana), horas extras x produtividade;

ORGANIZAÇÃO exercício
ORGANIZAÇÃO: í i das
d habilidades,
h bilid d sentimento
ti t de
d
auto-realização, respeito e relacionamento amigável;

277

6 -AS CONDIÇÕES ORGANIZACIONAIS DO TRABALHO

6.4 - ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO E SAÚDE:

 MUDANÇA DE MÉTODO: métodos muito simples e


altamente repetitivos exigem sempre a contração dos
mesmos músculos, acumulando a fadiga;
 RIGIDEZ ORGANIZACIONAL: imposição de um ritmo
artificial neutraliza a vida mental;
 PARTICIPAÇÃO DOS TRABALHADORES: envolver os
trabalhadores na busca de soluções para obter vantagens
na melhoria do espaço de trabalho;

278
6 -AS CONDIÇÕES ORGANIZACIONAIS DO TRABALHO
6.4 - ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO E SAÚDE:

 ALARGAMENTO DO TRABALHO: também chamado de


enriquecimento horizontal, acrescenta outras tarefas de
complexidades semelhantes. Exemplo típico: caixa do banco;

 ENRIQUECIMENTO DO TRABALHO: segundo Herzberg (1968),


ocorre no sentido vertical e introduz mudanças qualitativas, tais
como: remover os controles diretos sobre a tarefa; atribuir tarefas
mais difíceis que exijam maiores conhecimentos e habilidades; criar
postos de trabalho mais integrados - realizando um ciclo completo
de produção;

279

6 -AS CONDIÇÕES ORGANIZACIONAIS DO TRABALHO

6.5 - STRESS NO TRABALHO - CAUSAS :


 CONTEÚDO DO TRABALHO: pressão para manter um
ritmo de produção;
 SENTIMENTO DE INCAPACIDADE: percepção pessoal
em atender ou terminar o trabalho dentro de um prazo
estabelecido;
 CONDIÇÕES DE TRABALHO:
TRABALHO excesso de
d calor,
l ruídos
íd
exagerados, ventilação deficiente, luzes inadequadas,
ofuscamento e uso de cores irritantes;

280
6 -AS CONDIÇÕES ORGANIZACIONAIS DO TRABALHO

6.5 - STRESS NO TRABALHO - CAUSAS :

 FATORES ORGANIZACIONAIS: comportamentos dos


chefes e supervisores que podem ser demasiadamente
exigentes e críticos, sendo pouco encorajadores;
 PRESSÕES ECONÔMICO-SOCIAIS: percepção pessoal
em atender ou terminar o trabalho dentro de um prazo
estabelecido;

281

6 -AS CONDIÇÕES ORGANIZACIONAIS DO TRABALHO

6.5 - STRESS NO TRABALHO - REDUÇÃO :

 ENRIQUECIMENTO DA TAREFA;

REDESENHO DO POSTO DE TRABALHO;

CONTATOS SOCIAIS;

TREINAMENTO

CARGOS E SALÁRIOS

TRATAMENTOS INDIVIDUAIS E COLETIVOS;


282
6 -AS CONDIÇÕES ORGANIZACIONAIS DO TRABALHO
6.6 - SELEÇÃO E TREINAMENTO :
 DIFERENÇAS INDIVIDUAIS: as pessoas diferem entre si, quanto à
capacidade de realizar trabalho.
trabalho O indivíduo mais eficiente produz até 6
vezes mais que o mais lento;

SELEÇÃO DE PESSOAL: identifica as pessoas que tenham as


características individuais mais adequadas para determinada tarefa.
p
Etapas: testes p
psicológicos,
g análise de dados biográficos
g e entrevista;
Conteúdos do treinamento: divididos em duas categorias:
conhecimentos (empresa, tarefas e posto de trabalho) e habilidades
(postura, movimentos corporais e seqüência de movimentos);

283

6 -AS CONDIÇÕES ORGANIZACIONAIS DO TRABALHO

6.6 - SELEÇÃO E TREINAMENTO :

 PROGRAMAÇÃO DO TREINAMENTO: de preferência, os


conteúdos de conhecimento e de habilidades devem ser
intercalados entre si, com duração de 30 a 60 minutos cada aula;
CONTROLE DA APRENDIZAGEM: verificar a cada passo, para
se certificar que todos aprenderam, antes de passar ao passo
seguinte;
i t
CARGOS, SALÁRIOS E CARREIRA: definir as tarefas, os
salários e as sucessões de cargos de nível crescente que um
empregado pode ir ocupando, ao longo do tempo.
284
6 -AS CONDIÇÕES ORGANIZACIONAIS DO TRABALHO
6.7 - ALOCAÇÃO DO TRABALHO:

ALOCAÇÃO EM SÉRIE OU ORGANIZAÇÃO VERTICAL: cada


membro da equipe realiza uma parte do trabalho e o passa para o
membro que faz outra parte e assim, sucessivamente, até
completar o trabalho;
ALOCAÇÃO EM PARALELO OU ORGANIZAÇÃO
HORIZONTAL há mais
HORIZONTAL: i de
d um elemento
l t executando
t d a mesma
tarefa;
ROTAÇÃO DE TRABALHADORES: um trabalhador é
transferido, periodicamente, de um cargo para outro;
285

6 -AS CONDIÇÕES ORGANIZACIONAIS DO TRABALHO


6.7 - ALOCAÇÃO DO TRABALHO:

GRUPOS AUTÔNOMOS DE TRABALHO: representa uma


etapa suplementar do enriquecimento de trabalho.
Os trabalhadores são organizados em grupos, aos quais se
atribuem a responsabilidade pela divisão interna, assim como
pelo controle da produção resultante;
OPERADORES MULTIFUNCIONAIS: se baseia no p
princípio
p de
que todos os trabalhadores de uma célula são capazes de operar
todas as máquinas da mesma. Etapas de implantação: rotação de
supervisores, rotação dos operários dentro de cada célula, e
rotação em regime.
286
6 -AS CONDIÇÕES ORGANIZACIONAIS DO TRABALHO
6.8 - TRABALHO NOTURNO:
RITMO CIRCADIANO: será sempre uma fonte de sofrimento ao
trabalhador;
TIPO DE ATIVIDADE: adaptação mais fácil nas atividades que exigem
movimentação do corpo;
DESEMPENHO: o trabalho noturno reduz a concentração mental e isso
leva a um aumento do índice de erros e acidentes;
SAÚDE: apresentam maior cansaço, irritabilidade, distúrbios intestinais,
úlceras e transtornos nervosos;
CONSEQÜÊNCIAS SOCIAIS: menos contato com a família e a
comunidade;

287

6 -AS CONDIÇÕES ORGANIZACIONAIS DO TRABALHO


6.8 - TRABALHO NOTURNO:
DURAÇÃO DO SONO: em média 5,14 horas.Redução de
26% em relação ao sono noturno do turno da tarde ( média de
7 horas);
QUALIDADE DO SONO: as pessoas do turno da noite
demoram mais tempo para atingir a fase de sono profundo e
permanecem 16,2% do tempo nessa fase;
 RECOMENDAÇÕES: a)evitar as jornadas superiores a 8h de
trabalho diário; b) restringir os dias consecutivos de trabalho
noturno; c) folga de 24 h para cada dia de trabalho noturno;d)
folga de dois dias consecutivos pelo menos uma vez por mês
288
7 -SEGURANÇA DO TRABALHO

7.1 - INTRODUÇÃO:

Dados estatísticos sobre acidentes de trabalho no Brasil:


1969 - 1.059.296 acidentes em uma população de
7.268.449 trabalhadores ( 14,57%);
1972 - 18,10% dos trabalhadores sofreram pelo menos um
acidente por ano;
1984 - 3,84%, após a adoção de medidas preventivas e a
atuação governamental
Fonte: Nogueira, 1987

289

7 -SEGURANÇA DO TRABALHO

7.2 - ERRO HUMANO:

Quando se fala em erro humano, geralmente se refere a


uma desatenção ou negligência do trabalhador;
Acidente é o resultado de uma série de decisões, que
quando diferentes podem não resultar em acidentes;
A forma mais correta de considerar os erros humanos não é
pelas suas conseqüências prejudiciais, mas pelo
acompanhamento das variações do comportamento humano;

290
7 -SEGURANÇA DO TRABALHO
7.2 - ERRO HUMANO:

NATUREZA DO ERRO HUMANO:


Quando a variação de comportamento humano é grande,
colocando-a fora de uma faixa considerada “normal” ou
aceitável;
Quando a variação ou adaptação não for suficiente para
acompanhar mudanças exigidas pela tarefa ou ambiente;
O erro humano resulta das interações homem-trabalho ou
homem ambiente, que não atendam a determinados padrões
esperados;

291

7 -SEGURANÇA DO TRABALHO
7.2 - ERRO HUMANO:
TIPOS DE ERROS HUMANOS:
ERROS DE PERCEPÇÃO: são os erros devidos aos órgãos sensoriais,
sensoriais
como falha em perceber um sinal, identificação incorreta de uma
informação, erro na classificação ou codificação;

ERRO DE DECISÃO: são aqueles que ocorrem durante o


processamento das informações pelo sistema nervoso central, como
erros de lógica,
lógica avaliações incorretas,
incorretas escolha de alternativas erradas;

ERRO DE AÇÃO: são os erros que dependem de ações musculares, como


posicionamentos errados, trocas de controles ou demoras na ação;

292
7 -SEGURANÇA DO TRABALHO
7.2 - ERRO HUMANO:

PREVENÇÃO DE ERROS:

substituir o homem pela máquina, em tarefas simples e


repetitivas ou que exijam grandes forças;

aplicação dos conhecimentos ergonômicos no


aperfeiçoamento de mostradores, controles, postos de
trabalho e outros aspectos;

seleção, treinamento e supervisão adequada do operador;


293

7 -SEGURANÇA DO TRABALHO
7.3 - FATORES QUE INFLUEM NOS ACIDENTES:
Os acidentes geralmente resultam de interações inadequadas entre o
homem a tarefa e o seu ambiente.Existem
homem, ambiente Existem diversos modelos
explicativos de acidentes, que podem ser classificados basicamente
em dois tipos: os modelos seqüenciais e os modelos fatoriais;

MODELOS SEQÜENCIAIS: são aqueles que apresentam uma cadeia de


eventos que levam a um acidente.

 MODELOS FATORIAIS: são mais aceitos para explicar a ocorrência de


acidentes, segundo estes, não existiria uma seqüência lógica ou temporal de
eventos, mas um conjunto de fatores que interagem entre si, continuamente,
e cujo desfecho pode ser um acidente ou quase-acidente.

294
7 -SEGURANÇA DO TRABALHO
7.4 - MODELOS SEQÜENCIAIS DE ACIDENTE:
MODELO DE HEINRICH, CONHECIDO COMO “DOMINÓ” DO
ACIDENTE DEFINE CINCO EVENTOS ENCADEADOS QUE
ACIDENTE,
LEVARIAM À LESÃO DO TRABALHADOR: personalidade,
falhas humanas, causas de acidentes, acidente, e lesão;

MODELO DE RAMSEY: uma pessoa exposta a uma condição


g ,
insegura, apresentaria
p os seguintes
g comportamentos
p
seqüenciais: percepção, identificação, decisão de evitar, e
habilidade para evitar o perigo. Qualquer falha em uma
dessas etapas contribuiria para aumentar os riscos de
acidentes.
295

7 -SEGURANÇA DO TRABALHO
7.4 - MODELOS SEQÜENCIAIS DE ACIDENTE:

É
MÉTODO DA ÁRVORE
Á DE FALHAS:representa graficamente as
interações entre as diversas falhas que conduzem a um
acidente. Para a construção da árvore de falhas, parte-se de
um acidente que já aconteceu e, a partir daí, organiza-se a lista
de falhas que contribuíram para a ocorrência do acidente.
Depois são definidas as relações entre essas falhas, que podem
ser de dois tipos: relação seqüencial ou em série, e relação de
confluência ou em paralelo.

296
7 -SEGURANÇA DO TRABALHO
7.4 - MODELOS SEQÜENCIAIS DE ACIDENTE:
RELAÇÃO SEQÜENCIAL OU EM SÉRIE (X -> Y):
i di que o evento
indica t (X) é uma condição
di ã necessária
á i para a ocorrência
ê i
do evento (Y) e, se não existisse (X), o evento (Y) também não
existiria. É o caso de uma pessoa que caiu (Y) de uma escada (X): se
não tivesse subido na escada, a pessoa não teria caído;

RELAÇÃO DE CONFLUÊNCIA OU EM PARALELO (X1,X2 -> Y):


significa
i ifi que é necessário
á i ocorrer dois
d i ou mais
i eventos
t simultâneos
i ltâ
(X1 e X2) para que ocorra a conseqüência Y. Ou, sem X1, ou sem X2,
o evento Y não ocorreria. Por exemplo, uma pessoa que caiu (Y) de
uma escada (X1) porque esta escorregou em um chão liso (X2).

297

7 -SEGURANÇA DO TRABALHO
7.5 - MODELOS FATORIAIS DE ACIDENTE:
Os fatores normalmente incluídos em estudos de acidentes são:
a tarefa; as máquinas e ferramentas; o trabalhador; a
personalidade; a sonolência; a estrutura organizacional, e o
ambiente físico.
TAREFA: analisa-se o conjunto de comportamentos humanos em
comparação com as exigências da tarefa. Uma incompatibilidade entre
ambos pode ser a causa do acidente;
MÁQUINAS E FERRAMENTAS: o desenho e as características das
máquinas e ferramentas usadas pelos trabalhadores podem influir no
risco de acidentes. As características operacionais das mesmas devem
situar-se dentro dos limites de percepção do organismo humano.
298
7 -SEGURANÇA DO TRABALHO

7.5 - MODELOS FATORIAIS DE ACIDENTE:

TRABALHADOR: as capacidades sensoriais, habilidades motoras, a


capacidade de tomar decisões e experiências anteriores podem
contribuir para aumentar ou reduzir os riscos de acidentes;
PERSONALIDADE: cada pessoa tem um repertório de
comportamentos, que podem ser considerados seguros ou inseguros,
dependendo do tipo de risco a que está exposto no seu ambiente de
trabalho;
SONOLÊNCIA: é um aviso de que o organismo está fatigado e que
precisa dormir. É agravada pela monotonia da tarefa;

299

7 -SEGURANÇA DO TRABALHO
7.5 - MODELOS FATORIAIS DE ACIDENTE:

ESTRUTURA ORGANIZACIONAL: um trabalho organizado de modo


que as tarefas e responsabilidades de cada trabalhador estejam
claramente definidas, em um ambiente descontraído e de
camaradagem entre os colegas de trabalho e os superiores, tende a
reduzir os acidentes;

AMBIENTE FÍSICO: o projeto do posto de trabalho e o ambiente


físico exercem grande influência nos acidentes, por ser permanente
fonte de “stress” nos trabalhadores.

300
7 -SEGURANÇA DO TRABALHO
7.6 - SEGURANÇA

Máquinas e equipamentos exigem cuidados especiais, pois


geralmente têm partes móveis que representam riscos potenciais.
Existem três pontos críticos na máquina, que normalmente são
responsáveis pela maioria dos acidentes;

GERAÇÃO E TRANSMISSÃO DE MOVIMENTOS: é a fonte de


movimentos, como o motor e o sistema de transmissão, composto de
eixos, engrenagens,polias, correias, volantes, correntes, bielas e
outros;

301

7 -SEGURANÇA DO TRABALHO
7.6 - SEGURANÇA
PONTO DE OPERAÇÃO: é onde se processa o trabalho
propriamente dito, realizando operações como corte,
estampagem, solda, moldagem, dobramento, moagem, etc.
Esses pontos são especialmente críticos quando a alimentação e
a retirada de peças são feitas manualmente;

OUTROS PONTOS MÓVEIS: no sistema produtivo existem


diversos outros pontos móveis que não pertencem as categorias
anteriores. Exemplo disso são as correias transportadoras, os
alimentadores de rolo, os instrumentos de teste e diversos
outros.
302
7 -SEGURANÇA DO TRABALHO
7.6 - SEGURANÇA

PROVIDÊNCIAS PARA SE REDUZIR ACIDENTES NA OPERAÇÃO


Ç DE
MÁQUINAS PERIGOSAS:
isolar a máquina;
isolar a parte perigosa da máquina;
proteger as partes perigosas das máquinas;
interromper o funcionamento da máquina;
afastar o operador da zona perigosa;
usar ferramentas especiais;
usar equipamentos de proteção individual;

303

7 -SEGURANÇA DO TRABALHO
7.6 - SEGURANÇA

ACOMPANHAMENTO DA SEGURANÇA:
Ç p pode ser feito p
por meio
de inspeções periódicas aos principais postos de trabalho. Para
acompanhamentos globais, destinados à alta administração,
devem ser construídos dois índices: o coeficiente de freqüência
e o de gravidade.
COEFICIENTE DE FREQÜÊNCIA: expressa o número de
acidentes ocorridos com perda de tempo em relação a
1.000.000 (um milhão) de horas trabalhadas. Por exemplo, se
forem constatadas, em um determinado mês, 10 acidentes em
200.000 horas trabalhadas, o coeficiente de freqüência será:
CF = (10 / 200.000) x 1.000.000 = 50 304
7 -SEGURANÇA DO TRABALHO
7.6 - SEGURANÇA

COEFICIENTE DE GRAVIDADE: representa a perda de tempo, em


número de dias, ocorridos em um milhão de horas trabalhadas.
Assim, em um certo mês, em 10 acidentes, se forem observados 200
dias perdidos em um total de 200.000 horas trabalhadas, o
coeficiente de gravidade será:

CG = (200 / 200.000) x 1.000.000 = 1.000

305

7 -SEGURANÇA DO TRABALHO
7.6 - SEGURANÇA

PRÁTICAS SEGURAS NO TRABALHO: quando


q forem
identificadas todas as situações de risco, estas podem ser
classificadas de acordo com a gravidade e freqüência de
ocorrência, para se estabelecer as prioridades de tratamento. A
etapa seguinte é a de desenvolver práticas seguras de trabalho
a serem transmitidas aos trabalhadores.
A prática segura depende das seguintes atividades:
descobrir as condições inseguras;
adotar práticas seguras;
conservar e manter limpo;
primeiros socorros; 306
ROTINAS DE TRABALHO

DESCONFORTÁVEL

CONFORTÁVEL

ESTAÇÃO DE TRABALHO
ESTAÇÃO DE TRABALHO RUIM

ESTAÇÃO DE TRABALHO IDEAL


CADEIRA DE NIXON
(considerada a cadeira "mais confortável do mundo")

CADEIRA "VERTEBRA"

´ Emilio Ambasz (Univ.


Pi
Princeton)
t ) projetou
j t a
1ª cadeira
ergonômica de auto-
ajuste, em 1976.
CADEIRAS ERGONÔMICAS

POSTO DE TRABALHO
POSTO DE TRABALHO

ERGONOMIA DE PRODUTO
Torcer o pescoço

Monitor muito baixo Monitor muito alto


Antebraço,
punhos e mãos
em uma linha
reta (posição
neutra do
punho))

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