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Revista MP
Revista MP
GOIÂNIA – GOIÁS
Escola Superior do
Ministério Público
do Estado de Goiás
Apresentação .................................................................................................05
ARTIGOS
Infância perdida.............................................................................................07
Mirella Camarota Pimenta
?
Antropologia, ética e direitos humanos;
?
Direito Processual Penal: crítica, sistema e mecânica quântica;
?
Violência sexual contra crianças e adolescentes: prevenção e tratamento;
?
Bioética: desafios;
?
Prevenção à violência no meio escolar e resolução não violenta de conflitos.
Esses são os temas que servem de mote aos artigos aqui reunidos.
Conselho Editorial da Revista do MP-GO.
Resumo:
Grande parte dos casos de violência contra crianças e adolescentes
acontece nas próprias casas e são perpetrados por adultos cujo dever é
proteger e assegurar o desenvolvimento bio-psicossocial saudável para
esses menores. São pais, mães, padrastos, madrastas, avôs, avós, irmãos
mais velhos, tios, acima de tudo, pessoas em quem a criança confia e
respeita. O abuso sexual é toda uma situação de aproveitamento,
utilização, exploração e violência que tem como objeto os atos sexuais.
O objetivo deste texto é demonstrar a dinâmica do abuso sexual infantil e
permitir que os profissionais que lidam com a infância e juventude
intervenham antes que a situação de violência se instale.
*
Bacharel em Direito pela Universidade de Rio Verde-GO (FESURV),
acadêmica do curso de Psicologia na mesma instituição, Secretária Auxiliar do
quadro de servidores do Ministério Público do Estado de Goiás, lotada na 4ª
Promotoria de Justiça da Comarca de Rio Verde, MP-GO.
Violência intrafamiliar
Abuso sexual
Níveis de prevenção
Conclusão
Referências
Resumo:
O “depoimento sem dano” é um método utilizado para inquirir crianças e
adolescentes supostamente vítimas de abuso sexual, que está sendo discutido
no Senado Federal no Projeto de Lei da Câmara n. 35/2007, que tem como
objetivo principal amenizar os danos sofridos por essas vítimas durante o
persecutio criminis, visando preservar a integridade física, psíquica e
emocional, utilizando-se de modernas tecnologias e de profissionais
devidamente qualificados. O atual sistema de inquirição é aplicado para todas
as vítimas e testemunhas, independentemente de sua idade e dos delitos
sofridos ou vivenciados. Nos casos de violência sexual tendo como vítimas
crianças e adolescentes, observa-se que as suas oitivas são realizadas por
diversas pessoas (Conselheiros Tutelares, Promotores de Justiça, Juízes,
familiares, diretores de escola etc.), acarretando consequências traumáticas e
prejudicando futuras terapias e o próprio processo penal.
*
Assistente de gabinete de Procurador de Justiça, MP-GO, graduada em Direito
pela Universidade de Rio Verde (FESURV-GO), pós-graduada em Direito
Constitucional com habilitação para o Magistério Superior pela Universidade
do Sul de Santa Catarina – UNISUL.
1
FÁVERO, E. T. Parecer técnico. Metodologia “Depoimento sem Dano”, ou
“Depoimento com Redução de Danos”. Disponível em: http://www.unifra.br/
cursos/servico_social/downloads/parecercfessdsd.pdf. Acesso em: 29 set. 2008.
2
ROZANSKI, C. A. A menina abusada diante da justiça. In: VALNOVICH, J. R.
(Org.). Abuso sexual na infância. Rio de Janeiro: Lacerda Editores, 2005. p. 110.
3
ROZANSKI, C. A. A menina abusada diante da justiça, op. cit., p. 103.
4
BENJAMIN, M. H. G. Corregedor-Geral (E) enfatizou tramitação mais rápida
de processos da Infância e Juventude. Disponível em: http://www.tj.rs.gov.br/
site_php/noticias/mostranoticia.php?assunto=1&categoria=1&item=
69295&voltar=S. Acesso em: 29 set. 2008.
5
VELASCO, E. G. Posições e polêmicas sobre a metodologia do depoimento sem
dano. Disponível em: http://www.cress-mg.org.br/texto%20de%20Eriv%E3-
CFESS.pdf. Acesso em: 29 set. 2008.
6
DOBKE, V. Abuso sexual: a inquirição de crianças – uma abordagem
interdisciplinar. Porto Alegre: Ricardo Lenz, 2001. p. 23.
7
DOBKE, V. Abuso sexual: a inquirição de crianças – uma abordagem
interdisciplinar, op. cit., p. 34.
8
DOBKE, V. Abuso sexual: a inquirição de crianças – uma abordagem
interdisciplinar, op. cit., p. 25.
9
CEZAR, J. A. D. Depoimento sem dano: uma alternativa para inquirir crianças e
adolescentes nos processos judiciais. Porto Alegre: Livraria do Advogado, 2007.
10
IUCKSCH, M. Respostas às questões feitas a Marlene Iucksch durante
seminário internacional sobre violência sexual infantil. Disponível em:
http://www.aasptjsp.org.br. Acesso em: 29 set. 2008.
11
JONKER, G.; SWANZEN, R. Serviços de intermediação para crianças-testemunhas
que depõem em tribunais criminais da África do Sul. Disponível em: http://
www.surjournal.org/conteudos/pdf/6/unzip/ JONKER.pdf.Acesso em: 29 set. 2008.
12
SENADO FEDERAL. Projeto de Lei da Câmara n. 35/2007. Disponível em:
http://www.senado.gov.br/sf/ atividade/materia/getPDF.asp?t=39687. Acesso
em: 29 set. 2008.
13
SENADO FEDERAL. Disponível em: webthes.senado.gov.br/sil/Comissoes/
Permanentes/CCJ/Notas/ 20080701CN027.rtf. Acesso em: 29 set. 2008.
14
AZAMBUJA, M. R. F. Violência sexual intrafamiliar: é possível proteger a
criança? Porto Alegre: Livraria do Advogado, 2004.
Referências
Resumo:
O crescente número de crianças e adolescentes abusados sexualmente é
alarmante, merecendo destaque a violência praticada dentro do seio familiar:
a violência intrafamiliar. A cada ano, menores são vítimas dessa espécie de
violência sexual, sendo que raros casos são revelados, em razão de o agressor
ser o próprio pai ou padrasto e uma série de outros fatores consistentes no
grave problema do “segredo de família”. A síndrome do segredo faz com que
esses agressores perpetuem o crime e causem um grave transtorno emocional
nas vítimas que, sob a ameaça de desestruturação familiar, permanecem
inertes e coagidas a não revelarem o abuso.
Introdução
Perfil do agressor
Síndrome do segredo
1
DOBKE, V. Abuso sexual: a inquirição das crianças – uma abordagem
interdisciplinar. 1. ed. Porto Alegre: Ricardo Lenz Editor, 2001. p. 29.
Consequências
Conclusão
Referências
Resumo:
Neste texto são apresentadas reflexões sobre a importância e a necessidade de
ações de prevenção da violência intrafamiliar contra crianças e adolescentes
realizadas de modo intersetorial, partindo de uma contextualização com a
narrativa do escritor João Guimarães Rosa sobre a situação de violência física
intrafamiliar vivida pelo personagem Miguilim, em “Campo Geral”.
*
Técnica Pericial em Medicina do MP-GO.
Referências
Resumo:
Este artigo traz a análise de algumas iniciativas governamentais na área
da proteção de direitos à criança e ao adolescente. A violência na
adolescência e juventude, mais especificamente a violência sexual, é um
tema de grande relevância na atualidade. Não somente no Brasil, mas
mundialmente, tem-se presenciado o aumento da violência nos centros
urbanos.
*
Artigo apresentado à Escola Superior do Ministério Público do Estado de
Goiás, para obtenção do certificado do curso sobre Violência Sexual.
**
Técnico em Educação do MP-GO.
Resumo:
O texto analisa as diversas concepções de violência abordando suas
manifestações no contexto escolar. Trata, também, da conceituação de
paz concebida por Gandhi.
*
Promotora de Justiça, MP-GO, especialista em Direito Administrativo e
Constitucional pela Universidade Católica de Goiás.
1
ARENDT, H. Sobre a violência. São Paulo: Relume-Dumará, 1994. p. 36.
2
MULLER, J. M. O princípio de não-violência: percurso filosófico. Lisboa:
Instituto Piaget, 1995. p. 228.
3
Texto extraído do Relatório para a Unesco da Comissão Internacional sobre a
Educação para o Século XXI, organizado por DE LORS, J. Educação: um
tesouro a descobrir. 2. ed. Lisboa: ASA, 1996. p. 77-101.
4
IOSCHPE, G. Violência escolar: quem é a vítima? Revista Veja, editora Abril, edição
2089, ano 41, n. 48, dez. 2008.
5
MULLER, J. M. O princípio de não-violência: percurso filosófico, op. cit., p. 228.
Referências
Resumo:
O presente artigo discorre sobre um fenômeno comum nos dias atuais:
trata-se da violência no meio escolar e as possíveis maneiras de resolução
não violenta desse conflito. Destacaremos os três níveis de intensidade na
repressão da conduta, conforme a gravidade da violência no caso concreto.
Introdução
Conclusão
Referências
Resumo:
O Supremo Tribunal Federal está a discutir questão de relevância jurídica
ímpar, e de discussão moral e ética ingente. Trata-se da possibilidade da
antecipação terapêutica de parto em caso de fetos anencefálicos. Tal
matéria é passível de ser analisada sob diversos ângulos jurídicos,
filosóficos e morais. Entretanto, o presente trabalho pretende analisar a
questão sob o ponto de vista do Direito à vida. A metodologia que se
pretende empregar no presente artigo é a abordagem do problema sob o
ponto de vista dogmático, sem, contudo, descuidar-se da discussão que se
encontra presente no âmbito do Supremo Tribunal Federal.
*
Promotor de Justiça Substituto da Comarca de Águas Lindas de Goiás, MP-GO.
1
Pode-se classificar a controvérsia sobre o início da vida em quatro vertentes: 1. os
que sustentam que a vida se inicia com a fertilização; 2. os que sustentam que a vida se
inicia com a implantação do embrião no útero; 3. os que sustentam que a vida se inicia
com o início da atividade cerebral; e 4. os que sustentam que a vida se inicia com o
nascimento com vida.
2
No presente trabalho tratou-se a interrupção da gravidez de feto com anencefalia
como aborto, pois, ao contrário do defendido na ADPF 54, entendemos que tal
modalidade de interrupção constitui formalmente aborto.
3
CANOTILHO, J. J. G. Direito Constitucional e teoria da Constituição. 3. ed.
Coimbra: Almedina: 1999. p. 1194.
4
GHERARDI, C.; KURLAT, I. Anencefalia e Interrupción del Embarazo - Análisis
médico y bioético de los fallos judiciales a propósito de un caso reciente. Disponível
em: http://www.la-lectura.com/ensayo/ens-19.htm. In: PONTES, M. S. A
anencefalia e o crime de aborto: atipicidade por ausência de lesividade. Jus
Navigandi, Teresina, ano 10, n. 859, 9 nov. 2005. Disponível em: <http://jus2.uol.
com.br/doutrina/texto.asp?id=7538>.
5
In: CRUZ, L. C. L. A grande diferença. Disponível em: http://www.providaanapo
lis.org.br/agrandif.htm.
Resumo:
Este artigo aborda a relação entre direito e sexualidade à luz do dogma maior
que orienta todo o ordenamento jurídico vigente, qual seja: a dignidade da
pessoa humana, tida como núcleo do Estado Democrático de Direito. Propõe-
se uma análise democrática do direito à sexualidade a partir dos postulados
fundamentais da liberdade, igualdade e não discriminação. De igual modo,
serão examinadas algumas construções pretorianas acerca do tema,
notadamente no que diz respeito à ausência de normas no plano
infraconstitucional e necessidade de integração do ordenamento jurídico.
*
Promotor de Justiça Substituto da Comarca de Águas Lindas de Goiás, MP-GO.
1
KELSEN, H. Teoria pura do direito. 6. ed. Coimbra: Armênio Armado Editor, 1998.
2
LENZA, P. Direito constitucional esquematizado. 12. ed. Rio de Janeiro:
Saraiva, 2008. p. 596.
Referências
Resumo:
Atualmente vive-se, um momento crucial em que pende no Supremo
Tribunal Federal a ADPF n. 54, que discute a possibilidade de autorização
para a realização de antecipação terapêutica de parto em caso de fetos
anencefálicos. Em meio a toda essa discussão, tem-se verificado pressão de
vários segmentos da sociedade brasileira seja contra ou pró-aborto, colocando
em cheque a laicidade do Estado com que a Suprema Corte tem enfrentado tal
tema. Superadas todas essas discussões, a questão do aborto anencefálico é
uma difícil decisão, que deve caber exclusivamente à mulher, geradora do
feto sem chances de sobrevida, de acordo com suas convicções pessoais.
*
Promotora de Justiça Substituta da Comarca de SantoAntônio do Descoberto, MP-GO.
Referências
1
DINIZ, D.; VÉLES, A. C. G. Aborto e razão pública: o desafio da anencefalia
no Brasil. Brasília: Letras Livres, 2004.
Resumo:
O presente artigo está baseado no minicurso de extensão Bioética:
Desafios, ministrado pelo Ministério Público do Estado de Goiás aos seus
membros e servidores, sob a orientação da professora Doutora em
Antropologia Débora Diniz, e tem por finalidade abordar a atipicidade do
aborto do feto anencéfalo nos casos dos artigos 124 e 126 do Código Penal.
*
Bacharel em Direito pela Universidade Católica de Goiás e servidor da 89ª
Promotoria de Justiça do Ministério Público do Estado de Goiás, comarca de Goiânia.
1
PONTES, M. S. A anencefalia e o crime de aborto: atipicidade por ausência de
lesividade. Jus Navigandi, Teresina, ano 10, n. 859, 9 nov. 2005. Disponível em:
<http://jus2.uol.com.br/doutrina/texto.asp?id=7538>. Acesso em: 29 dez. 2008.
2
Petição Inicial da ADPF 54/DF, da lavra do Dr. Luis Roberto Barroso, OAB/RJ
37.769, p. 4.
3
Conselho Federal de Medicina. Resolução n. 1.480, de 08 de agosto de 1997.
4
Conselho Federal de Medicina. Resolução Nº 1.752, de 13 de setembro de 2004.
Referências
Caroline Ianhez*
Resumo:
Este trabalho versa sobre a questão da adoção de crianças por homossexuais. De
forma introdutória, o estudo remonta à origem do preconceito com relação à
homossexualidade, com breve incursão histórica no tema, sendo seguido de
apontamentos em relação à evolução do conceito de família, de modo a inserir as
uniões homoafetivas nesse contexto. No seu desenvolver, é realizada uma
análise jurídica da possibilidade de adoção de crianças por casais e indivíduos
homossexuais, onde se pretende demonstrar os perigos da ausência de regulação
expressa sobre o tema, acarretando a prática da “adoção à brasileira” e demais
prejuízos à criança decorrentes da adoção por apenas um parceiro homossexual.
Introdução
*
Promotoria de Justiça de Cidade Ocidental-GO, pós-graduada em Direito
Público pelo EPC, ex-Delegada de Polícia Civil da Infância e Juventude e
atualmente Promotora de Justiça Auxiliar do Ministério Público de Goiás.
1
DIAS, M. B. União homossexual – Aspectos sociais e jurídicos. Disponível
em: www.jusnavegandi.com.br.
Problemáticas
a) Adoção individual
2
FERREIRA, M. R. P.; CARVALHO, S. R. (Org.). 1º guia de adoção de
crianças e adolescentes do Brasil – Novos caminhos, dificuldades e possíveis
soluções. São Paulo: Winners, 2002. p. 21-40
b) Adoção à brasileira
Conclusão
Referências
Resumo:
Malgrado a caracterização do Brasil como um Estado laico, deve-se
relembrar que este mesmo Estado é composto por agentes públicos,
homens comumente influenciados, senão dominados, por concepções
pessoais, muitas vezes de índole religiosa, que acabam por espraiar para
a seara de sua atuação pública. Contudo, é de se frisar que o agente do
Estado, enquanto tal e agindo nesta qualidade, deve se desvestir de toda
carga de subjetivismos religiosos para que não venha a substituir,
ilegitimamente, a ideologia democrática do Estado laico pela sua
pessoal, muitas vezes não convergente com aquela.
Resumo:
Tão inegável quanto o fenômeno da violência em meio escolar é a constatação
de que as autoridades e os educadores ainda não se encontram
suficientemente preparados para lidar com o aludido fenômeno. Em que pese
o fato de não estarmos diante de um problema propriamente novo, o fato é que
o tema ainda carece de uma maior atenção dos poderes públicos, que
deveriam investigar não apenas as causas, mas, também, as possíveis formas
de reação. No curso do presente artigo, atemo-nos à análise dos possíveis
fatores que se encontram na gênese da problemática em tela, sem pretensão de
oferecer uma resposta precisa sobre a forma de combate à violência em meio
escolar a ser operacionalizada. Outrossim, ainda que em breves linhas, expõe-
se a necessidade de elaboração de uma inovadora organização pedagógica da
escola, voltada à prevenção de futuros casos de violência no meio escolar.
*
Promotora de Justiça Substituta do MP-GO.
1
Julio Groppa Aquino, professor da Universidade de São Paulo (USP), em entrevista
concedida Centro de Referência em Educação Mário Covas, publicada em
http://www.crmariocovas.sp.gov.br/ent_a.php?t=001.
2
AZEVEDO, S. C. A. A violência nas escolas como resultado dos problemas de
inadaptação social. Disponível em: http://br.monografias.com/trabalhos/violencia-
nas-escolas/violencia-nas-escolas.shtml. Acesso em: 29 jan. 2009.
3
Fonte: http://www.fundep.ufmg.br/homepage/cases/436.asp. Notícia publicada
em 12/01/2009.
4
AZEVEDO, S. C. A. A violência nas escolas como resultado dos problemas de
inadaptação social. Disponível em: http://br.monografias.com/trabalhos/violencia-
nas-escolas/violencia-nas-escolas.shtml. Acesso em: 29 jan. 2009.
5
Em: MARTINS, V. Como a leitura diminui a violência na escola. Disponível em:
http://www.filologia.org.br/soletras/15sup/Como%20a%20leitura%20diminui%20a
%20viol%C3%AAncia%20na%20escola%20-%20VICENTE.pdf. Acesso em: 31
jan. 2009.
Referências
Resumo:
O artigo trata do tema relativo à violência perpetrada no meio escolar, bem
como de suas possíveis causas, muitas vezes relacionadas à educação dada
aos jovens e ao convívio familiar, buscando soluções hábeis ao enfrentamento
do problema.
*
Promotora de Justiça Substituta do MP-GO.
Resumo:
Ao proclamar a tipicidade conglobante, Eugenio Raul Zaffaroni, obtendo
uma nova perspectiva do fato típico, salienta que a existência de norma que
permite ou fomenta alguma atividade, também abarcada pela norma penal
incriminadora, terá o condão de torná-la penalmente atípica. O tipo penal
deve ser analisado conglobantemente com as demais normas do arcabouço
jurídico. Assim, considerando que a morte, para o direito, dá-se com a
falência encefálica, bem como que as condições do anencéfalo são
comparáveis à primeira situação, torna-se possível reputar o feto, nessas
condições, como juridicamente morto, o que nos levará a ter como atípico,
em vias de consequência, o respectivo abortamento, em virtude da
existência de norma outra que exclui o bem jurídico a ser tutelado.
*
Promotor de Justiça Substituto, MP-GO.