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CURSO PROFISSIONAL DE GESTÃO DE PROGRAMAÇÃO DE SISTEMAS

INFORMÁTICOS

ANO LETIVO 2020/2021

REDES DE COMUNICAÇÃO – 2º08- GPSI


Módulo 6-
Programação de Sistemas de
Comunicação
Modelo de programação cliente-servidor
• 1.1. Clientes e Servidores
• 1.2. Serviços e Servidores
• 1.3. Gestão de Acessos

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1.1. CLIENTES E SERVIDORES

Em que categorias se podem classificar as máquinas na


Internet?
• Servidores e clientes

O que são servidores?


• São máquinas que providenciam serviços (como ISP, FTP server, Web Server)
a outras máquinas.

O que são os clientes?


• São máquinas que usam os serviços dos servidores.

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O QUE É?
 O que é um Fornecedor de Serviços Internet
(ISP)?
 Um Fornecedor de Serviços Internet (ISP) é uma
empresa que fornece acesso à Internet que,
normalmente, é pago.
 As formas mais comuns de ligação a um ISP são através
de uma linha de telefone (acesso telefónico) ou de uma
ligação de banda larga (cabo ou ADSL).
 Muitos ISPs fornecem serviços adicionais, tais como
contas de correio eletrónico, browsers e espaço para criar
um Web site.

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1.1. CLIENTES E SERVIDORES (CONT.)

Quando navegamos na Internet acedemos a


quê para podermos visualizar a informação?
• A dezenas de servidores ( ) para que seja possível a
visualização da informação de cada página.

O que conseguimos fazer como clientes?


• Apenas conseguimos visualizar essa informação.

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1.1. CLIENTES E SERVIDORES (CONT.)

Quais as vantagens da utilização da


arquitetura cliente/servidor?
– os dados importantes são todos
mantidos no mesmo lugar;
– os dados estão protegidos por fortes
ferramentas de segurança, reduzindo a ameaça de
intrusão;
– é possível remover e adicionar clientes
sem afetar a operacionalidade da rede e sem necessidade de
grandes alterações;
– como os clientes não têm um papel
importante neste modelo requer pouca administração.
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SERVER SIDE VS CLIENT SIDE

Server-side (lado do servidor)


• é um termo usado para designar operações
que, num contexto cliente- servidor, são
feitas no servidor, não no cliente.
Client-side (lado do cliente)
• designa operações feitas na estação de
trabalho do utilizador.

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1.2. SERVIÇOS E SERVIDORES
Quais as Poupança de tempo;
vantagens
da
utilização
de um Confere maior segurança a uma rede, pois permite impor
restrições nos acessos dos clientes;
servidor
na rede? * Permite centralizar a informação;

Evita a redundância;

Reduz os custos de manutenção;


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Maior transparência e criação de hierarquia.
* Hoje em dia falamos várias vezes em estruturas cliente-servidor. Na escola há necessidade de nos
autenticarmos (utilizador/password) nos computadores para termos acesso às suas funcionalidades.
O que acontece, é que é estabelecida uma comunicação com o servidor local da escola que verifica se os dados
introduzidos estão corretos e nos permite, ou não, aceder ao computador.

A ausência de servidor implicaria redundância de informação por todos os computadores, isto é, seria necessário
configurar cada máquina para funcionarem todas de igual forma.

Por exemplo, se existissem 50 turmas na escola, cada uma representando um utilizador, se não existisse um
servidor seria necessário criar, em cada um dos computadores, 50 utilizadores para que estes permitissem o
acesso a qualquer uma das turmas.

Isto não faria qualquer sentido, já que um computador a agir como servidor pouparia todo este
trabalho. Assim:
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1.2. SERVIÇOS E SERVIDORES (CONT.)
Como se processa a estrutura de
ligação cliente-servidor?

• As aplicações que estão em execução no cliente trocam


informações com o servidor tendo conhecimento de qual o
protocolo em utilização (função da camada de transporte
modelo TCP/IP) e quais as portas associadas a essa
comunicação (função da camada de aplicação do modelo
TCP/IP).

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A este tipo de estrutura de ligação cliente-
servidor dá-se o nome de socket.
1.3. GESTÃO DE ACESSOS

A programação do servidor deve ter em


conta o facto de permitir o acesso a vários
clientes em simultâneo.
• Como por exemplo: Pensemos num site de
vendas, alojado num servidor Web, vários
clientes podem encontrar-se a realizar as suas
compras simultaneamente.

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2. Resolução e formação de endereços IP
2.1. Formação de endereços IP
2.2. Portas
2.3. Resolução de endereços IP

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2.1. ENDEREÇOS IP
• É a identificação única de um computador ou de um equipamento
(routers, switchs, etc.) numa rede;

• Constituído por 32 bits (4 x 8 bits), separados por pontos.


• Exemplo: 10101001.10101010.11111111.10000000;

• Por cada octeto ou byte (conjunto de 8 bits separados por pontos),


utilizam-se números decimais de 0-255, pois uma representação binária
tornaria a sua memorização muito complexa. Exemplo: 192.168.1.2

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2.1. FORMAÇÃO DE ENDEREÇOS IP (CONT.)

Existem dois tipos de redes:

•Rede pública;
•Redes privadas;

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2.1. FORMAÇÃO DE ENDEREÇOS IP (CONT.)

Rede Rede Pública (Internet) utiliza a maior parte dos IPs,


ficando uma pequena gama de IPs para as redes
pública privadas;

Não podem existir IP’s iguais na mesma rede,


quer seja pública ou privada.

Apenas os IP’s públicos têm de ser únicos. Um mesmo


IP privado pode existir em várias redes privadas sem
que exista conflito.

Um servidor utiliza normalmente um IP estático


para ser identificado rapidamente;

Os computadores clientes utilizam normalmente IPs 14


dinâmicos únicos por sessão.
2.1. FORMAÇÃO DE ENDEREÇOS IP (CONT.)
• Gama de IP’s reservada para a rede pública:
Classe do Nº endereços/hosts
Endereços Nº Redes
Endereço por rede
A 1.0.0. a 127.255.255.255 126 16.777.216
0
B 128.0.0. a 191.255.255.255 16.382 65.536
0
C 192.0.0. a 223.255.255.255 2.097.150 256
0
D 224.0.0. a 239.255.255.255 - -
0
E 240.0.0. a 247.255.255.255 - -
0

• Divididos por cinco classes distintas (A, B, C, D, E);


• Classes D e E são classes especiais, não podem ser utilizadas para a identificação de redes ou
computadores:
• A classe D está reservada para “Multicast” (é a entrega de informação de um ponto para múltiplos
destinatários simultaneamente);
• A classe E está reservada para futuras utilizações, atualmente reservada a testes pela IETF (Internet
Engineering Task Force) tem como missão identificar e propor soluções a questões/problemas
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relacionados à utilização da Internet;
2.1. FORMAÇÃO DE ENDEREÇOS IP (CONT.)
• Gama de IP reservada para a rede privada:
Classe do
Endereços Nº Redes Nº Hosts
Endereço
A 10.0.0.0 a 10.255.255.255 128 16.777.216
16
B 172.16.0.0 a 172.31.255.255 16.384 65.536

C 192.168.0.0 a 192.168.255.255 2.097.152 256

- 169.254.0.0 a 169.254.255.255 1 65.534

• • Os IP’s da gama 169.254.0.0-169.254.255.255 apesar de serem de classe B,


reservada à gama pública, não são identificados como tal. Existem para quando o host
está configurado para receber o seu IP através de DHCP, e não encontra na rede quem
lhe forneça IP. Assim, por defeito, o host receberá um IP desta gama (IP atribuído
quando menciona rede sem conetividade ou limitada).
2.1. FORMAÇÃO DE ENDEREÇOS IP (CONT.)

• Gama de IP que não devem ser utilizados:


De Até
0.0.0.0 0.255.255.255

127.0.0.0 127.255.255.255

128.0.0.0 128.0.255.255

191.255.0.0 191.255.255.255

192.0.0.0 192.0.0.255

223.255.255.0 223.255.255.255

224.0.0.0 239.255.255.255

240.0.0.0 255.255.255.255

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2.1. FORMAÇÃO DE ENDEREÇOS IP (CONT.)

Campos de endereços IP:

• Um endereço IP divide-se em duas partes:


• Identificadora de Network (rede) e Identificadora de hosts (máquinas)

Nas tabelas de endereços públicos e privados que vimos


anteriormente, constavam duas colunas onde se indicada o total
de redes e de endereços/hosts possíveis. Como se chega a estes
números?
• Depende da classe a que o IP pertence.
• Conforme a classe, o endereço será dividido de forma diferente entre
rede e hosts.
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2.1. FORMAÇÃO DE ENDEREÇOS IP (CONT.)
Bit identificador de
Classe A 8 16 24 32

Classe A 0 ID Rede ID Hosts


Bits identificadores de
Classe B 8 16 24 32

Classe B 1 0 ID Rede ID Hosts


Bits identificadores de
Classe C 8 16 24 32

Classe C 1 1 0 ID Rede ID Hosts


Bits identificadores de
Classe D 8 16 24 32

Classe D 1 1 1 0 Multicast Address


Bits identificadores de
Classe E 8 16 24 32

Classe E 1 1 1 1 0 Reservado para uso futuro

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2.1. FORMAÇÃO DE ENDEREÇOS IP (CONT.)

• Para calcular o número de redes e o número de hosts por rede que podemos
endereçar utilizamos a seguinte fórmula:
NC -> Nº de combinações

NC=2 nº de bits

• Para a classe A: 3 último bytes identificam os hosts, logo são 24 bits

Nº de hosts: NC= 2 24 = 16. 777. 216 hosts


1º byte identifica a rede, mas são 7 bits porque o
primeiro bit identifica a classe do endereço.

Nº de redes: NC= 2 7 = 128 redes


Nota: Na tabela aparece 126 e não 128. Isto deve-se ao facto de na rede, o 0 e o
127 fazerem parte da gama de IP’s reservados.

Exercício: Vamos fazer para as restantes classes.


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FORMATO DO ENDEREÇO IPV4

Recordando como já foi dito, um endereço IP é


composto por duas partes:

A primeira parte do endereço identifica a rede onde a


interface de rede do dispositivo está conectada;

A segunda parte do endereço identifica, dentro da rede, cada


interface de rede de cada dispositivo individualmente. 21
FORMATO DO ENDEREÇO IPV4
Formato do Endereço
 Com o objetivo de facilitar o trabalho com endereços IP os
endereços de 32 bits são divididos em 4 conjuntos de 8 bits.

 Cada conjunto de 8 bits representa um valor inteiro que pode assumir


qualquer valor entre 0 e 255.

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CLASSE A DE ENDEREÇOS IPV4

 O primeiro byte representa o número da rede


 Os três bytes restantes identificam a interface de rede dentro de uma rede específica
 O bit mais significativo é colocado em zero e os próximos 7 bits identificam redes
entre 1.X.X.X e 126.X.X.X
 Esse formato permite até 127 diferentes redes Classe A e acima de 16 milhões de
dispositivos em cada uma delas
 Esta classe de endereços é ideal para redes com um número grande de hosts
por rede
 Endereços
 Número de rede permitido: 1.0.0.0 até 127.255.255.255
 Número máximo de hosts por rede: 16.777.216
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CALCULAR O Nº PELO QUAL TERMINA UM ENDEREÇO DE
CLASSE A

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CLASSE B DE ENDEREÇOS IPV4

 Os dois primeiros bytes representam o número da rede


 Os dois bytes restantes identificam a interface de rede dentro de uma rede
específica
 Os dois bits mais significativos do primeiro byte são colocados em 10 e
os próximos 14 bits identificam redes entre 128.0.X.X e 191.255.X.X
 Esse formato permite até 16.382 diferentes redes Classe B e acima de 65 mil
dispositivos em cada uma delas
 Endereços
 Número de rede permitido: 128.0.0.0 até 191.255.0.0
 Número máximo de hosts por rede: 65.534 25
2

CALCULAR O Nº PELO QUAL TERMINA UM


ENDEREÇO DE CLASSE B

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CLASSE C DE ENDEREÇOS IPV4

 Os três primeiros bytes representam o número da rede


 O último byte restante identifica a interface de rede dentro de uma
rede específica
 Os três bits mais significativos do primeiro byte são colocados
em 110 e os próximos 21 bits identificam redes entre 192.0.0.X
e 223.255.255.X
 Esse formato permite mais que 2 milhões de diferentes
redes Classe C e até 254 dispositivos em cada uma delas
 Endereços
 Número de rede permitido: 192.0.0.0 até 223.255.255.0
 Número máximo de hosts por rede: 254 27
CALCULAR O Nº PELO QUAL TERMINA UM
ENDEREÇO DE CLASSE C

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