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Redes de Comunicação de Dados

Prof. Guilherme Nonino Rosa


Aula 2
guilherme.rosa10@etec.sp.gov.br
www.profguilhermenonino.wordpress.com
Apresentação:

Prof. Guilherme Nonino Rosa


- Graduado em Ciências da Computação pela Unifran –
Universidade de Franca no ano de 2000.
- Pós-Graduado em Tecnologia da Informação aplicada aos
Negócios pela Unip-Universidade Paulista no ano de 2011.
- Licenciado em Informática pela Fatec – Faculdade de
Tecnologia de Franca no ano de 2011.
- Docente do Senac – Ribeirão Preto desde fevereiro/2012.
- Docente do Centro de Educação Tecnológica Paula Souza,
nas Etecs de Ituverava, Orlândia e Ribeirão Preto desde
fevereiro/2010.
- Docente na Faculdade Anhanguera desde fevereiro/2013.
Histórico do TCP/IP
• O padrão histórico e técnico da Internet é o modelo TCP/IP.

• O Departamento de Defesa dos Estados Unidos (DoD)


desenvolveu o modelo de referência TCP/IP porque queria uma
rede que pudesse sobreviver a qualquer condição, mesmo a uma
guerra nuclear.

• Em um mundo conectado por diferentes tipos de meios de


comunicação como fios de cobre, microondas, fibras ópticas e
links de satélite, o DoD queria a transmissão de pacotes a
qualquer hora e em qualquer condição.

• Este problema de projeto extremamente difícil originou a criação


do modelo TCP/IP.
TCP/IP
• Ao contrário das tecnologias de rede
proprietárias mencionadas anteriormente, o
TCP/IP foi projetado como um padrão
ABERTO.
• Isto queria dizer que qualquer pessoa tinha a
liberdade de usar o TCP/IP.
• Isto ajudou muito no rápido desenvolvimento
do TCP/IP como padrão.
O modelo TCP/IP
• O modelo TCP/IP tem as seguintes camadas:

• A camada de Aplicação

• A camada de Transporte

• A camada de Internet.

• A camada de acesso à rede


O Modelo TCP/IP e suas camadas
• Camadas do modelo TCP/IP
TCP/IP Versus Modelo OSI
• Você deve ter reparado que algumas das
camadas no modelo TCP/IP têm os mesmos
nomes das camadas no modelo OSI, certo?

• Porém, as camadas dos dois modelos não


correspondem exatamente.

• Mais notadamente, a camada de aplicação


tem diferentes funções em cada modelo.
TCP/IP Versus OSI e suas similaridades
• Os projetistas do TCP/IP decidiram que os protocolos
de mais alto nível deveriam incluir os detalhes da
camada de sessão e de apresentação do OSI.

• Eles simplesmente criaram uma camada de aplicação


(camada 4 no modelo TCP/IP ou camada 7, 6 e 5 no
modelo OSI) que trata de questões de representação,
codificação e controle de diálogo.
TCP/IP Camada de Transporte
• A camada de transporte lida com questões de
qualidade de serviços de confiabilidade, controle de
fluxo e correção de erros.

• Um de seus protocolos, o Transmission Control


Protocol (TCP), fornece formas excelentes e flexíveis
de se desenvolver comunicações de rede confiáveis
com baixa taxa de erros e bom fluxo.
TCP/IP Versus OSI
• O TCP é um protocolo orientado a conexões. Ele
mantém um diálogo entre a origem e o destino
enquanto empacota informações da camada de
aplicação em unidades chamadas segmentos.

• O termo orientado a conexões não quer dizer que


existe um circuito entre os computadores que se
comunicam.

• Significa que segmentos da Camada 4 trafegam entre


dois hosts para confirmar que a conexão existe
logicamente durante um certo período.
TCP/IP Camada de Internet
• O propósito da camada de Internet é dividir os segmentos TCP
em pacotes e enviá-los a partir de qualquer rede.

• Os pacotes chegam à rede de destino independente do


caminho levado para chegar até lá.

• O protocolo específico que governa essa camada é chamado


Internet Protocol (IP).

• A determinação do melhor caminho.


TCP/IP Camada de Internet
• Redes comutadas por pacote – Os pacotes são enviados por
vários caminhos e chegam DESORDENADAMENTE num único
lugar, acontecem na camada quatro .

• Redes comutadas por circuito – Os pacotes seguem um único


caminho, chegando ORDENADAMENTE a um único destino.
TCP/IP Camada de Internet
• Redes comutadas por pacote
• Vantagens :
– Flexibilidade;
– Várias possibilidades de envio,
– Independe do meio físico.

Desvantagens :
Não existe controle de velocidade do link;
Alta taxa de mensagens de reenvio;

• Redes comutadas por circuito – Vantagens : Uma única rota,


baixa taxa de reenvio e erros, alta velocidade, pouco flexível e
demanda de muito investimento para melhor funcionamento.
TCP/IP Camada de Acesso a Rede
• O significado do nome da camada de acesso à rede é muito
amplo e um pouco confuso.

• É também conhecida como a camada host-para-rede.

• Esta camada lida com todos os componentes, tanto físico


como lógico, que são necessários para fazer um link físico.

• Isso inclui os detalhes da tecnologia de redes, inclusive todos


os detalhes nas camadas física e de enlace do OSI.
Modelo OSI x TCP/IP
Classes IP
Classe A
• O primeiro byte do endereço está entre 1 e 127.
• Exemplo: 13.0.0.1 / 80.10.69.12 / 37.25.10.99
• Nos endereços de Classe A, o primeiro número identifica a rede e
os outros três números identificam o próprio host.
Classe B
• O primeiro byte do endereço está entre 128 e 191.
• Exemplo: 133.0.0.1 / 140.10.69.12 / 190.25.10.99.
• Nos endereços de Classe B, os dois primeiros números
identificam a rede e os outros dois números identificam o host.
Classe C
• O primeiro byte do endereço está entre 192 e 223.
• Exemplo: 200.0.0.1 / 220.10.69.12 / 195.25.10.99
• Nos endereços de Classe C, o três primeiros números identificam a
rede e os últimos números identificam o próprio host.
Classe D
• O primeiro byte do endereço está entre 224 e 239;
• Exemplo: 225.0.0.1 / 239.10.69.12 / 226.25.10.99;
• Esta classe está reservada para criar agrupamentos de
computadores para o uso de Multicast (acesso apenas a
endereços que estejam configurados para receber os dados). Não
podemos utilizar esta faixa de endereços para endereçar os
computadores de usuários na rede TCP/IP.
Classe E
• O primeiro byte do endereço está entre 240 e 247.
• A Classe E é um endereço reservado e utilizado para testes e
novas implementações (IETF – Internet Engeneering Task
Force) e controles do TCP/IP.
• Não podemos utilizar esta faixa de endereços para
endereçar os computadores na rede TCP/IP.

1
Números Máximos de Hosts em cada
Classe

1. Octeto Max. Redes Formato Exemplo Max. Host

1-126 126 R.H.H.H 100.1.240.28 16.777.214

128-191 16.384 R.R.H.H 157.100.5.195 65.534

192-223 2.097.152 R.R.R.H 205.35.4.120 254

224-239 Multicast

240-247 Reservado
Conflitos IP
– Em uma rede, os IP’s de todas as máquinas devem
estar nela mesma.
Exemplo: Endereços Classe A. (13.0.0.1, onde o 13 é rede e 0.0.1 é host);
Todos os hosts desta rede devem estar na mesma rede, ou seja, com IP’s
começados por 13;

– Numa mesma rede não poderá haver endereços IP’s


iguais.
Classfull
Os protocolos de roteamento classful não enviam
informações sobre a mascara de sub-rede nas atualizações de
roteamento. Os primeiros protocolos de roteamento, como o
RIP, eram classful. Isso ocorria em uma época em que os
endereços de rede eram alocados com base em classes:
classe A, B ou C. O protocolo de roteamento não precisava
incluir a mascara de sub-rede na atualização ao de
roteamento porque a mascara de rede podia ser determinada
com base no primeiro octeto do endereço o de rede.
Os protocolos de roteamento classfull ainda podem ser
usados em algumas das redes atuais. No entanto, como eles
não incluem a mascara de sub-rede, não podem ser usados
em todas as situações.
Classless
Os protocolos de roteamento classless incluem a mascara de
sub-rede com o endereço de rede nas atualizações de
roteamento. As redes atuais não são mais alocadas com base
em classes e a mascara de sub-rede não pode ser
determinada pelo valor do primeiro octeto.
Os protocolos de roteamento classless são obrigatórios na
maioria das redes atuais porque suportam VLSMs e redes nao
contígua. Os protocolos de roteamento classless sao RIPv2,
EIGRP, OSPF, IS-IS e BGP
Máscara de Sub-Rede
• Existem casos onde faz-se necessário subdividir uma rede em
redes menores. Imagine o administrador de uma rede que
contém 16 milhões de hosts.

• A máscara de rede foi criada para formar sub-redes menores, e


também possibilitar uma melhor utilização dos endereços IP
disponíveis;

• Em resumo, o parâmetro Máscara de Sub-rede serve para


confirmar ou alterar o funcionamento das Classes de endereços
padrões do TCP/IP;

• Sempre deverá ser configurado o IP e a máscara em uma rede.


Questões
1) Para os seguintes endereços IPs diga a classe a que
pertence, o endereço de rede e o endereço de
broadcast:
a) 160.254.245.8
b) 214.0.0.1
c) 10.2.3.4
d) 150.166.2.5
e) 200.145.2.3
f) 90.30.40.9
g) 127.10.35.40
Ethernet é uma arquitetura de interconexão para redes locais - Rede de
Área Local (LAN) - baseada no envio de pacotes. Ela define
cabeamento e sinais elétricos para a camada física, em formato de
pacotes e protocolos para a subcamada de controle de acesso ao meio
(Media Access Control - MAC) do modelo OSI.
Origem da Ethernet
• Criada em 1972 por Dr. Robert M. Metcalfe da
Xerox com o nome de “Alto Aloha Network”.
Suportava já debitos de 2.94 Mbits.
• É rebaptizada em 1973 como “Ethernet” e
controlada pela Xerox.
• 1980 DEC, Xerox e Intel criam um consorcio e
publicam o “DIX standart”
• 1985 IEEE publica 1º standart 802.3
Evolução das redes – Ethernet
Ethernet - tipos
•Ethernet
• Débito de 10Mb/s
• Cabo coaxial, par-trançado ou fibra.
• Solução partilhada e comutada (dependendo do meio físico).
• Comunicação Half-Duplex
•Fast Ethernet
• Débito de 100 Mb/s
• Par-trançado (Cat5e) UTP ou STP, ou fibra.
• Possibilidade de suporte de comunicação Full-Duplex
•Gigabit Ethernet
• Débito de 1 a 10 Gb/s
• Par-trançado (Cat6) ou fibra.
• Suporte de comunicação Half-Duplex ou Full-Duplex
• Solução partilhada
•Limitação associada à atenuação do sinal e atraso de propagação
•Solução comutada
• Limitação associada à atenuação do sinal
Pacote de dados

• Exemplo hipotético de um pacote de dados


CRC – Control Redundancy Check

É um método de controle de erros eficiente que


utiliza todos os bits do bloco a ser transmitido para
calcular com um algoritmo, o resultado é colocado no final
do bloco. O receptor recalcula o resultado do algoritmo
que deve ser igual ao transmitido. Caso não seja, solicita-
se a retransmissão do bloco.
ARQUITETURA ETHERNET

CONTROLE DE LINK LÓGICO


2 ENLACE
CONTROLE DE ACESSO AO
MEIO
1 FÍSICA FÍSICA

OSI ETHERNET
ARQUITETURA ETHERNET
ARQUITETURA ETHERNET
Aplicação
(SMTP, HTTP, FTP, Telnet)

Transporte
TCP / IP (TCP ou UDP)

Redes
(IP, ICMP, ARP, RARP)

Controle de Link Lógico


Controle de Acesso ao Meio
Ethernet Interface com a
Drive da Placa de Rede rede
Placa de Rede

Cabo
Vantagens e Desvantagens
• As principais vantagens do uso da tecnologia Gigabit Ethernet são:
• A popularidade da tecnologia;
• O baixo custo para a migração;
• O aumento em 10 vezes da velocidade e desempenho em
relação a seu padrão anterior;
• A tecnologia é a mais utilizada atualmente, economizando
dinheiro e recursos na hora de sua migração;
• O protocolo não possui nenhuma camada em diferente para ser
estudada.
Vantagens e Desvantagens

Desvantagens
A principal desvantagem da tecnologia é que ela
não possui o QoS (qualidade de serviço) como a
sua concorrente, a ATM. O QoS monta um esquema
de prioridades, formando uma fila de dados a
serem enviados e recebidos, deixando na frente da
fila os dados definidos como prioritários.
Ethernet
• CSMA
– Carrier Sense Multiple Access

• CSMA/CD
– Carrier Sense Multiple Access/Detecção de Colisão

• CSMA/CA
– Carrier Sense Multiple Access/Prevenção de Colisão
Ethernet - Colisões
• Estação escuta o meio antes de emitir
• Transmite se o meio está livre
• Escuta o meio durante a emissão
• Caso detete a sobreposição à sua tranmissão cessa a
transmissão e envia um sinal de jam de 48 bits para
reforçar a colisão.
• Espera um tempo aleatório antes de tentar novamente
usando o metodo binary exponencial backoff em que os
tempos aletórios de espera são duplicados a cada
tentativa falhada.
Full Duplex
• No modo Full Duplex a Detecção de Colisões é
desativada, por isso é necessário garantir que
não existe possibilidade de colisões. Recepção
e Envio simultâneo.
• Este modo é essencialmente usado em
interligações de Alto debito.
Controle de Link Lógico ou em inglês Logic Link
Control (LLC)

• Adiciona ao dado recebido informações de


quem enviou esta informação (o protocolo
que passou essa informação).

• Sem essa camada não seria possível usar


mais de um protocolo no nível 3
NDIS (Network Driver Interface Specification)

• Criado pela Microsoft


e pela 3Com
• Permite que uma única
placa de rede possa
utilizar mais de um
protocolo de rede ao
mesmo tempo
NDIS (Network Driver Interface Specification)

• Permite a existência de
mais de uma placa de
rede em um mesmo micro
• Compartilha uma única
pilha de protocolos (tudo
que estiver do nível 3 do
modelo OSI para cima)
para as duas placas
• Mesma função da LLC
ODI (Open Datalink Interface)
• Driver com mesmo objetivo
do NDIS criado pela Novell e
pela Apple
• Funcionamento um pouco
mais complexo e mais
completo.
• Adiciona uma interface entre
a LLC e os vários protocolos e
outra interface entre o LLC e
as várias placas de rede
SubRedes
SubRedes

Uma sub-rede é a divisão de uma rede de computadores. A


divisão de uma rede grande em redes menores resulta num
tráfego de rede reduzido, administração simplificada e
melhor performance de rede.

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