Você está na página 1de 8

Redes Industriais

Protocolo Ethernet / IP

Resumo do Conteúdo

Integrantes:
Bruno Gomes, Kenedy Ribeiro, Pablo Gonçalves, Samuel Byron

Modelo OSI

É um modelo de referência que fornece estrutura para coordenação e desenvolvimento de padrões e que sejam
definidas em uma estrutura comum.
Definido pela International Standards Organization (ISO) surgiu o modelo de referência para comunicação de
sistemas abertos OSI (Open Systems Interconnection), sendo uma estrutura que possui sete níveis hierárquicos.

1. Aplicação
2. Apresentação
3. Sessão
4. Transporte
5. Rede
6. Enlace
7. Físico

Camada de Aplicação: Concede aos aplicativos, acesso a rede, transferências de arquivos, serviços de e-mail
e gerenciamento de redes.

Camada de Apresentação: Apresenta informações de maneira adequada para os aplicativos e usuários que
lidam com informações. Funções como conversão de dados, uso de gráficos ou conjuntos de caracteres especiais.
Fornece serviços para camada de aplicação acima dela e abaixo também.

Camada de Sessão: Organiza e sequência os diálogos e pacotes em uma conexão de rede. Garantindo a conexão
até a conclusão da transmissão.

Camada de Transporte: Garante uma transferência de dados em um nível de qualidade definido, por exemplo,
velocidades de transmissão de dados com especificação de erros e taxas.

Camada de Rede: Determina endereços e traduz hardwares para endereços de rede. Esses endereços podem
ser locais ou endereços em outros lugares e também localiza uma rota entre uma fonte e o nó de destino, e entre
dois dispositivos intermediários.

Camada de Enlace: Responsável por criar, transmitir e receber pacotes de dados. Isto fornece serviços para os
vários protocolos na camada de rede e usa os recursos da camada física para transmitir ou receber dados.

Camada Física: Obtém os dados da camada de enlace, converte em sinais elétricos que representam valores
de 0 ou 1 e no destino converte esses sinais elétricos em uma série de valores de bits.

Protocolo Ethernet
É atualmente a rede local de tecnologia mais popular e utilizada, tanto nos ambientes residenciais como nos
ambientes corporativos.
O conceito foi desenvolvido pela Xerox Corporation em meados de dos anos 70, baseada em um trabalho de
pesquisadores da universidade do Havaí, onde havia vários prédios conectados em ilhas do estado americano.
Inicialmente chamada de ALOHA, conectava via rádio os vários laboratórios, sendo coloquialmente conhecida
como “Ethernet”, pois usava o “éter” como o meio de transmissão e formava uma rede “net” entre os sites.
O Institute of Electrical and Engenheiros Eletrônicos (IEEE) normatiza a Camada Física para uma rede de área
local utilizando uma topologia de barramento com um método de acesso Carrier Sense, Multiple Access with
Collision Detection (CSMA/CD). A 802.3 do IEEE fornece especificações para todos os componentes de uma
rede local Ethernet e também regulamentos para a inter-conexão de componentes, números de conexões do
barramento, número total de dispositivos de usuários e retardos de sinais permitidos.
Composição do Protocolo Ethernet
Meio: Dispositivos com Ethernet fazem a conexão por um meio comum que fornece um caminho para os sinais
eletrônicos. Nos dias atuais esse meio na maior parte utiliza cabeamento de fibra ótica.

Domínio de Colisão: O domínio de colisão é um protocolo Ethernet, que consiste em uma área lógica onde os
pacotes dados podem colidir uns contra os outros, quanto mais colisões acontecem, menor é a eficiência da
rede.

Segmentos: Quando é apenas um meio compartilhado é chamado de segmento.

Nó: O nó é o que faz a conexão ao segmento, os nós se comunicam através de pequenas mensagens que são
os Frames.

Frame

Preâmbulo. Campo que contém 7 bytes (56 bits) de 0s e 1s alternados, os quais alertam o sistema receptor da
chegada de um quadro e permitem que ele sincronize seu clock caso ele esteja fora de sincronismo.

Delimitador de Início do Quadro. Campo de 1 byte, com o valor (10101011), que indica o início do quadro. O
campo SFD (do inglês Start Frame Delimiter) alerta a estação ou estações de que esta é a última chance para
realizar a sincronização. Os últimos 2 bits são (11) e alertam o receptor de que o campo seguinte é o endereço
de destino. Precisamos ter em mente que um quadro Ethernet é um quadro de tamanho variável.

Endereço de Destino. Campo que tem seis bytes (48 bits), o endereço de destino contém o endereço da camada
de enlace da estação (ou estações) de destino que receberá o pacote.

Endereço de Origem. Campo que também tem seis bytes, contém o endereço da camada de enlace do
remetente do pacote.

Tipo. Campo que define o protocolo da camada superior cujo pacote está encapsulado no quadro. Esse
protocolo pode ser IP, ARP, OSPF e assim por diante. É utilizado para permitir a multiplexação e
demultiplexação.

Dados. Campo que transporta os dados encapsulados. Seu comprimento mínimo é de 46 bytes e o máximo é
de 1.500 bytes. Se os dados provenientes da camada superior têm um comprimento maior que 1.500 bytes, eles
devem ser fragmentados e encapsulados em mais de um quadro.

CRC. O último campo contém informações para a detecção de erros, neste caso, um CRC-32.

Tipos de cabo de rede Ethernet


O protocolo Ethernet utiliza cabos de rede do tipo FTP com terminal RJ-45, mas nem todo cabo é igual, apesar
de a interface Ethernet ser a mesma. São eles Categoria 5 (Cat5), Categoria 5e (Cat5e), Categoria 6 (Cat6),
Categoria 6a (Cat6a),

Cat5: Atingi taxas de transferências de 100mbps, se colocado em distâncias curtas consegue atingir 1000Mbps
(Gigabit Ethernet). Opera na frequência de 100 MHz, pode ser usado em redes com no máximo de 100 metros
.
Cat5e: A letra "e" ao lado de Cat5 vem do inglês enhanced (aprimorado). Em sua atualização ganhou novos
padrões de certificação, para causar menos interferência e perda de sinal. Melhor desempenho es instalações
próximas a 100 Metros, opera em 100MHz e passou suportar oficialmente o padrão GIGABIT.

Cat6: A principal mudança em relação ao Cat5e é a transferência de dados, pois o modelo atinge velocidades
de até 10 Gigabits por segundo, mas trabalhando nesse limite o alcance cai de 100m para 55m. Suporta
frequências de até 250 MHz e possui menos interferência que o Cat5e.

Cat6a: O "a" em Cat6a vem de augmented ("aumentada"). Foi criado para aumentar o alcance oferecido pelo
Cat6, conseguindo realizar transferências de 10 Gigabits por segundo em até 100m. Por fora tem características
físicas mais grossa e menos flexível, suportando frequências de até 500Mhz.

Cat7: Esse cabo de rede possui blindagem interna de alumínio, além de conectores de metal. Os seus pares de
fios também são blindados e envoltos por folhas de alumínio. Esses cabos são muito mais grossos e têm uma
rigidez maior. Os cabos CAT7 suportam transferências de 10bps a 600Mhz a uma distância de 100 metros. Eles
são menos suscetíveis a interferências e oscilações, têm boa velocidade e o sinal de internet é mais consistente.
Ressalta-se que como todos os cabos dessa categoria possuem cabos de metal, a blindagem deve ser aterrada.

Cat8: O cabo de rede desse tipo tem ótima velocidade de transmissão, comparável até com a fibra ótica. Ele
atinge até 40Gbps a 2000Mhz. Mas, para atingir esse patamar de velocidade e frequência é necessário prestar
atenção na distância com um comprimento de até 30 metros.

Cat5, cat5e, cat6 e cat6a Blindado: A fim de evitar interferências eletromagnéticas (EMI), os cabos blindados
possuem uma trança metálica ou folha de metal ao redor do condutor isolado. Esta blindagem impede que o
ruído de outros dispositivos eletrônicos entre ou saia do cabo, o que pode causar corrupção de dados ou do
sistema.

Tipos de conexão de rede Ethernet


Padrão PoE (Power over Ethernet)

Power over Ethernet (PoE) é uma técnica que possibilita transmitir em um único cabo, energia e dados,
eliminando a necessidade de infraestrutura elétrica para energizar dispositivos habilitados para IP.
Os benefícios são muitos e vão desde a redução de custos com infraestrutura e tempo de instalação até a
minimização de impactos visuais decorrentes do excesso de fios no ambiente. É possível fornecer até 100W
de energia DC para cada porta PoE, o suficiente para colocar em funcionamento Tvs, painéis de
autoatendimento entre outros.

TCP/IP
Criada nos anos 60, pelo Departamento de defesa Civil dos Estados Unidos, que tinha como uma necessidade
um sistema de comunicação de área ampla que iria cobrir os Estados Unidos Inteiros permitindo a interconexão
de sistemas heterogêneos de hardware e software. Permitia que fabricantes se desenvolvem seu próprio sistema
TCP/IP sem a camada de rede, porem usando-a para acessar o meio. Em 1967 o Stanford Research Institute
desenvolve um conjunto de protocolos para a rede que era inicialmente conhecida como ARPANET, trabalho
que começou em 1970 e 1972 40 sites foram conectados. Em 1973 foi feita a primeira execução internacional
foi estabelecida e em 1974 o TCP/IP foi lançado para todo o público.
Diferente do modelo OSI o protocolo TCP/IP apresenta a camada de internet cujo qual tem as seguintes
características:

• A camada de internet sendo como a principal e responsável pelo roteamento de pacote de um host para
o outro.
• A ênfase no está nos pacotes, em oposição aos quadros, pois os quadros ainda não foram colocados
em um quadro por transmissão nesse nível.
• Cada pacote contém as informações de endereço necessária para o roteamento da internet e para o
host receptor.
• O protocolo dominante nesse nível é o IP (como no TCP/IP), ou seja, protocolo de internet.
• Na figura mostra-se a representação das camadas do modelo de referência TCP/IP
Aplicação: Na da camada de aplicação são utilizados os protocolos:

• TELNET (Terminal Virtual);


• FTP (File Transfer Protocol);
• SMTP (Send Mail Transfer Protocol);
• DNS (Domain Name System);
• HTTP (Hypertext Transfer Protocol).

Transporte: Neste nível são executadas ações relacionadas à confiabilidade e integridade dos dados por meio
de funções como o controle de fluxo, controle de erro, sequenciação e multiplexação de mensagens.

Rede: A camada de internet, também conhecida como inter-redes, é responsável pela permissão de envio de
pacotes por hosts a qualquer rede e pela garantia de que esses dados cheguem ao seu destino final.

Interface: Para se manter em funcionamento a camada de Interface de rede utiliza como principais protocolos:
Ethernet para Redes Locais (LAN – Local Area Network) e PPP (Point-to-Point Protocol) para Redes de Longa
Distância (WAN – Wide Area Network).

IPV4 e IPV6

São os protocolos responsáveis por identificar computadores na Internet e garantir que as informações cheguem
ao destino correto. o grande crescimento gerou uma situação imprevista, somente 4,3 milhões de endereços
disponíveis até então. Para resolver esse problema foi desenvolvido o IPV6 que permitia uma quantidade quase
infinita de endereços e mais segura.
Devido à forma como foi criado o IPv4 possui o limite teórico de 4.294.967.296 números de endereços
diferentes.
Em 1995 o novo padrão o IPv6 trouxe diversas atualizações, resolvendo alguns problemas encontrados no IPv4.
A principal mudança é como os endereços são gerados.
O IPV4 é composto por dois grupos hexadecimais de 32 bits e variando de 0 a 255. A partir disso são criados
números familiares como 192.168.0.1 que são usados em redes locais. O IPV6 por sua vez é composto por oito
grupos de números, cada grupo com quatro dígitos (128 bits) hexadecimais. Isso garante que o número de
endereços chegue a 3,4 x 10^38 (dez elevado à 38ª potência), amplo o suficiente para evitar uma nova escassez
por muito tempo.

Como o IPV4 e IPV6 são utilizados nos dias de hoje?


No início a única forma de acessar qualquer serviço era digitando o número de IP. Com o grande aumento do
número de serviços ficou impossível decorar a quantidade de IP, então foi criado os servidores DNS (Domain
Name System - Sistema de Nomes de Domínio) que era um sistema que relacionava palavras com os IPs dos
sites. Por exemplo, quando se entra no site www.google.com.br, está requisitando a entrada em um servidor
DNS que possui um arquivo com o IP do GOOGLE.
Topologia de Rede

Topologia de rede é um termo utilizado para definir a forma de estruturação de uma rede de computadores. Ela
é necessária quando há uma rede de computadores conectados em uma mesma rede, ficando dividido em
topologias de rede física e logica.

Física: A topologia de rede física diz respeito aos elementos físicos que compõem a conexão de rede. Ou seja,
fala sobre a disposição de cabos e dispositivos conectados.
Logica: Já a representação lógica diz respeito à forma como a rede trabalha. O objetivo da topologia de rede
lógica é conectar os nodes da rede, para trazer uma usabilidade ainda mais eficiente, ágil e intuitiva.

Anel: Topologia realizada em forma circular, cada máquina possui duas maquinas vizinhas. É um círculo de
dispositivos conectados, com fluxo de dados unidirecional, que passa por cada nó até chegar ao seu destino.
Tipo de topologia bem confiável para transmissão de dados e sem erro, porem se houver falha em um único
dispositivo pode prejudicar a estabilidade inteira da rede.

Arvore: Recebe esse nome, pois a sua disposição lembra os galhos de uma árvore. Feita a partir de um nó
central, que distribuirá entre os demais dispositivos os dados transmitidos. Tem a vantagem de ser uma topologia
menos vulnerável e mais fácil de detectar erros, porem se o dispositivo central sofrer uma falha todos os outros
dispositivos serão afetados.

Barramento: Um padrão que traz simplicidade e praticidade. Neste tipo, todos os dados circulam por um único
cabo. A principal vantagem é que é uma estratégia econômica e versátil, com manutenção simplificada. Contudo,
sua desvantagem é similar ao tipo anel: a rede fica vulnerável diante de falhas de máquinas. Afinal, todas estão
centralizadas em um único fluxo.

Estrela: Aqui, temos braços que partem de um ponto central, em formato de estrela. A vantagem é que a falha
isolada não compromete o fluxo, visto que ele parte do nó central em direção aos demais dispositivos. Mas,
assim como o tipo árvore, em falhas no nó central, haverá prejuízo em todo o fluxo de dados.

Ponto a Ponto: O tipo ponto a ponto é o que garante a maior simplicidade. Os nós todos se conectam entre si.
Por conta dessa característica, é o tipo mais comum em instalações residenciais, por exemplo, PC1 > Modem <
PC2. É ideal para estabelecer a comunicação rápida entre dois dispositivos. Sua desvantagem é que não supre as
necessidades de instalações grandiosas.
Malha: A topologia malha é bastante conhecida pela sua estabilidade. É feita pela conexão de todos os
dispositivos entre si, uma excelente solução para operações robustas. A maior vantagem deste tipo é que a falha
individual ou mesmo de algumas unidades de dispositivos não é capaz de derrubar a rede, por isso ela é tão
estável. Sua principal desvantagem é o custo e a complexidade de instalação.

Híbrida: Assim como o nome já sugere, é um tipo que mescla diferentes tipos de topologia de rede. Sua maior
vantagem é a adaptabilidade, de acordo com a quantidade de dispositivos e orçamento disponível. Já a sua
maior desvantagem é a complexidade e assim como o tipo malha, exige um maior planejamento.

Switch

Os switches são os principais componentes de qualquer rede. Um switch é um dispositivo que simplesmente
conecta todos os elementos da sua rede. Ele atua como ponte ou unidade de controle para que computadores,
impressoras, servidores e todos os outros tipos dispositivos possam se comunicar.
Um endereço MAC (controle de acesso à mídia) é o identificador exclusivo que todo hardware atribuiu a ele. Eles
são identificadores confiáveis usados para diferenciar dispositivos que enviam e recebem dados na rede.
Os switches operam na Camada 2 e reconhecem os endereços MAC dos dispositivos conectados, permitindo
filtrar ou encaminhar decisões para cada quadro recebido corretamente. Por outro lado, os roteadores direcionam
pacotes IP com base nos endereços IP da Camada 3.

DHCP

Entender o que é DHCP é bem simples. Ele é um protocolo de configuração dinâmica para uma rede de
computadores. Ou seja, uma série de definições de gerenciamento que são usadas para tornar o processo de
configuração de dispositivos em redes IP automatizados.
Sua função é atribuir automaticamente aos dispositivos conectados:

• Endereço IP;
• Gateway padrão;
• Máscara de sub-rede;
• Entre outras configurações.
Custo Médio de implementação

Referências Principais

www.anlix.io/topologia-de-rede-o-que-e-tipos-e-qual-e-melhor/
www.networkacademy.io/ccna/ipv6/ipv4-vs-ipv6
www.tiflux.com/blog/redes-ethernet/
www.cisco.com/c/pt_br/solutions/small-business/resource-center/networking/network-switch-
how.html
www.youtube.com/watch?v=kP1kktlbUTs&t=1s
www. integrada.minhabiblioteca.com.br/reader/books/9788580551693
www.techtudo.com.br/listas/2018/03/cabo-rj-45-tem-diferentes-tipos-e-velocidades-veja-o-
que-muda.ghtml
www.br.godaddy.com/blog/o-que-e-dhcp-e-para-que-serve/
www.cisco.com/c/pt_br/solutions/small-business/resource-center/networking/network-switch-
how.html
www.tecnoblog.net/responde/o-que-e-o-modelo-osi/

Referências Auxiliares

www.techtudo.com.br/noticias/2020/10/ipv4-e-ipv6-saiba-tudo-sobre-os-protocolos-de-
internet.ghtml
www.politecnica.pucrs.br/professores/tergolina/Redes_e_Protocolos_Industriais/APRESENT
ACAO_-_Aula_11_Protocolos_Industriais_ControlNet_DeviceNet_EtherNetIP.pdf
www.dlink.com.br/voce-sabe-como-os-switches-funcionam-e-qual-o-poder-deles/
www.acervolima.com/formato-de-frame-ethernet/
www.redestecnologia.com.br/poe-power-over-ethernet-o-que-e-como-funciona-vantagens-
normas-e-cuidados/

Você também pode gostar