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Signaling System #7 - SS7

Autor: Leonardo A. L. Melo

Capítulo 1

Introdução

As redes atuais são resultado de anos de evolução. Baseada em equipamentos analógicos, a


telefonia atual não provê serviços específicos, como vídeo. Estes serviços são providos por
tecnologias independentes em redes privativas.

Para se prover estes serviços, há necessidade de redes totalmente digitais, com um certo
grau de inteligência. A ITU estudou a possibilidade de uma rede que atendesse a essas
exigências, criando, a partir daí, a padronização SS7 (Signalling System # 7).

A ITU desenvolveu um padrão de sinalização digital em meados dos anos 60 chamado de


signalling system # 6, que iria revolucionar a industria de telefonia. Baseada numa
arquitetura proprietária, uma rede de alta velocidade para comunicação, a SS6 evoluiu para
SS7, que agora tornou-se padrão no mundo.

O segredo do sucesso está na estrutura de mensagens do protocolo e na topologia de rede.


O protocolo usa mensagens, como o X.25 e outros protocolos baseados em mensagens, para
requisitar serviços de outras entidades. Essas mensagens trafegam de uma entidade para
outra dentro de pacotes.

O SS7 utiliza-se de links de alta velocidade. Estudos recentes garantem alcance até 2Mbps.
Devido a sua habilidade de transferir todos os tipos de informações digitais, esta rede é
utilizada para prover serviços sofisticados para o usuário, como ATM, ISDN e celular.
Muitas das aplicações ainda estão se desenvolvendo. A rede SS7 interconecta milhares de
companhias telefônicas em uma sinalização comum.

Pontos de Sinalização

Os nós de uma rede SS7 são chamados de Signalling Points (Pontos de Sinalização). Um
ponto de sinalização executa discriminação de mensagens e pode rotear mensagens SS7
para outros pontos de sinalização.

Além disso, provêm acesso para a rede SS7 e acesso a bancos de dados usados por switches
dentro e fora da rede. Esses pontos de sinalização são desdobrados em pares para
redundância e diversidade. O segredo da rede SS7 é estar sempre operacional e prover
caminhos alternativos no caso de falhas. Esses caminhos alternativos provêem a
confiabilidade necessária numa rede desta natureza, garantindo que as mensagens SS7
sempre chegarão ao destino.

Existem três tipos diferentes de pontos de sinalização :

 Service Switching Point (SSP)

 Signal Transfer Point (STP)

 Service Control Point (SCP)

Service Switching Point(SSP)

O Service Switching Point(SSP) é a entidade local que tem como finalidade o fornecimento
de diversos serviços relacionados a voz. Ele converte o sinal de voz em mensagens SS7.

Signal Transfer Point(STP)

É o roteador da rede SS7. Através dele, todas as mensagens são roteadas ao destino.

Service Control Point(SCP)

Serve como uma interface de banco de dados.

Rede Digital de Serviços Integrados (ISDN)

A ISDN foi o primeiro serviço público oferecido pela rede SS7. A partir do ISDN, muitos
outros serviços poderam ser oferecidos ao usuário.

Quando há necessidade de maior banda na rede, o protocolo é capaz de alocar canais


adicionais. Além de transmitir voz, o ISDN é capaz de transmitir dados usando a mesma
facilidade da transmissão de voz.

O conceito mais importante do ISDN relaciona-se com a interação entre o PBX e a rede
local. Os serviços oferecidos pelo ISDN são :
 Elementos de transporte

Permite que as informações sejam transportadas entre a rede do provedor de serviços de


telefonia e os switches, roteadores, multiplexadores, e outros equipamentos
transparentemente, sem alteração na informação original.

 Elementos de controle

Suporta operações de transporte em Real-time

 Elementos de gerenciamento de rede

Prover procedures e capacidade de administrar, manter e operar a infraestrutura de


comunicação

 Ambiente de aplicações

Prover um ambiente de desenvolvimento para programadores de onde as aplicações podem


ser desenvolvidas, usando os outros três elementos

 Transporte

Prover as três camadas iniciais do modelo OSI, provendo alocação de banda, roteamento e
detecção de erros.

Esta base de dados é utilizada pela rede para verificação de número serial de usuário,
mensagens de correio eletrônico, page etc.
Capítulo 2

Arquitetura do SS7

Com a sinalização de canal-comum, mensagens de controle são roteadas através da rede


para realizar o gerenciamento de chamadas (configuração, manutenção e finalização) e
funções de gerenciamento de rede. Essas mensagens são pequenos blocos ou pacotes que
devem ser roteados através da rede. Portanto, apesar da rede ter sido controlada ela é uma
rede de chaveamento-de-circuito.

O SS7 define as funções que são realizadas numa rede de chaveamento-de-pacotes, mas
não é prescrita nenhuma implementação em especial. Por exemplo, todas as funções de SS7
podem ser implementadas em nós com chaveamento-de-circuito como funções adicionais;
esta aproximação é o modo de sinalização associada mostrada na figura 2.1 abaixo.

Alternativamente, separar pontos de chaveamento que transportam somente pacotes de


controle não são usados para que os circuitos portadores possam ser usados, como mostrado
na figura 2.1b. Mesmo neste caso, os nós de chaveamento-de-circuitos podem necessitar
implementar partes do SS7 para que eles possam receber os sinais de controle.
Figura 2.1 – Redes de transferência e Sinalização:
Elementos de sinalização de controle

O SS7 define 3 diferentes entidades funcionais: pontos de sinalização (SP), pontos de


transferência de sinal (STP) e os Links de Sinalização. Um SP está em qualquer ponto
numa rede com capacidade de sinalização de tratamento de mensagens de controle SS7.
Pode ser um endpoint (ponto- terminal) para as mensagens de controle e incapaz de
processar mensagens não diretamente endereçadas a ele. Os nós de chaveamento-de-
circuitos, por exemplo, podem ser pontos-terminais. Um outro exemplo é um centro de
controle de rede. Um STP é ponto de sinalização que tem a capacidade de rotear
mensagens de controle; isto é, uma mensagem recebida de um link de sinalização é
transferida para outro link. Um STP pode ser um simples nó de roteamento ou pode
também incluir funções de um ponto-terminal. Finalmente, um link de sinalização é um
link de dados (enlace) que conecta pontos de sinalização.

A figura 2.1 mostra a distinção entre a função de sinalização de chaveamento-de-pacotes e


a função de transferência de informação por chaveamento-de-circuitos, no caso de uma
arquitetura de sinalização não associada. O plano de controle é responsável pelo
estabelecimento e gerenciamento de conexões. Estas conexões são requisitadas pelos
usuários através dos canais D (canais de baixa velocidade – 16Kbps – usados no ISDN)
usando o Q.931. O dialogo Q.931 ocorre entre o usuário e o nó de chaveamento local. Para
este propósito o nó de chaveamento local age como um ponto de sinalização, porque ele
deve interagir entre o diálogo com o usuário (Q.931) e as mensagens de controle dentro das
redes que realmente executam ações de requisição do usuário (SS7). Interno a rede, o SS7 é
usado para estabelecer e manter a conexão; este processo pode envolver um ou mais pontos
de sinalização e pontos de transferência de sinais. Uma vez que uma conexão é
estabelecida, a informação é transferida de um usuário a outro, fim-a-fim, no plano da
informação. Um circuito é estabelecido do nó de chaveamento local de um usuário para
outro, talvez sendo roteado através de um ou mais nós de chaveamento-de-circuitos ,
referidos como “centros de trânsito”. Todos esses nós são (chaveamento-local, centros de
trânsito) são pontos de sinalização, porque eles devem estar disponíveis para enviar e
receber mensagens SS7 para estabelecer e gerenciar a conexão.

Estruturas de sinalização de rede

Uma rede complexa terá tipicamente pontos de sinalização (SPs) e pontos de transferência
de sinais (STPs). Uma rede de sinalização que inclui nós SP e STP, pode ser considerada
como tendo uma estrutura hierárquica na qual os SPs contituem o nível baixo e STPs
representam o nível alto. A figura 2.1 é um exemplo de uma rede com um nível simples
STP.
Muitos parâmetros podem influir nas decisões concernentes ao projeto da rede e o numero
de níveis a ser implementado:

 Capacidades do STP: incluem o número de links de sinalização que podem ser


tratados pelo STP, o tempo de transferência de sinalização de mensagens, e a
capacidade de troughput de mensagens.

 Desempenho da Rede: incluem o número de SPs e delays de sinalização.

 Disponibilidade e confiabilidade: medidas da habilidade da rede em prover


serviços na ocorrência de falhas do STP.

Quando consideramos as restrições da rede em termos de performance, um único nível STP


parece que é suficiente. No entanto, considerações sobre confiabilidade e disponibilidade
podem indicar uma solução com mais de um nível. As seguintes diretrizes são sugeridas
pela ITU-T:

 Numa rede de sinalização hierárquica com um único nível STP,

 Cada SP que não for um STP ao mesmo tempo é conectada para pelo menos
duas STPs.

 Uma mistura de STPs tão completa quanto possível (full mesh: todo STP
tem um link direto a todo outro STP).

 Numa rede de sinalização hierárquica com dois níveis de STP (ver figura 2.2),

 Cada SP que não é um STP ao mesmo tempo é conectado a pelo menos dois
STPs de nível mais baixo.

 Cada STP num nível mais baixo é conectado a pelo menos dois STPs num
nível mais alto.

 Os STPs que estão num nível mais alto estão ligados numa configuração
fully meshed.
Figura 2.2 – Exemplo de uma rede de sinalização hierarquica com dois níveis de STP.

Um projeto de dois níveis hierárquicos de STP seriam tipicamente projetados tal que o
nível inferior é dedicado para tráfego em regiões específicas da rede, e o nível superior é
dedicado ao tratamento do tráfego das “inter-regiões”.

Uma realização possível de uma arquitetura SS7 é indicada na figura 2.3, a qual mostra
uma aproximação usada pela AT&T. Os SPs e STPs são conectados por links que são
definidos por funções definidas por funções (tabela 2.1).

Os STPs são configurados em pares para redundância e ligados em Cross (C) links
(ligações cruzadas). Nós de chaveamento-de-circuitos ligados em redes de chaveamento-
de-pacotes SS7 através dos links de Acesso (A) para ligar os STPs. Os links-Bridges (B)
são providos entre os pares STPs em diferentes regiões e os links D entre pares STP de
diferentes níveis hierárquicos. Os links restantes (E e F) fornecem caminhos adicionais
“para” e “dos” nós de chaveamento-de-circuitos para refletir demandas de alto-tráfego.
Pode-se ver que este projeto combina bom desempenho com alta confiabilidade. Entre
qualquer par de pontos de sinalização, as mensagens devem normalmente atravessar
somente um ou dois STPs. Isto possibilita baixo delay no transito de mensagens. Ao
mesmo tempo tempo, a queda de um STP importante ou link de sinalização não impede a
comunicação, contudo até certo grau uma rota mais longa pode necessitar ser usada.

Arquitetura de Protocolos

Nós já discutimos a arquitetura SS7 em termos de ser uma forma na qual as funções são
organizadas para criar uma rede controlada por chaveamento-de-pacotes. O termo
arquitetura pode ser usado para definir a estrutura de protocolos que especifica o SS7.
Assim como o modelo Open System Interconnections (OSI), o padrão SS7 é também uma
arquitetura dividida em camadas. A figura 2.4 mostra a estrutura corrente do SS7 em
relação ao OSI.

A arquitetura SS7 consiste de 4 níveis. Os três níveis inferiores, referidos como message
transfer part (MTP) [parte de transferencia da mensagem] provê um serviço confiável mas
não-orientado à conexão para roteamento de mensagens através de uma rede SS7. O nível
mais baixo, o nível signaling data link [nível de físico de sinalização], corresponde ao
nível físico do modelo OSI e está relacionado com as características físicas e elétricas dos
links de sinalização. Isto inclui links entre STPs, entre um STP e um SP, e links de controle
entre SPs. O nível signaling link [nível de sinalização] é um protocolo de controle de
enlace que enlace de sinalização que provê um envio confiável de dados sequenciados; ele
corresponde ao nível 2 do modelo OSI. O nível mais alto do MTP, referido como signaling
network level , provê roteamento de dados através de múltiplos STPs da origem de controle
ao destino de controle.

Estes 3 níveis juntos não provêem o conjunto completo de funções e serviços especificados
nas camadas 1 a 3 do OSI, mais destacadas nas áreas de endereçamento e serviços
orientados a conexão. Na versão de 1984 do SS7, um módulo adicional foi acrescentado, o
qual está agora no nível 4, conhecido como signaling connection control part (SCCP)
[parte de controle de conexão de sinalização]. O SCCP juntamente com o MTP são
referidos como um network service part (NSP). Uma variedade de diferentes serviços da
camada de rede são definidos no SCCP, para atender as necessidades de vários usuários do
NSP.O restante dos módulos do SS7 são considerados de nível 4 e inclui vários usuários do
NSP. O NSP é simplesmente um sistema de liberação de mensagem; as partes restantes
tratam do conteúdo efetivo das mensagens. O ISDN ser part (ISUP) [parte do usuário
ISDN] provê o controle de sinalização necessário ao ISDN para tratar das mensagens dos
assinantes ISDN e funções relacionadas. A transaciona capabilites application part
(TCAP), introduzida primeiramente em 1988, provê o mecanismo para aplicações
orientadas-a-transações (em oposição às orientadas a conexão). A operations,
maintenance, and adminstration part (O&MAP) especifica as funções de gerenciamento
e mensagens relacionadas a operação e manutenção. Em adição, outros módulos referidos
como application service elements (ASEs), podem ser definidos para suportar outras
aplicações.

O MTP foi desenvolvido a priore para SCCP e foi adaptado as necessidades de tempo-real
das aplicações telefônicas. A natureza de não-orientada à conexão do MTP, provê uma
facilidade para baixo overhead adaptado as necessidades telefônicas. No contexto do ISDN
torna-se claro que existem outras aplicações, tais como gerenciamento telefônico, que
precisa dos serviços completos da camada de rede OSI, tais como capacidade de
endereçamento e confiabilidade na transferencia de mensagens. O SCCP foi projetado para
atingir estes requerimentos. A separação resultante das funções de rede OSI entre a
sinalização da camada de rede e SCCP tem a vantagem de que os serviços de alto overhead
podem ser usados somente quando requeridos, com um MTP mais eficiente usado para
outras aplicações.
Capítulo 3

Níveis Signaling Data Link e Signaling Link

3.1 Nível Signaling Data Link

O nível signaling data link é uma ligação física full-duplex dedicada ao tráfego SS7. O
SS7 é otimizado pelo uso de links digitais de 64Kbps. No entanto, as recomendações
permitem para o uso de conexões chaveadas-a-circuitos para o enlace, baixas velocidades, e
links análogos com modems. O link pode ser roteado via satélite.

3.2 Nível Signaling Link

O nível de signaling link corresponde ao nível de enlace do modelo OSI. Portanto, seu
propósito é permitir é tornar um link físico potencialmente indisponível num link de dados
disponível.

 Todos os blocos transmitidos de dados chegam ao destino sem nenhuma perda


ou duplicação.

 Blocos de dados chegam ao destino na mesma ordem na qual eles são


transmitidos.

 O receptor é capaz de realizar controle de fluxo sobre o transmissor.

Os últimos três pontos asseguram que os blocos de dados não são perdidos após sua
liberação devido ao estouro do buffer.

Muitas das técnicas achadas nos melhores protocolos de controle de enlace, tias como LAD
e LAPB, são usados no nível de signaling link do SS7. A diferença em alguns casos estão
relacionadas mais ao estilo que a essência. Em outros casos, eles resultam da necessidade
de desempenho que requerem a rede a responder rapidamente ao sistema ou eventos de
falhas dos componentes.

Formatos das Unidades de Sinal

Nós iniciaremos nossa discussão sobre o protocolo signaling link com a descrição dos
formatos elementos básicos do protocolo. Os blocos de dados são transmitidos no nível de
signaling link são referidos como unidades de sinal. Existem três tipos de unidades de
sinal, como mostra a figura 3.1 {11.5}:

 Message Signal uni (MSU) [unidade de sinais da mensagem] : transporta os


dados do usuário do nível 4.

 Level tatus Signal uni (LSSU) [ unidade de sinais de tatus do nível signaling
link] : transporta informações de controle necessárias ao nível de signaling
link.

 Fill-in signal unit (FISU) [unidade de sinais de preenchimento] : transmitem


quando nenhum sinal estão disponíveis. Isto possibilita um método de
monitoramento de erro consistente, para que falhas de links possam ser
rapidamente detetadas e removidas de um serviço, ainda que o tráfego seja
baixo.

O MSU inicia e termina com um o campo de flag, o qual delimiter a unidade de sinal em
ambas as extremidades com o padrão 01111111. Como o LAPB e LAPD, o processo de bit
stuffing é usado para evitar a aparência de um flag padrão no corpo do frame.

Os próximos 4 bits são usados para implementar um típico mecanismo controle de fluxo e
controle de erro usados em muitos protocolos de camada 2 e 3. O controle de fluxo é
executado pelo mecanismo de janela deslizante, e o controle de erro é executado pelo
mecanismo automático de repeat-request (ARQ) do tipo go-back-N. O backward sequence
number (BSN) contém os números dos últimos MSUs recebidos do outro lado com
sucesso; isto prove redundância de acks. Reconhecimentos negativos (nacks) associados
com esse BSN é indicado pela inversão do bit backward indicator bit (BIB). O novo valor
desse bit será mantido em todas as unidades de sinal (signal) subsequentes para indicar um
ack positivo até que outro erro seja detetado. Quando isto ocorre, o BIB é novamente
invertido na próxima unidade de sinal. O forward sequence number (FSN), é usado para
numerar as unidades MSUs, modulo 128. O FSN de cada nova MSU é diferente da MSU
anterior. O forward indicator bit (FIB) é usado para indicar se a MSU com o contem é
numa nova MSU ou é uma retransmissão devido a recepção de um nack. Para uma
retransmissão, o FIB é invertido; todos as unidades de sinal mantiveram o mesmo valor do
FIB até que outro nack seja recebido.

campo lenght indicator (LI) especifica o comprimento, em octetos, dos campos seguintes
de nível-superiores. Isto possibilita uma verificação-cruzada. E também serve de indicador
unidade de sinal, para os três tipos de unidades de sinal transportam os dados de níveis
superiores de diferentes comprimentos:

 O FISU não tem campos de dados do usuário;

 O LSSU tem um simples campo de dados do usuário de um octeto;

 E o MSU tem uma porção de dados que é maior que dois octetos.

Portanto, um valor de 0 indica um FSU; um valor de 1 ou 2 um LSSU; e um valor de 3 até


63 permite vários comprimentos de MSU.

Os próximos 2 campos informação de uso para altos níveis e são simplesmente tratados
para serem transferidos através do link. O service information octeto (SIO) indica a
natureza do MSU. Este octeto consiste de dois subcampos, o indicador de serviço e de sub-
serviço (vide tabela 11.2). O indicador de serviço especifica o usuário do MTP: qual o tipo
de mensagem esta sendo transportada. Alguns dos bits no campo de sub-serviço esta sendo
transportado não são usados, são reservados para uso futuro ou são bits disponíveis para
uso nacional. O signaling information field (SIF) contém informação de interesse para o
nível de rede de sinalização e nível 4 do SS7. Este campo consiste dois subcampos, o rótulo
de roteamento e os dados do usuário. O rótulo de roteamento é um campo de endereços de
32 bits, contendo 14 bits de endereço do nó de origem, 14 bits do nó de endereço de destino
e 4 bits do campo de seleção de link que é usado para distribuir o tráfego entre as rotas
alternativas A Segunda parte do SIF contém dados do usuário de algumas aplicações SS7
ou dados de gerenciamento de rede. Por exemplo, uma parte de usuário ISDN estaria
contido aqui.

Os campo check bits (CK) é um código de deteção de erro usado para habilitar o receptor
para determinar se tem ocorrido algum erro de transmissão. Os check bits são calculados a
partir da sobra de bits na unidade de sinal exclusiva dos flags, usando o CRC (cyclic
redundance check). O CRC é calculado pelo transmissor e inserido na unidade de sinal. O
mesmo cálculo é efetuado pelo receptor. Se existir uma discrepância entre o CRC recebido
e o CRC calculado pelo receptor, então é assumido a existência de um erro. A fórmula de
16-bits CRC-CCITT é usada.

O link status signal unit (LSSU) compartilha muitos de alguns campos do MSU. A única
diferença é que ao contrário de dois campos do usuário (SIO e SIF) no MSU, existe um
simples campo status fiela (SF) que é transportado como um dado de usuário no LSSU.
Novamente, o campo é usado como um dado a ser transferido através do link. O campo é
usado para indicar o ponto de vista do transmissor acerca do estado atual do link. Esta
informação pode ser usada para propósitos de gerenciamento da rede.

Por último o fill-in signal unit (FISU) não contém nenhum campo. Ele tem a mesma
estrutura do MSU e do LSSU, mas sem nenhum campo do usuário.

Operação

As funções chave realizadas pelo protocolo de sinalização de link, são controle de fluxo,
controle de erro e monitoramento de erros.

Controle de Fluxo

Tanto o controle de fluxo como o control de erro empregam um técnica de janela


deslizante, na qual cada message signal unit (MSU) é numerado seqüencialmente. Cada
novo MSU é dado um novo número de sequência de avanço (FSN) que é um incremento do
número anterior de sequência. Link status signal units (LSSUs) e fill-in signal units (FISUs)
não são separadamente numerados, mas incluem o FSN do último MSU transmitido. Todos
os três tipos de unidades de sinal incluem reconhecimento (acks) sobreposto e
reconhecimento negativo (nacks) na forma de número de sequencia reversa (BSNs). A
figura 3.6 {11.6}fornece um exemplo de um erro de troca de unidades de sinal.

{figura 3.6}

Note que quando ambos os lados tem dados para enviar via MSU, então o MSU é usado
para fornecer ack sobreposto. Quando um lado não tem nenhum dado para enviar, ele
transmite FISUs o qual fornece acks.

O controle de fluxo é executado pelo LSSU. Quando um lado é incapaz de continuar com o
fluxo de dados do outro lado, ele transmite um LSSU com um indicação de ocupado no
campo de status. Quando tal tipo de indicação é recebida, todas as transmissões de MSUs
devem cessar; o lado ocupado irá notificar o outro lado que ele pode reiniciar a transmissão
por meio de outro LSSU. Esta atividade é geralmente invisível ao próximo nível mais alto
(signaling network level) o qual simplesmente notará que o trhoughput diminuiu. No
entanto, se uma condição de congestionamento persiste e isto não é informado ao signaling
network level, então o desempenho de toda rede de sinalização pode ser degradada. Se o
nível de rede (network level) foi informado do problema de congestionamento, então os
pacotes de controle podem ser roteados ao redor do ponto de congestionamento. Para esse
propósito, um controle rígido de tempo de duração permissível de uma condição de
ocupado, é imposto. Tres regras especificam o controle de tempo:

 Se o receptor tornar-se sobrecarregado, ele deve enviar um sinal de ocupado, para


interromper a transmissão do outro lado, o receptor reterá o envio de acks do MSU
que por sua vez, habilitará a condição de controle-de-congestão dos MSUs
subsequentes recebidos durante a condição de ocupado. Se a condição de sobrecarga
persiste, o nó deve repetidamente enviar uma condição de ocupado a intervalos de
T5 unidades-de-tempo (valores sugeridos são: 80 a 120 ms). O outro lado suspende
a transmissão dos MSUs enquanto a condição de ocupado persiste.
 Quando ocorrer a condição de congestionamento sobre o receptor, os sinais do
receptor finalizam o fim da condição de ocupado pelo reinício dos acks dos MSUs
entrantes.

 Mesmo se as repetidas indicações de ocupado são recebidas a cada T5 unidades-de-


tempo, um nó irá informar ao nível de rede que o link está out of service [fora de
serviço] depois de um intervalo de tempo de T6 (valor sugerido: de 3 a 6 segundos).

Controle de erro

Duas formas de controle erro são definidos:

 Método Básico: Aplica-se a links onde o delay de propagação em uma única


direção é menor que 15 ms.

 Método de retransmissão cíclica preventiva: Aplica-se a links de sinalização com


um delay de propagação em uma única direção é maior ou igual a 15 ms; isso
incluiria os links de sinalização estabelecidos via satélite.

O método básico de controle de erro é go-back-N ARQ (vide nota abaixo). Se um nó


recebe um nack em um MSU, LSSU ou FISU, ele retransmitirá uma unidade sinal
específica e todas as subsequentes unidades de sinal. A figura 3.7 {11.7} ilustra este
algoritmo.

Nota: Os ARQs ou Automatic Repeat Request (ARQ) são mecanismos ou técnicas para
controle de erros baseadas em alguns de dos seguintes ingredientes:

 Deteção de erro: O destino detecta e descarrega PDUs (protocol data unit) que estão
como erro.

 Acknowledgment positivos: O destino retorna o ack para uma recepção que ocorreu
com sucesso, com PDUs livres de erros.

 Retransmissão após timeout: A origem retransmite um PDU que não foi reconhecido
pelo receptor (não houve recepção de ack) após um tempo predeterminado.

 Acknowledgments negativos (nacks) e retransmissão: O destino retorna o nack para


os PDUs nos os erros foram detetados. A origem retransmite esses PDUs.

A forma mais comum de ARQ é o go-back-N ARQ. Nesse caso a estação pode enviar uma
série de PDUs sequencialmente numerados com algum valor de módulo máximo. O
número de PDUs de saída reconhecidos com acks, é determinado pelo tamanho da janela,
usando a técnica controle de fluxo de janela-deslizante (sliding-window) . Se uma estação
de destino deteta um erro num PDU, ele envia um nack relativo aquele PDU. A estação de
destino irá descartar aquele PDU e todos os PDUs subsequentes de entrada, até que seja
recebido novamente aquele PDU que estava com erro, seja corretamente recebido.

A alternativa usada para links com grande tempo de delay, ao invés de usarmos o go-back-
N é o preventive cyclic retransmission. Para um link com um delay relativamente longo, é
comparativamente curto, e o link pode estar inativo quase todo tempo. Em tais
circunstancias, não eficiente esperar por um nack antes da retransmissão. Em vez disso,
sempre que um nó não tem nenhum MSU para enviar, ele automaticamente retransmite
MSUs não-reconhecíveis, sem esperar por um ack ou nack. Somente acks positivos são
enviados pelo lado remoto.

Isto é feito, porque somente os acks positivos são enviados pelo lado remoto, existe o
perigo que uma unidade com erro possa não ser detetada ou corrigida por um longo período
de tempo. Isto é especialmente verdade quando o tráfego é muito pesado. Neste caso um
lado pode estar tão ocupado enviando novas unidades, que ele raramente realiza
retransmissões voluntárias. Da mesma forma, quando um predeterminado número unidades
de sinal com nacks existem, a transmissão de novas unidades é interrompida e as unidades
de sinal retidas são retransmitidas ciclicamente até que o número de unidades de sinais com
nacks seja reduzido. Esta característica é conhecida como forced retrasnmission procedure
(procedimento de retransmissão forcado).

Monitoração de erros

Dois tipos de monitoramento de taxa-de-error de link de sinalização são previstos:

- Monitor de taxa-de-erro de unidade de sinalização e;

- Monitor de taxa-de-erro de alinhamento.

O Monitor de taxa-de-erro de unidade de sinalização é empregado enquanto o link de


sinalização está em serviço e prove uma forma para deteção de erro quando um link deve
ser mantido fora de serviço devido a erros excessivos. Um contador é mantido inicializado
para zero e manipulado baseado em dois parâmetros:

T = limites acima de um certo será sinalizado ao nível 3

1/D = a taxa mais baixa de erro (razão entre erros de unidade sinal e unidades de sinal) que
eventualmente possam causar um erro para ser sinalizado ao nível 3

Para cada unidade de sinal recebida com erro, o contador é incrementado de 1. O contador é
decrementado de 1 (mas não menor que zero) para cada sequencia de D unidades de sinal
recebidas, estando em erro ou não. O link é considerado não-confiável sempre que o
contador atingir o limite T. Para links de 64 kbps, os valores dos parâmetros são
configurados para T = 64 e D = 256 (taxa-de-erro = 1/D = 0,004). Esta técnica ;e conhecida
como algoritmo “balde furado”. Finalmente, será detetada uma taxa-de-erro consistente em
ou acima da taxa de 1/D, mas não será disparada por uma onda ocasional de erros, tais com
as causadas por uma eclosão de ruído.

- O Monitor de taxa-de-erro de alinhamento é empregado enquanto o link de


sinalização está sendo inicializado e alinhado. Alinhamento simplesmente significa que
o transmissor e o receptor estão alinhados com respeito a abertura do campo de flag
para cada frame transmitido. O procedimento de monitoramento de taxa-de-erro de
alinhamento estabelece um critério para rejeitar um link de sinalização devido a uma
excessiva taxa-de-erro. Para este propósito um contador é usado para ser inicializado
para zero e incrementado por 1 para unidade de sinal recebida com erro. Se o contador
excede um limite antes do final de um “período de prova” inicial, o período de prova é
abortado. No evento da falha, o procedimento do período de prova pode ser tentado por
5 vezes. Cinco falhas sucessivas resulta num link declarado não-confiável.
Capítulo 4

Nível “Network”

O Nível de “network” (nível de rede), Provê as funções em procedimentos para a


transferência das mensagens SS7 entre os pontos de sinalização. Como mostra a figura 4.8
{11.8} o nível de sinalização de rede inclue funções relativas ao tratamento de mensagens e
funções relativas ao gerenciamento de rede.

Funções de tratamento de sinalização de mensagens

As funções de gerenciamento são realizadas em todos os pontos de sinalização (incluindo


pontos de trasnferência de sinal). Eles são baseados nas partes das mensagens de unidades
de sinal conhecidas como rótulo de roteamento e no octeto de informação de serviço (figura
11.5a).

As funções de tratamento de mensagens caem em tres categorias:

 Discriminação: Determina se a mensagem está no seu destino ou se é para ser


substituído por outro nó. Esta decisão é baseada na análise do codigo de destino no
rótulo de roteamento da mensagem. Se este é o destino, então a unidade-de-sinal é
liberada a função de distribuição; do contrário é librada para a função de roteamento. A
função de roteamento é somente necessária nos signal transfer points (STP) [pontos de
transferência de sinal].

{figura 4.8 = 11.8}

 Roteamento: Determina o link de sinalização a ser usado no avanço da mensagem.


A mensagem pode ter sido recebida da função de discriminação ou da entidade de
nível 4 local.

 Distribuição: Determina a parte do usuário a qual a mensagem deve ser liberada. A


decisão é baseada na analise da porção indicadora de serviço do octeto de informação
do serviço.

A decisão de roteamento é baseada no valor do campo signaling link selection (SLS)


[seleção do link de sinalização], o qual é assinalado como parte do usuário no nível 4.

Funções de Gerenciamento de Rede de Sinalização

Outro componente principal do nível de rede de sinalização é o gerenciamento da rede


de sinalização. O principal objetivo deste componente é vencer a degradação do link
(falhas ou congestionamentos). Para alcançar esse objetivo, a função de gerenciamento
de sinalização é concernida com o monitoramento do estado de cada link, ditando rotas
alternativas para vencer a degradação do link e informando as rotas alternativas aos nós
afetados, e com recuperação de perda de mensagens devido a falhas no link. A meta do
SS7 não é mais que 10 minutos de indisponibilidade por ano para qualquer rota. Esta
meta é realizada através da redundância de links e rerroteamento dinâmico.

Esta ênfase no gerenciamento interno da rede é raro; virtualmente, todos os outros


protocolos de rede não fazem nenhuma menção ao gerenciamento de rede. Na maioria
dos casos, é preferível deixar os detalhes de gerenciamento de rede para o provedor,
para que o provedor possa procurar uma maior aproximação efetiva de custo e ser
responsável por mudar tanto as expectativas do cliente quanto os avanços na tecnologia.
No entanto, no caso do SS7 existem fortem razões para a ênfase no gerenciamento de
rede:

1. As funções bem especificadas são críticas. O desempenho da arquitetura de


sinalização de controle de rede afeta todos os usuários da rede.

2. As várias redes envolvidas devem suportar tráfego internacional. A degradação num


sistema de sistema de sinalização de uma nação terá repercussões além das
fronteiras da nação. Portanto, alguns acordos internacionais no nível da
confiabilidade das redes nacionais, são necessários.

3. Recuperação e ações de restauração podem envolver múltiplas redes (exemplo: no


caso de chamadas internacionais). Se o SS7 não incluir procedimento de falhas e
recuperação de erros, será necessário para a administração de cada rede pública
entrar em acordos bilaterais com um número de outras redes.

A figura 4.8 {11.8} mostra que as funções de gerenciamento de uma rede de sinalização
dividem-se em tres categorias:

 Gerenciamento de tráfego de sinalização

 Gerenciamento de links de sinalização

 Gerenciamento de rotas de sinalização

Gerenciamento de tráfego de sinalização

O Gerenciamento de tráfego de sinalização é usado para desviar o tráfego de sinalização;


sem causar perda ou duplicação de mensagens, nos links ou rotas de sinalização
indisponíveis para um ou mais links ou rotas alternativas, ou até para reduzir o tráfego no
caso de congestionamento.

Como exemplo de funções realizadas na categoria de gerenciamento de tráfego de


sinalizações, vamos considerar uma mudança de procedimentos. O objetivo disto é garantir
que o tráfego de sinalização transportado por um link que tornou-se indisponível é desviar
para links de sinalização alternativos, de forma tão rápida quanto possível , enquanto evita
perda de mensagens, duplicação ou perda de sequência das mensagens.

Gerenciamento de Links de Sinalização

É usado para restaurar falhas de links de sinalização, ativar novos links de sinalização, e
desativar links de sinalização alinhados. Existe um conjunto básico de funções mandatórias
que executam o gerenciamento de links de sinalização para links diretamente conectados ao
ponto de sinalização. Existem funções adicionais que permitem o uso mais eficiente dos
equipamentos de sinalização quando os dispositivos terminais de sinalização tem acesso
chaveado para enlaces de sinalização.

Gerenciamento de rotas de sinalização

Gerenciamento de rotas de sinalização é usado para distribuir informações acerca do estado


da rede de sinalização, para bloquear ou desbloquear rotas de sinalização.

Como exemplo das funções realizadas pelo gerenciamento de rotas de sinalização,


consideremos o procedimento de congestionamento do conjunto-de-rotas-de-sinalização.
Este procedimento é usado pelos STPs para controlar o congestionamento. Considerando
que o congestionamento ocorreu entre pontos de sinalização, isto pode ser facilmente
tratado pelo controle de fluxo do nível 2, quando um congestionamento ocorre num link
proveniente de um STP, os SPs de origem que enviam mensagens através daquele link,
devem ser controlados.

Cada link de saída de cada ponto de transferencia de sinalização tem um buffer de


transferencia com os tres níveis de limites:

 Ataque de congestionamento (T)

 Diminuição do congestionamento (A)

 Descarte do congestionamento (D)

... Onde A < T < D. O limite de descarte é equivalente a capacidade do buffer. O conjunto
de rotas através do link em questão pode estar tanto congestionado como descongestionado,
dependendo do histórico de ocupação do buffer. Quando o link está descongestionado e a
chegada das unidades de mensagens entrantes causa a parte do buffer que é preenchido com
excesso T, então o link é considerado como congestionado, e as mensagens que chocam, a
transferencia controlada (TFC), é enviada para a origem do nó que causou o limite ser
atingido e a origem de todas as mensagens subsequentes, enquanto o link estiver
congestionado.

Quando o nível de ocupação do buffer diminui abaixo de A, a transmissão das mensagens


“congestionantes” cessa e o link é considerado descongestinado. Portanto, o estado de
ocupação do link quando a ocupação do buffer esta entre A e T pode estar no mesmo
estado, dependendo do histórico de ocupação do buffer. Isto é o efeito da “histerese”, o qual
previne mudanças frequentes do estado do link.
Quando um ponto de sinalização recebe uma mensagem “congestionante” , ele para a
geração de mensagens para a rota envolvida. Dois temporizadores são usados para
determinar quando reiniciar o roteamento normal. Quando um nó receber uma mensagem
“congestionante” ele dispara um temporizador com uma duração de T15 segundos. Quando
o tempo acaba, o nó envia uma mensagem de sinalização de rota do tipo set congestion test
(SCT) para o mesmo destino ao longo da rota normal e espera um período de T16 segundos
para ver se outra mensagem “congestionante” é retornada em resposta a esta mensagem
RCT. Se uma mensagem “congestionante” for recebida dentro de T16, o temporizador T15 é
zerado e o processo inicia novamente. Se T16 expira, então o nó assume que o
congestionamento foi reduzido e reinicia o roteamento normal.

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