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Topologias de redes – fibra ótica e wireless

Ethernet
Ethernet é a tecnologia que permite a conexão física entre dispositivos como
computadores, impressoras, switches e roteadores em redes locais. Por ser escalável e
de fácil manutenção, esse padrão é amplamente usado para conectar dispositivos
através de cabos para a transmissão de dados.
Esse padrão utiliza cabos de rede, geralmente de par trançado, para conectar
dispositivos e transmitir dados em velocidades variadas, dependendo da tecnologia
utilizada.
Por ser um padrão globalmente aceite, a tecnologia simplificou os sistemas de
comunicação e possibilitou maior escalabilidade das redes locais, simplificando adaptar
e expandir a infraestrutura de TI de acordo com a complexidade do ambiente.

Quando a tecnologia Ethernet foi criada?


A primeira versão da tecnologia Ethernet foi inventada por Robert Metcalfe e pelo seu
colega David Boggs no início dos anos 1970, enquanto trabalhavam no Xerox Palo Alto
Research Center (PARC) na Califórnia.
A primeira especificação formal do padrão, conhecido como Ethernet Version 1.0, foi
publicado em setembro de 1980.
A introdução dessa tecnologia foi um marco importante no desenvolvimento das redes
de computadores, pois padronizou e simplificou o meio físico de comunicação usado na
comunicação entre computadores, storages e outros dispositivos nas redes internas de
dados.
O conjunto de regras do padrão Ethernet foi adotado por diversos fabricantes de
equipamentos e softwares, por isso permitiu a criação de redes locais de baixo custo,
com implementação e manutenção simplificada.
Desde então, a Ethernet passou por várias revisões e melhorias, tornando-se a
tecnologia de rede dominante em todo o mundo.
A principal aplicação da tecnologia Ethernet é viabilizar a criação de redes locais (LANs),
permitindo a comunicação entre computadores, impressoras, routears, servidores e
outros dispositivos.

Atualmente o padrão é amplamente utilizado em redes para conectar dispositivos e


gerenciar a comunicação em estruturas client-server em ambientes corporativos,
governamentais, educacionais e domésticos.
Essa comunicação de dados é essencial para que os dispositivos conectados possam
compartilhar informações, recursos e até o acesso à internet.
Além disso, essa tecnologia possibilitou também o compartilhamento de equipamentos
dentro de uma mesma rede, como servidores, sistemas de armazenamento, câmaras de
vigilância, servidores de impressão, modens e routers.
A Ethernet e a transmissão de dados numa rede local
O padrão Ethernet por si só, não é a única responsável para a comunicação, e precisa de
uma combinação de elementos para transmitir dados numa rede local com sucesso.
Esses elementos incluem dispositivos como servidores e computadores, um meio físico
para transmissão de sinais (cabos) além de dispositivos de interconexão, como switches
e hubs, para conectar e gerenciar o tráfego.
Essa tecnologia depende ainda sistemas operacionais, protocolos e padrões de
comunicação, como IEEE 802.3 e IEEE 802.11, para garantir a comunicação eficiente e a
interoperabilidade entre dispositivos.
Dentre esses padrões, sistemas de endereçamento como o MAC address, são usados
para identificar os dispositivos individualmente e endereçar o pacote de dados.
Nesse ambiente os algoritmos de controlo de acesso ao meio, como CSMA/CD ou
CSMA/CA, são usados para gerenciar a transmissão desses dados e evitar as colisões de
pacotes.
Finalmente, os dados que serão transmitidos são encapsulados em quadros Ethernet
para garantir a transmissão e receção eficientes dos dados na rede.
Um quadro contém informações de endereçamento, controlo de erro e delimitação de
pacotes que ajudam a garantir a entrega correta e a integridade dos dados transmitidos.

O IEEE (Institute of ElectricalElectronics Engineers) é a organização responsável por


manter, atualizar e revisar as especificações do padrão Ethernet.
O instituto é o responsável pelo conjunto de padrões IEEE 802.3, que definem as redes
Ethernet com e sem fio, incluindo protocolos, velocidades de transmissão, topologias,
meios físicos e outros aspetos relacionados.
O IEEE é uma organização composta por engenheiros, cientistas e profissionais da
indústria que trabalham no desenvolvimento de padrões técnicos em diversas áreas
como em telecomunicações, eletrónica e tecnologia da informação.

As revisões e atualizações da tecnologia trouxeram evoluções significativas nas


velocidades do padrão Ethernet. A cada nova versão, o IEEE incorporou as melhorias
obtidas na transmissão de dados.
O problema é que algumas revisões da tecnologia existem que os cabos sejam
substituídos para a obtenção de maiores velocidades de comunicação.
Por exemplo, o 10BASE-T e o 100BASE-T geralmente usam cabos de par trançado de
categoria 5 (Cat5) ou superior, enquanto o 1000BASE-T e o 10GBASE-T exigem cabos de
categoria 6 (Cat6) ou superior.
Além disso, embora o padrão Ethernet esteja em evolução e as novas versões ofereçam
maiores velocidades, redes locais e dispositivos conectados nem sempre conseguem
aproveitar esses benefícios devido à limitações de hardware e software.
Velocidades disponíveis para o padrão Ethernet
- Ethernet (10BASE-T): Esta é a versão original do padrão, que oferece velocidades de até
10 Mbps (megabits por segundo).
- Fast Ethernet (100BASE-T): Introduzida em 1995, o padrão 100BASE-T aumentou a
velocidade de transmissão de dados para 100 Mbps.
- Gigabit Ethernet (1000BASE-T): Lançada em 1999, o padrão Gigabit elevou a velocidade
para 1 Gbps (gigabit por segundo), ou 1000 Mbps.
- 2.5 Gigabits Ethernet (2.5GBASE-T): Introduzida em 2016, essa versão do padrão
ethernet oferece velocidades de 2,5 Gbps.
- 5 Gigabits Ethernet (5GBASE-T): Também introduzida em 2016, essa nova versão da
comunicação em rede oferece velocidades de 5 Gbps.
- 10 Gigabits Ethernet (10GBASE-T): Introduzida em 2002, essa versão aumentou a
velocidade para 10 Gbps, ou 10.000 Mbps.
- 25, 40, 50, 100 e 400 Gigabits Ethernet: Essas versões oferecem velocidades ainda mais
altas, variando de 25 a 400 Gbps. Elas são mais comuns em redes de datacenters,
telecomunicações e aplicações de alta capacidade.

Influencia dos cabos no desempenho da rede local


Existem várias categorias de cabos Ethernet, como Cat5, Cat5e, Cat6, Cat6a, Cat7 e Cat8,
cada uma com suas características específicas e que afetam o desempenho geral da rede.
Por isso, ao escolhermos um desses cabos, devemos considerar requisitos como a
velocidade exigida e a distância entre os dispositivos, além de possíveis fontes de
interferência podem prejudicar o desempenho da rede.
Ao projetar uma LAN e seu respetivo cabeamento pode-se considerar os seguintes
pontos:
- Velocidade de transmissão de dados: Cabos de rede de categoria superior geralmente
suportam velocidades de comunicação mais altas. Essa informação é importante quando
o assunto é conectar servidores e sistemas de armazenamento em grandes redes
corporativas.
Por exemplo, enquanto os cabos Cat5 e Cat5e suportam velocidades até 1 Gbps (Gigabit
Ethernet), o Cat6 suporta até 10 Gbps, porém a distâncias mais curtas (até 55 metros).
Cabos de categoria ainda mais alta, como Cat7 e Cat8, são projetados para suportar
velocidades até 25, 40 e 100 Gbps em distâncias mais curtas.
- Distância máxima de transmissão: A distância máxima de transmissão eficiente
também varia de acordo com a categoria e a normatização do cabo e conectores.
Cabos de categoria inferior têm um alcance limitado para maiores velocidades. Por
exemplo, o cabo Cat6 suporta 10 Gbps até 55 metros, enquanto o Cat6a pode estender
essa distância para 100 metros.
- Resistência a interferências: Cabos Ethernet blindados, como os cabos Cat6a, Cat7 e
Cat8, são projetados para oferecer melhor resistência à interferência eletromagnética e
de radiofrequência.
Esse recurso é especialmente útil em ambientes com muitos dispositivos eletrônicos ou
cabos paralelos e que afetam o desempenho da rede.
A blindagem ajuda a manter a qualidade do sinal e a velocidade de transmissão de
dados, mesmo em condições adversas, como eletrocalhas e dutos que trafegam dados
e energia simultaneamente.

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