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• AULA 01 - Cabeamento Estruturado

• AULA 02 - SIMULADORES DE REDES


• AULA 03 - Crimpagem de Cabos
• AULA 04 - Configuração de Dispositivos – parte 1
• AULA 05 - Configuração de Dispositivos – parte 2
• AULA 06 - Servidores
• AULA 07 - Modelo OSI e TCP/IP
• AULA 08 - Dispositivos de rede
• AULA 09 - Sistemas Operacionais para servidores
• AULA 10 - Endereçamento de rede e o fim do IPv4
• AULA 11 - Endereçamento IP e Servidores
• AULA 12 - Acesso remoto e Segurança

AULA 01 - CABEAMENTO ESTRUTURADO

Cabeamento Estruturado: O Fundamento para Redes Modernas

O crescimento exponencial da tecnologia e a necessidade cada vez maior de comunicação e


interconexão de dispositivos têm impulsionado o desenvolvimento de redes de dados mais
eficientes e confiáveis. Nesse contexto, o cabeamento estruturado desempenha um papel
fundamental ao fornecer a base para a infraestrutura de redes modernas. Vamos abordar os
conceitos essenciais do cabeamento estruturado, desde sua definição até seus benefícios e
normas padronizadas.

O cabeamento estruturado ajuda a modernizar a rede das empresas, garantindo que os


sistemas de informática e comunicação funcionem da melhor maneira possível. Esse tipo de
serviço acaba tornando as redes mais autônomas e geram mais agilidade e são mais confiáveis

O que é Cabeamento Estruturado?


O cabeamento estruturado é um sistema padronizado de cabos e hardware que fornece a
infraestrutura para transmitir sinais de voz, dados e vídeo dentro de um edifício ou campus
corporativo. A principal característica do cabeamento estruturado é sua organização e
planejamento cuidadoso, permitindo flexibilidade, crescimento e facilidade de manutenção.
Nesta seção, exploraremos os fundamentos dessa abordagem eficiente de conectividade.
Benefícios do Cabeamento Estruturado
O cabeamento estruturado é amplamente reconhecido como a melhor abordagem para a
criação de redes de dados organizadas, escaláveis e confiáveis. Sua adoção proporciona uma
série de benefícios que contribuem para a eficiência das operações e para a redução dos custos
de manutenção e expansão das redes.
Principais benefícios
1 – Melhor gerenciamento.
2 – Maior ROI (Retorno Sobre o Investimento) para a empresa.
3 – Estrutura pronta para novas expansões.
4 – Maior flexibilidade do sistema.
5 – Melhora da parte estética do ambiente corporativo

Flexibilidade e Adaptação
Um dos principais benefícios do cabeamento estruturado é sua capacidade de se adaptar
facilmente a mudanças e expansões na rede. Com a organização adequada dos cabos e
componentes, as alterações e adições de dispositivos podem ser realizadas de forma rápida e
simples. Isso permite que as empresas acompanhem o crescimento das demandas de TI sem a
necessidade de reestruturar toda a infraestrutura.
A flexibilidade também é uma vantagem importante em ambientes industriais, onde as
mudanças de layout e equipamentos são frequentes. O cabeamento estruturado oferece uma
estrutura organizada que facilita a movimentação de máquinas e dispositivos, sem
comprometer a funcionalidade da rede.

Facilidade de Manutenção
A organização e a identificação clara dos cabos em um sistema de cabeamento estruturado
tornam a manutenção da rede mais eficiente. A localização e correção de problemas se tornam
mais rápidas e fáceis, reduzindo o tempo de inatividade e minimizando os custos operacionais.
Além disso, a documentação adequada do cabeamento permite que os técnicos de TI tenham
uma visão completa da rede, o que é fundamental para um suporte técnico ágil e eficaz.
Escalabilidade e Investimento a Longo Prazo

O cabeamento estruturado é projetado para suportar o crescimento das redes de forma


escalável. Com a implementação de cabos de alta categoria, como Cat 6 ou Cat 6a, as redes
podem suportar velocidades de transmissão mais altas e maiores larguras de banda. Isso
garante que o sistema de cabeamento esteja preparado para futuras tecnologias e requisitos de
rede, prolongando o tempo de vida útil da infraestrutura e evitando gastos desnecessários com
atualizações constantes.

CAT 6 CAT 6A

Organização e Estética

Um sistema de cabeamento estruturado bem planejado resulta em uma organização limpa e


esteticamente agradável. Os cabos são instalados de forma ordenada e identificados
corretamente, evitando emaranhados de fios e facilitando a manutenção e o gerenciamento. A
organização visualmente agradável também é vantajosa em ambientes corporativos, onde a
imagem e a apresentação são importantes.

Redução de Interferências Eletromagnéticas

O cabeamento estruturado, especialmente quando envolve cabos de fibra óptica, ajuda a


reduzir as interferências eletromagnéticas (EMI) em ambientes com muitos dispositivos
eletrônicos e equipamentos elétricos. Isso resulta em uma maior estabilidade e confiabilidade
das conexões, minimizando a ocorrência de problemas de transmissão de dados causados por
interferências.

Maior Segurança de Dados

O cabeamento estruturado também pode contribuir para a segurança de dados, especialmente


quando são implementadas boas práticas de segurança, como o uso de cabos de fibra óptica,
que são menos vulneráveis a ataques de interceptação de sinal. Além disso, a organização
adequada dos cabos e o acesso restrito a áreas de telecomunicações ajudam a proteger contra
acessos não autorizados à rede física.
Padronização e Conformidade

A adoção de normas e padrões internacionais, como ANSI/TIA-568-C e ISO/IEC 11801, garante


que o sistema de cabeamento esteja em conformidade com as melhores práticas do setor. A
padronização facilita a integração de equipamentos e sistemas de diferentes fabricantes,
evitando problemas de compatibilidade.
Estrutura e Componentes do Cabeamento Estruturado
O cabeamento estruturado é composto por uma série de componentes que trabalham em
conjunto para criar uma rede eficiente. Nesta página, descreveremos os elementos
fundamentais do sistema, como cabos UTP e cabos de fibra óptica, conectores RJ-45, painéis de
patch, racks e gabinetes. Também será abordada a importância da organização desses
componentes para garantir um ambiente de trabalho seguro e funcional.

Planejamento e Projeto do Cabeamento

Antes de implementar um sistema de cabeamento estruturado, é essencial realizar um


planejamento cuidadoso para garantir a eficiência e a escalabilidade da rede. A instalação
adequada é essencial para a funcionalidade e a vida útil do cabeamento estruturado. Nesta
seção, discutiremos as melhores práticas para a instalação dos cabos, desde a preparação do
ambiente até a execução das conexões e a organização dos cabos nos painéis de patch e racks.

1. Levantamento de Requisitos
O primeiro passo no planejamento de cabeamento estruturado é realizar um levantamento
detalhado dos requisitos da rede. Isso envolve compreender as necessidades de conectividade
da organização, o número de dispositivos a serem conectados, as aplicações que serão
utilizadas e as velocidades de transmissão requeridas. O levantamento de requisitos também
deve levar em consideração as projeções de crescimento da empresa e a adoção de novas
tecnologias ao longo do tempo.

2. Projeto Físico e Lógico


Com base nos requisitos identificados, o próximo passo é criar o projeto físico e lógico do
cabeamento estruturado. O projeto físico envolve o planejamento da infraestrutura física, como
a distribuição de cabos, a localização dos painéis de patch e racks, e o trajeto dos cabos nos
ambientes. É essencial considerar fatores como a distância máxima permitida para a
transmissão dos cabos, as condições ambientais e os requisitos de segurança.
O projeto lógico, por sua vez, trata da disposição lógica dos dispositivos na rede, incluindo a
segmentação da rede em sub-redes, a definição de VLANs e a distribuição estratégica dos
pontos de acesso Wi-Fi. Um projeto lógico bem planejado facilita a gestão da rede, o controle
de tráfego e a aplicação de políticas de segurança.
3. Escolha dos Materiais e Tecnologias
A escolha dos materiais e tecnologias é um aspecto crucial no projeto de cabeamento
estruturado. Deve-se selecionar cabos de categoria adequada (como Cat 6 ou Cat 6a) e
considerar a utilização de cabos de fibra óptica em áreas onde há alta densidade de
equipamentos ou em ambientes sujeitos a interferências eletromagnéticas. Também é
importante escolher os conectores e painéis de patch adequados para garantir uma conexão
confiável e de alto desempenho.
Além disso, é necessário considerar o uso de tecnologias que possam otimizar a rede, como o
emprego de PoE (Power over Ethernet) para alimentação de dispositivos de rede, como
câmeras IP e pontos de acesso Wi-Fi.

4. Considerações de Infraestrutura

O projeto de cabeamento estruturado também deve considerar a infraestrutura do ambiente


onde a rede será implementada. Isso inclui questões como o dimensionamento adequado dos
conduítes e dutos para a passagem dos cabos, a distribuição de eletrodutos, a proteção contra
danos físicos e a prevenção de interferências eletromagnéticas. O alinhamento com outros
projetos de infraestrutura, como elétrica e refrigeração, é fundamental para evitar conflitos
futuros e garantir uma implementação suave.

5. Orçamento e Cronograma
Um planejamento cuidadoso do cabeamento estruturado também envolve a definição de um
orçamento e cronograma realistas. É importante avaliar os custos associados aos materiais,
equipamentos e mão de obra necessários para a instalação do cabeamento. Além disso, é
necessário estabelecer um cronograma que leve em conta o tempo necessário para o
levantamento de requisitos, a elaboração do projeto, a aquisição de materiais e a instalação
propriamente dita.

6. Conformidade com Normas e Padrões


Outro aspecto essencial no planejamento e projeto de cabeamento estruturado é garantir a
conformidade com as normas e padrões estabelecidos pela indústria. Isso inclui seguir as
diretrizes das principais normas, como ANSI/TIA-568-C e ISO/IEC 11801, que definem as
especificações para o cabeamento estruturado. A conformidade com essas normas garante a
interoperabilidade dos sistemas, facilita a manutenção e evita problemas de desempenho e
incompatibilidade.

7. Documentação e Registro

Durante todo o processo de planejamento e projeto, é fundamental documentar cada etapa e


decisão tomada. A documentação adequada inclui diagramas da infraestrutura física e lógica,
listas de materiais e especificações técnicas dos componentes utilizados. Essa documentação é
valiosa para o gerenciamento da rede, facilita a resolução de problemas futuros e possibilita
uma expansão planejada da rede conforme necessário.

8. Teste e Certificação

O cabeamento estruturado é a espinha dorsal de qualquer infraestrutura de rede moderna.


Para garantir que a rede funcione de maneira confiável e com alto desempenho, é fundamental
realizar testes e certificações rigorosas durante a instalação e após a conclusão do projeto.
Neste artigo, abordaremos a importância dos testes e certificações de cabeamento estruturado,
os tipos de testes envolvidos e os padrões a serem seguidos para garantir a qualidade da rede.
Os testes e certificações de cabeamento estruturado são etapas críticas para garantir que a
infraestrutura de rede atenda aos padrões e especificações estabelecidas. Além disso, eles
ajudam a identificar e corrigir eventuais problemas antes que a rede seja colocada em
operação. Sem uma certificação adequada, a rede pode apresentar problemas de desempenho,
como perda de sinal, atrasos na transmissão de dados e instabilidade na conexão.
Os testes e certificações também são essenciais para atestar a qualidade do trabalho realizado
pelos instaladores e garantir que todas as normas e padrões tenham sido seguidos
corretamente. Isso é fundamental para evitar retrabalhos, reduzir custos de manutenção futura
e garantir o pleno funcionamento da rede ao longo do tempo.
Existem diversos tipos de testes que devem ser realizados durante a instalação e certificação de
cabeamento estruturado. Entre os principais estão:

• Teste de Continuidade: Verifica se todos os fios do cabo estão corretamente conectados


e sem interrupções.

• Teste de Comprimento: Mede o comprimento exato dos cabos instalados para garantir
que estejam dentro dos limites estabelecidos pelas normas.

• Teste de Atenuação: Mede a perda de sinal ao longo do cabo e verifica se está dentro
dos valores aceitáveis.
• Teste de Atraso: Verifica se o tempo de propagação do sinal está dentro dos limites
especificados.

• Teste de Near End Crosstalk (NEXT): Avalia a interferência entre pares de fios próximos
em um cabo.

• Teste de Equalização: Verifica a capacidade de um cabo de compensar as distorções do


sinal.

• Teste de Resistência em Terminações: Verifica a qualidade das conexões nos conectores


e painéis de patch.

• Teste de Imunidade a Interferências: Avalia a capacidade do cabeamento de resistir a


interferências eletromagnéticas.

Certificação de Cabeamento Estruturado

A certificação de cabeamento estruturado é um processo que envolve a realização dos testes


mencionados anteriormente por meio de equipamentos de medição de alta precisão,
conhecidos como certificadores. Esses dispositivos são capazes de fornecer resultados precisos
e padronizados, permitindo a comparação dos resultados obtidos com os limites estabelecidos
pelas normas.

A certificação é realizada por profissionais treinados e certificados, que analisam os resultados


dos testes e emitem um relatório que atesta a conformidade do cabeamento estruturado com
as normas específicas, como a ANSI/TIA-568-C e a ISO/IEC 11801. Esse relatório é um
documento importante que comprova a qualidade da instalação e pode ser solicitado por
clientes, auditores ou empresas de manutenção.

Padrões e Normas de Certificação

Para garantir a uniformidade e a consistência dos testes e certificações de cabeamento


estruturado, são seguidos padrões e normas internacionais estabelecidos por entidades como a
TIA (Telecommunications Industry Association) e a ISO (International Organization for
Standardization). Esses padrões definem os procedimentos de teste, os parâmetros de
desempenho aceitáveis e os requisitos para a emissão dos relatórios de certificação.

Benefícios da Certificação de Cabeamento Estruturado


A certificação de cabeamento estruturado oferece diversos benefícios para as empresas e
organizações que a implementam:

Confiabilidade da Rede: A certificação atesta a qualidade e o desempenho da rede, garantindo


que ela opere de forma confiável e estável.

Redução de Custos de Manutenção: Com uma rede certificada, a probabilidade de problemas e


falhas é reduzida, o que resulta em menores custos de manutenção ao longo do tempo.

Suporte a Tecnologias Futuras: A certificação assegura que a rede está preparada para suportar
novas tecnologias e velocidades de transmissão, garantindo que ela permaneça atualizada por
mais tempo.

O teste e certificação de cabeamento estruturado são processos fundamentais para garantir a


qualidade, desempenho e confiabilidade das redes de dados. Através desses procedimentos, é
possível atestar a conformidade com as normas e padrões estabelecidos e assegurar que a
infraestrutura de rede atenda às necessidades presentes e futuras da organização. Investir na
certificação de cabeamento estruturado é uma decisão estratégica que proporciona uma rede
sólida, eficiente e preparada para enfrentar os desafios tecnológicos que estão por vir. Com
uma rede certificada, as empresas podem contar com uma infraestrutura confiável, que suporta
a operação dos negócios de maneira eficiente e segura.

Cabeamento Estruturado e as Novas Tecnologias

A evolução constante da tecnologia de redes demanda adaptações no cabeamento estruturado.


Nesta seção, exploraremos como o cabeamento estruturado se integra a tecnologias
emergentes, como Internet das Coisas (IoT), redes 5G e a crescente demanda por velocidades
de transmissão mais altas.

Considerações de Segurança

A segurança da rede é uma preocupação cada vez mais relevante em um mundo


digitalmente conectado. Com o crescimento exponencial do volume de dados e o
aumento das ameaças cibernéticas, é essencial que as empresas adotem
medidas robustas de segurança em suas redes estruturadas. Nesta matéria,
abordaremos as principais considerações de segurança que devem ser levadas
em conta ao projetar, implementar e manter redes estruturadas, garantindo a
proteção da infraestrutura de dados e a confidencialidade das informações.
a. Controle de Acesso e Autenticação
O controle de acesso é uma das considerações de segurança mais importantes
em redes estruturadas. Garantir que apenas usuários autorizados tenham acesso
aos recursos da rede é essencial para evitar ameaças internas e externas. Isso
pode ser alcançado por meio de técnicas de autenticação, como senhas fortes,
autenticação de dois fatores (2FA) e certificados digitais.

Além disso, é importante implementar políticas de gerenciamento de acesso


baseadas em perfis de usuário, garantindo que cada funcionário ou grupo tenha
acesso apenas aos recursos necessários para realizar suas atividades.

b. Segmentação de Rede

A segmentação de rede é uma estratégia que envolve a divisão da rede em sub-


redes menores e independentes. Isso ajuda a evitar que uma ameaça se espalhe
rapidamente por toda a rede em caso de violação de segurança. Se uma parte da
rede for comprometida, a segmentação ajuda a limitar o impacto aos demais
setores, isolando a ameaça e facilitando sua contenção.

c. Monitoramento e Detecção de Anomalias


O monitoramento constante da rede é essencial para identificar atividades
suspeitas ou anomalias no tráfego de dados. O uso de ferramentas de análise e
detecção de ameaças pode ajudar a identificar comportamentos maliciosos,
como tentativas de acesso não autorizadas ou tráfego incomum. Dessa forma, as
ações corretivas podem ser tomadas rapidamente para proteger a rede contra
potenciais ameaças.

d. Criptografia de Dados
A criptografia é uma camada adicional de segurança que ajuda a proteger os
dados transmitidos pela rede. Ao utilizar algoritmos de criptografia robustos, os
dados são codificados durante o tráfego, tornando-os ilegíveis para qualquer
pessoa não autorizada que tente interceptá-los. A criptografia é especialmente
importante em redes estruturadas que utilizam redes públicas, como a internet,
para garantir a privacidade e a confidencialidade dos dados.

e. Atualização e Manutenção
Manter a infraestrutura de rede atualizada é fundamental para garantir que ela
esteja protegida contra as últimas ameaças de segurança conhecidas. Isso inclui a
atualização regular de firmware, software e patches de segurança em todos os
dispositivos e equipamentos de rede. Falhas de segurança conhecidas e
vulnerabilidades podem ser corrigidas por meio de atualizações, minimizando o
risco de exploração por cibercriminosos.
f. Conscientização e Treinamento dos Usuários
Uma das principais vulnerabilidades em qualquer rede é o fator humano. Muitas
ameaças cibernéticas são originadas por meio de engenharia social, como
phishing e ataques de spear-phishing. Por isso, é essencial investir em programas
de conscientização e treinamento dos usuários, ensinando-os a identificar e
evitar ameaças potenciais, como e-mails fraudulentos e links maliciosos.

g. Backup e Recuperação de Dados


A perda de dados pode ser devastadora para uma organização. Portanto, é
fundamental implementar um plano de backup e recuperação de dados
eficiente. Realizar backups regulares de todos os dados críticos e armazenálos em
locais seguros é essencial para garantir que a empresa possa recuperar suas
informações em caso de incidentes de segurança, como ataques de ransomware.

Cabeamento Estruturado e Sustentabilidade


Em um mundo cada vez mais preocupado com a sustentabilidade, o cabeamento estruturado
também pode desempenhar um papel nesse aspecto. Nesta seção, destacaremos como práticas
sustentáveis, como a utilização de cabos de fibra óptica de baixo consumo de energia e a
reciclagem de materiais, podem contribuir para um ambiente de trabalho mais verde.

Cabeamento Estruturado em Data Centers


Os data centers têm requisitos especiais de cabeamento estruturado devido à alta densidade de
equipamentos e ao alto volume de dados trafegados.
AULA 02 - SIMULADORES DE REDES

O Cisco Packet Tracer é um programa abrangente de ensino e aprendizado de tecnologia


de rede, que oferece uma combinação única de experiências realistas de simulação e
visualização, avaliação e recursos de criação de atividades, além de oportunidades de
colaboração e competição entre vários usuários. Os recursos inovadores do Packet
Tracer ajudarão os alunos e professores a colaborar, resolver problemas e aprender
conceitos em um ambiente social dinâmico e envolvente.

Estas são algumas vantagens do Packet Tracer:

• Fornece um ambiente realista de aprendizado de visualização e simulação, que


complementa o equipamento da sala de aula, incluindo a capacidade de visualizar
processos internos em tempo real que normalmente estão ocultos em dispositivos reais
• Viabiliza a colaboração multiusuário em tempo real e competições para o tornar
o aprendizado mais dinâmico.
• Viabiliza a criação e localização de atividades de aprendizagem estruturada como
laboratórios, demonstrações, testes, exames e jogos.

Criando uma Rede Simples usando o Packet Tracer Cisco

Topologia

Tabela de Endereços

Dispositivo Interface Endereço IP Máscara de Gateway Padrão


Rede
Workstation01 Fa0 (Ethernet 0) 192.168.0.1 255.255.255.0 192.168.0.254
Workstation02 Fa0 (Ethernet 0) 192.168.0.2 255.255.255.0 192.168.0.254
WebServer01 Fa0 (Ethernet 0) 192.168.0.3 255.255.255.0 192.168.0.254
Gateway1 Gig0/0 (Gigabit 192.168.0.254 255.255.255.0
0/0)
Gig0/1 (Gigabit 192.168.1.254 255.255.255.0
0/1)
WorkstationA Fa0 (Ethernet 0) 192.168.1.1 255.255.255.0 192.168.1.254
WorkstationB Fa0 (Ethernet 0) 192.168.1.2 255.255.255.0 192.168.1.254
1. Configurando a visualização
1.1. Antes de mais nada, é interessante configurar a visualização, para que ela fique menos
poluída, facilitando a nossa vida. Assim, abra o Packet Tracer. Você verá:

1.2. Abra o menu de preferências. Para isso, clique no menu Options > Preferences....
1.3. Desmarque a caixinha “Show Device Model Labels”.
1.4. Marque a caixinha: “Always Show Port Labels in Logical Workspace”.
1.5. Feche a janela.

2. Construindo a rede local

2.1. No canto inferior esquerdo da janela, selecione “End Devices” e depois “End Devices”:

2.2. Arraste o item “PC” para a área de projeto lógico:

2.3. Dê um clique em cima do texto “PC0” e modifique o nome dele para “Workstation01”:

2.4. Agora, selecione no canto inferior esquerdo “Network Devices” e “Switches”. Adicione um
“2960” à sua área de projeto lógico, e o renomeie para Switch1:

2.5. Selecione no canto inferior esquerdo “Connections” e o fio preto (Copper Straight
Through). Agora clique no “Workstation01”, selecione a porta “FastEthernet0”, clique no
“Gateway1” e seleciona porta “FastEthernet0/1”. Aguarde aparecerem dois triângulos
verdes.

2.6. Dê um duplo clique na “Workstation01”. Na janela que irá aparecer, selecione a aba
“Config” e clique na opção “Settings”. Na opção “FastEthernet0”. Na seção IP Configuration,
configure o endereço 192.168.0.1 em “IPv4 Address” e 255.255.255.0 em “Subnet Mask”.

2.7. Selecione agora a aba “Desktop” e depois abra “Command Prompt” e, no prompt, digite
ping 192.168.0.1 . O computador deve responder (estamos “pingando” o próprio
computador). O mesmo deve acontecer com um ping 127.0.0.1 .
2.8. Crie, agora, um segundo computador chamado Workstation02, pela opção “End Devices”
e “PC”, lingando a porta FastEthernet0 dele à porta FastEthernet0/2 do Switch:

2.9. Configure o IP da Workstation02 como 192.168.0.2 e a máscara como 255.255.255.0 .


Abra o command prompt e tente realizar um ping 192.168.0.2 .
Faça o mesmo com ping
127.0.0.1 . Finalmente, tente ping 192.168.0.1 . Qual a diferença de usar esses três
endereços?

3. Examinando o Caminho dos Pacotes


3.1. Para analisar o caminho dos pacotes, clique em “Simulation” e depois vamos abrir a PDU
List Window:

3.2. Agora, clique no “envelope” (Add Simple PDU) que aparece na barra de ferramentas
superior e clique sobre a Workstation01 e, depois, na Workstation02. Ela deverá ficar
assim:

3.3. Observe o que aparece na PDU List Window:

3.4. Dê um duplo clique em “(edit)” na coluna Edit, e observe a janela que descreve o pacote.
Observe que o endereço destino é o da Workstation02, 192.168.0.2:

3.5. Feche a janela e aperte o botão “passo adiante” e veja o pacote se deslocando da
Workstation01 para o Switch1.
3.6. Clique no envelope e, na janela que se abrirá, clique na aba “Inbound PDU Details”.
Observe os valores de SRC IP e DST IP:

3.7. Aperte novamente o mesmo botão “passo adiante” e observe o pacote chegando na
Workstation02. Observe o caminho feito pelo pacote na ida na “Event
List”:

3.8. Aperte novamente o mesmo botão “passo adiante” e observe o pacote de resposta
voltando da Workstatio02 para o Switch1.

3.9. Novamente, clique no envelope e abra a aba “Inbound PDU Details” e observe as
informações do pacote de volta:

3.10. Clique mais uma vez no “passo adiante” e observe o que acontece quando o pacote
chega ao destino e é reconhecido:

3.11. Vamos agora criar um pacote especial. Primeiro clieque em “Delete” no controle dos
PDUs; clique em “Reset Simulation” e, finalmente, clique no envelope aberto

“Create Complex PDU” e clique na Workstation01. Aparecerá uma janela:


3.12. Em “Destination IP Address”, indique o endereço 127.0.0.1, “Sequence Number” com 1 e
“Time:” com 0... e clique em “Create PDU”.

3.13. Agora clique em “passo adiante” e observe que o pacote já é imediatamente entregue!

3.14. Repita o processo criando um pacote com endereço destino 192.168.0.1 na


Workstation01 e observe o que acontece com ele!
3.15. Tente criar um pacote deste tipo na Workstation02, primeiramente com o destino
127.0.0.1 e observe o que acontece com ele. Depois com o destino 192.168.0.2 e veja o que
acontece!

3.16. Crie agora um pacote complexo PING com o IP destino 192.168.1.1, sequencia 0 e
tempo
0. Veja o que acontece com ele! Por que isso acontece?

3.17. Finalmente, crie um pacote complexo PING com o IP destino 192.168.0.3, sequencia 0 e
tempo 0. Veja o que acontece com ele! Por que isso acontece?

4. Adicionando um Servidor Web na Rede Local

4.1. Crie, agora, um servidor Web na rede, WebServer01, pela opção “End Devices” e
“Server”, lingando a porta FastEthernet0 dele à porta FastEthernet0/3 do Switch; Configure
o IP do WebServer01 como 192.168.0.3 e a máscara como 255.255.255.0 .

4.2. Volte para o modo tempo real, abra o desktop da Workstation01 e abra o Web Browser:

4.3. Na barra de endereços do navegador, digite http://192.168.0.3/ HYPERLINK


"http://192.168.0.3/" e veja o que acontece!

4.4. Agora, mude para o modo simulação e crie um pacote complexo do tipo PING na
Workstation01 com IP destino para o IP 192.168.0.3 e, indo passo a passo, veja o que
acontece!

4.5. Ainda no modo simulação, reinicie a simulação e mude o pacote complexo do tipo PING
na Workstation01 com IP destino para o IP 192.168.0.4 e, indo passo a passo, veja o que
acontece!

5. Diferença entre Hub e Switch


5.1. Apague o Switch1 de sua rede.

5.2. Crie um hub (Network Devices > Hubs > PT-Hub), dê o nome de “Hub1” para ele.

5.3. Conecte todos os equipamentos ao Hub.

5.4. Agora, mude para o modo simulação e crie um pacote complexo do tipo PING na
Workstation01 com IP destino para o IP 192.168.0.3 e, indo passo a passo, veja o que
acontece! Por que há essa diferença?

6. Uma Segunda Rede


6.1. Sem apagar o que foi feito, crie uma segunda rede com um outro hub (Hub2) e dois PCs.
Os IPs dos PCs devem ser 192.168.1.1 e 192.168.1.2, com os nomes WorkstationA e
WorkstationB, respectivamente.

6.2. Teste o ping entre elas. Crie um pacote complexo PING da WorkstationA para o IP
192.168.1.2 e veja o que ocorre!

6.3. Interligue os dois hubs pelas portas FastEthernet5 de cada um deles, com um cabo cross
(o preto tracejado).

6.4. Abra o navegador na WorkstationA e tente acessar o endereço http://192.168.0.3/


HYPERLINK "http://192.168.0.3/" . Você conseguiu acessar?

6.5. Crie um pacote complexo PING na WorkstationA para o IP 192.168.0.3 e veja!

7. O Papel do Roteador/Gateway
7.1. Inicialmente, remova a ligação entre os dois hubs.

7.2. Agora, crie um roteador (Network Devices > Routers) do tipo 1941. Mude o nome dele
para Gateway1. Interligue o Hub1 (FastEthernet5) à GigabitEthernet0/0 do Gateway1.
Interligue o Hub2 (FastEthernet5) à GigabitEthernet0/1 do Gateway1.

7.3. Vamos agora colocar o Gateway1 nas duas redes, abrindo a configuração (Config) dele e
abrindo a seção GigabitEthernet0/0. Ligue a opção Port Status (On) e configure o endereço
dessa porta na rede 1: 192.168.0.254.

7.4. De maneira similar, ainda na configuração do Gateway1, vá para a seção


GigabitEthernet0/1. Ligue a opção Port Status (On) e configure o endereço dessa porta na
rede 2: 192.168.1.254.

7.5. As luzes da rede já devem estar verdes entre os hubs e o gateway. O próximo passo é
configurar o gateway de cada equipamento ligado na rede. Em cada equipamento da rede 1,
na aba “Config” na seção “Settings” configure o Default Gateway para 192.168.0.254 . Em
cada equipamento da rede 2, na aba “Config” na seção “Settings” configure o Default
Gateway para 192.168.1.254 .

7.6. Agora, abra o prompt da WorkstationA e digite: ping 192.168.0.3 . Aguarde um pouco e
veja o que acontece!

7.7. Ainda na WorkstationA, abra o Web Browser e tente acessar o endereço


http://192.168.0.3/ HYPERLINK "http://192.168.0.3/" . Funcionou?
7.8. Agora, entre no modo simulação e crie um pacote complexo do tipo PING na
Workstation1 e coloque como IP destino 192.168.1.2. Clique na opção passo adiante e veja o
que acontece como pacote ao longo do tempo!

7.9. Resete a simulação e crie um pacote complexo do tipo HTTP na WorkstationA e coloque
como IP destino 192.168.0.3, com source port 3000 e Time 0. Clique na opção passo adiante
e veja o que acontece como pacote ao longo do tempo!

8. Atividades
8.1. Mude a rede 2 (das WorkstationA e WorkstationB) para ser uma rede com três
computadores: Home1, Home2 e Home3, com IPs respectivamente 10.0.0.1,
10.0.0.2 e 10.0.0.3. Faço todas as alterações necessárias.
8.2. A partir do Home2, teste a conexão com a outra rede usando PING e usando a criação de
pacotes complexos de PING.
8.3. Acesse a partir de Home3 o WebServer em 192.168.0.3.

AULA 03 - Crimpagem de Cabos


Objetivo da aula
• Confeccionar Cabo UTP (corte do cabo; alinhamento dos pares; inserção no conector;
crimpagem);
• crimpagem de cabo em “patch panel” bem como de conector tipo fêmea RJ45;
• estudo e percepção dos diferentes tipos de cabos de par trançado e suas aplicações.

• CATEGORIA DE CABOS UTP/STP E TAXAS DE TRANSFERÊNCIA

São características importantes dos cabos utilizados na estruturação das redes não
somente os tipos de cabos, mas também as categorias e taxas de transferência. A taxa de
transferência máxima que um enlace pode alcançar depende do padrão dos cabos utilizados:
Ethernet (10Mbps); Fast Ethernet (100Mbps); Gibabit Ethernet (1 Gbps); 10 Gigabit Ethernet
(10 Gbps).

Quanto aos tipos de cabos, são classificados em: Unshielded Twisted Pair (UTP) –
estrutura de 04 pares de fios entrelaçados e revestidos por uma capa de PVC (Polyvinyl
Chloride) sem blindagem; Shielded Twisted Pair (STP) semelhante ao Cabo UTP com a
diferença que possui blindagem feita com a malha metálica em cada par; Screened Twisted
Pair (ScTP) – também referenciado como FTP (Foil Twisted Pair), é semelhante ao Cabo UTP
com a diferença que possui película de metal enrolada sobre o conjunto de pares trançados.

Cabos UTP/STP/ScTP seguem padrões estabelecidos nas Normas TIA/EIA 568 A/B e são
divididos em 10 categorias, levando em conta o nível de segurança e a bitola do fio onde os
números maiores indicam fios com diâmetros menores. Apresenta-se na sequência uma breve
descrição de cada categoria.
• CAT 59 – cabo blindado com 02 pares trançados de fios 26 AWG e foi utilizado em
equipamentos de telecomunicações e rádio nas primeiras redes “token-ring”, no
entanto, seu uso não é indicado para redes de par trançado. Obs.: TIA/EIA não mais
recomenda CAT 59.
• CAT 2 – cabo com 02 pares de fios blindados (voz) ou pares de fios não blindados
(dados) e foi projetado para redes “token-ring” e “ARCnet” antigas que atingiam
velocidade de 4Mbps. Obs.: TIA/EIA não mais recomenda CAT 2.
• CAT 3 – cabo blindado de até 10 Mbps em banda de frequência de até 16 MHz
utilizado em Redes Ethernet dos anos 1990 (10BASE-T). Pode ser utilizado em VoIP
(Voz sobre IP), em Redes de Telefonia e Redes de Comunicação 10BASE-T e 100BASE-
T4 (Implementação antiga da FastEthernet). Obs.: TIA/EIA recomenda CAT 3.
• CAT 4 – cabo par trançado não blindado (UTP) que pode ser utilizado para transmitir
dados a uma frequência de até 20 MHz e dados a 20 Mbps. Foi utilizado em “Token-
Ring”, 10BASE-T e 100BASET4, mas não é mais utilizado por ter sido substituído pelas
categorias CAT 5 e CAT 5e. Obs.: TIA/EIA não mais recomenda CAT 4.
• CAT 5 – cabo par trançado não blindado (UTP) usado em redes “Fast Ethernet” em
frequências de até 100 MHz com uma taxa de transmissão de 100 Mbps. Obs.:
TIA/EIA não mais recomenda CAT
5.
• CAT 5e - cabo par trançado não blindado (UTP) usado em redes 1000BASE-T, “Gigabit
Ethernet” em frequências de até 125 MHz com uma taxa de transmissão de 1000
Mbps. Obs.: TIA/EIA recomenda CAT 5e.
• CAT 6 – cabo par trançado não blindado (UTP) com 04 pares de fios 24 AWG usado
em “Gigabit Ethernet” em frequências de até 250 MHz com taxas de transmissão de
até 1000 Mbps. Obs.: TIA/EIA recomenda CAT 6.
• CAT 6a “augmented” – cabo par trançado não blindado (UTP) com 04 pares de fios 24
AWG usado em “Gigabit Ethernet” em frequências de até 500 MHz com taxas de
transmissão de até 1000 Mbps. Quando operando a 1000 Mbps o comprimento
máximo é de 100 metros e quando operando a 10.000 Mbps o comprimento máximo
é 55 metros. Possui conectores específicos que ajudam a evitar interferências. Obs.:
TIA/EIA recomenda CAT 6a.
• CAT 7 – padrão de cabo par trançado ainda sendo especificado para redes 40 Gbps
em cabos de 50m com frequências de até 600 MHz. Utiliza Classe F ainda não
reconhecida pela TIA/EIA. Obs.: TIA/EIA ainda não definiu CAT 7.
• CAT 7a “augmented” – padrão de cabo par trançado ainda sendo especificado para
redes 100 Gbps em cabos de 15m com frequências de até 1000 MHz. . Utiliza Classe
Fa ainda não reconhecida pela TIA/EIA. Obs.: TIA/EIA ainda não definiu CAT 7a.

• CRIMPAGEM DE CABOS UTP/STP

O Cabeamento Estruturado trata da disposição e padronização de conectores e meios


de transmissão para redes de computadores e de telefonia segundo o conceito de redes
estruturadas, de modo a tornar a infraestrutura de cabos autônoma quanto ao tipo de
aplicação e de “layout”, permitindo a ligação a uma rede de servidores, estações, impressoras,
telefone, “hubs”, “switches” e roteadores.
A normatização e padronização dos serviços e equipamentos, normalmente produzido
por órgãos oficiais são responsáveis pela estabelecimento de diretrizes, regras ou
características acerca do material, produto, processo e serviço. Dentre os vários organismos de
especificação e padronização, destacam-se: ANSI – “American Naticonal Standard Institute”;
TIA - “Telecommunication Industries Association”; EIA - “Electronic Industries Alliance”; ABNT -
Associação Brasileira de Normas Técnicas; NBR – Norma Brasileira; ISO – International
Organization for Standardization”; IEC - “International Electrotechnical Commission” e o IEEE
“Institute of Electrical and Electronic Engineering”.
A EIA/TIA 568A define um sistema de codificação com quatro cores básicas (“orange”, “green”,
“blue” e “brown”) em combinação com o branco (“white/orange”, “white/green”, “white/blue”
e
“white/brown”), para os condutores UTP de 100 ohms, assim como a ordem dos pares no
conector RJ-44
(Fig. 1)

UTP 100 ohms – TIA/EIC 568A UTP 100 ohms – TIA/EIC 568B
• Pino 01 (white/green) - TxData (positivo) •
• Pino 02 (green) - TxData (negativo) •
Pino 03 (white/orange) - RecvData (positivo) Pino 01 (white/orange) - TxData (positivo)
• • Pino 02 (orange) - TxData (negativo)
Pino 04 (blue)

Pino 05 (white/blue)
• Pino 03 (white/green) - RecvData (positivo)

Pino 06 (orange) - RecvData (negativo) • Pino 04 (blue)
• Pino 07 (white/brown) • Pino 05 (white/blue)
• Pino 08 (brown) • Pino 06 (green) - RecvData (negativo)
Pino 07 (white/brown)
• •
Pino 08 (brown)

Fig. 1 – Pinagem para os Padrões TIA/EIC 568 A/B

A migração de tecnologias dentro de uma corporação não é uma tarefa simples,


necessitando de investimentos e, muitas vezes, de mudança na infraestrutura básica de
cabeamento. A utilização de cabeação UTP e fibra óptica, normatizada pela EIA/TIA 568A é
quase que um selo de garantia para o funcionamento adequado deste novo tipo de tecnologia
de redes locais a 100 Mbps.

Apesar de sua grande importância na estruturação de sistemas de cabeação prediais


para redes de 10 Mbps ou 100 Mbps bem como da aplicação da Norma EIA/TIA 568 A/B,
técnicos mal treinados podem comprometer a estruturação da rede. Por exemplo, dobrar
cabos e fios, apertar em demasia as cintas que agrupam um conjunto de cabos, exceder as
limitações de distância, utilizar categoria de cabos inadequada para determinadas aplicações,
decapar o revestimento do cabo UTP Categoria 5 mais que ½ polegada, são erros grosseiros
cometidos numa instalação de cabeação, afetando variáveis de atenuação e ruído.

O Diagrama de Montagem do Conector RJ-45 com Cabos UTP segue a Norma TIA/EIC
568 B/A. Tais cabos prestam-se a conexão direta de equipamento DTE - “Data Terminal
Equipment” ao DCE - “Data Circuit Terminating Equipment” como p.ex., computador ao
“switch”. A Tab. 1 sintetiza os tipos de cabos, frequência de operação, largura de banda e
comprimento máximo conforme Norma TIA/EIC 568.

Meio Categoria Frequência Lagura de Banda Comprimento (m)


(MHz) (Km) Rede Rede
Primária Secund.
STP 100 850 1300
UTP 3 16 800* 90
UTP 4 20 90 90
UTP 5 100 90 90
Fibra MM 62,5/125 - 160 500 2000 90
FibraMM 50/125 - 500 500 3000 90
* Depende da Aplicação

Tab. 1 – Características de Cabos UTP/STP conforma


Norma TIA/EIC 568.
Os valores dispostos na Tab. 1 devem ser respeitados em toda a instalação assim como
o esquema de cores dos 04 pares presentes em Cabos UTP/STP. O diagrama apresentado é
válido para os Padrões 10BaseT (10 Mbps) e 100BaseTX (100 Mbps, IEEE 802.3u) e de fato
utiliza os pinos 1, 2, 3 e 6, no entanto a Norma especifica que todos os pinos devem ser
conectados.

O Cabo UTP é trançado para fornecer isolamento mútuo a ruído e não se


comportar como antena. Na montagem do cabo são utilizados apenas 5 mm de cada
fio dos 04 pares para que sejam inseridos no Conector RJ-45, ou seja, não se deve
eliminar o trançado além do necessário. Deve-se utilizar um alicate de crimpagem de
boa qualidade. Alicates de Crimpagem normalmente possuem ferramentas de corte
que permitem a retirada da capa do Cabo UTP na medida correta para o encaixe e
montagem no Conector RJ-45.

Como apresentado na Tab. 1, as distâncias máximas estabelecidas na Norma devem


ser respeitadas. A Fig. 1 esboça alguns dos elementos presentes no Armário de
Telecomunicações (AT), ou seja, espaço destinado à transição entre o caminho
primário e o secundário, com conexão cruzada, podendo abrigar equipamento ativo
em um sistema de cabeamento estruturado.

Fig. 1 – Distâncias Admitidas Segundo a Norma TIA/EIC 568 A/B.

Para estabelecer uma comunicação DTE-DTE ou DCE-DCE como p.ex., computador a


computador ou “switch” a “switch”, é necessário montar um cabo “cross-over”. Para a
montagem do cabo, um dos lados deve ser mantido de acordo com a pinagem 568 B e o outro
de acordo com a pinagem 568 A ou viceversa. A Fig. 2 esboça a conexão de Cabo UTP. A Fig. 3
esboça o efeito do cruzamento ao se utilizar as pinagens conforme descrito. A Fig. 4 esboça a
crimpagem para conector fêmea.

Fig. 2 – Cabo UTP 568A e 568B

Fig. 3 – Cabo UTP Crossover: 568B e 568A.

Fig. 4 – Crimpagem para Conector Fêmea RJ-45..

04.FERRAMENTAS PARA MONTAGEM /CRIMPAGEM DE CONECTORES PARA CABO UTP CAT


5/5e/6

Alicate de Crimpagem – Conector Macho RJ-


45
Alicate para crimpagem de cabos contendo
encaixe para um dado tipos de conector e com
lâminas para decapar (retirar pedaços da capa
isolante) e cortar o cabo. Normalmente possui 03
lâminas fixadas por parafusos que possibilitam sua
substituição quando desgastadas ou danificadas.

O modelo do alicate determina o tipo de


conector que o mesmo pode crimpar. É comum
encontrar alicates com encaixe para 01/02
conectores, normalmente Conector RJ-11 e RJ-45.

Alicate de Impacto - Puch Down – Conector Fêmea RJ-


45
Alicate de Inserção utilizado para engatar os fios
que compõem os 04 pares do Cabo UTP seja para
Conector Fêmea RJ-11 RJ-45. São utilizados em
placas ou painéis para a conexão de computadores e
telefones.

O Alicate de Inserção também é conhecido por


Alicate de Impacto - “Punch Down Tool”. Sua ponta
permite a inserção e conexão do fio no seu terminal
bem como o corte do excesso de fio em uma única
operação.

Algumas versões do Alicate de Impacto são


dotadas de acessórios como espátula – que auxilia
o encaixe do fio na ranhuma destinada a ele ou
gancho – que possibilita a retirada de fios dos
terminais.

Conector Macho RJ-45


Conector RJ-45 (Jack RJ-45) com 08 contatos
internos metálicos e que durante o processo de
cripagem irão pressionar os 08 fios correspondentes
ao 04 pares do Cabo UTP.

Cada um dos elementos dos 04 pares deverão


ser possicionados/alinhados na correspondente
ordem conforme Norma TIA/EIA 568 A/B.

Normalmente acompanha o conector um capa


que impede a quebra da trava/lingueta quando
o cabo sofre tensão no local de instalação.

Capa para
Cabo/Conector Macho
RJ-45
Capas podem ser colocadas na ponta
de cada cabo, oferencendo proteção e
resistência extra ao cabo.
Adicionalmente sua proporciona melhor
acabamento.

Conector Fêmea RJ-45


Conector Fêmea para Cabos UTP
específicos para cada Categoria de Cabo.
Normalmente são montados em placa de
circuito impresso dupla face com
terminais para conexão em bronze fósforo
estanhado e fios 22 a 26 AWG. Capa
traseira de proteção normalmente
acompanha o conector.

Disponível em pinagem TIC/EIA 568 A/B


com invólucro metálico de fácil
montagem e perfeito vínculo elétrico com
blindagem do cabo.

Compatível com todos os “patch


panels” descarregados, espelhos e
tomadas. Indicado para sistemas
horizontais que exijam robustez,
confiabilidade e proteção extra contra
ingresso e egresso de EMI
“Electromagnetic Interference” RFI “Radio
Frequency Interference”.

Cable Tester
Ferramenta de teste de cabos de redes
e telefonia é um instrumento de medição
que visa o bom funcionamento do cabo
de acordo com as especificações técnicas
em rede de computadores e redes
telefônicas.

Verifica continuidade de fios, circuito


aberto,
curto-circuito e tempo de propagação
do sinal através de LEDs na base e no
receptor.

Normalmente possui entrada para testar


e assegurar o funcionamento corretor de
cabos de telefone (RJ-11) e cabos de rede
(RJ-45).

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