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23/11/2022 19:27 Infraestrutura e conectividade em redes industriais

Infraestrutura e

conectividade

em redes

industriais
Prof. Raphael dos Santos

Descrição

As especificações e detalhamentos referentes aos projetos e instalações de redes de comunicação com


meios de transmissão baseados em par trançado, fibra óptica e redes sem fio (wireless).

Propósito

A metodologia para realização de projetos e instalações de redes com par trançado, fibra óptica e sem fio
(wireless), além de os princípios de funcionamento e os detalhes referentes aos equipamentos necessários
são importantes conhecimentos em redes industriais.

Objetivos
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j
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Módulo 1

Rede de par trançado

Analisar o projeto e a instalação de uma rede de par trançado.

Módulo 2

Rede de fibra óptica


Analisar o projeto e a instalação de uma rede de fibra óptica.

Módulo 3

Rede sem fios


Analisar o projeto e a instalação de uma rede sem fios.

meeting_room
Introdução
Olá! Antes de começarmos, assista ao vídeo e entenda a infraestrutura de uma rede de comunicação
industrial.

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1 - Rede de par trançado


Ao final deste módulo, você será capaz de analisar o projeto e a instalação de uma rede de par
trançado.

Vamos começar!

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As vantagens e desvantagens de uma rede de par
trançado
Confira agora as vantagens e desvantagens de uma rede de par trançado.
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g g g p ç

Introdução ao par trançado


Devemos considerar diversos elementos fundamentais para o funcionamento adequado de um projeto de
cabeamento de redes. Esses projetos são baseados em especificações dos processos industriais e nas
exigências dos usuários em relação às suas necessidades, considerando:

Consumo de recursos expand_more

O consumo de dados dos equipamentos deve ser compatível com a capacidade de tráfego da rede.

Tipos de equipamentos expand_more

As características de comunicação dos equipamentos (adequados para fibras ópticas, cabos, wi-fi
etc).

Tipos de cabeamento expand_more

O tipo de cabeamento (conectores) que os equipamentos a serem utilizados suportam.

Infraestrutura local expand_more

As condições para passagem de cabos e fatores de interferência (eletromagnética ruídos etc )


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As condições para passagem de cabos e fatores de interferência (eletromagnética, ruídos etc.).

Os projetos devem levar em consideração a eficiência do sistema e o uso racional de recursos com o
propósito de redução de custos e futuras expansões.

Atenção!

Vale ressaltar que o projeto de redes deverá apresentar uma durabilidade considerável, possivelmente maior
do que todos os outros equipamentos utilizados na rede. É possível, inclusive, que o mesmo sistema de
cabeamento seja utilizado em diferentes equipamentos ao longo dos anos.

Características da estrutura de rede


No desenvolvimento de qualquer estrutura de hardware, inclusive de cabeamento, os programas (software)
passam por uma evolução constante, devendo ser atualizados (com o uso de patchs ou troca integral do
programa) em intervalos de tempo consideravelmente mais curtos do que as estruturas físicas (hardwares).
No caso dos cabeamentos de rede, essa durabilidade é ainda maior. Se um programa for atualizado a cada
3 anos, o hardware poderá apresentar uma durabilidade de 6 anos e o cabeamento deverá durar ao menos
10 anos, contemplando as possíveis mudanças de programa e de hardware.

Cabeamento bem feito

Um projeto de cabeamento bem feito, e adequadamente utilizado, garantirá o retorno do investimento


ao longo dos anos. Para isso, deve-se atentar ao uso dos elementos de rede (equipamentos
conectados) e ao acesso físico às instalações (cuidados com as terminações, que representam os
conectores e todos os componentes que possam ser danificados pelo mal uso).
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Cabeamento malfeito

Um cabeamento malfeito (projetado ou executado indevidamente) poderá levar a grandes prejuízos na


operação da rede, ocasionando congestionamento no tráfego de informações, perdas de dados,

elevado downtime, além de um tempo de latência (tempo entre o envio dos dados e a resposta do
servidor) excessivo.

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Sendo assim, um projeto bem dimensionado é de vital importância para um sistema de produção eficiente e
deve considerar a natureza e as limitações dos elementos que serão conectados à rede.

É muito comum as limitações nas especificações acabarem por limitar as características dos elementos
que poderão ser agregados à rede. Isso acontece, por exemplo, quando a estrutura do cabeamento limita as
características (especificações) das tecnologias que poderão ser utilizadas na rede.

Comentário
Uma situação típica é a instalação de um cabeamento específico para baixas velocidades de transmissão,
como os cabos limitados a 4 Mbps (megabits por segundo). Essa estrutura limita o uso de tecnologias com
velocidade de transmissão superior a essa.

Cabe destacar que a estrutura de cabeamento (projeto e instalação) não se limita à velocidade de
transmissão. Outros fatores devem ser considerados:

Largura de banda – refere-se à quantidade de dados que podem ser transmitidos em um período de
tempo.

Facilidade de instalação.

Imunidade aos ruídos.

Imunidade à interferência eletromagnética.

Perdas reduzidas – baixa atenuação em relação ao comprimento dos cabos.

Confiabilidade.

Padronização.

Disponibilidade de peças de reposição e reparo.

Embora o cabeamento seja muito importante para um projeto de comunicação, o custo com a instalação
dos cabos é um dos menores da instalação. A variação maior se dá pelo tipo de cabo utilizado (qualidade,
comprimento, blindagem, espessura da seção do cabo – bitola etc).

Em uma rede local, os tipos de cabeamentos mais utilizados são:

Par trançado

Fibra óptica

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Redes sem fio

O cabeamento do tipo par trançado é formado por pares de fios, veja:

Par trançado.

Os fios são trançados com o objetivo de reduzir o ruído (através do efeito de cancelamento) para manter
constantes as propriedades elétricas dos fios por toda a sua extensão.

O par trançado também evita o efeito da interferência cruzada (diafonia) entre os pares de fios e diminui o
nível de interferência eletromagnética e de radiofrequência. Também é importante destacar que o número
de tranças nos fios pode variar de acordo com a necessidade de redução do acoplamento elétrico.

Tipos de cabos pares trançados


Os cabos utilizados nos pares trançados se dividem em:

STP – par de cabos trançados com blindagem

UTP – par de cabos trançados sem blindagem

Cabos STP
Os cabos do tipo STP possuem malhas blindadas que são utilizadas na redução dos efeitos das
interferências externas (principalmente eletromagnéticas e radiofrequências). Esse tipo de cabo apresenta
uma blindagem interna para cada par trançado que compõe o cabo principal para reduzir os efeitos da
diafonia, veja:

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Estrutura interna de um cabo par trançado STP.

Um cabo do tipo STP comum possui 2 pares de cabos trançados e blindados. Podem apresentar
características de impedância (resistência) de 150 ohms e largura de banda típica de 300 MHz para 100
metros de cabo.

Nos cabos do tipo par trançado, cada dupla possui características diferentes (diâmetro e materiais na
blindagem), sendo categorizados em 1, 1A, 2, 2A, 6, 6A, 9 e 9A.

Comentário

Nesse tipo de cabeamento, a blindagem é aterrada nas duas extremidades, e esse aterramento pode ser
feito através de um hub específico para cabos STP. A falta de blindagem pode aumentar os problemas de
interferência, o que envolve aumento do custo do cabo, seu tamanho (espessura) e peso.

Cabos UTP
O desenvolvimento de cabos de melhor qualidade e o baixo custo de aquisição e maior facilidade de
instalação nos levou à produção de cabos trançados não blindados (UTP), veja:

Estrutura interna de um cabo par trançado UTP.

Esses cabos UTP são padronizados pela Associação das Indústrias de Telecomunicações (TIA) e pela
Associação de Indústrias Eletrônicas (EIA) e divididos em 5 categorias, levando em consideração:

A bitola do fio (em AWG – escala americana de bitolas de fios), em que os números maiores indicam
fios de bitolas (diâmetros) menores.
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( )

O nível de segurança.

As categorias são divididas de acordo com esta tabela:

Taxa de Largura de banda


Categoria Bitola (AWG) Im
Transmissão máxima

Cat. 1 26 AWG 64 Kbps 100 KHz 1

Cat. 2 26 AWG 2 Mbps 1 MHz 1

Cat. 3 24 AWG 10 Mbps 16 MHz 1

24 AWG – UTP de
Cat. 4 16 Mbps 20 MHz 1
baixa perda

24 AWG – UTP de
Cat. 5 frequência 10 Mbps 100 MHz 1
estendida

Cat. 5e 24 AWG 1 Gbps 100 MHz 1

Cat. 6 23 ou 24 AWG 1 Gbps 250 MHz 1

Cat. 6A 23 AWG 10 Gbps 500 MHz 1

Tabela 1: Categorias dos cabos pela EIA / TIA.

Raphael dos Santos

Apesar do baixo custo e das vantagens em instalação dos cabos, a falta de blindagem torna os cabos mais
sensíveis e demandam uma mão de obra especializada para a instalação adequada e para o transporte.
Contudo, a maior flexibilidade desses cabos associada à menor espessura (comparado com os blindados),
aparece como grande vantagem nesse tipo de cabeamento.

Características de um sistema com par trançado


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Cada equipamento eletricamente carregado transmite e recebe ondas eletromagnéticas que podem
interferir nos cabeamentos, visto que funcionam quase como antenas. O mesmo comportamento ocorre
com os cabos que, em frequências maiores, comportam-se como uma antena e agravam a emissão de
ondas eletromagnéticas.

Interferência eletromagnética
Os efeitos das interferências eletromagnéticas, produzidas pelos equipamentos e nos cabos, representam
um grande problema no desenvolvimento dos projetos, já que podem causar perdas de desempenho nas
redes, falhas nos programas e corrupção de dados.

As novas normas da Comissão da Comunidade Europeia (CEC) definiram o limite de interferência


eletromagnética que os equipamentos podem produzir, exigindo que os cabos sejam adequados aos
equipamentos utilizados.

A interferência eletromagnética consiste na produção de um campo ou uma onda elétrica ou magnética e


pode ser gerada pela energização de cargas indutivas, acionamentos de relés, chaves, disjuntores,
descargas eletromagnéticas etc.

Atenção!

Em cabos UTP, a redução das emissões de interferências eletromagnéticas é feita através do efeito de
cancelamento balanceado, em que sinais de polaridades opostas são enviados pelos cabos trançados.
Caso os sinais enviados estejam perfeitamente balanceados, a interferência se cancela mutuamente,
reduzindo (ou eliminando) a atuação do cabo como uma antena.

Problemas com o cabeamento UTP 5


O cabeamento de categoria 5 é um dos mais utilizados nos sistemas de comunicação. Seu baixo custo,
facilidade de instalação, resistência ao fogo e isolamento são capazes de controlar os níveis de emissão
eletromagnética. Entretanto, a resina fluorpolimerada, essencial na produção dos revestimentos desses
cabos, vem apresentando uma redução significativa na sua produção mundial, o que tem colocado em risco
a produção desse tipo de cabeamento.

Projetos de cabeamento de um sistema par trançado


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Projetos de cabeamento de um sistema par trançado
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A instalação dos conectores nos cabos do tipo par trançado, também denominada terminação ou
crimpagem, consiste na conexão da extremidade do cabo par trançado a um terminal (componente físico de
conexão denominado RJ45), veja:

Crimpagem de um cabo par trançado.

Para a conexão de um terminal em um cabo par trançado, são necessários:

Alicate de crimpagem

Conector RJ45

Cabo par trançado

O alicate de crimpagem é utilizado na fixação do conector na ponta do cabo. Observe a imagem de um


alicate de crimpagem:

Alicate de crimpagem.

Cabo cruzado e cabo direto


Os cabos de pares trançados são utilizados para conexão entre equipamentos.

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Em casos de conexões diretas entre computadores (sem o uso de hubs) o cabo precisa ser invertido ou
cruzado (crossover). Caso o computador seja conectado a um hub, devemos utilizar um cabo do tipo direto.
Confira!

Cabo direto
Em qualquer cabo, a primeira etapa consiste na remoção do revestimento externo com um alicate de corte,
deixando os fios expostos. A sequência dos cabos no conector RJ-45 segue o padrão estabelecido pela
norma ETA/TIA 568A, sendo necessário que o cabo seja completamente encaixado no conector RJ-45, cada
cabo em um orifício.

Remoção do revestimento do cabo.

Cabo par trançado - direto.

Já as cores seguem o padrão:

Verde e branco

Verde

Laranja e branco

Azul

Azul e branco

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Laranja

Marrom e branco

Marrom

No cabeamento direto, os dois terminais do cabo são “crimpados” de forma direta.

Cabo cruzado
O cabo cruzado também é montado de acordo com o padrão EIA/TIA 568A, contudo, possui a seguinte
sequência:

Cabo par trançado - cruzado.

Já as cores seguem o padrão:

Laranja e branco

Laranja

Verde e branco

Azul

Azul e branco

Verde

Marrom e branco

Marrom

No cabeamento cruzado (crossover), uma extremidade é presa ao conector de forma direta e a outra de
forma cruzada.

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Falta pouco para atingir seus objetivos.

Vamos praticar alguns conceitos?

Questão 1

No desenvolvimento de um projeto de cabeamento, considerando-se uma instalação que envolva


equipamentos, cabeamentos e programas, é natural supor que:

A maior durabilidade será dos programas, tendo em vista serem os que menos
A
necessitam de atualizações.

Os hardwares (computadores e CLPs) necessariamente passarão por menos


B
atualizações que os cabeamentos.

Os cabeamentos necessitarão ser atualizados em um intervalo inferior aos softwares


C
obrigatoriamente.

A tendência é de que o cabeamento apresente uma menor necessidade de atualizações


D
que o software.

A tendência é de que o software apresente uma maior necessidade de atualizações que


E
o cabeamento.

Parabéns! A alternativa D está correta.

No desenvolvimento de uma estrutura contemplando programas e partes físicas, incluindo


computadores, controladores e cabeamento, a estrutura que menos necessita de atualizações é o
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p , , q ç
cabeamento, tendo em vista que os cabeamentos, em geral, são capazes de comportarem diferentes
hardwares e versões distintas de programas.

Questão 2

Os processos industriais estão suscetíveis aos mais diferentes tipos de interferências que afetam a
qualidade das medições realizadas. A utilização de um cabeamento do tipo par trançado ajuda na
redução desses ruídos através da redução do efeito da

A interferência eletromagnética.

B dispersão da luz na fibra.

C resistência elétrica.

D corrente elétrica.

E tensão elétrica.

Parabéns! A alternativa A está correta.

A utilização do par trançado nos cabos evita o efeito da interferência cruzada e da interferência
eletromagnética nas instalações de transmissão e aquisição de dados.

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2 - Rede de fibra óptica


Ao final deste módulo, você será capaz de analisar o projeto e a instalação de uma rede de
fibra óptica.

Vamos começar!

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A reflexão da luz em uma fibra óptica
Agora, você conhecerá um pouco sobre a reflexão da luz em uma fibra óptica.

Of i d
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O funcionamento de uma fibra óptica


Quando se fala em comunicação óptica, logo associamos ao uso das fibras ópticas. A fibra pode ser tão
fina quanto um fio de cabelo, mas pode carregar milhares de informações digitais a longas distâncias sem
perdas significativas.

Aplicações utilizando as fibras ópticas, lentes e suas propriedades também encontram espaço no campo da
engenharia óptica, responsável pela pesquisa e desenvolvimento de novas tecnologias relacionadas com a
ciência da luz. O trabalho desenvolvido em laboratórios de Física altamente sofisticados, busca estudar o
comportamento da luz e verificar como ela pode ser manipulada para melhorar os sistemas eletrônicos e
equipamentos.

As utilizações das fibras ópticas são variadas, com grande destaque para o uso em comunicações e
instrumentação óptica.

Princípio da reflexão da luz


As fibras ópticas são constituídas basicamente de materiais dielétricos (isolantes) que permitem total
imunidade a interferências eletromagnéticas: uma região cilíndrica central composta de um material
transparente como fibra de vidro ou plástico, denominada núcleo, por onde passa a luz; e uma região
periférica denominada casca, que envolve o núcleo.

Para ser capaz de refletir a luz, o núcleo das fibras não precisa ser apenas transparente, mas também
precisa apresentar um alto índice de refração. Veja:

Reflexão da luz no interior de uma fibra óptica.

Índice de refração

Atenção!

f f
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O índice de refração consiste no fenômeno que relaciona a mudança na velocidade de propagação de uma
onda eletromagnética (como a luz) quando atravessa 2 meios ópticos diferentes.

Quando ocorre a refração, o comprimento da onda de luz pode mudar, mas sua frequência permanece a
mesma. Como o produto entre o comprimento de onda e sua frequência resulta na velocidade (Equação 1),
é possível observar a mudança na velocidade de propagação da onda quando muda de meio:

Eq. 1

v = λf

Rotacione a tela. screen_rotation


Em que λ é o comprimento de onda e f é a frequência (Hz).

A reflexão da luz no interior da fibra está associada aos índices de refração dos materiais que a compõe. Ela
pode ser definida pela Lei de Snell, que permite calcular o desvio dos raios de luz ao mudarem de um meio,
conforme a Equação 2:

Eq. 2

v1 λ1 n2
= =
v2 λ2 n1

Rotacione a tela. screen_rotation


Como os materiais que compõe o núcleo e a casca possuem índices de refração diferentes, e o índice do
núcleo (n 1 ) é sempre maior que o índice de refração da casca (n 2 ), existe um ângulo de penetração da luz
na fibra que, se for menor que o ângulo de aceitação (θ) correspondente ao ângulo máximo de incidência
da luz, em relação a um eixo longitudinal no centro da fibra, para que esta penetre no cabo, promoverá sua
reflexão total no interior da fibra e, consequentemente, sua propagação com perdas reduzidas. Observe:

Ilustração de uma fibra óptica.

Alguns conceitos inerentes às fibras ópticas são fundamentais para que elas possam ser utilizadas com

razoável grau de eficiência. A abertura numérica (NA), por exemplo, é definida pelo ângulo formado entre um
eixo imaginário, localizado no centro de uma fibra óptica, e um raio de luz incidente, de tal forma que ele
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g , p , , q
consiga sofrer a primeira reflexão, necessária para a luz se propagar ao longo da fibra.

A abertura numérica da fibra pode ser calculada considerando os índices de refração que a compõe
(Equação 3).

Eq. 3

2 2
N A = η. sen θ = √ n − n
1 2

Rotacione a tela. screen_rotation


Em que, como o meio de propagação é o ar, η = 1 .

Dessa maneira, toda a luz incidente com um ângulo menor do que θ terá propagação dentro da fibra.
Observe:

Abertura numérica de uma fibra óptica.

Vantagens das fibras ópticas


Quando comparada com outros meios de propagação de dados (par trançado e cabos coaxiais, por
exemplo), as fibras ópticas apresentam diversas vantagens.

Os cabos apresentam um menor custo expand_more

Tendo em vista o barateamento das tecnologias para fabricação.

Dimensões reduzidas expand_more


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O que facilita a instalação.

Capacidade de propagação muito elevada expand_more

As perdas são muito pequenas mesmo para grandes distâncias.

Imunidade à interferência expand_more

Por se tratar de um sinal luminoso, a fibra não sofre interferência eletromagnética ou de outros
sinais.

Menor risco de acidentes expand_more

Por se tratar de um sinal luminoso, os riscos de incêndio ou choque elétrico são inexistentes.

Sendo assim, a montagem de uma infraestrutura baseada em fibras ópticas pode ser mais barata. O risco
de furto de fibras ópticas é muito menor, quando comparado com os cabos de cobre, tendo em vista que o
preço do cobre tem aumentado e o reaproveitamento das fibras (com emendas) é quase impossível.

As dimensões reduzidas permitem que as fibras tenham dimensões menores (mais finas) sem, contudo,
perderem a capacidade de transmissão ou terem seu rendimento reduzido. Quando comparado com os
cabos de cobre, as fibras, mesmo em distâncias maiores e com diâmetro menor, apresentam uma
capacidade de transmissão (menor atenuação ou menor perda e maior velocidade de transmissão) muito
superiores.

Considerando que os riscos também são menores, as vantagens no uso das fibras ópticas são
consideráveis.

Tipos de redes e de fibras ópticas


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As redes de fibras ópticas podem ser classificadas como:

Ativa

Passiva

Já as fibras ópticas podem ser divididas em:

Monomodo
close

Multimodo

Tipos de redes de fibras


As fibras possuem dois tipos:

AON

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Uma rede ativa (AON) utiliza switches energizados por eletricidade para distribuir os sinais dentro da
rede. Já uma rede passiva utiliza splitters para recolher e dividir os sinais dentro de uma rede.

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PON

Uma rede passiva (PON) somente necessita de equipamentos energizados eletricamente para produzir
os sinais e receber os sinais, ou seja, nos extremos de uma fibra.

witches
Aparelho eletrônico que permite criar uma rede de comunicação entre computadores, via cabo (Ethernet). Essa
rede pode ser fechada (sem acesso a sites externos), ou aberta (com acesso a sites externos).

plitters
Componente da rede de fibra óptica que tem a função de distribuir o sinal óptico. Esse componente é
considerado um elemento passivo, na rede.

É bastante comum as redes combinarem elementos passivos e ativos formando redes híbridas.

As redes passivas apresentam algumas vantagens em relação às redes ativas, tais como:

Menor custo de implementação expand_more

A construção e manutenção de uma rede passiva são mais baratas comparadas com a necessidade
de equipamentos elétricos das redes ativas.

Menor suscetibilidade expand_more

As redes ativas são mais suscetíveis a falhas, tendo em vista a existência de equipamentos elétricos
em seu funcionamento.

Apesar dessas vantagens as redes passivas apresentam uma grande limitação quando comparada com as
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Apesar dessas vantagens, as redes passivas apresentam uma grande limitação quando comparada com as
redes ativas. Enquanto as redes passivas costumam ter um alcance de aproximadamente 20km, as redes
ativas podem chegar a 100km. Assim, as centrais precisam ficar mais próximas dos destinatários em uma
rede passiva.

Quanto à proximidade da rede de fibra com o cliente, as redes podem ser classificadas em:

Fibra para nó ou fibra para a vizinhança (FTTN)

A rede óptica termina a alguns quilômetros do destinatário.

Fibra ao meio fio ou fibra ao gabinete (FTTC)

Nesta configuração, os cabos ópticos da rede terminam a menos de 300 metros do


destinatário.

Fibra para o prédio ou fibra para o porão (FTTB) ou fibra para casa (FTTH)

São estruturas de redes onde as fibras terminam dentro do prédio ou da casa do cliente.

Tipos de fibras ópticas


Quanto ao tipo de fibras, elas podem ser monomodo ou multimodo. Vamos conhecê-las!

Fibra óptica monomodo

Esse tipo de fibra aceita apenas 1 sinal luminoso por vez. Isso acontece porque as fibras monomodo
apresentam um núcleo de cerca de 10 micrômetros e uma casca mais grossa que a multimodo.
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p g q

Como o espaço de transmissão é muito estreito (devido às dimensões reduzidas do núcleo) o feixe de luz é
transmitido de forma direta, quase em uma linha reta. Observe a ilustração:

Ilustração de uma fibra monomodo.

Como vantagens, a fibra monomodo apresenta:

Menor perda de luz, mesmo em curvas e/ou grandes distâncias.

Velocidade superior, quando comparadas com as fibras multimodo.

Como desvantagem, a fibra monomodo apresenta:

Maior dificuldade com emendas, tendo em vista a dificuldade de alinhamento das fibras.

Observe a imagem, a seguir, de uma propagação de informação em uma fibra monomodo. É possível
observar que cada fibra da ilustração propaga 1 única informação.

Propagação de informação em uma fibra monomodo.

Fibra óptica multimodo

Apresentam núcleos maiores que as de uma fibra monomodo e uma casca mais fina.

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Como o espaço para transmissão é maior, os feixes de luz são refletidos diversas vezes e múltiplos feixes
podem ser propagados. Veja:

Ilustração de uma fibra multimodo.

Por esses motivos, como vantagem das fibras multimodos, podemos citar:

Menor custo.

Facilidade de operar e instalar, quando comparadas com as fibras monomodo.

Entre as desvantagens, podemos citar:

Maior perda de luz em distâncias maiores e/ou curvas.

Limitações da velocidade e das distâncias.

Observe agora a propagação de informações em uma fibra multimodo:

Propagação de informação em uma fibra multimodo.

Elementos de uma rede de fibra óptica


Como já discutido, as redes de fibra podem ser ativas, passivas ou híbridas, sendo formadas por diversos
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componentes ou elementos. Confira!

Elementos ativos
Os elementos ativos são aqueles que necessitam de energia elétrica para seu funcionamento.

Entre os elementos ativos, podemos citar:

Emissores ópticos
São os dispositivos responsáveis por emitirem os feixes de luz, ou seja, transformam energia elétrica em
luminosa. Sendo formados por uma fonte óptica, um modulador e um acoplador para a fibra óptica.

Os emissores podem ser baseados em diodos emissores de luz (LED) ou diodos laser.

Entre as especificações dos emissores devemos destacar:

A potência expand_more

Quanto maior a fibra, maior deverá ser a potência.

Comprimento de onda espectral expand_more

A dispersão de luz é menor para comprimentos de ondas menores.

Insensibilidade ao meio ambiente expand_more

A fonte deverá ser insensível a variações no meio (temperatura e umidade).

Receptores ópticos
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Os receptores são responsáveis por transformarem os sinais luminosos em energia elétrica e devem ser
capazes de operarem mesmo com sinais luminosos de baixa potência.

Observe agora a ilustração de uma fibra óptica com um emissor de luz e um receptor acoplados. A
propagação do raio laser, pela reflexão, ocorre mesmo em condições de curvatura.

Ilustração de uma fibra óptica com um receptor e um emissor acoplados.

Amplificadores ópticos

Os amplificadores são utilizados em sistemas onde a luz propagada através da fibra apresenta uma
potência insuficiente para ser recebida pelos receptores ópticos.

Os projetos devem ser especificados para comportarem a menor quantidade possível de amplificadores, na
medida em que eles degradam os sinais. Veja:

Amplificador óptico para sinais de TV.

Elementos passivos

Elementos passivos são aqueles elementos das redes de fibra óptica que não utilizam energia elétrica em
seu funcionamento.
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Entre os elementos passivos, podemos citar:

Uniões
São as conexões utilizadas na junção de duas fibras.

As uniões podem ser:

Mecânicas

As extremidades de 2 fibras ópticas são conectadas. Por promoverem perdas (as junções não
são perfeitas) não são recomendadas para redes de baixas potências.

Fusão

As máquinas de fusão são capazes de promover a fusão (solda) entre 2 fibras. Apresentam
perdas menores que as uniões mecânicas.

Observe a fusão entre 2 fibras na imagem a seguir. A colocação das fibras dentro do soldador é feita
manualmente. Entretanto, o processo de fusão é realizado de maneira automática pela máquina.

Fusão de uma fibra óptica.

Adaptadores
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Os adaptadores, também chamados de conectores ou pigtails, são conectados na extremidade das fibras e
permitem a conexão das fibras em uniões, emissores, receptores e outros elementos da rede.

Exemplos de adaptadores para fibras ópticas.

Atenuadores ópticos

Atenuadores ópticos são utilizados quando é necessário reduzir a potência de um sinal na entrada de um
equipamento. Considerando que os feixes apresentam uma potência e, consequentemente, uma energia,
caso possuam potência maior do que os equipamentos nos quais serão conectados, poderão danificá-los.

Atenuador óptico de 2 canais com ajuste manual.

Acopladores

Os acopladores permitem distribuir 1 sinal óptico para 2 ou mais fibras. Também permitem combinar os
sinais de 2 ou mais fibras em 1 única fibra.

Splitters
Os splitters permitem a divisão do sinal óptico em 2 ou mais partes.

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Filtros ópticos
Permitem a multiplexação de diversos sinais com comprimentos de ondas distintos vindos de diferentes
canais.

Caixas de junção

Servem para efetuar a união de dois cabos ou para produzirem ramificações.

Exemplo de caixa de junção para fibras ópticas.

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Falta pouco para atingir seus objetivos.

Vamos praticar alguns conceitos?

Questão 1

As fibras ópticas são alguns dos meios de comunicação mais utilizados atualmente. A imunidade que
elas oferecem aos sistemas de medição e trocas de dados fazem com que as fibras sejam altamente
recomendadas para uso nos processos produtivos. Entre as vantagens no uso das fibras, podemos
destacar:

A imunidade a interferências.

B o trançado dos fios.

C a comunicação wireless.

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D a utilização reduzida de fios.

E a facilidade na realização de emendas.

Parabéns! A alternativa A está correta.

As fibras ópticas apresentam diversas vantagens, como o risco reduzido de incêndios e choque
elétrico. Além disso, a imunidade a interferências, por se tratar de um sinal luminoso, torna as fibras
vantajosas no uso em sistemas sensíveis a ruídos.

Questão 2

As redes com fibras utilizam diversos equipamentos para seu funcionamento. Alguns necessitam de
energia elétrica e outros não, sendo denominados ativos e passivos, respectivamente. Entre esses
elementos, aqueles que são utilizados para a redução da intensidade de um sinal na entrada de um
equipamento para evitar que seja danificado são denominados:

A pigtails.

B atenuadores.

C emissores.

D receptores.

E acopladores.

Parabéns! A alternativa B está correta.


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Parabéns A alternativa B está corretaInfraestrutura e conectividade em redes industriais
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Os atenuadores permitem a redução da intensidade de um sinal de maneira que possam ser colocados
na entrada de um equipamento sem que o danifiquem.

3 - Rede sem fios


Ao final deste módulo, você será capaz de analisar o projeto e a instalação de uma rede sem
fios.

Vamos começar!

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A tecnologia sem fio
Confira agora a tecnologia sem fio.
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A rede wireless
Quando falamos em rede wireless, fazemos referência ao tipo de rede com conexão sem fio com os
componentes, ou seja, sem a utilização de cabos.

Embora a rede seja considerada sem fio, diversos nós dessa rede são formados por componentes ligados
entre si, muitas vezes, com o uso de cabos adequados. Por exemplo, mesmo em uma rede wireless, um
roteador estará conectado com cabo na rede de dados para possibilitar o acesso sem fio aos demais
componentes da rede. Do mesmo modo, os cabos de alimentação dos componentes, quando energizados
pela rede elétrica, também possuirão cabos de energização.

Atenção!

É fundamental compreender, porém, que a transmissão de dados e informações é feita por ondas de rádio,
infravermelho, telefonia, bluetooth, entre outras.

Utilização de rádios e walkie-talkies.

Uma das aplicações mais comuns dos sistemas wireless é promover acesso remoto à internet. Entretanto,
embora o conceito de conexão à internet sem o uso de fios seja recente, as conexões wireless com rádios
comunicadores, walkie-talkies e satélites, são históricas.

Um exemplo de conexão de sistemas sem fio à internet, atualmente, é bastante evidente na utilização dos
celulares.

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Conexão sem fio de um celular.

Embora a conexão sem fio sirva, essencialmente, para a transferência de dados entre mais de dois
equipamentos que não estejam fisicamente ligados por cabos, as tecnologias wireless vêm evoluindo e
permitindo outras funcionalidades, como o carregamento de dispositivos eletrônicos.

Carregamento de celular com almofada de carregamento sem fio.

Como funciona uma rede sem fio?


Embora com os avanços tecnológicos a utilização das redes sem fio tenha se tornado mais barata e
popular, as conexões com fios são mais rápidas e simples de serem configuradas, mesmo havendo
complexidade na instalação. Contudo, para a instalação de diversos equipamentos, é mais recomendada a
conexão sem fio, pois o uso de cabos pode tornar o custo consideravelmente alto.

Como a maioria dos dispositivos tecnológicos atuais já possui tecnologias para adaptação sem fio
(wireless) integradas, a popularização das instalações sem fio ocorreu de forma mais fácil e rápida. Por
outro lado, a grande quantidade de adaptadores para os equipamentos com fio tornou possível a adaptação
dos equipamentos cabeados às novas tecnologias wireless.

As tecnologias wireless permitem a mobilidade imediata para realização das mais diversas atividades. Veja
algumas vantagens de uma rede sem fio:

Flexibilidade – diferentes equipamentos podem ser instalados ou removidas na rede sem grandes

alterações.

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Transmissão de dados e informações em alta velocidade.

Baixo custo de manutenção e instalação.

Acesso remoto.

Mobilidade – como os equipamentos não são presos a fios, podem ser movidos par diferentes pontos.

Menos equipamentos na instalação e configuração.

Entre as desvantagens de uma rede sem fio, podemos destacar:

A segurança é mais fácil de ser burlada, tendo em vista que os sinais da rede se propagam por um
volume espacial tão grande quanto o sistema permita.

Por questões de segurança e privacidade, demanda maior tecnologia de criptografia.

O sinal está sujeito à interferência de fatores externos.

A velocidade de transmissão é inferior à de uma rede com fio.

Mesmo não possuindo fios, o alcance também apresenta limitações.

Componentes de uma rede wireless


Apesar de todas as vantagens, alguns dos diversos componentes de uma rede sem fio apresentam
conexões entre si por meio de fios.

Entre esses componentes, destacam-se:

Adaptadores de rede sem fio expand_more

A maioria dos dispositivos já vem com essas adaptações. Contudo, equipamentos mais antigos
podem ser adaptados para atuarem nas redes sem fio.

Roteadores expand_more

São os componentes capazes de disponibilizar a rede sem fio para os diversos equipamentos da
rede.
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Observe o exemplo de uso de um roteador wi-fi para compartilhamento de uma rede sem fio:

Roteador wi-fi.

A seleção dos componentes de uma rede wireless


A seleção dos componentes wireless demanda alguns critérios fundamentais para uma seleção adequada.
Embora um custo reduzido seja uma característica importante para os projetos em geral, na seleção de
componentes para uma rede sem fio, devem ser levados em consideração outros parâmetros mais
importantes do que o custo, tais como:

Interoperabilidade expand_more

Facilidade de adaptação na utilização com equipamentos de fabricantes diversos.

Alcance expand_more

O equipamento deverá ser capaz de oferecer um elevado alcance para a rede sem fio mesmo
considerando-se a existência de obstáculos.

Taxa de transmissão expand_more

A velocidade com que os dados são trocados (transmitidos e recebidos) entre os equipamentos e o
roteador.
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Peças de reposição expand_more

Facilidade de reposição de peças e manutenção.

Também é importante destacar que existem diferentes tipos de conexões wireless, com especial destaque
para aquelas mais utilizadas:

IrDA

Rede de transferência de dados baseada em adaptadores e receptores infravermelhos para


transmissão e recebimento de dados. Essa rede, porém, não é capaz de armazenar dados.

Bluetooth

Tecnologia de comunicação sem fio bastante comum entre computadores, celulares e outros
dispositivos para troca de dados de maneira direta e fácil. Entretanto, apresenta como
limitação a necessidade de uma distância reduzida, tendo em vista a limitação no alcance.

Ronja

Tecnologia para transmissão de dados por dispositivos ópticos e sem fio.

Wi-fi

Abreviação de wireless fidelity, representa a tecnologia de comunicação capaz de realizar


acessos à internet sem o uso de fios, através de um roteador ou hotspot (locais de acesso
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amplo à rede sem fio, podendo ser público ou limitado – com acesso por senha).

Configuração de uma rede wireless


A configuração de uma rede sem fio envolve uma série de procedimentos, dos mais simples aos mais
complexos. O primeiro passo envolve a identificação da rede sem fio, com o objetivo de diferenciá-la das
demais redes que estejam ao alcance dos dispositivos sem fio utilizados. A escolha de um nome deve ser
intuitiva, para a fácil localização da rede, tendo em vista que pode haver múltiplas redes disponíveis no local
de acesso do equipamento.

Um ponto fundamental para as redes sem fio consiste na escolha de chaves de segurança, ou seja, de
configurações capazes de garantir a preservação do nível de segurança da rede e dos dispositivos a ela
integrados. Entre os tipos de chaves de segurança podemos citar:

WEP expand_more

Um dos primeiros tipos de segurança para redes desenvolvido e, por esse motivo, apresenta um
baixo nível de segurança, sendo fácil de ser burlado.

WPA expand_more

Evolução do WEP, ele utiliza a mesma base, porém apresenta alguns recursos que contornam as
fragilidades do sistema anterior. Foi apelidado de WEP2.

WPA2 expand_more

Criado para desenvolver um sistema de segurança mais elevado, aumentando consideravelmente a


complexidade do sistema.

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TKIP expand_more

Baseado em uma criptografia dinâmica, ou seja, as chaves de segurança se alteram a cada envio de
pacotes de dados.

AES expand_more

Tecnologia que garante a maior segurança, contudo também demanda um maior processamento por
parte dos dispositivos, não sendo tolerado por alguns dos equipamentos.

Configuração de uma rede wi-fi


Os passos para configuração de uma rede sem fio são bastante simples. A maior complexidade,
geralmente, ocorre nas limitações dos equipamentos ou nos dispositivos de proteção (firewall e antivírus).

Entre os passos para a configuração de uma rede, temos:

A configuração do roteador, por meio do nome da rede, tecnologia de proteção e senha. Esse
acesso é feito, geralmente, a partir de um cabo conectado entre o computador e o roteador.

O acesso ao roteador, feito através de um navegador de internet, por meio de um endereço


disponível no próprio equipamento (em uma etiqueta) ou no manual do fabricante. São
solicitados o login e a senha fornecidos pelo fabricante.

O nome e a senha (chaves de segurança), que são ajustados através desse primeiro acesso e

serão utilizados para acesso através de quaisquer computadores.

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As parametrizações da conexão após os ajustes das configurações de segurança.

Por fim, no aparelho que se deseja conectar à internet, a rede aparecerá, caso esteja
disponível, e o login e a senha de acesso deverão ser informados.

Algumas recomendações sobre login e senha são indicadas, tais como a não utilização de informações
básicas e associadas diretamente com os donos da rede, tais como: endereços, datas marcantes, nomes
etc.

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Falta pouco para atingir seus objetivos.

Vamos praticar alguns conceitos?

Questão 1

O advento dos sistemas sem fio representou uma revolução na utilização dos sistemas eletrônicos em
rede. Entre as características das redes sem fio, podemos citar:

A Flexibilidade reduzida.

B Velocidade reduzida das transmissões.

C Custo elevado.

D Acesso remoto.

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E Mobilidade reduzida.

Parabéns! A alternativa D está correta.

A ausência de fio na comunicação com os aparelhos que formam uma rede sem fio garante, entre
outras vantagens, o acesso remoto aos dispositivos.

Questão 2

Nas redes sem fio, o custo reduzido dos sistemas não é a característica mais importante, visto que
pode afetar o rendimento e alcance do sistema. Entre as características importantes na seleção dos
componentes, aquele que considera a facilidade de adaptação a fabricantes diferentes é denominado

A interoperabilidade.

B alcance.

C taxa de transmissão.

D crosstalk.

E diafonia.

Parabéns! A alternativa A está correta.

A interoperabilidade é a característica dos equipamentos da rede sem fio se adaptarem a equipamentos


de diferentes fabricantes.

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Considerações finais
Analisamos os projetos e as instalações de diversos sistemas de comunicação e de trocas de dados.

Primeiramente, vimos o projeto e a instalação de um sistema com cabeamento do tipo par trançado, que é
um modelo de estrutura das mais antigas e bastante utilizada em pequenos projetos, capaz de reduz o
efeito da interferência eletromagnética. Outros efeitos promovidos por ruídos diversos também são
atenuados pelo uso de blindagens e aterramentos.

Acompanhamos os projetos de instalação com fibras ópticas. Tipo de sistema que apresentou um grande
crescimento, atualmente, pelas inúmeras vantagens da utilização dessas fibras.

Também vimos o projeto e a configuração dos sistemas sem fio. A grande versatilidade desse padrão de
sistema associada à redução nos custos dos componentes, vista nos últimos anos, popularizou esse tipo
de instalação. Além disso, a adaptação das novas tecnologias, como os celulares e os computadores
portáteis, motivou ainda mais a expansão das instalações de rede sem fio.

headset
Podcast
Agora, você conhecerá um pouco mais sobre a infraestrutura e conectividade de redes industriais.

Referências
https://stecine.azureedge.net/repositorio/00212en/03650/index.html# 45/46
23/11/2022 19:27 Infraestrutura e conectividade em redes industriais

BOQUE, V.; HAHN, R. M.; ASTIAZARA, M. V. Cabo de par trançado e cabo coaxial. Universidade Luterana do
Brasil. Curso de Sistemas de informação, 15 set. 2012.

BORGES, G. S. et al. Modelagem de par trançado para comunicações em banda larga. 2016. Tese
(Doutorado em Engenharia Elétrica) - Universidade Federal do Pará, 2016.

LOUREIRO, A. A. F. et al. Redes de sensores sem fio. In: Simpósio Brasileiro de Redes de Computadores
(SBRC), p. 179-226, 2003.

RIBEIRO, J. A. J. Características da propagação em fibras ópticas. Instituto Nacional de Telecomunicações,


dez. 1999.

RUIZ, L. B. et al. Arquiteturas para redes de sensores sem fio. In: Simpósio Brasileiro de Redes de
Computadores e Sistemas Distribuídos (SBRC), 2004.

SOUZA, V. A. Comunicação por Fibra Óptica. Clube de Autores, 2015.

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Leia o artigo Ambientes informacionais digitais, de Elizabeth Roxana Mass Araya e Silvana Aparecida
Borsetti Gregório Vidott e veja a importância de ambientes digitais.

https://stecine.azureedge.net/repositorio/00212en/03650/index.html# 46/46

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