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2. Emprestar o brinquedo
2.1 Vale seguir a mesma lógica da fase em que se encontra a criança. Se ela tem até 3 anos,
em média, terá dificuldades em entregar algo que é dela para outra pessoa ou entender que o
emprestado será devolvido.
2.2 Mas, quando não é possível escapar da situação, procure inicialmente estabelecer trocas.
2.3 Ter à mão alguns objetos repetidos (mais de uma bola, mais de um carrinho) também é
outra dica, caso você saiba que vai encontrar outras crianças da mesma idade ou quando a
visita é na sua casa.
2.4 Conviver com irmãos, primos e colegas de escola também torna o processo mais fácil.
2.5 “Jogos e brinquedosque favorecem o ‘brincar junto’ contribuem bastante para esse
aprendizado”,
2.6 A criança pode aprender, dessa maneira, que ter um companheiro pode até ser mais
divertido do que usar apenas aquilo que é “dela”.
2.7 Obrigar seu filho a entregar o brinquedo, no entanto, pode não ser a melhor saída. É
melhor estimulá-lo a dividir e chamar o amigo para brincar junto.
2.8 O contrário também vale: quando seu filho pede algo emprestado, a resposta pode ser
“não” - e é necessário aprender isso também.
2.9 Para controlar o choro nessa hora, busque alternativas para distrair a criança. “Eu
sempre negocio uma troca, mas quando não dá certo, tento mudar o foco para outra
brincadeira”,
3.2 O mesmo vale para quando recebe um elogio. E não tem segredo: a recomendação é pedir
à criança que agradeça sempre
3.3 - Mesmo que saia aquele “obrigado” meio atravessado. Se isso acontecer, não dê bronca.
3.4 O motivo está na famosa sinceridade infantil. “Quando a minha filha realmente gostava,
o ‘obrigada’ saía junto com um ‘adorei!’, com um abraço... Mas quando o presente não era
muito interessante, o agradecimento saía, mas com um sorriso meio amarelado.
4. Pedir desculpa
4.1 Não basta apenas obrigar seu filho repetir a palavra. É preciso explicar o motivo de ele
pedir desculpas.
4.2 E, assim como nas outras situações já citadas, considere a idade da criança, pois o pedido
também está relacionado à aquisição do senso moral.
4.3 Se o seu pequeno de 3 anos empurrou o amigo, por exemplo, o ideal é explicar que aquilo
não é certo e incentivá-los a fazer as pazes (sem muitas delongas sobre o assunto).
4.5 Depois, por volta dos 4 anos, ele vai compreender melhor o sentido de certo e errado e,
então, vale uma explicação mais longa, falando que não é legal fazer com os outros aquilo que
não gostamos que façam com a gente e que, quando isso acontece, é preciso reconhecer o erro
e se desculpar.
4.6 A partir dos 6 anos, quando esses conceitos estão mais claros para a criança, vale investir
em algum tipo de reparação, ou seja, em uma atitude que aconteça a partir do pedido de
desculpas. O objetivo é ensinar a importância de respeitar o outro e não banalizar o “sinto
muito”.
4.7 E, sim, será preciso repetir a mesma ação até a criança entender que aquilo não pode ser
feito. “Às vezes, percebo que meus filhos dizem 'desculpa’ quase ‘rosnando’ e eu peço para
falar de novo”, diz
5.2 “Na verdade, o estranho seria nunca interromper, já que, nesse período, ela se considera
o centro das atenções.
5.3 Portanto, tente incluir seu filho de alguma maneira. Está em uma festa de família? Peça
para que ele fique perto e que interaja também coma pessoa com quem você está
conversando.
5.4 Ou deixe o bate- papo para mais tarde. “Quando estou com as crianças, não costumo ter
longas conversas com outros adultos. O programa é realmente mais voltado a elas. Mas,
quando acontece, não tem segredo: é só pedir. A mais velha já sabe, só com um olhar meu,
que é para esperar um pouco”,
5.5 No caso de seu filho ser um pouco mais velho (a partir de 4 anos), já é mais fácil explicar
a situação e dizer que, quando duas ou mais pessoas conversam, cada uma tem sua vez para
falar - e que é preciso esperar.
5.6 Mas, não se esqueça: assim como toda regra de convívio social, será necessário repetir
mais de uma vez.
7.3 Não precisa dizer ao seu filho - principalmente se ele ainda for bem novinho - , que é falta
de educação na frente de todo mundo.
7.4 Até porque o adulto que é dono da casa costuma reagir com bom humor à cena. De
qualquer maneira, vale sempre reforçar a recomendação de que, quando está fora de casa, é
preciso pedir quando deseja alguma coisa.
7.5 “Também pergunte, por exemplo, se ele gostaria que as pessoas que vão à sua casa
remexessem em tudo”,
8.7 Que tal passar a tarde em uma livraria e ler, com as crianças, obras que abordam a
relação com os avós (ou com os idosos em geral), como as de Monteiro Lobato? É um jeito
mais “leve” de tratar a questão.
8.8 Não adianta você exigir que seu filho trate bem os mais velhos se você mesmo não dá
lugar para um idoso sentar ou reclama quando passam na sua frente em uma fila.
9.2 Acompanhe a criança enquanto ela se alimenta e evite interrupções que possam distraí-
la. 9.3 Também diga que é importante ficar sentado durante a refeição para que a comida
não faça mal.
9.4 Quando o almoço ou jantar é em um restaurante, distrair a criança é uma boa alternativa.
9.5 Uma dica é procurar locais com áreas de recreação (mas combine que poderá brincar só
depois de comer)
9.6 E levar brinquedos, jogos, papel e caneta para que se distraia enquanto a comida não
vem.
9.7 Explique também que, se ela se levantar antes de terminar de comer, seu prato será
retirado.
9.8 Outra dica para o caso daqueles muito agitados (em casa ou fora) é “cansá-los” antes da
refeição: leve para um passeio ou deixe que brinque bastante antes de comer.
9.9 Quem tem mais de uma criança em casa e percebe diferença entre as duas, respeitar o
ritmo de cada uma também é necessário.
9.10 “Ele sempre comeu mais rápido do que o irmão e, por isso, saía antes da mesa”, diz.
Lidar com essa diferença pode ser uma boa estratégia enquanto os filhos são pequenos.
10.1 Seja na fila do parque ou na sala de espera do consultório médico, é comum ver uma
criança inquieta. Essa ansiedade começa ainda na fase de bebê e está relacionada à rapidez
com que ele tem suas necessidades atendidas. É preciso ter paciência para que, aos poucos,
seu filho aprenda a ser mais paciente, mas há algumas atitudes suas que podem ajudar.
10.2 Quebrou ou perdeu um brinquedo? Não precisa comprar outro imediatamente, diga que
em outra ocasião você dá um novo, ou que tal pedir para o Papai Noel? Quando a ansiedade
está relacionada a alguma viagem ou festa que vai acontecer, espere para contar sobre o
evento quando estiver mais próximo à data.
10.3 Em situações que não dá para escapar da espera, procure sempre ter na bolsa um brinquedo,
um tablet, um livro, um game ou, dependendo do horário, algo para comer ou beber.
10.4 Por fim, sempre vale repetir (mesmo para as mais novas) que “tudo tem a sua hora”.
10.5 A criança precisa saber que chegará a sua vez, mas isso precisa ser mostrado com ações.
10.6 Atue sempre da mesma maneira com seu filho até o momento que ele consiga ter o que está
esperando.
10.7 Se está em um restaurante, por exemplo, que tal explicar (de um jeito que ele entenda, claro)
como se dá o processo de preparação de um alimento? “Fale do cuidado e do tempo que é necessário
para preparar aquilo que comemos.
10.8 Provavelmente, ele não vai entender na primeira, segunda ou terceira vez.
10.9 Mas, aos poucos, começa a compreender que nem tudo está pronto e acabado, esperando para
atender seus desejos”,