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Elaboração de Projeto para Implantação de Painéis

Solares no Estacionamento do Departamento de


Trânsito do Estado do Pará (Detran-Pa)
E. K. Rodrigues, E. K. Suruki, W. S. Souza, R. C. D. Arrifano e E. R. Freire

Resumo  Neste trabalho é apresentado o resultado de um projeto diretamente à utilização de energia. Além disso, com a
elétrico e solar, que é uma estratégia de geração de energia limpa e crescente demanda global por energia, associada à importância
renovável, baseada na eliminação dos altos custos com energia do impacto das políticas energéticas sobre a sociedade e o
elétrica no Bloco da Diretoria Administrativa e Financeira - DAF que meio ambiente, reforça a necessidade cada vez maior de
fica localizado no prédio sede do Departamento de Transito do Estado
utilizar uma fonte de energia, que possa abastecer a
do Pará - Detran-PA. A metodologia adotada foi feita através de uma
visita técnica que teve como principal objetivo fazer o levantamento
humanidade de forma inesgotável, servindo de base para um
da curva de carga do DAF e escolher o local para implantação dos desenvolvimento sustentável.
painéis solares, a partir dessa curva foram feitos os A boa gestão do gasto público permite a redução de
dimensionamentos de todo o sistema solar, o modelo escolhido foi o desperdícios, possibilitando o aumento dos recursos
On-Grid com a particularidade de estar conectada à rede de disponíveis para o Estado atender melhor a população nas mais
distribuição da concessionária local, o mesmo será implantado no diversas formas, desta maneira é possível promover a
estacionamento do Detran-PA em uma área de aproximadamente sustentabilidade ambiental e socioeconômica na administração
265m². A expectativa é que após a implantação do Projeto o bloco pública estadual por meio da redução de gastos com energia.
obtenha uma redução de 94% nos gastos com a energia elétrica e que Energia fotovoltaica é uma grande alternativa quando
este seja um agente de mudança, e que consiga consolidar uma nova
visão de gestão assim lhe proporcionando uma tecnologia de geração
comparada as fontes convencionais de geração de energia
de energia sustentável. presentes no sistema elétrico do Brasil os sistemas
fotovoltaicos são capazes de gerar energia elétrica através das
Palavras-chave  Projeto Elétrico e Solar, DAF, Detran-PA,On- chamadas células fotovoltaicas.
Grid, Painéis Solares. As células fotovoltaicas são feitas de materiais capazes de
transformar a radiação solar diretamente em energia elétrica
Abstract  This paper presents the results of an electric and solar através do chamado “efeito fotovoltaico”. O território
project, which is a strategy of clean and renewable power generation, brasileiro recebe elevados índices de irradiação solar, quando
based on the elimination of the high cost of electricity in the block of comparado com países europeus, onde a tecnologia
the Administrative and Financial Department - DAF which is located
fotovoltaica é disseminada para a produção de energia elétrica,
in the headquarters building Para Transit Department – PA TD. The
methodology was done through a technical visit that aimed to take logo se espera que a geração fotovoltaica esteja cada vez mais
stock of DAF load curve and choose the location for deployment of presente em sua matriz energética.
the solar panels, from this curve were made the design of the entire Por ser abundante e ter grande disponibilidade na superfície
solar system, the model was chosen the on-grid with the particularity da Terra, a energia solar fotovoltaica apresenta significativa
of being connected to the distribution of the local utility grid, it will participação na evolução das fontes alternativas de energia em
be deployed in the DMV-PA parking in an area of approximately todo o mundo. Assim, vários países têm adotado políticas
335m². It is expected that after the implementation of the Project the públicas de incentivos, com intuito de gerar energia a partir do
block get a reduction of 94% in spending on electricity and this to be uso de sistemas fotovoltaicos conectados à rede elétrica,
an agent of change, and that can consolidate a new management
visando à sustentabilidade e maior segurança no setor
vision so you providing a generation of technology sustainable
energy. energético.
Nesse contexto, o presente artigo consiste na elaboração de
Keywords  Electric and Solar Project, DAF, Para Transit um projeto para implantação de um sistema que irá gerar
Department – PA TD, Ongrid, Solar Panels. energia a partir da irradiação solar, através de um sistema
conectado à rede, em um órgão público localizado em Belém
I. INTRODUÇÃO (PA), que visa a redução dos gastos com energia elétrica.
A melhoria da qualidade de vida do ser humano está ligada
_____________________________
As próximas seções deste artigo estarão organizadas da
seguinte maneira: na seção II serão abordagem teóricas. Na
E.K. Rodrigues, Faculdade Estácio de Belém - Belém, Pará, Brasil, seção III devem ser apresentadas a regulamentação e normas
edsonkleton@yahoo.com.br;
E. K. Suruki, Faculdade Estácio de Belém - Belém, Pará, Brasil,
técnicas. A seção IV descreverá o desenvolvimento do projeto
eduardo.suruki@hotmail.com; solar. A Análise comparativa do DAF com e sem o projeto de
W.S. Souza, Faculdade Estácio de Belém - Belém, Pará, Brasil, geração de energia solar estarão na seção V. A seção VI
wictorbrazil@gmail.com; apresentará os resultados. A seção VII é a conclusão. Por fim,
R.C.D. Arrifano, Faculdade Estácio de Belém - Belém, Pará, Brasil,
rildo.arrifano@estacio.br; estarão as referências bibliográficas.
II. ABORDAGEM TEÓRICAS de modificar a estrutura de banda do material o suficiente para
alterar completamente suas propriedades elétricas [5].
A. A ENERGIA SOLAR FOTOVOLTAICA Após a inserção de impurezas ocorre a formação do material
do tipo N e do material tipo P, que unidos formam a região
A energia solar fotovoltaica é obtida através da conversão da conhecida como junção P-N, onde é criado um campo elétrico
radiação solar em eletricidade por intermédio de materiais interno no qual desponta o processo de conversão
semicondutores. Esse fenômeno é conhecido como Efeito fotovoltaica[5].
Fotovoltaico. O Efeito Fotovoltaico foi observado pela A exposição do material semicondutor à radiação luminosa
primeira vez em 1839 pelo físico francês Edmund Becquerel, provoca a quebra do seu estado de equilíbrio e geração de pares
numa solução de selênio[1], [2]. Becquerel notou o elétron-lacuna, desde que a energia dos fótons incidentes seja
aparecimento de uma tensão entre os eletrodos de solução superior à energia de gap. Isto ocasiona um desequilíbrio nas
condutora, quando esta era iluminada pela luz solar. Mais correntes da junção P-N e o surgimento de uma diferença de
tarde, por volta do ano de 1870, o efeito fotovoltaico foi potencial. Ao conectar cada lado dessa junção a terminais
estudado em sólidos, tal como o selênio e, por volta de 1880, metálicos e interligá-los por meio de um condutor será
a primeira célula fotovoltaica foi construída utilizando-se o formada uma corrente elétrica, denominada fotocorrente, que
selênio. A eficiência desta célula era na faixa de 2%[1]. existirá enquanto houver incidência de radiação solar no
Pesquisas em aplicações práticas para a tecnologia fotovoltaica material semicondutor[4], [6].
foram iniciadas nos Estados Unidos da América na década de
1950. Em 1954, o Laboratório Bell produziu a primeira célula C. CÉLULAS E MÓDULOS FOTOVOLTAICOS
fotovoltaica de silício de junção PN. A partir de então se
trabalhou na obtenção de um sistema realizável e de longa A célula fotovoltaica é a unidade base para o processo de
duração para sistemas de alimentação de satélites. Com a crise conversão da energia luminosa em energia elétrica, são feitas
mundial de energia de 1973/74, a preocupação em estudar de materiais semicondutores, sendo o Silício (Si) o mais
novas formas de produção de energia fez com que a utilização empregado devido ao desenvolvimento do conhecimento
de células fotovoltaicas não se restringisse somente à tecnológico sobre o mesmo e à facilidade de encontrá-lo na
programas espaciais, mas que fosse intensamente estudada e natureza. Materiais semicondutores como o Arsenato de Gálio
utilizada no meio terrestre para suprir o fornecimento de e o Germânio também podem ser utilizados na confecção da
energia[1]. célula, no entanto, seus custos elevados limitam seu uso e
aplicações em determinados casos[5].
B. O EFEITO FOTOVOLTAICA A fabricação das células de Si pode ser realizada utilizando
o Silício monocristalino, o policristalino (multicristalino) ou o
O funcionamento de um sistema fotovoltaico é baseado no amorfo (a-Si), no entanto há novos materiais em estudo. O
chamado efeito fotovoltaico (Figura 1), fenômeno físico que Silício monocristalino é o material que requer maior rigor no
consiste na conversão da energia da radiação luminosa em processo de fabricação e as células compostas por ele são as
energia elétrica, e no qual ocorre em determinados materiais que possuem maior eficiência (média de 15%) quando
semicondutores [1]. comparadas com as fotocélulas comuns do mercado. No caso
do Silício policristalino há menos rigor na confecção das
lâminas e suas células apresentam uma eficiência inferior em
relação às do monocristalino. O amorfo tem como
característica o menor custo e um alto grau de desorganização
dos átomos de sua rede cristalina [7].
A maioria das células fabricadas possui entre 50cm2 e
150cm2 de área e espessura entre 0,2mm e 0,3mm. O formato
das lâminas pode ser circular ou quadrado, apresentando
tonalidade entre o azul escuro e o preto. As fotocélulas mais
usadas são capazes de gerar uma corrente elétrica na ordem de
32mA/cm2, sob a condição de sol de 1000W/m2 e 25°C de
Fig. 1. Efeito fotovoltaico temperatura da célula[4].
Fonte: [4]. Para determinar a eficiência (𝜂) de operação de uma
fotocélula é necessário dividir a potência elétrica adquirida na
Os semicondutores utilizados nos dispositivos de conversão saída (Po) pela potência fornecida pela fonte de luz (Pi) como
fotovoltaica são compostos de elementos capazes de absorver mostra a Equação 1 [5].
a energia da radiação solar e transferir parte dessa energia para
os elétrons, produzindo, assim, pares de portadores de carga 𝑃𝑜 𝑃𝑚á𝑥
(elétrons e lacunas) [3], [4]. Esse tipo de material pode ter suas 𝜂= 𝑥100% = 𝑥100% (1)
𝑃𝑖 𝑚𝑊
características modificadas consideravelmente a partir da Á𝑟𝑒𝑎(𝑐𝑚2 )𝑥100( 2 )
𝑐𝑚
adição de impurezas químicas (normalmente fósforo ou boro)
em um elemento semicondutor relativamente puro (geralmente A partir da configuração pretendida, há o encapsulamento do
silício ou germânio). Essas impurezas adicionadas são capazes conjunto para a construção do chamado módulo
fotovoltaico[4]. Este também possui as seguintes funções:
isolamento elétrico das células contra contatos externos,
fornecimento de rigidez mecânica ao conjunto e proteção das
fotocélulas contra possíveis intempéries [4].
Os módulos fotovoltaicos conectados quando e agrupados,
formam o chamado painel ou arranjo solar (Figura 2). Além
disso, podem apresentar diversos tamanhos, tipos, cores,
potências, e consistem no elemento base para o planejamento
do gerador fotovoltaico a ser usado em edificações[4], [5].

Fig. 3. Diagrama de um sistema autônomo


Fonte: [5].

Esse modelo é empregado em unidades consumidoras onde


já existe energia elétrica e complementam o sistema a ele
conectado. Isso possibilita também ao consumidor fornecer o
excedente da energia gerada à rede de distribuição de sua
localidade, adquirindo “crédito de energia”, que poderá ser
utilizado pelo mesmo para compensar o seu consumo junto à
concessionária [10].
Fig. 2. Módulos fotovoltaicos
Fonte: [4].

Para determinar a potência gerada (Pg) do sistema, é


necessário conhecer o rendimento η do mesmo (rendimento do
painel solar fotovoltaico somado ao rendimento do sistema de
condicionamento da potência), a área desse painel (A) e a
radiação solar incidente no painel coletor (Rs) em função do
tempo através da Equação 2 [5]:

𝑃𝑔 = 𝜂 𝑋 𝐴 𝑋 𝑅𝑠 (𝑡) (2)

D. SISTEMAS FOTOVOLTAICOS CONECTADOS À REDE - SFRC

O sistema (ou gerador) fotovoltaico para obtenção de energia Fig. 4. Esquema do sistema On-Grid
elétrica, ganha cada vez mais destaque e importância em sua Fonte: [4].
inserção na cadeia energética nacional. O mesmo é um sistema
baseado no efeito fotovoltaico e não produz ruídos e nem E. GERAÇÃO DISTRIBUÍDA: ELETRICIDADE COM SISTEMAS
FOTOVOLTAICOS
poluição, sendo as células e módulos fotovoltaicos os
componentes básicos que integram o mesmo [4], [8]. Esse
O conceito de Geração Distribuída, ou comumente chamada
sistema possui dois modelos de configuração, o Autônomo ou
de GD, se contrapõe a atual geração centralizada de energia
Off-Grid e o On-Grid ou Grid-Tie.
que conhecemos, designando a sua geração de energia aquela
O modelo Off-Grid (Figura 3) é caracterizado por ser
que está junto ou próximo da carga [4]. A energia solar,
constituído pelo banco de baterias e não estar conectado à rede
térmica, eólica e biomassa são exemplos dessas novas formas
elétrica. Essa tecnologia foi inicialmente implantada em
de geração, na qual possuem cunho renovável e cuja Oferta
regiões isoladas, possibilitando a capacidade de sustentação de
Interna de Energia (OIE), somadas, alcançam 43,9 % da cadeia
consumidores que estão distantes da rede de distribuição de
enérgica nacional. Assim, estas surgem como alternativa
energia elétrica da concessionária [4].
energética visando contornar os problemas na criação de
O modelo On-Grid é comumente conhecido pela sigla SFCR.
grandes centros de energia, bem como complementar a matriz
Sua configuração é parecida com a do sistema autônomo,
do Sistema Interligado Nacional (SIN) [4], [11].
porém com a particularidade de estar conectada à rede de
Para sistemas fotovoltaicos, uma GD consiste em produzir
distribuição da concessionária local. Esse tipo de configuração
energia elétrica em determinado potencial (na unidade
dispensa o uso do banco de baterias e reduzindo assim seu
consumidora), suprindo total ou parcialmente sua própria
custo total de instalação (Figura 4).
demanda de carga solicitada e, caso haja excedente, direciona-
se (injeta-se) à rede [4].
III. REGULAMENTAÇÃO E NORMAS TÉCNICAS unidades consumidoras.

A. O PAPEL DA AGÊNCIA NACIONAL DE ENERGIA ELÉTRICA- C. NORMAS TÉCNICAS 31020 E 31021 - CELPA
ANEEL
As normas técnicas citadas compreendem a regulamentação
A Lei nº 9.427, de 26 de dezembro de 1996, criou a Agência pertinente da concessionária local de distribuição de energia,
Nacional de Energia Elétrica – ANEEL, que foi concebida mas especificamente trata da conexão de microgeração
com a missão de "proporcionar condições favoráveis para que distribuída ao sistema de distribuição em baixa tensão e em
o mercado de energia elétrica se desenvolva com equilíbrio média tensão, tendo como finalidade inicial concentrar e
entre os agentes e em benefício da sociedade". Compete à sistematizar os requisitos técnicos vinculados às novas
ANEEL, fundamentalmente, exercer a regulação e fiscalização conexões que fazem adesão ao sistema de compensação de
sobre a geração, transmissão, comercialização e distribuição energia, criado após sanção da Resolução Normativa 482/12
de energia elétrica, buscando harmonizar os interesses do da ANEEL, aos sistemas de distribuição da CELPA – Centrais
Estado, dos agentes e dos consumidores[16]. Elétricas do Pará S/A [7], [17].

B. REGULAMENTAÇÃO NORMATIVA N° 482/12

Objetivando diminuir as dificuldades para o consumidor


obter seu próprio sistema de geração de energia, como a
conexão de pequenas centrais geradoras na rede de
distribuição pública, a ANEEL autorizou a resolução
normativa nº 482/2012. Na seção 3.7 do Módulo 3 dos
Procedimentos de Distribuição de Energia Elétrica no Sistema
Elétrico Nacional (PRODIST) foram determinados os
procedimentos para que o consumidor tenha acesso a micro e
minigeradores interligados ao sistema de distribuição pública,
criando também o sistema de compensação de energia para
consumidores que são atendidos por concessionárias de
distribuição [7], [12].
Desde a sua autorização, as distribuidoras de energia elétrica
tiveram o prazo de 240 dias, que venceu em dezembro de 2012,
para que as mesmas pudessem adaptar seus sistemas
comerciais elaborando e/ou revisando normas técnicas para
tratar da obtenção dos sistemas de autoprodução de
eletricidade às suas redes. Tais normas devem ser empregadas Fig. 5. Fluxograma de acesso à concessionária por Microgeradores de BT
como referência no PRODIST, as normas técnicas brasileiras Fonte: [17]
e internacionais. Conforme o texto da resolução, a micro e A Figura 5, no disposto do texto da norma, mostra o
minigeração de energia distribuída serão titularizadas como fluxograma com todas as premissas técnicas e padronização
centrais geradoras de energia elétrica, adotando fontes de para acesso. Nelas são ilustrados os requisitos para a conexão
geração de energias renováveis ou cogeração, como: solar, de microgeração às redes de distribuição de baixa tensão (BT),
eólica, biomassa, entre outras (que venham possuir elevada como: solicitação de acesso, a rede acessada (concessionária),
eficiência energética) [13]. o projeto elétrico, emissão de pareceres e vistorias, condições
de acesso e conexão contratos devidos, entre outros aspectos
B.1 MICRO GERAÇÃO DISTRIBUÍDA relevantes [17]. As unidades consumidoras contempladas são
a monofásica, bifásica e trifásica, utilizando como bases de
Central geradora de energia elétrica, com potência instalada geração, fontes renováveis de energia, exemplo: hidráulica,
menor ou igual a 100 kW e que utilize fontes com base em solar, eólica e biomassa. Sua utilização está condicionada à
energia hidráulica, solar, eólica, biomassa ou cogeração análise de projeto, inspeção, teste e liberação para
qualificada, conforme regulamentação da ANEEL, conectada funcionamento por parte da concessionária, não deve acarretar
na rede de distribuição por meio de instalações de unidades prejuízos ao desempenho e qualidade do serviço elétrico a
consumidoras. outros consumidores [17].

B.2 MINI GERAÇÃO DISTRIBUÍDA IV. DESENVOLVIMENTO DO PROJETO SOLAR


Central geradora de energia elétrica, com potência instalada Neste cenário atual de crise econômica, a sociedade busca
superior a 100 kW e menor ou igual a 1 MW para fontes com reduções de despesas nas quais a energia é um insumo
base em energia hidráulica, solar, eólica, biomassa ou importante. Recentemente o órgão do Detran-PA se viu
cogeração qualificada, conforme regulamentação da ANEEL, obrigado a reduzir os seus custos com energia elétrica e
conectada na rede de distribuição por meio de instalações de publicou o mesmo. Através da circular Nº 009/2016 da
Diretoria Geral que estabelece medidas de contenção de gastos B. DIMENSIONAMENTO DO SISTEMA FOTOVOLTAICO
públicos no âmbito do Poder Executivo Estadual em
acatamento às medidas propostas na Nota Técnica Nº O sistema consiste em dois inversores Grid-Tie trifásicos da
001/2016, de 12/05/2016 – Plano para a Redução de Consumo Fronius, linha Symo 20.0-3-M (20.000W) que funcionam
de Energia Elétrica – da Gerência de Serviços de Engenharia e integrado com a rede elétrica, conforme as especificações
Manutenção deste Detran-PA, que solicita adoção imediata de técnicas do equipamento (Tabela I).
procedimentos para reduzir o consumo e os gastos com a
energia elétrica nas Agências Sede e Antônio Barreto. Em TABELA I
Inversor Fronius Symo 20.0-3-M.
levantamento recente junto a Gerência de Serviços de
Engenharia e Manutenção deste Detran-PA. Item Características Técnicas
A Coordenadoria de Engenharia de Trânsito – CENTRA, Modelo: Symo 20.0-3-M
juntamente com a faculdade Estácio de Belém, elaborou um Fabricante: FRONIUS
projeto para implantação do SFCR localizado na cobertura, a Potência Nominal Pnom: 20.000 W
ser construída para algumas vagas no estacionamento dos Máxima Eficiência %: 98,1%
funcionários do órgão. Faixa de Tensão de Entrada Máxima
420 – 800V
O projeto após ser executado possibilitará ao órgão uma Vmp:
redução dos custos com a energia elétrica inicialmente no Tensão Minima sem carga V𝜊cmin 200V
Bloco do DAF, bloco escolhido como Projeto Piloto, sem Tensão Máxima de Entrada V𝜊cmax 1000V
contar que a cobertura das vagas evitará ainda que os veículos Tensão de saída (faixa) 154Vca a 264Vca
fiquem expostos às intempéries. Na utilização de painéis Corrente Máxima de entrada (Calculada)
33 A
solares não existem desvantagens, apenas a necessidade de Imax:
inspeções preventivas periódicas e conservação. A principal
vantagem é ter um sistema sustentável.

A. ANÁLISE DE CARGA E DADOS COLETADOS Os painéis solares fotovoltaicos utilizados são da Yingli
YL250P 29b (250Wp), conforme as especificações técnicas do
A partir de uma visita técnica no DAF, foi identificado um módulo (Tabela II).
Quadro Geral de Baixa Tensão – QGBT, trifásico onde foram
feitas medições no dia 01/09/2016, com o equipamento de TABELA II
análise de energia (Multimedidor Portátil MPK Kron) nas Módulo Solar Sun YINGLI – YL250P 29B.
fases R, S e T por um período de 07:17h as 19:17h durante 7 Item Características Técnicas
dias, (Figura 6).
Modelo: YL250P 29B
Fabricante: Yingli
Corrente por Fase
Garantia (Defeitos de fábrica): 10 anos
100
89,855A 90,901A
Garantia (80% Eficiencia): 25 anos
90
76,841A Potência Máxima Pmp: 250W
80
Corrente Máxima Imp: 8,39 A
70
Tensão Máxima Vmp: 29,8 V
60
Corrente de Curto Circuito Isc: 8,92 A
50
Tensão no Circuito Aberto V𝜊c: 37,6 V
40
Proteção via Fusível Máxima em
30 15 A
Série A:
20
Eficiência do Módulo %: 16,1%
10
Temperatura Nominal de Operação
46 ± 2 ºC
0 da Célula Tnoc:
Coeficiente de Temperatura da V𝜊c: -0,32V/°C
Tipo de Célula: Policristalino
FASE R FASE S FASE T Quantidade de Células: 60Un
Peso kg: 19,1 kg
Fig. 6. Corrente por fase
Fonte: Autores.

Utilizando a corrente da fase T, de maior amplitude If =


90,9A (Figura 6), considerando a tensão Vf = 127V e o fator Para definir a configuração do gerador fotovoltaico e
de potência de 0,92 foi calculado a potência trifásica do bloco. necessário determinar o número de módulos em serie para
fornecer a tensão adequada para o funcionamento do inversor
Pt = 3 x Vf x If x Fp (3) e o número de fileiras em paralelo. Visto na Tabela II, teremos
Pt = 3 x 127 x 90,9 x 0,92 uma queda de tensão de -0,32V/ºC acima da temperatura
Pt = 31,863 kW nominal de operação de célula (TNOC = 46ºC). A temperatura
em célula já medida na região de Belém é de 14ºC acima da Quadro de proteção corrente contínua para sistemas
nominal para níveis de irradiância próximos aos 1000W/m2, fotovoltaicos (Stringbox). 01 string de entrada e 01 saída com:
com isso é obtido a nova tensão de circuito aberto (Voc) e a 1 par de porta-fusível com 1 par de fusíveis 10A já instalado;
tensão de máxima potência (Vmp) dos módulos, Logo: 1 chave seccionadora corrente contínua; 1 DPS corrente
contínua para os polos positivo e negativo; caixa elétrica IP40
Queda de tensão = 14 x – 0,32 = – 4,48Vcc (4) (instalação interna); 05 prensa-cabos já instalados na caixa
Voc = 37,6 – 4,48 = 33,12Vcc para passagem dos cabos (entrada, saída e terra) [16].
Vmp = 29,8 – 4,48 = 25,32Vcc Protetor contra surto DPS AC, serão utilizados 06 DPS AC
25kA para proteger os sistemas elétricos e equipamentos
A tensão de circuito aberto dos módulos (Voc) deve ser ligados contra descargas atmosféricas e sobre tensões
menor que a tensão máxima de entrada do inversor (1000vcc), instantâneas.
e a tensão de máxima potência dos módulos (Vmp) deve estar
dentro da faixa de operação da tensão MPPT do inversor V. ANÁLISE COMPARATIVA DO DAF COM E SEM O
(420Vcc a 800Vcc). PROJETO DE GERAÇÃO DE ENERGIA SOLAR

Vmax = Voc x Nº de módulos em série < 1000 Vcc (5) O DAF tem o horário comercial de 08 horas da manhã as 16
Vmax = 33,12 x 28 = 927,36 Vcc horas da tarde, sendo um consumo de energia de 08 horas por
Vfaixa = Vmp x Nº de módulos em série (420 a 800) Vcc (6) dia, de segunda a sexta considerando 22 dias por mês,12 meses
Vfaixa = 25,32 x 28 = 708,96 Vcc por ano totalizando 2112 horas por ano, assim podemos
calcular o consumo anual na Equação (8).
Para o número de associações em paralelo a corrente de
máxima potência (Im) e de curto circuito do arranjo (Isc) Consumo Anual = 31,863 kW x 2112 horas (10)
devem estar abaixo da máxima corrente de entrada do inversor Consumo Anual = 67,295 kWh/ano
(33A).
A geração de energia do SFCR, de acordo com a CRESESB
Imax = Im x Nº de associações em paralelo < 33A (7) a média mensal de irradiação solar na região de Belém é de
Imax = 8,39 x 3 = 25,17 A 5,06 kWh/m2 no dia [15]. Considerando 30 dias no mês e 12
Iscmax = Isc x Nº de associações em paralelo < 33A (8) meses por ano totalizando em 360 dias no ano. A eficiência do
Iscmax = 8,92 x 3 = 26,76 A sistema é de 83% e a potência instalada do gerador
fotovoltaico é de 42kWp, assim na Equação (9) é obtido a
De acordo com os cálculos, os parâmetros tensões e corrente geração anual desse sistema.
estão respeitando as condições de operação adequada para
funcionamento eficiente do inversor. O número de módulos Geração = (42.000 x 5,06 x 0,83 x 360) (11)
para cada inversor consiste na multiplicação do número de Geração = 63.501 kWh /ano
associações em paralelo e número de arranjos em série, logo:
Com a implantação do sistema será suprido grande parte da
Nº de módulos = 3 x 28 = 84 módulos (9) carga do DAF, de acordo com os cálculos gerando
63.500,97kWh por ano resultando no consumo anual de
Desta forma foi definido o número de 84 módulos por 3.800,02kWh, (Figura 7).
inversor, totalizando 168 módulos para o SFCR. Baseado nos
fundamentos das normas técnicas NBR5410, resolução
normativa nº 482/2012, foi elaborado o projeto elétrico Consumo de Energia Elétrica Anual do DAF
apresentado na figura 10 (ANEXO-A) e o diagrama multifilar
apresentado na figura 11 (ANEXO-B), através do programa
AutoCAD [19], [7]. 63.501 kWh

C. DIMENSIONAMENTOS DOS MATÉRIAS A EMPREGAR NO PROJETO


3.794 kWh
FOTOVOLTAICO

Os eletrodutos de PVC, atendendo a Norma NBR 6150, de


boa qualidade, próprios para instalações elétricas embutidas.
Terão bitola mínima Ø1" nas instalações embutidas em teto ou Consumo
alvenaria[18].
Os condutores, serão de cobre, têmpera mole, tipo flexível, Geração
com isolamento termoplástico anti-chama para 750 V em toda 67.295
a instalação. Serão de cobre nu, quando utilizados na malha de Diferença
aterramento e malha de captação do sistema de SPDA. Os
Fig. 7. Consumo de Energia Elétrica Anual do DAF
condutores com bitolas maiores que 4 mm², somente serão
Fonte: Autores.
emendados por intermédio de conectores apropriados[19].
Conforme observa-se (Figura 7), o consumo cairia para cerca
de 6% do que é hoje, proporcionando uma economia de Economia em Reais (R$)
energia considerável para o Detran-PA. 1º Ano R$ 21.571,00
O DETRAN se adequa ao grupo da classe de consumo: Poder R$ 43.142,00
2º Ano
público, de acordo com a resolução homologatória Agencia
Nacional de Energia Elétrica - ANEEL nº 2.117/2016 vigente 3º Ano R$ 64.713,00
no dia 07/08/2016 a tarifa paga por esse grupo de consumidor 4º Ano R$ 86.284,00
é de R$ 0,33969/kWh com os impostos[14]. Assim podemos 5º Ano R$ 107.855,00
encontrar os valores anuais pago pelo consumo do DAF e pela
6º Ano R$ 129.426,00
geração do sistema fotovoltaico nas equações (10) e (11),
sendo mostrado no gráfico (3). 7º Ano R$ 150.997,00
8º Ano R$ 172.568,00
Custo Do Consumo = Consumo Anual x Tarifa (12) 9º Ano R$ 194.139,00
Custo Do Consumo = 67.295 kWh x R$ 0,33969
Custo Do Consumo = R$22.859 10 º Ano R$ 215.710,00

Fig. 9. Economia em Reais


Fonte: Autores.
Custo Da Geração = Geração Anual x Tarifa (13)
Custo Da Geração = 63.501 kWh x R$ 0,33969 Conforme observa-se (Figura 9), a quantidade de dinheiro
Custo Da Geração = R$21.571 gasto evitado pelo uso da geração solar cresce a cada ano. É
importante frisar que não foram levados em conta os
aumentos de tarifa de energia elétrica.
Custos Anuais com Energia Elétrica VII. CONCLUSÃO

A expectativa é que após a implantação do projeto o bloco


R$21.571 obtenha uma redução de 94% nos gastos com a energia elétrica
e que este seja um agente de mudança, e que consiga
R$1.288 consolidar uma nova visão de gestão. O investimento do
projeto que será de aproximadamente de R$652.674,55 como
Consumo
apresentado na figura 12 (ANEXO C), o tempo médio para
retorno do investimento é estimado em 20 anos e a vida útil do
sistema é de cerca de 35 anos, com uma economia anual de R$
Geração
21.571. Isso inclui criar uma nova cultura do gasto, com
execução das despesas de forma sustentável por meio da
Diferença R$22.859 introdução da variável socioambiental (diminuição das
emissões de poluentes para a atmosfera), além de combater o
desperdício, desenvolvendo uma consciência, junto aos
Fig. 8. Custos Anuais com Energia Elétrica
Fonte: Autores. servidores, quanto à eficiência do gasto por meio do combate
ao desperdício.
Conforme observa-se (Figura 8), o custo anual com a energia Apesar do elevado custo de implantação de sistemas desse
elétrica cairia de R$22.859 para R$1.288 proporcionando uma tipo, identificou-se que é possível obter o retorno do
economia considerável para o Detran-PA. Observa-se que ao investimento e conseguir uma rentabilidade durante sua vida
longo do tempo e sem aviso prévio o valor do quilowatt horas útil, para isso, os riscos de defeitos devem ser minimizados
cobrado pela energia elétrica utilizada pode aumentar de valor, com a utilização de mão de obra especializada no projeto para
elevando consideravelmente o custo do consumo anual. instalação e comissionamento do SFCR. Nesse contexto, a
microgeração de energia fotovoltaica é uma grande alternativa
VI. RESULTADOS quando comparada as fontes convencionais de geração de
energia presentes no sistema elétrico do Brasil. Sendo assim,
Com base nos cálculos da tarifa feitos no item anterior, foi esse sistema vem se mostrando promissor ao oferecer uma
apurado que seria obtido uma redução significativa em seu geração de energia elétrica de forma sustentável e com retorno
consumo com a implantação do sistema, com uma economia financeiro atrativo ao consumidor que o utilizar.
no valor R$21.571 por ano, mostrando-se uma projeção de 10 A expansão do sistema pode ser projetada também para
anos do rendimento financeiro do projeto implantado, obtendo outros órgãos do governo estadual ou até mesmo do governo
um valor em reais economizados (Figura 9). municipal e empresas da iniciativa privada, tendo em vista que
é um sistema confiável e que agrega valores que contribuem
para o desenvolvimento e crescimento do nosso país de forma microgeracao-e-minigeracao-de-energia-no-brasil.554896/>. Acesso
em: 04 nov 2015.
não poluentes.
[14] CELPA – Centrais Elétricas do Pará S.a. “Tarifação de energia da classe
As fontes de energia de origem solar apresentam processo de poder público 2016”. Disponível em: <http://www.celpa.com.br/poder-
geração de eletricidade mais simples do que a obtenção de publico/informacoes/cobranca-de-tarifas >. Acesso em: 20 jul 2016.
energia através de combustíveis fósseis ou nucleares. A sua [15] Centro de Referência para Energia Solar e Eólica Sérgio Brito –
CRESESB, média mensal de irradiação solar incidente. Disponível em:
utilização de forma distribuída apresenta as vantagens de
<http://www.cresesb.cepel.br/ index.php#data >. Acesso em: 04 Set.
redução de gastos com os sistemas de transmissão e 2016.
distribuição, além de permitir desenvolvimento social para [16] ANEEL – Agência Nacional de Energia Elétrica, “Lei nº 9.427/96”.
localidades que não são beneficiadas com energia elétrica. Disponível em: <http://www.aneel.gov.br/>. Acesso em: 04 out 2016.
[17] CELPA - Centrais Elétricas do Pará S.a. “Normas Técnicas de Conexão
Com este trabalho podemos ver quão útil à energia solar pode
de Microgeração Distribuída ao Sistema de Distribuição em Baixa
ser para nós seres humanos e para o ambiente, não o agredindo Tensão e Média Tensão”. 2015. Disponível em: Agencia WEB
e criando um lugar melhor para vivermos através de técnicas <http://www.celpa.com.br/conheca-a-celpa/informacoes/normas
avançadas visando o bem-estar da população e da fauna e flora, tecnicas/4520.025441>. Acesso em: 17 jul 2016.
[18] NBR-6150, Especificações “Eletroduto de PVC rígido”. Disponível em
aproveitando a energia proveniente do sol, podendo ainda ser
<http://academico.riogrande.ifrs.edu.br/~jose.eli/apostilas/93114281-
considerada uma solução cara para estes fins, mas brevemente NBR-6150-Eletroduto-de-PVC-Rigido.pdf>. Acesso em: 20 ago 2016.
será mais utilizada por seu custo baixar gradativamente. [19] NBR-5410, “Instalações Elétricas de Baixa Tensão”. Disponível em
<http://www.iar.unicamp.br/lab/luz/ld/normas%20e%20relat%F3rios/
NRs/nbr_5410.pdf>. Acesso em 20/03/2016.
REFERÊNCIAS
[1] R. P. Braga, “Energia solar fotovoltaica, Fundamentos e aplicações”.
Trabalho de Conclusão de Curso, 67f, Rio de Janeiro, 2008. Disponível
em:<http://monografias.poli.ufrj.br/monografias/monopoli10001103.p
df>. Acesso em 21 jul 2016.
[2] D. M. Apolônio, “Energia Solar Fotovoltaica Conectada à Rede de
Energia Elétrica em Cuiabá: Estudo de Caso”. Dissertação de Mestrado,
14023456978f, Mato Grosso, 2014. Disponível em: <http://200.
129.241./ppgeea/sistema/dissertacoes/39.pdf>. Acesso em: 12 jul 2016.
[3] Portal Solar Energias renováveis – Autoconsumo Com Energia solar
Fotovoltaica. Disponível em <http://www.portalsolar.com.br/energia- Wictor da Silva Souza é graduando em Engenharia Elétrica na
fotovoltaica.html>. Acesso em: 25 ago 2016. Faculdade Estácio de Belém – Estácio Belém, Belém-Pará em 2016.
[4] R. Zilles, W. N. Macêdo, M. A. B. Galhardo, S. H. F. Oliveira. “Sistema
Fotovoltaicos Conectados à Rede Elétrica”. Ed. Oficina de Textos,
2012. Acesso em: 20 out 2015.
[5] R. A. Lopez, “Energia Solar para Produção de Eletricidade”. Ed.
Artliber, São Paulo, 2012. Acesso em: 01 nov 2015.
[6] D. M. Apolônio, “Energia Solar Fotovoltaica Conectada à Rede de
Energia Elétrica em Cuiabá: Estudo de Caso”. Dissertação de Mestrado,
148dhlf, Mato Grosso, 2014. Disponível em: <http://202215542./2010. Edson Kleton Rodrigues Vaz é graduando em Engenharia
129.241.80/ppgeea/sistema/dissertacoes/36669879.pdf>. Acesso em: Elétrica na Faculdade Estácio de Belém – Estácio Belém, Belém-Pará em
03 nov 2015. 2016.
[7] ANEEL – Agência Nacional de Energia Elétrica, Geração Distribuída.
“Resolução Normativa N° 482, de 17 de Abril de 2012”168/2202. 2012.
Disponível em: <http://www.aneel.gov.br/cedoc/ren2012254/82.pdf>.
Acesso em: 04 nov 2015.
[8] R. Ruther, “Edifícios Solares Fotovoltaicos: O Potencial da Geração
Solar Fotovoltaica Integrada a Edificações Urbanas e Interligada à Rede
Elétrica Pública no Brasil”. LABSOLAR, Florianópolis, 2014.
[9] V. B. Vasconcelos, “Estudo de Implantação de um Sistema de Eduardo Kenji Suruki Soares é graduando em Engenharia
Microgeração Distribuída Residencial”. Trabalho de Conclusão de Elétrica na Faculdade Estácio de Belém – Estácio Belém, Belém-Pará em
Curso, 153f, Serra, 2013. Disponível em: <http://gera.sr.ifes.edu.br/
2016.
wp-content/uploads/2012/10/Estudo-de-Implanta%C3%A7%C3%A3o
-de-um-Sistema-de-Microgera%C3%A7%C3%A3o-Distribu%C3%A
Dda-Residencial.pdf>. Acesso em: 04 nov 2015.
[10] ANEEL – Agência Nacional de Energia Elétrica, “Informações
Técnicas: Distribuição de Energia Elétrica – Geração Distribuída”.
Disponível em: <http://www.aneel.gov.br/area.cfm?idArea=756667>.
Acesso em: 04 nov 2015.
[11] PROINFA – Programa de Incentivo as Fontes Alternativas de Energia
Elétrica, 2015. Disponível em: <http://www.mme.gov.br/programas/
proinfa/menu/programa/Energias_Renovaveis.html>. Acesso em: 23
nov 2015.
[12] ANEEL – Agência Nacional de Energia Elétrica, “Micro e Minigeração
Distribuída”. Cadernos Temáticos ANEEL, Brasília, 2014. Disponível
em: <http://www.aneel.gov.br/biblioteca/downloads/ livros/caderno-
tematico-microeminigeracao.pdf>. Acesso em: 04 nov 2015.
[13] G. C. Ursaia. Brasil. Legislação, meio ambiente e sustentabilidade. “A
Regulação da Microgeração e Minigeração de Energia no Brasil”, 2013.
Disponível em: <http://www.ambiente legal.com.br/a-regulacao-da-
ANEXO A

Fig. 10. Percurso do Circuito Elétrico do Detran-Pa


Fonte: Autores.
ANEXO B

Fig. 11. Diagrama Unifilar


Fonte: Autores.
ANEXO C
PREÇO
ITEM DESCRIÇÃO UNID. QUANT.
UNIT. TOTAL
1 SERVIÇOS PRELIMINARES
1.1 Legalização de obra de pequeno porte unid 1 1.940,62 1.940,62
1.2 Equipamento de proteção individual p/ obra de pequeno porte unid 8 567,81 4.542,50
1.3 Projeto elétrico e regularização junto a CELPA unid 1 42.519,81 42.519,81
SUBTOTAL 01 49.002,94
2 ESTRUTURA
2.1 Estrutura metálica para cobertura (painel solar) m2 276 415,88 114.783,74
SUBTOTAL 02 114.783,74
3 MATERIAL SOLAR
3.1 Painel Solar Fotovoltaico Canadian CSI CS6P-255P (255Wp) - BR unid 168 1.607,87 270.122,58
3.2 Inversor Fronius Eco 25.0-3-S (25.000W) unid 2 34.375,83 68.751,66
3.3 Suporte para fixação dos painéis fotovoltaicos unid 1 54.226,01 54.226,01
3.4 String box 2str 25A 1000V sd S800 25 F3 (1SLM300101A0790) unid 4 3.659,72 14.638,87
3.5 Cabo solar Prysmian Tecsun PV1-F 6mm Preto 1kV m 950 22,86 21.713,44
Kit de montagem Thesan para telhado metálico e fibrocimento
3.6 unid 64 331,42 21.210,60
inclinado - 3 painéis fotovoltaico
3.7 Jogo de conexão para perfis Thesan Universal Medium unid 44 169,60 7.462,23
3.8 Conector tipo MC4 (par) par 28 32,06 897,57
3.9 Eletrocalha perfurada 200x100x2000mm com tampa conj 9 209,52 1.885,64
3.10 Descida para eletrocalha perfurada 200x100x2000mm com tampa conj 2 65,62 131,24
3.11 Emenda para eletrocalha perfurada 200x100x2000mm unid 12 55,08 661,02
3.12 Suporte para fixação de eletrocalha 200 x 100 x 2000mm unid 9 77,48 697,33
3.13 Parafuso lentilhado 5/16" com porca e arruela, para eletrocalha conj 80 4,24 339,25
3.14 Tirante rosqueado Ø1/4" para fixação do suporte (1m) unid 9 34,28 308,56
3.15 Porca e arruela para tirante rosqueado Ø1/4" (par) unid 9 1,84 16,56
3.16 Parabolt Ø1/4" para fixação de tirante unid 9 8,15 73,36
3.17 Cabo de cobre #35,0mm2 - isolado para 750V m 312 51,61 16.101,15
3.18 Cabo de cobre #16,0mm2 - isolado para 750V- verde m 25 22,37 559,19
3.19 Cabo de cobre #6,0mm2 - isolado para 750V- verde m 395 7,99 3.157,04
3.20 Eletrduto FG. Ø1.1/2" vara 9 94,37 849,35
3.21 Eletrduto FG. Ø1.1/4" vara 4 94,37 377,49
3.22 DAILETE tipo "X". Ø1.1/4" unid 6 90,49 542,94
3.23 DAILETE tipo "L". Ø1.1/4" unid 4 90,49 361,96
3.24 DAILETE tipo "R". Ø1.1/4" unid 4 90,49 361,96
3.25 UNIDUT Ø1.1/4" unid 16 62,30 996,82
3.26 Prensa cabo Ø 3/8" unid 16 33,55 536,82
3.27 Prensa cabo Ø 1/2" unid 16 33,55 536,82
3.28 Disjuntor 3P-40A DIN unid 2 47,28 94,56
3.29 DPS AC 25kA unid 6 65,05 390,28
3.30 Haste de terra cobreada 3/4" x 2,40m unid 3 32,75 98,24
3.31 Caixa de visita com tampa para aterramento cj. 3 180,98 542,94
3.32 Solda exotérmica unid 3 81,46 244,39
SUBTOTAL 03 488.887,87

TOTAL GERAL 652.674,55


Fig. 12. Planilha e Orçamento do custo do Projeto
Fonte: Autores.

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