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HOUVE UM TEMPO

Os Tigres – Escravos que coletavam as fezes nas residências e lançavam nos Córregos

Houve um tempo em que por falta de Saneamento Básico no Brasil, provocou


muitas vítimas de doenças de origem hídrica.
Naquele tempo as soluções eram individuais, e cada cidadão buscava uma
solução para prover-se de água para consumo, e afastamento das fezes e
águas residuárias.
Houve neste tempo, muito desconhecimento da transmissibilidade das
doenças, e assim os poços caseiros eram construídos, muito próximos das
fossas, multiplicando assim as doenças pela ingestão de água contaminada.
Houve um tempo em que o Governo Federal, entendeu que era sua
responsabilidade, cuidar da saúde dos brasileiros e criou um plano nacional de
saneamento, e neste tempo todos os Vereadores e Prefeitos, buscavam
mecanismos para empurrar o problema para as companhias estaduais recém
criadas (Sanemat, Sabesp, Copasa, Embasa, Cosanpa.....)
Houve neste tempo, grandes investimentos em obras estruturantes, e um
relaxamento com a operação e a comercialização dos serviços.
Era muito importante para os políticos terem água a custo insignificante, para
angariar votos, pois o pagamento de pessoal estava garantido com o subsídio
do governo federal, por meio da taxa de administração das obras.
Neste tempo, não se cobrava água, e nem cortava em períodos eleitorais.
Houve um tempo em que o ensino profissionalizante, só era possível por meio
dos correios, e de empresas como O INSTITUTO UNIVERSAL BRASILEIRO.
Neste tempo a comunicação era muito precária, e os controles de contas de
água eram manuais, e em época de eleições as dívidas dos inadimplentes
sumiam como passe de mágica.
Na divulgação de conhecimentos técnicos na área de saneamento, foi de
fundamental importância os cursos promovidos pelo CETESB, com a
denominação inicial de Centro Tecnológico de Saneamento Básico, do Estado
de São Paulo, e com a tradicional morosidade dos Correios.

Neste tempo a avidez pelo conhecimento, era limitada pela escassez de


informações, e daí o improviso, achismos, e arranjos técnicos (gambiarras),
foram-se multiplicando, e os efeitos são mantidos até os dias atuais.
E assim sucederam-se muitas experiencias mal sucedidas em abastecimento
de água e esgotamento sanitário, que por falta de conhecimentos os
especialistas.
Houve um tempo, em que havia apenas um profissional que sabia fazer
manutenção nos tubos de Fibras de Vidro, PRFV (Plástico Reforçado com Fibra
de Vidro), e se o mesmo estivesse em uma de suas pescarias, o vazamento
demorava até a sua chegada.
Neste tempo, toda memória do sistema de abastecimento de água, estava na
“cabeça”, de um único funcionário, que decidia quais as válvulas deveriam ser
abertas ou fechadas, para possibilitar abastecer por meio de rodizio, um
determinado bairro da cidade.
Imaginem a importância deste Conhecimento.

 Passaram-se o tempo, e o conhecimento estagnou-se no tempo, e assim são


muito pouco os profissionais que detém o conhecimento fora de seu espaço de
trabalho. Veio a Internet, as modernizações de comunicações, mas a inércia
da busca do conhecimento ainda permanece, e as modernidades devem ser
impulsionadas, pois

Ainda estamos no tempo em que, a telemetria, evoluiu, barateou custo, mas


pouco se vê nos sistemas públicos.
Ainda estamos no tempo em que, a redução de custos, com eficiência
operacional está disponível com diversas ferramentas, mas pouco se vê nos
sistemas públicos.
Ainda estamos no tempo em que, ainda temos os especialistas em
manutenção de tubos e os que tem o sistema na memória.
Portanto, devemos INVESTIR EM CONHECIMENTOS

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