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Este tutorial apresenta a regulamentação básica para a obtenção de autorização para a prestação de serviço
telefônico no Brasil.
Eduardo Tude
Engenheiro de Teleco (IME 78) e Mestre em Teleco (INPE 81) tendo atuado nas áreas de Redes Ópticas,
Sistemas Celulares e Comunicações por Satélite.
Ocupou várias posições de Direção em empresas de Teleco como VP de Operações da BMT, Diretor de
Operações da Pegasus Telecom e Gerente de Planejamento Celular da Ericsson.
Pioneiro no desenvolvimento de Satélites no Brasil (INPE), tem vasta experiência internacional, é detentor
de uma patente na área e tem participado constantemente como palestrante em seminários.
E-mail: etude@teleco.com.br
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José Barbosa Mello
José Barbosa Mello é sócio e diretor do Teleco, o mais visitado site de informações e uma referência do
mercado de telecomunicações do Brasil. É ainda presidente do Conselho de Administração da Pointer
Networks (Vex) e conselheiro de outras empresas do setor de telecom.
Barbosa iniciou o projeto (1998), foi presidente e posteriormente vice-presidente de operações, parcerias e
planejamento estratégico da Pegasus Telecom. A empresa construiu uma rede urbana e interurbana de 6.500
km de fibras ópticas na região Centro-Sul e atualmente oferece soluções de comunicação corporativa em
mais de 20 cidades da região. Em dezembro de 2002, desligou-se da Pegasus, após a venda da empresa.
Anteriormente, trabalhou na Odebrecht onde foi o responsável geral pelo consórcio Avantel, concorrente da
Banda B da telefonia celular, formado também pela Airtouch (hoje Vodaphone), Camargo Corrêa, Unibanco
e grupo Folha da Manhã. Foi ainda Diretor Superintendente da empresa Soluções Integradas Prolan, que atua
no segmento de redes corporativas.
Sua experiência profissional anterior inclui vários cargos de direção na área financeira e de engenharia, entre
eles de fundador e diretor do Banco Goldmine, diretor financeiro do Grupo Veplan-Residência e diretor
financeiro da EBE - Empresa Brasileira de Engenharia.
É formado em engenharia pela PUC-RJ e Mestre em Ciências pela Stanford University, USA. Tem boa
experiência como palestrante em seminários no Brasil e nos Estados Unidos.
E-mail: barbosa@teleco.com.br
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Autorização STFC: Quem precisa?
Todas as empresas que queiram prestar serviços de telecomunicações, sejam estes de interesse coletivo ou de
interesse privado, precisam de autorização da Anatel.
A Lei Geral de Telecomunicações (LGT) inovou ao estabelecer que todos os novos serviços seriam prestados
sob o regime privado e objeto de autorização, reservando as concessões para os serviços prestados sob o
regime público e as permissões para casos excepcionais. Esta é a regra geral mas existem exceções. Para
mais detalhes, ver o Tutorial Noções da Legislação de Telecomunicações.
A Anatel, no seu papel de órgão regulador do setor, é responsável pela emissão dos Termos de Autorização.
Atualmente, as principais autorizações emitidas são para os seguintes serviços:
Além desses principais, vários outros serviços são objeto de autorização. Exemplos são o Serviço Limitado
Privado de Radiochamada, o Serviço Limitado Móvel Marítimo, o Serviço de Radioamador, além dos
Serviços de TV e de Radiodifusão, apenas para mencionar alguns.
Uma modalidade específica de autorização é aquela atribuída para uso de radiofreqüências que é vinculada à
concessão, permissão ou autorização para prestação de serviços de telecomunicações.
Em princípio, para poder prestar serviços de telefonia fixa interligando duas pessoas em áreas distintas ou na
mesma área utilizando terminais fixos, é necessário uma autorização de STFC. Mas existem casos especiais,
como na autorização de SCM.
• entre dois telefones fixos pertencentes a rede de SCM. A licença de SCM permite que a empresa
detentora preste qualquer tipo de comunicação multimídia para seus clientes, incluindo voz, dentro
de uma rede fechada da operadora. Por exemplo, podem existir PABX em vários pontos físicos da
rede ou mesmo uma rede virtual (VPN), viabilizando a comunicação por voz.
• no caso em que pelo menos uma das pessoas esteja dentro da rede da operadora de SCM (“on-net”).
A situação na qual uma das pessoas (e apenas uma) está fora da rede (“off net”) da operadora é conhecida no
mercado como “uma perna” e é autorizada pela Anatel. Por outro lado, a situação na qual uma pessoa chama
a rede de uma operadora SCM, esta completa a ligação interurbana, e o chamador consegue o ruído de discar
em outra área de serviço seria uma operação de “duas pernas” fora da rede.
Esta última operação não é permitida pela Anatel para os detentores de licença SCM. Em alguns casos, nos
quais a Anatel identificou este tipo de operação, as empresas responsáveis foram multadas.
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Voz sobre IP
Outro aspecto importante da LGT foi vincular a autorização ao serviço específico, diferentemente do que
acontecia anteriormente à sua promulgação. Um exemplo desta vinculação tem sido o posicionamento da
Anatel quanto à prestação de serviço de telefonia por operadoras que utilizam tecnologia de comutação por
pacotes transmitidos pela Internet - comumente denominada de voz sobre IP (VoIP).
A agência declarou diversas vezes que entendia tratar-se de “serviços de telefonia, que utiliza uma tecnologia
nova para o mesmo serviço”.
Uma questão que costuma ser freqüentemente levantada é sobre a necessidade de uma operadora estrangeira
obter autorização para terminar tráfego internacional no Brasil.
O entendimento da Anatel tem sido que se o tráfego for entregue pela operadora estrangeira dentro do
território brasileiro existe necessidade de autorização.
Por outro lado, se existir um acordo internacional com uma carrier brasileira e o tráfego for entregue no
exterior não existe necessidade de autorização.
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Autorização STFC: Modalidades e áreas de Prestação de serviço
O Serviço Telefônico Fixo Comutado (STFC) destinado ao público em geral é prestado nas seguintes
modalidades:
Área local é uma área geográfica contínua de prestação de serviços, definida pela Anatel, segundo critérios
técnicos e econômicos, onde é prestado o STFC na modalidade Local.
O Plano Geral de Outorgas (PGO) dividiu o território brasileiro em 4 regiões que servem de base para as
concessões dos serviços de telefonia local.
Mapa Dinâmico de
Operadoras de Telefonia Fixa
O Serviço de Telefonia Fixa Comutado (STFC) é prestado no Brasil pelas seguintes categorias de empresas:
• Concessionárias. Formadas por empresas do sistema Telebrás privatizadas em 1998 e alguns casos
especiais como CTBC e Sercomtel. Têm mais obrigações que as demais. De modo a adequar estas
concessionárias às regiões do PGO elas foram divididas em 34 setores.
• Autorizações. Inclui as chamadas empresas espelhos, que receberam autorizações em 1999,
espelhinhos, e demais empresas com autorização de STFC.A partir de 31 de dezembro de 2001
deixou de existir um limite para o número de prestadores de STFC por região.
o Empresas espelhos, que receberam autorizações em 1999, uma para cada região. Vesper,
adquirida pela Embratel, Regiões I e III, GVT Região II e Intelig longa distância em todo o
Brasil (região IV).
o Espelhinhos foram as autorizações concedidas para empresas em municípios que as
empresas espelhos não tiveram interesse em atender.
o As Operadoras de Serviço Móvel Pessoal (SMP) que tiveram as suas autorizações
outorgadas via licitação ou pela migração do Serviço Móvel Celular (SMC) receberam
autorizações de LDN e LDI tendo por área de prestação de serviço todo o território nacional.
Consulte o mapa dinâmico das operadoras de Telefonia fixa para ver as empresas em operação e sua área de
prestação de serviço.
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Autorização STFC: Novas Autorizações
A partir de 31 de dezembro de 2001, quando deixou de existir qualquer limite ao número de prestadores do
serviço, a expedição de novas autorizações passou a ser regulada pelo “Regulamento para expedição de
autorização para prestação de serviço telefônico fixo comutado destinado ao uso público em Geral – STFC”
anexo à resolução 283, de 29 de novembro de 2001.
O Regulamento estabeleceu as seguintes áreas de prestação de serviço como passíveis de novas autorizações
para o STFC:
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A autorização para prestação de STFC na modalidade de Serviço de Longa Distância Nacional
(Internacional) compreende a prestação do serviço nas chamadas originadas na Área de Prestação e
destinadas a qualquer ponto do território nacional (exterior).
A formalização de autorização para a prestação de STFC dá-se pela expedição de Ato de Autorização e pela
assinatura do termo de autorização. A prestação do serviço deve ser iniciada em até 12 meses contados da
publicação do extrato do termo de autorização no Diário oficial da União.
O Regulamento estabeleceu também algumas condições adicionais válidas para a expedição de autorizações
até 31 de dezembro de 2005, que exigiam compromissos de abrangência e uma concomitância na expedição
de autorizações . Em resumo, antes daquela data não era possível obter autorização para longa distância sem
prestar serviço local.
As empresas que obtiverem autorizações para os serviços local e de longa distância estão sujeitas aos
compromissos de abrangência e de atendimento apresentados a seguir. A empresa que prestar
exclusivamente serviço local não está sujeita ao cumprimento destes compromissos.
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Autorização STFC: Concessionárias
O PGO e o Regulamento para expedição de autorizações de STFC estabeleceram condições específicas para
expedição de autorizações para as concessionárias de STFC, condicionadas ao cumprimento integral das
obrigações de expansão e atendimento que deveriam cumprir até 31 de dezembro de 2002. As
concessionárias puderam então extender sua área de prestação de serviços com autorizações.
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Concessão Setor 20
Local
Exceto Londrina e
Autorização Área 43
Tamarana
Sercomtel Concessão Setor 20
LDN
Exceto Londrina e
Autorização Área 43
Tamarana
LDI Autorização Área 43 -
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Autorização STFC: Considerações Finais
Em um primeiro momento a possibilidade de expedição de novas autorizações para o STFC foi aproveitada
principalmente pelas concessionárias para extensão da sua área de prestação de serviços.
No entanto, a quantidade de empresas com autorização para STFC vem crescendo ano a ano:
Em Set/08, as empresas com autorização já respondiam por 15,4% dos acessos em serviço no Brasil.
Embratel e GVT são autorizadas com a maior quantidade de acessos em serviço. A Embrate tem crescido
utilizando tecnologias wireless (Livre) e VoIP (Net Phone).
Cabe finalmente ressaltar que para otimizar o uso do CSP a Anatel estabeleceu os seguintes critérios na sua
atribuição:
• O CSP somente será atribuído a autorizada a prestar o STFC em uma ou mais Regiões do PGO.
Sendo nos outros casos atribuído um código específico a autorizada.
• A Anatel pode atribuir o mesmo Código de Seleção de Prestadora a prestadoras distintas, desde que
vinculadas por relação de controle ou coligação.
Referências
Anatel
Regulamento para expedição de autorização para prestação de serviço telefônico fixo comutado destinado ao
uso público em Geral – STFC. Anexo à resolução 283, de 29 de novembro de 2001.
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Autorização STFC: Teste seu Entendimento
3. Assinale as empresas que tiveram direito a autorizações de LDN e LDI sem possuir autorização ou
concessão de serviço local:
Telemar e Telefonica.
Prestadoras de SCM.
Intelig e Embratel.
Prestadoras de SMP.
Espelhinhos.
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