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Escola Superior de Saúde Cruz Vermelha

Portuguesa – Lisboa

Grupo 4
Luís Miguel da Fonseca e Silva Abrantes de Melo
Márcia Filipa de Carvalho Ferreira
Helena Maria Alves dos Santos
Rui Manuel Meireles Cerqueira

Curso de 3 meses – Porto – Turma B

Trabalho de Saúde Publica

Porto
2020
1- Objetivo

Estimar a incidência e caracterizar os tipos de eventos adversos que os pacientes relatam após
tratamento manipulativo osteopático e antes de deixar o gabinete para aumentar a probabilidade
de identificar eventos adversos causados pelo mesmo.

2- Tipo de estudo

O conjunto de dados foi recolhido durante um estudo prospetivo, longitudinal, observacional e


multicêntrico que avaliou o uso do tratamento manipulativo osteopático e o seu resultado,
baseado no relatório do paciente e do osteopata.

3- Amostra

N= 1847 fornecidos por 884 pacientes imediatamente após tratamento manipulativo osteopático.

4- Como foram identificados os eventos adversos

Através de um questionário realizado imediatamente apos o tratamento manipulativo


osteopático, os pacientes avaliaram como se sentiam imediatamente após o tratamento em
comparação com antes do tratamento, usando uma escala de classificação ordinal de 5 pontos
(muito melhor, melhor, quase o mesmo, pior, muito pior). Para os pacientes que indicaram que
sentiam que a sua condição havia mudado, uma pergunta aberta de acompanhamento pedia que
descrevessem como isso tinha acontecido. Os pacientes que se sentiram pior ou muito pior foram
considerados como tendo experimentado um evento adverso.

4- De que outra forma poderiam ser?

Os eventos adversos poderiam ser identificados através da utilização de uma entrevista, com
auxílio de um guião, o que permitiria obter um máximo de informações com o mínimo de
perguntas possível e uma uniformização da entrevista para todos os pacientes.

5- A classificação de EA podia ter sido diferente? Se sim o que sugeria?


Os eventos adversos poderiam ter sido classificados como: muito comuns, quando a frequência é
maior ou igual a 10,00%; comuns, maior ou igual a 1,00% e menor que 10,00%; incomuns,
maior ou igual a 0,10% e menor que 1,00%; raros, maior ou igual a 0,01% e menor que 0,10%; e
muito raros, menor que 0,01%.

6- O momento da avaliação podia ter sido diferente? O que sugeria de


diferente?
O momento da avaliação poderia ser realizado imediatamente após o tratamento manipulativo
osteopático, bem como 72 horas após, com o objetivo de distinguir o que seria evento adverso de
evento “espectável”, tendo como premissa que algum tipo de evento adverso pode ser necessário
para o paciente atingir uma melhoria da sua condição.

7- Haverá EA que possam surgir posteriormente e que não sejam identificados


no momento usado no artigo? Comente...

Muitos pacientes que recebem tratamento osteopático têm um risco potencial de desenvolver
eventos adversos tardios.

Torna-se então necessário existir uma complementaridade de uma análise á priori com uma á
posteriori, por exemplo através de uma consulta de follow-up, que possibilite identificar e
discutir os eventos adversos que possam surgir numa fase tardia.

O conhecimento permite o desenvolvimento de práticas efetivas na segurança do paciente. Sendo


assim, é fundamental que haja investimento no conhecimento dos riscos e perigos que colocam
em causa a segurança do paciente, para que seja possível intervir, desenvolver e adotar práticas e
ferramentas efetivas. A monitorização e vigilância periódicas são fundamentais, possibilitando a
discussão e avaliação das práticas implementadas. Assim, se contribui para o desenvolvimento e
o conhecimento sustentado que conduz a respostas efetivas.

Também a notificação de eventos adversos e incidentes é essencial, de forma a poder identificar


e aprender com os erros. É considerado um dever do profissional de saúde reportar tais situações,
de forma a poder ser possível identificar e desenvolver estratégias para diminuir a sua
ocorrência, aumentando a qualidade dos serviços prestados ao paciente.

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