Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Tesouro direto
3
INTRODUÇÃO
sobre os quais o investidor não tem, nem de longe, controle (dinâmica
econômica, crises políticas, guerras, etc.).
4
INTRODUÇÃO
“laranjas podres no saco”, e sabe que pode investir melhor do que
isso escolhendo bons ativos;
→→ Não sabe com certeza ainda, mas já desconfia, que o Tesouro Direto
índice
5
INTRODUÇÃO
→→ Não sabe dizer se o câmbio está caro ou está barato, nem acredita
no dólar como forma de investimento, pois o que viu é um dólar des-
valorizando-se frente ao real na última década (isso tem mudado de
uns tempos para cá);
→→ Crê que os Fundos imobiliários têm que ser avaliados pelo lastro,
mais do que pelo simples rendimento do último mês, mas não tem
ideia de como fazer isso ou calcular um preço justo para eles.
6
INTRODUÇÃO
Valores?
Claro, isso se ele não conhece as técnicas que ensinaremos aqui, com
as quais ele pode manobrar de maneira a recuperar o valor perdido
nessa má compra.
índice
7
INTRODUÇÃO
ção e com nossa poderosa área de debates, você já poderá de imedia-
to fazer ótimos investimentos.
8
INTRODUÇÃO
de fazer é traçar o seu roteiro e fazer a atualização trimestral (ou men-
sal, para quem preferir) das planilhas até que elas apontem um novo
movimento.
A parte teórica contém o significado real dos juros, as forças que sobre
ele atuam.
9
INTRODUÇÃO
para o iniciante).
10
índice
11
índice
Fontes de informações 98 Mercado de emprego e Trade-off com inflação 193
Mídia 98 Tábua de variáveis e movimentos 197
Bacen 99 Livros sobre Macroeconomia 200
Fipe 100
Ibge 100
Análise fundamentalista 101
Principais variáveis econômicas 101
como as taxas são determinadas? 111
Comportamento econômico em gráficos 115
Análise Grafista 125
parte teórica 142
O que são juros? 142
Determinação da taxa de juros 143
Fator Risco 143
Fator compensação pelo uso 144
Força de queda no longo prazo 145
Forças de alta 149
Dinâmica no curto e médio prazo 164
Preço e lei da oferta e procura 164
Contas Nacionais 165
índice
12
parte prática
conhecendo os
títulos do tesouro
Com a nomenclatura atual do T.D. (Tesouro Direto), adotaremos certas
siglas para nos referirmos aos títulos ofertados, que são:
13
parte prática
Conforme nossa nomenclatura, os títulos do Tesouro serão considera-
dos prefixados, mistos e posfixados.
Prefixados
(títulos de taxa Os títulos totalmente prefixados são o Tpre e o Tprej.
nominal) Ambos possuem a taxa totalmente estipulada na data da contratação,
com a diferença que os Tprej pagam cupons de juros semestrais.
14
parte prática
É possível ganhar comprando o título logo antes do pagamento e ven-
dendo logo após? Não, pois o valor do cupom é abatido do valor do
título.
15
parte prática
Assim, a rentabilidade real de um título distingue-se da nominal. No
caso dos títulos totalmente prefixados, a rentabilidade real será tão
maior quanto menor for a inflação entre a compra e a data do venci-
mento e, portanto, não é previamente conhecida. Já a rentabilidade
nominal está totalmente predeterminada e, por isso, é chamado de
Tesouro Prefixado, Tpre.
Títulos mistos
(títulos de taxa Os títulos mistos são os Tipca, Tipcaj, Tigpm e Tigpmj.
real) Esses títulos são considerados mistos porque sua rentabilidade nomi-
nal é variável, conforme a inflação até o vencimento. Por outro lado,
a rentabilidade real até o vencimento é totalmente predeterminada,
sendo equivalente à taxa contratada.
lor nominal atualizado (o chamado VNA), que pode ser o IPCA (oficial),
ou o IGPM (da FGV) e pelo fato de haver, ou não, pagamento semestral
Cahio Eiras - cahioseabra@live.com - cpf: 073.097.416-25 de juros (o “j” ao final).
16
parte prática
Quanto vale o cupom do Tipcaj e do Tigpmj?
(http://www3.tesouro.fazenda.gov.br/tesouro_direto/download/metodo-
logia/ntnb.pdf)
Quanto é o VNA?
17
parte prática
mas a rentabilidade nominal desses títulos variará conforme a infla-
ção. Por isso, são chamados títulos mistos, pois sua rentabilidade (no-
minal) depende da inflação do período e de uma taxa de contratação,
essa sim, predeterminada.
Por que 2,956% e não 3%, por que 4,88% e não 5%?
18
parte prática
Títulos
posfixados Esses títulos, os Tselic, não possuem, na data da contratação, qualquer
promessa ou garantia de rentabilidade futura, seja em termos reais,
seja em termos nominais.
(http://www3.tesouro.fazenda.gov.br/tesouro_direto/download/metodo-
logia/lft.pdf)
índice
19
parte prática
{{Perguntas comuns
• Vendi o título, ou adquiri o título no meio do período entre um paga-
mento de cupom e outro. Receberei algo proporcional? Não. O paga-
mento será integral para aquele que detiver o título no último dia
de negociação “com juros”.
20
parte prática
de contratação sejam as mesmas (e haja reinvestimento automático
dos cupons), não será igual. Além disso, nos títulos mistos, o cupom
reduz consideravelmente o potencial especulativo do título, consi-
derando prazos de vencimento iguais.
tributação
Os impostos incidentes sobre operações no Tesouro Direto são os
mesmos da Renda Fixa:
21
Fonte: http://www.tesouro.fazenda.gov.br/-/detalhes-da-tributacao-do-tesouro-direto
índice
22
parte prática
por que o td não é
renda fixa? Basicamente, porque os títulos são negociados a valor de mercado e
têm um outro valor, o de face, que representa o valor que será pago
por cada título na data de seu vencimento (Valor Nominal no Venci-
mento para os títulos prefixados e Valor Real no Vencimento – valor na
data-base – para os títulos mistos).
Se você o compra por R$800, ele renderá 25% ao ano. Porém, se você
comprá-lo por R$909,09, ele terá rendido apenas 10% ao ano. Veja que
índice
23
parte prática
remuneração anterior. Afinal, quanto mais caro você pagar pelo título,
menos ele irá render.
os juros
compostos Essa fórmula nós aprenderemos por exemplos. Vejamos:
Nos juros compostos, no ano que vem você receberá os 10% não so-
bre 1.000,00 inicial, mas sobre os 1.100,00 que será o que você terá
24
parte prática
Assim, você terá após dois anos 1.210,00.
Esses dez reais, após muitos anos são capazes de comprar casas, car-
ros, etc. A maioria das fortunas está baseada nesses dez reais da dife-
rença, pois este valor aumenta exponencialmente com o tempo.
Vi = 1.000,00
índice
Tempo = 2 anos
Cahio Eiras - cahioseabra@live.com - cpf: 073.097.416-25
25
parte prática
Repare que: 0,1 = 10% e o acento circunflexo (^) é o sinal para po-
tenciação nas planilhas eletrônicas (Excel, BROffice, etc.).
diferença é que temos o valor final e não temos o valor inicial, por isso
é um cálculo “de cabeça para baixo”:
Cahio Eiras - cahioseabra@live.com - cpf: 073.097.416-25
26
parte prática
(Valor de hoje) x (1+ 0,12) ^ 10 = 1.000,00
Logo:
27
parte prática
das taxas de contratação não são bruscas nem frequentes o suficiente
para você manter uma média diária de 10%.
Essa fórmula é para os Tpre e Tprej. Mas e no caso dos títulos mistos Tipca
e Tigpm?
Cálculo:
http://www3.tesouro.gov.br/legislacao/download/divida/decretos/
Bonds_Versao_portugues_atualizado_Revisado.pdf
índice
28
parte prática
a inflação aumentasse o investidor perderia rentabilidade. Mas isso
não ocorre.
http://www3.tesouro.gov.br/tesouro_direto/metodologia.asp
índice
29
parte prática
está sujeita a especulação;
Quais os mais
especulativos: Os mistos.
prefixados ou Você aprenderá, ao longo do curso, que os títulos mistos – Tipca e Tip-
mistos? caj – são os mais especulativos e, portanto, melhores para as técnicas
que ensinaremos aqui.
30
parte prática
um resultado final não é de 2 vezes o primeiro resultado, pois estamos
falando de uma potenciação. Imagine uma taxa de 10% aa, o fator de
acumulação em 10 anos seria de 2,59 (159%), ao passo que, em 20
anos, representaria uma acumulação de 6,73 (573%). Em outras pala-
vras, o dobro do tempo equivale a uma acumulação exponencialmente
maior do que a primeira.
princípio da
atualização Praticamente todos os dias recebemos a seguinte pergunta de nossos
diária alunos:
“Comprei um Tipca à taxa de 5%, hoje ele está sendo vendido a 6%, vale
a pena eu vender meu título e recomprar agora, a essa taxa maior? Meu
medo é carregar o título até o vencimento e ter um rendimento de ape-
nas 5% aa. Se eu vendê-lo agora e recomprar a 6%, apesar do meu pre-
juízo passado, nessa nova operação garantirei 6% aa até o vencimento,
uma situação muito melhor!”
índice
Não fique com vergonha se você já teve essa ideia. Como eu disse, a
Cahio Eiras - cahioseabra@live.com - cpf: 073.097.416-25
32
parte prática
grande maioria dos alunos tem a impressão de que essa estratégia é
possível e, pior, quem nunca fez o nosso curso pode, inclusive, ter con-
cretizado a ideia. Mas, nossa função aqui é, justamente, ensinar-lhes
o correto: infelizmente, essa ideia acima não faz, matematicamente, o
menor sentido.
→→ Todos os títulos são iguais, não importa a taxa que você pagou por
ele. O seu Tipca 2050 é igual ao meu Tipca 2050;
→→ Então tanto faz comprar a uma taxa ou a outra? Claro que não, mas
índice
33
parte prática
Dito isso, vender hoje um título comprado no passado a 4,5% para
comprar o mesmo título oferecido hoje a 6% só vai levar a uma perda,
a saber, a perda pelo spread praticado pelo Bacen na recompra anteci-
pada (spread é a diferença de taxa entre os títulos que o TD vende e a
taxa que ele paga quando compra de você).
Cahio Eiras - cahioseabra@live.com - cpf: 073.097.416-25 Porém, para a surpresa do investidor, eis que, nesse momento (após 1
34
parte prática
ano), a taxa é alterada pelo Tesouro para 11%. Quanto é o novo valor
de mercado do título? 1.000/(1+9%) = 900,90
1.000,00.
35
parte prática
tivesse mantido o título, ele teria rendido 9% aa por dois anos. Calcule-
mos o fator de acumulação:
(1+7%)*(1+11%) = 1,19
(1+9%)*(1+9%) = 1,19
O que isso tudo significa? Significa que, após um ano, quando a taxa se
elevou para 11%aa, essa passou a ser a nova taxa de rentabilidade fu-
tura para todos que detinham o título, independente da taxa de com-
pra!
36
parte prática
Guarde isso: a rentabilidade insuficiente de um título mal comprado, com
relação a uma taxa atual, ficou no passado. Vendê-lo, para recomprar à
mesma taxa, somente trará o prejuízo do spread.
37
parte prática
{{Conclusão
A única pergunta que você deve fazer antes de vender um título prefi-
xado ou misto é: a taxa continuará subindo? Ou, tem potencial de ain-
da subir consideravelmente?
Por outro lado, se o título for misto e curto (três ou quatro anos até
o vencimento, por exemplo), as variações de taxa influenciarão bem
pouco a rentabilidade até o vencimento, não havendo muito com que
se preocupar nesse caso.
ções. Mas, visto de outro ângulo, o que temos é que a taxa contratada
somente será a taxa efetiva se levado o título até o vencimento.
Cahio Eiras - cahioseabra@live.com - cpf: 073.097.416-25 Antes disso, esqueça a taxa contratada, ela interfere no quanto você já
38
parte prática
ganhou, mas não no que você ainda ganhará. Nisso, só interfere a taxa
atual do título, se você pretender levar ao vencimento. E, no caso de
especulação e venda antecipada, também as taxas futuras.
renda fixa:
títulos privados
No mercado de títulos privados, há diversas opções de investimento.
Resumidamente, esses títulos são:
39
parte prática
• LCA (letra de crédito agropecuário), LCI (letras de crédito imobiliário):
são títulos emitidos por instituições financeiras e que possuem las-
tro em uma operação de crédito agropecuário ou em financiamento
imobiliário, respectivamente. Recebem a proteção do FGC e têm a
vantagem de serem isentas de Imposto de Renda;
40
parte prática
o segredo da
renda fixa Sim, existe segredo no investimento em renda fixa. Ocorre que, como
os bancos pequenos e médios quebram frequentemente, há um medo
injustificado de se adquirir os títulos de renda fixa dessas instituições.
Por que?
O limite da garantia é de 250 mil reais por CPF por instituição. Assim,
índice
42
parte prática
bertado em algum deles.
Diga-me: você acha mais fácil o FGC arcar com seu compromisso (de res-
sarcir os credores e, com isso, manter a confiança no mercado financei-
ro) se um banco pequeno quebrar (com passivo relativamente pequeno),
ou se quebrar um banco gigante?
43
parte prática
diretamente dos bancos. Isso porque algumas corretoras adquiriam
grandes lotes dos bancos em nome próprio e mantinham por conta
própria um controle dos beneficiários finais.
{{Cetip Certifica
Ocorre que uma solução para esse problema surgiu ao longo de 2014:
a Cetip lançou o selo “Cetip Certifica”, que garante o registro correto da
transação e tranquiliza os investidores quanto a esse problema. Agora
índice
ficou mais fácil: se tiver “Cetip Certifica”, você não precisa mais de se
preocupar com o registro e pode adquirir o título tranquilamente por
Cahio Eiras - cahioseabra@live.com - cpf: 073.097.416-25 meio da sua corretora.
44
parte prática
{{O que está coberto?
A garantia do FGC cobre só o principal ou também os juros até o paga-
mento?
Uma dúvida que aparece muito é quanto ao valor que o FGC deve
reembolsar, se inclui os juros contratados, ou apenas o valor original
da aplicação. Não tenho experiência pessoal no assunto, mas, em tese,
devem ser pagos os juros contratados. Isso porque o pagamento será
realizado com base no balanço atualizado da instituição financeira em
liquidação. Para essas instituições, há obrigação de manutenção dos
valores do ativo e do passivo atualizados a valor de mercado (o que
inclui a contabilização de variações no preço de ações, por exemplo,
e o cômputo frequente dos juros já incorridos em depósitos e títulos
emitidos).
45
parte prática
{{Mais informações
Voltando à questão da rentabilidade, quanto menor o banco, ou pior o
seu rating, maior o seu custo de captação (as pessoas em geral prefe-
rem aplicar em bancos grandes e os grandes investidores não estarão
cobertos pelo FGC), ou seja, melhor para o investidor, pois maiores os
juros pagos.
bates de nosso curso, o que ocorre hoje é que, detectada uma grande
oportunidade em qualquer parte do país, ela é imediatamente com-
Cahio Eiras - cahioseabra@live.com - cpf: 073.097.416-25
46
parte prática
partilhada e todos têm a oportunidade de aproveitá-la.
{{Desvantagens e vantagens
As desvantagens (ou vantagens, depende da estratégia) desses instru-
índice
mentos são:
47
parte prática
ao final do período;
48
parte prática
mente a exposição a determinados ativos que você julga (após análise
fundamentada) que renderão bem no futuro próximo, bem como re-
duzir consideravelmente outras posições.
49
parte prática
estratégias em
tesouro direto
básicas
{{Cuidado com o IOF
Não venda seu título no primeiro mês, a menos que haja expectativa
de forte alta de juros (houve erro de avaliação na hora da compra).
50
parte prática
ras (hoje, a liquidez é diária).
Além disso, o Tselic é indicado para quem não alcançasse o limite míni-
mo para a aquisição dos títulos privados de liquidez diária e rendimen-
to superior ao Tselic. Muitas vezes, a aplicação mínima é na faixa de
30 mil reais, ao passo que o Tselic pode ser adquirido a valores muito
baixos, a partir de dezenas de reais, já que após a reforma do TD, es-
tão sendo ofertadas frações de até um centésimo dos títulos.
52
parte prática
intermediárias
{{compre na alta, venda na baixa
Soa estranho, porque na Bolsa a estratégia é comprar a ação na baixa
e vender na alta.
53
parte prática
Para o investidor não devolver o sobreganho da queda da taxa
de juros, é fundamental vender os títulos na baixa da Selic, antes
que esta comece a subir novamente.
54
parte prática
Crise política:
Crise econômica:
→→ Crise de 2008;
55
parte prática
te terão desvalorizado), pelo contrário, deve-se aproveitar e comprar
mais, pois, assim que afastada a situação crítica, os juros automati-
camente retornam ao seu valor “normal”, gerando um ganho rápido,
fácil, em questão de meses.
conturbado.
56
parte prática
{{Juros externos
Em um mundo globalizado, existe a teoria, usada para avaliar a taxa de
câmbio, chamada de paridade das taxas de juros.
Porém, esse aumento das taxas nem sempre ocorre na mesma pro-
porção, pois a diferença de taxas de juros nominal pode acabar geran-
do uma variação no câmbio. Além disso, a mudança externa tende a
ser pontual, a tendência tende a depender da economia local.
índice
57
parte prática
{{um erro muito comum
Comprar títulos longos, como de 2050 para carregar cegamente ao ven-
cimento
O Brasil já esteve muito pior. Hoje está melhor (o que não significa que
esteja bem), mas pode voltar a piorar novamente. Quem conhece o ce-
nário brasileiro 15 anos após o momento em que você lê esse ebook?
Por isso nossa estratégia, como você verá adiante, é de realizar movi-
mentos a cada um ano e meio ou dois anos, reavaliando o cenário e
realocando os recursos.
Para saber se um país está tranquilo com relação à sua dívida, você
índice
58
Fonte: https://www3.bcb.gov.br/sgspub/
índice
59
Fonte: https://www3.bcb.gov.br/sgspub/
índice
60
parte prática
Mas é levemente aliviado se pensarmos que, em percentual do PIB, a
dívida tem diminuído ao longo dos anos, como demonstra o segundo
gráfico. Isso facilita o pagamento de juros pelo Tesouro, já que as re-
ceitas públicas são um percentual do PIB.
Para os EUA ou Japão, é fácil ter uma dívida superior a 100% do PIB,
já que pagam juros bem próximos de 0%. Porém, o patamar de juros
brasileiros, ainda com a redução nos últimos anos, faz com que o pa-
gamento do serviço comprometa quase a metade da arrecadação.
ra, uma vez que apenas cerca de 20% do estoque interno é em títulos
posfixados Tselic. Assim, uma redução na taxa de contratação gera,
Cahio Eiras - cahioseabra@live.com - cpf: 073.097.416-25 sobre 80% do estoque (os títulos prefixados) um aumento no valor de
61
parte prática
mercado destes, que anula os efeitos da redução dos juros (em outras
palavras, como a taxa contratada será honrada no vencimento, altera-
ções de taxa ao longo do tempo não os comprometem).
isso). Mas lembre-se de toda a teoria que adiantamos aqui: essa redu-
ção só influencia as novas dívidas, pois as antigas e prefixadas (80% do
Cahio Eiras - cahioseabra@live.com - cpf: 073.097.416-25 estoque) valorizam-se na mesma proporção da redução dos juros.
62
parte prática
Se a atividade econômica (o PIB) não responde à redução de juros, os
investidores começam a questionar a capacidade do país de honrar
seus compromissos, o que faz os juros se elevarem novamente. Supo-
nhamos que de 3% para 4, 5 e, na medida em que a especulação sobre
a capacidade de honrar seus compromissos aumenta, os juros final-
mente sobem para 8 ou 10% ao ano (como são juros reais, seriam 10%
+ inflação).
Nesse ambiente, pelo qual nunca passei e pelo qual não pretendo
passar, mas ninguém pode prever, a grande dúvida é: comprar a 10%
acreditando que o país sairá do poço e você terá um ganho extraordi-
índice
nário, ou não?
{{Conclusão
65
parte prática
avançadas
De agora em diante passaremos a abordar técnicas inéditas do Méto-
do Carteira RICA.
Temos certeza que esse modelo funciona na imensa maioria das situa-
ções, por isso nos demos a liberdade de realizar tais simplificações.
66
parte prática
das (ou que a releia, após o final da leitura).
67
parte prática
estratégias
por título
títulos mistos
Os Tipca são títulos que chamamos de mistos pois possuem duas com-
ponentes:
68
parte prática
{{Estratégias
O Gráfico a seguir compara Selic com rendimentos acumulados em 12
meses da antiga NTNB-2024 (Tipca).
69
Selic x Rendimento Tipca
50,00%
Selic
Rend Ano NTNB
2024
40,00%
30,00%
20,00%
10,00%
0,00%
-11
-12
-13
1
3
1
3
t-1
t-1
t-1
i-1
i-1
i-1
jan
jan
jan
ma
ma
ma
se
se
se
-10,00%
-20,00%
índice
70
parte prática
71
Selic x Rendimento Tipca x Inflação
40,00%
30,00%
20,00%
10,00%
0,00%
-10
-11
-12
-13
0
3
0
3
t-1
t-1
t-1
t-1
i-1
i-1
i-1
i-1
jan
jan
jan
jan
ma
ma
ma
ma
se
se
se
se
-10,00%
72
parte prática
{{O segredo do Tipca curto
Repare este gráfico do IPCA:
índice
73
parte prática
Esse gráfico mostra a chamada sazonalidade do IPCA, ou seja, como
a inflação varia conforme o mês do ano. Pode-se facilmente perceber
que o período de maior inflação ocorre entre setembro de um ano e
abril do ano seguinte, correspondente a um período de aproximada-
mente 7 meses de alta inflação, contra cerca de 5 meses de baixa infla-
ção, principalmente no meio de cada ano.
74
parte prática
1,5% (IPCA+juros).
{{Potencial especulativo
Façamos um teste de sensibilidade aos juros, para saber quais títulos
são mais indicados para especulação. Supondo uma inflação de 6% e
uma queda de 0,5% na taxa de contratação de cada título, para ver o
potencial de valorização, usemos nossa fórmula simplificada de valor
presente de um valor futuro (valor final) / (1+taxa) ^ prazo:
índice
75
parte prática
2. Título prefixado médio prazo (10 anos). Taxa de 12% cai, em um dia,
a 11,5%: aumento do valor do título é de 4,6%.
3. Título misto longo (20 anos), taxa cai de 6% para 5,5%: aumento em
um dia de 9,9%.
76
parte prática
títulos
prefixados Os Tpre e Tprej são títulos com rentabilidade nominal totalmente es-
tipulada no ato da contratação. Sua rentabilidade real, por outro lado,
dependerá da inflação acumulada até o seu vencimento.
77
parte prática
→→ Em primeiro lugar, os títulos prefixados mais longos possuem venci-
mento de apenas dez anos;
{{Estratégias
índice
78
parte prática
16,00%
igpm Selic Taxa
14,00%
contratação
12,00% NTNF 2017
10,00%
8,00%
6,00%
4,00%
2,00%
0,00%
índice
-10
-11
-12
-13
0
3
0
3
-2,00%
t-1
t-1
t-1
t-1
i-1
i-1
i-1
i-1
jan
jan
jan
jan
ma
ma
ma
ma
se
se
se
se
Cahio Eiras - cahioseabra@live.com - cpf: 073.097.416-25
79
parte prática
Como já vimos, em todo prefixado a queda da Selic impulsiona o rendi-
mento do título, pois aumenta seu valor de venda. Por outro lado, um
aumento na Selic produz o efeito contrário.
80
parte prática
Veremos mais adiante como a Selic tende a refletir o IGPM, mas com
certa defasagem (pois tende a seguir mais o IPCA, mais lento e embora
haja outros fatores de influência, como o PIB). O gráfico “Selic x Tprej
(NTNF) x IGPM” mostrou como as altas do IGPM causam posteriores
altas de Selic e as baixas provocam efeito similar.
81
parte prática
Aumento na taxa de contratação leva a uma diminuição do valor
de mercado do título e, por consequência, perda de rendimento. O inte-
ressante para o detentor do título é a queda na taxa de contratação!
Mistos versus
prefixados Uma dúvida que se tem na hora de adquirir os títulos é: comprar os
totalmente pré-fixados ou os mistos?
Porém, como o objetivo aqui não é que você tenha que acessar o site
do Tesouro todos os dias para ficar atrás da melhor taxa possível, indi-
camos, normalmente, montar uma carteira 3:1 ou 4:1 em Tipca:Tpre.
82
parte prática
{{Uso dos Tpre
Uma utilidade para os títulos prefixados é a seguinte: quando você
achar que a taxa Selic já está bem alta (mas sem a certeza de pico) e
a inflação não se elevará mais, comece comprando Tpre curtas, pois
estarão sujeitas a menor prejuízo (pois o prazo mais curto) caso o go-
verno tenha que apertar ainda mais os juros (os títulos posfixados,
inclusive privados, também cumprem esse papel da mesma manei-
ra, a escolha por um ou outro será uma escolha pela melhor taxa no
momento). Depois, com uma certeza mais clara de topo da Selic, você
migra para os Tipca especulativos.
Uma vantagem teórica dos Tpre sobre os Tipca, seria em caso de re-
cuo da inflação medida pelo IPCA além do projetado e esperado pelo
governo e pelo mercado. Nesse caso, as taxas de contratação teriam
permanecido praticamente inalteradas, enquanto a componente IPCA
índice
Por outro lado, essa queda de Selic fará com que a inflação tenda a
elevar-se, o que se reflete em atualização dos valores dos Tipca (na sua
componente não especulativa).
índice
84
parte prática
Taxa de Contratação
16,00%
igpm ipca Selic Taxa
14,00%
contratação
12,00% NTNF 2017
10,00%
8,00%
6,00%
4,00%
2,00%
0,00%
10
11
12
13
9
-10
-11
-12
-13
-9
-2,00%
jul-
jan
Tpre,
jul-
jul-
jul-
jul-
Tpre,
jan
jan
jan
jan
Tprej, Tprej,
índice
85
parte prática
Logo, nossas últimas dicas de comparação entre Mistos e Prefixados
são:
86
parte prática
Os títulos privados não se prestam a especulação, embora sejam uma
ótima fonte de rendimento, principalmente se você seguir as orienta-
ções que expusemos na apresentação dos Títulos.
fundo de Selic mostra depois que não era (as pessoas podem achar
que determinado nível é o máximo, mas ainda haver elevações);
Cahio Eiras - cahioseabra@live.com - cpf: 073.097.416-25
87
parte prática
→→ Imprevisibilidades de conjuntura: crises econômicas, guerras, escân-
dalos de corrupção, os quais podem levar a um aumento repentino
de taxas de contratação e perdas para investidores posicionados
em títulos públicos. Nesses momentos, é bom ter reserva em títulos
privados, não sujeitas a especulação, para sacar, se for o caso, e em
parte, para investir no Tesouro.
Quanto aos títulos privados, lembramos que existem LC, LCI, LCA e
CDB totalmente prefixados, ainda que o seu banco não os ofereça
Cahio Eiras - cahioseabra@live.com - cpf: 073.097.416-25
88
parte prática
(outros bancos oferecem) para períodos anteriores a quedas de juros
e posfixados para períodos anteriores a elevações.
89
parte prática
{{Alavancando ganhos com DI futuro
Você deve estar se perguntando: tudo bem, a estratégia alavanca
meus ganhos na queda das taxas de contratação. Mas e na fase em
que as taxas de juros estiverem subindo, ganharei somente a rentabili-
dade de um posfixado? Em princípio, sim.
90
parte prática
DIfuturo.pdf
http://br.advfn.com/investimentos/futuros/di-depositos-interfinanceiros
http://ynvestimentos.com.br/2013/11/contrato-futuro-de-di/
91
parte prática
→→ Todos os dias será lançado o chamado Ajuste Diário de posição, seu
ganho ou perda será decorrente do somatório desses ao longo do
tempo. Não há uma liquidação física do contrato no vencimento
(como em outros contratos futuros). Se você levar o papel até lá, sua
posição será automaticamente zerada no último dia. Em resumo, é
muito simples operá-lo.
92
parte prática
va).
Sugerimos que você monte uma posição sempre de 1 lote apenas, me-
nor risco possível, e que tente mantê-la por todo o movimento de alta
ou baixa (evitando a negociação de day-trades).
93
parte prática
estratégias de
curva de juros
Conforme você verá também na parte teórica deste curso, a curva de
juros é determinada por diversos fatores.
→→ Fatores políticos;
→→ Nível da taxa de juros no exterior (se elevada lá fora, deve haver ele-
vação interna, para evitar a fuga de capital);
Se, por um lado, não é possível dizer que o governo estipula as taxas a
seu bel prazer (pois as taxas são negociadas com os chamados primary
índice
Cahio Eiras - cahioseabra@live.com - cpf: 073.097.416-25 As taxas são estipuladas em um embate entre esses dois agentes (go-
94
parte prática
verno e mercado), levando-se em consideração que o governo tem,
sim, uma grande força nesse ato da determinação.
97
parte prática
Fontes de
informações {{Mídia
Já dissemos, mas não cansamos de repetir: use a mídia a seu favor.
98
parte prática
{{Bacen
Tudo que falta de transparência nas obras públicas e no Congresso,
sobra nos dados econômicos.
http://www.bcb.gov.br/?RI
http://www.bcb.gov.br/?SERIEBALPAG
Cahio Eiras - cahioseabra@live.com - cpf: 073.097.416-25
99
parte prática
{{Fipe
Nem só de veículos vive a Fipe. O site da fundação tem boletins econô-
micos mensais e muita informação.
http://www2.fipe.org.br/pt-br/home
{{Ibge
Facilidade na navegação não é o forte do IBGE. O Instituto tem mui-
ta informação e até quer passá-las a nós. Porém, cria sites mal feitos,
índice
http://seriesestatisticas.ibge.gov.br/
Cahio Eiras - cahioseabra@live.com - cpf: 073.097.416-25
100
parte prática
Análise
fundamentalista {{Principais variáveis econômicas
Há algumas informações econômicas que são fundamentais para se
seguir, elas são:
A variável gráfica que também pode ser analisada, por quem assim o
desejar é o DI1, o DI futuro. A curva do DI futuro reflete, justamente, a
expectativa do mercado para a trajetória da Selic.
102
parte prática
{{Meta Selic
http://www.bcb.gov.br/?COPOMJUROS
A selic que usamos em nossos gráficos, vem daqui:
http://portaldefinancas.com/selic1415.htm
índice
103
parte prática
Meta Selic
30,00
25,00
20,00
15,00
10,00
5,00
-
índice
3
2
5
t-0
t-0
n-0
n-0
v -0
v -1
r-1
r-1
r-1
v -0
v -0
z -0
z -0
Ou
Ou
Ma
Ma
Ab
Ja
Ja
Fe
Fe
No
No
De
De
104
parte prática
{{Ipca e Igpm
105
parte prática
http://www.sidra.ibge.gov.br/snipc/tabelaIPCA.asp?o=3&i=P
http://www.portalbrasil.net/igpm.htm
30
25
20
15
ipca x Igpm
10
5
índice
0
/02
/03
/04
/04
/05
/05
/06
/07
/07
/08
/08
/09
/09
/10
/11
/11
/12
/12
/13
12
07
02
09
04
11
06
01
08
03
10
05
12
07
02
09
04
11
06
-5
Cahio Eiras - cahioseabra@live.com - cpf: 073.097.416-25
106
parte prática
{{Pib
107
parte prática
http://www.ibge.gov.br/home/estatistica/indicadores/pib/de-
faultcnt.shtm
PIB
10,0
8,0
6,0
4,0
2,0
0,0
.IV
.IV
.IV
.IV
.IV
.IV
.IV
.IV
.IV
.IV
.IV
.IV
.IV
.IV
.IV
.IV
.IV
índice
96
97
98
99
00
01
02
03
04
05
06
07
08
09
10
11
12
19
19
19
19
20
20
20
20
20
20
20
20
20
20
20
20
20
-2,0
-4,0
108
parte prática
{{Anomalias: Brasil no final de 2014
109
parte prática
{{Fatores indiretos
110
parte prática
{{como as taxas são determinadas?
Chegou a hora de descobrirmos como as taxas de contratação do Te-
souro são determinadas, pois, entendendo esse mecanismo, domina-
remos o segredo da alta rentabilidade no Tesouro Direto.
Não foi pelas urnas, mas a política econômica mudou. A partir de en-
tão, esse ebook passa a incorporar o entendimento das duas linhas
índice
econômicas para que, qualquer que seja o governo, você possa “prever
o futuro”.
Cahio Eiras - cahioseabra@live.com - cpf: 073.097.416-25 Prever? Sim, prever. Entenda que, quanto mais previsível um mercado,
111
parte prática
maior a segurança para nele se ganhar dinheiro.
Mesmo assim há risco? Claro que há. Quem já nos acompanha há mais
tempo sabe que uma mudança nas taxas de juros da Rússia, dos EUA,
ou de qualquer grande potência, bem como instabilidades políticas
índice
112
parte prática
O alento é que, mantidas as condições econômicas (inflação e PIB, ba-
sicamente), os juros retomarão sua tragetória.
113
parte prática
Como diferença clara, podemos ver que a linha desenvolvimentista
tolera uma certa inflação, desde que o PIB esteja crescendo.
O lado bom é que ninguém quer ser tachado de incoerente. Uma equi-
índice
pe de uma linha, o será até que seja trocada por outra equipe. Um
ministro, um presidente do Bacen não muda de postura durante um
Cahio Eiras - cahioseabra@live.com - cpf: 073.097.416-25
114
parte prática
mandato (geralmente, não mudam por toda a vida!).
115
parte prática
que, em ambos os casos, há grande previsibilidade das atitudes.
Os gráficos são:
PIB x Selic
Inflação x Selic
índice
116
parte prática
A diferença está na análise dos gráficos:
117
ID ENTIAL
NF
O
C
R E T parte prática
OP SEC
T
C
{{PIB X Selic
O
NF
IDE
NTIAL
16,00%
14,00%
12,00%
10,00%
8,00%
6,00%
4,00%
2,00%
0,00%
/08
/09
/09
/09
/10
/10
/10
/11
/11
/11
/12
/12
/12
/13
/13
12
04
08
12
04
08
12
04
08
12
04
08
12
04
08
-2,00%
índice
Selic PIB
-4,00%
118
parte prática
Falar para comprar os prefixados antes da queda da Selic é fácil, difícil
é saber quando se dá esse momento na prática.
Então veja como o gráfico PIB x Selic foi uma sensacional fonte de in-
formação (e ainda é!) , ou melhor, a mais potente arma na elaboração
de uma estratégia de Tesouro Direto durante os desenvolvimentistas:
O que isso significa? Significa que, ao traçar a curva do PIB, você sabe-
rá de antemão o destino da Selic!
Tudo bem que, como você verá, as informações do PIB são publicadas
com certo atraso, mas todo o mercado tem acesso a elas na mesma
época e, além disso, você verá que o acompanhamento do PIB é um
índice
119
parte prática
Como traçar o gráfico?
120
ID ENTIAL
NF
O
C
R E T parte prática
OP SEC
T
C
{{Inflação x Selic
O
NF
IDE
NTIAL
16,00%
14,00%
12,00%
10,00%
8,00%
6,00%
4,00%
2,00%
0,00%
/08
/09
/09
/09
/10
/10
/10
/11
/11
/11
/12
/12
/12
/13
/13
12
04
08
12
04
08
12
04
08
12
04
08
12
04
08
-2,00%
índice
121
parte prática
Considere que a medida da inflação pelo IGPM é uma medida rápida e
a medida pelo IPCA é uma medida lenta. A amplitude do IGPM é maior
e ele é mais adiantado, ao passo que o IPCA é de menor amplitude e
retardado.
/09
/09
/09
/10
/10
/10
/11
/11
/11
/12
/12
/12
/13
/13
12
04
08
12
04
08
12
04
08
12
04
08
12
04
08
-2,00%
122
parte prática
rais, não.
123
parte prática
trados por vários anos. O governo “liberou” toda essa inflação de uma
só vez após a eleição de 2014. Depois do ajuste dessa inflação, o mer-
cado retornará à sua normalidade.
124
parte prática
Análise Grafista
Acabamos de ver o núcleo de nossa estratégia de curva de juros: de-
tectar quando a Selic subirá e quando cairá. Isso é importante porque
devemos comprar títulos prefixados/mistos com taxas de contratação
estiverem altas e devemos vendê-los quando estiverem baixas.
tos durante o “platô” de alta da Selic, você terá ótimos ganhos com a
queda. Realizando o lucro com a venda no “platô” de baixa.
Cahio Eiras - cahioseabra@live.com - cpf: 073.097.416-25 As técnicas que abordaremos de agora em diante visam a elevar ainda
125
parte prática
mais a nossa rentabilidade, mas são opcionais, já que o acompanha-
mento somente com base nos gráficos já passados é suficiente para se
conseguir uma elevada rentabilidade no Tesouro Direto.
Títulos como o Tselic são o espelho direto da Selic e, portanto, sua aná-
lise finda por aí.
126
parte prática
Porém, a Selic estipulada pelo COPOM influencia a expectativa de juros
futuros (negociado na BMF), os quais, por sua vez, refletem nas taxas
de contratação dos títulos mistos e prefixados.
Por outro lado, o governo também não age sozinho, pois tem que ofer-
tar seus títulos em leilões para os chamados primary dealers e esses
índice
127
parte prática
uma torre e isolados do resto do mundo.
(http://www.anpec.org.br/encontro/2013/files_I/i8-4006919ee-
1fb740fc02e92acdf7c7737.doc)
128
parte prática
menos sites, como o DOTSTOCK e o TDIRETO. Nenhum desses dois
permite a análise gráfica, pelo interessado.
130
parte prática
Façamos uma análise de exemplo do DI futuro (dados do Dotstock):
índice
131
parte prática
Veja na tabela que há uma previsão do mercado, elaborada no início
de maio de 2015, de que os juros Selic/DI subirão até o primeiro tri-
mestre de 2016 e, a partir daí, começarão a cair.
* Lembrando que, apesar de essa análise ser “datada”, você pode fazê-la
a qualquer momento por conta própria, com os dados do momento em
que analisa.
132
parte prática
DI1F17
índice
133
parte prática
No início de 2014, indicamos a compra de títulos mistos, veja no gráfi-
co anterior como o DI caiu daí em diante, aumentando nossa rentabili-
dade.
Veja, também, que, conforme a análise técnica, ainda não seria o mo-
índice
135
parte prática
6,10%, em níveis bem menores que naqueles meses, quando o DI1F25
estava no mesmo ní-
vel (gráfico do DI acim)
que o de fins de abr/15,
demonstrando que os tí-
tulos não seguem 100%
o DI e demonstrando
falta de força na alta
dos títulos especulativos
e do próprio DI futuro
(que o mercado estima
com base nos movimen-
tos do próprio governo).
Ou seja, o gráfico do DI
futuro, assim como o
índice
136
parte prática
Quando lançamos esse curso e afirmamos que a estratégia gerava
uma média de 24% em 4 anos anteriores a 2014, muita gente nos
questionou para que apresentássemos “provas”.
Mas:
estamos fazendo, para que o iniciante possa dar seus primeiros pas-
sos.
Cahio Eiras - cahioseabra@live.com - cpf: 073.097.416-25
137
resumo da estratégia
1. Atualize as planilhas (caso não as encontre atualizadas em nosso
fórum) e avalie em que ponto da curva é o presente (se fase de alta
da Selic, baixa ou platô alto/platô baixo).
138
resumo da estratégia
• Início do platô de alta e início do platô de baixa: adquirir parte da
carteira em títulos mistos não especulativos (os mais curtos), para
se aproveitar da alta da inflação na componente não especulativa
do título (eventuais aumentos da taxa de contratação não afeta-
rão significativamente a rentabilidade, já que o título é curto!). Essa
estratégia é ainda mais interessante no período de setembro a abril,
quando o IPCA tem suas maiores altas sazonais. Quando o platô de
baixa estiver acabando, migre para posfixados. Quando o platô de
alta estiver acabando, migre para os mistos especulativos.
139
resumo da estratégia
tação, adrenalina, a maior taxa possível do movimento de alta. Isso
é inútil e gerará um stress enorme para obter uma rentabilidade
apenas um pouco maior. Não é esse o núcleo da estratégia! As di-
cas de acompanhamento do DI futuro são somente para aqueles que
querem se debruçar mais sobre o assunto, não são obrigatórias (lem-
bre-se que esse curso é lido por centenas de pessoas e cada uma
tem seu perfil). É possível, inclusive, obter alta rentabilidade “sem
olhar as taxas de contratação”, basta fazer o que exporemos agora.
140
resumo da estratégia
Topo Selic = (topo inflação ou topo PIB) Aplicação
65% Tipca 2035 ou o mais especulativo
20% Renda Fixa prefixada 2 ou 3 anos máx. rent.
15% Renda Fixa alta liquidez para oportunidades
141
parte teórica
142
parte Teórica
Determinação da
taxa de juros {{Fator Risco
A variável “risco” é medida por fatores como a capacidade financeira
do tomador e sua disposição a pagar suas dívidas, voluntária ou com-
pulsoriamente.
143
parte Teórica
* A explicação de superavit e deficit foi simplificada, porém, a fórmula
completa para esse cálculo consta das Contas Nacionais publicadas
pelo IBGE, como se verá no devido momento.
144
parte Teórica
são muito inferiores às taxas de países como Brasil, Peru, China.
145
parte Teórica
país tem renda per capita de 1.000 e cresce para 2.000, houve um au-
mento percentual de 100%, ao passo que se um país que possui renda
per capita de 20.000 tiver o mesmo aumento, este será de 5%.
146
parte Teórica
Ocorre que um dos fatores que sustenta um incremento no PIB dos
EUA é a transferência de rendas (adiante veremos o Balanço de Paga-
mentos de um país), por meio da qual os países onde se localizam as
filiais remetem o lucro por elas auferido aos países das matrizes das
corporações multinacionais. Em outras palavras, o crescimento de pa-
íses como EUA e Alemanha é totalmente dependente de suas relações
com o exterior, e não mais de produção local.
147
parte Teórica
preste a alguém no presente. Se a pessoa não tem como investir o seu
dinheiro e multiplicar seu capital, ela terá de aceitar um juro menor
para abrir mão desse capital no presente.
A alta taxa de juros relativa no Brasil não tem suporte em falta de esto-
índice
148
parte Teórica
demanda (incluindo maus hábitos de consumidores e governantes).
{{Forças de alta
Apesar do que já falamos até agora, lembramos que existem outras
forças atuantes em sentido contrário ao acima mencionado.
{{Oscilações
149
parte Teórica
curva, e não, em seus fundos.
{{Aumento de risco
Logo, temos que analisar a tendência do risco Brasil, pois esse também
influenciará a remuneração dos juros reais.
150
parte Teórica
o próprio PIB cair, como ocorreu na Grécia, isso também eleva o risco,
já que a receita dos governos é um percentual do PIB.
Esse risco aos títulos pré-fixados também pode ser expresso em ter-
mos de inflação possível acima da imaginável agora.
e os países com dívida externa (há também, claro, países credores in-
ternacionais, como a China): o fato de o país deter, ou não, o controle
Cahio Eiras - cahioseabra@live.com - cpf: 073.097.416-25
151
parte Teórica
sobre a emissão da moeda em que está expressa sua dívida.
Assim, nações como Grécia, Espanha, Itália, Portugal, têm dívida exter-
na e correm risco de default, pois podem não ser capazes de angariar
Euros suficientes para o pagamento de suas obrigações.
Por outro lado, países como EUA e Brasil têm débitos em moeda lo-
cal, podendo ordenar a impressão de moeda para pagar a dívida, de
maneira que o risco de calote é praticamente zero (no caso dos EUA,
como o teto da dívida tem que ser aprovado pelo Congresso, há um
certo risco político de moratória).
Por isso a celeuma de calote pelos EUA não tem fundo financeiro, é
questão meramente política (só darão o calote se quiserem). Os EUA
tem aumentado a quantidade de moeda em circulação, imprimindo
novos dólares para pagar suas dívidas e levando uma enxurrada de
dinheiro barato com o QE3 (Quantitative Easing 3) ao redor do mundo.
índice
152
parte Teórica
A impressão de moeda, todavia, tem seu efeito colateral, a saber, a
inflação (pois o produto, medido pela quantidade de bens e serviços
produzidos pelo país, é o mesmo, mas passa a ser adquirido por um
mercado com maior quantidade de moeda em circulação, o que ape-
nas fará os preços se equilibrarem para um patamar superior).
153
parte Teórica
Exemplificando:
Não vemos, todavia, o risco como algo ruim. Pelo contrário, o objetivo
deste curso é justamente preparar o investidor para detectar movi-
mentos esperados no curto/médio prazo na curva de juros de maneira
a obter retornos no longo prazo muito superiores.
Porém, se tal país existisse com fronteiras abertas, toda essa inutilida-
de teria valores expressos em moeda intercambiável.
156
parte Teórica
alegria de fazer bolhas de sabão e, por todo o lado, as pessoas saiam
lançando suas borbolhas ao ar. E mais, para aprender a fazer a bolha
perfeita, os demais países do mundo pagam consultorias milionárias
aos experts do país inventor da moda, além de pagar mais caro pelo
sabão vindo daquele país, por suas qualidades excepcionais na produ-
ção de bolha.
157
parte Teórica
do.
159
parte Teórica
Recentemente foram integrados à economia capitalista mundial os
países do leste europeu, Rússia e China.
Cahio Eiras - cahioseabra@live.com - cpf: 073.097.416-25 No caso interno brasileiro, ainda se poderá buscar a integração das
160
parte Teórica
populações amazônicas (quanto aos grandes bolsões de miséria do sul
e sudeste, isso não ocorre na mesma proporção), buscando-se manter
a taxa de crescimento (e, por conseguinte, a taxa de juros).
161
parte Teórica
contratadas faxineiras e costureiras.
regiões.
162
parte Teórica
mercado de juros, fica a dica àqueles que têm interesse de investimen-
to em imóveis: investir em imóveis de menor valor e em locais mais
remotos é investimento mais seguro que nos grandes centros.
163
parte Teórica
Dinâmica no curto
e médio prazo Na primeira parte do curso, abordamos os grandes fatores que in-
fluenciam as taxas de juros. Começamos pela grande tendência econô-
mica de longo prazo, seguida pelas outras fortes tendências contrárias.
164
parte Teórica
cado de determinado bem.
{{Contas Nacionais
A contabilidade nacional analisa volumes agregados da economia
(agregado significa a soma geral, de todos os setores) e gira em torno
de conceitos básicos, a saber: produto, consumo, renda, poupança, in-
vestimento, absorção e despesa. As relações e os conceitos aqui apre-
índice
165
parte Teórica
PRODUTO é a soma de tudo que é produzido (bens e serviços) no país
em um determinado tempo.
166
parte Teórica
mentos).
Seus créditos:
Seus débitos:
índice
167
parte Teórica
Seremos bastante sintéticos nesse tópico. Caso o investidor tenha
interesse de se aprofundar no tema, pode buscar bibliografia sobre
o tema “Macroeconomia” (citaremos alguma ao final) ou fazer uma
busca sobre Contas Nacionais na internet. É um tema importantíssimo
para a compreensão mais abrangente da situação econômica do país.
{ POUPANÇA = INVESTIMENTO }
O PIB pode ser medido de três maneiras diferentes, mas com mesmo
resultado: sob a ótica do produto, da renda ou da despesa.
169
parte Teórica
ções entre as diversas variáveis, estimando como alterações pontuais
causam impacto nos demais agrega-
350000
dos.
300000 PIB
Os agentes capazes de alterar os
250000 Consumo das Famílias
agregados são as famílias e as em-
200000
Consumo da APU presas (em seu conjunto), o governo
150000 isoladamente, e os clientes e forne-
Formação Bruta de Capital
100000 Fixo cedores estrangeiros.
Exportação
50
50000
PIB
40
Importação
0
Consumo das Famílias
1996.IV
1997.IV
1998.IV
1999.IV
2000.IV
2001.IV
2002.IV
2003.IV
2004.IV
2005.IV
2006.IV
2007.IV
2008.IV
2009.IV
2010.IV
2011.IV
2012.IV
30
Consumo da APU
20
(Acima) Gráfico Contas nacionais a
10 Formação Bruta de
valores de 1995 (retirada a inflação). Capital Fixo
0 Exportação
índice
2007.I
2007.III
2008.I
2008.III
2009.I
2009.III
2010.I
2010.III
2011.I
2011.III
2012.I
2012.III
2013.I
-10 Importação
(Direita) Gráfico Variação de volume %
-20
Cahio Eiras em relação
- cahioseabra@live.com ao073.097.416-25
- cpf: trimestre do ano anterior
170
parte Teórica
{{Balanço de Pagamentos
O balanço de pagamentos aponta as relações do país com o exterior.
É formado por:
1 - Transações correntes
2.3 - DERIVATIVOS
índice
171
parte Teórica
3 - ERROS E OMISSÕES
CÁLCULOS:
Cahio Eiras - cahioseabra@live.com - cpf: 073.097.416-25 BALANÇO DE TRANSAÇÕES CORRENTES = { 1.1+1.2+1.3 } = SOMA DOS
172
parte Teórica
ANTERIORES, SE POSITIVO, O PAÍS VENDEU MAIS DO QUE COMPROU
2.3 - DERIVATIVOS
{ATIVOS X PASSIVOS}
3 - ERROS E OMISSÕES
173
parte Teórica
5 - BALANÇO CAPITAIS COMPENSATÓRIOS
174
parte Teórica
(5),
mercial, que era muito positiva e com resultado crescente até 2006,
inverteu de sinal e tem decaído desde então, demonstrando uma pos-
Cahio Eiras - cahioseabra@live.com - cpf: 073.097.416-25
175
parte Teórica
sível sobrevalorização do câmbio brasileiro.
*_I
*_I
*_I
*_I
*_I
*_I
_I
_I
_I
_I
_I
_I
_I
01
02
03
04
05
06
07
08
09
10
11
12
-10000 13
20
20
20
20
20
20
20
20
20
20
20
20
20
20
176
parte Teórica
{{Políticas fiscal, monetária e modelo IS/LM
Agora veremos a importância das Contas Nacionais e outros conceitos
para a compreensão dos movimentos da taxa de juros.
177
parte Teórica
as correções. De maneira que os governos se utilizam de políticas fis-
cais e políticas monetárias para tentar aproximar o PIB real do poten-
cial e manter o nível de atividade econômica em constante aumento
(ou com arrefecimentos mais suaves nos períodos de ajuste).
178
parte Teórica
{{Curva IS
tário).
Diz-se que esse tipo de política “desloca” a curva IS para a direita (repa-
Cahio Eiras - cahioseabra@live.com - cpf: 073.097.416-25
179
parte Teórica
re que, portanto, a nova taxa de juros de equilíbrio será em um ponto
mais alto tanto de juros, quanto de Produto).
→→ Redução de tributos;
http://www.youtube.com/watch?v=MPgmK3FN3nE
180
parte Teórica
Taxa de Juros
5
2 IS´
1
IS
0
índice
. . _ Produto
Demanda Agregada
181
parte Teórica
{{Mercado monetário e curva LM
→→ Por precaução;
182
parte Teórica
financeiro está “criando” ou “destruindo” moeda quando a recolhe do
mercado, ou a injeta em circulação.
POLÍTICA MONETÁRIA
184
parte Teórica
título);
→→ Operações de câmbio;
5
LM’
Taxa de Juros
4
LM
1
índice
IS
0
Cahio Eiras - cahioseabra@live.com - cpf: 073.097.416-25 . Demanda Agregada
. _ Produto
185
parte Teórica
No gráfico vemos uma política monetária de aumento de juros, o que
leva a um Produto menor e pode aliviar pressões inflacionárias caso
haja inflação de excesso de demanda.
ANÁLISE DO FIM DE 2013, CASO VOCÊ LEIA ESSE MATERIAL APÓS ESSE
PERÍODO, TOMAR APENAS COMO “ANÁLISE HISTÓRICA”:
188
parte Teórica
mercado, que ainda não tinha dados suficientes (como o governo) para
saber que esse desaquecimento estava em curso. Além disso, o Bacen
aumentou o número de meses para concessão de financiamentos pe-
los bancos a consumidores.
Por razões que ele próprio deixou de monitorar, o governo viu-se dian-
te de diversos dilemas.
Cahio Eiras - cahioseabra@live.com - cpf: 073.097.416-25
189
parte Teórica
O aumento real e inflacionário do custo da mão-de-obra tem levado
a queda nas exportações (perda da competitividade por aumento de
custo) e um aumento das importações (devido ao maior poder de com-
pra dos brasileiros no exterior).
191
parte Teórica
consistentes para prever no médio prazo o movimento das taxas de ju-
ros. Os resultados do 3TRI devem mostrar se há, ou não, uma reversão
do quadro ruim para um quadro de melhora temporária.
Isso não significa que não seja possível operar juros no curto prazo,
mas aumenta consideravelmente o risco. Dessa maneira, é aconselhá-
vel, até pelo menos o resultado do PIB 3TRI de 2013 a manutenção, a
par dos títulos do tesouro, de títulos de dívida privada (como LCI, CDB,
etc.) que, por não estarem sujeitos a especulação, não correm o risco
de rápida desvalorização.
193
parte Teórica
menos que haja ganhos de produtividade), uma vez que o trabalhador
com mais moeda gastará mais dinheiro, mas para comprar os mes-
mos produtos, já que o aumento na oferta de produtos não consegue
acompanhar o ritmo.
Essa pressão inflacionária causada pelo pleno emprego pode ser redu-
zida tanto mediante política fiscal (redução de gastos ou investimentos
públicos, redução das desonerações tributárias), quanto por política
monetária (aumento na taxa básica de juros, aumento do depósito
compulsório dos bancos, estabelecimento de limites mais curtos para
índice
os prazos de financiamentos).
12
Desemprego
10
4
índice
0
/02
/02
/03
/04
/04
/05
/05
/06
/06
/07
/08
/08
/09
/09
/10
/11
/11
/12
/12
/13
ta
Da
04
11
06
01
08
03
10
05
12
07
02
09
04
11
06
01
08
03
10
05
Cahio Eiras - cahioseabra@live.com - cpf: 073.097.416-25
196
parte Teórica
{{Tábua de variáveis e movimentos
197
parte Teórica
Determinantes da demanda por moeda
Aumento em Faz demanda por moeda Motivo
Nível de preço Aumentar proporcional- Dobrar nível de preço duplica necessidade de dinheiro para
mente transações
Renda Aumentar menos que Mais renda, maior necessidade de liquidez para transações
proporcionalmente
Taxa de juros Cair Aplicações mais atrativas fazem M1 (moeda em circulação) cair
Inflação esperada Cair As pessoas não querem manter M1 em mãos
Risco de investi- Aumentar Função especulativa da moeda toma papel principal nessa situa-
mentos ção
Liquidez de ativos Cair Moeda fica menos atraente se aplicações podem ser resgatadas
alternativos de imediato
199
parte Teórica
Livros sobre
Macroeconomia
200