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Novo Acordo Ortográfico

O Novo Acordo deve ser tratado como uma reforma, não como uma revo-
lução na língua. A história da ortografia da nossa língua é interessante e,
ao mesmo tempo, instigante. Entre os séculos XII e XVI, uma palavra como
igreja, podia ser escrita de 10 maneiras diferentes: ygreja, eygrya, eygleya,
eigreiaa, eygreia, eygleiga, igleja, igreia, ygryga e igreja. As pessoas grafa-
vam conforme percebiam o som, ou seja, cada um escrevia de uma forma.

A famosa Carta de Caminha, escrita por Pero Vaz de Caminha para infor-
mar ao Rei de Portugal sobre a terra que os conquistadores haviam “des-
coberto”, traz essas marcas de escrita. Em seu primeiro parágrafo podemos
ler: “Datada deste porto seguro davosa jlha da vera cruz oje sesta feira pri-
meiro de mayo de 1500...”.

Os compêndios de gramática nos ensinam que, até o século XVI, a grafia


das palavras do português foi fonética, isto é, escrevia-se como se falava ou
como se entendia. Assim, encontros consonantais como: ch (com valor de
k), ph, rh, th passaram a ser constantes em nossas palavras, como é o caso
de pharmacia ou typographia.

Porém, a língua é viva, é dinâmica e mudanças ocorreram, também, em re-


lação à ortografia. Assim, uma grande reforma aconteceu com o foneticista
português Gonçalves Vieira, em 1904, aprovada no Brasil em 1915.

Mas, outras reformas surgiram posteriormente. Em 1943 aconteceu o


Acordo Ortográfico Luso-Brasileiro (com algumas alterações nas regras de
acentuação); em 1971 aconteceram pequenas mudanças, também, em re-
lação aos acentos (lei nº5761) e, finalmente, com mudanças na acentuação,
no alfabeto e no uso do hífen, o Novo Acordo Ortográfico foi assinado em
1990 entre os países da Comunidade Lusófona (Brasil, Portugal, Angola,
Guiné-Bissau, Timor Leste, Moçambique, Cabo Verde, São Tomé e Príncipe
e Guiné Equatorial), ou seja, aqueles que têm a língua portuguesa como
língua oficial (primeira língua), tendo como principal objetivo instituir uma
ortografia unificada para a língua portuguesa. No Brasil, o acordo passou a
ter validade e ser de uso obrigatório e definitivo a partir de 1º de janeiro de
2016, embora sua implementação tenha ocorrido em 2012.

Ao compararmos as mudanças propostas com as reformas ortográficas an-


teriores, vemos que, no Brasil, apenas 0,5% das palavras sofreram mudan-
ças, enquanto em outros países a mudança chega a mais de 1,5%.

Não se pode afirmar que o acordo é uma reforma completa, pelo contrário,
ele apresenta naturalmente imperfeições, mas o que vemos de positivo é a
tentativa de unificar o sistema ortográfico da língua portuguesa, como um
atestado de consciência política da língua e de maturidade na defesa e na
expansão do nosso idioma.

Assim, conhecer e saber usar o novo acordo ortográfico, bem como as ou-
tras normas e regras da língua portuguesa, é importante para nossa postu-
ra nas esferas profissional e acadêmica e denota domínio da norma urbana
de prestígio.

Alfabeto
O alfabeto passa a ter 26 letras. Foram reintroduzidas as letras k, w e y, e
passa a ser:

ABCDEFGHIJKLMNOPQRSTUVWXYZ

As letras k, w e y que, na verdade, não tinham desaparecido da maioria


dos dicionários da nossa Língua, são usadas em várias situações:

• Na abreviatura de símbolos, siglas e palavras adotadas como


unidades de medida internacionais.

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• Na forma escrita de palavras e nomes estrangeiros (e seus
derivados).

Exemplos: William, Playground, Shakespeare.

Acentuação
Trema
Não se utiliza mais o trema (¨), sinal gráfico que era colocado sobre a letra u
para indicar que ela devia ser pronunciada, nos grupos, gue, gui, que, qui,
em palavras portuguesas ou aportuguesadas.

Exemplo:

• Como era: agüentar;

• Como é: aguentar.

O trema, em seu uso na Língua Portuguesa, servia, apenas, como indica-


ção da pronúncia da vogal “u”. Em palavras estrangeiras, entretanto, possui
uma notação diferente. O “ü” apresenta uma fonetização peculiar, colocan-
do-se como um meio-termo entre o “u” e o “i”.

Atenção:

O trema permanece apenas nas palavras estrangeiras e em suas


formas derivadas.

Exemplos: Führer, Hübner, hübneriano, Müller, mülleriano, Bündchen.

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Mudanças nas Regras da Acentuação
1. Não se usa mais o acento nos ditongos abertos éi e ói das
palavras paroxítonas (palavras que têm acento tônico na penúl-
tima sílaba).

Exemplo:

• Como era: asteróide / Como é: asteroide;

• Como era: idéia / Como é: ideia.

Deve-se observar, entretanto, que, se há a necessidade da acentua-


ção da palavra, por outra regra que a justifique, deve-se fazê-lo.

Exemplos:

• destróier, Méier e contêiner (paroxítonas terminadas em “r”),


aracnóideo (paroxítona terminada em ditongo crescente).

Atenção:

Essa regra é válida somente para palavras paroxítonas. Assim, conti-


nuam a ser acentuadas as palavras oxítonas terminadas em éis, éu, éus,
ói, óis.

Exemplos: papéis, herói, troféu.

2. Nas palavras paroxítonas, não se usa mais o acento no i e no


u tônicos, quando vierem depois de um ditongo.

Exemplo:

• Como era: Baiúca / Como é: Baiuca.

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Atenção:

Se a palavra for oxítona e o I ou o U estiverem em posição final (ou se-


guidos de s), o acento permanece.

Exemplos: tuiuiú, tuiuiús, Piauí.

3. Permanecem os acentos que diferenciam o singular do plural


dos verbos ter e vir, assim como de seus derivados (manter,
deter, reter, conter, convir, intervir, advir etc.).

Exemplos:

• Ele tem dois carros. / Eles têm dois carros.

• Ele mantém a palavra. / Eles mantêm a palavra.

4. Palavras homógrafas de certas palavras gramaticais deixam de


ter acento.

Exemplos:

• Como era: Ela côa o leite. / Como ficou: Ela coa o leite.

• Como era: O pêlo ficou encravado. / Como ficou: O pelo


ficou encravado.

Ditongos Abertos
Regra de Acentuação para os Ditongos Abertos: Acentuam-se os ditongos
abertos ÉI, ÉU, ÓI, seguidos ou não de S.

• Exemplos: céu, méis, Góis, coronéis, troféu(s), herói(s), Méier,


destróier, aracnóideo...

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Cuidado!

Segundo a nova ortografia, nas palavras paroxítonas com ditongos


abertos, não há acento gráfico: ideia, Coreia, estreia, jiboia, paranoia, se-
quoia...; as únicas exceções são: Méier e destróier, pois seguem a regra
das paroxítonas terminadas em -r.

A-rac-nói-de-o é palavra proparoxítona.

Nunca é demais dizer que a pronúncia das palavras não mudou, só a


grafia. Logo, palavras como ideia, heroico etc., mesmo sem acento, con-
tinuam com timbre aberto.

Só de curiosidade: a abreviação de Leonardo (Leo) não recebe acento


agudo, porém o que mais vemos é o acento (Léo), não é mesmo? O fato
é que nenhuma regra justifica o acento agudo nesta abreviação. O certo
é Leo. Ponto.

Regra de Acentuação para Paroxítonas


Acentuam-se as terminadas em ditongo crescente ou decrescente (segui-
do ou não de s), -ão(s) e -ã(s), tritongo e qualquer outra terminação (l, n, um,
r, ns, x, i, is, us, ps), exceto as terminadas em -a(s), -e(s), -o(s), -em(-ens).

• Exemplo: história, cáries, jóquei(s); órgão(s), órfã, ímãs;


águam, enxáguem; fácil, glúten, fórum, caráter, prótons, tórax,
júri, lápis, vírus, fórceps.

Cuidado!

A palavra hífen é acentuada por ser paroxítona terminada em -n. Já hi-


fens não é acentuada por terminar em -ens. É bom dizer que palavras
terminadas em -n têm dois tipos de plural (com -s ou -es), podendo,
então, ser pluralizadas como proparoxítonas: hífenes, pólenes,
abdômenes... Estas formas (hífen/hifens/hífenes), assim como outras
terminadas em -em ou -n, devem estar no seu sangue, hein!

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Verbos paroxítonos terminados em ditongo -am também não são acen-
tuados: cantam, mexam...

Não se acentuam prefixos paroxítonos terminados em -r ou -i, exceto


quando substantivados: hiper- (o híper), mini- (a míni).

Como vimos no capítulo de Fonologia, palavras paroxítonas termina-


das em ditongo crescente podem ser analisadas como proparoxítonas
eventuais, relativas ou acidentais. Isso já foi questão de concurso em
2012 (veja depois nas questões comentadas deste capítulo). Portanto,
palavras como paciência, miséria, colégio, série, que normalmente são
interpretadas como paroxítonas terminadas em ditongo crescente,
podem ser tomadas como proparoxítonas. Logo, se cair na prova uma
questão dizendo que tais palavras são acentuadas por serem paroxí-
tonas terminadas em ditongo crescente ou por serem proparoxítonas
(eventuais, relativas ou acidentais), não titubeie, pois está correto! En-
tretanto, a banca Cespe/UnB (STM – Técnico Judiciário – 2011) foi mais
taxativa ao dizer que “aeroportuários” (paroxítona ou proparoxítona
acidental) não segue a mesma regra de acentuação de “meteorológica”
(proparoxítona). É bom saber como as bancas pensam!

Regra de Acentuação para Oxítonas


Acentuam-se as terminadas em -a(s), -e(s), -o(s), -em(-ens).

• Exemplo: sofá(s), axé(s)*, bongô(s), vintém(éns)...

• Reitero: Quando se vai acentuar um verbo oxítono, ignoram-


-se os pronomes oblíquos átonos ligados a ele.

• Exemplo: comprá-las, revê-lo, mantém-no... (oxítonas termi-


nadas, respectivamente, em -a, -e e -em).

* Cuidado com “axe”, pronuncia-se “akse”, que significa “ferida” ou “eixo”.

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Regra de Acentuação para os Hiatos EEM e OO
Não se acentuam mais os hiatos O-O e E-EM (nos verbos crer, dar, ler, ver
e derivados).

• Exemplo: en-jo-o, vo-o, cre-em, des-cre-em, de-em, re-le-em,


ve-em, pre-ve-em...

Regra de Acentuação para os Hiatos Tônicos (I e U)


Acentuam-se com acento agudo as vogais I e U tônicas (segunda vogal do
hiato!), isoladas ou seguidas de S na mesma sílaba, quando formam hiatos.

• Exemplo: sa-ú-de, sa-í-da, ba-la-ús-tre, fa-ís-ca, ba-ú(s), a-ça-í(s)...

Cuidado!

As palavras raiz e juiz, erradamente acentuadas por muitos, não têm acen-
to, porque o I no hiato tônico vem seguido de Z, e não de S: ra-iz e ju-iz.

Os hiatos em I seguidos de NH na sílaba seguinte não deverão ser acen-


tuados: ra-inha, ta-bu-i-nha, la-da-i-nha, cam-pa-i-nha...

Quando há hiato I-I e U-U, não se pode acentuar (salvo os proparoxíto-


nos): xi-i-ta, vadi- i-ce, su-cu-u-ba... (i-í-di-che, ne-ces-sa-ri-ís-si-mo, du-
-ún-vi-ro...)

Depois de ditongos decrescentes, nas palavras oxítonas, o I e o U são


acentuados normalmente: Pi-au-í, tui-ui-ú(s)...

Segundo a nova ortografia, nas palavras paroxítonas, o I e o U não re-


cebem acento depois de ditongo decrescente: feiura, bocaiuva, baiuca,
Sauipe... Todavia, se o ditongo for crescente, o acento é usado: Guaíra,
Guaíba, suaíli...(alguns dicionários separam suaíli assim: su-a-í-li).

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Em verbos seguidos de pronomes oblíquos átonos, a regra dos hiatos
continua valendo (ignore os pronomes e siga a regra): atribuí-lo (a-tri-
-bu-Í), distribuí-lo (dis-tribu-Í)...

Hífen
Segundo elemento iniciado por h:
usa-se hífen nas formações
• Exemplos:

- ante-histórico; mini-hotel; super-homem.

Prefixo terminado em vogal


Sem hífen diante de vogal diferente.

• Exemplos:

- autoescola, antiaéreo.

Sem hífen diante de consoante diferente de r e s.

• Exemplos:

- anteprojeto, semicírculo.

Sem hífen diante de r e s; dobram-se essas letras.

• Exemplos:

- antirracismo, antissocial, ultrassom.

Com hífen diante de mesma vogal.

• Exemplos:

- contra-ataque, micro-ondas.

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Prefixo terminado em consoante
Com hífen diante de mesma consoante.

• Exemplos:

- inter-regional, sub-bibliotecário.

Sem hífen diante de consoante diferente.

• Exemplos:

- intermunicipal, supersônico.

Sem hífen diante de vogal.

• Exemplos:

- interestadual, superinteressante.

Observações:
Com o prefixo sub, usa-se o hífen também diante de palavra iniciada por r.

• Exemplos:

- sub-região, sub-raça etc. Palavras iniciadas por h perdem essa


letra e se juntam, sem hífen: subumano, subumanidade;

Com os prefixos circum e pan, usa-se o hífen diante de palavra iniciada por
m, n e vogal.

• Exemplos:

- circum-navegação, pan-americano;

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Os prefixos co e re aglutinam-se com o segundo elemento, mesmo quan-
do este se inicia pela mesma vogal.

• Exemplos:

- coobrigação, coordenar, cooperar, reeleger, reeditar etc.

Com o prefixo vice, usa-se sempre o hífen.

• Exemplos:

- vice-rei, vice-almirante;

Não se deve usar o hífen em certas palavras que perderam a noção de


composição.

• Exemplos:

- girassol, madressilva, mandachuva, pontapé, paraquedas,


paraquedista;

Com os prefixos ex, sem, além, aquém, recém,

pós, pré, pró, usa-se sempre o hífen.

• Exemplos:

- ex-aluno, sem-terra, além-mar, aquém-mar, recém-casado, pós-


-graduação, pré-vestibular, pró-europeu.

Se o segundo elemento inicia por h, ele é suprimido.

• Exemplos:

- coerdeiro, reabitar;

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Uso em palavras compostas
Como já dito, o hífen (-) é um sinal gráfico usado normalmente para:

• unir elementos de palavras compostas e unir prefixos (ou fal-


sos prefixos) a radicais (bem-te-vi e sub-humano);

• ligar verbos a pronomes (dir-me-ás);

• separar sílabas de palavras (ca-sa-men-to).

Usa-se o hífen nas seguintes situações


• Nas palavras compostas em que os elementos da composição
têm acentuação tônica própria e formam uma unidade signifi-
cativa, sem elementos de ligação: arco-íris, segunda-feira, me-
saredonda, guarda-costas, beija-flor, bem-te-vi, zum-zum-zum,
reco-reco...

• Com a partícula denotativa de designação eis seguida de


pronome pessoal átono: eis-me, eis-vos, eis-nos, ei-lo (com a
queda do s)...

• Nos adjetivos compostos: surdo-mudo, nova-iorquino, verde-


-amarelo...Vale ressaltar que o hífen é obrigatório quando se
unem dois vocábulos gentílicos ou pátrios: indo-europeu, lu-
so-brasileiro, sino-americano, euro-asiático...

• Na união de prefixos (ante, anti, arqui, auto, circum, contra,


entre, extra, hiper, infra, inter, intra, semi, sobre, sub, super,
supra, ultra…) e falsos prefixos (aero, foto, macro, maxi, micro,
mini, neo, pan, proto, pseudo, retro, tele…): auto-hipnose, mi-
cro-ônibus e pan-negritude, por exemplo.

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Basicamente, são suas as regras (chamadas regras geral!) para emprego
do hífen com prefixos:

• Por via de regra, quando o segundo elemento iniciar por H: pré-


-história, super-homem, malhumorado, mega-homenagem...

• Quando as letras no fim do prefixo e no início da palavra fo-


rem iguais: anti-inflamatório (antes era sem hífen), micro-on-
das (antes era sem hífen), hiper-realismo, sub-bairro...

Reitero que qualquer prefixo (ou falso prefixo) que, porventura, não for
mencionado segue a regra geral.

Cuidado!

Não se usa o hífen em certas palavras que perderam a noção de com-


posição: girassol, madressilva, mandachuva, pontapé, paraquedas (e
derivados).

Não se usa o hífen em vocábulos com elementos de ligação: azeite de den-


dê, lua de mel, água de coco, mula sem cabeça, pé de mesa, calcanhar de
Aquiles, pé de vento, cor de burro quando foge, café com leite, pão de ló,
pão de milho, pé de moleque, dia a dia, corpo a corpo, ponto e vírgula, fim
de semana, cabeça de bagre, bicho de sete cabeças, leva e traz...

Exceções:

água-de-colônia, arco-da-velha, cor-de-rosa, mais-que-perfeito, ao deus-


-dará, à queimaroupa, pé-de-meia, pé-d’água, pau-d’alho, gota-d’água,
cola-de-sapateiro, pão-de-leite.

Além desses, há os vocábulos que designam espécies botânicas ou ani-


mais: andorinha-daserra,

lebre-da-patagônia, dente-de-leão, olho-de-boi, pimenta-do-reino, cra-


vo-da-índia, bicode-papagio... Cuidado com cão de guarda (sem hífen)!

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Palavras derivadas por prefixação
A letra H não representa som algum, por isso é considerada consoante
muda. É considerada uma letra etimológica, pois vem do latim (e do grego),
em que era expirada, como em Tom Hanks. Vejamos algumas regrinhas:

• No início de certas palavras de origem latina, grega ou ingle-


sa: hábil, hábito, habitar, heavy-metal, headfone, hebraico,
hecatombe, hiato, hipótese, homérico, hipotaxe, hidrofobia,
hora, hérnia...

• Como letra diacrítica nos dígrafos CH, LH, NH: chave, olhar,
sonho...

• No fim de certas interjeições: ah!, eh!, ih!, oh!, uh!, hein!...

• Após hífen nas palavras derivadas por prefixação ou nas com-


postas por justaposição: sobrehumano, super-homem, anti-hi-
giênico, pré-histórico, pan-hispânico, giga-hertz, neo-hebrai-
co, pseudo-hermafrodita, mini-hotel, arqui-hipérbole...

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