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Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo

MANUAL DE INSTRUÇÃO PARA IMPLANTAÇÃO,


GESTÃO E MUDANÇAS DE HÁBITOS, NO PROGRAMA DE
REDUÇÃO EM CONSUMO DE ÁGUA

MANUAL DO CONTROLADOR

SÃO PAULO | 2017

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Sumário

Introdução 04

A matéria-prima da Sabesp é a água. Apresentação 04


Água compreendida de maneira integral,
como elemento vital da sociedade e da biodiversidade, Plano de Auditoria 08
e recurso de valor econômico para o desenvolvimento,
além de seus valores culturais e espirituais. Plano de Intervenção 28

Manual de pesquisa de vazamento 31

Instruções para instalações de


equipamentos hidrossanitários 43

Manutenção e monitoramento
dos equipamentos e materiais
constituintes do sistema hidrossanitário 51

Informações Complementares I
Manutenção de Piscina 64
CATALOGAÇÃO NA PUBLICAÇÃO
BIBLIOTECA SABESP Informações Complementares II
Manual de instruções para implantação, gestão e mudanças de hábitos, no
Check-list 67
programa de redução em consumo de água : manual do controlador / Sonia
Maria Nogueira e Francisca Adalgisa da SIlva ... [et al.]. -- São Paulo : Cobrape: BBL, Vitalux,
Gerentec, ETEP, RESTOR, Informações Complementares III
2014.
88 p.
Especificações técnicas dos
“ PURA Programa de Uso Racional da Água” equipamentos e componentes economizadores 69
1. Consumo de água 2. Uso racional 3. Água I. Nogueira, Sonia Maria e Silva, Francisca Adalgisa

CDU 628.171
Informações Complementares IV
Área especial de grande consumo
ou de desperdício 72

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1
ração e Desenvolvimento Econômico) diz que a demanda mundial de água aumentará em 55% até
2050.

Apresentação

Devido à escassez da água, há mais de uma dé-


cada, a Sabesp vem realizando um amplo tra-
Introdução

Fonte: ONU,2011
balho com a implementação de medidas tecno-
lógicas que visam a redução do consumo, bem
Cenário da água no mundo
O Planeta Terra abriga um complexo sistema de
como, outras ações que enfocam a mudança
organismos vivos no qual água é elemento funda-
comportamental da população ao informar sobre
mental e insubstituível. Sem água não existe vida.
a importância da gestão dos recursos hídricos Pelo menos 2 milhões de pessoas, principalmente
Ela é responsável pelo equilíbrio da “comunida- crianças com menos de 5 anos de idade, morrem por
e sobre o ciclo do saneamento. A compreensão ano no mundo devido a doenças causadas pela água
de vida”, da qual nós, seres humanos, fazemos
desses conceitos é de fundamental importância contaminada.
parte. A água é também insumo indispensável à
para ações de proteção e preservação desse Águas subterrâneas
produção e recurso estratégico para o desenvol-
bem precioso considerado mundialmente como As águas subterrâneas correspondem à água que infiltra no subsolo, preenchendo os espaços forma-
vimento econômico. Todas as atividades huma-
um bem escasso e finito. dos entre os grânulos minerais e fissuras das rochas. Essas águas tendem a migrar continuamente,
nas dependem da água. Navegação, turismo, in-
dústria, agricultura e geração de energia elétrica abastecendo nascentes, leitos de rios, lagos e oceanos. O Brasil possui grandes reservas subterrâ-
Este manual foi elaborado com o objetivo de levar neas da ordem de 112 mil km³. Estima-se que 51% do suprimento de água potável do Brasil sejam
são alguns exemplos de seu uso econômico.
informações sobre o funcionamento do sistema originários dos recursos hídricos subterrâneos.
O acesso à água é um direito humano fundamen-
hidrossanitários. Contém a descrição de ativida-
tal. Toda pessoa deve ter água potável em quanti-
des que podem ser desenvolvidas, a periodici-
dade suficiente, com custo acessível e fisicamen-
dade das mesmas e as recomendações a serem
te disponível, para usos pessoais e domésticos, maior reserva-
adotadas em situações de falha dos equipamen- , considerado o
ra ni
conforme previsto na Constituição Brasileira (arti- O Aquíf ero G ua Américas e um
tos, permitindo ao leitor uma melhor compreen- o de água doce das
go 225) e na Agenda 21. tório su bt er râ ne ado na Bacia
são sobre a manutenção e possibilitando o bom un do, está localiz
dos mai or es do m te da América
uso destes equipamentos.
A Organização das Nações Unidas (ONU, 2012) do Pa ra ná , no Centro-Les , Uru-
Sedimen ta r
ís es : Br asil, Argentina
aponta que atualmente cerca de 1 bilhão de pes- endo 4 pa
de Km², cerca
do Sul, abrang se us 1,2 milhão
. D e
soas no mundo não tem acesso a água em quan- guai e Pa ra gu ai em território
² (7 1% do total) estão
tidade e qualidade para consumo diário, sendo de 840 m il K m Minas Ge-
en do os estados de
brasileir o, en vo lv Sul, Goiás, São
que 250 milhões deste total vivem em condições
o G ro ss o, M ato Grosso do
rais, Mat e Rio.
de escassez crônica, e 2,5 bilhões não tem sane- tarina, Paraná
Paulo,Santa Ca
amento básico. As mudanças climáticas, a rápi-
da urbanização e o crescimento jamais registra-
do na demanda de alimentos estão ameaçando
Foto: National Geographic

o abastecimento de água no mundo. Segundo o


Descoberto oficialmente em 2010. O Aquífero Alter do Chão é uma reserva de água subterrânea locali-
Relatório de Desenvolvimento da Água Mundial zada sob os estados do Pará, Amapá e Amazonas. Abastece a totalidade de Santarém e quase a tota-
das Nações Unidas (2012), se os atuais padrões lidade de Manaus através de poços profundos. Dados iniciais revelam que sua área é de 437,5 mil km2
de consumo e degradação dos recursos hídricos com espessura média de 545 metros. Pesquisadores da Universidade Federal do Pará desenvolvem es-
se manterem, estima-se que 2025, dois terços da tudos que podem revelar que o aquífero pode ser maior que o calculado inicialmente, passando inclusi-
ve a ser maior que o Aquifero Guarani. Com 86 mil quilômetros cúbicos, o aquífero poderia ser suficiente
O fardo da sede no norte do Quênia pode população mundial terão dificuldades de acesso para abastecer em aproximadamente 100 vezes a população mundial. O Alter do Chão teoricamente
chegar até 7 dias de espera pela água. a água potável. Os autores do relatório estimam ocuparia uma pequena área em extensão mas um grande volume, reservando aproximadamente 85 mil
que haverá um aumento de 70% da demanda por km³ de água contra apenas 45 mil km³ do aquífero Guaraní.
Este manual pode ser utilizado como uma ferra-
alimentos no ano de 2050 - o que deve aumentar
menta de apoio para realizar as ações de audito- Os recursos hídricos subterrâneos brasileiros estão sujeitos a uma série de riscos, sendo dentre eles
em 19% o consumo de água para a agricultura.
ria, pesquisa de vazamentos, intervenções, ma- importante citar:
Hoje, 70% de água já está sendo usada para fins
nutenção e monitoramento. • A exploração excessiva, que pode provocar o esgotamento dos aquíferos;
agrícolas. A OCDE (Organização para a Coope-
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• A contaminação das águas subterrâneas por Programa de Uso Racional da água (PURA), que aspecto do custo/benefício, em especial no to-
efluentes sanitários e industriais, agrotóxicos, tem como objetivo atuar na demanda, incentivan- cante a compras de materiais e contratação de
fertilizantes, substâncias tóxicas provenientes de do o uso racional através de ações tecnológicas, serviços de utilidade pública e de fornecimento de
vazamentos como, por exemplo, tanques de com- medidas de conscientização e de sensibilização, passagens de transporte aéreo ou terrestre;
bustível. A gravidade da contaminação está dire- promovendo a mudança cultural da população II - implantação de gestão estratégica de supri-
tamente relacionada à toxicidade, persistência, quanto ao desperdício da água, visando enfrentar mentos;
quantidade e concentração das substâncias que a sua escassez, tendo como seu foco principal III - implantação do Plano Anual de Contratações
alcançam os mananciais subterrâneos. as bacias hidrográficas em condições criticas de Públicas, em conformidade com o artigo 4º da Lei
Para garantir a sustentabilidade, a utilização das disponibilidade hídrica, principalmente na bacia nº 13.122, de 7 de julho de 2008;
águas subterrâneas deve ter por base a capaci- hidrográfica do Alto Tietê, onde se localiza o mu- IV - treinamento e capacitação de servidores pú-
dade de recarga dos aquíferos, a disponibilidade nicípio de São Paulo. blicos para atuarem como agentes multiplicado-
original do reservatório, a manutenção da quali- é para consumo urbano,17% industrial e apenas res do modelo.
dade de suas águas e a democratização do aces- 4% e para irrigação. Já o PCJ disponibiliza 36% Ações dos Governos: Parágrafo único - As medidas de redução do gas-
so a esses recursos hídricos. de água para usos urbanos, 45% para indústria Como incentivo a essas práticas, o Governo do to público previstas neste decreto deverão ser
e 19% para irrigação, o que torna evidente que Estado de São Paulo, através do Decreto Esta- implementadas sem prejuízo da qualidade dos
Cenário da água no Brasil grande parte da demanda por água na RMSP é dual nº 45.805, de maio/2001, instituiu o Progra- serviços prestados à população.
O Brasil, apesar de possuir uma das maiores re- para usos urbanos (residências, entidades públi- ma Estadual de Uso Racional da Água Potável
servas de água doce do mundo, cerca de apro- cas como escolas, hospitais, áreas de lazer, e de- no âmbito dos órgãos da administração pública
ximadamente 12% da água doce superficial do mais equipamentos públicos) e industriais. direta, das autarquias, das fundações instituídas
planeta e, segundo dados da Agência Nacio- A Região Metropolitana de São Paulo (RMSP), ou mantidas pelo Poder Público e das empresas
nal de Águas (ANA), com uma vazão média de considerada a maior área urbana brasileira, com em cujo capital o Estado tenha participação ma-
35.000m³por habitante ano, 19 vezes acima do cerca de 20 milhões de habitantes, apresenta, joritária, bem como das demais entidades por Implantação do Programa de Uso Ra-
piso estabelecido pela ONU (1500m³/hab/ano) hoje um dos quadros mais críticos do país no que ele direta ou indiretamente controladas, orienta- cional da Água
não está isento de problemas de abastecimento, diz respeito à garantia de água em quantidade e do para obter a redução de 20% do consumo. O A implantação do Programa de Uso Racional da
pelo contrário, estes problemas já existem e es- qualidade para o abastecimento de sua popula- Decreto nº 48.138, publicado em outubro/2003, Água - PURA, requer o envolvimento de todas
tão aumentado a cada ano, principalmente nos ção. instituiu medidas de redução de consumo e racio- as pessoas que participam do processo, desde o
grandes centros urbanos, onde há uma intensa A causa está na má gestão do recurso ao longo nalização do uso de água no mesmo âmbito, con- diagnóstico a instalação de equipamentos e prin-
concentração humana em áreas que na grande de sua história, com destaque para a ocupação siderando a necessidade de sensibilizar, orientar cipalmente na gestão e manutenção, tornando
maioria das vezes, não possuem disponibilidade urbana desordenada das áreas de mananciais e reeducar os agentes públicos e privados, para mais eficiente os usos da água.
hídrica em quantidade suficiente para abasteci- mais próximas, como as bacias hidrográficas da que utilizem água de modo racional e eficiente, Uma edificação eficiente resulta do uso de melho-
mento, como é o caso da Região Metropolitana Billings e Guarapiranga, e das péssimas condi- designando a função do Gestor. res tecnologias e da conscientização do usuário.
de São Paulo. ções de conservação das áreas mais distantes, O município de São Paulo, com base na lei estadu- Nesse sentido, podemos citar desde medidas
Outros fatores contribuem para a redução da como as represas do Sistema Cantareira. (ISA, al, em 28 de junho de 2005 institui através da Lei simples, como não desperdiçar água sendo um
quantidade e da qualidade da água. Entre ele po- Instituto Sócio ambiental, 2011). Municipal 14.018/05 o Programa de Conservação consumidor consciente até outras modernas,
demos citar o desmatamento, a contaminação de Diante deste cenário é urgente a adoção de me- e Uso Racional e Reúso em edificações (regula- como o uso de torneiras que se fecham automa-
rios e córregos, a irrigação mal planejada, a super didas que possam assegurar à atual e às futuras mentado pelos Decretos 47.279, de maio/2006 e ticamente.
exploração, o crescimento vertiginoso da deman- gerações a necessária disponibilidade de água, o Decreto 47.731 de setembro/2006). A lei muni-
da, o desperdício a o lançamento de esgoto não- em padrões de qualidade e em quantidade ade- cipal também prevê a redução de 20% do consu-
-tratado. quadas ao consumo humano e aos seus demais mo. Adotar práticas sustentáveis
usos. A utilização da água dever ser racional e O Governo do Estado de São Paulo sancionou em nosso cotidiano é um
dos caminhos a serem per-
integrada, com vistas ao desenvolvimento de so- o Decreto 57.829/2012, que prevê a implantação
Cenário da água na Região Metropoli- ciedades sustentáveis, e a prevenção e a defesa
corridos para realizarmos,
ao menos, nosso dever de
do programa-PURA em todo território paulista e
tana de São Paulo contra eventos hidrológicos críticos, agravados casa. As simples dicas para
impõe a implantação do Programa de Melhoria um manejo menos impac-
Em dados gerais, no Brasil estima-seque 70% da pelas mudanças climáticas. tante de lâmpadas, equipa-
do Gasto Público - Desperdício Zero, que tem por
água disponível para abastecimento é utilizada mentos, papéis, alimentos,
objetivo aumentar a eficiência da atividade admi- resíduos, energia, água e
na agricultura, 25% para a indústria e apenas 5%
Medidas de solução para o cenário da nistrativa, preservando a qualidade da prestação afins são passos importan-
para o uso residencial. Esses números mudam de tes que contribuem para
acordo com região do país. Na Região Metropoli- água na Região Metropolitana de São de serviço e o aumento da capacidade de inves- uma sólida mudança pesso-
al, local e planetária.
Paulo timento em projetos voltados às políticas públicas
tana de São Paulo que é abastecida pelas Bacias Ser um cidadão consciente
Atenta a esta questão, a Companhia de Sanea- estaduais. O decreto determina: é a melhor prática para pre-
hidrográficas do Alto Tietê- AT e pela Piracicaba/ servação da casa, de nossa
mento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp) Artigo 1º- redução de despesas com custeio, en-
Capivari/ Jundiaí - PCJ, por exemplo, do total cidade e do nosso planeta.
desenvolveu entre outras ações, desde 1996, o volvendo o monitoramento de resultados sob o
de água disponível na Bacia do Alto Tietê 79%
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2
Diagnóstico
As atividades que devem ser feitas no levantamento são:
• Reunir informações documentais (projeto de arquitetura e planta hidráulica);
• Realizar cadastro ou croqui/planta esquemática das instalações hidráulicas;
Plano de Auditoria • Levantamento do sistema hidráulico predial;
• Levantamento dos sistemas hidráulicos especiais (ar condicionado, ar comprimido, vapor com cal-
deira, sistema de água quente, entre outros);
• Levantamento do perfil de consumo (dados que serão fornecidos pelo site Sabesp ou na conta);
• Detecção dos vazamentos visíveis e não-visíveis;
• Fornecimento de vapor para aquecimento ou • Levantamento da qualidade da água;
água de resfriamento; • Levantamento dos procedimentos dos usuários quanto ao uso da água.
• Paradas para manutenção e outras atividades
que podem estar diretamente associadas ao con- Ligação predial
sumo de água eventualmente podem não ser Começaremos entendendo cada parte do componente de uma instalação de água fria, mostrado no
identificadas quando da análise destes documen- desenho esquemático a seguir.
tos.
As informações obtidas neste primeiro levanta-
mento contribuem para que se possa analisar o
Índice de Consumo (IC), bem como verificar pos-
síveis desperdícios nas instalações e subsidiar
Para iniciar uma auditoria do consumo de água o corpo técnico e administrativo na escolha das
é necessário o conhecimento das características ações técnicas mais apropriadas e economica-
físicas e funcionais dos equipamentos hidrossani- mente viáveis para otimizar o uso da água, de-
tários, do sistema hidráulico e das atividades de- vendo-se, desta forma, manter um registro des-
senvolvidas com o uso da água nas edificações. tas oportunidades, com o objetivo de analisá-las Você sabe o que é
Portanto, é importante a realização de um levan- detalhadamente quando do desenvolvimento das uma ligação predial?
tamento e cadastro atualizado de todo sistema estratégias de gerenciamento. Vamos ao conceito
existente, por meio de um planejamento adequa- É importante reforçar que na implementação do
do. As informações obtidas neste primeiro levan- PURA deve ser garantido a saúde dos usuários e
tamento contribuem para que se possa analisar o perfeito desempenho dos sistemas envolvidos,
o consumo de água nas instituições, bem como sempre com foco na quantidade e na qualidade
verificar possíveis desperdícios nas instalações. necessária para a realização das atividades con-
O levantamento dos documentos disponíveis sumidoras, com o mínimo de desperdício.
pode ser uma das formas para obtenção dos da-
dos referentes ao consumo de água (qualidade e Fluxograma: Gestão do consumo
quantidade). Destaca-se a importância nesta fase O fluxograma servirá para ilustrar melhor os pas- Ligação predial: É um conjunto de dispositivos que interliga a canalização distribuidora da rua e a
de fatores como: sos que serão adotados no levantamento do ca- instalação predial de um edifício. É constituído pelo dispositivo de tomada de água na rede pública,
• Abrangência dos documentos; dastro. ramal predial e hidrômetro (medidor, popularmente chamado de relógio).
• Sua qualidade; O hidrômetro é um aparelho destinado a medir e indicar a quantidade de água fornecida pela rede
• Seu nível de detalhamento; distribuidora. Possui um mecanismo de relojoaria que registra em um mostrador os volumes escoa-
• Clareza na apresentação das informações dis- dos. Geralmente fica instalado no cavalete, estrutura de polietileno ou PVC.
poníveis;
• Conhecimento técnico e experiência das pesso-
as envolvidas na análise; Hidrômetro
• Normas e procedimentos seguidos pela unida- instalado no
de;
cavalete
• Legislação a ser atendida.
Em muitos casos, as informações disponíveis
referem-se, especificamente, aos processos prin- ENTRADA SAÍDA
cipais, não sendo detalhadas as operações consi- DA REDE DE PARA
deradas secundárias como, por exemplo: ÁGUA RESIDÊNCIA
08 09
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A água, ao passar pela câmara de medição, acio- Ambientes do uso da água Ambientes do uso da água
na a turbina interna do hidrômetro e este movi- A utilização da água é feita através dos pontos
mento de rotação aciona a relojoaria, registrando de consumo (torneiras das pias, lavatórios, va-
o consumo de água. sos sanitários, bebedouros, chuveiros, etc.). A
chegada de água nos pontos de consumo é feita
através de uma tubulação geral, denominada de
prumada ou coluna da água, que geralmente vem
da caixa d’água e depois é distribuída por ramais
internos para cada ambiente. (ver diagrama na
página seguinte)

Auditoria do uso da água

Indicador de volume de água Levantamento do perfil de consumo


consumida em m3
1 m3 = 1.000 litros de água
Quanto de água um servidor gasta por dia nas
suas atividades?
100 litros
Para compreender facilmente a cobrança na con-
10 litros ta de água é preciso conhecer alguns conceitos
básicos ligados ao conhecimento desse insumo.
Instalação Hidráulica (ver conta na próxima página) A GESTÃO DA ÁGUA IMPÕE UM EQUILÍBRIO ENTRE OS IMPERATIVOS DE SUA
A instalação predial de água fria é o conjunto de
tubulações, conexões e peças, aparelhos sani- PROTEÇÃO E AS NECESSIDADES DE ORDEM ECONÔMICA, SANITÁRIA E SOCIAL.
O consumo total de água é composto por uma
tários, reservatórios e dispositivos existentes a parcela efetivamente utilizada e outra perdida,
partir dos ramais prediais, destinados ao abas- que pode ser decorrente do desperdício. A leitura
tecimento dos pontos de utilização de água da é feita em metros cúbicos (m³).
edificação, em quantidade suficiente, mantendo O desperdício é definido como sendo toda a
a qualidade da água fornecida pelo sistema de água que está disponível em um sistema e não é
abastecimento. utilizada, ou seja, é perdida pelo uso excessivo,
O sistema de alimentação de água de uma edifi- devido ao descaso dos usuários e também onde
cação é constituído pela tubulação principal, que a água é utilizada sem que desta se obtenha al-
conduz a água desde o sistema de abastecimen- gum benefício, como é o caso dos vazamentos.
to do local (público ou privado) até o reservatório Dessa maneira, o desperdício engloba perda e
caixa d’água. uso excessivo.
Do reservatório a água é distribuída pelas tubula- A perda, definida como toda a água que esca-
ções/encanamentos para diversos pontos de con- pa antes de ser utilizada para uma atividade fim,
sumo que chamamos de instalações hidrossani- pode ocorrer por causa de vazamentos, mau de-
tárias (pia, lavatório, vasos sanitários, torneiras, sempenho do sistema e descaso do usuário.
bebedouros, registros, entre outros) que são re- O uso excessivo, por sua vez, ocorre quando a
gulamentadas pelas normas técnicas da ABNT1. água é utilizada de modo abusivo e inadequado
Existe no mercado uma vasta opção de tubos em uma atividade.
para o transporte de água fria. Para a escolha, O acompanhamento de consumo deverá ser rea-
deve-se optar pelo material com característica de lizado por pessoas treinadas, preferencialmente Imagem meramente ilustrativa.
longa vida útil (durabilidade), redução de proce- sempre as mesmas, em horários fixos e constan-
dimentos de manutenção e resistência à pressão tes para a avaliação do perfil de consumo da edi-
de serviço. ficação.
Geralmente são utilizados nas instalações tubos A seguir, sugerimos formulários para acompanha-
de PVC. No entanto, podem-se utilizar também mento de consumo semanal, mensal e anual, que
tubos de cobre e polietileno para condução, inclu- permitem analisar o histórico de consumo da ins-
sive de água quente. tituição.
Através da leitura no mostrador do hidrômetro/re-
1 ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas
10 11
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lógio e do correto preenchimento destes formulários, poderá ser conhecido o perfil de consumo, de Note que o preenchimento da leitura inicial (1ª rebentamento, trincas, defeito nas bóias etc.) ou
modo a permitir a identificação rápida da ocorrência de grandes variações. Estas variações podem leitura) é feito na segunda linha da tabela. Isso outras ocorrências.
indicar defeitos nos equipamentos, má utilização ou danos. facilita a subtração para o cálculo do gasto do dia. Para calcular o consumo noturno, siga os seguin-
Os indicadores do perfil de consumo, além de ajudar a controlar o gasto de água, permitem, dentro de O preenchimento deve ser feito duas vezes ao dia tes passos: (vide tabela abaixo)
certos limites, a comparação de consumo entre instituições e o estabelecimento de metas. (no início e no fim). As duas medições possibili-
Você mesmo pode efetuar a leitura do medidor, inclusive para esclarecer dúvidas sobre a leitura efe- tam medir se há gasto de água durante a noite, Repita o mesmo passo para os outros dias da se-
tuada pela concessionária. como vazamentos ou torneira aberta. Esta expli- mana até sexta-feira.
cação deve ir logo abaixo da primeira tabela de • Se não houver aumento de consumo e a dife-
Dados a serem preenchidos nos formulários: preenchimento de consumo. rença for sempre a mesma, ou seja, o mesmo va-
Local: preencher com o nome da instituição. lor de consumo, é indicativo de que não há vaza-
Mês: mês vigente. Cálculos de consumo: mentos ou outra anormalidade;
População fixa: composta de funcionários tercerizados e efetivos. V = Volume total consumido da semana (total dos • Se houver uma oscilação expressiva de consu-
RGI: número de identificação do imóvel (Registro Geral do Imóvel). Este número consta na conta de cinco dias úteis + gasto de fim de semana)= (231 mo de água e com a instituição fechada, pesqui-
água da Sabesp. + 13 ) = 244 m³ sar qual o motivo que gerou esse aumento, para
Leitura inicial: preencher com a leitura registrada no hidrômetro no início do monitoramento. sanar logo o problema, pois sabemos que irá pro-
Ex.: 3 6 8 3 Pt = Número de pessoas (fixa + flutuante)= 500 vocar um aumento na conta.
Leitura final: preencher com a leitura registrada no hidrômetro no final do monitoramento. ND = Número de dias da semana = 07 dias A partir das leituras semanais pode-se criar um
Ex.: 3 7 0 1 gráfico de consumo mensal usando as tabelas
Vx 1000
Segue os modelos de formulários/tabela e a forma de preenchimento. CP (Consumo per capta) = abaixo, que você achar mais adequado para seu
PtxND monitoramento.
Exemplo 1: Simulação do cálculo do consumo do prédio administrativo público O consumo mensal é a soma do volume total de
244x1000
Para diagnosticar os indicadores de consumo, por tipologia da edificação utiliza-se como recurso a CP = = 69.71 litros/pessoa/dia todas as semanas (período). O consumo per ca-
500x7
seguinte fórmula: pita mensal é o volume total do mês dividido pelos
Volume consumido (m³) x 1.000 (litros/pessoa/dia) dias do mês ou do período observado.
Per capita =
Para facilitar o cálculo, faça da seguinte forma:
População total x período
• Multiplique V (volume) por 1000 e divida pela
População total será composta por população fixa + flutuante. população total (Pt);
• O resultado divida pelo número de dias (07);
População flutuante -será composta por visitas, contatos, profissionais de passagem rápida e variável • O resultado é o valor do consumo per capita
no local. (CP) em litros/pessoa/dia ou litros/funcionário/dia
População fixa- será composta de funcionários tercerizados e efetivos. ou litros/servidor/dia.
Simulação do cálculo do consumo: Obs.: O volume é multiplicado por 1000, pois 1m³
• Anotar as leituras do consumo de água de uma semana, considerando que a população total do pré- (um metro cúbico) é igual a 1000 l (mil litros). Quando se tratar de uma instituição que
dio é composta de 500 pessoas; há frequência de funcionários e pessoas
• Não há atividade no final de semana. Consumo noturno no final de semana, poderá ser adotado o
A separação do consumo dos cinco dias da semana e do final de semana facilita a identificação dos Deve-se calcular o consumo noturno para verifi- mesmo cálculo do consumo noturno de
vazamentos, desperdícios com torneiras mal fechadas ou outros eventos. car se há perdas de água por desperdício (tor- segunda-feira a segunda-feira da semana
neira mal fechada) ou vazamento por fugas (ar- seguinte.
01 03 13

Quando houver eventos


esporádicos no final de
semana, o cálculo continua
o mesmo e há apenas o
registro de que houve
evento, não levando em
conta o gasto de água para
o cálculo do consumo per
capita.

12 13
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Alternativa 3 :
Alternativa 1: A tabela abaixo é uma proposta de planilha para acompanhamento do consumo diário de água:

Utilize o campo de observação para anotar os eventos realizados nos


finais de semana em sua instituição que possam ter provocado aumento Cálculos de consumo:
no consumo de água.
NDm = Número de dias do mês (conferir no calendário a quantidade de dias do mês ou do período
observado para o cálculo)=30 dias

Alternativa 2: Vm = Volume consumido no mês (m³ - metros cúbicos)= 1500 m³


Caso a instituição não realize eventos no final de semana, o responsável pelo monitoramento tem
outra opção de registrar o consumo de água utilizando a tabela a seguir. Pt = Total de pessoas = 500
Vmx 1000 Lembrete:
CP (Consumo per capita mensal) = Sempre iniciar a leitura no início do
PtxNDm
1500x1000 1º dia útil do mês;
CP = 500x30
100 litros/pessoa/dia
Encerrar o mês na leitura do início
do 1º dia útil do mês seguinte.

Consumo anual
Após o preenchimento da tabela mensal, a critério do responsável, poderá realizar também o monito-
ramento anual, usando como recurso o modelo da tabela do exemplo a seguir:
Neste monitoramento, pode-se visualizar as oscilações do consumo da instituição em face de sazona-
lidade (época de frio, calor, férias etc.), como também todo histórico de consumo do ano, permitindo
saber a média mensal anual do volume de água consumida e a média mensal anual do consumo per
capita (utilizando o modelo de cálculo demonstrado acima na tabela semanal).
Na tabela e gráfico abaixo exemplificamos como é preenchido o consumo mês a mês e gerado o gráfi-
co do ano sem as intervenções do Programa PURA e resultado após as intervenções (ano 2013) com
trocas de equipamentos de baixo consumo ou economizadores, consertos de vazamentos e trocas de
reparos, regulagens e campanhas educacionais, alcançando uma redução em torno de 31%.

14 15
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Va = 2035 m³ (somatória dos volumes mensais,dividido por 12 meses)
Cálculo do Vd utilizando novamente a fórmula
2012 - 2013 Somatória dos volumes mensais
Volume médio anual =
2012 2013
Número de meses do ano
2012 2013
16861
Vd= = 1405m3
12

IR = Calcular o índice de redução de 2012 para 2013 com resultado em percentual (%).
Va menos Vd, dividido por Va, multiplicado por 100. Substituir os resultados do Va e Vd na fórmula
Va - Vd 2035-1405
IR(%) = x 100 = = 0,31 x 100 = 31%
Va 2035

Cálculo da redução do consumo per capita (Per capita médio):


2012 2013 No exemplo do gráfico acima, compararemos o per capita de 2012 com o mesmo de 2013 (litro/servi-
dor/dia )
Calculando:

Analisando o gráfico CP1 = média ano/12 = somatória dos Per capitas de jan a dez, dividido por 12 meses =
1603,60
- Convém identificar quais os motivos da variação dos consumos = 133,63
12
referente aos meses de setembro a novembro em relação aos
demais,em 2013
CP2 = média ano/13 = somatória dos Per Capitas de jan a dez, dividido por 12 meses =
- A variação pode estar relacionada a vazamentos? uma reforma?
1108,37
variação sazonal? ou outras ocorrências? = 92,36
12 CP1 - CP2 133,63 - 92,36
Calculando a média do volume anual IR(%) = x 100 = = 0,31 x 100 = 31%
CP1 133,63
Utilizar a fórmula :
Somatória dos volumes mensais (m3)
Volume médio anual = Comparação de indicadores:
Número de meses do ano A tabela a seguir é utilizada como parâmetro de dimensionamento de reservação de água para abas-
tecimento do estabelecimento. São os valores médios de consumo de água por atividade em algumas
Para o cálculo do volume médio anual antes categorias de uso. No entanto, ela pode ser utilizada como referência para verificar se a sua instituição
24421
VM= = 2035m3 (Va) e depois das intervenções do PURA está consumindo além do indicado na mesma.
12
(Vd),utilizasse o mesmo recurso realizado Comparando então os resultados obtidos do exemplo demonstrado, verifica-se que o Per capita médio
para o cálculo do Volume médio anual (VM). anual está acima do indicado para dimensionamento (Per capita de 50 a 80 Litros/pessoa/dia ou litros/
servidor/dia )
Calculando o Per capita anual Para definir o indicador da população total, devem ser considerados todos os agentes consumidores,
Utilizar a fórmula : conforme tabela abaixo:
Somatória dos per capitas mensais
Per capita médio anual =
Número de meses do ano

1603,60
Per capita= = 133,63 Indicador de consumo
12
• O per capita (CP) pode ser em litros/pessoa/dia ou litros/funcionário/dia ou litros/servidor/dia ou litro/
aluno/dia.
Calculando o impacto de redução de consumo:
IR = Impacto de redução (%)
Va = Volume médio antes das intervenções (m³)
Vd = Volume médio depois das intervenções (m³)
No exemplo Va é igual o volume médio já calculado
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Unidade de indicador de consumo de acordo com as tipologias (edificações/instituições) de Em se tratando desta tipologia de instituição, para realizar o diagnóstico dos consumos e parâmetros
uso: correlatos, será adotado os mesmos passos que foram usados no exemplo do Prédio Administrativo
Público; a mudança será com relação a forma de identificar os tipos de usuário (consumidores).
Para diagnosticar os indicadores de consumo, utiliza-se como recurso a mesma fórmula conforme
abaixo, mudando apenas a unidade de consumo.
Volume consumido (m³) x 1.000 litros/leito/dia)
Indicador de consumo Per capita =
População fixa x período
População fixa: composta de funcionários, de leitos funcionantes e acompanhante do leito. Da popu-
lação de funcionário, subtraem-se os que estão de férias e os afastados por motivos diversos.
Para elucidar as considerações mencionadas acima, exemplificamos na tabela e gráfico abaixo, os re-
Fórmula do indicador de consumo: sultados dos parâmetros de consumo e de indicadores em litro/leito/dia antes e após as intervenções
Volume Consumido (m³) x 1.000 (Litros/pessoa/dia) do PURA.
Per capita =
População Total x Período Se o gestor ou controlador da instituição tiver interesse de saber o consumo per capita
1 – Período = N° de dias ou semana ou mês litro/pessoa/dia, então utilizar a fórmula indicada abaixo:
2 – O Consumo de água pode ser expresso em litros ou m³ Volume consumido (m³) x 1.000 litros/leito/dia)
3 – População Flutuante: Per capita =
População fixa x período
Considerações da população fixa para escolas.
População fixa para escolas, pode considerar somente alunos. Outra opção considerar a População total será composta por População fixa + flutuante.
população fixa composta de alunos, funcionários e eventos;
População flutuante será obtida do número de consulta e de exames realizados diariamente por pa-
ressaltando que para comparar tem que ser sempre com a referência correspondente.
cientes e acompanhantes que passam algumas horas no hospital, mas não são internados.
Não comparar o que soma professores funcionários com o que usa somente alunos. O Considerar também doadores e realização de procedimentos relativos às necropsias caso estas ativi-
indicador de consumo (per capita) será litros/aluno dades sejam realizadas no hospital.
Vamos ao exemplo:
Hospital:
População Fixa: composto de funcionários, de leitos funcionantes e acompanhante do leito.
Da população de funcionário, subtraem-se os que estão de férias e os afastados por motivos diversos.
2012 - 2013
População Flutuante será obtida do número de consulta e de exames realizados diariamente por pa-
2012 2013
cientes e acompanhantes que passam algumas horas no hospital, mas não são internados.
2012 2013
Considerar também doadores e realização de procedimentos relativos às necropsias caso estas ativi-
dades sejam realizadas no hospital.
UBS:
População Fixa: composto de funcionários efetivos e tercerizados
População Flutuante será obtida do número de pessoas atendida e leitos

PS/AMA:
População Fixa: composto de funcionários efetivos e tercerizados
População Flutuante será obtida do número de pessoas atendidas
Os indicadores de consumo ficam a critério do Gestor em utilizar acordo com a sua instituição/edifica-
ção:
Litros/pessoa/dia ou litros/funcionário/dia ou litros/servidor/dia ou litros/leito/dia 2012 2013

Prédios Administrativos ou Públicos:


População Fixa: composto de funcionários efetivos e tercerizados
População Flutuante será obtida do número visitas, contatos, profissionais de passagem rápida Analisando o gráfico: verificar o que ocorreu no mês de março, abril e junho,
e variável no local
o que motivou o aumento?
Exemplo 2: simulação do Cálculo do Consumo para Hospitais - Idem para o mês de julho, o que motivou a diminuição do consumo, férias?

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Comparação de redução Identificar as atividades de uso da água:
Os parâmetros de referência indicados (per capita - indicador de consumo) por autores que fizeram • Consumo humano, higiene pessoal, e ambiental, cozinhas, regas, lavagens etc.;
pesquisas em hospitais de vários portes e categorias na década de 80 não condizem com a realidade • Identificar os hábitos e vícios de desperdícios do usuário, modos de uso da água;
de hoje, pois atualmente os hospitais estão em expansão em função de vários tipos de atendimento, • Realizar o controle sanitário das águas (verificação das condições higiênico sanitárias dos reserva-
serviços e situações simultâneas. O surgimento de novas tecnologias sem pensar em economia de tórios);
água e o crescimento econômico impulsionou o setor, aumentando o volume de serviços e a comple- • A instituição deverá chamar uma empresa especializada para fazer as análises físico-química-bac-
xidade de suas atividades. teriológicas para verificação das condições higiênico-sanitárias da mesma, e se está apropriada para
A Sabesp implantou o PURA em várias instituições de saúde e o resultado deste trabalho pode ser consumo;
utilizado como referencial comparativo. • Identificar os pontos de uso ou consumo: (locais: banheiros, lavatórios, cozinhas/cantina/copa, lavan-
derias, vestiários, área administrativa, áreas externas e outros);
Estudo de caso • Identificar os equipamentos hidráulicos e sanitários por marca, modelo, tipo, idade, por andar, por
Em 1996, a Sabesp em parceria com o Instituto de Pesquisa Tecnológico – IPT, juntamente com a Es- blocos/unidades: bacias sanitárias (com caixa acoplada, válvula ou caixa elevada); tipo de torneiras
cola Politécnica da USP implantaram o PURA no Complexo Hospitalar das Clínicas/SP, com o objetivo (pia, lavatório); mictórios (coletivo com registro, coletivo com válvula, individual com registro, individu-
de desenvolver uma metodologia para redução do consumo de água em hospitais. al com válvula) chuveiros (elétrico ou duchas); bebedouros, filtros etc. Característica do componente
A primeira fase do trabalho foi realizar o diagnóstico; na sequência as intervenções foram realizadas (com ou sem arejador, água quente/fria, com ou sem misturador);
por etapas, desde consertos de vazamentos, trocas de equipamentos economizadores, campanhas • Identificar o estado de uso dos equipamentos e das louças sanitárias: torneira, chuveiro, bebedouro
educacionais, além da manutenção e gerenciamento com avaliação simultânea dos impactos. Um dos e filtro com ou sem vazamento; vazamento das bacias sanitárias; no poço e na válvula de descarga;
resultados das intervenções foi a avaliação do consumo de água por pessoa/dia e por leito/dia, levan- vazamento de bacias sanitárias no engate flexível; vazamento nos registros de gaveta – colunas e
do em conta as peculiaridades da instituição. Em 1999 e 2003, a Sabesp juntamente com as empresas ramais; frequência de entupimento da bacia sanitária.
Cobrape e Vitalux implantaram o PURA no Hospital do Servidor do Estado - IAMSPE, com intuito de A identificação dos pontos de uso e consumo pode ser feita utilizando as tabelas a seguir:
reduzir o consumo de água; além das medidas adotadas semelhantes ao caso anterior, foi implantado
o reaproveitamento de água das caldeiras e dos destiladores.
Os resultados dos dois casos estão demonstrados na tabela abaixo:

Observação Quando se tratar de instituições - unidade básica da saúde (UBS), ambulatório médico (AM) e pronto-so-
corro (PS), o cálculo do indicador de consumo é semelhante ao do prédio administrativo, diferenciando-se nos dados da
população.

Após o PURA, alcançaram esses parâmetros de indicador de consumo

20 21
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Auditoria da água na instituição

22 23
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Ao término da auditoria, utilizando os formulários anteriores, o controlador
poderá utilizar como recurso a tabela a seguir para ter em mãos um resumo
da situação das instalações hidráulicas e sanitárias da instituição.

24 25
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• Identificar a idade se possível das tubulações e do tipo;
• Identificar o tipo de revestimento e piso dos ambientes dos pontos de consumo;
• Observar os pontos de infiltração em paredes, tetos e pisos – verificar manchas, mofo e umidade Relatório de pesquisa de vazamentos em reservatórios
e questionar as pessoas do local sobre eventuais vazamentos; Identificação:
• Verificar Vazamento (detecção de vazamentos em tubulações embutidas; detecção de vazamentos Unidade: _______________________________ Data da Pesquisa:________________
nas tubulações externas (do medidor à entrada da caixa d’água-reservatório inferior/superior);
Local inspecionado:____________ Reservatório:_____________ Nº _______________
• Identificação do número de Reservatórios/Caixa d’água;
Tipo de Reservatório: ( ) Elevado/Torre ( ) Enterrado ( ) Semi-enterrado ( ) Caixa D’água ( ) Superior
• Verificar Vazamento: Nos registros, Bóias, Barriletes (tubulações de entrada e saída de água) e bom-
bas. Capacidade: _________________________
Pesquisa:
1) Fazer uma inspeção visual no reservatório.
Existe algum vazamento no entorno do reservatório? ( ) Sim ( ) Não
Existe trinca visível? ( ) Sim ( ) Não
Os registros de entrada estão em boas condições? ( ) Sim ( ) Não
Os registros de saída se encontram em boas condições? ( ) Sim ( ) Não
Os registros de limpeza se encontram em boas condições? ( ) Sim ( ) Não
2) Fechar o registro de saída do reservatório, deixando a entrada aberta.
Verificar o funcionamento da bóia quando a água atinge o nível máximo.
Houve extravasamento? ( ) Sim ( ) Não
Os extravazores estão em locais facilmente detectáveis, caso ocorra algum extravasamento? ( ) Sim ( ) Não
As torneiras da bóia estão em boas condições de funcionamento? ( ) Sim ( ) Não
3) Observar as condições higiênico-sanitárias do reservatório.
Necessita de limpeza? ( ) Sim ( ) Não

Obs. vide capítulo de


pesquisa de vazamento
e vídeo

Para detecção de vazamentos não-visíveis, existem vários recursos:

• Utilização de técnica de detecção com equipamentos eletrônicos com sensor de alta sensibilidade,
para ser colocado em contato com o solo e em outros locais;

• Utilização de teste de estanqueidade e outros convencionais.

Será apresentado somente o volume de perdas por vazamento da edificação e planos de intervenção,
iniciando pelas medidas que poderão dar maior impacto na redução do consumo.

26 27
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3
médias por ponto de consumo em função da utilização de equipamentos propostos. Todos os equi-
pamentos são regulamentados pela norma da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) de
louças e metais sanitários. Segundo os fabricantes, a redução dos equipamentos economizadores de
Plano de água alcança o índice de acordo com o demonstrado abaixo, e é confirmado pelos estudos de casos
Intervenção e pilotos realizados. No entanto, a redução do consumo varia com a frequência de uso dos aparelhos
pelos usuários. Os fabricantes estão sempre investindo em tecnologia e desenvolvendo produtos e
dispositivos que atendam às necessidades do mercado. Diversos destes lançamentos são de produ-
Plano de intervenção • Regulagens de todos componentes (ex.: regu- tos economizadores de água, voltados especificamente para o seu uso racional.
lar válvula de descarga, regulagem de torneira de
Os dados obtidos nas etapas anteriores devem bóia do reservatório etc.) (vide item de Regula- Reduções médias por ponto de consumo
ser organizados e tabulados para permitir uma gem no capítulo de Manutenção).
avaliação sistêmica dos seguintes processos:
a. Identificação de perdas físicas e desperdícios; Adição de dispositivos
b. Acompanhamento, em campo, dos processos
que utilizam água; Em função da disponibilidade de verba, a escola
c. Comparação do consumo de água por setor; poderá inicialmente solucionar algumas questões
d. Avaliação da viabilidade da substituição de adotando estas medidas:
equipamentos existentes por modelos mais mo- • Lista de dispositivos economizadores a serem
dernos e mais econômicos no consumo de água; adicionados (arejadores, chuveirinhos, válvulas
Ações de intervenções devem ser implantadas redutoras de pressão, registros reguladores de
por etapa e a avaliação dos impactos deve ser vazão etc.); utilizar os equipamentos indicados e
simultânea. elencados na tabela de soluções alternativas;

• Instalação dos dispositivos (compatibilizar as di-


Consertos e reparos mensões com adaptadores, adaptar com a pres-
são de trabalho);
• Lista de peças e partes dos componentes a se- • Regulagem de todos os componentes.
Observação: válvula antivandalismo para chuveiro. Bacia com acionamento duplo.
rem reparados; Torneira de acionamento restrito.
• Consertos ou trocas (substituir os componentes Substituição por componentes
danificados, tais como vedantes de torneiras e Para facilitar a escolha da solução de intervenção considerando o custo-benefício, a tabela a seguir
economizadores novos apresenta na primeira coluna os pontos de utilização e na segunda as soluções propostas.
engates flexíveis, conjunto de entrada de água da
caixa, bóia, reparos de registros etc.); Nesta tabela podem-se observar as reduções
28 29
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Soluções alternativas Campanhas educacionais e Todos os casos demonstraram redução, variando
treinamento dos usuários de 20% até 80% na conta de água e esgoto.
O valor do investimento varia em face do porte da
O sucesso de programas como o PURA, depende edificação, atividades do uso da água, número de
da participação de equipes devidamente capaci- equipamentos hidrossanitários.
tadas. Obs.: poderá haver redução também na conta de
Para a obtenção dos melhores resultados, é re- energia quando houver bombas de recalque (re-
comendado que as ações de capacitação sejam servatórios inferiores e superiores).
implementadas por profissionais devidamente ha-
bilitados.
As ações educativas devem permear toda força
de trabalho e se possível os usuários dos servi-
ços prestados pela instituição. A campanha edu-
cativa pode ser desenvolvida através de :
• Palestras e seminários;
• Oficinas de capacitação;
• Colocação de cartazes nas áreas de maior cir-
culação e em ambientes estratégicos;
• Produção ou adequação de matérias de apoio
pedagógico como: vídeo, folhetos, cartilhas e ma-
nuais, etc. Lembre-se:
O funcionários e prestadores de serviço podem
Qualquer ganho
colaborar colocando suas opiniões e idéias em
financeiro para quem
caixas de sugestão distribuídas em pontos estra-
tem poucos recursos é
tégicos.
muito!
Planeje e monte a campanha educativa para

4
conscientização visando mudança de hábitos e
costumes.
Manual de
Desenvolvimento operacional
pesquisa
• Analisar as operações realizadas na instalação de vazamento
como um todo;
• Criar alternativas operacionais que economizem
Legenda: água, por exemplo: Pesquisa de vazamento1
• VDR – Volume de Descarga Reduzi-
do (a partir de 2002 ficou obrigató- 1. Isolamento de setores com uso esporádico, fe-
rio o comércio de bacias sanitárias
chando o registro que alimenta este setor. As informações contidas neste capítulo têm por
de 6 litros por descarga);
• O regulador de vazão permite ao
É uma solução para vazamentos quando não há objetivo orientar o técnico responsável pela ma-
usuário regular a vazão de acordo
com sua necessidade; alternativa imediata; nutenção da instituição na localização e conserto


Torneiras com abertura de 1 volta;
Ducha com abertura total. • Treinar pessoas para manutenção. de possíveis vazamentos. A detecção e o reparo
Observações
1. As Normas Técnicas relacionadas
de vazamentos são as primeiras ações indispen-
abaixo devem ser utilizadas como refe- sáveis para qualquer implantação de um progra-
rência:
• NBR 15.097 – 2004: Aparelhos
Retorno de investimento – avaliação ma de redução de consumo de água. Os vaza-
sanitários de material cerâmico –
requisitos e métodos de ensaio; de custo-benefício mentos ocorrem por diversos fatores, entre eles
• NBR 15.491 – 2007: Caixa de
descarga para limpeza de bacias destacam-se, principalmente, o desgaste natural
sanitárias – requisitos e métodos
de ensaio;
Após todas as intervenções realizadas, seja de de sistemas hidráulicos antigos e instalações hi-
• NBR 13.713 – 2009: Torneira au- consertos de vazamentos, adição e troca de equi- dráulicas mal feitas. Existem vazamentos de fácil
tomática – requisitos e métodos
de ensaio. pamentos economizadores de água, campanhas detecção, percebidos através de testes rápidos
• NBR 15.857 – 2010: Válvula de
descarga para limpeza de bacias e manutenção, os resultados obtidos podem va- ou da simples inspeção nos produtos, e outros
– requisitos e métodos de ensaio;
• Listar os componentes a serem riar de imediato até meses, dependendo do valor mais difíceis de serem detectados e de grande
substituídos (atenção para compa-
tibilidade de dimensões, pressões do investimento e da redução do volume de água. 1 Consulta: http://www.igf.com.br/aprende/dicas/dicas-
de trabalho etc.). Resp.aspx?dica_Id=929 Fonte: SABESP.
30 31
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desperdício de água, cujos custos de reparo são, Vazamentos visíveis um sistema de re-circulação de água quente operando inadequadamente, ou seja, com tempo de es-
geralmente, mais altos. A verificação periódica e pera longo, tubulações enterradas.
o conserto de vazamentos contribuem para que Devem ser realizados testes no sistema hidráulico para a detecção das perdas físicas dificilmente de-
não haja o desperdício de água por perdas (toda tectáveis, inclusive com a utilização de equipamentos específicos para evitar intervenções destrutivas
água que escapa do sistema antes de ser utiliza- (hastes de escuta, haste de perfuração, geofone eletrônico e outros). Os principais testes compreen-
da para uma atividade fim), auxiliando na redução dem pesquisa em alimentação predial, reservatórios, pontos de usos, entre outros.
do consumo e consequentemente nos custos. Um sistema hidráulico sem manutenção adequada pode perder um volume expressivo de água que
adentra a unidade. Em geral, com pequenos investimentos para a correção das perdas existentes são
Perdas por vazamentos visíveis e não obtidas significativas reduções de consumo.
Equipamento de identificação de vazamento – geofone eletrônico
visíveis

As peças e componentes de instalações hi- Tipos de vazamento, ação de controle e redução de perdas reais na rede de
dráulicas estão sujeitas a danos pela pressão distribuição de água
da água, pelo envelhecimento, má instalação e
pela qualidade do material. Os pontos mais críti- São aqueles identificados sem a utilização da téc-
cos das tubulações estão nas conexões/junções. nica de teste. Ex: componentes instalados que na
maioria das vezes estão danificados ou deteriora-
Locais onde podem ocorrer vazamentos: dos (courinho de uma torneira, registro com rosca
• Rede primária: do hidrômetro até os reservató- espanada, descarga disparada etc.)
rios e/ou pontos de consumo com abastecimento
direto da concessionária; Vazamentos não visíveis
• Reservatórios e caixas d’água (nas torneiras de
bóias, registros, barriletes, extravasares);
• Instalações prediais (pontos de uso/consumo e
outros).
Tanto nas águas frias, quanto nas quentes e nos
esgotos, a maior preocupação é quando ocorre
vazamento subterrâneo (encanamento enterra- Equipamento de identificação de
vazamento – geofone eletrônico
do), muitas vezes não detectado rapidamente e
que causa grandes problemas às edificações.
Existem testes simples para verificar se há vaza-
mento nesses locais. Havendo a constatação do Locais mais prováveis de ocorrência de vazamentos:
mesmo, é recomendável a consulta a um profis-
sional especializado, que detecte com mais pre- Vazamentos em piso/solo;
cisão o local e a origem das suas causas e outras
providências necessárias, assegurando soluções São aqueles identificados somente com testes.
práticas e definitivas aos problemas. Ex: mau desempenho do sistema: por exemplo,

Check List
Lembre-se de olhar sempre os vazamentos nos:
• Encanamentos Vazamentos em reservatório / vazamento da boia;
• Boia
• Medidor
• Pontos de consumo
• Monitorar hábitos e algumas maneiras de como usar a água
• Monitorar o uso da água na copa/cozinha/pátio

32 33
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Vazamentos em parede (válvula);

Vazamentos em torneiras;

Teste de sucção

Material: um copo de vidro transparente.


1. Torneira mais alta da casa com água
da rua que pode ser de jardim/limpeza ou
do tanque;
Vazamento provocado pelo vandalismo. 2. Fechar a bóia;
3. Abrir a torneira teste;
4. Copo na boca da torneira;
5. Não abrir outros pontos;
6. Fechar o registro;
7. Verificar o nível do copo.
Resultado do teste: há sucção.
Conclusão: há vazamento.
Causas prováveis: vazamento no subsolo, no ramal
Técnicas para testes de vazamento visíveis alimentado diretamente com água da rua.

A seguir, serão apresentados alguns testes simples que podem ser feitos pelo controlador ou um fun-
cionário orientado pelo mesmo, de forma a ajudá-lo a identificar os vazamentos existentes no local. Teste do reservatório inferior
Quando estiver efetuando a pesquisa de vazamento deve-se preencher a planilha anexa, que servirá
também para vazamento não visíveis. Material utilizado: um pedaço de madeira que
chegue até o fundo do reservatório, barbante e
giz.

Procedimentos:
1. Registro do cavalete aberto;
2. Registro de limpeza está fechado;
3. Desligar a bomba de recalque;
4. Reservatório cheio;
5. Fechar a bóia;
6. Marcar o nível da água;
7. Aguardar duas horas ou mais;
8. Tornar a marcar o nível.
Resultado: o nível baixou.
Conclusão: há vazamento no reservatório.
Causas Possíveis: registro de limpeza ou de saí-
da com defeito, ou trinca no reservatório.
34 35
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Teste da caixa d’água

Teste da bóia em reservatório

Procedimento:
1. Registro do cavalete aberto;
2. Registro de limpeza fechado;
3. Desligar a bomba de recalque;
4. Reservatório cheio;
5. Marcar o nível da água;
6. Aguardar duas horas;
7. Tornar a marcar o nível.
Resultado do teste: o nível de água não baixou.
Conclusão: há vazamento no reservatório, pelo Procedimentos:
extravasor. 1. Feche o registro do hidrômetro ou prenda a bóia;
Causas prováveis: defeito na torneira da bóia. 2. Feche o registro de limpeza ou de saída da água;
3. Marque o nível da água na caixa.
Resultado do teste: após 2 horas, se o nível baixou, há vazamento.
Causa provável: registro de limpeza com defeito, trinca na caixa ou nos pontos de consumo.

Teste do reservatório superior Teste de movimentação do ponteiro


Material utilizado: Um pedaço de barbante e giz. Teste 1 - Na tubulação que leva água até a caixa d’água:
• Deixe o registro do cavalete aberto;
Procedimentos: • Feche bem todas as torneiras e não use os sanitários;
1. Fechar a torneira; • Vede todas as bóias das caixas d’água;
2. Desligar a bomba de recalque (edifícios); • Faça a leitura do hidrômetro. Após uma hora, através de uma nova leitura,
3. Não utilizar pontos de consumo; verifique se houve alterações nos dados registrados. Se o seu hidrômetro for
4. Registro de limpeza fechado; do tipo B, verifique se a bolinha preta está girando.
5. Marcar o nível de água; Em caso afirmativo, há vazamento no ramal alimentado diretamente pela rede.
6. Aguardar duas horas. Resultado: houve movimentação dos ponteiros ou dos números do mostrador.
Resultado do teste: o nível de água baixou. Conclusão: há vazamento.
Conclusão: vazamento na canalização, sanitário Causas possíveis: torneira da bóia com defeito (do reservatório superior/ caixa
ou peças alimentadas pela caixa d’água. d’água ou inferior).
Causas prováveis: válvula ou caixa de descarga Simulação de perda por vazamento neste teste: cálculo do volume de água
desregulada, torneira pingando, tubulação interna perdido no período (após 1h): 36m³ - 30m³ = 6m³ Isto quer dizer que você per-
trincada/corroída ou trinca no reservatório, regis- deu em 1 hora 6m³ (metros cúbicos) que é igual a 6.000 litros.
tro de limpeza com defeito.
Obs.: para verificar o funcionamento da bóia, le-
vante a tampa e observe se a mesma está com
defeito, não flutua ou trava no mecanismo de en-
trada de água. Detecção de vazamento em bacias sanitárias
Tipos de bacias sanitárias (vaso sanitário)
No mercado há dois tipos de vasos sanitários:
• Vaso com orifício e com furos menores na argola (borda do vaso). Furos da borda (argola) mais o
orifício fazem a limpeza da parede;

36 37
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• Vaso sanitário sem o orifício, só com o furo que
vai para o sifão. Utilizar o mesmo teste.

Bacia com Jato na Argola


Considera-se que esses dois testes possam ser • A tonalidade da solução ficou mais clara, há va-
substituídos por um único, ou seja, o teste do co- zamento.
rante, pois os vazamentos em bacias sanitárias • Quando o vazamento existente é muito pequeno
ocorrem por meio de escoamento de água pelos
furos do colar, principais pontos de entrada de Identificação de vazamentos na
água para todos os modelos de bacia sanitária. tubulação embutida na parede2
Desta forma, não é necessária a realização dos
testes mencionados anteriormente.
Normalmen-
O teste do corante é o mais usual,pode ser reali-
te os vaza-
zado tanto em bacias sanitárias:
mentos apa-
• Com caixa acoplada; ou
recem em
• Com válvula de descarga.
Bacia com Jato no Poço (frontal) alguns pon-
O corante utilizado para teste pode ser encontra-
tos devido
do em solução, cápsulas, pó ou tablete.
ao processo
A solução azul de metileno é bastante utilizada
Os vazamentos em bacias sanitárias podem de corrosão
em laboratórios, mas para uso doméstico deve
ocorrer tanto em bacias com válvula de descarga (da parede
ser substituída por café solúvel, refresco em pó
como em bacias com caixa acoplada. As causas para dentro
ou xarope de cor forte como, por exemplo, o de Umidade e mofo na parede
mais frequentes de vazamentos em bacias sani- do encana-
groselha ou de uva, uma vez que a solução azul
tárias com caixa acoplada são defeitos nos se- mento), o envelhecimento do tubo, dilatação do
de metileno causa muitas manchas na louça sa-
guintes componentes: encanamento em função da temperatura eleva-
nitária.
da, má instalação, choques, vibrações, desgaste
- Procedimento em bacia sanitária com caixa aco-
• Torneiras de bóia; das vedações etc.
plada com corante :
Identificação de prováveis vazamentos da tubula-
Teste da bacia sanitária (vaso sanitário) • Adicionar a solução de corante na água da caixa
ção de alimentação dos pontos de consumo:
Para garantir o êxito de detecção de vazamentos de descarga;
• Se você conhece por onde passa a encanamen-
há alguns testes específicos para bacias sanitá- • Esperar alguns minutos;
to da parede, faça o teste da batida, bata em toda
rias. Dentre os testes geralmente recomendados, • Verificar a presença de água colorida escoando
a extensão do encanamento e veja se o som é di-
estão: nas paredes internas da bacia sanitária em dire-
ferente em alguma parte, ou seja, o som de azu-
• Teste do papel higiênico; ção ao poço da bacia. Se isto ocorrer, há vaza-
lejo solto ou mal preso (revestimento da parede
• Teste de retirada de água do poço de bacia sa- mento.
Obturador semiflutuante (devido ao ressecamen- fofa);
nitária (que não recomendamos porque além de - Procedimento para bacia com válvula de fluxo
to do mesmo que provoca a deformação da peça • O aparecimento de manchas com mofo em fun-
ser anti-higiênico, existe a possibilidade de con- (descarga):
permitindo a passagem de água), também conhe- ção de umidade e mudança da coloração do re-
taminação, pois para a segurança do operador • Adicionar a solução no poço da bacia sanitária
cido como comporta ou “flapper”. vestimento, tanto da pintura como do revestimen-
há a necessidade de uso de luvas e ferramentas • Esperar alguns minutos ou até horas e observar
to;
apropriadas). se:
Como funciona o vaso com • Desprendimento do revestimento (azulejo e pin-
• A tonalidade da solução se manter, não há va-
2 Fonte: http://www.uniagua.org.br/public_html/website/de-
caixa acoplada zamento. fault.asp?tp=3&pag=dicas.htm
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tura). • Programe os níveis de
Se após a água se possível para
Quanta água se perde por uma torneira mal fechada verificação e carga parcial;
(Para uma pressão 4 a 6 mca4)? conserto dos • Deixe acumular as
vazamentos roupas e lave-as de
Gotejamentos estimados nas instala- uma só vez;
ções, o con- • Use a lavadora de rou-
sumo conti- pa somente com carga
nuar alto é total;
interessante • Se possível reutilizar a
também que seja observada a forma e os proce- água dos últimos enxágües para limpeza de piso,
dimentos dos funcionários da cozinha/lanchonete quintal e até regar plantas.
na manipulação e na preparação de alimentos,
pois o mau uso da água em relação a essas ativi- -No tanque:
dades provoca perdas por desperdício.
• Colocar água no tan-
Lento: 300 litros/mês Médio: 600 litros/mês Rápido: 960 litros/mês DICAS DE ECONOMIA que;
• Mantenha a torneira
Dicas de economia na cozinha
Utilize essa tabela para determinar as perdas por tipo de vazamento e por tipo de aparelho/ equipa- fechada, enquanto en-
mento: saboa e esfrega a rou-
Mantenha a torneira
mca 4 quer dizer: Metro Coluna D”água – é o peso exercido pela água na coluna de alimentação pa;
fechada QUANDO:
da edificação • Depois colocar água
• Desfolhar verduras e
para enxaguar, man-
hortaliças;
tendo a torneira fecha-
• Descascar legumes
da;
e frutas;
• Cortar carnes, aves,
No banheiro
peixes etc.;
• Ao limpar os utensí-
• Feche a torneira en-
lios: panelões, bande-
quanto escova os den-
jas etc.;
tes ou faz a barba;
• Quando interromper o trabalho, por qualquer
• Não tome banhos
motivo;
demorados, 5 minutos
• Antes de lavar pratos e panelas, limpe bem os
são suficientes;
restos de comida e jogue no lixo;
• Feche o registro ao
• Feche a torneira enquanto ensaboa a louça;
ensaboar-se;
• Não encher os utensílios de água para ensabo-
• Ao lavar as mãos, pe-
ar, usar pouca água e somente a quantia neces-
gue primeiro o sabonete e depois abra a torneira;
sária de detergente;
• Mantenha a válvula de descarga sempre regu-
• Para lavar louça, coloque água até a metade da
lada;
pia com detergente e deixe de molho. Ensaboe.
• Não acione à toa, descarga gasta muita água;
Depois, coloque água na pia de novo e enxágue;
• Não use o vaso sanitário como lixeira pode cau-
• Só ligue a máquina de lavar quando estiver
Fontes: OLIVEIRA (1999) e GONÇALVES et al. (2005)
sar entupimento e se gasta mais água;
cheia.
Veja na tabela acima alguns tipos de vazamentos estimados, suas vazões e quanto se perde de água • Lugar do lixo é na lixeira;
em um mês. No caso de vazamentos em bacias sanitárias, devemos analisar por quantos furos de • Vazamentos? Conserte o quanto antes;
Dicas em outros ambientes: • Torneira pingando desperdiça muita água. Sem-
lavagem a água está saindo na argola da bacia, para verificarmos a quantidade de água perdida em
um mês. pre que necessário, troque o “courinho”;
Na lavanderia • Verifique se há vazamentos no vaso sanitário,
chuveiro, registros e outros.
Verificação do uso da água na - Usando máquina
cozinha em função dos hábitos e vícios de desperdício • Observar o nível da água no tambor interno se Áreas Externas e Jardins
está correto;
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5
• Regue as plantas com
• Rega com gotejamento; Instruções para
balde ou regador; instalações de
• Com mangueira,
adapte a peça que per- equipamentos
mite o controle do fluxo hidrossanitários
(esguicho automático);
• Regue logo ao ama-
nhecer ou ao entarde- Essas informações são dicas de como se instalam alguns componentes e equipamentos hidráulicos
cer, para evitar perda sanitários. Não havendo possibilidade de chamar um técnico ou especialista no assunto, e dependen-
por evaporação; do da emergência, o controlador possuindo as ferramentas poderá solucionar a ocorrência.
• Em momentos de muito vento também há perda;
• Não regue as plantas em excesso, molhe a base Instalação de válvula de descarga
da planta e não as folhas;
• Regar com aspersores, ajuste o grau do giro dos Para a instalação da válvula siga os passos indicados abaixo:
mesmos de acordo com a área a ser irrigada;
• Utilize cobertura morta como cascalho, folhas
Fonte: http://www.eca.usp.br/nucleos/njr/voxscientiae/igor_wilson26.html
secas, palha, pedrinhas (argila expandida) colo-
cando na base ou raiz da planta, que manterá o
solo úmido diminuindo a perda de água; Lavagem de Frotas de Veículos
• Não lave o carro com mangueira. Use um balde;
• Limpe a calçada com vassoura. Evite o uso da Utilizar água de reuso da estação de tratamen-
mangueira. to de esgoto, respeitando a portaria do CONAMA
(E os parâmetros de qualidade de água de reu-
Gramado so que a SABESP adota) Lava rápido - Reutili-
zar a água usada na lavagem dos carros. Para
• Procure aumentar o intervalo entre as podas. reutilizar a água, pode ser instalada uma peque-
Quando a grama está bem baixa a água do solo na estação de tratamento. A água da lavagem é
evapora mais rápido; coletada, encaminhada à estação, onde é trata-
• Utilize grama somente em áreas onde ela real- da e usada novamente. Esse processo se repete
mente é necessária, canteiros de plantas rastei- ininterruptamente. Além de limpar os carros, ela
ras necessitam de menos água; é reaproveitada e usada na irrigação de jardins.
• Evitar recolher a grama cortada na época da
O setor de transportes do Senado instalou uma
seca pois ajuda a diminuir a evaporação e resse-
pequena estação de tratamento.
camento;
• Evite utilizar fertilizante em excesso, pois quan- Além de ambientalmente correta, a estação de
to mais a grama crescer mais precisará de água tratamento vem contribuindo para a redução
para manter as raízes saudáveis e permitir que o de gastos. A conta mensal de água de R$ 12
solo tenha alguma sombra natural retendo a umi- mil caiu para cerca de R$ 2 mil e o consumo de
dade. água, que chegou a ser de 1500 m³, caiu para
cerca de 400 m³
Plantas certas
Recomendações:
• Utilize espécies que necessitem de pouca água, “Fique de olho nos
como as nativas regionais( adaptada ao regime desperdícios e

Fotos e dados: fabricante


de chuvas locais) ou plantas xerófitas (cactos) que vazamentos.”
precisam de uma quantidade mínima de água. “Água, use mas não
abuse.”
Plante esta idéia
“Economizar água é
• Plantas que sobrevivem com pouca água; esbanjar inteligência.”

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Regulagem de válvula de descarga após instalação Maiores detalhes sobre o princípio de funcionamento de válvulas de descarga
Após a instalação da válvula, há necessidade de realizar a sua regulagem e o teste. Conheça as ca-
racterísticas e detalhes da válvula e acompanhe os passos abaixo:

Fotos e dados: fabricante


Fotos e dados: fabricante

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Instalação de restritor de vazão no Instalação de registro regulador de va- Instalação da torneira de mesa
engate flexível zão em engate flexível
Siga os passos abaixo

Fotos e dados: fabricante

Vazão constante Vazão constante


de 8 litros/min de 14 litros/min

Instalação do arejador na torneira

Vazão constante
de 6 litros/min O regulador de vazão é instalado no
engate flexível (rabicho) na saída da
tubulação da parede.
Fotos e dados: fabricante

Instalação de registro regulador de va-


Fotos e dados: fabricante
zão em chuveiro
Principais problemas:

Instalação de restritor de vazão do


chuveiro

Fotos e dados: fabricante


O regulador de vazão
é instalado entre o
chuveiro e a saída da
tubulação da parede.

Vazão constante Vazão constante


de 16 litros/min de 8 litros/min

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Teste da torneira de fechamento 1 – Posicione a bica perpendicularmente a parede, a 15 cm acima da pia.
automático 2 – O conjunto deve ser embutido na parede de forma que o revestimento final coincida com a faixa
amarela que existe na tampa da válvula.
Após a instalação, faça o teste do tempo de abertura. 3 – Recomenda-se arremate cuidadoso ao colocar o acabamento final, pois este ficará exposto.
Acione a torneira. Após soltar, marque com o relógio o tempo de abertura da 4 - Para melhor acabamento da bica instale a canopla deslizante. Monte o flange do acabamento,
água. Conte de 5 a 7 segundos. Este é o tempo médio recomendado pela primeiro retire a tampa de proteção desrosqueando-a, a seguir utilize os pinos da parte superior da
Sabesp. Embora, a ABNT recomende um tempo de abertura de 4 a 10 segundos. tampa para rosquear o flange.

Válvula de mictório antivandalismo

Instalação de equipamentos antivandalismo Instalação da válvula de mictório antivandalismo:

Lavatório antivandalismo

Instalação da torneira de parede antivandalismo:

1 – Instale a válvula no lugar do registro de pressão.


2 – Observe as marcações de sentido do fluxo d’água (seta gravada na peça) e profundidade de ins-
talação (adesivo amarelo).
3 – Recomenda-se arremate cuidadoso ao colocar o acabamento final, pois este ficará exposto.
4 - Para melhor acabamento da bica instale a canopla deslizante. Monte o flange do acabamento,
primeiro retire a tampa de proteção desrosqueando-a, a seguir utilize os pinos da parte superior da
tampa para rosquear o flange.

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Chuveiro antivandalismo1 Manutenção e Existem diversas classificações para manuten-
ção. Neste capítulo serão abordados a Manu-
monitoramento tenção Preventiva (MP) e Manutenção Corretiva
(MC):
Instalação de chuveiro antivandalismo: dos equipamentos

6
e materiais Preventiva
constituintes do A essência da Manutenção Preventiva à substi-
sistema tuição de peças e componentes antes que atin-
jam a idade em que passam a ter risco de que-
hidrossanitário bra, ou seja, buscando antecipar as ocorrências
e manter o bom funcionamento das instalações
antecedendo sempre as ações naturais de des-
Manutenção e monitoramento gaste e consequentemente as ações corretivas. A
definição da Norma Brasileira – NBR 5462(1994)
É muito importante a realização da manutenção para a Manutenção Preventiva é “a manutenção
e da conservação das instalações e dos equipa- efetuada em intervalos predeterminados. Ou de
mentos hidrossanitários. A linha hidrossanitária é acordo com critérios prescritivos, destinada a re-
muito ampla, engloba desde as louças e metais duzir a probabilidade de falha ou a degradação do
para o banheiro até os registros e válvulas de funcionamento de um item”.
descarga. Temos no mercado uma linha comple-
ta, com diferentes cores e designs.
Corretiva
>Você sabe qual a importância de realizar a
manutenção preventiva de uma edificação? A Manutenção Corretiva é o tipo de manutenção
> Você conhece qual o prazo de garantia de mais antiga e mais utilizada, sendo empregada
qualquer produto, serviço ou obra segundo o em qualquer empresa que possua itens físicos,
Código de Defesa do Consumidor? qualquer que seja o nível de planejamento de
> Sabe como proceder para aumentar a manutenção. Segundo a NBR 5462/94, Manuten-
durabilidade das instalações hidráulicas? ção Corretiva é “a manutenção efetuada após a
ocorrência de uma pane, destinada a recolocar
O que é uma manutenção? um item em condições de executar uma função
requerida”. Em suma: é toda a manutenção para
Manutenção é “o conjunto de atividades e recur- corrigir falhas em equipamentos, componentes,
sos aplicados aos sistemas e equipamentos para módulos ou sistemas, visando restabelecer sua
conservar ou recuperar a capacidade funcional função.
da edificação, visando garantir a continuidade de Este tipo de manutenção normalmente implica
1 – A válvula de acionamento deverá estar alinhada com o chuveiro, cerca de 1 metro abaixo do mes- sua função dentro de parâmetros de disponibili- em custos altos, pois a falha inesperada pode
mo. dade, de qualidade, de prazo, de custos e de vida acarretar a perda de produção e da qualidade do
2 – Observe as marcações de sentido do fluxo d’água (seta gravada na peça) e profundidade de ins- útil adequados, para atender às necessidades e produto. As paralisações são quase sempre mais
talação (adesivo amarelo). segurança de seus usuários, de acordo com os demoradas e a insegurança exige estoques
3 – O botão de acionamento deve ficar cerca de 1,10 m do piso acabado. padrões aceitáveis de uso, de modo a preservar elevados de peças de reposição com acréscimos
4 – O conjunto deve ser embutido na parede de forma que o revestimento final coincida com a faixa sua utilidade e sua funcionalidade”. Na definição nos custos de manutenção.
amarela que existe na tampa da válvula. de grande abrangência, a manutenção é carac-
5 – Recomenda-se arremate cuidadoso ao colocar o acabamento final, pois este ficará exposto. terizada como um processo que deve iniciar an- Instalações prediais e equipamentos
6 - Para melhor acabamento da bica instale a canopla deslizante. Monte o flange do acabamento, tes da aquisição e tem como principal função o hidrossanitários1
primeiro retire a tampa de proteção desrosqueando-a, a seguir utilize os pinos da parte superior da prolongamento da vida útil dos equipamentos ou
tampa para rosquear o flange. sistemas. As instituições e os bens móveis, desde as pare-
As edificações necessitam de manutenção perió- des, o piso, as tubulações, até o bebedouro, fa-
dica e seu administrador deve estar ciente da sua zem parte do patrimônio da instituição, devendo
importância e de como proceder para o sucesso 1 h t t p : / / p o r t a l . m e c . g o v. b r / s e b / a r q u i v o s / p d f /
1 Fonte de consulta: Figueiredo, Chenia Rocha. Equipamentos hidráulicos e sanitários, consulta 2009 da mesma. profunc/13eqhidrasan.pdf(equip.hidra.sanitarios)
50 51
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ser bem cuidados. Para a garantia do imóvel e entupimentos, a garantia é no ato da entrega; • Aplicação de peças não originais ou inadequa- não os atarraxe com excesso de força, pois pode
dos bens móveis é importante a correta manuten- • As situações não cobertas pela garantia são as das, ou adaptação de peças adicionais sem auto- danificar a saída da tubulação, provocando vaza-
ção de cada ambiente. peças que apresentem desgaste natural pelo uso rização prévia do fabricante; mentos;
Todas as construções prediais, mesmo sendo regular, tais como os anéis de vedação, as guar- • Equipamentos instalados em locais onde a água • Não permita sobrecarga (excesso de peso) de
tercerizadas, bem como os equipamentos hidros- nições e os mecanismos de vedação. é considerada não potável ou contenha impure- louças sobre a bancada;
sanitários, possuem garantia. Neste documento • Em relação aos “serviços”: zas e substâncias estranhas a ela, que ocasio- • Não devem ser retirados elementos de apoio
(certificado de garantia) que acompanha o produ- • Para as colunas de água e os tubos de queda nem o mau funcionamento do produto; (mão francesa, coluna do tanque etc.), podendo
to, constam as características técnicas dos mate- de esgoto, no caso de danos causados devido à • Objetos estranhos no interior do equipamento sua falta ocasionar quebra ou queda de peças da
riais, os prazos de garantia específicos de toda a movimentação ou acomodação da estrutura, a ou nas tubulações que prejudiquem ou impossibi- bancada;
edificação e os procedimentos para uso e conser- garantia é de 5 anos; litem o seu funcionamento; • O sistema de aviso e/ou ladrão da caixa d’água,
vação de todo sistema. • Para os problemas com a instalação, o funcio- • Se não forem tomados os cuidados de uso ou não deve ter as suas tubulações obstruídas;
Estas informações ficam de posse do gestor ou namento ou a vedação de ramais, louças, caixa não for feita a manutenção preventiva necessária • Antes de executar qualquer perfuração nas pa-
outro representante da instituição de descarga, torneiras e registros, o prazo é de redes, consulte as plantas e detalhes para evitar
É importante que esta documentação esteja 1 ano. Como aumentar a durabilidade das danos na rede hidráulica;
sempre disponível e de fácil acesso para quan- • Para pendurar algum acessório (toalheiro, pa-
instalações e equipamentos
do houver uma ocorrência, seja estrutural ou nos A perda de garantia peleira, espelho etc.) faça uso de furadeira e de
equipamentos, como por exemplo, se uma tor- parafusos com buchas plásticas expansíveis, que
As instalações hidráulicas e sanitárias requerem
neira apresentar vazamento, a primeira ação é Os materiais e os serviços de instalações e devem ser colocados, quando em cerâmicas,
maiores cuidados, pois seu mau uso ou a falta
observar se ela está no prazo de garantia. Caso equipamentos perdem sua garantia caso ocor- sempre nas juntas.
de manutenção preventiva podem acarretar entu-
positivo, basta entrar em contato com a empresa ram: pimentos e vazamentos, muitas vezes de reparo
fornecedora ou fabricante do produto, e procurar • Danos sofridos pelas partes integrantes das Programa de manutenção das
difícil e dispendioso. O bom desempenho dessas
seus direitos. instalações em consequência de quedas aciden- instalações está diretamente ligado à observân- instalações de equipamentos
Caso a garantia já tenha vencido, deve-se procu- tais, maus tratos, manuseio inadequado, instala- cia de alguns cuidados simples.
rar consertá-la ou substituí-la por uma nova. ção incorreta e erros de especificação; Existem vários cuidados de uso que podem au- Conservação e limpeza das instalações
Em alguns casos pode ser necessário solicitar as- • Danos causados por impacto ou perfurações em mentar a durabilidade do sistema de instalações
sistência técnica. É importante identificar a causa tubulações tanto aparentes como embutidas na hidráulicas: • Limpe os metais sanitários, ralos das pias e la-
do problema, evitando que venha a acontecer no- alvenaria; • Não jogue objetos que possam causar entupi- vatórios, louças e cubas de aço inox em pias, com
vamente. • Instalação ou uso incorreto dos equipamentos; mento nos vasos sanitários e ralos, tais como: água, sabão neutro e pano macio. Nunca com es-
O prazo de garantia é o período em que o cons- • Danos causados aos acabamentos por limpeza Absorventes higiênicos, folhas de papel, cotone- ponja ou palha de aço e produtos abrasivos;
trutor ou o fabricante responde pela adequação inadequada (produtos químicos, solventes, abra- tes, cabelos, fio dental etc.; • Limpe periodicamente os ralos e sifões das lou-
do produto quanto ao seu desempenho, dentro sivos do tipo saponáceo, palha de aço, esponja • Nunca jogue gordura ou resíduo sólido nos ralos ças, tanques e pias, retirando todo e qualquer
do uso que normalmente dele se espera. Não há dupla face); das pias e dos lavatórios, jogue-os diretamente material causador de entupimento (piaçava, pa-
garantia se houver vícios ou violação que tenham • Se for constatado entupimento por quaisquer no lixo; nos, fósforos, cabelos etc.); e jogue água, a fim
sido constatados neste intervalo de tempo. objetos jogados nos vasos sanitários e ralos, tais • Não deixe de usar a grelha de proteção que de se manter o fecho hídrico nos ralos sifonados,
Nas instalações hidrossanitárias, onde muitas pe- como: absorventes higiênicos, folhas de papel, acompanha a cuba de inox das pias de cozinha; evitando assim o mau cheiro proveniente da rede
ças são testadas na entrega ou após a troca e as cotonetes, cabelos etc.; • Nunca suba ou apoie-se nas louças e banca- de esgoto;
tubulações são geralmente embutidas na alvena- • Se for constatada a falta de troca dos “vedantes” das, pois podem soltar-se ou quebrar, causando • Limpe periodicamente os aeradores (bicos re-
ria, podem existir vazamentos ou retoques finais das torneiras; ferimentos graves. Cuidados especiais com crian- movíveis) das torneiras, pois é comum o acúmulo
que podem não ter sido vistos na avaliação dos • Se for constatada a falta de limpeza nos aerado- ças; de resíduos provenientes da própria tubulação;
testes para entrega dos serviços. É preciso acom- res, provocando assim acúmulo de resíduos nos • Nas máquinas de lavar e tanque, deve-se dar • Limpe e verifique a regulagem do mecanismo de
panhar os serviços e testar se há vazamentos. mesmos; preferência ao uso de sabão biodegradável (de- descarga periodicamente;
Os prazos de garantia das instalações hidráuli- • Se for constatado o uso de produtos abrasivos tergente líquido), para evitar retorno de espuma; • Substitua regularmente os vedantes (courinhos)
cas, louças e metais praticados no meio técnico e/ou limpeza inadequados nos metais sanitários; • Banheiros e cozinhas quando ficam sem utiliza- das torneiras, misturadores e registros de pres-
são os seguintes: • Se forem constatadas, nos sistemas hidráuli- ção por longos períodos, podem ocasionar mau são, para garantir a boa vedação e evitar vaza-
cos, pressões (desregulagem da válvula reduto- cheiro, em função da ausência de água nos ralos
• Em relação aos “materiais”: mentos.
ra de pressão) e temperaturas (aquecedores, por e sifões. Para eliminar esse problema, basta adi-
• Para tubos, conexões, louças, caixa de descar- exemplo) discordantes das estabelecidas em pro- cionar uma pequena quantidade de óleo de cozi- Frequência de manutenção das instalações
ga, torneiras, registro, sifões e válvulas: o prazo é jeto; nha para a formação de uma película, hidráulicas, louças e metais
definido segundo os padrões estabelecidos pelos • Equipamentos que foram reparados por pesso- evitando-se assim a evaporação;
fabricantes; as não autorizadas pelo serviço de assistência • Não aperte em demasia os registros, torneiras, Programe de acordo com a tabela de periodicida-
• No caso de quebras, trincas, riscos, manchas e técnica; misturadores. Ao instalar filtros, torneiras etc., de abaixo e preencha a planilha de monitoramen-
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Mola da haste sem tensão Troca da mola
Tempo longo de Uso de vaselina ou graxa no cilindro
Trocar o cartucho
descarga extravasor
Guarnição do cilindro dilatada Trocar o cartucho
Pressão muito elevada da rede (acima de 40
to e manutenção. Regular a redutora de pressão do prédio
Acionamento duro mca)
Guarnição do cilindro deformada Trocar o cartucho
Descrição Periodicidade
Tubulação entupida Limpeza na tubulação
Verificar os ralos e sifões das louças, tanques e pias A cada 6 meses
Pressão insufuciente (menor que 2 mca) Corrigir a instalação
Trocar os vedantes (couriunhos) das torneiras, misturadores de lavatário e de bidê e
A cada ano
registros de pressão Vazao insuficiente Tubulação inadequada (diâmetro pequeno) Substituir a tubulação
Limpar os aeradores (bicos removíveis) A cada 6 meses Bacia obstruída (argola) Limpeza da mesma
Limpar e verificar regulagem do mecanismo de descarga A cada 6 meses Regular o registro conforme o manual de
Registro fechado ou restrito
instalação
Verificar gaxeta, anéis o'ring e estanqueidade dos registros de gaveta e dos Regular o registro conforme a o manual de
A cada 3 anos Registro da válvula muito aberto
registros de esfera Vazão excessiva instalação
Verificar anéis o' ring dos registros de pressão e misturadores. A cada ano Pressão excessiva (maior que 40 mca) Corrigir a instalação
Regular o registro conforme o manual de
Verificar o diafragma da torre de entrada e a comporta do mecanismo de caixa Registro interno fechado
A cada 3 anos instalação
acoplada
Vazão inexistente Registro geral fechado Abrir o registro de gaveta
Verificar a estanqueidade da válvula de descarga, torneira automática e torneira Parafuso acionador desregulado (muito
A cada 5 anos Regular o parafuso
eletrônica
embutido)
Limpar o crivo do chuveiro A cada ano Tampa solta Reapertar
Vazamento externo Retentor bilabial Trocar retentor
Como proceder em pequenos reparos
Haste danificada Trocar o cartucho
Detritos entre vedantes Limpeza
Utilize as tabelas na próxima página após a identificação de ocorrências e adote as soluções propos-
tas: Preme vedante solto ou quebrado Trocar o cartucho

Ocorrências / soluções Vazamento interno Vedante danificado Trocar o cartucho


Sede danificada Trocar sede e o anel de borracha
Aparelho sanitário Defeitos/falhas encontrados Intervenção
Anel 1º estágio danificado Trocar o cartucho
Regulagem da bóia ou troca de reparos Aperto exagerado na tampa Soltar a tampa e destravar o registro
Bacia sanitária com Registro não abre
Vazamento na bacia Troca ou limpeza da comporta e sede Volante espanado Trocar o volante
caixa acoplada
Troca ou regulagem do cordão Fechamento rápido Guarnição gasta ou deformada Trocar o cartucho

Vazamento pela bica Troca do vedante ou do reparo Detritos dentro da válvula Limpeza
Torneira convencional
Acionador travado
Guarnição deformada Trocar o cartucho
(lavatório, mictório) Vazamento pela haste Troca do anel de vedação da haste ou do reparo Vibração Tampa solta Reapertar
Tempo de abertura inadequado (fora da faixa
compreendida entre 4 e 10 segundos)
Troca do pistão ou êmbolo da torneira A) Consertar a torneira que está vazando • Abra o registro (torneira) para encher o chuveiro
Torneira
Ajuste da vazão através do registro regulador • Feche o registro geral do cômodo; antes de ligar a rede elétrica novamente.
hidromecânicas Vazão excessiva
(lavatório, mictório)
(1170 C) • Com a mão, retire a tampa/botão (quando hou-
Vazamento na haste do botão acionador
Troca do retentor de vedação da haste ou do ver); C) Regular a caixa de descarga acoplada da
reparo
• Utilizando uma chave de fenda, desrosqueie o bacia sanitária
Vazamento pelo chuveiro Troca do vedante ou do reparo
Registro de pressão parafuso que prende a cruzeta; • Com cuidado, abra e retire a tampa da caixa
para chuveiro Vazamento pela haste do registro Troca do anel de vedação da haste • Com o auxílio de um alicate de bico, desros- acoplada;
queie a porca que prende a canopla, para poder • Com ajuda de um alicate, rosqueie a bóia dei-
VÁLVULA DE DESGARGA ter acesso ao mecanismo de vedação; xando-a mais firme, para que quando a caixa es-
Defeito/falhas • Com o auxílio de um alicate de bico, desrosqueie tiver cheia, não permita que a água transborde
Causa Intervenção
encontradas o mecanismo de vedação do corpo e o substitua pelo ladrão;
Preme vedante solto Trocar o cartucho
por um novo. • Substituição;
Preme vedante quebrado Trocar o cartucho
• Com cuidado, abra e retire a tampa da caixa
Preme guarnição solto Trocar o cartucho
B) Desentupir o chuveiro acoplada;
Detritos entre sede e êmbolo Limpeza do cartucho • Desligar a rede elétrica (no quadro de distribui- • Desrosqueie a bóia;
Disparo
Extravasor obstruído Limpeza ção geral); • Leve-a para um depósito de materiais de cons-
Mola da haste sem tensão Troca da mola • Desrosqueie a capa protetora do crivo; trução, para que sirva de modelo para a compra
Uso de vaselina ou graxa no cilindro
Trocar o cartucho • Retire a proteção metálica (quando houver); de uma nova;
extravasor
Parafuso acionador desregulado (acab.
Regular o mesmo
• Retire o plástico ou borracha preta; • Com a nova bóia em mãos, encaixe-a e ros-
público) • Com o auxílio de uma escova de dente, limpe queie-a, exatamente no local de onde a antiga foi
Mola da haste sem tensão Troca da mola
Tempo longo de Uso de vaselina ou graxa no cilindro
o crivo, desobstruindo os orifícios que podem ter retirada.
Trocar o cartucho
descarga extravasor acumulado detritos;
54 Guarnição do cilindro dilatada
Pressão muito elevada da rede (acima de 40
Trocar o cartucho

Regular a redutora de pressão do prédio


55
Acionamento duro mca)
Guarnição do cilindro deformada Trocar o cartucho
Manual_Controlador_2017.indd 54-55 3/11/17 15:04
D) Regulagem de volume de descarga E) Cuba/ Sifão Se o desentupidor não funcionar é melhor não
Verifique qual o mecanismo da caixa acoplada e faça a regulagem adequada: É necessário, periodicamente, remover o sifão usar esses produtos químicos, já que eles con-
para limpeza geral e desobstrução de detritos têm agentes cáusticos que podem danificar algu-
acumulados. mas peças. Em vez deles, use uma mangueira de
Se o material é metálico, desrosquear o copo e desentupir. Para usá-la, retire a tampa do ralo e
fazer a limpeza periodicamente, seguindo o mes- insira a mangueira dentro da abertura. Conforme
mo procedimento acima. você coloca a mangueira dentro do encanamento,
gire a alça um pouco, soltando e apertando o bo-
F) Desentupimento do sifão/encanamento tão dela enquanto aprofunda a mangueira. Caso
Aqui está o que você vai precisar ter à mão na a mangueira esbarre em algo, puxe e empurre- a
hora de desentupir um encanamento: um pouco conforme gira a alça. Depois continue
• Panos molhados; a girar a alça enquanto puxa a mangueira de volta
• Desentupidor; vagarosamente.
• Vaselina;
• Produtos para desentupir;
• Mangueira de desentupimento;
• Balde; Ao desentupir o ralo de
• Arame de cabide; uma pia, cubra a parte de
• Escova de cerdas duras. borracha do desentupidor
com água e tape a abertura
1ª etapa de ar com panos molhados.
Cubra a saída de excesso de água do lavatório ou
da banheira com panos molhados. A maioria das
pias de cozinha não tem uma saída para excesso Se o entupimento não
de água, mas se estiver em uma pia que fica lado estiver no sifão, insira a
a lado com outra, tampe o ralo da outra com pa- mangueira na extensão do
nos molhados. Nesses casos, é necessário blo-
encanamento que entra na
quear a outra pia tanto no ralo como na saída de
parede e vá empurrando a
excesso. Cubra todos eles com panos molhados
para o desentupimento funcionar corretamente.
mangueira para dentro do
encanamento.
2ª etapa 4ª etapa
Encha a pia com água suficiente para cobrir a par- Se a mangueira não desentupir o encanamento,
te de borracha do desentupidor. Passe uma ca- remova uma parte dos canos debaixo da pia, dei-
mada de vaselina no bocal de desentupidor (para xando a água do sifão cair em um balde.
maior aderência). Deslize o desentupidor até a Use um arame de cabide em forma de gancho
abertura do ralo e faça movimentos rápidos para para tentar alcançar o entupimento. Se isso não
cima e para baixo. Se você sentir a água subindo funcionar, use a mangueira de desentupir. Vá en-
e descendo pelo ralo é porque está fazendo certo. fiando a mangueira em direção à pia e ao cano de
É essa pressão de água para frente e para trás escoamento para remover o que está bloqueando
que pode eventualmente criar a força para des- a passagem de água.
locar o que estiver bloqueando o encanamento. 5ª etapa
Após ter repetido o movimento umas dez vezes e
com bastante força, retire o desentupidor rapida-
mente.
Provavelmente, a água irá escorrer pelo ralo.
Mas, se não funcionar, repita a operação mais Para retirar o sifão, solte
umas duas ou três vezes antes de tentar outro as porcas com uma chave
método. inglesa e remova-as

3º etapa

56 57
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Se o sifão não tiver uma tampa de saída, remova- vazamentos e avarias em reservatórios – página dências, deve-se respeitar uma inclinação de no mínimo 1% de caimento, e uma bitola de 100 mm na
-o inteiro. Após ter retirado o sifão, limpe-o com 78) para organizar e acompanhar a rotina de lim- saída do esgoto e uma bitola e de 75 mm para ventilação.
arame de cabide e depois use uma escova dura peza e manutenção de caixa d’água/reservatório. O sistema utilizado no Brasil são as bacias sanitárias por gravidade, com descarga de água de 1,6
com água quente e sabão. Coloque o sifão de litros/segundo com ação sifônica, segundo a NBR-6452 da ABNT, como sendo o ponto ideal de fun-
volta. Se o entupimento não estava no sifão, insi- Vazamento na tubulação hidráulica cionamento com o menor volume de água consumido.
ra uma mangueira na extensão do encanamento
que entra na parede e continue a empurrá-la até • A primeira providência a ser tomada é o fecha-
que você atinja o bloqueio (você talvez não consi- mento dos registros correspondentes ao local do
ga, se o entupimento estiver na área do encana- vazamento; Limpeza de caixa-d’água/reservatório
mento principal). • Caso perdure o vazamento, feche o registro
principal de entrada de água (registro geral); Se essa atividade for tercerizada, o responsável ou controlador da instituição deve programar a data
G) Ralos • Quando necessário, acione uma empresa espe- para a limpeza e desinfecção dos reservatórios e ou da caixa-d’água; antes da data prevista fechar
Verifique os ralos, providenciando a sua limpe- cializada. Ela irá detectar o vazamento na tubula- o registro da entrada de água e consumir previamente toda a água, inclusive a utilização da reserva
za, com a retirada de todo e qualquer material ção após a quebra da parede, trocar a tubulação de incêndio, para evitar o esvaziamento que alija
que cause entupimento e odor (palitos, cabelos, danificada e realizar o devido fechamento e aca- pelo ladrão milhares de litros de água potável,
panos etc.). Convém lembrar que, por falta de bamento da área. provocando desperdício .
limpeza ou evaporação de água no ralo, poderá Neste capítulo, estão contidas as informações
provocar mau cheiro. Conserve-os sempre com passo a passo para que, se o responsável quiser
Entupimento em tubulações de esgoto
água. Usar detergente neutro. Nunca use espátu- acompanhar a empresa tercerizada, se estão
la ou qualquer material contundente (como barra adotando corretamente as medidas indicadas, e
Quando necessário, acione uma empresa espe-
de ferro, de vassoura etc.), pois poderá danificar ainda se quiser adotar em sua moradia.
cializada. Ela localizará o local do entupimento
o ralo. Os reservatórios devem ser inspecionados pe-
após a escavação, desobstruirá a tubulação e
realizará o devido fechamento e acabamento da riodicamente, para assegurar que as tubulações
H) Desentupindo ralos no chão e bloqueios no de entrada e de extravasão estejam desobstru-
área.
encanamento principal ídas, que as tampas estejam posicionadas nos
Quando um ralo no chão, como os que temos em locais corretos e sem trincas que não haja ocor-
Bacias sanitárias
porões e chuveiros estiver entupido, uma man- rência de vazamentos ou sinais de deterioração
Esgoto sanitário e tubo de ventilação: para a re-
gueira de jardim deve ajudar bastante, especial- provocada por vazamentos. Recomenda-se que
moção dos dejetos da bacia é indispensável um
mente se o entupimento não estiver próximo à esta inspeção seja feita pelo menos uma vez por
sua abertura. Ligue a mangueira em uma tornei- ano, para realizar a limpeza e desinfecção, como medida fundamental de proteção sanitária.
ra, coloque-a no ralo o máximo que puder e co- Deve-se programar o dia para evitar o desperdício, consuma a água até uma altura de mais ou menos
loque panos molhados ao redor da mangueira na um palmo, de acordo com a orientação no passo 5, fazendo a limpeza dessa forma com economia. A
abertura do ralo. Depois, abra bastante a torneira qualidade da água que chega a sua casa é garantida até o medidor. Faça a sua parte e mantenha a
e deixe a água fluir por um tempo. caixa-d’água limpa e bem tampada.
Recomendação da Sabesp: lavar, pelo menos, a cada 6 meses.
Monitoramento das intervenções Assim, a saúde de sua família estará sempre garantida e você se livra das bactérias, dos fungos e de
outros hóspedes indesejáveis (ratos, baratas, pombos, mosquitos) que são vetores e transmissores
Nessa fase deve-se acompanhar todas as inter- de doenças graves e/ou letais.
venções realizadas para a redução de perdas e
desperdícios relacionando os gastos efetuados,
utilizando a tabela de controle de gastos com in-
tervenções e concomitantemente o mapa de con-
trole, ambas no final do capítulo (página 77).
Referência: Fabricante, Norma de Garantia, Fi- A CAIXA-D’ÁGUA SEMPRE LIMPA É SAÚDE!
gueiredo, Chenia Rocha/2007 perfeito dimensionamento do sistema de esgoto e
Caixas d’água e reservatórios necessitam perio- a sua ventilação. A ventilação é para evitar odores
dicamente de inspeção para avaliação de ava- provocados pelos gases (metano, gás carbônico
rias, vazamentos, defeitos ou quebra do conjunto e gás sulfídrico) provenientes da rede pública ou Procedimento de limpeza com
barrilete (encanamentos, conexões e peças). mesmo da rede interna da edificação e também
Utilize para monitoramento as tabelas (programa- utilização racional de água
manter a pressão atmosférica dentro da tubula-
ção e inspeção de vazamentos e de inspeção de ção quando das descargas no aparelho. Em resi-
58 59
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Siga os passos abaixo: Quando realizar a manutenção
utilizar as seguintes tabelas:
1. Programe com antecedência o dia da 10. Verifique, a cada 30 minutos,
lavagem de sua caixa-d’água. Escolha, se as paredes secaram. Caso isto
de preferência, um fim de semana em aconteça, faça quantas aplicações
que não há compromissos agendados; da mistura que forem necessárias
até completar duas horas;
2. Tenha certeza de que a escada que dá
acesso à caixa-d’água está bem posicio-
11. Não use esta água de forma
nada e que não há risco de escorregar;
alguma por duas horas;
3. Feche o registro de entrada de água
12. Passadas as duas horas, ainda
da escola ou amarre a boia;
com a boia amarrada ou o registro
fechado, abra a saída da caixa e a
esvazie. Abra todas as torneiras e
4. Armazene água da própria caixa
acione a descarga para desinfetar
para usar enquanto estiver fazendo a
todas as tubulações de água;
limpeza;

13. Procure usar a primeira água


5. O fundo da caixa deve estar com para lavar a área externa, banhei-
um palmo de água; ros e pisos;

14. Tampe bem a caixa para que


6. Tampe a saída para poder usar este
não entrem insetos, sujeiras ou
palmo de água do fundo e para que
pequenos animais. Isso evita a
a sujeira não desça pelo ralo;
transmissão de doenças. A tam- Mapa de controle
7. Utilize um pano úmido para lavar as pa tem que ter sido lavada antes
paredes e o fundo da caixa. Se a caixa de ser colocada no lugar. Obs.: é
for de fibrocimento (amianto), substitua importante que a tampa não pos-
o pano úmido por uma escova de fibra sua rachaduras/trincas, pois esta é
vegetal ou de fio de plástico macio. Não uma porta para a contaminação;
use escova de aço, vassoura, sabão, de-
tergente ou outros produtos químicos; 15. Anote na sua programação ou
planejamento a data da próxima
8. Retire a água da lavagem e a sujeira limpeza. Abra a entrada de água e
com uma pá de plástico, balde e pa- deixe a caixa encher. Esta água já
nos. Seque o fundo com panos limpos poderá ser utilizada.
e evite passá-los nas paredes da caixa;
9. Ainda com a saída da caixa fecha- Cuidado:
da, deixe entrar um palmo de água e Evite a ingestão ou inalação do
adote os dados da tabela abaixo. Dei-
produto e o seu contato com a pele e
xe por duas horas e use esta solução
desinfetante para molhar as paredes
olhos;
com ajuda de uma brocha e um balde Em caso de contato com pele ou
ou caneca de plástico; olhos, lave com água corrente
Capacidade Quantidade de água em abundância por pelo menos
de caixa sanitária
15 minutos e procure um médico
500 10 colheres de sopa
imediatamente;
750 15 colheres de sopa
1000 20 colheres de sopa Em caso de ingestão, procure um
Ilustração: Sabesp

1500 30 colheres de sopa médico levando a embalagem do


2000 40 colheres de sopa produto.
5000 2 litros
Fotos, figuras e fonte: Sabesp e CDL

60 61
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Periodicidade de inspeção e avaria em reservatório
Frequência
Equipamento Descrição da inspeção Avaria
Semanal Mensal
1 *
2 *
3 *
4 *
5 *
6 *
7 *
8 *
9 *
10 *

Tabela de manutenção

62 63
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sistema de bombeamento puxará água de um
Dica - Medida de Sustentabilidade
dos outros drenos. Isso elimina a sucção no dre-
no bloqueado
Na Europa, sobretudo na França, muitos começam a adotar a piscina
A maioria das piscinas também possui um par de
biológica.
portas de vácuo utilizadas somente na limpeza da
Princípio: utilizar as propriedades regeneradoras da natureza para as-
piscina. Essas portas são conectadas a aspira-
segurar a limpeza da piscina, sem recorrer a produtos químicos, como
dores de piscina, que funcionam mais ou menos
o cloro e seus derivados.
como um aspirador de pó. A diferença é que su-
O desenho ilustra o sistema de piscina biológica desenvolvido pela
gam água em vez de pó. As portas a vácuo po-
empresa alemã Bionova para o Castelo de Germiney, na região do
dem ter seu próprio siste ma de bombeamento,
Jura, no leste da França.
mas na maioria das piscinas elas são controladas
O sistema possibilita a obtenção e a manutenção de uma água de qua-
pela bomba principal.
lidade comparável à de um lago de alta montanha, unicamente graças
Depois de passar pelos vários drenos, a água flui
à associação de plantas, microorganismos e uma filtragem mineral. a sua superfície incline em direção a eles. A maior para o estágio de filtragem. Na próxima seção,
Esse sistema ecológico, bastante custoso, é muito econômico a longo parte da sujeira e dos restos que afundam sai da descobriremos do que se tratam os sistemas de
prazo. Mas, como todo ecossistema, ele é frágil e precisa de cuidados piscina através desses drenos. Para evitar que as bombeamento e filtragem.
para conservar a sua eficácia. pessoas enrosquem seus cabelos ou membros
na bomba, os drenos são quase sempre cobertos
A lagoa com grades ou coberturas antivortex (uma cober-
Uma camada de pedregulhos colocada sobre um tanque forrado com tura que desvia o fluxo de água para evitar que
lona porosa recobre o fundo do tanque e faz uma filtragem. Na água, um vórtice perigoso seja formado).
microorganismos, algas, lagostinhas e camarões de água doce absor- As escumadeiras drenam a água da mesma ma-
vem o material orgânico (fragmentos de pele e de gordura, e outros). neira que os drenos principais, mas sugam ape-
nas do topo da piscina (geralmente 0,5 cm). Qual-
As plantas quer sujeira que flutue - folhas, óleo de bronzear,
Mais de 40 tipos de plantas são instalados dentro d’água e nas mar- Aspirador de piscinas Porta à vácuo.
cabelo - sai da piscina através desses drenos.
gens: No sistema de represa flutuante descrito aqui, a A bomba
Junco, íris, papiro e hortelã aquática, por exemplo. porta de entrada move-se para dentro e para fora Para a maioria de nós, uma piscina é como um
Elas oxigenam a água e eliminam os nitratos e os fosfatos dissolvidos. para deixar um volume muito pequeno de água grande buraco no chão. Não vemos as máqui-
entrar a cada vez. Para pegar as sujeiras de for- nas caras de um sistema de piscina, porque ge-
A cascata de escoamento ma eficaz, o objetivo é escumar apenas o nível da ralmente elas estão escondidas em uma sala de
A água que se eleva transborda na lagoa de regeneração e escorre por superfície. A água flui através da cesta do filtro, bombeamento. Mas são estas máquinas que fa-
riachos inclinados à moda de cascata. que pega as sujeiras maiores, como folhas. Além zem a piscina funcionar.
Esse redemoinho possibilita uma melhor oxigenação. da porta principal, o sistema de escumadeira pos- O coração do sistema da piscina é a bomba de
O ciclo inteiro dura de três a cinco horas. sui uma linha de equalizador secundário que leva água. Em um sistema de bombeamento típico,
a um dreno abaixo do nível da superfície. Essa um motor elétrico gira um propulsor dentro da
A bomba linha evita que a escumadeira mande ar para o sala de bombeamento. O propulsor leva a água
A água da piscina é aspirada e filtrada para que as impurezas maiores sistema de bombeamento se o nível da água cair dos vários drenos através do filtro e de volta para
sejam eliminadas. abaixo do nível da porta principal. as portas de água.
A seguir, ela é injetada na lagoa de regeneração, pelo fundo. A água é bombeada através do sistema de filtra- Imediatamente antes de fluir para a bomba, a
http://www.terra.com.br/revistaplaneta/edicoes/419/artigo61569-2.htm gem e novamente para os retornos, que são água passa através de uma peneira de metal que
as válvulas de entrada ao lado da piscina. Esse
Informações Já vimos que a água em uma piscina deve circular
através de um sistema de filtragem para remover
sistema envolve muita sucção, mas se a piscina
pega folha e outras sujeiras que podem obstruir
a bomba.

Complementares I
for construída e operada corretamente, virtual- Em seguida, a água flui para o filtro (ou, nesta
sujeira e restos. Durante uma operação normal, mente não há risco da sucção prender alguém configuração, um dos dois filtros). Na próxima se-
a água flui para o sistema de filtragem através de contra um dos drenos. A única maneira do siste- ção, você descobrirá o que acontece neste ponto
Manutenção de Piscina dois ou mais drenos principais no fundo da pisci- ma de bombeamento aplicar esse tipo de sucção do sistema.
na e de vários drenos tipo escumadeira no topo é se houver apenas um dreno aberto. Em uma
da piscina. piscina segura, existem sempre diversos drenos O Filtro
O sistema de drenagem, Os drenos principais estão geralmente localiza- principais, bem como várias escumadeiras. Por- Os filtros deste sistema são filtros de areia de alta
bomba e filtro1 dos no ponto mais baixo da piscina para que toda tanto, se alguém ou algo bloquear um dreno, o densidade. Os filtros de areia consistem em um
1 Fonte de consulta: http://www.zaiom.com.br/Templates/ imagens/img/downloads/bombeiro.pdf - Manual do Bombeiro
64 65
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piscina utilizam um filtro de terra diatomácea ou a piscina, recoloque sempre na mesma posição
um filtro de cartucho. No filtro de terra diatomá- que estava, orientando-se por alguma marca de
cea, a água da piscina passa através de grades sua preferência. Se for guardá-la por longo perí-
cobertas por terra diatomácea, um pó fino feito odo, seque-a, dobre sem deixar umidade interna,
dos restos quimicamente inertes e fossilizados de para evitar o mofo, que poderá causar apodreci-
organismos marítimos chamados diátomos. Em mento.
um filtro de cartucho, a água suja passa através Ao colocar CLORO na água, espere no mínimo 6
A peneira fica bem à frente da bomba Filtros de areia duplos de um filtro feito de poliéster ou papel corrugado. horas para recolocar sua Capa. Ela suporta cloro
Em vez de lavar, simplesmente deve-se remover em concentração normal, mas na hora que se co-
o filtro e esguichá-lo. Depois de alguns anos (ge- loca o cloro, ocorre uma reação que necessita ar
ralmente oito), é hora de descartar o filtro antigo e livre para se dissipar.
colocar um novo. • O descarte de água é utilizado no processo de
DRENAGEM: Existem várias formas de drenar a revelação do raio-x (imagens) sem a preocupa-
água da chuva da capa, a mais eficiente é através ção de outra destinação ou substituição por siste-
do Dreno. Trata-se de uma Válvula de escoamen- ma de revelação que não utilize água;
Areia de filtro especial to instalada no centro gravitacional da capa, en- • A lavagem de roupa pode reduzir o consumo
A peneira removida para limpeza
gatando pelo fundo à mangueira flutuante de pis- médio de água, de 40 litros por quilo de roupa
grande tanque feito de fibras de vidro, concreto
cina. Ligando a outra extremidade no dispositivo para 25 litros ou menos, quando se recorre a téc-
ou metal contendo uma fina camada de areia com
de aspiração. Para drenar, recolha antes a sujeira nicas e controle de pH (acidez da água) corretos
granulação especial, que possui um formato qua-
de folhas do fundo da poça d’água da capa, em e a produtos químicos modernos como o Oxige-
drado.
seguida aspire para fora da piscina. nol e o Clorial;
Durante a operação de filtragem, a água suja da
• A lavagem de reservatório - seu esvaziamento
piscina entra através do cano de entrada do filtro,
Teste do balde para piscinas extravasa pelo ladrão milhares de litros de água
que leva à cabeça de distribuição de água den-
O teste do balde serve para determinar se a pisci- potável, desperdício sanado se houver planeja-
tro do tanque. Enquanto a gravidade puxa a água
na está vazando ou apenas evaporando mento antecipado de fechamento do registro e
através da areia, as pequenas partículas de areia
• Coloque a água da piscina no nível normal; consumação prévia do total da água, inclusive a
pegam qualquer sujeira. No fundo do tanque, a
• Encha um balde com água da piscina até apro- utilização da reserva de incêndio;
água filtrada flui através da unidade de retenção
ximadamente 5 cm da borda; • A água destilada, quando armazenada por pe-
e para fora através do cano de saída.
• Marque o nível de água do balde e também o ríodo superior a quatro horas, é descartada, sem
Areia de filtro especial.
nível da água na piscina; ser reaproveitada como água limpa;
Com o tempo, a sujeira coletada na areia diminui
• Prenda o balde no interior da piscina de forma • A água de torre de resfriamento, de hidrotera-
o fluxo de água. Medidores de pressão na porta
que a água do balde mantenha a mesma tempe- pia e de outros equipamentos, ao invés de ser
de entrada e saída do filtro dão a idéia do nível
descartada no esgoto, poderia ser reaproveitada:
Informações
de bloqueio dentro da piscina. Se os medidores ratura da água da piscina sem que o balde possa
trocar água com a piscina; reservatório privativo para alimentação de vasos
mostrarem uma pressão maior no cano interno
sanitários, irrigação de jardins, lavagem de pá-
em relação ao externo, você sabe que há muita
sujeira na areia. Isso significa que é hora de lavar
• Após 24h confira o nível de água do balde e o
nível de água da piscina comparando-os com as Complementares II tios, calçadas etc.;
• Os pequenos furos na tubulação de 3/4” de ali-
marcações iniciais.
o filtro. Para lavar, é necessário ajustar algumas
válvulas para redirecionar o fluxo de água. Você Caso a piscina tenha uma variação maior em al- Check-list mentação das torres de resfriamento provocam
tura dos níveis de água, ela provavelmente apre- perdas e vazamento através do extravasor (la-
deve fechar o cano de retorno que leva à piscina
senta vazamento. Caso as variações em altura Por meio da manutenção preventiva é possível drão);
e abrir o cano de drenagem, que leva ao sistema
dos níveis do balde e da piscina tenham sido agir contra desperdícios. A seguir temos alguns • Evite o vazamento através das bombas de água
de esgoto. Ajuste uma válvula no filtro para co-
iguais, a piscina não apresenta vazamento. Se exemplos de problemas que podem paralisar os gelada do sistema da torre de resfriamento;
nectar o cano da bomba para o cano de saída e
chover, repita o teste. processos, causar danos e consumo de água • Não deixe o reservatório (caixa d’água) enterra-
conectar o cano de drenagem para o cano de en-
desnecessário, para que sejam revistos e sana- do vazando por trincas (rachaduras) na estrutura
trada. Com esse arranjo, a água da bomba é em-
Colocando uma cobertura na piscina a perda dos: do reservatório ou sem impermeabilização ade-
purrada através da areia, deslocando a sujeira.
de água por evaporação pode ser reduzida em • Destiladores e outros aparelhos necessitam de quada e outros;
No topo do tanque do filtro, a água suja flui atra-
até 90%. fluxo contínuo de água para troca de calor entre o • Diminuir os intervalos inadequados de aciona-
vés do cano de entrada e para dentro do esgoto.
meio quente e o frio como forma de condensação; mento e duração de descarga de fundo de cal-
Para redirecionar o fluxo de água para lavagem,
CUIDADOS: O uso da capa (lona) de forma cor- • Os bolsões de ar e o golpe de aríete (vide nota) deira, por falta de análise físico-química da água,
é necessário girar grandes alças para ajustar as
reta permite uma maior durabilidade e eficiência acontecem geralmente em tubulação de água e a descarga sem o reaproveitamento de suas
válvulas de bombeamento
na proteção, para isso, após retirá-la para usar quente por falta da instalação de eliminadores de calorias;
No lugar de um filtro de areia, alguns sistemas de
ar;
66 67
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• O condensado (em elevado volume) quimica-
mente tratado, com seu alto conteúdo calórico, é
a um maior consumo de combustível, em conse-
quência da ausência de material isolante, preju- Informações da aplicação.
Bitola: 1/2“ BSP
habitualmente, total ou parcialmente, desprezado
no esgoto, por falta de adequação no sistema de
dicando a transferência de calor; 1mm de cálcio
reduz a troca térmica em 7% e 1mm de sílica em Complementares III Classe de Pressão: 20 a 400 kPa (faixa comple-
ta) Corpo/material: Plástico ABS
retorno à caldeira, assim como o reaproveitamen- 16%; Garantia dos Produtos: Garantia mínima de
to desta água em lavanderia, cozinha, trocadores • O consumo maior de combustível da caldeira Especificações técnicas 1(um) ano contra defeitos de fabricação. Garantia
de calor e outros. O descarte de condensado de ocorre por falta de controle de eficiência de quei- de reposição de qualquer peça defeituosa ou fora
calandra e de secadora, em ralo de lavanderia e ma, rendimento, temperatura dos gases, percen-
dos equipamentos dos padrões de funcionamento exigidos nesta Es-
de caldeirões, básculas e estufas, em dreno de tual de CO2 e O2, inadequada descarga de fun- e componentes pecificação. Assistência técnica gratuita por um
cozinha, apresenta a desvantagem adicional de dos e outros; período de 12 (doze) meses para produtos com
aquecimento dos respectivos ambientes; • A perda de oxigênio é acarretada pela válvula de economizadores defeitos de fábrica.
• Evite o golpe de aríete, em rede de vapor, de- segurança de gaseificadores de oxigênio líquido Qualidade dos Produtos: O Fornecedor deverá,
vido à inadequada ou inexistente drenagem de superdimensionados ou pela produção de oxigê- obrigatoriamente, ser participante do Programa
condensado das linhas de alimentação; nio gasoso acima da demanda; Alternativas de componentes economi- Brasileiro de Qualidade e Produtividade na
• O vapor fluente (de expansão direta) muitas • Eliminar o vazamento de oxigênio em canaliza- zadores de água: Habitação (PBQP-H) do Governo Federal, e estar
vezes é utilizado em máquina de lavar roupa, ao ções, juntas, conexões, válvulas, manômetros, na lista de fabricantes conformes.
invés de água quente, acarretando prejuízo à cal- “manifold” e outros decorrentes de rede mal exe- Aplicação: Os equipamentos serão utilizados
deira e à roupa (em caso de incidência direta); cutada, mal conservada, falta de revisão e de tes- para redução do consumo de água no uso priva- 2. Válvulas, registros e torneiras
• Perda de vapor saturado: em autoclaves de es- tes periódicos. Para vazamento de gás combus- do, coletivo e/ou público.
terilização por inadequada manutenção de pur- tível, idem. Nome básico: Válvula de fechamento automático
gador termostático e de gaxeta; em válvula de Antivandalismo para Mictório – Uso PURA
1. Arejadores e restritores de vazão
segurança e estações redutoras, por falta de re- Descrição: Válvula de fechamento automático
gulagem e outros; NOTA
Nome básico: Arejador antifurto de vazão cons- para mictório antivan-
• Perda de vapor em linhas de distribuição, vál- Por golpe de aríete se denominam as varia-
tante de 6 ou 8 litros por minuto, respectivamente dalismo para ser embu-
vulas, registros, barrilete (tubulações) de distri- ções de pressão decorrentes de variações
0,10 litros/seg. ou 0,13 litros/seg. tida na parede, com ci-
buição, juntas de expansão, conexões de inter- da vazão, causadas por alguma perturbação,
Descrição: Arejador clo de 4 a 10 segundos
ligação e outros em decorrência de deficiente voluntária ou involuntária, que se imponha ao
a ser instalado em e as seguintes caracte-
conservação e controle. Desperdício de vapor fluxo de líquidos em condutos, tais como ope-
torneiras ou mistu- rísticas antivandalismo:
através de “by-pass” por falta de manutenção no rações de abertura ou fechamento de válvu-
radores cuja rosca Não são permitidos
purgador; las, falhas mecânicas de dispositivos de prote-
seja compatível, e aparelhos que possam
• Perda de vapor quente em trocadores de calor, ção e controle, parada de turbinas hidráulicas
utilização em pres- ser desrosqueados de
em tubulações sem eficientes, tanque de conden- e ainda de bombas causadas por queda de
sões acima de 100 conexões do sistema
sado, reservatório de água quente e outros por energia no motor, havendo, no entanto, outros
kPa. O equipamento hidráulico. Se neces-
inadequado isolamento térmico; tipos de causas.
deve permitir uma sário, a saída de água
• Caldeira alimentada com água a 80°C ao invés É o caso típico de condutos de recalque pro-
vazão constante de deve ser soldada ou colada no corpo da válvula
de 20°C, resulta em ganho de 60kcal/kg de vapor, vidos de válvulas de retenção logo após a
até 6,5 litros por mi- como garantia suplementar de impossibilidade de
proporcionando uma economia de óleo combustí- bomba, e sem dispositivos de proteção. Nes-
nuto. Para casos específicos, tais como cozinhas desmontagem ou furto da mesma;
vel de aproximadamente 10,3%; te caso, a situação de ocorrência do golpe
industriais, recomenda- se vazão de até 8,5 litros A desmontagem dos aparelhos antivandalismo e
• Cada 5°C de aumento na temperatura da água de forma mais desfavorável e com mais fre-
por minuto. do mecanismo de vedação somente poderá ser
de alimentação da caldeira economiza 1% de quência é aquela decorrente da interrupção
Material: Conjunto arejador em plástico para em- feita através de chaves especiais fornecidas ex-
combustível; brusca da energia elétrica fornecida ao motor
butimento no corpo da torneira ou com capa me- clusivamente pelo fabricante, não encontradas no
• Vapor saturado à pressão de 8 kgf/cm2 em vaso da bomba que alimenta o conduto. É nesta
tálica para fixação na torneira. comércio e com dimensões divergentes de cha-
de pressão de 1.000 litros, sem isolamento térmi- situação onde corriqueiramente se verificam
Nome básico: Restritor de vazão de 6 a 9 litros/ ves padronizadas;
co, representa perda de aproximadamente 100kg valores extremos para o golpe de aríete.
minuto e de 8 a 18 litros/ minuto. Bitola: ½ “ BSP
de vapor por hora; Durante o fenômeno do golpe de aríete, a
Descrição: Restritor de vazão para ser instalado Classes de pressão: 20 a 400 kPa (faixa com-
• A tubulação de duas polegadas de diâmetro, pressão poderá atingir níveis
nas seguintes situações: pleta) ou conforme faixas especificadas pelos fa-
quando desprovida de isolamento térmico, trans- indesejáveis, que poderão causar sérios da-
• no tubo do chuveiro; bricantes.
portando vapor saturado a 8 kgf/cm2, acarreta nos ao conduto ou avarias nos dispositivos
• na parte posterior da torneira (rabeta) ou da vál- Corpo/material: Metálico com acabamento su-
perda de 0,49kg de vapor por metro linear, por nele instalados, como: ruptura de tubulações
vula de mictório; perficial, ligas de cobre.
hora; por sobrepressão, avarias em bombas e vál-
• na ligação flexível. Botão ou tecla: Metálico com acabamento su-
• A incrustação em tubulação de caldeira obriga vulas, colapso de tubos devido a vácuo etc.
Limita a vazão em 6 a 18 litros/minuto, em função perficial: ligas de cobre ou aço inox.
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Classes de pressão: 20 a 400 kPa (faixa com- Classes de pressão: 20 a 400 kPa (faixa com- Bitola: 1/2” BSP
Nome básico: Válvula de fecha- pleta) pleta) ou conforme faixas especificadas pelos fa- Classes de pressão: 20 a 400 kPa (faixa com-
mento automático para Mictório - Corpo/material: Metálico com acabamento su- bricantes. pleta) ou conforme faixas especificadas pelos fa-
Uso PURA perficial ou ligas de cobre. Corpo/material: Metálico com acabamento su- bricantes.
Descrição: Válvula de fechamen- perficial, ligas de cobre. Corpo/material: Metálico com acabamento su-
to automático para mictório com Nome básico: Torneira de Botão ou tecla: Metálico com acabamento su- perficial, liga de cobre.
ciclo de 4 a 10 segundos. Pia de Cozinha de Mesa - perficial, ex: ligas de cobre ou aço inox. Botão ou tecla: Metálico com acabamento su-
Bitola: 1/2“ BSP Uso PURA perficial: ligas de cobre ou aço inox.
Classes de pressão: 20 a 400 Descrição: Torneira de pia Nome básico: Torneira de fechamento auto-
kPa (faixa completa) ou conforme de cozinha modelo mesa, mático tipo parede Nome básico: Válvula de fechamento automático
faixas especificadas pelos fabri- tipo bica móvel, com areja- para lavatório – Uso para chuveiro elétrico – Uso
cantes. dor antifurto de vazão cons- PURA PURA
Corpo/material: Metálico com tante de 6 a 8 litros por mi- Descrição: Tornei- Descrição: Válvula de fecha-
acabamento superficial, ligas de nuto e/ou restritor de vazão ra de fechamento mento automático para chu-
cobre. e/ou registro regulador de automático parede, veiro elétrico com corpo da
Botão ou tecla: Metálico com vazão. com ciclo de fechamento de 4 a 10 por segundo, válvula integrado a registro de
acabamento superficial: ligas de Bitola: 1/2” BSP e arejador antifurto de vazão constante de 6 ou 8 pressão, acionamento manual
cobre ou aço inox. Classes de pressão: 20 a litros por minuto e/ou registro regulador de vazão e ciclo de fechamento de 20 a
400 kPa (faixa completa) integrado e/ou restritor de vazão. 50 segundos.
Nome básico: Registro Corpo/material: Metálico com acabamento su- Bitola: 1/2” BSP Bitola: 1 ½“ ou 1 ¼” BSP
Regulador de Vazão - perficial, ligas de cobre. Classes de pressão: 20 a 400 kPa (faixa com- Classes de pressão: 20 a
Uso PURA pleta) ou conforme faixas especificadas pelos fa- 400 kPa (faixa completa) ou conforme faixas es-
Descrição: Registro Nome básico: Torneira de Pia bricantes. pecificadas pelos fabricantes.
regulador de vazão, de Cozinha de Parede – Uso Corpo/material: Metálico com acabamento su- Corpo/material: Metálico com acabamento su-
torneiras mesa e mistu- PURA perficial, ligas de cobre ou aço inox. perficial liga de cobre.
radores de mesa, com Descrição: Torneira de pia de Botão ou tecla: Metálico com acabamento su- Botão ou tecla: Metálico com acabamento su-
possibilidade de regula- cozinha modelo para parede, perficial, ex: ligas de cobre ou aço inox. perficial: ligas de cobre ou aço inox.
gem de vazão em fun- tipo bica móvel, com arejador Obs.: Este aparelho não é indicado para chuvei-
ção da pressão local. antifurto de vazão constante Nome básico: Torneira de fechamento automáti- ros elétricos com resistência blindada.
Bitola: 1/2” BSP de 6 ou 8 litros por minuto e/ co antivandalismo para
Classes de pressão: 20 a 400 kPa (faixa com- ou restritor de vazão e/ou re- Lavatório - Uso PURA Nome básico: Válvula de fechamento automá-
pleta) gistro regulador de vazão. Descrição: Torneira de tico antivandalis-
Corpo/material: Para temperatura até 40 °C: Bitola: 1/2” BSP fechamento automáti- mo para ducha de
plástico de engenharia. Para temperatura até 80 Classes de pressão: 20 a co para ser embutida água fria – Uso
°C: metálico com acabamento superficial, ex.: la- 400 kPa (faixa completa) na parede, com ciclo PURA
tão cromado, aço inox. Corpo/material: Metálico de 4 a 10 segundos e Descrição: Válvula
com acabamento superficial, ligas de cobre. com as seguintes ca- de fechamento au-
Nome básico: Tor- racterísticas antivan- tomático para chu-
neira de acionamento Nome básico: Torneira de fechamento automáti- dalismo: veiro elétrico com
restrito de Parede – co tipo mesa para la- • Não são permitidos aparelhos que possam ser corpo da válvula integrado a registro de pressão
Uso PURA vatório – Uso PURA desrosqueados de conexões do sistema hidráuli- para ser embutido na parede, acionamento ma-
Descrição: Torneira Descrição: Torneira co. Se necessário, a bica de saída de água deve nual e ciclo de fechamento de 20 a 50 segundos.
de acionamento res- de fechamento auto- ser solda da ou colada no corpo da válvula como Bitola: ½ “ BSP
trito a ser instalação mático mesa, com ci- garantia suplementar de impossibilidade de des- Classes de pressão: 20 a 400 kPa (faixa com-
na parede, acionada clo de fechamento de montagem ou furto da mesma. pleta) ou conforme faixas especificadas pelos fa-
com chave especial 4 a 10 segundos, e • A desmontagem dos aparelhos antivandalismo bricantes.
destacável e inclusa, arejador antifurto de e do mecanismo de vedação somente poderá ser Corpo/material: Metálico, ligas de cobre.
para o uso exclusivo vazão constante de feita através de chaves especiais fornecidas ex- Botão ou tecla: Metálico, com acabamento su-
da pessoa responsá- até 6 ou 8 litros por minuto e/ou restritor de vazão clusivamente pelo fabricante, não encontradas no perficial: ligas de cobre ou aço inox.
vel, em ambientes públicos ou coletivos. e/ ou registro regulador de vazão. comércio e com dimensões divergentes de cha- Obs.: Este aparelho não é indicado para chuvei-
Bitola: 1/2“ e 3/4” BSP Bitola: 1/2” BSP ves padronizadas. ros elétricos com resistência blindada.

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Nome básico: Válvula Descarga para limpeza de Informações do tempo efetivo de uso do equipamento no pro-
cedimento. Entre os recursos desta categoria,
Outra pesquisa que citamos como exemplo é o
trabalho de uso racional da água implantado nas
Bacia Sanitária e canopla antivandalismo – Uso
PURA Complementares IV incluem-se energia elétrica, água, gases e alguns
tipos de fármacos.
dependências do Instituto da Criança no Hospi-
tal das Clínicas - SP, realizado em 1998. Para a
Descrição: Válvula
de descarga com
Área especial de grande Para avaliação de redução dos gastos na utiliza-
ção desses equipamentos e processos, é reco-
implantação do programa foi desenvolvida uma
metodologia que estabeleceu um grupo de ações
acionamento manu- consumo ou mendado a: a serem implementadas com a intenção de eco-
al, registro integra- a) Identificação do consumo de todos os equipa- nomizar a água consumida internamente.
do que permite a re- de desperdício mentos; Uma das ações foi a caracterização detalhada do
gulagem da vazão As soluções para a diminuição do consumo de b) Identificação do consumo nos processo, como consumo interno de água no que se refere aos
de descarga para água são compostas de diversas ações, e o o de hemodiálise; consumos específicos devido à natureza das ati-
propiciar volume de diagnóstico de consumo por setor ou por ativida- c) Avaliação de resultados visando à redução do vidades internas de um hospital. O consumo clas-
6 litros por aciona- de ajuda o gestor ou técnico responsável a identi- consumo; sificado como de “uso interno” (entradas, cirurgia,
mento, com acaba- ficar e adotar medidas de redução. d) Apresentação de sugestões no enfoque tecno- ambulatório, triagem, paciente, acompanhante,
mento incluso. lógico legal institucional e gerencial. funcionários, lactário, laboratório, radiologia, con-
Bitola: 1 ½“ ou 1 ¼” BSP Outra ação pertinente uma análise de consumo sumo e gás) foi aquele que apresentou o maior
Classes de pressão: 20 a 400 kPa (faixa com- A previsão e detecção de falhas ou defeitos nos sistemas de: ar condicionado, ar comprimido, índice de participação, configurando-se em torno
pleta) ou conforme faixas especificadas pelos fa- coíbem interrupções e gastos desnecessá-
vácuo, vapor, hemodiálise e destilação ,na central de mais de 50% do consumo total.
rios, permitindo adequado funcionamento
bricantes. de materiais (autoclaves) e setores de lavanderia No gráfico abaixo está estratificado o consumo
da Instituição, o que reflete no atendimento
Corpo/material: Plástico de engenharia, metálico (máquinas de lavar). por categoria de uso.
fornecido aos pacientes que dependem do
com acabamento superficial, ligas de cobre. adequado funcionamento das instalações e Para ilustrar a distribuição e consumo de água em Consumo Desagregado de Março à Outubro 1998 ICR/HC
Botão ou tecla: Metálico com acabamento su- equipamentos para terem bom atendimento e instalações hospitalares, citamos três pesquisas.
perficial: ligas de cobre ou aço inox. tratamento.
O Water Efficiency Manual, realizado pelo Estado
Garantia dos produtos: Garantia mínima de 5 da Carolina do Norte, pelo Departament Environ-
(cinco) anos contra defeitos de fabricação. Na seqüência , apontamos alguns pontos onde ment and Natural Resources, Division Pollution
Garantia de reposição de qualquer peça defeitu- pode haver desperdício de água, seja por falta de Preservation and Envionmental Assistence e Di-
osa ou fora dos padrões de funcionamento exi- manutenção, ou por descuido dos usuários. vison of Water Resource mostra o resultado de
gidos nesta Especificação. Assistência técnica Os hospitais são considerados grandes consumi- pesquisas realizadas com enfoque na eficiência
gratuita por um período de 12 (doze) meses para dores de água, principalmente na área de do uso da água. Os técnicos responsáveis pela
produtos com defeitos de fábrica. equipamentos especiais que necessitam de uso elaboração do manual analisaram o consumo de
Qualidade dos produtos: O revestimento eletro- intensivo de água para operar os sistemas de água em diversas categorias de uso e por tipo-
lítico deve resistir a 200 horas quando submeti- uma unidade hospitalar, incluindo caldeiras, res- logia - comercial, residencial, industrial, escolas,
do ao teste de “salt Spray” – câmara neutra. O friadores (chillers), torres de resfriamento ,esteri- hotéis/motéis e hospitais. Neste último, após aná- A identificação do consumo interno e os usos
Fornecedor deverá, obrigatoriamente, ser partici- lizadores, ar-condicionado ,higienização e outros lise dos 14 maiores hospitais do estado, conclu- dos ambientes são importantes na definição e
pante do Programa Brasileiro de Qualidade e Pro- processos. íram que a distribuição de água para consumo implantação de ações economizadoras de água.
dutividade na Habitação (PBQP-H) do Governo • Reduzir o consumo de água pode trazer diver- era similar nas edificações. O maior consumo foi As informações sobre as necessidades de cada
Federal, e estar na lista de fabricantes conformes. sos benefícios, como: registrado nos banheiros - 40% conforme gráfico. usuário subsidia o corpo técnico e administrativo
• Redução dos custos operacionais; na escolha das ações técnicas mais apropriadas
Referência: fabricantes - fotos e características • Minimização de impactos ambientais. e economicamente viáveis para otimizar o uso
técnicas dos equipamentos. Uma das formas de redução de consumo é a ado- da água, resguardando a saúde dos usuários e
ção da reutilização da água dos processos, das o perfeito desempenho dos sistemas envolvidos,
torres de resfriamento e descarga de caldeiras, garantindo sempre a quantidade e qualidade ne-
na recuperação e reutilização de condensadores, cessárias para a realização das atividades consu-
como também aumentando a eficiência ou substi- midoras, com o mínimo de desperdício.
tuição de equipamentos de refrigeração de água. Em 2000, o Instituto de Assistência Médica ao
A adoção dessas ações leva à eficiência opera- Servidor Público Estadual - IAMSPE implantou o
cional. Programa de Uso Racional da Água. A metodo-
O consumo de recursos destes equipamentos é logia adotada para caracterização detalhada do
contínuo e podem variar em quantidade propor- consumo interno de água foi semelhante à apli-
cional, dependo das especificações técnicas e Banheiros e uso doméstico: acionamento de descarga de cada nos dois primeiros casos. O gráfico abaixo
vasos e mictórios, lavagem de mão, banhos, escovação de
72 dentes, etc.
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mostra a semelhança dos resultados. lação da bomba. modificado, já que as máquinas de lavar passa- 50% o tempo do processo de lavagem, resultan-
Na adoção de medidas economizadoras de água, ram por uma grande evolução, acompanhando o do em uma maior higienização das roupas;
outros setores que merecem destaque por serem avanço tecnológico. • Redução do consumo de água em média de
grandes consumidores são a hemodiálise e a la- Os métodos e técnicas de lavagem da roupa, ge- 30%, podendo atingir 65% no caso de roupa de
vanderia. ralmente, associam alguns princípios para melhor sujidade leve;
alcançar seu objetivo. • Redução da quantidade de produtos químicos
Lavanderia Os princípios associados no processo de lava- entre 30 e 50%;
gem são de ordem física (mecânica, temperatu- • Aumento da vida útil dos tecidos, graças ao tem-
ra e tempo) e química (divergência, alvejamento, po de lavagem menor, à diminuição da ação me-
acidulação, amaciamento e desinfecção). cânica e de produtos químicos;
O correto nível da água no tambor interno é um • Redução do impacto ambiental: o processo com
fator importante para a eficiência da ação mecâni- ozônio gera menor volume de efluentes (pelo me-
Bombas a vácuo ca. A inobservância do nível correto prejudica se- nor consumo de água) e menor uso de produtos
riamente todo o processo de lavagem e provoca químicos, reduzindo de forma considerável o im-
A grande maioria dos hospitais possui Central de gasto desnecessário de água. pacto ambiental da lavagem de roupas.
Materiais (CEM) que é definida pelo Ministério da Geralmente as lavanderias usam um grande vo- Outras formas de economia de água em lavan-
Saúde como um conjunto de elementos destina- lume de água em seu processo, mas ao mesmo deria:
dos à recepção e expurgo com o preparo, esteri- tempo, não é comum a adoção de práticas de • Manter em níveis aceitáveis o chamado “retor-
lização, guarda e distribuição dos materiais para pós-tratamento ,é quase nada. no”, que é a quantidade de roupa que retorna
A lavanderia hospitalar é um dos principais ser-
as unidades do estabelecimento assistencial à Como medida de evitar desperdício em 1996 foi para ser relavada devido a inúmeras falhas no
viços de apoio ao atendimento dos pacientes,
saúde; por este motivo devem-se avaliar também desenvolvida no Brasil uma tecnologia de lava- processo;
responsável pelo processamento da roupa e sua
as autoclaves que necessitam do uso de bom- gem com o uso do ozônio em lavanderias hospi- • Manter as máquinas em bom estado de manu-
distribuição em perfeitas condições de higiene e
bas a vácuo no processo de esterilização, con- talares e a sua utilização se deu em 1997. Grande tenção, pois fatores como vazamentos e desba-
conservação, em quantidade adequada a todas
siderando que as bombas a vácuo necessitam parte da sujidade encontrada nas roupas e teci- lanceamento da máquina provocam o aumento
as unidades do hospital.
de água para sua refrigeração. Segundo um dos dos é composta por substâncias oxidáveis (cer- do consumo da água;
O serviço de lavanderia, rouparia e costura de um
fabricantes, a bomba a vácuo é um equipamento ca de 85%), o tempo de reação do ozônio com • Automatização dos níveis de água da distribui-
hospital é de suma importância para o seu bom
agregado destinado a suprir as necessidades da estas partículas é muito rápido, que ao formarem ção de produtos químicos em todas as etapas do
funcionamento em função disso, a redução de
câmara de esterilização. compostos menores (processo de fragmentação processo, pois além de permitir boa lavagem pro-
consumo neste setor deve acontecer de forma
A bomba a vácuo de anel líquido (ofertada se- molecular) podem ser removidos do tecido pela porciona o aumento da vida útil do enxoval hos-
que não prejudique a qualidade do produto final.
paradamente) é um componente utilizado para ação mecânica da lavadora e pela a sua dissolu- pitalar;
A levantamento inicial deve considerar as infor-
remoção do ar e/ou vapor existente na câmara ção na água. O ozônio, por ser oxidante, também • A automatização permite manter o padrão da
mações em relação à quantidade de roupa lavada
de esterilização. Sua capacidade de sucção é di- permite o alvejamento do tecido, permitindo que roupa, gerando menos mão de obra, menor con-
por dia e por mês, a existência de hidrômetros no
retamente proporcional ao volume da câmara de em alguns tipos de sujidades, o uso do cloro na sumo de água, de energia e de retorno da roupa;
setor,qual o consumo de água mensal e a exis-
esterilização. maioria das formulações de lavagem, seja reduzi- • Operadores bem treinados mantêm o processo
tência de alguma forma de reutilização da água.
• Como a bomba a vácuo apresenta uma grande do ou eliminado. em níveis que possibilitam melhor custo benefí-
Informações referentes a itens de controle de ní-
importância no consumo de água, deve ser efetu- Operacionalmente, o processo de lavagem com cio;
vel de água, relógio no setor, controle de tempo
ada a regulagem da vazão de água da circulação o ozônio consiste na injeção controlada do gás • Se possível, reutilize a água dos dois últimos
de lavagem, reposição de produto químico, con-
conforme a potência do motor. ozônio na água de lavagem. enxágues para serem usadas no início de uma
trole de temperatura da água e existência de ba-
• Bomba de vácuo de 1.5 CV 200 l/h 3.33 L/min O desenvolvimento do Sistema de Lavagem próxima lavagem;
lança pode servir de indicador em relação ao ge-
Bomba de vácuo de 3.0 CV 250 l/h 4.16 L/min; com Ozônio já representa verdadeira revolução • Se possível, reutilize a água da máquina de la-
renciamento do consumo da água na lavanderia.
• Bomba de vácuo de 5.0 CV 300 l/h 5,0 L/min; em termos de redução do tempo do processo de var para regar as plantas.
As respostas obtidas devem ser fornecidas pelas
• Bomba de vácuo de 7.0 CV 350 l/h 5,8 L/min; lavagem, proporcionando sensível aumento de
pessoas que gerenciam cada setor da lavanderia. Você sabia que reutilizar a água que sai da má-
• Bomba de vácuo de 7.5 CV 370 l/h 6,1 L/min. produtividade e diminuição de custos operacio-
O “Manual da Lavanderia Hospitalar” do Ministé- quina de lavar roupas para regar o jardim? Que
• Recomendações do fabricante da bomba a vá- nais. Além disso, contribui para aumentar a vida além de ajudar o planeta ainda pode fazer bem
rio da Saúde afirma que metade da água utilizada
cuo: útil dos tecidos, assim como para a maior higie-
para as plantas? É o que afirma o professor de
no hospital destina-se ao consumo na lavanderia, botânica do Instituto de Biociências da USP, Gil-
• Utilização: executa a função de fazer pré-vácuo nização das roupas e, consequentemente para a berto kerbauy:“A partir do 2º ciclo de lavagem, a
e estima o consumo entre 35 a 40 litros de água
na câmara interna do equipamento, nas etapas redução dos índices de contaminação hospitalar. concentração da maioria dos sais está numa faixa
para cada kg de roupa seca que traz benefícios às plantas, principalmente aos
de pré-vácuo e de secagem.
gramados”; já que os valores de pH estão na faixa
• Observações: para melhorar o desempenho
Métodos e técnicas de lavagem Vantagens do processo tolerável para a maioria das plantas (7,9 e 7,1),ad-
de funcionamento, rendimento e desperdício de vertindo que eventualmente a concentração de só-
dio poderia ser prejudicial para algumas espécies
água, deve-se regular a vazão de água de circu-
Os princípios de lavagem da roupa pouco têm se • O sistema de lavagem com ozônio reduz em até e que o reaproveitamento desta água deve ser evi-
tado para molhar hortas.
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Segundo os pesquisadores Grull, Blum e Mancu- mos, foi possível concluir os estudos propondo a
so é possível o reuso da água em lavanderias de captação da água dos destiladores, instalados no
roupas hospitalares ;em um estudo realizado, foi primeiro andar do prédio do almoxarifado (novo),
analisado a viabilidade da reutilização da água de e o encaminhamento direto para o reservatório
uma unidade de hemodiálise sendo encaminhada RE-01.
e usada em uma lavanderia hospitalar. A Equipe de Controle Sanitário da Sabesp coletou
amostras da água de perda dos destiladores
Autoclave e o resultado da análise laboratorial (físico-quími-
ca) indicou que estava dentro dos parâmetros exi-
O desperdício de água em autoclaves é calcula- gidos pela portaria 36 GM de 19/01/1990, e, por-
do pela multiplicação do número de esterilizações tanto, poderia ser encaminhada sem tratamento
mensais realizadas por 125 litros de água.O valor para o reservatório.
de 125 litros corresponde ao consumo de água Embora a Sabesp tenha apresentado solução
que cada bomba de vácuo necessita para sua re- alternativa para o reaproveitamento dessa água,
o Levantamento das características e condições
frigeração em cada ciclo. fica inteiramente a critério do Departamento de
de todo o sistema;
O valor mensal multiplicado por 12 define o con- Engenharia do Hospital ou do gestor sua implan-
o Consumo de água e energia dos destiladores;
sumo anual de água que, ao não ser reaproveita- tação.
o Mapeamento dos destiladores;
da, será considerada como desperdício. Foi realizada uma análise técnica e econômica
o Qualidade da água da rede;
As formas de reaproveitamento são: com o intuito de justificar a intervenção proposta.
o Levantamento das características dos usuários;
• Reenviar a água que iria para o esgoto até uma o Exigências quanto à qualidade da água destila-
caixa d’água ou reservatório separado dos demais Análise econômica Orçamento (materiais + mão
da e período de utilização .
para posterior uso no resfriamento das bombas a de obra) para a implantação : R$ 5.410,38;
Após a verificação da tecnologia disponível, po-
vácuo. Isso diminui a quantidade de efluentes e Economia de água mensal esperada após a inter-
de-se, então, formular soluções que podem ser de água nos laboratórios foi a implantação do re-
reduz o consumo e o custo da água nos hospitais venção: 288,84 m3;
compatíveis com o não comprometimento das ati- aproveitamento de água dos destiladores.
e instituições; Benefício com a economia de água: R$ 2.241,40;
vidades dos usuários dos destiladores (e demais Para que se possa ter uma noção do gasto, con-
• Armazenar a água que passa pela bomba a vá- Retorno dos investimentos (payback): 2 meses.
usuários dos laboratórios). siderem que para produzir 2 litros de água destila-
cuo para ser usada na limpeza de pátios, pisos, Estas soluções podem ser desde a mais simples, da, eram desperdiçados 100 litros de água. Isto é, A ilustração a seguir apresenta a alternativa pro-
jardins ou em vasos sanitários. como a correta regulagem da entrada de água do somente 2% da água eram aproveitados; posta.
É importante questionar sempre se: destilador, até a utilização de sistema de recircu- - A metodologia utilizada para o reaproveitamento
• Há tecnologia ou processo alternativo que evite lação da água, ou ainda de sistemas mais sofisti- da água desses aparelhos consiste em recircular
ou reduz o consumo de água? cados de purificação da água. a água de resfriamento dos destiladores. A água
• É necessário usar água no processo ou existe Portanto, tem-se como aspecto mais importante resfriada é recolhida em um recipiente inferior e,
uma alternativa técnica e economicamente mais a busca pelo balanceamento - em conjunto com em seguida, bombeada automaticamente para
interessante? os usuários- entre a qualidade da água da rede, um reservatório superior, retornando, então, ao
a água necessitada pelo usuário e a água possi- sistema. Com o sistema instalado, o Laboratório
Reúso da água de processo: velmente obtida através do uso das tecnologias de Viroses de Bovídeos, do Centro de P&D de
destiladores e refrigeração disponíveis, analisada sob a óptica da relação Sanidade Animal, passou a economizar mensal-
custo-benefício, para cada caso em particular. mente 45.000 litros de água.
• Com base em estudos realizados pela Sabesp, Modelo de Destilador de Água – Tipo
em 2001 a Universidade de São Paulo fez uma Pilsen,utilizado em grandes laboratórios, indústria Estudo de caso em destiladores - Instituto de
análise dos estudos de reaproveitamento da água farmacêutica e em laboratórios de manipulação. Assistência Médica ao Servidor Público Esta-
de resfriamento utilizada nos destiladores dos dual - IAMSPE
laboratórios da CUASO, motivada pelo elevado Estudo de Caso - Instituto Biológico promove
número de equipamentos (cerca de 240), aliado o uso racional de água Outro estudo de caso foi realizado no ano de 2000,
à perda durante o processo de destilação (50L/h quando a Sabesp, em parceria com a empresa
em média por litro de água destilada, o que re- No segundo semestre de 2004, o Instituto Biológi- Cobrape implantou o Programa de Uso Racional
presenta quase R$ 30 mil por mês). Entre as con- co, por meio dos seus engenheiros Silvio Begos- da Água - PURA, no Instituto de Assistência Mé-
siderações a serem feitas no estudo do melhor so e Abrahão J. Abait, implantou um projeto de dica ao Servidor Público Estadual - IAMSPE.
aproveitamento desta água, destacam-se: gerenciamento do consumo de água, visando seu Uma das intervenções foi o reaproveitamento da
o Entendimento físico de como é o sistema de uso racional. Entre outras ações, uma das alter- água de perdas do processo dos destiladores.
destilação; nativas encontradas para economizar o consumo Com a definição da sala para instalação dos mes-
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Limpeza: tavam de 0,1% a 0,2 % da vazão total de recircu-
lação, e hoje correspondem a apenas 0,05%”.
Para alguns pesquisadores e fabricantes, o maior
consumo de água se dá na evaporação, que cor-
responde de 0,8% a 1,4% da vazão de recircula-
ção. Esta perda é inevitável, pois está diretamen-
te relacionada com o processo de resfriamento
da água. Se a carga térmica aumentar, haverá
também um acréscimo na taxa de evaporação no
consumo de água. Outra perda de água que pode
ser significativa é aquela causada por purgas ou
descargas que são aplicadas propositadamente
no sistema de resfriamento para se evitar a ex-
cessiva concentração dos sais dissolvidos e sóli-
O valor da economia é em função dos em suspensão na água.
das tarifas de água/esgoto que so- • Substituir o uso de substâncias tóxicas por
frem alteração anualmente. atóxicas; Como diminuir o consumo de água?
• Utiliza produtos de limpeza biodegradáveis; Considerando que o consumo devido à evapora-
• Ter rotinas de limpeza que tenham consumo de ção é inevitável, uma vez que depende da carga
água reduzido sempre que possível, como jatos térmica, o foco de atenção deve ser direcionado
de vapor d’água saturada sobre pressão. para as perdas por descargas, por respingos e
Caldeiras indispensáveis para manter a concentração de
sólidos dissolvidos na água da caldeira dentro Os gestores devem conhecer os parâmetros por vazamentos nas torres de resfriamento. A es-
dos limites de controle e evitar problemas de cor- operacionais e a qualiadde da água utilizada nas tratégia para reduzir o consumo de água deverá
As caldeiras produzem vapor para alimentar má-
rosão/arraste de água para o vapor. As maneiras caldeiras .A otimização do tratamento da água ser aquela que proponha a operação do sistema
quinas térmicas, autoclaves para esterilização de
mais efetivas de assegurar a operação da cal- das caldeiras e de seus procedimentos de contro- com o maior número de ciclos de concentração e,
materiais diversos, cozimento de alimentos e de
deira com uma quantidade mínima de purgas (e le podem resultar na economia de água,e, mais portanto, com a menor perda por descargas, sem
outros produtos orgânicos, calefação ambiental e
consequentemente valor máximo de ciclo de con- importante, no seu bom desempenho ,com o pro- os riscos da formação de incrustações.
outras aplicações do calor utilizando-se o vapor.
centração) são: longamento da vida útil e economia de energia. Para atender essa estratégia, são necessárias as
seguintes condições:
Todas as caldeiras de água contêm impurezas.
• Pré-tratamento adequado da água de reposição; Torres de resfriamento • Análise do limite de solubilidade de vários parâ-
O aumento da concentração destas impurezas de
• Utilização de produtos químicos adequados no metros químicos, tais como : carbonato de cálcio
sólidos em suspensão pode causar danos nas tu-
tratamento de manutenção; As torres de resfriamento de água, resfriadores e de magnésio, sílica e silicatos, em relação ao
bulações, nos purgadores e nos equipamentos do
• Aproveitamento máximo do líquido condensado, e condensadores evaporativos estão longe de número de ciclos. Esta análise pode ser feita com
processo e quando acumulados na própria caldei-
melhorando assim a qualidade da água de Ali- tornarem-se tecnologias ultrapassadas. Pelo con- o auxílio de um software específico;
ra, em forma de lama, prejudicam a eficiência das
mentação. trário, são • Definição da tecnologia de produtos químicos
caldeiras e sua capacidade de transferência de
importan- para tratamento da água, visando ao condiciona-
calor. Para manter os níveis de sólidos aceitáveis,
A recuperação do condensado é o método mais tes opções mento dos sais que ultrapassaram o limite de so-
a água deve ser removida do sistema da caldeira.
efetivo da economia de energia para sistemas de para a efici- lubilidade, numa forma não incrustante;
Esta água é denominada como purga, um termo
geração de vapor. As vantagens da recuperação ência ener- • Formulações de produtos denominados “disper-
aplicado à água que é removida da recirculação
do condensado são: gética.Por santes”, contendo polímeros que inibem a forma-
da água de arrefecimento para reduzir o acúmulo
tal motivo, ção de incrustações, devem ser incluídas no pro-
de contaminantes na água da torre.
• Economia de combustível; utilizando grama de tratamento químico;
Atingir a quantidade certa de purga é crítico, mas
• Economia da água de reposição; água potá- • Controle das descargas ou purgas através da
sua otimização em conjunto com o tratamento
• Redução da vazão de purgas na caldeira. vel ou de monitoração das variações do número de ciclos
de água adequado representa uma oportunidade
reúso, as de concentração. O número de ciclos real pode
para a redução de consumo de água. Tal como
A qualidade do condensado é similar a de uma torres de resfriamento e condensadores evapo- ser monitorado relacionando-se a concentração
acontece com as torres de resfriamento, o blowdown
água desmineralizada. Assim, a recuperação do rativos exercem uma importante função ecológica de um sal solúvel presente na água de reposição
insuficiente pode levar a um excessivo acúmulo
condensado como água de alimentação propor- As modernas torres de resfriamento são projeta- com a concentração deste na água de resfria-
de impurezas e muitas descargas podem levar ao
ciona uma redução das purgas, através do au- das para garantir o mínimo de perdas de água por mento.
desperdício de água, de produtos químicos e de
energia. mento do ciclo de concentração. arraste e respingos. Nos modelos de torres mais
As purgas de fundo e de nível nas caldeiras são Esquema de funcionamento com caldeira antigas, as perdas de água por arraste represen-
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Raio X com relação aos equipamentos e o manuseio da to na tabela abaixo:
mesma. Os resultados destes estudos aponta-
Os equipamentos de Raios-X usam água nos pro- ram que de toda a água utilizada nas cozinhas, o
cessos de revelação e impressão das imagens. maior gasto refere-se à atividade de higienização
Para a redução do consumo adotar as medidas de utensílios de médio e grande porte (panelões
abaixo: e caldeirões) e limpeza de ambiente, seguido da
• Ajuste as vazões nas lavagens ou enxágues higienização de folhosos e leguminosas, como
para o mínimo recomendado pelo fabricante; demonstrado no gráfico abaixo:
• Instale válvulas de solenóide controlada para
desligar as unidades quando as mesmas não es-
tiverem em uso;
• Instale medidores de vazão e reguladores para
Fonte: Macintyre, 1982 indica que o consumo médio é em
limitar as variações de vazão de lavagem. torno de 25l refeição/dia
• Reutilize a água de enxágue para água de 1 - * Valor do consumo estimado antes do Pura
2 - O resultado de 23 litros por refeição foi registrado duran-
make-up; te o período 4 meses.
Ou utilize equipamentos modernos, como o
Raio-X Digital que não utiliza água no processo e Após a implantação do programa também foi pos-
possibilita uma maior confiabilidade da qualidade sível registrar a mudança de hábitos dos usuários
da imagem e do diagnóstico. em relação ao uso da água.
Diante do cenário mundial, onde a escassez de
Consumo em cozinha recursos se torna cada vez mais uma ameaça ao
bem-estar coletivo, programas de conservação e
Cozinha da sede SABESP: Divisão do consumo de água
As cozinhas podem ser das atividades relativas à limpeza de ambientes e uso racional da água geram impacto social e eco-
grandes consumidoras
utensílios nômico para as instituições.
de água em função das
suas atividades. O consu- Recomendação
mo pode variar em maior Em algumas instituições esse serviço pode ser
ou menor quantidade de Em 2000 a Sabesp implantou o PURA no Hospi- tercerizado, porém o Gestor deve sempre obser-
água dependendo dos tal do Servidor do Estado - IAMSPE com várias var a maneira como esses funcionários realizam
procedimentos com re- intervenções, e uma delas foi a aplicação da me- essa atividade, de forma que possa registrar os
lação à limpeza ambien- todologia na cozinha, onde os resultados são se- hábitos e vícios de desperdícios, com o objetivo
tal, pessoal e de higieni- melhantes conforme demonstrado nos gráficos a de sensibilizá-lo e conscientizá-los por meio de
zação dos vegetais,dos seguir: campanhas e palestras específicas do uso racio-
folhosos e leguminosas, nal da água para cozinha, abordando a forma cor-
da preparação dos alimentos e da lavagem de reta da utilização da água e formando um novo
utensílios de médio e grande porte. Somada à consumidor consciente. As palestras deverão ser
manipulação inadequada, os vazamentos podem ministradas por especialistas da área de nutrição
contribuir com o aumento do consumo, em face e educação ambiental.
do descaso ou por falta de uma conscientização Esta metodologia foi implantada também em ou-
dos funcionários desse setor com relação à ma- tros órgãos, como o Palácio dos Bandeirantes, Lavagem de carros e áreas externas
nutenção preventiva e corretiva. Complexo Hospital das Clínicas - SP e Ford e os
resultados foram semelhantes aos estudos de Estes são outros setores que requerem monito-
Estudo de caso - Cozinhas: sede da Sabesp e caso da Sabesp e IAMSPE. ramento devido o consumo gasto no processo de
Hospital do Servidor do Estado - IAMSPE Após as intervenções do PURA nos órgãos men- lavagem de carros de médio e grande porte das
cionados acima, com a realização de consertos unidades de saúde, como também na forma e ho-
No ano de 1998, a Sabesp realizou um estudo em de vazamentos, instalação de componentes e rários de rega.
sua sede, para desenvolver metodologia de uso equipamentos economizadores de água, segui- Atualmente existem soluções que apresentam
racional da água específico para cozinhas indus- do de campanha específica de conscientização e um potencial de economia nos seus gastos com
triais, adotando medidas tanto tecnológicas como sensibilização de uso racional da água para os água, diante da implantação de novas tecnolo-
educacionais para a redução do consumo. Um funcionários e nutricionistas, ocorreram reduções gias ou através da utilização de outras fontes al-
dos itens observados foi a distribuição da água consideráveis no consumo de água, como descri- ternativas de abastecimento.
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Para viabilizar um projeto desta ordem é neces- Exercício
sário realizar uma avaliação criteriosa do seu
custo-benefício, garantindo um projeto eficiente e A água é prioridade na sua instituição ?
com o retorno do seu investimento a curto prazo.
A seguir, apresentamos uma relação destes sis- 1) O compromisso com a preservação e uso racional dos recursos naturais é tratado
temas, indicando uma solução para cada caso e como tema transversal na estrutura da organização e amplamente difundido no seu
com ela as suas necessidades e restrições. interior?
( ) SIM ( ) NÃO
Lavagem de garagem e áreas comuns 2) A instituição mantém processos permanente que permitam o diagnóstico, a analise
relacionadas ao uso da água em todas as suas atividades?
( ) SIM ( ) NÃO

3) A instituição mantém processos permanente que permitam medidas de economia


relacionadas ao uso da água em todas as suas atividades?
( ) SIM ( ) NÃO

4) Possuiu ações específicas para o reaproveitamento da água utilizada nas demais


áreas da empresa? Exemplos como banheiros, chuveiros, escritórios, refeitórios.
Caso a organização possua muitas áreas verdes, ( ) SIM ( ) NÃO
é importante a instalação de sistemas de:
• Aspersores automatizados; 5) Dispõe de algum sistema ou métodos que permita monitorar e auditar os resultados
• Implantação de um sistema hidráulico com: re- das ações implantadas com o objetivo de reduzir o consumo de água?
servatório, bomba, CLP e tubulação; ( ) SIM ( ) NÃO
• Rega por gotejamento.
• Abastecer este sistema com água de reúso/reci-
Existem vários fornecedores deste sistema, ob- 6) Desenvolve sistematicamente atividades para a conscientização do público interno
clagem/reaproveitamento;
servando sempre o custo-benefício e as restri- sobre o problema da escassez e necessidade de uso racional da água evitando os des-
• Verificar se há necessidade de uma estrutura
ções com relação a esta implantação. perdícios?
hidráulica independente: reservatório, tubulação
( ) SIM ( ) NÃO
e compressor;
• A única restrição com relação a esta implanta-
7) Se há um plano de campanhas internas, desenvolve campanhas de conscientização
ção está na área de lavagem disponível no site
e educação ambiental dirigidas aos familiares dos empregados e à comunidade local?
da Sabesp e os procedimentos atuais que justifi-
( ) SIM ( ) NÃO
quem este investimento;
• Fornecedor de água de reúso: Sabesp.
8) A instituição trata e descarta corretamente os esgotos produzidos respeitando a le-
gislação?
Jardinagem/Paisagismo ( ) SIM ( ) NÃO

Este é um setor de grande consumo e desperdí- 9) A instituição possui um programa de manutenção preventiva e corretiva de seus equi-
cio; nos dias atuais há uma tendência de cons- pamentos hidrossanitários com foco de evitar os desperdícios de água?
cientização no uso da água na área de paisagismo ( ) SIM ( ) NÃO
pelos fabricantes de equipamentos e pelas em-
presas que atuam neste. A concepção de instala- 10) Possui um programa de ações que vise a manutenção dos equipamentos economi-
ção do sistema de equipamentos com tecnologia zadores de água com foco na redução do consumo?
de ponta, sistema de aproveitamento da água de ( ) SIM ( ) NÃO
chuva e sistemas de reutilização de águas usa-
das de outros equipamentos e processos (como 11) A instituição possui um programa estruturado e com metas claramente elaboradas
por exemplo, a água dos dois últimos enxágues para racionalizar o consumo de água nos processos?
da máquina de lavanderia), tem sido uma prática ( ) SIM ( ) NÃO
adotada pelas organizações, para diminuir o con-
sumo e o desperdício. 12) A instituição adota coleta de águas de chuvas para outros fins menos nobre?
( ) SIM ( ) NÃO
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CONFIRA SE SUA INSTITUIÇÃO SE PREOCUPA E TEM COMPROMISSO COM __________________________________________________________________________
O USO RACIONAL DA ÁGUA. __________________________________________________________________________
Cada sim corresponde a um ponto. __________________________________________________________________________
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1 a 4 – Sua instituição ainda está em estágio inicial com os compromissos do __________________________________________________________________________
Uso Racional da água. __________________________________________________________________________
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5 a 8 – A Instituição já está sensível a necessidade da utilização eficiente da água. __________________________________________________________________________
9 a 12 – Parabéns. Sua instituição está antenada com questões ambientais. A gestão do __________________________________________________________________________
consumo, o monitoramento e a manutenção das instalações são importantes para manter __________________________________________________________________________
os resultados alcançados. __________________________________________________________________________
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O que você pode e deve fazer para economizar água? __________________________________________________________________________
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Anotações __________________________________________________________________________
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Revisão e adequação
Coordenação Geral:
Haroldo Ribeiro de Oliveira
Ruben da Costa Júnior
Jorge Nelson P. Gonçalves
Márcio Belluomini Moraes
Bibliografia Hugo Chisca Jr.
Helio Hiroshi Toyota
Rosângela Mendes F. Patrício
SABESP - Metodologia para implantação do Programa do Uso
Racional da Água em hospitais e escolas. São Paulo-SP, Elaboração e Adequação:
Sonia Maria Nogueira
Dezembro 1999. Francisca Adalgisa da Silva

Equipe Técnica:
SALVADA, Pedro A. - Mestre em Engenharia Mecânica e Eng.º
Mario Schmitt
Aeronáutico - site vhttp://www.leanthinkingcommunity.org/li- Mauricio J. de Salles
vros_recursos/PDCA%20 Ramon Velloso de Oliveira
Jean Rodrigues
Márcia Maria Marques
Metodologia%20A3%20segundo%20Pedro%20Salvada.pdf - Rodrigo Augusti
Virgínia Maria Garçon
consultado Novembro 2010.
Apoio:
Marco Tulio D´Antraccoli
TOMAZ, Plinio - Previsão de consumo de água. Maio 1999.
Revisão ortográfica:
LUPARELLI, Roberto Pedrosa - Tese de Mestrado: Identifica- Fernando Antonio Patrick de Moraes

ção e avaliação de equipamentos desperdiçadores de água em Projeto gráfico e diagramação:


instituições hospitalares. FAE, Curitiba-PR, 2009. Felipe Fiuza

Agradecimentos:
N.C. Department of Environment and Natural Resources - Agradecimentos aos profissionais da Sabesp
pela colaboração e aos fabricantes de louça e metais sanitários.
Water efficiency manual. Maio 2009.

FIGUEIREDO,CheniaRocha-Equipamentos hidráulicos e
sanitários Universidade de Brasília, 2007

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