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ATO-FATO-NEGÓCIO JURÍDICO de culpa.

Podemos ter, no Direito Privado,


responsabilidade objetiva, quando:
No âmbito do direito, fatos são acontecimentos
da vida. • A Lei estabelecer ser objetiva;
Quando os fatos passam a ter repercussão • Pela Teoria do Risco.
jurídica, são chamados de fatos jurídicos. No Direito Civil, diferentemente do Direito
•Fatos: acontecimentos da vida. Administrativo, a responsabilidade objetiva é
uma excepcionalidade: quanto a lei dispor que é,
•Fatos jurídicos: fatos que possuem consequência ou quando for uma atividade de risco. Exemplo:
jurídica (reflexos para o direito). se uma pessoa for assaltada dentro de uma
agência bancária, o banco irá responder
Fato Jurídico em sentido estrito
objetivamente por esse assalto, pois a atividade
Ordinário – previsível
-> (ex.: morte, bancária é uma atividade de risco.
nascimento, maioridade, tempo)
• Responsabilidade Subjetiva (art. 186)
Prescrição: Perda da pretensão / Decadência: • Responsabilidade Objetiva (art. 187)
perda do direito.
Atos ilícitos
Extraordinário – imprevisível -> Fortuito /
Força maior Art. 186. Aquele que, por ação ou omissão
voluntária, negligência ou imprudência, violar
Ato jurídico (com vontade humana) direito e causar dano a outrem, ainda que
Ato Jurídico – tem a vontade humana, que e exclusivamente moral, comete ato ilícito.
pode estar ligada a uma atividade ilícita, como Ato ilícito quando alguém causa um dano (moral,
pode estar ligada a uma atividade lícita. material, estético) de forma voluntária ou por
Pode um ato ser um ilícito civil e não ser um ilícito negligência, imprudência ou imperícia.
criminal. Quando o art. 186 dispõe sobre esse tema, está se
Quando a atividade humana é ilícita, gera referindo exatamente ao tema culpa. Por isso que
responsabilidade civil, mas uma atividade lícita esse artigo estabelece uma responsabilidade
também pode gerar responsabilidade civil. subjetiva. Pois, se alguém causa um dano de
maneira voluntária, isso é muito semelhante ao
Requisitos da Responsabilidade Civil dolo. E quando alguém age por negligência,
• Conduta humana (voluntárias e imprudência ou imperícia, isso é muito
conscientes); semelhante à culpa.
• Dano; Art. 187. Também comete ato ilícito o titular de
• Nexo causal; um direito que, ao exercê-lo, excede
• Culpa. manifestamente os limites impostos pelo seu fim
econômico ou social, pela boa-fé ou pelos bons
No Direito Civil, está disposto que a
costumes.
responsabilidade civil tem duas vertentes:
Ato ilícito quando o titular de um direito, ao
Conduta humana, dano e nexo –
exercer esse direito, se excede, nos limites impostos
Responsabilidade Objetiva, que é aquela que não
pela lei, pelo fim econômico, pelo fim social, pela
analisa culpa.
boa-fé ou pelos bons costumes.
Conduta humana, dano, nexo e culpa –
O art. 187, em nenhum momento, dispõe sobre
Responsabilidade Subjetiva.
negligência, imprudência ou imperícia, mas basta
A culpa, no Direito Civil, é vista no sentido amplo, o excesso. Temos claramente a teoria chamada
tanto porque o sujeito quis, tanto por causa de de Teria do Abuso do Direito. Esse artigo
negligência, imprudência ou imperícia. No Direito estabelece, portanto, uma responsabilidade
Civil, via de regra, a responsabilidade é subjetiva, objetiva.
então, no Direito Privado, uma pessoa responde
pelos danos que causar a outra, mediante análise
Abuso do Direito
Atos que constituem abuso do Direito:
• Supressio (perda) ou Surrectio (ganho): direito _
tempo art. 330 do CC;
• Venire Contra Factum Proprium: torpeza (joão
sem braço) S. 370 do STJ;
• Tu Quoque; não exigir de alguém o que não
quisesse o que faria com você. Art. 476 CC;
• Duty to Mitigate the Loss: dever de mitigar as
perdas.
Atos Lícitos
Os atos jurídicos lícitos são divididos em: ato
jurídico em sentido estrito, negócio jurídico e ato-
fato jurídico.
Os atos jurídicos em sentido estrito: são aqueles
emanados da vontade humana perfeitamente
moldada pelas normas legais, ou seja, uma
manifestação submissa à lei; devendo ainda, tais
atos, gerarem consequência na esfera judicial.
Art. 185. Aos atos jurídicos lícitos, que não sejam
negócios jurídicos, aplicam-se, no que couber, as
disposições do Título anterior.
Consequências estão na lei e não são alteras pelas
partes.
Negócio jurídico: consequências são definidas
pelas partes. Ex.: Contratos e Testamentos
Art. 104-184.
Ato-fato
Não tem previsão na lei, mas justifica atos
praticados quando a vontade humana é
desprovida de consciência. Trazido por Pontes de
Miranda, o ato fato se assemelha ao ato porque
teria vontade humana, mas essa vontade
humana é tão desprovida de consciência, que
aplicamos as regras fáticas, de fato jurídico.

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