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UnB - Universidade de Brasília

Faculdade de Tecnologia

Departamento de Engenharia Elétrica

Disciplina ENE 167789


Distribuição de Energia Elétrica

Prof. Fernando Monteiro de Figueiredo

Brasília
2006
UnB – Universidade de Brasília Distribuição de Energia Elétrica
FT – Faculdade de Tecnologia Prof. Fernando Monteiro de Figueiredo
ENE – Departamento de Engenharia Elétrica ferfig@pobox.com

SUMÁRIO

1. ASPECTOS GERAIS DE SISTEMAS DE DISTRIBUIÇÃO ....................................................1


1.1 CONCEITOS................................................................................................................................1
1.2 TIPOS DE SISTEMAS:................................................................................................................2
2. PLANEJAMENTO DE SISTEMAS DE DISTRIBUIÇÃO........................................................5
2.1 CRITÉRIOS DE PLANEJAMENTO - ASPECTOS A CONSIDERAR.......................................5
2.2 FORMULAÇÃO DE ALTERNATIVAS .....................................................................................8
2.3 ANÁLISE TÉCNICO-ECONÔMICA DE ALTERNATIVAS ....................................................8
2.4 DEMANDA - CONCEITOS.........................................................................................................9
2.5 EXEMPLO RESOLVIDO ..........................................................................................................10
2.6 EXEMPLO RESOLVIDO ..........................................................................................................11
2.7 EXEMPLO RESOLVIDO ..........................................................................................................13
2.8 EXEMPLO RESOLVIDO ..........................................................................................................19
2.9 PRIORIZAÇÃO DE OBRAS .....................................................................................................21
2.9.1 PRIORIZAÇÃO ECONÔMICA - EXEMPLO RESOLVIDO..........................................22
2.9.2 PRIORIZAÇÃO TÉCNICA...............................................................................................23
2.10 OUTROS PONTOS A CONSIDERAR NO PLANEJAMENTO ...............................................25
2.11 EXEMPLO RESOLVIDO ..........................................................................................................26
2.12 EXEMPLO RESOLVIDO ..........................................................................................................27
2.13 MÉTODO DE ANÁLISE CONSIDERANDO MÚLTIPLOS CRITÉRIOS ..............................28
2.13.1 ESCOLHA ENTRE EXPANSÃO DA OFERTA E GERENCIAMENTO PELO LADO DA DEMANDA
28
2.13.2 ESCOLHA DE TIPOS DE REDES ..................................................................................35
2.14 EXERCÍCIOS PROPOSTOS .....................................................................................................45
3. PROJETOS DE SISTEMAS DE DISTRIBUIÇÃO ..................................................................46
3.1 ASPECTOS GERAIS .................................................................................................................46
3.2 DIMENSIONAMENTOS...........................................................................................................47
3.3 CRITÉRIOS DE PROJETOS .....................................................................................................49
3.4 ENERGIA REATIVA ................................................................................................................50
3.4.1 BAIXO FATOR DE POTÊNCIA ......................................................................................51
3.4.2 CORREÇÃO DO FATOR DE POTÊNCIA......................................................................54
3.4.3 FORMAS DE AVALIAÇÃO .............................................................................................55
3.4.4 EXEMPLO RESOLVIDO .................................................................................................57
3.5 SUPORTE REATIVO EM REDES DE DISTRIBUIÇÃO .........................................................57
3.5.1 UTILIZAÇÃO DE CAPACITORES .................................................................................57
3.6 EXERCÍCIOS PROPOSTOS .....................................................................................................60
3.7 CARREGAMENTOS ECONÔMICOS DE CONDUTORES ....................................................60
3.8 POLÍTICA ÓTIMA DE UTILIZAÇÃO DE TRANSFORMADORES DE DISTRIBUIÇÃO ...69
4. ESTUDOS DE ENGENHARIA DE SISTEMAS DE DISTRIBUIÇÃO..................................77
4.1 QUALIDADE DO FORNECIMENTO ......................................................................................77
4.2 ESTUDOS DE MELHORIAS NO SISTEMA............................................................................78
4.3 ESTUDOS DE CONTROLE DE TENSÃO - CÁLCULOS DE QUEDA DE TENSÃO ............78
4.3.1 MÉTODO EXATO DE CÁLCULO DE QUEDA DE TENSÃO ......................................78
4.3.1.1 POTÊNCIA CONSTANTE ...........................................................................................................79
4.3.1.2 CORRENTE CONSTANTE ..........................................................................................................83
4.3.1.3 IMPEDÂNCIA CONSTANTE ......................................................................................................85
4.3.2 MÉTODOS APROXIMADOS DE CÁLCULO DE QUEDA DE TENSÃO ....................88
4.3.2.1 MÉTODO 1 ...................................................................................................................................89
4.3.2.2 MÉTODO 2 - COEFICIENTES UNITÁRIOS ..............................................................................92
4.3.3 COMPARAÇÃO ENTRE OS MÉTODOS........................................................................96
4.3.3.1 COMPARAÇÃO ENTRE O MÉTODO DOS COEFICIENTES UNITÁRIOS E O MÉTODO EXATO COM
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POTÊNCIA CONSTANTE .............................................................................................................................96
4.3.3.2 COMPARAÇÃO ENTRE O MÉTODO DOS COEFICIENTES UNITÁRIOS E O MÉTODO EXATO COM
CORRENTE CONSTANTE............................................................................................................................97
4.3.3.3 COMPARAÇÃO ENTRE O MÉTODO DOS COEFICIENTES UNITÁRIOS E O MÉTODO EXATO COM
IMPEDÂNCIA CONSTANTE........................................................................................................................97
4.3.3.4 COMPARAÇÃO ENTRE O MÉTODO DOS COEFICIENTES UNITÁRIOS E O MÉTODO EXATO COM
DIFERENTES CARACTERÍSTICAS DE CARGA .......................................................................................98
4.3.4EXEMPLO DE CÁLCULO DE QUEDA DE TENSÃO ..................................................99
4.3.5EXEMPLO DE CÁLCULO DE QUEDA DE TENSÃO NA BT....................................102
4.3.6INFLUÊNCIA DO TIPO DE DISTRIBUIÇÃO DE CARGA NA QUEDA DE TENSÃO102
4.3.7CÁLCULO DE QUEDA DE TENSÃO EM ALIMENTADOR COM CARGA DISTRIBUÍDA EM ANEL
107
4.3.8 UTILIZAÇÃO DE REGULADORES DE TENSÃO ......................................................113
4.4 ESTUDOS DE PERDAS ..........................................................................................................115
4.4.1 INFLUÊNCIA DO TIPO DE DISTRIBUIÇÃO DE CARGA NAS PERDAS ..............115
4.5 TRANSFORMADORES DE DISTRIBUIÇÃO.......................................................................118
4.6 EXEMPLOS DE ESTUDOS DE ENGENHARIA ...................................................................119
4.6.1 CASO 1: MELHORIA NO ATENDIMENTO A SANTA MARIA ................................119
4.6.2 CASO 2: MELHORIA NO ATENDIMENTO AO RECANTO DAS EMAS E REGIÃO121
4.6.3 CASO 3: MELHORIA NO ATENDIMENTO AO PARANOÁ......................................123
5. CONSTRUÇÃO DE SISTEMAS DE DISTRIBUIÇÃO .........................................................126
5.1 ASPECTOS GERAIS ...............................................................................................................126
5.2 TIPOS DE CONTRATOS ........................................................................................................126
5.2.1 CONTEÚDO DOS CONTRATOS ..................................................................................126
5.3 RELAÇÃO DE SERVIÇOS E PREÇOS ..................................................................................127
5.4 FISCALIZAÇÃO DOS SERVIÇOS.........................................................................................128
6. OPERAÇÃO DE SISTEMAS DE DISTRIBUIÇÃO ..............................................................129
6.1 CENTRO DE OPERAÇÃO......................................................................................................129
6.2 OPERAÇÃO DO SISTEMA ....................................................................................................129
6.3 ENGENHARIA PRÉ E PÓS-OPERAÇÃO..............................................................................130
6.4 SISTEMAS DE ATENDIMENTO ...........................................................................................130
6.5 CONTROLE DE INTERRUPÇÕES ........................................................................................130
6.6 AUTOMAÇÃO ........................................................................................................................131
6.7 EXEMPLO DE DIMENSIONAMENTO DE TURMAS..........................................................131
7. MANUTENÇÃO DE SISTEMAS DE DISTRIBUIÇÃO........................................................132
7.1 TIPOS DE MANUTENÇÃO:...................................................................................................132
7.2 INSPEÇÃO DE REDES ...........................................................................................................132
7.3 MÉTODOS DE TRABALHO NA MANUTENÇÃO...............................................................133
7.4 DIMENSIONAMENTO DE EQUIPES ...................................................................................133
7.5 CMD - CENTRO DE MANUTENÇÃO DA DISTRIBUIÇÃO ...............................................................133
7.6 PROGRAMAS DE MANUTENÇÃO ......................................................................................134
8. PROTEÇÃO DE SISTEMAS DE DISTRIBUIÇÃO...............................................................139
8.1 REVISÃO DE CURTO-CIRCUITO ........................................................................................139
8.2 NOÇÕES DE ATERRAMENTO .............................................................................................140
8.3 TIPOS DE EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO .....................................................................141
8.3.1 DISJUNTOR....................................................................................................................141
8.3.2 CHAVE-FUSÍVEL E ELO-FUSÍVEL ...........................................................................141
8.3.3 RELIGADOR ...................................................................................................................141
8.3.4 SECCIONADOR..............................................................................................................141
8.3.5 RELÉ................................................................................................................................142
8.4 COORDENAÇÃO....................................................................................................................142
8.4.1 COORDENAÇÃO DE ELOS FUSÍVEIS.......................................................................142
8.5 EXERCÍCIOS PROPOSTOS ...................................................................................................149

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9. DESEMPENHO DE SISTEMAS DE DISTRIBUIÇÃO .........................................................151
9.1 HISTÓRICO.............................................................................................................................151
9.2 RESOLUÇÃO ANEEL Nº24 DE 27/01/2000 (ATUALIZA A PORTARIA 046/78)...............151
9.3 PORTARIA 031/80 - SUPRIMENTO ......................................................................................153
9.4 RESOLUÇÃO ANEEL N° 505 DE 26/11/2001 .......................................................................153
9.5 PORTARIA 163/93 - GRUPO DE TRABALHO PARA PROPOR NOVOS ÍNDICES...........154
9.6 EXEMPLO RESOLVIDO ........................................................................................................159
9.7 EXEMPLO RESOLVIDO ........................................................................................................160
9.8 EXEMPLO RESOLVIDO ........................................................................................................161
9.9 EXEMPLO RESOLVIDO ........................................................................................................161
9.10 CONCEITOS DE MEDIDAS DE CONFIABILIDADE ..........................................................161
9.11 EXERCÍCIOS PROPOSTOS ...................................................................................................162
10. MEDIÇÃO E COMERCIALIZAÇÃO DE ENERGIA EM SISTEMAS DE DISTRIBUIÇÃO 163
10.1 ASPECTOS GERAIS ...............................................................................................................163
10.2 RESOLUÇÃO 456/2000 CONDIÇÕES GERAIS DE FORNECIMENTO DE ENERGIA ELÉTRICA
(29/11/2000) .........................................................................................................................................163
10.3 UNIVERSALIZAÇÃO ............................................................................................................163
11. TARIFAS DE ENERGIA ELÉTRICA EM SISTEMAS DE DISTRIBUIÇÃO ...............164
11.1 ASPECTOS GERAIS ...............................................................................................................164
11.2 TARIFAS HORO-SAZONAIS AZUL E VERDE....................................................................165
11.2.1 EXEMPLO RESOLVIDO ...............................................................................................170
11.2.2 EXEMPLO RESOLVIDO ...............................................................................................175
11.2.3 EXERCÍCIOS PROPOSTOS ..........................................................................................177
11.3 ENERGIA REATIVA EXCEDENTE ......................................................................................177
11.3.1 EFEITOS NAS PERDAS ................................................................................................178
11.3.2 EFEITOS NA QUEDA DE TENSÃO.............................................................................178
11.3.3 IMPLICAÇÕES NA CAPACIDADE INSTALADA.......................................................178
11.3.4 IMPLICAÇÕES NAS SEÇÕES DOS CONDUTORES .................................................179
11.3.5 CORREÇÃO DO FATOR DE POTÊNCIA....................................................................179
11.3.6 FORMAS DE AVALIAÇÃO DO EXCEDENTE DE REATIVO...................................179
11.3.7 EXERCÍCIOS PROPOSTOS ..........................................................................................180
12. NORMAS, PADRÕES E PROCEDIMENTOS EM SISTEMAS DE DISTRIBUIÇÃO .182

13. OUTRAS ATIVIDADES RELACIONADAS COM A DISTRIBUIÇÃO .........................184

14. REVISÃO DE MATEMÁTICA FINANCEIRA .................................................................185


14.1 EXEMPLOS RESOLVIDOS....................................................................................................189
15. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS..................................................................................190

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Capítulo 1

1. ASPECTOS GERAIS DE SISTEMAS DE DISTRIBUIÇÃO

− Objetivo: Introduzir os conceitos relacionados com a atividade de Distribuição de


Energia Elétrica

1.1 CONCEITOS
− O que é Distribuição
− Antes:
− Agentes: Empresas de Geração e/ou Transmissão e/ou Distribuição, DNAEE,
GCOI (Grupo Coordenador da Operação Interligada), GCPS (Grupo Coordenador
do Planejamento do Sistema), CODI (Comitê de Distribuição), etc.
− Depois: Novo modelo para o setor elétrico
− Surgem novos agentes: Empresas de Geração, Empresas de Distribuição,
Empresas de Transmissão, Empresas Comercializadoras, ANEEL, ONS
(Operador Nacional do Sistema), MAE (Mercado Atacadista de Energia),
Consumidores livres
− Atuação fora da área de concessão tradicional
− Consumidores cativos
− Consumidores livres (Lei 9074 de 07/07/95)
− Consumidores novos: todos com carga maior ou igual a 3MW atendidos em
qualquer tensão
− Consumidores atuais: 10MW atendidos em tensão maior ou igual a 69kV
− Decorridos 5 anos da publicação da Lei passam a ser consumidores livres
aqueles com carga maior ou igual a 3MW atendidos em tensão maior ou igual a
69 kV
− Após 8 anos estes limites poderão ser revistos pelo órgão regulador
− Agora: Repensar o modelo do setor elétrico

− Tensões e limites entre Transmissão e Distribuição

Distribuição: ≤ 138 kV
Nosso enfoque principal: 13,8 kV
Alimentadores (circuitos de AT) a partir das subestações de subtransmissão
Transformadores
Redes de baixa tensão (BT)

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1.2 TIPOS DE SISTEMAS:


− Redes aéreas: redes com cabos nus, redes isoladas, compactas, com cabos pré-
reunidos, etc.

Figura 1-1 - Circuito Aéreo Radial Simples

NA

Figura 1-2 - Circuito Aéreo Radial com Recurso

NA

Figura 1-3 - Circuito Aéreo Duplo

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− Redes subterrâneas:

Figura 1-4 - Subterrâneo com Primário Radial e Secundário Reticulado

Figura 1-5 - Reticulado Exclusivo (Spot Network)

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Figura 1-6 - Subterrâneo com Primário e Secundário Radial

NA

Figura 1-7 - Subterrâneo com o Primário em Anel Aberto

Figura 1-8 - Subterrâneo com Primário seletivo

− Subestações de Distribuição: tipos, características, etc.


Em postes, enterradas, dentro de edifícios, Diversos arranjos, com disjuntor, com
em quadras residenciais protetor network, cubículos de BT
blindados, com armários de BT

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Capítulo 2

2. PLANEJAMENTO DE SISTEMAS DE DISTRIBUIÇÃO

2.1 CRITÉRIOS DE PLANEJAMENTO - ASPECTOS A CONSIDERAR


− Critérios técnicos e econômicos
− Queda de tensão
− Carregamento máximo do alimentador e dos transformadores
− Considerar a carga atual e o crescimento no tempo
− Dados de mercado
Carga

Tempo
Figura 2-1 –Crescimento de carga

− Confiabilidade
− Análise em condições normais e de contingência
− Perda de alimentador, perda de transformador
− Menor custo (Valor presente líquido)
− Custo de instalação
− Custo de operação e manutenção (técnico-administrativo)
− Custo das perdas
− Para novas áreas
− Plano de ocupação. Avaliar possibilidade de novas expansões
− Para expansão de áreas existentes
− Plano de ocupação. Avaliar possibilidade de novas expansões
− Condições atuais da rede
− Queda de tensão, (indicadores de continuidade - DEC, FEC, etc), Nível de
perdas
− Eventuais problemas no suprimento da região (transmissão)
− Carregamento e condições físicas dos alimentadores
− Nível de arborização
− Carregamento e Vida dos transformadores
− Caminhamento dos circuitos de AT e BT
− Gabarito das edificações - estudos de possíveis alterações
− Acessos para operação e manutenção
− Áreas urbanas
− Densidade populacional
− Nível de saturação na ocupação da área.
− Hábitos de consumo

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− Regime de uso da energia
− Nível de renda (kVA / unidade consumidora)
− Áreas rurais
− Relação custo-confiabilidade diferente de áreas urbanas
− Existência e intensidade de atividade agrícola
− Área rural com predominância nas atividades de lazer
− Possibilidade de existir irrigação pesada
− Tipos de consumidores
− Residenciais, comerciais, industriais, iluminação pública e em que proporção de
cada um deles
− Composição das curvas de carga dos tipos de consumidores nos
dimensionamentos
600
IP
550
6%
500

450
Poder Público
400 13%

350 Serviço Público 6%


Rural 3%
MW

300
Industrial 8%
250
Residencial
200 39%

150

100
Comercial
50 25%

0
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24
Horas

Figura 2-2 –Curva de carga desagregada por classes de consumidores

Carga Carga
Residencial Comercial

Tempo Tempo

Carga Carga
Industrial Iluminação
Pública

Tempo Tempo
Figura 2-3 –Tipos de curvas de carga

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− Tendências de crescimento
− Estudos de previsões de cargas a nível de alimentador, subestação e região
elétrica
− Taxas de crescimento da carga por tipo de consumidores a serem conectados à
rede
− Considerar os aspectos de uso racional de energia (eficiência energética)
− Considerar fontes alternativas de energia
− Suprimento de áreas isoladas ou não
− Considerar a influência das fontes alternativas de energia competindo com as fontes
convencionais
− Parâmetros a serem considerados
− Dados das redes
− Tecnologias disponíveis, tipo de sistema (aéreo, subterrâneo, rede compacta,
etc), dados de estoque de materiais e equipamentos
− Dados econômicos
− Custos modulares
− Dados de mercado
− Fator de carga
− Fator de perdas
− Carga máxima
− Regime de uso (curva de carga)
− Demanda máxima não coincidente
− Demanda máxima diversificada
− Critérios CODI (ABRADEE)
− Integração com o Ambiente
− Segurança
− Estado físico
− Condições elétricas
− Condições operativas
− Contingências
− Níveis de regulação de tensão
− Capacidade e carregamento
− Compensação de reativos
− Roteiro de planejamento (Referência – CODI – ABRADEE)
− Análise da situação atual do fornecimento
− Análise da evolução da carga
− Simulação do sistema e deficiências previstas
− Formulação e análise de alternativas
− Plano de subestações
− Plano de ampliação e melhoria do sistema existente
− Plano de obras
− Níveis hierárquicos de soluções
− Remanejamento de cargas entre alimentadores
− Instalação de equipamentos de seccionamento e manobra
− Instalação de equipamentos corretivos (capacitores, reguladores de tensão)

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− Interligação de alimentadores
− Recondutoramento
− Construção de circuitos duplos
− Novos alimentadores
− Ampliação de subestações
− Novas subestações

2.2 FORMULAÇÃO DE ALTERNATIVAS


− Poucas e mais viáveis
− Diminuir o número de simulações. Combinações de hipóteses eleva o número de
casos
− Detalhar as premissas de cada alternativa
− Evitar perda de tempo
− Estabelecimento de cenários de crescimento da carga
− Análise nos regimes de carga leve, média e pesada
− Horizonte de planejamento: curto e médio prazos (5 anos, 10 anos)
− Novas obras
− Projetos de melhorias. Considerar o adiamento de investimentos
− Considerar recondutoramento, extensões, novos transformadores, divisão de
circuitos, reformas, interligação de alimentadores, novos alimentadores, novas
subestações, etc.

2.3 ANÁLISE TÉCNICO-ECONÔMICA DE ALTERNATIVAS


− Definir o critério de priorização de alternativas
− Econômico
− Índices de mérito: Valor presente líquido, Valor anual equivalente, etc.
− Técnico
− Carregamento, Tensão e Confiabilidade (Nível de falhas, local de carga
prioritária)

Custo Total

Investimento
C
u
s
t
o
s

O&M + Perdas

Qualidade de serviço

Figura 2-4 - Custos versus qualidade

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− Outros fatores
− Impactos no meio ambiente
− Qualidade de serviço além do mínimo estabelecido
− Operação com maior grau de contingência
− Maior utilização de equipamentos de fabricação nacional
− Fluxo de caixa
− Segurança
− Metodologia de Análise de Múltiplos Critérios. Considera critérios qualitativos e
quantitativos
− Indicador Econômico de Prioridade
− Índice Técnico de Priorização
− Exemplos de cálculos

2.4 DEMANDA - CONCEITOS


(Engenharia Elétrica, Economia, Setor Elétrico)
É a carga medida em valor médio durante um intervalo de tempo.

Carga Dmax
(A, kW, kVA)
Dmax Dmed
Dmed

Tempo
(horas do
Figura 2-5 –Demanda máxima e média

Dmed
fator de carga (fc) =
Dmax

Dmax
fator de demanda (fd) =
Carga instalada

Dmax
fator de utilizacao (fu) =
Capacidade do sistema

Pmed
fator de perdas (fp) =
Pmax

fc 2 ≤ fp ≤ fc
fp = k fc + (1- k) fc 2
k = 0,10 k = 0,15 k = 0,30
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fator de diversidade (fdiv) =


∑ Dmaxi
Dmax do conjunto das cargas

1
fator de coincidencia (fcoinc) =
fdiv

2.5 EXEMPLO RESOLVIDO

Conjunto 1 de consumidores Conjunto 2 de consumidores


Dmax = 70kW Energia = 720 kWh/dia
fc = 0,6 fc = 0,5
Circuito que alimenta os dois conjuntos marca na subestação 110kW

Calcular: Fator de diversidade, fator de coincidência, energia diária, fator de carga e fator
de perdas (usar k=0,15) do alimentador.

Dmax1 = 70 kW
Dmax2 = ?

Dmed2 = E2 / T = 720 / 24 = 30 kW

fc = Dmed / Dmax Î Dmax2 = 30 / 0,5 = 60 kW

fdiv = (70 + 60) / 110

fdiv = 1,18
fcoinc = 0,85

fc = Dmed / Dmax Î Dmed1 = 70 * 0,6 Î Dmed1 = 42 kW

E1 = 42 * 24 Î E1 = 1008 kWh
E = E1 + E2 Î E = 1008 + 720
E = 1728 kWh

fc = Dmed / Dmax , como Dmed = E / T , tem-se : fc = E / Dmax * T


fc = 1728 / 110 * 24
fc = 0,65

fc2 ≤ fp ≤ fc Î 0,42 ≤ fp ≤ 0,65


fp = 0,15 fc + 0,85 fc2
fp = 0,15 * 0,65 + 0,85 * 0,42
fp = 0.45

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2.6 EXEMPLO RESOLVIDO
(Fonte: Adaptado de notas de aula do Prof. Nelson Kagan - USP)

Conjunto X Conjunto Y
Carga x1 50 kW sempre ligada Carga y1 20 kw sempre ligada
Carga x2 20 kW ligada algumas horas por Carga y2 Dmax ocorre às 12 horas,
dia fcy = 0,5 curva de carga conforme figura
Energia de X 1400 kWh / dia Carga y2 curva de carga conforme figura

Dy2

12 h

Ty2
Figura 2-6 –Figura para ilustrar o exemplo

Energia geral (Eg) 2000 kWh


Dmax 105 kW no período da tarde

Calcular: Curvas de carga dos conjuntos X e Y, fator de carga, fator de diversidade e de


coincidência

Cálculo do tempo em que a carga X2 fica ligada


Ex = 1400 kWh Î Ex1 + Ex2 = 1400 Î 50 * 24 + Ex2 = 1400
Ex2 = 200 kWh
Ex2 = Dx2 * Tx2 Î Tx2 = Ex2 / Dx2 Î Tx2 = 200 / 20 Î Tx2 = 10 h

Cálculo de Dy2
Ey = Eg - Ex Î Ey = 2000-1400 = 600 kWh
Ey = Ey1 + Ey2 = 20*24 + Ey2 = 600
Ey2 = 120 kWh
Dy = Ey / T * fcy Î Dy = 600 / 24 * 0,5 = 50 kW
Dy2 = Dy - Dy1 = 50 - 20 = 30 kW

Cálculo de Ty2
Ey2 = Dy2 * Ty2 / 2 Î Ty2 = 120 * 2 / 30 Î Ty2 = 8 h

Determinação do regime de uso de x2


30
15

12 14
Figura 2-7 –Figura auxiliar para o exemplo

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Curva de carga
120
110
100
90
Y2 X2
80
70
kW

60 Y1
50
40
30
X1
20
10
0
0 2 4 6 8 10 12 14 16 18 20 22 24
horas

Figura 2-8 –Resultado do exemplo


Cálculo do fator de carga
fcx1 = 1 fcy1 = 1
fcx2 = 200 / 24 * 20 Î fcx2 = 0,4 fcy2 = 120 / 24 * 30 = 0,17
fcx = 1400 / 24 * 70 Î fcx = 0,8 fcy = 0,5 (dado) → [ (600 / 24 * 50) ]

fc = 2000 / 24 * 105 Î
fc = 0,79

Cálculo do fator de diversidade e do fator de coincidência


fdiv = (70 + 50) / 105 = 1,14
fcoinc = 105 / (70+50) = 0,87

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2.7 EXEMPLO RESOLVIDO


(Adaptado de CIPOLI, J. A. Engenharia de Distribuição, 1993)

1500
cons 60
cons
4
10
4/0 5 km
8 km 2
4/0 2 4/0 2/0 5 500
SE 1 7 cons
2 km 3 km 3 3 km 6 2 km
10 km
5 km 2
5 km 2
9
8 20
40 cons
cons

Figura 2-9 - Diagrama unifilar do alimentador do exemplo

Alternativa 1: Apenas disjuntor na saída do alimentador


Alternativa 2: Com relé de religamento no disjuntor
Alternativa 3: Com chaves fusíveis nos ramais
Obs.: Neste exemplo utilizou-se nos cálculos uma taxa de desconto de 12% ao ano.

1. Custo anual da implantação de alternativas

Tabela 2-1 –Custos básicos

Custos unitários US$


Cubículo 22257
Relé religamento 4051
km de 4/0 CAA 7709
km de 2/0 CAA 6424
km de 2 CAA 5568
Chaves instaladas 324

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Tabela 2-2 -Custos de implantação das alternativas

1 2 3
Cubículo 22.257 22.257 22.257
Relé religamento 0 4.051 4.051
linha de 4/0 CAA (10 km) 77.090 77.090 77.090
linha de 2/0 CAA (15 km) 96.360 96.360 96.360
linha de 2 CAA (18 km) 100.224 100.224 100.224
Chaves instaladas (3x) 0 0 972
Custo total inicial 295.931 299.982 300.954
Custo anual (20 anos) 39.618,9 40.161 40.291

0,12(1 + 0,12)20
39.618,9 = 295.931
(1 + 0,12)20 − 1

2. Cálculo da receita interrompida


(kWh * margem na tarifa)

Dados de saídas de alimentadores

Tabela 2-3 –Saídas permanentes, transitórias e Programadas

Permanentes (Per) 0,5 saídas/km/ano


Transitórias (Tra) 4 saídas/km/ano
Programadas (Pro) 0,3 saídas/km/ano

Saídas por ano

Tabela 2-4 – Saídas por ano

Trecho km Per Tra Pro Total


01-02 2 1,0 8,0 0,6 9,6
02-03 3 1,5 12,0 0,9 14,4
03-04 5 2,5 20,0 1,5 24,0
03-05 10 5,0 40,0 3,0 48,0
05-06 3 1,5 12,0 0,9 14,4
06-07 2 1,0 8,0 0,6 9,6
02-08 5 2,5 20,0 1,5 24,0
05-09 5 2,5 20,0 1,5 24,0
06-10 8 4,0 32,0 2,4 38,4

1,0 (Per) = 2 km * 0,5 saídas / km / ano

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Tempos de restabelecimento (dado)

Tabela 2-5 – Tempos de restabelecimento

Alternativas
1 2 3
Trecho Per Tra Pro Per Tra Pro Per Tra Pro
01-02 4 0,5 3 4 0 3 4 0 3
02-03 4 0,5 3 4 0 3 4 0 3
03-04 4 0,5 3 4 0 3 4 0 3
03-05 4 0,5 3 4 0 3 4 0 3
05-06 4 0,5 3 4 0 3 4 0 3
06-07 4 0,5 3 4 0 3 4 0 3
02-08 7 0,5 3 7 0 3 7 6 3
05-09 7 0,5 3 7 0 3 7 6 3
06-10 7 0,5 3 7 0 3 7 6 3

Cálculo do DEC e do FEC

n n
∑ Cai * ti ∑ Cai
DEC = i = 1 FEC = i = 1
Cs Cs

onde
DEC - Duração equivalente por consumidor
Cai - número de consumidores atingidos pela interrupção i
ti - tempo da interrupção i
CS - número total de consumidores do sistema
i - número de interrupções variando de 1 a n
FEC - Freqüência equivalente por consumidor

Tabela 2-6 – Cálculo do tempo total

1 2 3
Trecho Per Tra Pro Total Per Tra Pro Total Per Tra Pro Total
01-02 4 4 1,8 9,8 4 0 1,8 5,8 4 0 1,8 5,8
02-03 6 6 2,7 14,7 6 0 2,7 8,7 6 0 2,7 8,7
03-04 10 10 4,5 24,5 10 0 4,5 14,5 10 0 4,5 14,5
03-05 20 20 9 49,0 20 0 9 29 20 0 9 29
05-06 6 6 2,7 14,7 6 0 2,7 8,7 6 0 2,7 8,7
06-07 4 4 1,8 9,8 4 0 1,8 5,8 4 0 1,8 5,8
02-08 17,5 10 4,5 32,0 17,5 0 4,5 22 17,5 120 4,5 142
05-09 17,5 10 4,5 32,0 17,5 0 4,5 22 17,5 120 4,5 142
06-10 28 16 7,2 51,2 28 0 7,2 35,2 28 192 7,2 227,2

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A Tabela 2.6 é obtida a partir da multiplicação dos dados das Tabelas 2.4 (Saídas por
ano) e 2.5 (Tempo de restabelecimento).

4 (Per) = 1 (saída por ano) * 4 (tempo de restabelecimento)


9,8 (Total) = 4 (Per) + 4 (Tra) + 1,8 (Pro)

Tabela 2-7 – Cálculos intermediários


1 2 3
Trecho Ca Ca*t Int Ca*Int Ca Ca*t Int Ca*Int Ca Ca*t Int Ca*Int
01-02 2120 20776 9,6 20352 2120 12296 1,6 3392 2120 12296 1,6 3392
02-03 2120 31164 14,4 30528 2120 18444 2,4 5088 2120 18444 2,4 5088
03-04 2120 51940 24 50880 2120 30740 4 8480 2120 30740 4 8480
03-05 2120 103880 48 101760 2120 61480 8 16960 2120 61480 8 16960
05-06 2120 31164 14,4 30528 2120 18444 2,4 5088 2120 18444 2,4 5088
06-07 2120 20776 9,6 20352 2120 12296 1,6 3392 2120 12296 1,6 3392
02-08 2120 67840 24 50880 2120 46640 4 8480 40 5680 24 960
05-09 2120 67840 24 50880 2120 46640 4 8480 20 2840 24 480
06-10 2120 108544 38,4 81408 2120 74624 6,4 13568 60 13632 38,4 2304
Soma 503924 437568 321604 72928 175852 46144

20776 (Ca*t) = 2120 (ca) * 9,8 (tempo total da Tabela anterior)


9,6 (Int) = Obtido diretamente da Tabela 2.4 - Saídas por ano)
20352 (Ca * Int) = 2120 (ca) * 9,6 (Int)

Tabela 2-8 – Resultado final do DEC e FEC por alternativa

1 2 3
DEC 237,7 151,7 82,9
FEC 206,4 34,4 21,8

237,7 = 503924 /2120


206,4 = 437568 / 2120

3. Cálculo da receita interrompida

Demanda máxima: 3000 kW


Fator de carga: 0,55
Demanda média: 1650 kW → ( 3000 kW * 0,55 )
Energia deixada de faturar em uma hora: 1650 kWh → ( 1650 kW * 1 hora )
Custo do MWh deixado de faturar (margem venda - compra): US$ 60

Tabela 2-9 – Energia e US$ interrompidos

1 2 3
kWh interrompido 392205 250305 136866
US$ interrompido 23532 15018 8212

392205 (kWh interrompido) = DEC (h) * 1650 (kW)

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23532 (US$ interrompido) = 392205 (kWh interrompido ) * 60 (Custo do MWh deixado de
faturar) / 1000

4. Custo anual de manutenção para as alternativas

Custo da turma de manutenção: 250 US$/hora


Custo da equipe de plantão: 10,13 US$/hora
Interrupção permanente em tronco: 4 horas de turma de manutenção
Interrupção permanente em ramal: 4 horas de turma de manutenção
Interrupção programada: 4 horas de turma de manutenção
Interrupção transitória da SE: 0,5 hora de equipe de Plantão
Interrupção transitória de linhas: 2 horas de equipe de Plantão (Utilizado somente na
Alternativa 3)

Tabela 2-10 – Custos de manutenção

1 2 3
Trecho Per Tra Pro Total Per Tra Pro Total Per Tra Pro Total
01-02 1000 41 600 1641 1000 0 600 1600 1000 0 600 1600
02-03 1500 61 900 2461 1500 0 900 2400 1500 0 900 2400
03-04 2500 101 1500 4101 2500 0 1500 4000 2500 0 1500 4000
03-05 5000 203 3000 8203 5000 0 3000 8000 5000 0 3000 8000
05-06 1500 61 900 2461 1500 0 900 2400 1500 0 900 2400
06-07 1000 41 600 1641 1000 0 600 1600 1000 0 600 1600
02-08 2500 101 1500 4101 2500 0 1500 4000 2500 405 1500 4405
05-09 2500 101 1500 4101 2500 0 1500 4000 2500 405 1500 4405
06-10 4000 162 2400 6562 4000 0 2400 6400 4000 648 2400 7048
Total 21500 871 12900 35271 21500 0 12900 34400 21500 1459 12900 35859

1000 (Per) = 1 (Saídas por ano - Tabela 2.4) * 250 (Custo da turma de manutenção) * 4
(Per - Tabela 2.5)
41 (Tra) = 8 (Saídas por ano - Tabela 2.4) * 10,13 (Custo da equipe de plantão) * 0,5 (Tra
- Tabela 2.5)
600 (Pro) =0,6 (Saídas por ano - Tabela 2.4) * 250 (Custo da turma de manutenção) * 4
(Per - Tabela 2.5)

A coluna Tra para a alternativa 2 está com zeros pois nessa alternativa não há relé de
religamento. Vale a mesma observação para o tronco na alternativa 3.
Para os ramais na alternativa 3 (com chave fusível) existe custo.
405 (Tra) = 20 (Saídas por ano - Tabela 2.4) * 10,13 (Custo da equipe de plantão) * 2
Dado neste item.

5. Custo anual de perdas

As perdas são as mesmas para as 3 alternativas


Foram consideradas somente as perdas nos condutores de AT. (Só no cabo 4/0).

Demanda máxima: 3000 kW

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Tensão: 13,2 kV
Fator de carga: 0,55
Fator de potência : 0,9
Fator de perdas (k=0,3): 0,377 = 0,3 fc + 0,7 fc2
Cabo 4/0 r = 0,368 ohm/km
2
kW máximo de perda: = 3*r*L*i
kW médio de perda: = kW máximo de perda * fp
kWh de perda anual: = kW máximo de perda * fp *8760
1 MWh perdido: = 35 US$/MWh (Tarifa de suprimento)
Tarifa de demanda (compra): 3,52 US$ / kW
1 kW perdido: 3,52 * 12 = 42,24 US$/kW ano
Corrente total: 146 A → (3.000 / 1,73 * 13,2 * 0,9)
Corrente por consumidor: 0,0688 → (146 / 2120)

Tabela 2-11 – Custos das perdas

Trecho km Corrente kW kW KWh de US$ (kW) US$ Total


máximo médio de perda (kWh)
de perda perda anual
1-2 2 146 46,9 17,7 154898 1982,5 5421 7404
2-3 3 143 67,8 25,5 223661 2862,6 7828 10691
3-4 5 103 58,7 22,1 193863 2481,2 6785 9266
Total 173 65 572422 7326 20035 27361

143 = 146 - 0,0688 * 40


103 = 146 - 0,0688 * 620
46,9 = 3 * 0,368 (r / km) * 2 (km) * (146)^2
17,7 = 46,9 * 0,377 (fp)
154.898 = 17,7 * 8760
1.982,5 = 46,9 * 42,24
5.421 = 154.898 * 35 / 1000

6. Comparação das alternativas

Tabela 2-12 – Comparação das alternativas

Alter- Custo anual US$ Custo anual de Custo anual das Custo anual da
nativa de interrompido implantação perdas alternativa
manutenção por ano
1 35271 23532 39618,9 27361 125783
2 34400 15018 40161,2 27361 116941
3 35859 8212 40291,4 27361 111723

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2.8 EXEMPLO RESOLVIDO

Tabela 2-13 – Dados do exemplo

1.050 lotes 325.500 Investimento


420 Postes 80 US$ / MWh (Tarifa de venda)
20 Transformadores 35 US$ / MWh (Tarifa de compra)
48 US$ para ligar uma UC 0,25 US$ para ler um medidor
70 US$ por atendimento 250 US$ / km manutenção
0,2 atendimentos por ano 15 km de rede

Tabela 2-14 – Evolução da ocupação da rede

Taxa de ocupação Número de Variação Evolução do consumo


Consumidores (kWh/mês)
ano 1 30% 315 40
ano 2 60% 630 315 80
ano 3 80% 840 210 120
ano 4 90% 945 105 160
ano 5 100% 1050 105 200

Tabela 2-15 – Detalhamento da evolução do consumo ano a ano

Consumo ano a ano


Cons kWh/mês meses/ano kWh/ano
ano 1 315 40 12 151.200
151.200
ano 2 315 80 12 302.400
315 40 12 151.200
453.600
ano 3 315 120 12 453.600
315 80 12 302.400
210 40 12 100.800
856.800
ano 4 315 160 12 604.800
315 120 12 453.600
210 80 12 201.600
105 40 12 50.400
1.310.400
ano 5 315 200 12 756.000
315 160 12 604.800
210 120 12 302.400
105 80 12 100.800
105 40 12 50.400
1.814.400

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Tabela 2-16 - Evolução do consumo para os anos finais

ano 6 2.167.200
ano 7 2.368.800
ano 8 2.469.600
ano 9 2.520.000

Tabela 2-17 – Custos de atendimento e manutenção

14,0 US$ atendimento por ano por UC


3.750 US$ manutenção nos anos 2, 4, 6, 7, 8, 9....
12% Taxa de juros aa

Tabela 2-18 – Fluxo de caixa do exemplo

Ano Soma Investi- Compra Ligação Leitura Atendi- Manuten- Receita


mento energia da UC mento ção
0 -325.500 -325.500
1 -13.671 -5.292 -15.120 -945 -4.410 12.096
2 -9.168 -15.876 -15.120 -1.890 -8.820 -3.750 36.288
3 14.196 -29.988 -10.080 -2.520 -11.760 68.544
4 34.113 -45.864 -5.040 -2.835 -13.230 -3.750 104.832
5 58.758 -63.504 -5.040 -3.150 -14.700 145.152
6 75.924 -75.852 -3.150 -14.700 -3.750 173.376
7 84.996 -82.908 -3.150 -14.700 -3.750 189.504
8 89.532 -86.436 -3.150 -14.700 -3.750 197.568
9 91.800 -88.200 -3.150 -14.700 -3.750 201.600
10 91.800 -88.200 -3.150 -14.700 -3.750 201.600
11 91.800 -88.200 -3.150 -14.700 -3.750 201.600
12 91.800 -88.200 -3.150 -14.700 -3.750 201.600
13 91.800 -88.200 -3.150 -14.700 -3.750 201.600
14 91.800 -88.200 -3.150 -14.700 -3.750 201.600
15 91.800 -88.200 -3.150 -14.700 -3.750 201.600

-5.292 = ( 151.200 * 35 ) / 1000


-15.120 = 315 * 48
-945 = 0,25 * 315 * 12
-4.410 = 14 * 315
12.096 = ( 151.200 * 80 ) / 1000

VPL = −325.500 − 13.671(1 + 0,12)−1....... + 89.532(1 + 0,12)− 8 +


(1 + 0,12)7 − 1
+ 91.800 (1 + 0,12)− 8
0,12(1 + 0,12)7

VPL (Valor presente líquido) = $ 2.392

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Análise de sensibilidade

Para $2 por leitura ==> VPL = -$122.435

Para i = 15% aa ==> VPL = - $67.371


Para i = 14% aa ==> VPL = - $ 46.303
TIR = 12,49% (valor que torna o VPL igual a zero)
Para i = 12% aa ==> VPL = $2.392
Para i = 10% aa ==> VPL = $61.677
Para i = 5% aa ==> VPL = $276.720

VPL
Valor presente líquido

12,49

Taxa

Figura 2-10 - Análise de sensibilidade do exemplo

2.9 PRIORIZAÇÃO DE OBRAS


Fatores econômicos
Relação Benefício/Custo Î VP dos Benefícios / VP dos Custos
Fatores técnicos
Carregamento
Nível de tensão
Confiabilidade

Fatores econômicos
Benefícios
Aumento no faturamento (AF)
Diminuição nas perdas (DP)
Adiamento de outros empreendimentos (AOP)
Custos
Investimento (Inv)

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AF + DP + AOP
Priorecon =
Inv

2.9.1 PRIORIZAÇÃO ECONÔMICA - EXEMPLO RESOLVIDO


Custo ($)
Empreendimento A 350.000
Período de análise = 10 anos

Benefícios (Valor presente)


Aumento no faturamento (AF)
Aumento na capacidade: 4 MVA
Utilização da capacidade: 10 % aa
Tarifa média: US$ 60/MWh
taxa de juros: 10 % aa
Fator de potência: 0,85
Fator de carga: 0,3

AF (ano1) = 0,4 MVA * 0,85 * 0,3 * 8760 horas/ano * 60 US$/MWh / (1+0,1)


AF (ano2) = 0,8 MVA * 0,85 * 0,3 * 8760 horas/ano * 60 US$/MWh / (1+0,1)^2
AF (ano3) = 1,2 MVA * 0,85 * 0,3 * 8760 horas/ano * 60 US$/MWh / (1+0,1)^3
10 MVA
AF = 0,85 * 0,3 * 8760 * 60 * ∑ i
i
i = 1(1+ j)

AF = 1.556.650

Diminuição das perdas (DP)

10 Pi
DP = CP * fp * ( 8760 / 1000 ) * ∑ i
i = 1(1 + j)

onde
DP - Valor presente da diminuição das perdas (R$)
CP - Custo das perdas (R$ / MWh)
fp - Fator de perdas Î fp = 0,15 fc + 0,85 fc2 = 0,1215
Pi - Ganho de perdas em kW

CP (Custo das perdas)


(Ver aula do carregamento econômico de condutores - Cálculo das perdas)
CP = 176,62 R$ / kW ano
E = 1,06434 MWh / kW ano (energia anual de perdas)
CP = 176,62 / 1.06434
CP = 165,94 R$ / MWh

Pi (Ganho de perdas) em kW (dados do projeto)


Ano 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
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Pi 57 60 77 91 110 139 189 223 244 289

DP = 138.426

Adiamento de outros empreendimentos (AOP)


Investimento que seria feito no ano atual (empreendimento B) e que será adiado para o
ano n, em função do empreendimento A
Vida útil do empreendimento B = 25 anos
Valor residual = 15%
j (taxa de juros) = 10% aa
período do adiamento do investimento = 7
InvB (Investimento adiado) = US$ 100.000

0,10* (1+ 0,10)25   (1+ 0,10)7 − 1 


AOP= InvB- 15%* InvB* (1+ 0,10)- 25  *  * 
   25 − 1  0,10* (1+ 0,10)7 
 (1+ 0,10)   

0,10* (1+ 0,10)25   (1+ 0,10)7 − 1 


O fator   transforma numa série uniforme e o fator  
 (1+ 0,10)25 − 1  0,10* (1+ 0,10)7 
pega os 7 anos.

AOP = 52.892

Custos (Valor presente)


Investimento (VPInv)
Vida útil do empreendimento A = 25 anos
Valor Residual = 15 %
Inv = 350.000

 0,10 * (1 + 0,10) 25   (1 + 0,10) 10 − 1 


VPInv = Inv - 15% * Inv * (1 + 0,10) - 25  *  * 
   25 − 1   0,10 * (1 + 0,10) 10 
 (1 + 0,10)

VPInv = US$ 233.647

Priorização de obras considerando fatores econômicos (Priorecon)

AF + DP + AOP
Priorecon =
Inv
Priorecon = (1.556.650 + 138.426 + 52.892) / 233.647

Priorecon = 7,48

2.9.2 PRIORIZAÇÃO TÉCNICA


Fonte: ETD - .21 Estudo Técnico de Distribuição - Sistemática para elaboração e

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aprovação de programas de obras associadas ao desempenho da distribuição
(Utilizados alguns conceitos do trabalho)
Fatores técnicos
Carregamento
Nível de tensão
Confiabilidade

Tabela 2-19 – Critérios para priorização técnica

Parâmetro Critério Avaliação Grau


Queda de tensão (DV) Percentual dos limites P ≤ 50% 0
estabelecidos pela 50% < P ≤ 60% 1
legislação (P) 60% < P ≤ 70% 2
Obs.: Não é a queda de 70% < P ≤ 80% 3
tensão em % 80% < P ≤ 90% 4
90% < P 5
DEC relativo DEC calculado / DECr ≤ 50% 0
(DECr) DEC legislação 50%< DECr ≤60% 1
60%< DECr ≤70% 2
70%< DECr ≤80% 3
80%< DECr ≤90% 4
90%< DECr 5
FEC relativo FEC calculado / FECr ≤ 50% 0
(FECr) FEC legislação 50%< FECr ≤60% 1
60%<FECr ≤70% 2
70%< FECr≤ 80% 3
80%<FECr ≤ 90% 4
90%< FECr 5
Carregamento Limite do carregamento Car ≤ 50% 0
(Car) recomendável 50%< Car ≤60% 1
(carregamento econômico) 60%< Car ≤70% 2
70%< Car ≤80% 3
80%< Car ≤90% 4
90%< Car 5
Condições físicas da rede Necessidade de Ótima 0
(Cfr) substituição de postes, Boa 1
condutores, isoladores ou Regular 2
outros acessórios. Ruim 3
Caminhamento do Péssima 4
alimentador Crítica 5

Tabela 2-20 – Exemplos de ponderação

Grupos de empreendimentos DV DECr FECr Car Cfr


Construção de alimentador urbano 25% 25% 25% 25% 0%
Construção de alimentador rural 25% 25% 25% 25% 0%

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Adequação de alimentador urbano 20% 20% 20% 20% 20%
Adequação de alimentador rural 20% 20% 20% 20% 20%
Instalação de religadores 0% 40% 40% 0% 20%
Instalação de reguladores de tensão 60% 0% 0% 0% 40%

Tabela 2-21 – Tipos de empreendimentos

Tipo Características
A Necessárias para atender a requisitos de segurança de pessoal, equipamentos e
instalações
B Necessárias por imposição da legislação em vigor (ligação de unidade
consumidora e qualidade de serviço)
C Cunho político-social
D Destinadas a ampliar mercado e melhorar a qualidade de serviço
E Destinadas a melhorar a confiabilidade do sistema elétrico

Exemplo:
Priorizar a partir de critérios técnicos 3 empreendimentos com as seguintes
características:

Empreendimento A (construção de alimentador)


P = 75% do limite
DECr = 65%
FECr = 85%
Car = 45%
Empreendimento B (adequação de alimentador)
P = 95% do limite
DECr = 55%
FECr = 75%
Car = 55%
Cfr = Regular
Empreendimento C (construção de alimentador)
P = 45% do limite
DECr = 35%
FECr = 95%
Car = 80%

Tabela 2-22 – Resultado da priorização técnica

Empreendimentos DV DECr FECr Car Cfr Total


A 3 * 25% 2 * 25% 4 * 25% 0 * 25% 0% 2,25
B 5 * 20% 1 * 20% 3 * 20% 1 * 20% 2* 20% 2,40
C 0 * 25% 0 * 25% 5 * 25% 3 * 25% 0% 2,00

2.10 OUTROS PONTOS A CONSIDERAR NO PLANEJAMENTO

− Critérios para instalação de novas subestações (p.66 CIPOLI)

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− Localidade com SE
− Localidade sem SE
− As obras propostas vão compor o Plano de Obras da empresa
− Adequar as obras aos recursos orçamentários disponíveis da empresa
− Localização de terrenos para a instalação de novas subestações
− Contemplar o atendimento a novos mercados (consumidores livres)
− Considerar a utilização de softwares disponíveis

2.11 EXEMPLO RESOLVIDO


Escolher entre as alternativas A e B
Alternativa A
Instalar no ano 0 um transformador de 30 kVA
Instalar no ano 5 outro transformador de 30 kVA
Instalar no ano 10 outro transformador de 30 kVA

Alternativa B
Instalar no ano 0 um transformador de 45 kVA
Instalar no ano 10 outro transformador de 45 kVA
Tabela 2-23 – Custos dos trafos, de operação e manutenção e de perdas

Custo dos trafos Custo anual de operação e Custo anual das perdas
30 kVA: US$ 1090 manutenção Alternativa A: US$ 275
45 kVA: US$ 1550 Alternativa A: US$ 83 Alternativa B: US$ 181
Alternativa B: US$ 54

Considerar: 12% ao ano


Horizonte do estudo: 15 anos
Sem valor residual

VP da Alternativa A
Inv ==>1090 + 1090 * (1+0,12)^-5 + 1090 * (1+0,12)^-10 = 2059
FRC (12%,15 anos) = 6,81
O&M + Perdas ==> (83 + 275) * (1/FRC) = 358 * 6,81 = 2438
VP da Alternativa A = 4497

VP da Alternativa B
Inv ==>1550 + 1550 * (1+0,12)^-10 = 2049
O&M + Perdas ==> (54 + 181) * (1/FRC) = 235 * 6,81 = 1600
VP da Alternativa B = 3649

Conclusão: escolha da alternativa B (considerando apenas o fator econômico)

Valor anual da alternativa A:


VP da alternativa A * FRC = 4497 / 6,81 = 660

Valor anual da alternativa B:


VP da alternativa B * FRC = 3649 / 6,81 = 536

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1) Quanto deveria custar o transformador de 30 kVA para inverter a situação no caso


apresentado

2) Refazer este exemplo utilizando uma taxa de 10% aa e verificar se houve alteração na
decisão

2.12 EXEMPLO RESOLVIDO


Alternativa A: instalação no ano 0 de potência P1 → Custo X
instalação no ano n de potência P2>P1 → Custo Y
Alternativa B: instalação no ano 0 de potência P2 → Custo Y
Encontrar n em função da relação entre X e Y
i = 12% ao ano

VP da alternativa A
Y
VPA = X +
(1 + 0,12)n

VP da alternativa B = VPB = Y

VPA = VPB

Y Y Y
X+ =Y ⇒ = 1+
(1 + 0,12)n X X (1 + 0,12)n

Chamando Y / X de Z, tem-se

Z
Z = 1+ ⇒ Z (1 + 0,12)n = (1 + 0,12)n + Z
(1 + 0,12)n

Z (1 + 0,12)n - (1 + 0,12)n = Z

(1 + 0,12)n (Z - 1) = Z

Z
(1 + 0,12)n =
(Z - 1)

 Z 
n log 1,12 = log  
 Z - 1

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 Z 
log 
 Z − 1
n=
0,0492

Tabela 2-24 – Custos dos transformadores

Potência do transformador (kVA) Custo (US$)


30 1090
45 1550

1550 / 1090 = 1,42

Tabela 2-25 – Resultados de Z e n

Z 1,05 1,42 1,8 2,2


n 27 11 7 5

VPB = 1550
VPA (para n = 09 anos) = 1648 > 1550
VPA (para n = 10 anos) = 1589 > 1550
VPA (para n = 11 anos) = 1535 < 1550
VPA (para n = 12 anos) = 1487 < 1550

2.13 MÉTODO DE ANÁLISE CONSIDERANDO MÚLTIPLOS CRITÉRIOS


Método apresentado
AHP - Análise Hierárquica de Processos (Analytic Hierarchy Process) Desenvolvido por
Thomaz Saaty

2.13.1 ESCOLHA ENTRE EXPANSÃO DA OFERTA E GERENCIAMENTO PELO


LADO DA DEMANDA
Objetivo: Atender a um mercado de energia previsto

Alternativas:
1) Expansão da oferta de energia (Oferta)
2) Atuação na carga - Gerenciamento pelo Lado da Demanda (GLD)

Critérios:
− Avaliação econômica
− Quantidade de empregos permanentes gerados
− Impactos no meio ambiente
− Risco de não atender ao mercado de energia previsto
− Confiabilidade dos componentes e do conjunto
− Promoção de desenvolvimento tecnológico

Comparação dos critérios aos pares

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Tabela 2-26 – Comparação dos critérios

Coluna A Abso- Muito For- Fra- Igual Fra- For- Muito Abso- Coluna B
luta forte te ca ca te forte luta
Avaliação Impactos no
Econômica meio
ambiente

Escala de 1 a 9 (de Fraca para Absoluta)

Tabela 2-27 – Matriz de ponderação entre os critérios

Geração Meio Risco Confiabil. Desenvolv.


empregos ambiente Tecnológico
Avaliação 7 2 5 3 7
econômica
Geração de (3) (4) (3) 2
empregos
Meio ambiente 7 3 7
Risco (3) 7
Confiabilidade 3
Nível de Inconsistência: 0,08

Tabela 2-28 – Resultado da ponderação entre os critérios

Importância Relativa dos Critérios


Avaliação econômica 0,381
Geração de empregos 0,054
Meio ambiente 0,300
Risco 0,089
Confiabilidade 0,139
Desenvolvimento tecnológico 0,036

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Avaliação econômica 0,381

Empregos 0,054

Meio ambiente 0,300

Risco 0,089

Confiabilidade 0,139

Desenvolvimento
0,036
tecnológico

0,000 0,050 0,100 0,150 0,200 0,250 0,300 0,350 0,400


Importância relativa dos critérios

Figura 2-11 - Importância relativa dos critérios

Tabela 2-29 – Ponderação entre as alternativas para cada critério

Avaliação econômica Geração de empregos Meio ambiente


OFERTA OFERTA OFERTA
GLD 1 GLD 3 GLD 7
Risco Confiabilidade Desenvolv. tecnológico
OFERTA OFERTA OFERTA
GLD (5) GLD (5) GLD 5

Tabela 2-30 – Resultado da Ponderação entre as alternativas para cada critério

Programas de GLD Expansão na oferta


Avaliação econômica 0,5000 0,5000
Geração de empregos 0,7500 0,2500
Meio ambiente 0,8750 0,1250
Risco 0,1667 0,8333
Confiabilidade 0,1667 0,8333
Desenvolvimento tecnológico 0,8333 0,1667

Tabela 2-31 – Resultado final para as alternativas

Programas de GLD Expansão na oferta


56,2 % 43,8 %

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Programas de GLD 0,562

Expansão na oferta 0,438

0,000 0,100 0,200 0,300 0,400 0,500 0,600


Valoração relativa das alternativas

Figura 2-12 - Valoração relativa das alternativas

0,900 0,9

0,800 0,8

0,700 0,7
Participação relativa dos critérios

Participação das alternativas


GLD
0,600 0,6

0,500 0,5

0,400 0,4
OFERTA
0,300 0,3

0,200 0,2

0,100 0,1

0,000 0
Empregos

econômica
Meio ambiente
Risco
Desenvolvimento

Global
Confiabilidade

Avaliação
tecnológico

Figura 2-13 - Desempenho das alternativas quanto aos critérios

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Análise de Sensibilidade

100%

90%
Percentual das Alternativas (GLD e Expansão da Oferta)

80%

70%

60% GLD

50%

40% OFERTA

30%

20%

10%

0%
0,00 0,10 0,20 0,30 0,40 0,50 0,60 0,70 0,80 0,90 1,00
Priorização da Avaliação econômica

Figura 2-14 - Alteração nos resultados em função do critério avaliação econômica

100%

90%
Percentual das Alternativas (GLD e Expansão da Oferta)

80%
GLD

70%

60%

50%

40%

30%

OFERTA
20%

10%

0%
0,00 0,10 0,20 0,30 0,40 0,50 0,60 0,70 0,80 0,90 1,00
Priorização da Geração de empregos

Figura 2-15 - Alteração nos resultados em função do critério geração de empregos

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100%

90%
Percentual das Alternativas (GLD e Expansão da Oferta)

80% GLD

70%

60%

50%

40%

30%

OFERTA
20%

10%

0%
0,00 0,10 0,20 0,30 0,40 0,50 0,60 0,70 0,80 0,90 1,00
Priorização do Meio ambiente

Figura 2-16 - Alteração nos resultados em função do critério meio ambiente

100%

90%
Percentual das Alternativas (GLD e Expansão da Oferta)

80%
OFERTA
70%

60%

50%

40%

30%
GLD

20%

10%

0%
0,00 0,10 0,20 0,30 0,40 0,50 0,60 0,70 0,80 0,90 1,00
Priorização do Risco

Figura 2-17 - Alteração nos resultados em função do critério risco

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100%

90%
Percentual das Alternativas (GLD e Expansão da Oferta)

80%
OFERTA
70%

60%

50%

40%

30% GLD

20%

10%

0%
0,00 0,10 0,20 0,30 0,40 0,50 0,60 0,70 0,80 0,90 1,00
Priorização da Confiabilidade

Figura 2-18 - Alteração nos resultados em função do critério confiabilidade

100%

90%
Percentual das Alternativas (GLD e Expansão da Oferta)

GLD
80%

70%

60%

50%

40%

30%

20% OFERTA

10%

0%
0,00 0,10 0,20 0,30 0,40 0,50 0,60 0,70 0,80 0,90 1,00
Priorização do Desenvolvimento tecnológico

Figura 2-19 - Alteração nos resultados em função do critério desenvolvimento tecnológico

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2.13.2 ESCOLHA DE TIPOS DE REDES

Apresenta-se neste tópico um exemplo da aplicação da metodologia de análise


considerando-se múltiplos critérios (AHP - Análise Hierárquica de Processos) para auxiliar
na tomada de decisão. O exemplo desenvolvido compara a aplicação de três tipos de
sistemas de distribuição: utilizando-se rede aérea com cabos nus, rede aérea protegida
com cabos cobertos (compacta) e rede subterrânea.
É importante destacar que esta ferramenta apenas auxilia a tomada de decisão levando
em conta critérios qualitativos muitas vezes difíceis de mensurar. Não pretende substituir
as considerações e ponderações dos técnicos especialistas nos assuntos específicos.
Para o presente exemplo é evidente que a comparação entre os três tipos de sistema
somente teria sentido para aplicação num local onde fossem viáveis técnica e
economicamente.
Este método permite que se considere outros aspectos além das avaliações econômicas
comumente realizadas.
Diferentemente de como deve ocorrer na aplicação do método, onde utiliza-se uma
pesquisa com a opinião de diversos técnicos da empresa para ponderar os critérios, neste
caso não foi utilizado este recurso. As ponderações foram atribuídas pelo autor do
trabalho. A intenção neste caso é apenas apresentar a metodologia que poderá ser
reaplicada com a opinião de um número maior de decisores.

Alternativas: Rede aérea com cabos nus (AÉREA)


Rede aérea protegida com cabos cobertos (COMPACTA)
Rede subterrânea (SUBTERRÂNEA)

Critérios utilizados: Custo da implementação


Impactos no meio ambiente
Custo de operação e manutenção
Imagem da empresa
Tempo para recuperação de defeitos
Confiabilidade / perda de receita
Segurança de técnicos da empresa e de terceiros

Na Tabela 2.32 apresenta-se a comparação relativa entre os critérios na visão do decisor.


Na Tabela 2.33 apresenta-se a matriz resultante do grau de predominância relativa entre
os critérios, elaborada a partir das informações da Tabela 2.32, utilizando-se uma escala
de 1 a 9.

35 Versão preliminar (Agosto / 2006)


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Tabela 2-32 - Grau de importância relativa entre os critérios


Coluna A Absoluta Muito Forte Fraca Igual Fraca Forte Muito Absoluta Coluna B
forte forte
Custo da x Meio ambiente
Implementação
Custo da x Custo de O&M
Implementação
Custo da x Imagem da empresa
Implementação
Custo da x Tempo de
Implementação recuperação de
defeitos
Custo da x Confiabilidade /
Implementação perda de receita
Custo da x Segurança
Implementação (acidentes)
Meio ambiente x Custo de O&M

Meio ambiente x Imagem da empresa

Meio ambiente x Tempo de


recuperação de
defeitos
Meio ambiente x Confiabilidade /
perda de receita
Meio ambiente x Segurança
(acidentes)
Custo de O&M x Imagem da empresa

Custo de O&M x Tempo de


recuperação de
defeitos
Custo de O&M x Confiabilidade /
perda de receita
Custo de O&M x Segurança
(acidentes)
Imagem da empresa x Tempo de
recuperação de
defeitos
Imagem da empresa x Confiabilidade /
perda de receita
Imagem da empresa x Segurança
(acidentes)
Tempo de x Confiabilidade /
recuperação de perda de receita
defeitos
Tempo de x Segurança
recuperação de (acidentes)
defeitos
Confiabilidade / x Segurança
perda de receita (acidentes)

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Tabela 2-33 - Matriz resultante do grau de predominância relativa entre os critérios


Meio Custo de Imagem da Tempo de Confiabilidade Segurança
ambiente O&M empresa recuperação / perda de (acidentes)
de defeitos receita
Custo da 3 7 3 3 3 1
Implementaçã
o
Meio 7 3 3 3 1
ambiente

Custo de (7) (7) (7) (9)


O&M

Imagem da 1 1 (7)
empresa

Tempo de 1 (5)
recuperação
de defeitos
Confiabilidade (5)
/ perda de
receita

Obteve-se como nível de inconsistência 6,08 %, sendo aceitável por ser menor do que
10%.

Processados os dados obteve-se como resultado para a importância relativa dos critérios
os percentuais apresentados na Tabela 2.34 e na Figura 2.20.

Tabela 2-34 - Importância relativa dos critérios

Importância relativa dos critérios


Custo da Implementação 26%
Meio ambiente 19%
Custo de O&M 2%
Imagem da empresa 8%
Tempo de recuperação de defeitos 8%
Confiabilidade / perda de receita 8%
Segurança (acidentes) 30%

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Custo da Implementação 26%

Meio ambiente 19%

Custo de O&M 2%

Imagem da empresa 8%

Tempo de recuperação
8%
de defeitos

Confiabilidade / perda de
8%
receita

Segurança (acidentes) 30%

0% 5% 10% 15% 20% 25% 30% 35%

Figura 2-20 - Importância relativa dos critérios

Destacam-se 3 critérios como os que obtiveram o maior peso: Segurança (30%), Custo da
implementação (26%) e Meio Ambiente (19%).
É interessante também destacar que os 3 critérios relacionados com o desempenho do
sistema (Imagem da empresa, Tempo de recuperação de defeitos e Confiabilidade / perda
de receita) obtiveram a soma de 24% (8% cada um deles)
A próxima etapa da metodologia consiste na comparação das alternativas considerando
cada um dos critérios isoladamente. A Tabela 2.35 contém essas informações.

Na Tabela 2.36 apresenta-se o nível de preferência das alternativas considerando cada


um dos critérios individualmente e o nível de inconsistência de cada matriz. Todos os
níveis de inconsistência foram menores que 10%.

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Tabela 2-35 - Preferência das alternativas com relação aos critérios


Coluna A Absolut Muito Forte Frac Igual Frac Forte Muito Absolut Coluna B
a Forte a a forte a
Custo da Implementação
Aérea X Compacta
Aérea X Subterrânea
Compacta X Subterrânea
Meio ambiente
Aérea X Compacta
Aérea X Subterrânea
Compacta X Subterrânea
Custo de O&M
Aérea X Compacta
Aérea X Subterrânea
Compacta X Subterrânea
Imagem da empresa
Aérea X Compacta
Aérea X Subterrânea
Compacta X Subterrânea
Tempo de recuperação de defeitos
Aérea X Compacta
Aérea X Subterrânea
Compacta X Subterrânea
Confiabilidade / perda de receita
Aérea X Compacta
Aérea X Subterrânea
Compacta X Subterrânea
Segurança (acidentes)
Aérea X Compacta
Aérea X Subterrânea
Compacta X Subterrânea

Tabela 2-36 - Nível de preferência das alternativas considerando cada um dos critérios
individualmente
Aérea Compacta Subterrânea Inconsistência
Custo da 64,9% 27,9% 7,2% 6,24%
Implementação
Meio ambiente 5,5% 29,0% 65,5% 7,72%
Custo de O&M 10,5% 25,8% 63,7% 3,70%
Imagem da 5,3% 47,4% 47,4% 0,00%
empresa
Tempo de 75,1% 17,8% 7,0% 2,79%
recuperação de
defeitos
Confiabilidade / 11,4% 40,5% 48,1% 2,79%
perda de receita
Segurança 7,8% 43,5% 48,7% 1,21%
(acidentes)

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Processando-se os índices de importância relativa dos critérios com os níveis de


preferência das alternativas obtém-se como resultado para a valoração global da cada
alternativa os valores constantes da Tabela 2.37 e da Figura 2.21.

Tabela 2-37 - Valoração final das alternativas


Aérea Compacta Subterrânea
28% 34% 38%

Aérea
Subterrânea 28%
38%

Compacta
34%

Figura 2-21 - Valoração final das alternativas

ANÁLISE DE SENSIBILIDADE

A Figura 2.22 apresenta o desempenho das alternativas frente a cada um dos critérios.
Verifica-se que a alternativa AÉREA supera as demais para os critérios custo de
implementação e tempo de recuperação de defeitos.

A alternativa SUBTERRÂNEA domina as demais para os outros critérios exceto para o


critério Imagem da empresa onde ocorre um empate entre as alternativa SUBTERRÂNEA
e COMPACTA.

Esta figura demonstra a característica do método que pondera os pesos relativos dos
critérios com a preferência das alternativas.

As próximas 7 figuras (Figuras 2.23, 2.24, 2.25, 2.26, 2.27, 2.28 e 2.29) apresentam, para
cada um dos critérios, a repercussão no resultado final do processo, para variações nas
prioridades atribuídas aos critérios. Nos gráficos destas Figuras a reta vertical indica o
valor do peso relativo para o correspondente critério.

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Quanto ao critério Custo de implementação (Figura 2.23) a opção SUBTERRÂNEA
supera as outras duas para índices de importância relativa deste critério até 38%. A partir
deste ponto a opção AÉREA supera as demais.

Quanto ao critério Meio ambiente (Figura 2.24) a opção COMPACTA domina as demais
para índices de até 10%. A partir deste ponto a opção SUBTERRÂNEA torna-se a
escolhida.

Para os critérios Custo de O&M (Figura 2.25), Imagem da empresa (Figura 2.26) e
Confiabilidade (Figura 2.28) a alternativa SUBTERRÂNEA supera as outras duas para
qualquer índice de importância relativa dos critérios.

Quanto ao critério Tempo de recuperação de defeitos (Figura 2.27) a alternativa


SUBTERRÂNEA domina as demais para índices de importância relativa de até 20%.
Acima deste valor a opção AÉREA assume valores superiores às outras duas.

Finalmente para o critério Segurança (acidentes) (Figura 2.29) a opção AÉREA domina as
outras para índices de importância relativa de até 6%. Acima deste valor a alternativa
SUBTERRÂNEA é a escolhida.

80% 70%
PARTICIPAÇÃO RELATIVA DOS CRITÉRIOS

70% 60%

PARTICIPAÇÃO DAS ALTERNATIVAS


60%
50%

50%
40%
40%
30%
30%

20%
20%

10% 10%

0% 0%
a
)

o
s

te
M

al
ta
s

es
ito

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te

b
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e

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Se

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re

C
bi

de
fia

po
on

m
C

Te

CRITÉRIOS Aérea Compacta Subterrânea

Figura 2-22- Desempenho das alternativas quanto aos critérios

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100%

90%

80%

70%
Participação das alternativas

60%
Aérea
Compacta
50%
Subterrânea
Custo da Implementação
40%

30%

20%

10%

0%
0% 10% 20% 30% 40% 50% 60% 70% 80% 90% 100%
Priorização do Critério Custo da implementação

Figura 2-23 - Alteração nos resultados em função do critério Custo de implementação

100%

90%

80%

70%
Participação das alternativas

60%
Aérea
Compacta
50%
Subterrânea
Meio ambiente
40%

30%

20%

10%

0%
0% 10% 20% 30% 40% 50% 60% 70% 80% 90% 100%
Priorização do Critério Meio ambiente

Figura 2-24 - Alteração nos resultados em função do critério Meio ambiente

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100%

90%

80%

70%
Participação das alternativas

60%
Aérea
Compacta
50%
Subterrânea
Custo de O&M
40%

30%

20%

10%

0%
0% 10% 20% 30% 40% 50% 60% 70% 80% 90% 100%
Priorização do Critério Custo de O&M

Figura 2-25 - Alteração nos resultados em função do critério Custo de O&M

100%

90%

80%

70%
Participação das alternativas

60%
Aérea
Compacta
50%
Subterrânea
Imagem da empresa
40%

30%

20%

10%

0%
0% 10% 20% 30% 40% 50% 60% 70% 80% 90% 100%
Priorização do Critério Imagem da empresa

Figura 2-26 - Alteração nos resultados em função do critério Imagem da empresa

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100%

90%

80%

70%
Participação das alternativas

60%
Aérea
Compacta
50%
Subterrânea
Tempo de recuperação de defeitos
40%

30%

20%

10%

0%
0% 10% 20% 30% 40% 50% 60% 70% 80% 90% 100%
Priorização do Critério Tempo de recuperação de defeitos

Figura 2-27 - Alteração nos resultados em função do critério Tempo de recuperação de defeitos

100%

90%

80%

70%
Participação das alternativas

60%
Aérea
Compacta
50%
Subterrânea
Confiabilidade / perda de receita
40%

30%

20%

10%

0%
0% 10% 20% 30% 40% 50% 60% 70% 80% 90% 100%
Priorização do Critério Confiabilidade / perda de receita

Figura 2-28 - Alteração nos resultados em função do critério Confiabilidade / perda de receita

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100%

90%

80%

70%
Participação das alternativas

60%
Aérea
Compacta
50%
Subterrânea
Segurança (acidentes)
40%

30%

20%

10%

0%
0% 10% 20% 30% 40% 50% 60% 70% 80% 90% 100%
Priorização do Critério Segurança (acidentes)

Figura 2-29 - Alteração nos resultados em função do critério Segurança (acidentes)

2.14 EXERCÍCIOS PROPOSTOS

− Nível de tensão ótimo para atendimento a cargas radias (p.91 CIPOLI)


− Linhas isoladas para 34,5 kV operando em 13,8 kV (p.93 CIPOLI). Este exemplo serve
para comparar alternativas que impliquem em adiamento de investimento.

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Capítulo 3

3. PROJETOS DE SISTEMAS DE DISTRIBUIÇÃO

3.1 ASPECTOS GERAIS


− Tipos de sistemas a serem projetados (redes, subestações)
− Projeto de rede nova, reforma de rede ou extensão de rede
− Cálculo de alimentador radial
− Cálculos elétricos
− Cálculo das tensões
− Carga uniformemente distribuída
− Carga concentrada
− Cálculos das correntes
− Corrente econômica de condutores
− Fluxos de carga
− Cálculos das perdas elétricas (ativa e reativa)
− Cálculos mecânicos
− Esforços nas estruturas
− Roteiro sugerido pelo CODI
− Dados preliminares
− Finalidade do projeto
− Área do projeto
− Planejamento básico existente
− Arborização
− Mapas
− Dados de carga
− Levantamento da carga
− Previsões
− Anteprojeto
− Lançamento de dados
− Dimensionamento elétrico
− Proteção e flexibilidade
− Projeto
− Locação e inspeção de campo
− Dimensionamento mecânico
− Iluminação Pública
− Roteiro (Norma CEB)
− Dados preliminares
− mapas e plantas
− tipos de projetos
− planos e projetos existentes
− planejamento básico
− Dados da carga

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− levantamento de cargas
− cálculo de demandas
− Anteprojeto
− configuração básica e traçado das redes
− dimensionamento elétrico
− proteção, seccionamento e aterramento
− Projeto final
− locação dos postes
− escolha de condutores
− dimensionamento mecânico
− escolha de estruturas
− iluminação pública
− apresentação do projeto

3.2 DIMENSIONAMENTOS

Figura 3-1 - Tipos de estruturas

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Tabela 3-1 - Tipos de Estruturas

Pino simples Pino Duplo Fim de linha Ancoragem


NORMAL - N N1 N2 N3 N4
BECO - B B1 B2 B3 B4
MEIO BECO - MB MB1 MB2 MB3 MB4

Dimensionamento de Condutores (Norma CEB)


− Bitolas padronizadas para redes urbanas (4, 2, 1/0, 4/0 AWG e 336,4 MCM) (velhas)
− Capacidade térmica dos condutores, Queda de tensão e Perdas
− Considerar a carga no final do período de análise (ano horizonte do estudo)

Dimensionamento mecânico
− Postes de 9 metros Redes secundárias
− Postes de 11 metros Redes primárias e/ou secundárias
− Postes de 12/13 metros Casos especiais
Carga útil admissível a 20 cm do topo do poste
− 9 metros 150, 300, (450) e 600 kgf
− 11 metros (200), 300, (450), 600, 1000 e (1500 especial) kgf
− 12/13 metros 300, 600, 1000 (1500 especial) kgf
Tabela 3-2 - Carga de Ruptura e Trações de Projeto para AT e BT (Alumínio - CA) (kgf)

Bitola 4 2 1/0 4/0 336,4


Ruptura 390,1 598,7 881,1 1696,4 2722,4
Tração 56 89 142 284 452
Fonte: CEB NTD - 1.02

Cálculo dos esforços nas estruturas (a 20 cm do topo)


F1

β
F2
Figura 3-2 – Diagrama de forças

Para F1 ≠ F2 R = F 2 + F 2 + 2F1F2 cosβ


1 2

β
Para F1 = F2 R = 2 F sen
2

Para β = 90o e F1 = F2 R = 2F 2

Para β = 90o e F1 ≠ F2 R = F2 + F2
1 2

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Tabela 3-3 – Esforços por tipo de estrutura

Ângulos
o o o
Condutores 10 20 30 60o 90o Fim de linha
AT BT kgf
3#4(4) 111 169 225 386 518 381
3#4 3#2(4) 126 196 265 461 627 458
3#1/0(2) 159 255 348 613 835 608
3#4/0(1/0) 230 387 542 979 1354 979
3#4(4) 131 206 279 487 663 484
3#2 3#2(4) 146 234 323 563 768 560
3#1/0(2) 176 289 402 714 976 710
3#4/0(1/0) 250 425 596 1083 1492 1080
3#4(4) 164 266 396 653 890 648
3#1/0 3#2(4) 179 294 409 728 996 724
3#1/0(2) 209 352 489 877 1209 877
3#4/0(1/0) 280 487 686 1245 1723 1245
3#4(4) 247 426 598 1092 1503 1086
3#4/0 3#2(4) 262 453 638 1167 1609 1162
3#1/0(2) 292 509 721 1316 1816 1312
3#4/0(1/0) 366 644 915 1682 2329 1680
3#4(4) 347 609 870 1602 2220 1599
3#336,4 3#2(4) 362 640 911 1678 2326 1675
3#1/0(2) 392 695 990 1827 2534 1825
3#4/0(1/0) 463 828 1190 2193 3047 2193

Estaiamento
− Poste a Poste
− Cruzeta a Poste
− Contra-poste

Engastamento (profundidade de instalação)

L
C= + 0,60 m
10
sendo:
L = Comprimento do poste em metros
C = Engastamento

3.3 CRITÉRIOS DE PROJETOS


− Conceitos Básicos para Projeto de Rede Primária Aérea (CIPOLI, 1993)
− Projetar considerando a carga para o quinto ano e nessa época a queda de
tensão aceitável estará limitada entre 1,5% e 2,5%.
− Queda de tensão máxima de 5,5% após o décimo ano
− Limitar a duas ou três bitolas de condutores para troncos e ramais

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− Ramais primários mais carregados deverão contar com recurso de mais de um
alimentador
− Conceitos Básicos para Projeto de Rede Secundária Aérea (CIPOLI 1993)
− Dimensionamento feito considerando a queda de tensão e o limite térmico dos
cabos
− Não são feitas restrições quanto a perdas pois os limites de queda de tensão
restringem as perdas a níveis aceitáveis
− Vida de um circuito secundário de 15 anos e com 7,5 anos redistribuição da carga
Considerar
− Tecnologias disponíveis
− Nível de arborização
− Estado dos condutores
− Vida dos transformadores
− Caminhamento dos circuitos de BT
− Gabarito das edificações
− Acessos para operação e manutenção
− Bitolas padronizadas
− Indicadores de desempenho
− Custos modulares
− Custos Unitários de Instalações de Distribuição
− Critérios de instalação de pára-raios

Formulação de alternativas

Análise técnico-econômica de alternativas

Elaboração de orçamentos
− Composição
− Material
− Mão de obra
− Prazos
− Custos
− Coerência entre orçamentos

3.4 ENERGIA REATIVA


Fonte: Publicação do CODI
Manual de Orientação aos consumidores sobre a nova legislação para
faturamento de energia reativa excedente

Antes:
Fator de potência 0,85

Depois:
Aumento do limite mínimo de 0,85 para 0,92
Faturamento da energia reativa excedente
Redução do período de avaliação do fator de potência de mensal para horário a partir de

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1996

Potência ativa (kW)


Potência reativa (kVAr)

P
ϕ
Q
S

Figura 3-3 –Triângulo P – Q - S

Cos fi = cos [arc tg (Q/P)]

Cos fi = P / S

Indica o % da potência total fornecida (kVA) utilizada como potência ativa (kW).

Indica a "eficiência" no uso dos sistemas elétricos.

Para alimentar uma carga de 1.000 kW com


fp = 0,85 são necessários 1176 kVA
fp = 0,92 são necessários 1087 kVA

(1176 - 1087) / 1176 = 7,6%

3.4.1 BAIXO FATOR DE POTÊNCIA


Causas
Motores e transformadores em vazio ou com pequenas cargas ou ainda
superdimensionados

Lâmpadas de descarga
Fluorescentes, vapor de mercúrio, vapor de sódio sem reatores de alto fator de potência

Excesso de energia reativa capacitiva

Efeitos
Aumento na corrente total Î aumento nas perdas
Aumento na corrente total Î aumento na queda de tensão
Má utilização da capacidade instalada

Aumento na corrente total Î aumento nas perdas


1000 MWh / ano
1000 MWh / 8760 horas / ano → 114,1 kW médios

fp = 0,78 fp = 0,92
51 Versão preliminar (Agosto / 2006)
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146,2 kVA 124,0 kVA
6,12 A 5,19 A

146,2 124,0
6,12 = 5,19 =
3 *13,8 3 * 13,8

Perdas 1 = cte * (6,12)2 Perdas 2 = cte * (5,19)2

2
Perdas1 − Perdas 2 cte * (6,12) 2 − cte * (5,19) 2 (5,19) 2  I2 
= = 1- = 1 -  
Perdas1 cte * (6,12) 2 (6,12) 2  I1 

2
Perdas1 − Perdas 2 I  (5,19) 2
= 1 -  2  = 1- = 0,28 = 28%
Perdas1  I1  (6,12) 2

2 2
 P1(kW)   P2 (kW) 
Perdas1 = cte *   Perdas 2 = cte *  
 fp * 3 * V   fp * 3 * V 
 1   2 

2 2
 P1(kW)   P2 (kW) 
cte *   − cte *  
Perdas1 − Perdas 2  fp * 3 * V   fp * 3 * V 
 1   2 
=
Perdas1 2
 P1(kW) 
cte *  
 fp * 3 * V 
 1 

2 2 2
 1   1   1 
  −     2
Perdas1 − Perdas2  fp1   fp2   fp2   fp1 
= = 1- = 1 -  
Perdas1 2 2  fp2 
 1   1 
   
fp
 1 fp
 1

2 2
Perdas 1 − Perdas 2  fp   0,78 
= 1 -  1  = 1-   = 0,28 = 28%
Perdas 1  fp 2   0,92 

Aumento na corrente total Î aumento na queda de tensão


Considere os seguintes dados: Carga de 1 MVA, distância de 5 km
Coeficientes de queda de tensão para o cabo 4/0
Fator de potência 1 = 0,1575
Fator de potência 0,8 = 0,2546
Para cos fi = 1 ==> queda de tensão = 1 MVA * 5 km * 0,1575 = 0,7875%
Para cos fi = 0,8 ==> queda de tensão = 1 MVA * 5 km * 0,2546 = 1,2730%

52 Versão preliminar (Agosto / 2006)


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Má utilização da capacidade instalada
Suponha a seguinte situação:

Tabela 3-4 – Dados do exemplo de má utilização da capacidade instalada


1000 kVA instalado 1000 kVA instalado
Fator de potência = 0,7 Fator de potência = 0,92
Potência ativa = 700 kW (Faturado) Potência ativa = 920 kW (Faturado)

Com relação a transformador


Suponha que seja preciso atender a uma carga de 40 kW. Qual deve ser o transformador
se o fator de potência for 0,5 - 0,85 ou 0,92 ?

Tabela 3-5 – Transformadores utilizados

Fator de potência kVA Transformador


0,5 80 112,5 kVA
0,85 47 75 kVA
0,92 43 45 kVA

Com relação a cabos


Seção dos condutores é função da capacidade de corrente.
Quando passo de fp1 para fp2 (fp2 < fp1) I2 aumenta em relação a I1 na proporção de 1 -
(fp1 / fp2)^2

Seção relativa partindo de uma situação com fp = 1

Tabela 3-6 – Seção relativa de condutores em função do fator de potência (partindo de fp = 1)

Fator de potência Seção relativa


1 1
0,92 1,18
0,85 1,38
0,8 1,56
0,7 2,04

Seção relativa partindo de uma situação com fp = 0,92


Tabela 3-7 - Seção relativa de condutores em função do fator de potência (partindo de fp = 0,92)

Fator de potência Seção relativa


0,92 1
0,85 1,17
0,8 1,32
0,7 1,73
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Portanto ao melhorar o fator de potência estou liberando potência no sistema já instalado.


Suponha 1000 kVA instalado
fp1 = 0,8 ==> P1 = 800 kW
fp2 = 0,92 ==> P2 = 920 kW
Ganho de 120 kW

Suponha que o custo de cada kW instalado seja R$ 600.


Até quanto pode-se investir para passar de fp = 0,85 para fp = 0,92.
1000 kVA ==> fp1 = 0,85 P1 = 850 kW
1000 kVA ==> fp2 = 0,92 P2 = 920 kW
Diferença = 920 - 850 = 70 kW
70 * 600 = R$ 42.000

3.4.2 CORREÇÃO DO FATOR DE POTÊNCIA


Eliminar as causas do baixo fator de potência
Desligar motores em vazio
Redimensionar equipamentos superdimensionados
Redistribuir cargas pelos circuitos

Fonte Energia Ativa Motor

Energia Reativa

Fonte Energia Ativa Motor

Energia Reativa
Figura 3-4 – Ilustração da energia reativa
Compensação individual
Compensação por grupos de cargas
Compensação geral
Compensação na entrada de AT
Compensação combinada

O que significa fator de potência = 0,92 ?


1 kWh
fp = 0,92
0,426 kVArh

Figura 3-5 – Ilustração do significado do fator de potência igual a 0,92

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Significa que para cada kWh de energia ativa consumida a concessionária permite a
utilização de 0,426 kVArh sem acréscimo de custo.

  kVAr  
fp = cos arctg 
  kW  

3.4.3 FORMAS DE AVALIAÇÃO


Ver detalhes Resolução ANEEL n° 456/2000.

Fator de potência horário

 n  0,92  
FDRp = max  DA t *  − DFp  * TDA p
 ft 
 t =1  

 n   0,92   
FERp =  ∑ CA t *  − 1   * TCA p

 t = 1   ft   

FDRp - Faturamento da demanda de potência reativa excedente por posto tarifário


DAt - Demanda de potência ativa medida de hora em hora
DFp - Demanda de potência ativa faturada em cada posto tarifário
TDAp - Tarifa de demanda de potência ativa
FERp - Faturamento do consumo de reativo excedente por posto tarifário
CAt - Consumo de energia ativa medida em cada hora
TCAp - Tarifa de energia ativa
ft - Fator de potência calculado de hora em hora
Σ- Soma dos excedentes de reativo calculados a cada hora
max - Função que indica o maior valor da expressão parênteses, calculada de hora
em hora
t- Indica cada intervalo de uma hora
p- Indica posto tarifário: ponta e fora de ponta, para as tarifas horo-sazonais, e
único, para a tarifa convencional
n- número de intervalos de uma hora, por posto horário no período de
faturamento

Fator de potência mensal


 0,92 
FDR =  DM * − DF  * TDA
 fm 
 0,92 
FER = CA *  − 1 * TCA
 fm 

FDR - Faturamento da demanda de reativo excedente

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DM - Demanda ativa máxima registrada no mês (kW)
DF - Demanda ativa faturável no mês (kW)
TDA - Tarifa de demanda ativa (R$/kW)
FER - Faturamento do consumo de reativo excedente
CA - Consumo ativo do mês (kWh)
TCA - Tarifa de consumo ativo (R$/kWh)
fm - Fator de potência médio mensal

0 capacitivo 6 indutivo 24

capacitivo 0,92 1 0,92 indutivo

6 - 24 h

0-6h

Figura 3-6 – Ilustração dos horários de fator de potência indutivo e capacitivo

Nas expressões FERp e FDRp serão considerados:


I - durante o período compreendido entre 0h e 6h, apenas os fatores de potência “ft”
inferiores a 0,92 capacitivo
II - durante o período compreendido entre 6h e 24h, apenas os fatores de potência “ft”
inferiores a 0,92 indutivo

Para as unidades consumidoras faturadas na estrutura tarifária convencional, enquanto


não forem instalados equipamentos de medição que permitam a aplicação das
expressões de FERp e FDRp (valores horários) o concessionário poderá realizar o
faturamento de energia e demanda de potência reativas excedentes através das
expressões de FER e FDR (valores mensais).

Para fins de faturamento da energia e demanda de potência reativas excedentes FER(p),


FDR(p), FER e FDR, serão considerados somente os valores, ou parcelas, positivas das
mesmas.

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3.4.4 EXEMPLO RESOLVIDO

Tabela 3-8 – Dados do exemplo de cálculo do FDR e FER

ft DAt DAt * (0,92 / ft) CAt CAt * (0,92 / ft -1)


0,90 5000 5111,1 1250 27,8
0,91 6000 6065,9 1500 16,5
0,89 5500 5685,4 1375 46,3
0,88 6000 6272,7 1500 68,2
0,90 5500 5622,2 1375 30,6
189,3

DFp = 6.000 kW
TDAp = 15 R$ / kW
TCAp = 0,100924 R$ / kWh

FDRp = ( 6272.7-6000 ) * 15 = R$ 4.090,90


FERp = ( 189,3 ) * 0,100924 = R$ 19,11

Se o último valor de ft na tabela for 0,7 ao invés de 0,9, tem-se


FDRp = R$ 18.428,60
FERp = R$ 59,64

3.5 SUPORTE REATIVO EM REDES DE DISTRIBUIÇÃO


Compensação na Subestação ou nas redes

3.5.1 UTILIZAÇÃO DE CAPACITORES


− Cálculo da potência reativa do banco
− Locação de capacitores (algoritmo de locação)
− Utilização de capacitores para redução de perdas
− Potência do banco que:
− Minimiza a energia perdida
− Minimiza a demanda máxima
− Minimiza o custo

UTILIZAÇÃO DE CAPACITORES
Fontes: ELETROBRÁS, 1986 e CIPOLI, 1993

Melhoria do fator de potência


Forma de determinar a quantidade de kVAr necessária para elevar o fator de potência de
cos φ1 para cos φ2.
Sabe-se que
kW kVAr
cos φ = e tan φ =
kVA kW
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kVAr = kW * tan φ

kVAr = kW * tan [ acos ( cos φ ) ]

kVAr1 = kW * tan [ acos ( cos φ1 ) ]


kVAr2 = kW * tan [ acos ( cos φ2 ) ]

Exemplo
Quantidade de kVAr=kVAr1 - kVAR2 = kW * { tan [ acos ( cos φ1 ) - tan [ acos ( cos φ2 )]}

Determinar a capacidade de capacitores necessária para elevar o fator de potência de


0,85 para 0,92 de uma carga de 1000 kW.

QKVAr = 1000 * [ tan (acos 0,85) - tan (acos 0,92) ]

QKVAr = 1000 * (0,620 - 0,426)

QKVAr = 194 kVAr

Melhoria na tensão em alimentadores


Elevação percentual da queda de tensão em um alimentador

kVAr * X * L
∆V(%) =
10 (kV) 2

onde:
∆V (%) - elevação percentual da tensão no ponto de instalação do banco de capacitores
kVAr - Potência do banco de capacitores
X - Reatância do alimentador (ohm / km)
L - Comprimento do alimentador (km)
kV - Tensão do alimentador

Determinar a elevação percentual da tensão em função da instalação de um banco de


capacitores de 300 kVAr em um alimentador de 13,8 kV com 5 km de cabo 4/0.

300 * 0,409 * 5
∆V(%) =
10 (13,8) 2

∆V (%) = 0,322 %

Melhoria na tensão através dos transformadores


Elevação percentual da queda de tensão em transformadores instalados desde a fonte
até o banco de capacitores

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kVArcap
∆V(%) = * Xtrafo
kVA trafo

onde:
∆V (%) - elevação percentual da tensão no transformador
kVArcap - Potência do banco de capacitores
kVAtrafo - Potência do transformador
Xtrafo - Reatância do transformador (%)

Determinar a elevação da tensão em um transformador de 1500 kVA em função da


instalação de um banco de capacitores de 300 kVAr, sabendo-se que a reatância do trafo
é 6%.

300
∆V(%) = *6
1500

∆V (%) = 1,2 %

Redução nas perdas


Melhora do fator de potência → Parte ativa da corrente não se altera
Parte reativa da corrente diminui
Corrente total diminui
Perdas diminuem

Pantes - Pdepois
∆P(%) = * 100
Pantes

 Pdepois 
∆P(%) = 1 -  * 100
 P 
 antes 

Pantes = 3 * R * I2
1
Pdepois = 3 * R I2
2
I
I1 = ativa
cos φ1
I
I2 = ativa
cos φ 2

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 2
 3 R  Iativa  
  cos φ 2  
∆P(%) = 1 -  
2  * 100
  Iativa  
 3 R   
  cos φ 1 

 2
  cos φ1  
∆P(%) = 1 -   * 100
  cos φ 2  
 

Considere um alimentador cuja carga é de 2000 kW e a perda é de 2%. Calcule a redução


nas perdas ao instalar capacitores e melhorar o fator de potência de 0,85 para 0,92.
 2
 0,85  
∆P(%) = 1 -   * 100
  0,92  
 

∆P (%) = 14,6 %

Pantes = 2000 * 0,02


Pantes = 40
Pdepois = 40 – (40 * 0,146)
Pdepois = 34,16 kW

3.6 EXERCÍCIOS PROPOSTOS


− Utilizar coeficientes de queda de tensão unitária (p. 113 CIPOLI)
− Para calcular correntes de curto circuito utilizar dados de cabos (p.114 CIPOLI)
− Máximas quedas de tensão calculadas em projetos de redes secundárias entre o
transformador e os pontos mais desfavoráveis (p.115 CIPOLI)
− Escolha de circuitos econômicos (p.116-118 CIPOLI)

3.7 CARREGAMENTOS ECONÔMICOS DE CONDUTORES


Fonte: CODI 3.2.19.26.0

Definição: Faixa de carga em que uma bitola apresente menor custo global do que
qualquer outra

Bitolas padronizadas: 4, 2, 1/0, 4/0 AWG e 336,4 MCM

Cálculos efetuados para rede secundária

Valor presente do custo global do condutor (VPcond)

VPcond = Ccond - VPVres+ VPperdas

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onde:
Ccond = Custo da implantação da rede
VPVres = Valor presente do valor residual no fim do período de estudo
VPperdas = Valor presente das perdas

VPcond = Ccond - VPVres+ Cp * ( R * I2 ) * FVA

Custo de implantação da rede

Tabela 3-9 – Custos de implantação das redes

Bitola Custo(R$/km)
4 267,58
2 425,49
1/0 676,79
4/0 1356,55
336,4 2156,69

Valor Presente do Valor Residual

Vida útil da rede: 25 anos ==> Valor residual no fim da vida útil: 0 (zero)
Horizonte do estudo: 20 anos
Valor residual no fim do período de análise:
(1 + i)20 − 1
Vres = I - (I - Vr ) * ==> VPVres = Vres * (1+ i)- 20
(1 + i)25 − 1

Utilizando-se i = 12% tem-se:

Tabela 3-10 – Valor residual e valor presente do valor residual

Bitola Vres VPVres


4 122,98 12,75
2 195,56 20,27
1/0 311,06 32,25
4/0 623,48 64,63
336,4 991,23 102,76

Valor Presente das Perdas

VPperdas = Cperdas * FVA

onde:
Cperdas = Custo das perdas em um ano
FVA = Fator de valor atual

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(1 + i)n − 1
FVA = FVA (12%,20 anos) = 7,4694
i(1 + i)n

Perdas: variam com o quadrado da corrente


P = R * I2 * 10-3 (kW/km)
R resistência [Ω/km]
I Corrente [A]
Tabela 3-11 – Resistência dos condutores

Bitola Resistência (Ω/km)


4 1,521
2 0,956
1/0 0,601
4/0 0,300
336,4 0,190

VPperdas = Cp * ( R * I2 ) * FVA

Cálculo do custo unitário das perdas para 1 kW de demanda e a energia associada

Cp = Pp * Cpp + Pf * Cpf + Epu * Cpu + Eps * Cps + Efu * Cfu + Efs * Cfs

Cp Custo das perdas elétricas


Cpp 119,52 R$ / kW Custo da demanda no horário de ponta (valor anual)
Cpf 39,84 R$ / kW Custo da demanda no horário fora de ponta (valor anual)
Cpu 60,46 R$ / MWh Custo da energia no horário de ponta período úmido
Cps 65,33 R$ / MWh Custo da energia no horário de ponta período seco
Cfu 27,45 R$ / MWh Custo da energia no horário fora de ponta período
úmido
Cfs 31,06 R$ / MWh Custo da energia no horário fora de ponta período seco

Pp Perda máxima no horário de ponta


Pf Perda máxima fora do horário de ponta
Epu Energia de perdas no horário de ponta período úmido

Eps Energia de perdas no horário de ponta período seco


Efu Energia de perdas no horário fora de ponta período
úmido
Efs Energia de perdas no horário fora de ponta período
seco
Período úmido (cinco meses dezembro a abril, com 151 dias, 3624 horas)
Período seco (meses restantes, com 214 dias, 5136 horas)
Ponta das 18 às 21 horas, cinco dias úteis por semana

Como as perdas variam com o quadrado da carga verifica-se a seguinte relação:

Pf / Pp = (Df / Dp)2

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Dp → Demanda máxima do circuito no horário de ponta


Df → Demanda máxima do circuito fora do horário de ponta
Tabela 3-12 – Df / Dp e Pf / Pp em função do fator de carga

FC 0,30 0,35 0,40 0,45 0,50 0,55 0,60 0,65 0,70


Df / Dp 0,50 0,53 0,56 0,59 0,62 0,65 0,68 0,71 0,74
Pf / Pp 0,25 0,28 0,31 0,35 0,38 0,42 0,46 0,50 0,55
Obs.: Os valores de Df / Dp são típicos em função do fator de carga

E → Energia de perdas
E = Epu+Eps+Efu+Efs = 8760 * Pp * Fp

Fp = k * FC + (1-k) * FC2 Adotou-se k = 0,15


Tabela 3-13 – Fator de perdas em função do fator de carga
FC 0,30 0,35 0,40 0,45 0,50 0,55 0,60 0,65 0,70
Fp 0,122 0,157 0,196 0,240 0,288 0,340 0,396 0,457 0,522

E = 0,122 * 8760 = 1,06434 MWh/kW.ano

Considerados 4 feriados em dias úteis no período úmido e 4 no período seco


Epu = 3 (h por dia) * (151 dias - 4 feriados ) * (5 dias úteis /7) * Pp * Fpp = 315 * Pp * Fpp
Eps = 3 * 210 * (5/7) * Pp * Fpp = 450 * Pp * Fpp

O período do horário de ponta é de três horas, com a perda máxima ocorrendo na


segunda hora e valores mais reduzidos para as demais horas, sendo uma função do fator
de carga. Baseado em estudos de empresas convenentes do CODI adotou-se os
seguintes valores (em p.u.) :

1H 2H 3H
Figura 3-7 - Detalhamento do horário de ponta

Tabela 3-14 – Fator de perdas na ponta

FC 0,30 0,35 0,40 0,45 0,50 0,55 0,60 0,65 0,70


D1H 0,61 0,64 0,67 0,7 0,73 0,76 0,79 0,81 0,84
D2H 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00
D3H 0,67 0,7 0,73 0,76 0,79 0,82 0,85 0,88 0,91
P1H 0,372 0,410 0,449 0,490 0,533 0,578 0,624 0,656 0,706

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P2H 1,000 1,000 1,000 1,000 1,000 1,000 1,000 1,000 1,000
P3H 0,449 0,490 0,533 0,578 0,624 0,672 0,723 0,774 0,828
Fpp 0,607 0,633 0,661 0,689 0,719 0,750 0,782 0,810 0,845
P1H = (D1H)^2
onde
Fpp ==> Fator de perdas na ponta
Fpp = (P1H + P2H + P3H) / (3 * P2H)

Epu = 315 * Pp * Fpp ==> Epu = 0,191205 MWh/kW.ano


Eps = 450 * Pp * Fpp ==> Eps = 0,27315 MWh/kW.ano

Ef = Efu + Efs = E - Epu - Eps ==> Ef = 0,599985

Número de horas de cada período:


(5/7) * 365 = 261 dias por ano
261 dias por ano * 3 horas por dia = 783 horas de ponta
8760 horas por ano – 783 horas de ponta = 7977 horas fora de ponta

Considerados o número de horas de cada período tem-se:


período fora da ponta 7977 horas
sendo (151/365) * 7977 = 3300 horas na época úmida
(214/365) * 7977 = 4677 horas na época seca

Efu = (3300 / 7977) * Ef ==> Efu = 0,248207409 MWh/kW.ano


Efs = (4677 / 7977) * Ef ==> Efs = 0,351777591 MWh/kW.ano
Tabela 3-15 – Parcelas do cálculo do custo das perdas

Cp Pp Cpp Pf Cpf Epu Cpu Eps Cps Efu Cfu Efs Cfs
176,62 1 119,5 0,25 39,84 0,19 60,4 0,27 65,3 0,24 27,45 0,35 31,06

VPcond = Ccond - VPVres+ VPperdas

VPcond = Ccond - VPVres+ Cp * ( R * I2 ) * FVA

VPcond 4 AWG = 267,58 - 12,75 + 176,62 * 1,521 * I2 / 1000 * 7,4694


VPcond 2 AWG = 425,49 - 20,27 + 176,62 * 0,956 * I2 / 1000 * 7,4694
VPcond 1/0 AWG = 676,79 - 32,25 + 176,62 * 0,601 * I2 / 1000 * 7,4694
VPcond 4/0 AWG = 1356,55 - 64,63 + 176,62 * 0,300 * I2 / 1000 * 7,4694
VPcond 336,4 MCM = 2156,69 - 102,76 + 176,62 * 0,190 * I2 / 1000 * 7,4694

64 Versão preliminar (Agosto / 2006)


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Custo total dos condutores x Corrente


FC = 0,30
4.000

3.500

3.000
Custo Total (R$)

2.500 4
2
2.000 1/0

1.500 4/0
336,4
1.000

500

0
0 10 20 30 40 50 60 70 80
Corrente (A)

Figura 3-8 – Custo total dos condutores versus corrente – fc = 0,3

Custo total dos condutores x Corrente


FC = 0,40
4.500

4.000

3.500
Custo Total (R$)

3.000 4
2.500 2
1/0
2.000
4/0
1.500 336,4
1.000

500

0
0 10 20 30 40 50 60 70 80
Corrente (A)

Figura 3-9 - Custo total dos condutores versus corrente – fc = 0,4

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Custo total dos condutores x Corrente


FC = 0,50
5.000
4.500
4.000
3.500
Custo Total (R$)

4
3.000
2
2.500 1/0
2.000 4/0
1.500 336,4

1.000
500
0
0 10 20 30 40 50 60 70 80
Corrente (A)

Figura 3-10 - Custo total dos condutores versus corrente – fc = 0,5

Custo total dos condutores x Corrente


FC = 0,60
6.000

5.000
Custo Total (R$)

4.000 4
2
3.000 1/0
4/0
2.000 336,4

1.000

0
0 10 20 30 40 50 60 70 80
Corrente (A)

Figura 3-11 - Custo total dos condutores versus corrente – fc = 0,6

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Custo total dos condutores x Corrente


FC = 0,70
6.000

5.000
Custo Total (R$)

4.000 4
2
3.000 1/0
4/0
2.000 336,4

1.000

0
0 10 20 30 40 50 60 70 80
Corrente (A)

Figura 3-12 - Custo total dos condutores versus corrente – fc = 0,7

Tabela 3-16 – Capacidade de corrente dos condutores

Bitola AWG/MCM Capacidade de corrente (A)


4 114
2 152
1/0 203
4/0 314
336,4 419

Limites em função da bitola e do fator de carga (A)

Tabela 3-17 - Limites de carregamento em função da bitola e do fator de carga (A)

Bitola AWG/MCM FC = 0,3 FC = 0,4 FC = 0,5 FC = 0,6 FC = 0,7


4 até 14 até 13 até 12 até 11 até 10
2 14 a 23 13 a 21 12 a 20 11 a 18 10 a 17
1/0 23 a 40 21 a 38 20 a 36 18 a 33 17 a 31
4/0 40 a 72 38 a 68 36 a 64 33 a 60 31 a 56
336,4 > 72 > 68 > 64 > 60 > 56

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Tabela 3-18 – Limites de carregamento em percentuais da capacidade de corrente
Bitola FC = 0,3 FC = 0,4 FC = 0,5 FC = 0,6 FC = 0,7
AWG/MCM
4 até 12,3% até 11,4% até 10,5% até 9,6% até 8,8%
2 9,2% a 8,6% a 7,9% a 7,2% a 6,6% a
15,1% 13,8% 13,2% 11,8% 11,2%
1/0 11,3% a 10,3% a 9,9% a 8,9% a 8,4% a
19,7% 18,7% 17,7% 16,3% 15,3%
4/0 12,7% a 12,1% a 11,5% a 10,5% a 9,9% a
22,9% 21,7% 20,4% 19,1% 17,8%
336,4 > 17,2% > 16,2% > 15,3% > 14,3% > 13,4%

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3.8 POLÍTICA ÓTIMA DE UTILIZAÇÃO DE TRANSFORMADORES DE DISTRIBUIÇÃO

METODOLOGIA

LEVANTAMENTO DE DADOS

DETERMINAÇÃO DA ÉPOCA DE SUBSTITUIÇÃO DOS TRAFOS

CÁLCULO DA AMORTIZAÇÃO DOS TRANSFORMADORES

CÁLCULO DOS CUSTOS DE SUBSTITUIÇÃO DOS TRAFOS

CÁLCULO DOS CUSTOS DE PERDAS (FERRO E COBRE)

MINIMIZAÇÃO GLOBAL DOS CUSTOS


Figura 3-13 – Metodologia para determinação da política ótima de utilização de transformadores

LEVANTAMENTO DE DADOS

Dados dos Transformadores


− Séries disponíveis: (15), 30, 45 75, 112,5 150 kVA
− Carregamento máximo admissível: 100% da capacidade nominal
− Vida dos transformadores: 30 anos
− Valor residual dos transformadores: 0 (zero)

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− Custos
− Aquisição

Tabela 3-19 – Custos de aquisição dos transformadores

Trafo (kVA) Custo Unitário (US$)


30 1090
45 1550
75 1800
112,5 2090
150 2250

− Instalação de transformador: US$ 200


− Substituição de transformador: US$ 250

Dados da carga
− Carga inicial: 20 kVA
− Taxa de crescimento da carga: 6% ao ano
− Fator de carga: 0,4
2
− Fator de perdas: 0,3 fc + 0,7 fc = 0,232

Custos econômicos
− Custo da energia: US$ 61 / MWh
− Custo da demanda: US$ 4,17 / kW
− Taxa de juros: 10% aa

Horizonte do estudo: 35 anos

Determinação dos anos em que deve ocorrer a substituição dos trafos

Carregamento ao longo dos anos

Cn = Co (1+Tc)n

onde
Cn → carga no ano n Co → carga inicial
Tc → taxa de crescimento n → ano

Cn ÷ Co = (1+Tc)n
log (Cn ÷ Co) = log (1+Tc)n
log (Cn ÷ Co) = n log (1+Tc)

n = [ log (Cn ÷ Co) ÷ log (1 + Tc) ]

Co = 20 kVA
Tc = 6%

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Tabela 3-20 – Anos em que ocorre a troca dos transformadores

Trafo (kVA) 30 45 75 112,5 150


n (anos) 7 14 23 30 35

180

150
Potência (kVA)

120

90

60

30

0
0 5 10 15 20 25 30 35 40
Anos
Figura 3-14 – Crescimento da carga ao longo dos anos

Amortização dos transformadores

Cálculo dos valores das amortizações dos transformadores

0 1 2 3 n

A A A A

C
Figura 3-15 – Série uniforme (A) de um valor presente (C)

[1] A = { j / [ 1 - ( 1 + j )-n ] } * C

onde: C = Caquisição - Cresidual * (1+j)-n

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Porém, deseja-se saber o valor de amortização somente no período em que o


transformador ficar instalado.

0 T1 T1+1 T1+2 T2 30

A A A A
Figura 3-16 – Série uniforme referente ao período em que o transformador ficou instalado

[2] CT1 = A * [ ( 1 - (1+j)-T1 ) / j ]

[3] CT2 = A * [ ( 1 - (1+j)-T2 ) / j ]

1 − (1 + j)− T2 − 1 + (1 + j)− T1


 
[4] C T2 − C T1 = P = A * 
j

Porém o valor de A já havia sido encontrado em [ 1 ], então, substituindo [ 1 ] em [ 4 ]


tem-se:

(1 + j) − T1 − (1 + j) − T2 
j  
P= C
1 - (1+ j) -n  j
 

(1 + j) − T1 − (1 + j) − T2 
 
[5] P=  C
1 - (1+ j) -n 
 

onde

P- valor da amortização do trafo, em T0, referente ao período T1 a T2


C- custo do transformador
j- taxa de juros = 10%
T1 - início do período
T2 - final do período
n- vida do transformador = 30 anos

Tabela 3-21 – Amortização dos transformadores

Fator de amortização 0,5164*C 0,2650*C 0,1609*C 0,0577*C 0,0230*C


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Custo anos T1 = 0 T1 = 7 T1 = 14 T1 = 23 T1 = 30
US$ Trafos T2 = 7 T2 = 14 T2 = 23 T2 = 30 T2 = 35
1090 30 562,92
1550 45 800,48 410,77
1800 75 929,59 477,03 289,57
2090 112,5 1079,36 553,88 336,22 120,54
2250 150 1161,99 596,28 361,96 129,77 51,85

Custo de substituição
Custo de substituição = CSubst * (1+j)-T

onde:
CSubst = US$ 250
j = 10%

Tabela 3-22 – Custo de substituição

T1 = 7 T2 = 14 T3 = 23 T4 = 30 T5 = 35
CUSTO 128 66 28 14 9

Cálculo das perdas

Perdas no ferro

Cpfe = [ 12*Cdem + Cen*8760 ] Pfe

onde
Cpfe = Custo das perdas no ferro
Cdem = Custo da demanda (US$ / kW)
Cen = Custo da energia (US$ / kWh)
Pfe = Perdas no ferro (kW) fornecido pelo fabricante

Porém, é preciso determinar o custo das perdas no período T1 - T2

(1 + j) - Ti − (1 + j) - Tf
Sfe = * (12 * C dem + 8760 * C en ) * Pfe
j

Obs.: Demonstração da fórmula no trabalho “ESTABELECIMENTO DE POLÍTICA ÓTIMA


DE UTILIZAÇÃO DE TRANSFORMADORES DE DISTRIBUIÇÃO ATRAVÉS DE
PROGRAMAÇÃO DINÂMICA” disponibilizado para os alunos

Cdem = 4,17 US$/kW


Cen = 0,061 US$ /kWh
Tabela 3-23 – Perdas no ferro

Trafos Perdas T1 = 0 T1 = 7 T1 = 14 T1 = 23 T1 = 30
(kVA) (kW) T2 = 7 T2 = 14 T2 = 23 T2 = 30 T2 = 35
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30 0,20 569,02
45 0,26 739,73 379,60
75 0,39 1109,59 569,40 345,64
112,5 0,52 1479,45 759,19 460,86 165,22
150 0,64 1820,87 934,39 567,21 203,35 81,25

Perdas no cobre

X Tf +1 − X Ti +1 P
Scu = * (12 * C dem + 8760 * C en * fperdas ) * D 2 * cu
X -1 0 2
Sn

Obs.: Demonstração da fórmula no trabalho “ESTABELECIMENTO DE POLÍTICA ÓTIMA


DE UTILIZAÇÃO DE TRANSFORMADORES DE DISTRIBUIÇÃO ATRAVÉS DE
PROGRAMAÇÃO DINÂMICA” disponibilizado para os alunos

onde:
X = [ (1+Tc)2 ÷ (1+j) ]
Tc = Taxa de crescimento

D0 = Carga inicial
Pcu = Perdas no cobre a plena carga (kW)
Sn = Potência nominal do transformador (kVA)
Tabela 3-24 – Perdas no cobre

Trafos Perdas T1 = 0 T1 = 7 T1 = 14 T1 = 23 T1 = 30
(kVA) (kW) T2 = 7 T2 = 14 T2 = 23 T2 = 30 T2 = 35
30 0,57 336,23
45 0,78 204,49 237,25
75 1,14 107,59 124,83 190,32
112,5 1,55 65,02 75,43 115,01 105,94
150 1,91 45,07 52,29 79,72 73,43 59,55

Perdas Totais (ferro + cobre)


Tabela 3-25 - Perdas totais

Trafos T1 = 0 T1 = 7 T1 = 14 T1 = 23 T1 = 30
(kVA) T2 = 7 T2 = 14 T2 = 23 T2 = 30 T2 = 35
30 905,25
45 944,22 616,85
75 1217,18 694,23 535,96
112,5 1544,47 834,63 575,86 271,16
150 1865,93 986,68 646,92 276,78 140,80
RESULTADOS

Anos 0 7 7 14 14 23

30 $1.668 45 $1.796 $2.824 75 $2.890 $3.715 112,5


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150
112,5 $2.890 $3.802 112,5
150
150 $2.890 $3.899 150
75 $1.796 $2.968 75 $2.968 $3.793 112,5
150
112,5 $1.796 $3.185 112,5 $3.185 $4.097 112,5
150 $1.796 $3.379 150 $3.379 $4.388 150
45 $1.945 45 $1.945 $2.972 75 $2.972 $3.798 112,5
150
112,5 $3.038 $3.950 112,5
150
150 $3.038 $4.047 150
75 $2.347 75 $2.347 $3.518 75 $3.518 $4.344 112,5
150
112,5 $2.824 112,5 $2.824 $4.212 112,5 $4.212 $5.124 112,5
150 $3.228 150 $3.228 $4.811 150 $4.811 $5.820 150

23 23 30 30 35

112,5 $3.743 $4.135 150 $4.149 $4.342


150 $3.743 $4.150 150 $4.150 $4.343
112,5 $3.802 $4.194 150 $4.208 $4.401
150 $3.830 $4.236 150 $4.236 $4.429
150 $3.899 $4.305 150 $4.305 $4.498
112,5 $3.821 $4.213 150 $4.227 $4.420
150 $3.821 $4.228 150 $4.228 $4.420
112,5 $4.097 $4.489 150 $4.503 $4.696
150 $4.388 $4.795 150 $4.795 $4.988
112,5 $3.826 $4.217 150 $4.232 $4.424
150 $3.826 $4.232 150 $4.232 $4.425
112,5 $3.950 $4.342 150 $4.356 $4.549
150 $3.978 $4.385 150 $4.385 $4.577
150 $4.047 $4.454 150 $4.454 $4.646
112,5 $4.371 $4.763 150 $4.778 $4.970
150 $4.371 $4.778 150 $4.778 $4.971
112,5 $5.124 $5.516 150 $5.530 $5.723
150 $5.820 $6.226 150 $6.226 $6.419

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Instalação Amortização Perdas


$ 1668 200 562,92 905,25

Anterior Substituição
$ 1796 1668 128

Anterior Amortização Perdas


$ 2824 1796 410,77 616,85

Anterior Substituição
$ 2890 2824 66

Anterior Amortização Perdas


$ 3715 2890 289,57 535,96

Anterior Substituição
$ 3743 3715 28

Anterior Amortização Perdas


$ 4135 3743 120,54 271,16

Anterior Substituição
$ 4149 4135 14

Anterior Amortização Perdas


$ 4342 4149 51,85 140,80

Tabela 3-26 - Simulações de substituição de transformador

Política Ótima Custo Horizonte


Simulação (US$) atendido
30 45 75 112 150 (anos)
S / sobrecarga x x x x x 4342 35
Cen, Cdem dobro x x x x x 6812 35
Csubst dobro x x x 4453 35
Cen, Cdem Csubst dobro x x x 6968 35
C / sobrecarga 50% x x x x 3609 42
Cen, Cdem dobro x x x x x 5597 42
Csubst dobro x x x x 3723 42
Cen, Cdem Csubst dobro x x x x 5714 42

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Capítulo 4

4. ESTUDOS DE ENGENHARIA DE SISTEMAS DE DISTRIBUIÇÃO

4.1 QUALIDADE DO FORNECIMENTO


Qualidade do fornecimento
− Continuidade do fornecimento
− Indicadores DEC e FEC

Cálculo do DEC e do FEC


n n
∑ Cai * ti ∑ Cai
i=1 i=1
DEC = FEC =
Cs Cs
onde
DEC - Duração equivalente por consumidor
Cai - número de consumidores atingidos pela interrupção i
ti - tempo da interrupção i
CS - número total de consumidores do sistema
i - número de interrupções variando de 1 a n
FEC - Freqüência equivalente por consumidor

− Nível de tensão
− Limites inferiores e superiores (Resolução ANEEL)
− Perfil de tensão
− Oscilações rápidas de tensão (CIPOLI, 1993, p.16)
− Limite de percepção visual
− Limite de irritação
− Oscilações provocadas por fornos a arco
− Partida de motores
− Máquinas de solda (exemplo de cálculo)
− Aparelho de raio X
− Desequilíbrio de tensão (CIPOLI, 1993, p.20)
− Conseqüências:
− Aquecimento exagerado de motores de indução
− Geração de harmônicos nos conversores estáticos
− Sobreaquecimento de geradores
− Distorções harmônicas de tensão (CIPOLI, 1993, p.21)
− Conseqüências:
− Diminuição da vida útil de alguns componentes
− Aumento da perdas
− Ruídos nas comunicações
− Nível de interferência em sistemas de comunicação

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− "Fugas" em isoladores
− Contato defeituoso
− Corona
− Modelagem da carga e sua influência na queda de tensão
− Potência constante
− Corrente constante
− Impedância constante

4.2 ESTUDOS DE MELHORIAS NO SISTEMA


Estudos de melhorias no Sistema
− Aplicação de novas tecnologias
− Aplicação de equipamentos (religadores, capacitores, reguladores de tensão, chaves
para operação sob carga, etc)
− Especificações para compra
− Aplicações e usos
− Metodologias de cálculos
− Tecnologia dos equipamentos
− Utilização de softwares disponíveis
− Priorização de projetos de melhorias
− Escalonamento no tempo
− Custos envolvidos e confiabilidade

4.3 ESTUDOS DE CONTROLE DE TENSÃO - CÁLCULOS DE QUEDA DE TENSÃO


Estudos de controle de tensão (ELB Tensão, p.19)
− Conceitos básicos
− Tensão nominal
− Tensão de fornecimento
− Regulação de tensão
− Queda de tensão
− Métodos diretos de obtenção das grandezas elétricas
− Métodos indiretos de obtenção das grandezas elétricas
− Oscilação de tensão
− Níveis de tensão
− Na rede secundária
− Queda de tensão em transformadores de distribuição
− Na rede primária
− Definição da tensão de fornecimento e da faixa de regulação
− Resolução ANEEL
− Limites precários
− Limites adequados

4.3.1 MÉTODO EXATO DE CÁLCULO DE QUEDA DE TENSÃO


Em um alimentador pode-se ter três tipos de comportamento da carga, isto é, parte dela

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pode ter como característica potência constante, outra parte corrente constante e, ainda,
uma terceira parte pode ser caracterizada como de impedância constante.

4.3.1.1 POTÊNCIA CONSTANTE


Exemplo: Motor de indução

a) Teoria
Considere o circuito da figura a seguir, que representa um trecho qualquer de uma rede
de distribuição.

Figura 4-1 - Trecho qualquer de uma rede de distribuição

Na figura anterior:
e indica a tensão no nó anterior;
zL indica a impedância da linha;
sC indica a carga consumida no nó;
vC indica a tensão no nó;
i indica a corrente.

Do circuito da figura obtém-se:


e = vC + i ⋅ zL
Também sabe-se que:
s*
i = C
*
vC
Substituindo uma equação na outra e vC obtém-se:
s*
vC = e − C ⋅ zL
vC*
Da equação anterior chega-se a:

s*
v (1) = e − C ⋅ zL
C
v *( 0 )
C

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s*
v (2) = e − C ⋅ zL , v (2) − v (1) < ε
C C C
v *(1)
C
s*
v (3) = e − C ⋅ zL , v ( 3 ) − v ( 2) < ε
C C C
v *( 2 )
C
.
.
.
s*
v (n +1) = e − C ⋅ zL , v (n +1) − v (n ) < ε
C * ( n ) C C
v
C

O método consiste em assumir-se um valor inicial para a tensão vC , geralmente


v (0 ) = 1 0o pu , e, a partir daí, iniciar-se algumas iterações até alcançar-se um valor de
C

vC que satisfaça a condição dada pela inequação v (n + 1) − v (n ) < ε , para um dado ε ,


C C
que indica a precisão desejada. O algoritmo desta iteração pode ser visto na figura a
seguir.

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Figura 4-2 - Algoritmo para o cálculo da queda de tensão utilizando-se o Método Exato para carga de
Potência Constante

b) Exemplo

Considere o trecho indicado na figura a seguir em que a carga é de potência constante.

Figura 4-3 - Trecho de um alimentador

Transformando sC e zL para pu, tem-se:

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10 + j 4 * = 1 − j 0,4 pu = 1,077 −21,80o pu


sC ( pu ) = = 1 + j 0,4 → sC
10
10
zL ( pu ) = 5(km ) ⋅ (0,2 + j 0,4) ⋅ → zL = 0,117 63,43o pu
13,8 2

Assumindo o valor inicial v (0) = 1 0o pu e estabelecendo um ε < 0,001, chega-se aos


C
seguintes valores:
s*
v (n +1) = e − C ⋅ zL , v (n +1) − v (n ) < ε
C * ( n ) C C
v
C
1,077 −21,8o
v (1) = 1 0o − ⋅ 0,117 63,43o = 0,9097 −5,28o pu
C o
1 0

1,077 −21,8o
v ( 2) = 1 0o − ⋅ 0,117 63,43o = 0,8922 −5,28o pu,
C
0,9097 5,28o

v (2) − v (1) = 0,0175


C C

1,077 −21,8o
v (3 ) = 1 0o − ⋅ 0,117 63,43o = 0,8902 −5,39o pu,
C
0,8922 5,28o

v (3) − v (2) = 0,0020


C C

1,077 −21,8o
v ( 4) = 1 0o − ⋅ 0,117 63,43o = 0,8898 −5,39o pu,
C
0,8902 5,39o

v ( 4) − v (3) = 0,0004
C C

Finalmente, chega-se a v ( 4) − v (3) = 0,0004 < 0,001 = ε .


C C

A tensão no ponto desejado é igual a v ( 4) , ou seja, 0,8898 −5,39o pu , o que


C
representa uma queda de tensão de 11,02%.

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4.3.1.2 CORRENTE CONSTANTE


Exemplo: Lâmpadas fluorescentes

a) Teoria

Considere, ainda, o circuito da Figura 4.1, que representa um trecho qualquer de um


alimentador. Com uma breve análise do circuito obtém-se a equação, indicada a seguir.

e = vC + zL ⋅ i ; vC = e − zL ⋅ i
(n +1) (n ) (n +1) (n )
v = e − zL ⋅ i , v −v <ε
C C C

A representação por vetores da corrente e da tensão está indicada na figura a seguir.

Figura 4-4 - Representação vetorial da tensão e da corrente

Assumindo o valor inicial v (0) = 1 0o pu e procedendo-se às iterações, tem-se:


C

i (0 ) = i ϕ ⇒ v (1) = e − zL ⋅ i (0), ⇒ v (1) θ1 v (1) − v (0) < ε


C C C C

i (1) = i (ϕ + θ1) ⇒ v (2) = e − zL ⋅ i (1), ⇒ v (2) θ2 v (2) − v (1) < ε


C C C C

i ( 2) = i (ϕ + θ 2 ) ⇒ v (3) = e − zL ⋅ i (2), ⇒ v (3) θ3 v ( 3 ) − v ( 2) < ε


C C C C
.
.
.

⇒ v ( +1) = e − zL ⋅ i ( ),
i (n ) = n n
i (ϕ + θ n )
C

⇒ v ( +1) v (n +1) − v (n ) < ε


n
θ n +1
C C C

Assume-se, então, um valor inicial para a tensão vC para que se possa calcular o módulo
do valor da corrente, que é constante. A partir daí, iniciam-se algumas iterações até
atingir-se um valor de vC que satisfaça a condição dada pela inequação

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(n +1) (n )
v −v < ε , para um dado ε . O algoritmo desta iteração pode ser visto na Figura
C C
seguinte.

Figura 4-5 - Algoritmo para o cálculo da queda de tensão utilizando-se o Método Exato para carga de
Corrente Constante

b) Exemplo

Suponha o mesmo trecho da rede indicado na Figura 4.3.


Tem-se as seguintes informações:
* = 1,077 −21,8o pu e z = 0,117 63,43o pu
sC L

Adotando inicialmente v (0) = 1 0o pu e estabelecendo um ε < 0,001 , chega-se a:


C

1,077 −21,8o
s*
i (0 ) = C = → i (0) = 1,077 −21,8o pu
v *(0) 1 0o
C

A representação vetorial pode ser vista a seguir:

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Figura 4-6 - Representação vetorial da tensão e da corrente

iniciam-se então as iterações.

i (n ) = i (ϕ + θ n ) ⇒ v (n + 1) = e − zL ⋅ i (n ), ⇒ v (n + 1) θn +1
C C

v (n + 1) − v (n ) < ε
C C

1,077 −21,8o
s*
i (0 ) = C = → i (0) = 1,077 −21,8o pu
v *(0) 1 0o
C

v (1) = 1 0o − 0,117 63,43o ⋅ 1,077 −21,8o = 0,9097 −5,28o


C

v (1) − v (0) = 0,0903


C C

i (1) = 1,077 [ −21,8o + ( −5,28o )] → i (1) = 1,077 −27,08o pu

v ( 2) = 1 0o − 0,117 63,43o ⋅ 1,077 −27,08o = 0,9016 −4,75o


C

v (2) − v (1) = 0,0081


C C

i (2) = 1,077 [ −21,8o + ( −4,75o )] → i (2) = 1,077 −26,55o pu

v (3 ) = 1 0o − 0,117 63,43o ⋅ 1,077 −26,55o = 0,9024 −4,81o


C

v (3) − v (2) = 0,0008


C C

Finalmente, chega-se a v (3) − v (2) = 0,0008 < 0,001 = ε .


C C
(3 )
A tensão no ponto desejado é igual a v , ou seja, 0,9024 −4,81o pu , o que
C
representa uma queda de tensão de 9,76%.

4.3.1.3 IMPEDÂNCIA CONSTANTE


Exemplo: Lâmpadas de vapor de mercúrio, Ar condicionado.
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a) Teoria
Considere, novamente, o circuito da Figura 4.1, que representa um trecho de um
alimentador. Analisando o circuito chega-se ao seguinte conjunto de equações:
v 
i = C
zC * 2
 vC sC vC
sC*  ⇒ z = * ⇒ zC = *
i =  C vC sC
* 
vC 
vC = i ⋅ zC  zC
 ⇒ vC = e ⋅
e = i ⋅ ( zC + zL ) zC + zL
(n )
vC ( n +1) v
vC = e − zL ⋅ i ⇒ vC = e − zL ⋅ ⇒ v = e − zL ⋅ C
zC C zC
Assume-se, então, um valor inicial para a tensão vC , para que se possa iniciar a iteração
e quando for atingido um valor de vC que satisfaça a condição dada pela inequação
(n +1) (n )
v −v < ε , para um dado ε , finaliza-se a iteração. O algoritmo desta iteração
C C
pode ser visto na figura seguinte.

Figura 4-7 - Algoritmo para o cálculo da queda de tensão utilizando-se o Método Exato para carga de
Impedância Constante

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b) Exemplo

Suponha o mesmo trecho da rede indicado na Figura 4.3. Tem-se as seguintes


informações:

* = 1,077 −21,8o pu
sC e zL = 0,117 63,43o pu

Adota-se inicialmente v (0) = 1 0o pu e estabelece-se um ε < 0,001.


C
Calcula-se o valor da impedância da carga, que é constante.

2
vC 12
zC = = → zC = 0,9285 21,8o = constante
*
sC 1,077 −21,8o

A tensão na carga, então, é dada por:

0,9285 21,8o
zC
vC = e ⋅ =1 0o ⋅ → vC = 0,9113 −4,37o pu
zC + zL 0,9285 21,8o + 0,117 63,43o

A tensão no ponto desejado é igual a vC = 0,9113 −4,37o pu , o que representa uma


queda de tensão de 8,87%.
Pode-se fazer o cálculo da queda de tensão pelo método iterativo. Tem-se, então, o
seguinte:

v
(n ) zL = 0,117 63,43o pu
(n +1) C
v = e − zL ⋅
C zC
zC = 0,9285 21,8o pu

1 0o
v (1) = 1 0o − 0,117 63,43o ⋅ = 0,9097 −5,28o
C
0,9285 21,8o

0,9097 −5,28o
v ( 2) = 1 0o − 0,117 63,43o ⋅ = 0,9102 −4,27o
C
0,9285 21,8o

v (2) − v (1) = 0,0005


C C

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Na primeira iteração já se obteve ε < 0,001, que é a precisão desejada.
A tensão no ponto desejado é igual a v (2) = 0,9102 −4,27o pu , o que representa uma
C
queda de tensão de 8,98%.

4.3.2 MÉTODOS APROXIMADOS DE CÁLCULO DE QUEDA DE TENSÃO


(Fonte: Adaptado de notas de aula do Prof. Geraldo Burani - USP)

Suponha o trecho de um alimentador indicado na figura seguinte.

Figura 4-8 - Trecho de um alimentador

Figura 4-9 - Representação de um trecho de alimentador

Considerando que v = v 0o , e =e δ e e = v + (r + j ⋅ x ) ⋅ i , pode-se construir o


digrama vetorial indicado na figura a seguir.
Da figura obtém-se dois valores para a queda de tensão: um valor exato, ∆v ,e
EXATO
um valor aproximado, ∆v .
APROXIMADO
Os Métodos Aproximados baseiam-se na aproximação demonstrada na figura, pois
partem do princípio de que a parte imaginária é muito menor que a parte real da queda de
tensão ( ∆v ), podendo ser desprezada.

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Figura 4-10 - Diagrama vetorial que representa a queda de tensão do circuito

A seguir, apresenta-se teoria e exemplo dos métodos aproximados.

4.3.2.1 MÉTODO 1
a) Teoria

Considerando a Figura 4.9, tem-se:

e = v + (r + j ⋅ x ) ⋅ i
i = s* v * = p − j ⋅q
pois v = v * = v , já que v = v 0o = 1 0o pu

A relação vetorial entre a corrente e as potências ativa e reativa, pode ser vista na figura
seguinte.

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Figura 4-11 - Relação vetorial entre a corrente e a potência ativa e reativa

Logo, tem-se:
e = v + (r + jx ) ⋅ (i ⋅ cos ϕ − j ⋅ i ⋅ sen ϕ )

Desenvolvendo a equação anterior, chega-se a:


e = v + r ⋅ i ⋅ cos ϕ + x ⋅ i ⋅ sen ϕ + j ⋅ ( x ⋅ i ⋅ cos ϕ − r ⋅ i ⋅ sen ϕ )
14444 4244444 3 14444244443
A B

∆v exato = e − v = r ⋅ i ⋅ cos ϕ + x ⋅ i ⋅ sen ϕ + j ⋅ ( x ⋅ i ⋅ cos ϕ − r ⋅ i ⋅ sen ϕ )

Uma análise da equação anterior sugere que A>>B, ou seja, a parte real é muito maior do
que a parte imaginária, já que o módulo da tensão na carga está somado na parte real de
e . Desta forma, pode-se considerar:

e ≅e 0o = v + r ⋅ i ⋅ cos ϕ + x ⋅ i ⋅ sen ϕ
e = v + i ⋅ (r ⋅ cos ϕ + x ⋅ sen ϕ )
1444424444 3
∆V

∆v = e − v = r ⋅ i ⋅ cos ϕ + x ⋅ i ⋅ sen ϕ
1424 3 1 424 3
p q

Ou, em termos de potência:

∆v = r ⋅ p + x ⋅ q

onde p = potência ativa da carga em pu;


q = potência reativa da carga em pu;
r = resistência do cabo entre os dois pontos em pu;
x = reatância do cabo entre os dois pontos em pu.

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b) Exemplo:

Figura 4-12 - Trecho de um alimentador

Dados:
Cabo 4 AWG
Distância =1km
Carga = 2 + j 0,2 (MVA)
Impedância da linha (z) =1,521 + j 0,470 (Ω / km)

e = 13,8kV v =?

v2
v base = 13,8kV sbase = 100MVA zbase = base = 1,9044Ω
sbase
rpu = 0,798 pu x pu = 0,246 pu s pu = p + j ⋅ q = 0,02 + j ⋅ 0,002 pu
i = p − j ⋅ q = 0,02 − j ⋅ 0,002 pu = i ⋅ cos ϕ − j ⋅ i ⋅ sen ϕ

∆v exato = (r ⋅ i ⋅ cos ϕ + x ⋅ i ⋅ sen ϕ ) + j ⋅ ( x ⋅ i ⋅ cos ϕ − r ⋅ i ⋅ sen ϕ )


∆v exato = (0,798 ⋅ 0,02 + 0,246 ⋅ 0,002) + j ⋅ (0,246 ⋅ 0,02 − 0,798 ⋅ 0,002)pu
∆v exato = 0,016452 + j ⋅ 0,003324 = 0,016784 11,42o pu

e = 1 + j ⋅ 0 pu

v = e − ∆v exato = 0,983548 − j ⋅ 0,003324 pu = 0,983554 −0,194o pu

A resposta, usando o ∆v exato , é:


e =1 0o pu e v = 0,983554 −0,194o pu . Isto significa uma queda de tensão
de 1,64%.

Utilizando, agora, o ∆v Aprox , tem-se:


∆v Aprox = r ⋅ p + x ⋅ q = 0,798 ⋅ 0,02 + 0,246 ⋅ 0,002 = 0,016452 pu

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e = 1 + j ⋅ 0 pu
v = e − ∆v Aprox = 1 − 0,016452 = 0,983548 pu

A resposta, usando o ∆v Aprox , é:

e =1 0o pu e v = 0,983548 0o pu , representando uma queda de tensão de


1,64%, o que demonstra a validade da aproximação.

4.3.2.2 MÉTODO 2 - COEFICIENTES UNITÁRIOS


a) Teoria
Este é o método mais usado no cálculo de queda de tensão para sistemas de distribuição.
A queda de tensão é calculada da seguinte forma:

∆VEXATO (%) =
∆V
⋅ 100 =
Z ⋅I
⋅ 100 =
(R + j ⋅ X ) ⋅ (I ⋅ cos ϕ + j ⋅ I ⋅ senϕ ) ⋅ 100 =
Vf Vf Vf
 
 
 R ⋅ I ⋅ cos ϕ + X ⋅ I ⋅ sen ϕ R ⋅ I ⋅ sen ϕ + X ⋅ I ⋅ cos ϕ 
= + j⋅  ⋅ 100
Vf Vf
 14444244443 
 ≈0 
R ⋅ I ⋅ cos ϕ + X ⋅ I ⋅ sen ϕ
∆VAPROX (%) = ⋅ 100
Vf
onde ∆VAPROX (%) = ∆V (%) é a queda de tensão aproximada em porcentagem;
Vf é a tensão de fase [V];
R resistência da linha [Ω];
X reatância da linha [Ω];
I é a corrente [A];
cos ϕ é o fator de potência da carga.

r ⋅ L(km ) ⋅ I ⋅ cos ϕ + x ⋅ L(km ) ⋅ I ⋅ sen ϕ


∆V (%) = ⋅ 100
Vf
r ⋅ cos ϕ + x ⋅ sen ϕ
∆V (%) = ⋅ 100 ⋅ I ⋅ L
Vf
r ⋅ cos ϕ + x ⋅ sen ϕ S
∆V (%) = ⋅ 100 ⋅ ⋅L
Vf 3 ⋅ VL
r ⋅ cos ϕ + x ⋅ sen ϕ S
∆V (%) = ⋅ 100 ⋅ ⋅L
VL 3 3 ⋅ VL
 
r ⋅ cos ϕ + x ⋅ sen ϕ
∆V (%) =  ⋅ 100 ⋅ S ⋅ L
 V2 
 L 

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r ⋅ cos ϕ + x ⋅ sen ϕ
onde ⋅ 100 é o coeficiente (MVA ⋅ km )−1;
V2
L
S é a potência (MVA);
L é a distância (km);
Vl é a tensão de linha (kV);
r é resistência do cabo (Ω / km);
x é reatância do cabo (Ω / km).

Escrevendo a equação anterior de forma simplificada, chega-se à seguinte equação.


∆V (%) = coeficiente (MVA ⋅ km )−1 ⋅ S(MVA) ⋅ L(km )

Pode-se perceber que o valor do coeficiente depende de r, a resistência intrínseca do


cabo, obtido através da consulta a catálogos de fabricantes, e depende, também, de x, a
reatância do cabo, cujo cálculo é mais complexo.

O cálculo da reatância indutiva depende da distância equivalente entre as fases (Deq) e


da distância média geométrica (G).

Distância Equivalente entre Fases


A distância equivalente entre as fases é a grandeza que relaciona a distância entre os
condutores de alta tensão. Com o auxílio da figura seguinte, pode-se acompanhar como
se calcula o valor de Deq .

Figura 4-13 - Distância entre as fases

Deq = 3 d12 × d 23 × d31

A tabela a seguir, exibe a distância equivalente entre as fases (Deq) de acordo com o tipo
de estrutura.
Tabela 4-1 - Distância equivalente entre fases
Cruzeta de 2 metros Dist. Equiv.
Estrutura Distância entre fases (mm) (Deq)
Arranjo Tipo d 12 d 23 d 31
N1 e N2 600 1.200 1.800 1.090
Normal
N3 e N4 850 850 1.700 1.071
3φ 252
BT
1φ 200

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Distância Média Geométrica
A distância média geométrica (G) é calculada para cada condutor AWG/MCM de acordo
com a sua formação, isto é, número de fios. O cálculo é feito retirando-se a raiz n-ésima
da distância entre os centros do fios que compõem o condutor, onde “n” é o número de
medidas. Uma visualização pode ser feita, para um condutor formado por sete fios, na
figura a seguir.

Figura 4-14 - Exemplo de distância entre os centros dos fios que compõem um condutor

n
G = n ∑ di
1

A tabela seguinte fornece dos dados dos condutores AWG/MCM, inclusive a sua
formação em número de fios.

Tabela 4-2 - Dados dos condutores


Bitola Formação Seção Diâmetro Total Capacidade
AWG/MCM (nº de fios) Nominal (mm) de Corrente
(mm2 ) (A)
4 7 21,14 5,88 114
2 7 33,65 7,42 152
1/0 7 63,48 9,36 203
4/0 7 107,25 13,25 314
336,4 19 170,57 16,9 419

Cálculo da Reatância Indutiva (X)


Conhecendo-se, então, a distância equivalente entre as fases (Deq) e a distância média
geométrica (G), pode-se calcular a reatância indutiva para cada condutor conforme
equação a seguir.

 Deq 
X = 0,1736 ⋅ log10  
 [Ω km]
 G 

Os coeficientes de queda de tensão na AT, assim como a resistência elétrica e a


reatância indutiva relacionados a cada bitola pode ser verificado na tabela a seguir.

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Tabela 4-3 - Coeficientes de queda de tensão na AT
Resistência Distância Reatância
Bitola Elétrica (R) Média Indutiva (X) Coeficientes de queda de
( Ω / km ) Geométrica para tensão (MVA ⋅ km )
−1
AWG/MCM
50 o C “ G ” (mm ) Deq =1090
fp=1,0 fp=0,8
4 1,521 2,13 0,470 0,7987 0,7870
2 0,956 2,69 0,453 0,5020 0,5443
1/0 0,601 3,39 0,435 0,3156 0,3895
4/0 0,300 4,81 0,409 0,1575 0,2549
336,4 0,190 6,40 0,380 0,0998 0,1995

Coeficientes de queda de tensão na BT (valores em % / kVA x 100m)

Tabela 4-4 - Coeficientes de queda de tensão (BT)

fp = 1,0 fp = 0,8
3 fases Deq = 252 mm
4 0,1053 0,0997
2 0,0662 0,0672
1/0 0,0416 0,0468
4/0 0,0208 0,0290
2 fases - Deq = 252 mm
2 x 4 (4) 0,2370 0,2233
2 x 2 (4) 0,1783 0,1752
2 x 1/0 (2) 0,1121 0,1206
1 fase - Deq = 200 mm
1 x 4 (4) 0,6320 0,5909
1 x 2 (4) 0,5146 0,4948
1 x 1/0 (2) 0,3235 0,3376
Fonte: NTD 1-02 CEB

b) Exemplo
Para ilustrar o Método 2, considere o mesmo exemplo utilizado para ilustrar o Método 1.
Dados
Cabo 4 AWG
Distância =1km
Carga = 2 + j ⋅ 0,2 = 22 + 0,22 ≈ 2 MVA
V1 = 13,8kV V2 = ?

Solução
Utilizando a equação ∆V (%) = Coeficiente ⋅ S(MVA) ⋅ L(km )
Consultando a Tabela 4.5, tem-se o valor do coeficiente
∆V (%) = 0,7987 ⋅ 2(MVA) ⋅ 1(km )
∆V (%) = 1,60%

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4.3.3 COMPARAÇÃO ENTRE OS MÉTODOS
(Fonte: FREITAS P.P.A., 2000)
Neste momento, será feita uma comparação entre o Método Exato e o Método
Aproximado 2 ou Método dos Coeficiente Unitários.
Inicialmente, considerar-se-á que todas as cargas são caracterizadas como de potência
constante, depois que todas são de corrente constante, e, ainda, que todas são de
impedância constante. Para finalizar a comparação, far-se-á uma mistura das
características, ou seja, algumas cargas serão caracterizadas como de potência
constante, outras como de corrente constante e outras como de impedância constante no
mesmo alimentador.
O alimentador indicado na figura e tabela a seguir será utilizado no exemplo.

Figura 4-15 - Exemplo de um alimentador

Tabela 4-5 - Dados para o alimentador


Início
Fim Trecho Distância Carga fp
Trecho Bitola
(km) (kVA)
Nó Ant. Nó cos(fi)
SE 1 1,5 336,4 15,00 0,80
1 2 0,8 2 55,00 0,80
1 3 0,6 336,4 125,00 0,80
3 4 0,7 4/0 110,00 0,80
4 5 1,8 1/0 120,00 0,80
3 6 0,4 4/0 95,00 0,80
6 7 1 2 190,00 0,80
7 8 1,5 2 80,00 0,80
7 9 0,3 4 80,00 0,80
6 10 0,6 1/0 35,00 0,80
4 11 0,5 4 50,00 0,80

4.3.3.1 COMPARAÇÃO ENTRE O MÉTODO DOS COEFICIENTES UNITÁRIOS E O


MÉTODO EXATO COM POTÊNCIA CONSTANTE
Supondo que todas as cargas do alimentador da Figura 4.15 são caracterizadas como de
potência constante e estabelecendo ε < 0,001 como sendo a precisão mínima desejada
para as iterações do Método Exato com Potência Constante, obtém-se o resultado visto
na tabela a seguir.
Tabela 4-6 - Comparação entre o Método dos Coeficientes Unitários e o Método Exato Cargas

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Caracterizadas como de Potência Constante

Potência Constante
Nó Método Exato (kV) Método 2 (kV) Diferença (%)
SE 13,8000000000 13,8000000000 0,0000000000%
1 13,7604841002 13,7605543478 0,0005105026%
2 13,7571667279 13,7572586936 0,0006684934%
3 13,7458318370 13,7459744032 0,0010371591%
4 13,7389159684 13,7391073059 0,0013926678%
5 13,7272429624 13,7275477560 0,0022203555%
6 13,7390571686 13,7392474507 0,0013849719%
7 13,7125796510 13,7130726116 0,0035949516%
8 13,6994370788 13,7041154779 0,0341503018%
9 13,7107638718 13,7104824221 0,0020527644%
10 13,7379231702 13,7381235941 0,0014589100%
11 13,7361840983 13,7364040694 0,0016013988%

4.3.3.2 COMPARAÇÃO ENTRE O MÉTODO DOS COEFICIENTES UNITÁRIOS E O


MÉTODO EXATO COM CORRENTE CONSTANTE
Supondo que todas as cargas do alimentador da Figura 4.15 são caracterizadas como de
corrente constante e estabelecendo ε < 0,001 como sendo a precisão mínima desejada
para as iterações do Método Exato com Corrente Constante, obtém-se o resultado visto
na tabela a seguir.
Tabela 4-7 - Comparação entre o Método dos Coeficientes Unitários e o Método Exato Cargas
Caracterizadas como de Corrente Constante

Corrente Constante
Nó Método Exato (kV) Método 2 (kV) Diferença (%)
SE 13,8000000000 13,8000000000 0,0000000000%
1 13,7605401737 13,7605543478 0,0001030053%
2 13,7572350558 13,7572586936 0,0001718210%
3 13,7464122595 13,7459744032 0,0031852408%
4 13,7395180114 13,7391073059 0,0029892277%
5 13,7279072282 13,7275477560 0,0026185504%
6 13,7396587134 13,7392474507 0,0029932525%
7 13,7133671066 13,7130726116 0,0021475032%
8 13,7003332757 13,7041154779 0,0276066443%
9 13,7115643187 13,7104824221 0,0078903951%
10 13,7385298872 13,7381235941 0,0029573256%
11 13,7367994380 13,7364040694 0,0028781709%

4.3.3.3 COMPARAÇÃO ENTRE O MÉTODO DOS COEFICIENTES UNITÁRIOS E O


MÉTODO EXATO COM IMPEDÂNCIA CONSTANTE
Supondo, agora, que todas as cargas do alimentador da Figura 4.15 são caracterizadas

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como de impedância constante e estabelecendo ε < 0,001 como sendo a precisão mínima
desejada para as iterações do Método Exato com Impedância Constante, obtém-se o
resultado visto na tabela a seguir.
Tabela 4-8 - Comparação entre o Método dos Coeficientes Unitários e o Método Exato Cargas
Caracterizadas como de Impedância Constante

Impedância Constante
Nó Método Exato (kV) Método 2 (kV) Diferença (kV)
SE 13,8000000000 13,8000000000 0,0000000000%
1 13,7606528839 13,7605543478 0,0007160709%
2 13,7573579821 13,7572586936 0,0007217116%
3 13,7460863573 13,7459744032 0,0008144438%
4 13,7392224844 13,7391073059 0,0008383187%
5 13,7276726061 13,7275477560 0,0009094774%
6 13,7393624978 13,7392474507 0,0008373536%
7 13,7132365186 13,7130726116 0,0011952465%
8 13,7002969444 13,7041154779 0,0278719034%
9 13,7114453006 13,7104824221 0,0070224435%
10 13,7382387238 13,7381235941 0,0008380232%
11 13,7365197254 13,7364040694 0,0008419596%

4.3.3.4 COMPARAÇÃO ENTRE O MÉTODO DOS COEFICIENTES UNITÁRIOS E O


MÉTODO EXATO COM DIFERENTES CARACTERÍSTICAS DE CARGA
Finalmente, supondo diferentes características de carga distribuídas no alimentador da
Figura 4.15, indicadas na tabela a seguir, e estabelecendo ε < 0,001 como sendo a
precisão mínima desejada para as iterações do Método Exato, obtém-se o resultado visto
na tabela a seguir.
Tabela 4-9 - Dados para o alimentador da Figura 4.15, considerando diferentes características da
carga no mesmo alimentador
Início Característic
Fim Trecho Carga fp
Trecho Distância (km) Bitola a
(kVA)
Nó Ant. Nó da Carga cos(fi)
SE 1 1,5 336,4 15,00 P cte 0,80
1 2 0,8 2 55,00 I cte 0,80
1 3 0,6 336,4 125,00 Z cte 0,80
3 4 0,7 4/0 110,00 P cte 0,80
4 5 1,8 1/0 120,00 I cte 0,80
3 6 0,4 4/0 95,00 I cte 0,80
6 7 1 2 190,00 Z cte 0,80
7 8 1,5 2 80,00 I cte 0,80
7 9 0,3 4 80,00 P cte 0,80
6 10 0,6 1/0 35,00 Z cte 0,80
4 11 0,5 4 50,00 P cte 0,80

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Tabela 4-10 - Comparação entre o Método dos Coeficientes Unitários e o Método Exato. Diferentes
características de carga ao longo do alimentador, conforme Tabela 4.11.

Diferentes Características ao Longo do Alimentador


Método Exato Método 2 Diferença

kV kV (%)
SE 13,8000000000 13,8000000000 0,0000000000%
1 13,7605665087 13,7605543478 0,0000883751%
2 13,7572350558 13,7572586936 0,0001718210%
3 13,7461259689 13,7459744032 0,0011026071%
4 13,7391739868 13,7391073059 0,0004853344%
5 13,7279072282 13,7275477560 0,0026185504%
6 13,7394196049 13,7392474507 0,0012529943%
7 13,7131162261 13,7130726116 0,0003180496%
8 13,7003332757 13,7041154779 0,0276066443%
9 13,7107638718 13,7104824221 0,0020527644%
10 13,7382387238 13,7381235941 0,0008380232%
11 13,7361840983 13,7364040694 0,0016013988%

4.3.4 EXEMPLO DE CÁLCULO DE QUEDA DE TENSÃO


(Fonte: Adaptado de notas de aula do Prof. Geraldo Burani - USP)
0,3 + j 0,1 7 8 0,4 - j 0
0,1 0,2
11
6 0,2 - j 0

0,5 0,1
2 1 3 1 0,6
0 10
5 9
1,5 + j 0,5 1 0,8 - j 0,4
0,2
0,6 0,5 0,7 + j 0,2
0,3 + j 0,1
0,5 + j 0,1 3 2 4 12
0,8 + j 0,2

Figura 4-16 - Diagrama unifilar do exemplo

Dados
VSE: 14,076kV
Cargas em MVA Zb =
(13,8)2 = 19,04
Valores de Base 10
Vb = 13,8 kV
Sb = 10 MVA

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MÉTODO 1

Tabela 4-11 - Dados da rede

Nó Nó Bitola Dist. r x p q r x p q
anterior (km) Ω/km Ω/km MW MVAr pu/km pu/km pu pu
0
1 0 336,4 2 0,190 0,380 1,5 0,5 0,010 0,020 0,15 0,05
2 1 4/0 1 0,300 0,409 0,0 0,0 0,016 0,021 0 0
5 1 336,4 3 0,190 0,380 0,7 0,2 0,010 0,020 0,07 0,02
3 2 4 0,6 1,521 0,470 0,5 0,1 0,080 0,025 0,05 0,01
4 2 4 0,5 1,521 0,470 0,8 0,2 0,080 0,025 0,08 0,02
9 5 336,4 1 0,190 0,380 0,0 0,0 0,010 0,020 0 0
6 5 4/0 0,5 0,300 0,409 0,0 0,0 0,016 0,021 0 0
11 9 1/0 0,1 0,601 0,435 0,2 0,0 0,032 0,023 0,02 0
10 9 336,4 0,6 0,190 0,380 0,8 -0,4 0,010 0,020 0,08 -0,04
12 9 1/0 0,2 0,601 0,435 0,3 0,1 0,032 0,023 0,03 0,01
8 6 4 0,2 1,521 0,470 0,4 0,0 0,080 0,025 0,04 0
7 6 4 0,1 1,521 0,470 0,3 0,1 0,080 0,025 0,03 0,01

0,19
r (pu/km) Î 0,010 =
19,04

∆V = r p + x q

Tabela 4-12 - Resultados do exemplo

Nó r x p acum. q acum. ∆v v (pu) v (kV) TAP 1 TAP 2


0 1,02 14,076 387,6 405,2
1 0,020 0,040 0,55 0,08 1,42% 1,0058 13,880 382,2 399,6
2 0,016 0,021 0,13 0,03 0,27% 1,0031 13,843 381,2 398,5
5 0,030 0,060 0,27 0 0,81% 0,9978 13,769 379,1 396,4
3 0,048 0,015 0,05 0,01 0,25% 1,0006 13,808 380,2 397,5
4 0,040 0,012 0,08 0,02 0,34% 0,9997 13,796 379,9 397,2
9 0,010 0,020 0,13 -0,03 0,07% 0,9971 13,759 378,9 396,1
6 0,008 0,011 0,07 0,01 0,07% 0,9971 13,760 378,9 396,1
11 0,003 0,002 0,02 0 0,01% 0,9970 13,758 378,9 396,1
10 0,006 0,012 0,08 -0,04 0,00% 0,9971 13,759 378,9 396,1
12 0,006 0,005 0,03 0,01 0,02% 0,9968 13,756 378,8 396,0
8 0,016 0,005 0,04 0 0,06% 0,9965 13,751 378,7 395,9
7 0,008 0,002 0,03 0,01 0,03% 0,9968 13,756 378,8 396,0
Nota: TAP 1 ==> 13,8 / 380 e TAP 2 ==> 13,2 / 380

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MÉTODO 2

∆V(%) = Coeficiente * S (MVA) * L (km)

Tabela 4-13 - Resultados (método 2)

Ponto Bitola Distância Coeficiente Carga ∆v v (kV) TAP 1 TAP 2


(km) acum.
0 14,0760 387,6 405,2
1 336,4 2 0,0998 5,771 1,151% 13,9139 383,1 400,6
2 4/0 1 0,1575 1,335 0,210% 13,8846 382,3 399,7
5 336,4 3 0,0998 2,855 0,854% 13,7950 379,9 397,1
3 4 0,6 0,7987 0,510 0,244% 13,8507 381,4 398,7
4 4 0,5 0,7987 0,825 0,329% 13,8389 381,1 398,4
9 336,4 1 0,0998 1,411 0,141% 13,7756 379,3 396,6
6 4/0 0,5 0,1575 0,716 0,056% 13,7872 379,6 396,9
11 1/0 0,1 0,3156 0,200 0,006% 13,7747 379,3 396,5
10 336,4 0,6 0,0998 0,894 0,054% 13,7682 379,1 396,4
12 1/0 0,2 0,3156 0,316 0,020% 13,7728 379,3 396,5
8 4 0,2 0,7987 0,400 0,064% 13,7784 379,4 396,7
7 4 0,1 0,7987 0,316 0,025% 13,7837 379,6 396,8
NOTA: Ao somar as potências aparentes assume-se que o fator de potência é igual

Diferença entre os resultados obtidos pelos 2 métodos

Tabela 4-14 - Diferença entre os resultados obtidos pelos 2 métodos

Ponto TAP 1 TAP 2


1 0,920534 0,962376
2 1,138106 1,189838
5 0,717557 0,750174
3 1,170647 1,223858
4 1,186848 1,240796
9 0,448325 0,468703
6 0,753583 0,787837
11 0,448367 0,468748
10 0,245226 0,256373
12 0,461927 0,482923
8 0,753807 0,788071
7 0,758125 0,792585

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4.3.5 EXEMPLO DE CÁLCULO DE QUEDA DE TENSÃO NA BT

20 2 30 6

40 60
4 8
60 1 50 0 60 5 60
40 50 20
10
3 7
15 10
Figura 4-17 - Diagrama unifilar da rede do exemplo

∆V(%) = Coeficiente * S (kVA) * L (m) / 100


Tabela 4-15 - Resultado do exemplo de BT

Ponto Ponto ant. Bitola Dist. (m) Carga Carga Coefi- ∆V (%) V
(kVA) acum. ciente
0 380
1 0 1/0 50 0 45 0,0416 0,9360 376,4
2 1 2 40 20 20 0,0662 0,5296 374,4
3 1 2 40 15 15 0,0662 0,3972 374,9
4 1 2 60 10 10 0,0662 0,3972 374,9
5 0 1/0 60 0 60 0,0416 1,4976 374,3
6 5 4 60 30 30 0,1053 1,8954 367,2
7 5 4 50 10 10 0,1053 0,5265 372,3
8 5 4 60 20 20 0,1053 1,2636 369,6

4.3.6 INFLUÊNCIA DO TIPO DE DISTRIBUIÇÃO DE CARGA NA QUEDA DE TENSÃO


− Carga concentrada no final do trecho
− Distribuição uniforme de carga ao longo do trecho
− Distribuição triangular de carga ao longo do trecho

− Carga concentrada no final do trecho


SE A

Carga

L (km)
Figura 4-18 - Carga concentrada no final do trecho

∆V(%) = Coeficiente * L * MVA

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− Distribuição uniforme de carga ao longo do trecho

Área de influência do
alimentador

SE A a

dx
x
L (km)
Figura 4-19 - Distribuição uniforme de carga ao longo do trecho

dV(%) = Coeficient e * MVA x * dx

MVA x = D * (L - x) * a

onde
MVAx é a carga depois de x
D - Densidade de carga na área de influência do alimentador (MVA/km2)

dV = Coeficiente * D * (L - x) * a * dx

L L
∆VA = ∫ dV = ∫ Coeficiente * D * (L - x) * a * dx
0 0

L
∆VA = Coeficiente * D * a ∫ (L - x) dx
0

 L x 2 L

∆VA = Coeficiente * D * a * L * x − 
 0 2 0
 

  L2 
∆VA = [Coeficiente * D * a] *  L2 − 0  −  − 0 
   2 
  

 L2 
∆VA = Coeficiente * D * a * L2 − 
 2

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L2
∆VA = Coeficiente * D * a *
2

L
∆VA = Coeficiente * D * a * L *
2

MVA = D * a * L

1
∆VA = * Coeficiente * MVA * L
2

É como se a carga estivesse concentrada no meio do trecho (L / 2)

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− Distribuição triangular de carga ao longo do trecho

Área de influência do
alimentador
dx
a
X tg θ
SE θ A

x
L (km)
Figura 4-20 - Distribuição triangular de carga ao longo do trecho

dV(%) = Coeficient e * MVA x * dx

 L * a  x * xtgθ 
MVA x = D * 2 *  −2* 
  2   2 

MVA x = D * (L * a - x 2 tg θ )

dV(%) = Coeficiente * D * (L * a - x 2 tg θ ) * dx

L L
∆VA = ∫ dV = ∫ Coeficiente * D * (L * a - x 2 tgθ ) dx
0 0

L
∆VA = Coeficiente * D ∫ (L * a − x 2 * tgθ )dx
0

L L 
2
∆VA = Coeficient e * D ∫ (L * a)dx − ∫ ( x * tgθ )dx 

 
0 0 

 L x 3 L 
∆VA = Coeficiente * D L * a * x − tgθ *
 0 3 0
 

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 L3 
∆VA = Coeficiente * D L * a * L − tgθ * 
 3

a
tgθ =
mas L

 L3 a 
∆VA = Coeficiente * D a * L2 − * 
 3 L

 L2 
∆VA = Coeficiente * D a * L2 − a * 
 3 

2
∆VA = Coeficiente * D * a * L2 *
3

2
∆VA = Coeficiente * D * a * L * L *
3

mas MVA = D * a * L

2
∆VA = * Coeficiente * MVA * L
3

É como se a carga estivesse concentrada em 2 / 3 do comprimento do trecho.

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4.3.7 CÁLCULO DE QUEDA DE TENSÃO EM ALIMENTADOR COM CARGA


DISTRIBUÍDA EM ANEL
(Fonte: Adaptado de notas de aula do Prof. Geraldo Burani - USP)

a) Teoria

Considere o circuito alimentador indicado na Figura 4.21 a seguir.

Figura 4-21 - Alimentador com Carga Distribuída em Anel

Abrindo a rede na SE, obtém-se o circuito indicado na Figura 4.22.

Figura 4-22 - Circuito da figura anterior aberto

No circuito da Figura 4.22, considera-se o ponto n+1 o local onde a potência SB é


consumida.

Calculando ∆V por superposição, tem-se:

∆V1 devido a S1  = c1 ⋅ l1 ⋅ S1, onde c1 é o coeficiente.


 

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l S ⋅l
∆V2  devido a S2  = [c1 ⋅ l1 ⋅ S2 + c2 ⋅ (l 2 − l1) ⋅ S2 ] ⋅ 2 = [c1 ⋅ l1 + c2 ⋅ (l 2 − l1)] ⋅ 2 2
  l2 l2
S ⋅l
∆V3  devido a S3  = [c1 ⋅ l1 + c2 ⋅ (l 2 − l1) + c3 ⋅ (l3 − l 2 )] ⋅ 3 3
  l3
.
.
.
S ⋅l
∆Vi  devido a Si  = [c1 ⋅ l1 + c2 ⋅ (l 2 − l1) + ... + ci ⋅ (l i − l i −1)] ⋅ i i
  li
.
.
.
S ⋅l
∆Vn  devido a Sn  = [c1 ⋅ l1 + c2 ⋅ (l 2 − l1) + ... + ci ⋅ (l i − l i −1) + ... + cn ⋅ (l n − l n −1)] ⋅ n n
  ln
S ⋅l
∆Vn +1 devido a Sn +1  = [c1 ⋅ l1 + c2 ⋅ (l 2 − l1) + ... + cn +1 ⋅ (l n +1 − l n )] ⋅ n +1 n +1
  l n +1
n +1
∆VTOTAL = ∑ ∆Vi
i =1

A queda de tensão total é igual a zero, pois a tensão no nó n+1 corresponde à tensão no
nó SE. Logo:

n +1 n +1
∆VTOTAL = ∑ i ∑ ci′ ⋅ Si ⋅ l i = 0
∆V =
i =1 i =1

Das equações anteriores conclui-se que:

para i=1 Æ c1′ = c1 e

para i>1 Æ ci′ = ∑


i c ⋅ l −l
j j (
j −1 )
li
j =1
Sabe-se, também, que:

n
SA + SB = ∑ Si e que − SB = Sn +1, daí chega-se a:
i =1

n
− SB = Sn +1 = S A − ∑ Si
i =1

Desenvolvendo-se as equações chega-se a:


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 n 
∆VTOTAL = ∑ ci′ ⋅ Si ⋅ li  + cn
 ′ + 1 ⋅ Sn + 1 ⋅ ln + 1 = 0
 
 i =1 

Sabendo que l n +1 = l é o comprimento total do anel, logo, chega-se a:

 n   n 
∆VTOTAL =  ∑ ci′ ⋅ Si ⋅ l i  + cn ′ +1 ⋅  ∑ Si  ⋅ l = 0 , então:
′ +1 ⋅ S A ⋅ l − cn
   
 i =1   i =1 

 n  1  n 
S A =  ∑ Si  − ⋅  ∑ ci′ ⋅ Si ⋅ l i 
  c′  
 i =1  n +1 ⋅ l  i =1 

n
e, como − SB = S A − ∑ Si , tem-se:
i =1

1  n 
SB = ⋅  ∑ ci′ ⋅ Si ⋅ l i 
′ +1 ⋅ l 
cn 
 i =1 

Se o coeficiente ci for igual para todos os trechos, então, ci = c e ci′ = c .

 n  1  n 
SA =  ∑ Si  − ⋅  ∑ Si ⋅ l i 
  l  
 i =1   i =1 

1  n 
SB = ⋅  ∑ Si ⋅ l i 
l  
 i =1 

b) Exemplo
(Fonte: Adaptado de notas de aula do Prof. Geraldo Burani - USP)

Para exemplificar o cálculo de queda de tensão em anel, considere o alimentador indicado


na Figura 4.23.

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Figura 4-23 - Alimentador com Carga Distribuída em Anel

Tabela 4-16 - Dados do Alimentador em anel


Início Trecho Fim Trecho Distância
Nóanterior Nó (m) Carga (kVA)
10 SE 30
SE 1 30 1,6
1 2 30 0,8
2 3 22 1,6
3 4 22 1,6
4 5 33 2,4
5 6 30 0,8
6 7 10 0,8
7 8 10 1,6
8 9 22 1,6
9 10 20 0,8

c = 0,31 (kVA ⋅ km )−1


VSE = 220 V

Solução 1:
n
∑ Si ⋅ li = 30 ⋅ 1,6 + 60 ⋅ 0,8 + 82 ⋅ 1,6 + 104 ⋅ 1,6 + 137 ⋅ 2,4 + 167 ⋅ 0,8 + 177 ⋅ 0,8 + ...
i =1
... + 187 ⋅ 1,6 + 209 ⋅ 1,6 + 229 ⋅ 0,8 = 1.814,40 kVA ⋅ m

n
∑ Si ⋅ li
1.814,4
SB = i =1 = = 7kVA
l 259

n =10
∑ Si = 13,6 kVA ⇒ SA = 13,6 − 7 = 6,6 kVA
i =1

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Dos resultados obtidos para S A e SB , conclui-se que o ponto de maior queda de tensão
desta rede está no ponto 5, que absorve 2,4 kVA. Esta carga recebe alimentação pelos 2
lados do anel.
No ponto 5, tem-se a tensão mínima, ou a máxima queda de tensão. Abre-se, então, a
rede neste ponto e calcula-se a queda de tensão como numa rede radial, conforme a
Figura 4.24.

Figura 4-24 - Equivalente Radial do Alimentador em Anel

Calculando ∆V5 pelo lado direito da rede da Figura 4.24, tem-se:

∆V5 = 0,31⋅ 6,6 ⋅ 0,03 + 0,31⋅ 5,0 ⋅ 0,03 + 0,31⋅ 4,2 ⋅ 0,022 + 0,31⋅ 2,6 ⋅ 0,022 + 0,31⋅ 1,0 ⋅ 0,033
∆V5 = 0,164486 % ⇒ V5 = 219,638 V

Agora, calculando ∆V5 pelo lado esquerdo da rede da Figura 4.24, tem-se:

∆V5 = 0,31⋅ 7,0 ⋅ 0,03 + 0,31⋅ 6,2 ⋅ 0,02 + 0,31⋅ 4,6 ⋅ 0,022 + 0,31⋅ 3,0 ⋅ 0,01 + ...
... + 0,31⋅ 2,2 ⋅ 0,01 + 0,31⋅ 1,4 ⋅ 0,03
∆V5 = 0,164052 % ⇒ V5 = 219,639 V

Pode-se, então, calcular a queda de tensão no ponto crítico tanto pelo lado direito como
pelo lado esquerdo.

Solução 2:
Outra forma de se chegar ao ponto de tensão mínima é por inspeção.
Como ∆V = c ⋅ S ⋅ l , sendo c constante, pode-se fazer a ∑ S ⋅ l para cada lado da
alimentação (SE), procurando sempre manter o equilíbrio de ∑S ⋅ l para ambos os
lados, já que essa somatória representa a queda de tensão quando é multiplicada pelo
coeficiente c . O exemplo a seguir ilustra este procedimento.
A Figura 4.25 mostra os valores de ∑ S ⋅ l para cada nó e, também, a distância do nó à
subestação.

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Figura 4-25 - Alimentador com Carga Distribuída em Anel - Cálculo de ∑S ⋅ l para cada nó

Do 1º cálculo∑ S ⋅ l = 48 [m ⋅ kVA ] . O 2º cálculo é feito no primeiro nó do lado esquerdo


da subestação, obtendo-se ∑ S ⋅ l = 24 [m ⋅ kVA ] . Como o valor de ∑ S ⋅ l do 2º cálculo
ainda não superou o valor de ∑ S ⋅ l do 1º cálculo, faz-se o 3º cálculo ainda do lado
esquerdo, pois o objetivo é sempre equilibrar o valor de ∑ S ⋅ l . Desta forma, deve-se
continuar calculando sempre pelo lado de menor queda. A figura 4.25 ilustra a ordem de
cálculo.
No ponto 5, atinge-se a queda de tensão máxima. A distância do ponto 5 à subestação é
de 122 m quando se mede a partir do lado esquerdo da SE e é de 137 m quando se mede
a partir do lado direito da SE. Então, no ponto 5 pode-se equacionar o problema do
cálculo de queda de tensão da seguinte maneira:

 x + y = 2,4  x = 1,4kVA
 ⇒ 
358,4 + 122 ⋅ x = 393,6 + 137 ⋅ y y = 1,0kVA

a) ∆Vmáx (%) calculado visualizando-se somente o lado direito da SE será:


5
 393,6 + 137 ⋅ 1,0 
∆Vmáx = c ⋅ ∑ Si ⋅ l i = 0,31 (kVA ⋅ km )−1 ⋅   (kVA ⋅ km )
 1000 
i =1

∆Vmáx = 0,164486 %

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b) ∆Vmáx (%) calculado visualizando-se somente o lado esquerdo da SE será:


5
 358,4 + 122 ⋅ 1,4 
∆Vmáx = c ⋅ ∑ Si ⋅ l i = 0,31 (kVA ⋅ km )−1 ⋅   (kVA ⋅ km )
 1000 
i =1

∆Vmáx = 0,164052 %

4.3.8 UTILIZAÇÃO DE REGULADORES DE TENSÃO


− Recurso para controle de tensão

DETERMINAÇÃO DO PONTO DE INSTALAÇÃO DE REGULADORES DE TENSÃO

0 1
SE 2
Figura 4-26 - Ilustração do exemplo de instalação de regulador de tensão

SE 69 / 13,8 kV

Trecho 0 -1 Trecho 1 -2
10 km - CABO CA 336,4 20 KM - CABO CA 4/0

Carga máxima no ponto 1 = 1 MVA


Carga mínima no ponto 1 = 0,8 MVA

Carga máxima no ponto 2 = 1,4 MVA


Carga mínima no ponto 2 = 1,1 MVA

Cálculo da Queda de tensão


Coeficiente unitário de queda de tensão para cabo 336,4 e cos fi 0,8 = 0,1995
Coeficiente unitário de queda de tensão para cabo 4/0 e cos fi 0,8 = 0,2546

Queda no trecho 0 - 1
Carga máxima
∆V(%) = Coeficiente * Carga (MVA) * L (km)
∆V(%) = 0,1995 * 2,4 * 10 = 4,788
V no ponto 1 = 13,139 kV

Carga mínima
∆V(%) = Coeficiente * Carga (MVA) * L (km)
∆V(%) = 0,1995 * 1,9 * 10 = 3,7905
V no ponto 1 = 13,277 kV

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Queda no trecho 1 - 2
Carga máxima
∆V(%) = Coeficiente * Carga (MVA) * L (km)
∆V(%) = 0,2546 * 1,4 * 20 = 7,1288
V no ponto 2 = 12,203

Carga mínima
∆V(%) = Coeficiente * Carga (MVA) * L (km)
∆V(%) = 0,2546 * 1,1 * 20 = 5,6012
V no ponto 2 = 12,533

Considerando que os transformadores de distribuição estão no tap 1 (13,8/380), tem-se:


13,8 * 348
Tensão mínima 348 v → = 12,638
380

Verificando o perfil de tensão ao longo do alimentador deve-se instalar um regulador de


tensão no km 21, a partir da SE, regulado para manter 13,8 kV na saída.

Tensões no ponto 2 após a instalação do regulador:

Carga máxima
∆V(%) = Coeficiente * Carga (MVA) * L (km)
∆V(%) = 0,2546 * 1,4 * 9 = 3,20796
V no ponto 2 = 13,357

Carga mínima
∆V(%) = Coeficiente * Carga (MVA) * L (km)
∆V(%) = 0,2546 * 1,1 * 9 = 2,52054
V no ponto 2 = 13,452

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14,0
Carga mínima
13,8 com regulador

13,6
Carga mínima
sem regulador Carga máxima
13,4
com regulador
13,2

13,0 Carga máxima


sem regulador
12,8

12,6

12,4

12,2

12,0
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30

Figura 4-27 - Perfil de tensão

4.4 ESTUDOS DE PERDAS


Estudos de Perdas
− Perdas Técnicas e Comerciais
− Métodos de abordagem
− Relatório CODI (CODI 3.2.19.34.0 - Método para Determinação, Análise e Otimização
das Perdas Técnicas em Sistemas de Distribuição)
− Avaliação das perdas técnicas (CIPOLI, 1993, p.68)
− Ramal de serviço
− Medidores
− Rede de BT
− Transformadores
− Capacitores e reguladores de tensão
− Rede de AT
− Subestações
− Perdas na transmissão
− Comerciais
− Cálculos
− Controles

4.4.1 INFLUÊNCIA DO TIPO DE DISTRIBUIÇÃO DE CARGA NAS PERDAS


− Carga concentrada no final do trecho
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− Distribuição uniforme de carga ao longo do trecho
− Distribuição triangular de carga ao longo do trecho

− Carga concentrada no final do trecho

SE A

Carga

L (km)
Figura 4-28 - Carga concentrada no final do trecho

As perdas por fase são calculadas da seguinte forma.

P = R * I2 * L

onde
P - perdas (W)
R - resistência (ohm/km)
I - corrente (A)
L - comprimento do alimentador (km)

Considerando o sistema trifásico tem-se:

P = 3 * R * I2 * L

− Distribuição uniforme de carga ao longo do trecho

Área de influência do
alimentador

SE A a

dx
x
L (km)
Figura 4-29 - Carga distribuída uniformemente ao longo do trecho

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Cálculo das perdas por fase

d(Perdas) = R * I2
x * dx
onde
Ix é a corrente em dx

Como a densidade de carga é uniforme, tem-se:

I = D * L * a Ix = D * (L - x) * a

I * (L - x)
Ix =
L
2 (L - x)2
d(Perdas) = R * I dx
L2
L
2 (L - x)2
Perdas = ∫ R * I dx
L2
0
R * I2 * L
Perdas =
3
Para efeito do cálculo das perdas é como se a carga estivesse concentrada a um terço do
comprimento do trecho (L / 3)

Considerando o sistema trifásico tem-se:

R * I2 * L
Perdas = 3 *
3
Perdas = R * I2 * L

− Distribuição triangular de carga ao longo do trecho


Área de influência do alimentador

dx
a
ax = x tg θ
SE θ A

x
L (km)
Figura 4-30 - Distribuição de carga triangular

Cálculo das perdas por fase


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d(Perdas) = R * I2
x * dx

I=D*L*a

Ix = D * (L * a - x * ax)

a = L * tg θ

ax = x * tg θ

I = D * L2 * tg θ

Ix = D * (L2 * tg θ - x2 * tg θ)

 x 2 
Ix = I * 1 -
 
 L2 
2
 x2 
d(Perdas) = R * I * 1 -
2  dx
 2 
 L 
L 2
 x2 
Perdas = ∫ R * I * 1 -
2  dx
 2 
0  L 
8
Perdas = * R * I2 * L
15

Para efeito do cálculo das perdas é como se a carga estivesse concentrada a 8 / 15 do


comprimento do trecho

Considerando o sistema trifásico tem-se:

8
Perdas = 3 * * R * I2 * L
15
8
Perdas = * R * I2 * L
5

4.5 TRANSFORMADORES DE DISTRIBUIÇÃO


Transformadores de distribuição
− Sobrecargas
− Aquecimento - equações térmicas
− Avaliação da vida útil
− Perda de vida do transformador
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4.6 EXEMPLOS DE ESTUDOS DE ENGENHARIA


3 CASOS REAIS
Melhoria no atendimento a Santa Maria (Maio/94)
Melhoria no atendimento ao Recanto das Emas e Região (Setembro/94)
Melhoria no atendimento ao Paranoá (Fevereiro/95)

4.6.1 CASO 1: MELHORIA NO ATENDIMENTO A SANTA MARIA


Problema:
2 alimentadores
GM 05 272 A
GM 10 242 A
GM 05 com trecho de “enforcamento” de cabos (2/0 - 4/0)
GM 10 alimenta também a Fábrica de óleo
Ambos alimentam também cargas rurais
Necessidade de implantar uma Subestação (SE) no local
Apresentar solução paliativa enquanto a SE não é construída

12 10
SE GAMA
11
7 12
5 3

SANTA
MARIA
Figura 4-31 - Ilustração do exemplo Caso 1

METODOLOGIA: Simulações considerando carregamento e nível de tensão


Circuito GM 05
Configuração atual
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Queda de tensão até Santa Maria 12,55%
Santa Maria não OK - Área rural OK no tap 3

Configuração atual com regulador de tensão para Santa Maria


Parte de Santa Maria - corrente nominal não suficiente

Recondutorando o trecho de “enforcamento” de cabo


Maior queda de tensão cai de 16,07% para 11,09%
Santa Maria não OK - Área rural OK

Recondutorando e com regulador de tensão para Santa Maria


Tudo OK

Circuito GM 10
Configuração atual sem regulador de tensão instalado para a Fárica de óleo
Até Santa Maria queda de tensão de 15,32%
Nada OK

Configuração atual com regulador de tensão instalado para a Fábrica de óleo


Fábrica de óleo OK - Santa Maria não OK

Configuração atual com regulador para Santa Maria


Fábrica de óleo não OK - Santa Maria tap 3

Configuração atual com regulador para Santa Maria e para a Fábrica


Fábrica de óleo e Santa Maria tap 3

Circuitos GM 05, GM 10 e alimentador novo

Circuito GM 05 sem recondutoramento → OK

Circuito GM 05 com recondutoramento → OK

Circuito GM 10 sem regulador para a Fábrica de óleo (existente)


Fábrica e área rural não OK

Circuito GM 10 com regulador para a Fábrica → OK

Circuito novo construído em cabo 336,4 MCM → OK

Circuito novo construído em cabo 4/0 MCM → OK

RECOMENDAÇÕES

SE Santa Maria US$ 2,87 milhões


Alimentador SE GAMA US$ 63 mil

120 Versão preliminar (Agosto / 2006)


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Recondutorar 1.150 metros 2/0 para 4/0 US$ 15 mil e 300
Construir 4 km circuito duplo 4/0 US$ 158 mil
Pequenas obras US$ 25 mil
Transferir carga do GM 12 (10 A) para o GM 11 (120 A)
Aproveitar a saída do GM 12 para Santa Maria
Remanejar regulador GM 05

4.6.2 CASO 2: MELHORIA NO ATENDIMENTO AO RECANTO DAS EMAS E REGIÃO


Problema:
− Alimentação do Recanto das Emas através de derivação do circuito TG07
− TG 07: Circuito rural, grande extensão, carregamento subindo, desempenho ruim
para áreas urbanas
− Necessidade de ligar fábrica da Coca-Cola (carga alta), nas imediações
− Apresentar solução envolvendo o mínimo custo
− 2 novos alimentadores da SE Ceilândia Sul previstos para 07/95

Alimentadores de 13,8 kV disponíveis na região, carregamento e principais cargas


atendidas

Tabela 4-17 - Dados do exemplo Caso 2

Alimentador Carga pesada (A) Carga média (A) Carga leve (A)
CS 06 225 135 80
CS 08 200 80 70
CS 10 78 33 20
CS 11 170 96 60
CS 12 225 100 75
TG 07 255 130 75
TG 09 152 100 60

Novas cargas significativas que poderão ser ligadas brevemente


Fábrica da Coca-Cola
Contrato de 180 kW na ponta e 800 kW fora da ponta
Setor de Mansões Sudeste de Samambaia
CS 12 que já está com 225 A não deve ser envolvido neste estudo assumindo
mais carga
Setor de Mansões Sudoeste de Samambaia
Não deve provocar efeito em temos de carregamento, face ao estágio atual (da
época) de ocupação dos lotes (CS 10 e CS 12)

METODOLOGIA: Simulações considerando carregamento e queda de tensão

Tensões nas Barras de 13,8 kV das Subestações

121 Versão preliminar (Agosto / 2006)


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Tabela 4-18 - Tensões nas Barras de 13,8 kV das Subestações (Caso 2)

Subestação Carga pesada (kV) Carga média (kV) Carga leve (kV)
SE TG 13,5 13,5 13,2
SE CS 13,8 13,8 13,5

Simulações iniciais

Circuito CS 06
Configuração normal → Alguns pontos precisam operar no tap 3

Circuito CS 08
Configuração normal → Tudo OK

Circuito CS 10
Configuração normal → Tudo OK

Circuito CS 11
Configuração normal → Tudo OK

Circuito CS 12
Configuração normal → Tudo OK

Circuito TG 07
Configuração normal → Alguns pontos precisam operar no tap 3
Alguns pontos não atendiam a Portaria 047

Circuito TG 09
Configuração normal (sem a Coca-cola) → Tudo OK

Circuito TG 09
Configuração normal (com a Coca-cola) → Tudo OK

Proposição
Transferir toda a carga do alimentador CS 10 para o CS 08
CS 10 assumir toda a carga rural do TG 07
TG 07 ficar somente com a carga urbana

Circuito CS 08
Assumindo toda a carga do CS 10
Pequeno trecho trabalhando no tap 3 (sem reguladores disponíveis)
Restante OK

Circuito CS 10
Perdendo toda a sua carga para o CS 08 e assumindo toda a carga rural do TG 07
Tudo OK

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Recomendações

Rever a colocação de dois reguladores no TG 07 em função da nova configuração (foram


efetuadas apenas simulações no tronco do circuito)

Transferir as cargas do circuito CS 10 para o circuito CS 08 procedendo ao seguinte


conjunto de ações:
− Instalar jogo de chaves-faca na EQ 301/501
− Realizar o conjunto de manobras descritas

Transferir as cargas do circuito TG 07 para o circuito CS 10 procedendo ao seguinte


conjunto de ações:
− Instalar jogo de chaves-faca no tronco do atual TG 07 antes da interligação com o
CS 12
− Manter esta chave aberta (futuro ponto de interligação)
− Construir 150 metros de rede de AT, instalar jogo de chaves-faca na Q 501 de
Samambaia para que o circuito CS 10 incorpore pequeno trecho do CS 12 e
interligue com o TG 07

4.6.3 CASO 3: MELHORIA NO ATENDIMENTO AO PARANOÁ


Problema:
Melhorar as condições de atendimento ao Paranoá
Alimentação atual (na época) Circuito 1008 - Acima da sua capacidade

Circuitos disponíveis no local


Circuito 10 08
Circuito 07 02
Tabela 4-19 - Dados do exemplo Caso 3

Alimentador Carga pesada (A) Carga média (A) Carga leve (A)
10 08 250 172 100
07 02 53 30 21

METODOLOGIA: Simulações considerando carregamento e queda de tensão

Tensões nas Barras de 13,8 kV das Subestações


Tabela 4-20 - Tensões nas Barras de 13,8 kV das Subestações (Caso 3)

Carga pesada (kV) Carga média (kV) Carga leve (kV)


SE 10 13,5 13,5 13,5
SE 07 13,5 13,5 13,2

Simulações efetuadas
Circuito 10 08
Configuração normal com 2 reguladores de tensão atualmente instalados
Configuração normal sem 1 dos reguladores de tensão atualmente instalados
Configuração normal sem o outro regulador de tensão atualmente instalado

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Alguns pontos com a tensão fora dos limites da Portaria 047

Circuito 07 02
Configuração normal → Tudo OK

Circuito 07 02
Assumindo todo o lado ímpar do Paranoá
Alguns pontos operando no tap 3

Circuito 07 02
Assumindo todo o lado ímpar do Paranoá e instalando um regulador
Tudo OK

Circuito 07 02
Assumindo todo o Paranoá
Alguns pontos operando no tap 3
Alguns pontos com a tensão fora dos limites da Portaria 047

Circuito 07 02
Assumindo todo o Paranoá e instalando 1 regulador de tensão
Alguns pontos operando no tap 3

Circuito 07 02
Assumindo todo o Paranoá e instalando-se 2 reguladores de tensão
Tudo OK

Circuito 10 08
Perdendo o lado ímpar do Paranoá para o circuito 07 02
Simulações sem reguladores, com um dos existentes e com os dois existentes
Alguns pontos operando no tap 3

Circuito 10 08
Perdendo todo o Paranoá para o circuito 07 02
Simulação retirando um dos reguladores existentes
Tudo OK

RECOMENDAÇÕES

Transferir inicialmente o lado ímpar do Paranoá do circuito 10 08 para o circuito 07 02


Construir 1000 m de rede de AT e instalar um regulador
Custo R$ 20 mil

Transferir numa segunda etapa também o lado par do Paranoá do circuito 1008 para o
circuito 07 02
Construir 3000 m de rede de AT
Remanejar reguladores entre os circuitos 07 02 e 10 08
Custo R$ 60 mil

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Estudar a implantação de nova SE para o local
Um novo alimentador partindo da SE 10 ou da SE 07 implicaria em investimentos da
ordem R$ 300 mil

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Capítulo 5

5. CONSTRUÇÃO DE SISTEMAS DE DISTRIBUIÇÃO

5.1 ASPECTOS GERAIS


− Padrões de Construção
− Equipamentos e materiais
− Métodos de trabalho
− Segurança no Trabalho
− Co-responsabilidade da empresa e contratada
− Custos (material e mão de obra)
− Custos modulares
− Controles (utilização de softwares)
− Construção com turma própria
− Serviços especializados. Por exemplo confecção de terminais em redes
subterrâneas
− Terceirização e gerenciamento de contratos

5.2 TIPOS DE CONTRATOS


− Contrato para obras específicas. Geralmente grandes obras
− Contratos abertos. Para realização das obras do dia a dia
− Pagamentos por turma hora
− Pagamento por US (Unidades de serviços)
− Turn key

5.2.1 CONTEÚDO DOS CONTRATOS


− Objeto do contrato
− Obrigações da contratada
− Fiscalização
− Prazos
− Suspensão
− Rescisão contratual
− Multas
− Preços
− Formas de reajuste de preços
− Condições de pagamento
− Serviços adicionais
− Garantia e recebimento de obras
− Segurança e Medicina do Trabalho
− Fornecimento de material

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5.3 RELAÇÃO DE SERVIÇOS E PREÇOS

Tabela 5-1 - Relação de serviços e preços


SERVIÇO VALOR CONSTRUÇÃO VALOR RETIRADA
Vão de LDR AT (1 cond) 0,292 0,204
Vão de LDR AT (2 cond) 0,424 0,293
Vão de LDR AT (3 cond) 0,536 0,375
Vão de LDR AT (4 cond) 0,648 0,454
Vão de RDU AT (3 cond) 0,667 0,467
Vão de RDU AT (6 cond) 1,335 0,935
Estrutura primária trifásica 0,745 0,522
Estrutura primária monofásica 0,249 0,174
Chave-faca trifásica 0,965 0,676
Chave-faca (1 peça) 0,095 0,067
Chave-fusível (1 peça) 0,093 0,065
Pára-raios (1 peça) 0,099 0,069
Malha de aterramento (3 hastes) 0,367 0,257
Melhoria de aterramento (3 hastes) 0,282 0,197
Transformador trifásico 0,946 0,662
Transformador monofásico 0,701 0,491
Conjunto de medição AT (em poste) 1,049 0,734
Rede aérea de AT 1,241 0,869
Rede aérea de AT/BT 2,072 1,450
Rede aérea de AT (circuito duplo) 2,625 1,838
Rede aérea de AT (circuito duplo)/BT 3,457 2,420
Vão RDU BT (1 cond) 0,169 0,118
Vão RDU BT (2 cond) 0,300 0,210
Vão RDU BT (3 cond) 0,431 0,302
Vão RDU BT (4 cond) 0,489 0,342
Afastador armação secundária 0,201 0,141
Estrutura secundária 0,591 0,414
Rede aérea de BT 1,000 0,700
Ramal aéreo de serviço 0,133 0,093
Conjunto de medição em BT (Rural) 0,423 0,296
Locação de RDU 0,121
Locação de LDR 0,202
Seccionamento e aterramento de cercas 0,261 0,183
Aterramento com 1 haste 0,147 0,103
Braço leve com luminária 0,175 0,123
Braço pesado com luminária 0,247 0,173
Cava para poste aberta em terra 0,149
Cava para poste aberta em rocha 2,875
Poste sem equipagem 0,437 0,306
Concretagem de base de poste 0,259
Sapata de poste em terreno pantanoso 0,578
Estai de âncora 0,396 0,277
Estai aéreo 0,124 0,087
Taxa de canteiro 1,382
Valor da US Entre 99,00 e 117,00 (base março/2003

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5.4 FISCALIZAÇÃO DOS SERVIÇOS
− Atribuições básicas da fiscalização
− Verificar a execução das atividades de construção em todas as etapas
− Inspecionar o canteiro de obras e depósito de materiais
− Solicitar a correção de serviços
− Autorizar modificações do projeto
− Verificar a correta aplicação de materiais e a utilização de equipamentos
− Contatar os órgãos públicos (DETRAN, Empresa Telefônica, Empresa de Água e
Esgotos, etc.)
− Acompanhar os desligamentos de rede necessários à execução dos serviços
− Receber a obra
− Preparar a medição dos serviços
− Fazer o encerramento da obra
− Avaliar periodicamente as empreiteiras

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Capítulo 6

6. OPERAÇÃO DE SISTEMAS DE DISTRIBUIÇÃO

6.1 CENTRO DE OPERAÇÃO


− Definições, diferenciações, características, tipos, etc
− COS - Centro de operação do sistema
− COD - Centro de operação da distribuição
− COR - Centro de operação regional
− Composição de um COD
− Supervisão da operação
− Central de atendimento
− Central de operação
− Apoio
− Engenharia de operação
− Planejamento da operação
− Turmas de emergência (pertencentes ou não ao COD)

6.2 OPERAÇÃO DO SISTEMA


− Características gerais
− Controle da operação ("dono" do sistema)
− Capacidade de enxergar com os olhos dos outros
− Capacidade de decisão
− Frieza
− Experiência
− Raciocínio rápido
− Não ser afoito
− Atendimentos de emergências
− Responsabilidade pelo restabelecimento do sistema no menor prazo com toda a
segurança. Binômio: Rapidez e Segurança
− Comando de equipes à distância (subordinadas ou não administrativamente)
− Manobras de emergência
− Utilização de recursos de manobra
− Escala de prioridades
− Apenas orientação (cada caso e´ um caso)
− Risco de perda de vida humana
− Tronco de alimentador
− Ramal primário
− Transformador
− Rede de BT
− Ramal de consumidor
− Seqüência de cargas a serem desligadas

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− Serviços programados
− Manobras para manutenção construção ou outra qualquer intervenção no sistema
− Manobras previamente estudadas e programadas.
− Acompanhar (monitorar) os alimentadores utilizados como recurso
− Dimensionamento do número de turmas necessárias para realização dos serviços
(considerando turnos de revezamento)

6.3 ENGENHARIA PRÉ E PÓS-OPERAÇÃO


− Planejamento de interrupções
− Estudar as manobras
− Disparar processo de aviso aos consumidores que sofrerão interrupções
sustentadas ou temporárias (imprensa, fax, telefone, pessoalmente, etc.)
− Listar recursos necessários (viaturas, eletricistas, manobristas, etc.)
− Análise de ocorrências
− Controle e estatística de interrupções
− Apuração de indicadores de continuidade e qualidade
− Apuração de defeitos no sistema para ressarcimento de consumidores
− Realização e acompanhamento de registro de medições em locais específicos
− Gerenciamento de banco de dados com medições de curva de carga
− Gerenciamento de redes
− Desenvolvimento de sistemas para reconfiguração do sistema em situações
programadas e de emergência
− Elaboração e manutenção de diagramas operacionais
− Interface com as outras áreas de engenharia da empresa
− Supervisionar as atividades de atendimento e operação do COD
− Cadastro de rede (atualização on line)

6.4 SISTEMAS DE ATENDIMENTO


− Antes: Telefones 120 - atendimento comercial e 196 - atendimento de emergência
− Atualmente: atendimento centralizado (0800)
− Atendimento automático
− Utilização de equipamentos de recebimento e distribuição automática de chamadas
− Sistema de mensagens automáticas
− Cadastro conjunto empresas de eletricidade e telefônicas

6.5 CONTROLE DE INTERRUPÇÕES


− Obrigação legal (Resolução ANEEL n°024/2000)
− Suporte para as áreas de operação e manutenção
− Desempenho do sistema
− Indicadores utilizados inclusive para medir desempenho de empregados
− Ver Resolução ANEEL n° 520/2002
− Tempo Médio de Preparação – TMP
− Tempo Médio de Deslocamento – TMD

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− Tempo Médio de Mobilização – TMM
− Percentual do número de ocorrências emergenciais com interrupção de energia -
PNIE
− Tempos de atendimento (p.149 CIPOLI)

TL TC
TP Tempo de localização Tempo de correção
Tempo de preparação
TA
Tempo de atendimento
TR
Tempo de restabelecimento
Figura 6-1 - Tempo de restabelecimento (Fonte CIPOLI)

6.6 AUTOMAÇÃO
− Processos
− Recebimento da reclamação
− Distribuição dos serviços
− Registro dos serviços
− Estatísticas de atendimento
− Apuração de custos por tipo de atividade, por equipe, por regional, etc.
− Controle da produtividade
− Recursos para a operação
− Reconfiguração de rede
− Fluxo de carga nas situações de emergência
− Utilização de manobras padrão
− Utilização de softwares disponíveis
− Redes
− Projetos pilotos
− Automação de chaves
− Gerenciamento da carga de consumidores
− Leitura de unidades consumidoras
− Benefícios
− Qualidade do atendimento
− Rapidez na identificação de defeitos
− Monitoramento da rede
− Gerenciamento da rede

6.7 EXEMPLO DE DIMENSIONAMENTO DE TURMAS


Ver: Manutenção e Operação de Sistemas de Distribuição, Eletrobrás, 1982 - (não é
prática comum no setor)

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Capítulo 7

7. MANUTENÇÃO DE SISTEMAS DE DISTRIBUIÇÃO

7.1 TIPOS DE MANUTENÇÃO:


− Preditiva (Detectar a tendência de falhas por meio de análise de dados relacionados
com o desempenho de componentes)
− Preventiva
− Corretiva (programada ou não programada)
− Corretiva de emergência

7.2 INSPEÇÃO DE REDES


− Critérios para inspeção
− Desempenho operativo
− Importância da rede
− Condições mecânicas e elétricas
− Visual
− Com equipamentos
− termovisor, cromatografia, etc
− Critérios de hierarquização
− Abrangência da inspeção
− Poste a poste
− Por amostragem
− Itens a verificar
− Postes (erosão, inclinado ou fletido, base deteriorada ou com rachadura,
ferragem exposta)
− Cruzetas (nivelamento, necessidade de substituição)
− Ferragens (pinos, mãos-francesas, cintas - verificar ferrugem, fixação,
integridade)
− Isoladores (trincados, rachados lascados, quebrados, chamuscados, com pinos
tortos)
− Condutores (Flecha, diferença entre fases, distância entre fases, amarração do
isolador, fita de proteção, sinais de curto-circuito, objetos na rede)
− Conexões (verificação de qualquer anormalidade visível)
− Aterramento (no externo ao poste condições do eletroduto)
− Estais (Tensionamento, condições dos cabos de aço, segurança de terceiros)
− Pára-raios (condições físicas, indicador de defeito)
− Chave-fusível e chave-faca (Posição para operação, condições das ferragens e
das partes isolantes, numeração)
− Transformadores (condições do tanque, ferrugem, pintura, numeração,
vazamento de óleo, condições das buchas de AT e BT, posição da rede de BT
− Equipamentos especiais (Regulador, religador, capacitor) verificar condições
físicas e elétricas
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− Caminhamento (Aspectos de segurança, afastamentos de edificações)
− Arborização
− Iluminação pública (condições de luminárias, lâmpadas acesas)
− Seccionamentos de cercas

7.3 MÉTODOS DE TRABALHO NA MANUTENÇÃO


− Manutenção com linha desenergizada (linha morta)
− Manutenção com linha energizada (linha viva)
− Trabalhos ao potencial (para alta tensão)
− Trabalhos ao contato
− Trabalhos à distância
− Procedimentos
− teste de ausência de tensão (linha morta)
− utilização do aterramento temporário (linha morta)
− condições atmosféricas
− bloqueio do religamento automático
− cuidados com o ferramental
− Segurança no Trabalho
− O papel da Supervisão na realização dos trabalhos

7.4 DIMENSIONAMENTO DE EQUIPES


− Tamanho das equipes Dependendo do tipo de serviço)
− Exemplos: substituição de transformador x substituição de isolador
− Equipes leves (1 eletricista + 1 motorista-ajudante)
− Equipes pesadas (1 encarregado + 1 motorista-ajudante + 4 eletricistas)
− Quantidade de equipes por tipo (leve e pesada)
− Turmas próprias ou contratadas
− Custos
− Benefícios
− Terceirização e gerenciamento de contratos
− Treinamento
− Veículos utilizados
− caminhões, camionetas e carros leves para inspeção

7.5 CMD - Centro de Manutenção da Distribuição


− Objetivo
− Composição
− Unidade de Supervisão
− Unidade de Planejamento de Engenharia de Manutenção
− Unidade de Execução da Manutenção
− Área de inspeção
− Área de Manutenção de redes
− Área de manutenção de subestações

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− Área de manutenção de equipamentos
− Área de medição
− Estabelecimento de metas
− Avaliação da manutenção
− Comparação do desempenho antes e após a manutenção
− Utilização de softwares para controle da manutenção

7.6 PROGRAMAS DE MANUTENÇÃO

(Fonte: Manutenção e Operação de Sistemas de Distribuição, Eletrobrás, 1982)

− Critérios de escolha de locais

Tabela 7-1 - Fator de ponderação para priorizar serviços

VARIÁVEL FATOR DE PONDERAÇÃO


Duração Equivalente por Consumidor (DEC) 0,17
Freqüência Equivalente por Consumidor (FEC) 0,17
Carregamento do alimentador ou linha 0,30
Número de consumidores 0,05
Consumidores com prioridades de atendimento 0,16
Consumo total (MWh) 0,15
Total 1,00
IDADE DO ALIMENTADOR OU LINHA
0 - 1 ano 0,00
1 - 15 anos 0,50
Acima de 15 anos 1,00

Tabela 7-2 - Exemplo de priorização - Dados dos alimentadores

Alimentador 1 Alimentador 2 Alimentador 3


Consumo (MWh) 1104 1429 1297
Carregamento 26% 79% 70%
Número de 434 8125 3033
consumidores
Consumidores com 41, 41, 39, 27, 27 95, 95, 80,80,80 80, 54, 51, 43, 43
prioridade
DEC 19,42 19,12 3,15
FEC 2,47 2,95 2,35
Idade (anos) 3 12 14

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Tabela 7-3 - Exemplo de priorização - Resultados

Alimentador 1 Alimentador 2 Alimentador 3


Consumo (MWh) 0,12 0,15 0,13
Carregamento 0,10 0,30 0,27
No de consumidores 0,00 0,05 0,02
Consumidores com 0,07 0,16 0,10
prioridade
DEC 0,17 0,17 0,03
FEC 0,14 0,17 0,14
Índice ponderador 0,60 1,00 0,69
Idade (anos) 0,50 0,50 0,50
Valor final 1,10 1,50 1,19
Classificação 3 1 2

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SERVIÇO DE MANUTENÇÃO PREVENTIVA E CORRETIVA EM REDES AÉREAS
DE DISTRIBUIÇÃO URBANA E RURAL DESENERGIZADA ATÉ 15 kV

TABELA DE SERVIÇOS
(UNIDADE DE SERVIÇO = HOMEM x HORA)
Tabela 7-4 - Tabela de serviços

HOMEM x HORA
ITEM SERVIÇO INST. RET. SUB. EXE.
(I) (R) (S) (E)
01 Afastador secundário 1,50 1,50 2,50 -
02 Aprumo de poste - - - 4,00
03 Aterramento c/ 1 haste (completo) 2,00 1,00 - -
04 Aterramento c/ 3 hastes e malha 2,50 1,00 - -
(completo)
05 Melhoria de aterramento c/ 1 haste - - - 0,60
06 Verificação de aterramento c/ 1 haste - - - 0,50
07 Abertura de cava (terra) - - - 1,00
08 Abertura de cava (em rocha) - - - 15,00
09 Chave faca unipolar (1 peça) 0,50 0,50 0,75 -
10 Chave faca tripolar (comando em grupo) 8,00 5,00 10,00 -
11 Chave fusível unipolar (1 peça) 0,80 0,80 1,20 -
12 Concretagem de base de poste - - - 2,50
13 Conj. De medição de BT (padrão rural) 4,00 2,50 5,00 -
14 Conj. De medição em AT (em poste) 12,00 9,00 15,00 -
15 Contraposte equipado 3,00 2,00 4,50 -
16 Desmatamento de faixa de servidão - - - 20,00
17 Eletroduto de proteção do aterramento 0,50 0,30 0,60 -
18 Emenda em condutor (reparo) 0,25 - - -
19 Estai com âncora 3,50 2,50 - -
20 Estai poste a poste 0,75 0,50 1,00 -
21 Estai cruzeta a poste 0,75 0,50 1,00 -
22 Estai poste a contra-poste 0,75 0,50 1,00 -
23 Estrutura de AT (circ. único trif.) sem 5,50 4,00 7,00 -
poste
24 Estrutura de AT (circ. único trif.) s/ poste, 6,60 4,80 8,40 -
c/ derivação trifásica
25 Estrutura de AT (circ. único monofásico) 1,65 1,20 2,10 -
s/ poste
26 Estrutura de AT (circ. único monofásico) 1,98 1,44 2,52 -
s/ poste, c/ derivação
27 Estrutura de AT (circ. duplo trif.) s/ poste 6,50 4,50 8,00 -
28 Estrutura de AT (circ. duplo trif.) s/ poste, 7,80 5,40 9,60 -
c/ derivação
29 Estrutura secundária sem poste 1,50 1,00 2,00 -
30 Flying-tap (1 condutor) 0,25 0,15 0,40 -
31 Jumper (1 condutor) 0,25 0,15 0,40 -
HOMEM x HORA

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ITEM SERVIÇO INST. RET. SUB. EXE.
(I) (R) (S) (E)
32 Limpeza de rede (vão completo) - - - 0,50
33 Limpeza de ramal de serviço (por - - - 0,40
estrutura)
34 Luminária leve (c/ braço) 1,50 1,00 2,00 -
35 Luminária pesada (c/ braço) 2,00 1,00 2,50 -
36 Manutenção em rede de distribuição rural - - - 0,40
trifásica AT
37 Manutenção em rede de distribuição - - - 0,75
urbana - AT (circuito único)
38 Manutenção em rede de distribuição - - - 1,00
urbana - AT (circuito duplo)
39 Manutenção em rede de distribuição - - - 0,60
urbana - BT
40 Pára-raio (1 peça) 0,50 0,50 0,75 -
41 Poda de árvore (urbana) - - - 1,20
42 Poda de galho (urbana) - - - 0,25
43 Poda de bambu (urbana por metro) - - - 1,20
44 Poste sem equipagem 2,50 1,50 3,00 -
45 Poste c/ estrutura primária - AT - trifásica 9,00 8,50 12,00 -
(circuito único)
46 Poste c/ estrutura primária - AT - 4,50 4,25 6,00 -
monofásico (circuito único)
47 Poste c/ estrutura primária - AT - trifásica 10,00 7,00 13,00 -
(circuito duplo)
48 poste c/ estrutura primária e secundária - 10,00 7,00 13,00 -
AT/BT (circuito único)
49 Poste c/ estrutura primária e secundária - 11,00 7,50 14,00 -
AT/BT (circuito duplo)
50 Poste c/ estrutura secundária - BT 8,00 5,50 10,00 -
51 Ramal de serviço de BT (aéreo) 1,00 0,60 1,50 -
52 Ramal de serviço de BT (subterrâneo) 2,00 0,80 2,50 -
53 Retensionamento de condutores de AT - - - - 0,80
vão
54 Retensionamento de condutores de BT - - - - 1,00
vão
55 Sapata para pântano - - - 6,00
56 Seccionamento de cerca c/ aterramento - - - 2,00
57 Transformador (programado) 5,00 4,00 7,50 -
58 Transformador (não programado) 10,00 8,00 15,00 -
59 Religador automático 5,00 4,00 8,00 -
60 Retensionamento de estai - - - 0,40
61 Transformador monofásico completo 6,50 5,00 - -
62 Transformador trifásico completo 12,00 9,00 - -
63 Vão de BT (1 condutor multiplex) 0,80 0,60 1,00 -
HOMEM x HORA

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ITEM SERVIÇO INST. RET. SUB. EXE.
(I) (R) (S) (E)
64 Vão de BT (2 condutores) 1,60 1,20 2,00 -
65 Vão de BT (3 condutores) 2,40 1,80 3,00 -
66 Vão de BT (4 condutores) 3,20 2,40 4,00 -
67 Vão de AT (1 condutor) RDU 2,00 1,50 2,50 -
68 Vão de AT (2 condutores) 2,80 2,00 3,50 -
69 Vão de AT (3 condutores) 3,50 2,50 4,50 -
70 Vão de AT (6 condutores) 5,50 4,00 7,00 -
71 Vão de AT rural (1 condutor) RDR 2,30 1,70 2,90 -
72 Vão de AT rural (2 condutores) 3,20 2,40 4,00 -
73 Vão de AT rural (3 condutores) 4,20 3,00 5,20 -
74 Religador completo 12,00 9,00 - -
75 Regulador de tensão 5,00 4,00 7,50 -
76 Regulador de tensão completo 12,00 9,00 - -
77 Padrão econômico (PC) 5,00 3,50 7,00 -
78 Balanceamento de fases - - - 0,50
79 Elemento de banco de capacitor 5,00 4,00 7,50 -
80 Leitura de corrente e tensão - - - 0,25
81 Manutenção em conexões do pontalete - - - 0,70
82 Manutenção em rede de distribuição rural - - - 0,50
monofásica AT
83 Poda de árvore (rural) - - - 0,80
84 Poda de galhos (rural) - - - 0,15
85 Poda de bambu (rural por metro) - - - 0,80
86 Cobertura isolante (vão) 0,50 0,30 0,70 -
87 Separador de rede para Baixa Tensão 0,50 0,30 0,60 -
88 Medidor monofásico 0,50 - - -
89 Medidor polifásico 0,70 - - -
90 Padronização de estrutura de BT - - - 0,75
91 Refletores e projetores 4,00 2,00 3,00 -
R$ 6,68 por HOMEM X HORA (Referência maio / 2000)

Turma de manutenção de linha desenergizada (linha morta) composta de 6 elementos (1


encarregado, 4 eletricistas e 1 ajudante de eletricista) = R$ 90,00 / hora (Março / 2003)
Turma de inspeção de redes composta de 1 eletrotécnico e 1 ajudante de
eletricista/motorista = R$ 22,00 / hora (Março / 2003)
Turma de manutenção de linha energizada (linha viva) AT (15 kV) composta de 6
eletricistas = R$ 142,00 / hora (Março / 2003)
Turma de manutenção de linha energizada (linha viva) BT (380 / 2220 V) composta de 3
eletricistas = R$ 82,00 / hora (Março / 2003)

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Capítulo 8

8. PROTEÇÃO DE SISTEMAS DE DISTRIBUIÇÃO

8.1 REVISÃO DE CURTO-CIRCUITO


Parâmetros de condutores CA (p. 55 ELETROBRÁS - Proteção)
1
I 3φ = Z1 = R 2 + X 2
1 1
R 2 + X2
1 1
3
Iφφ = I 3φ
2
3 3
IφT = =
Z1 + Z 2 + Z 0
(2R1 + R 0 ) 2 + (2X1 + X 0 ) 2
3 3
IφTm = =
Z1 + Z 2 + 3 * R t + Z 0
(2R1 + R 0 + 3 * R t ) 2 + (2X1 + X 0 ) 2

Revisão de Curto-circuito

1 3
I3φ = Iφφ = I3φ
R2 + X2 2
1 1
3 3
IφT = IφTm =
(2R1 + R 0 ) 2 + (2X1 + X 0 ) 2 (2R1 + R0 + 21)2 + (2X1 + X0 )2

Vbase = 13,8 kV Sbase = 100 MVA


Zbase = (13,8)2 / 100 ==> Zbase = 1,904 ohm
Ibase = 100 / 1,732 * 13,8 ==> Ibase = 4,18 kA

40
3*
3 Rf 3 = 21
Rf = 40/3 ==> =
Z base 1,904
Tabela 8-1 - Resistências e reatâncias em ohm/km

Bitola R1 (ohm/km) X1 (ohm/km) R0 (ohm/km) X0 (ohm/km)


4/0 HP 0,1670 0,0964 1,4552 0,2034
4 1,5210 0,4700 1,7067 1,9592
2 0,9560 0,4530 1,1411 1,9305
1/0 0,6010 0,4350 0,7825 1,9115
4/0 0,3000 0,4090 0,4798 1,8868
336,4 0,1900 0,3800 0,3686 1,8651
Dividindo-se os valores da tabela 8-1 pela impedância de base obtém-se a tabela 8-2.
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Tabela 8-2 - Resistências e reatâncias em pu/km

Bitola R1 (pu/km) X1 (pu/km) R0 (pu/km) X0 (pu/km)


4/0 HP 0,0877 0,0506 0,7641 0,1068
4 0,7987 0,2468 0,8962 1,0288
2 0,5020 0,2379 0,5992 1,0137
1/0 0,3156 0,2284 0,4109 1,0037
4/0 0,1575 0,2148 0,2519 0,9908
336,4 0,0998 0,1995 0,1936 0,9794

8.2 NOÇÕES DE ATERRAMENTO


− Tipos
− Sistema com neutro multiaterrado
− Sistema sem neutro multiaterrado
− Cálculos
− Aterramento profundo
− Estratificação do solo
− Medições de resistividade do solo
− Equipamentos
− Métodos
− Medições de resistência de aterramento
− Equipamentos
− Métodos
− Valores aceitáveis
Tabela 8-3 - Tipo de aterramento e valores máximos de resistência

Tipo de aterramento Valor da Resistência (Ω)


Simples Qualquer
Com neutro multiaterrado Qualquer
Sem neutro multiaterrado 25
Transformador rural 10(*) ou 25(**)
Consumidor BT Qualquer
Quadro de BT com mais de 5 medidores 25
Cabines de edifícios 10(*) ou 25(**)
Aterramento profundo 25
Fonte: CIPOLI,1993
(*) Valor máximo para terreno úmido
(**) Valor máximo para terreno seco

− Pontos de aterramento na rede


− A cada 300 metros (neutro multiaterrado)
− Transformadores
− Final de linha
− Equipamentos (religadores, seccionadores, capacitores, reguladores de tensão,
etc.)

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8.3 TIPOS DE EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO
− Metodologias de cálculos para dimensionamento
− Coordenação da proteção
− Inovações tecnológicas

8.3.1 DISJUNTOR
(ELB Proteção, p.68)
− Definição: É o dispositivo destinado a fechar ou interromper um circuito sob
condições normais, anormais e de emergência
− Aplicações: SEs de transmissão, de subtransmissão e de distribuição
− Tipos: PVO, vácuo, SF6, etc

8.3.2 CHAVE-FUSÍVEL E ELO-FUSÍVEL


(ELB Proteção, p.59)
− Chave-fusível é o dispositivo constituído de um porta-fusível e demais partes
destinadas a receber um elo-fusível
− Elo-fusível é uma peça facilmente substituível, composta de um elemento sensível e
demais peças que completa o circuito entre os contatos de uma chave-fusível
− Elo-fusível protegido é que está do lado da fonte
− Elo-fusível protetor é o que está instalado do lado da carga
− Elos-fusíveis preferenciais: 6, 10, 15, 25, 40, 65, 100, 140 e 200 K
− Elos-fusíveis não-preferenciais: 8, 12, 20, 30, 50 e 80 K

8.3.3 RELIGADOR
(ELB Proteção, p.60)
− Definição: É um dispositivo interruptor automático, que abre e fecha seus contatos
repetidas vezes na eventualidade de uma falha do circuito por ele protegido
− Operação. Seqüência de operações rápidas e retardadas para eliminar defeitos
transitórios e isolar trecho defeituoso.

8.3.4 SECCIONADOR
(ELB Proteção, p.63)
− Definição: é um equipamento utilizado para interrupção automática de circuitos, que
abre seus contatos quando o circuito é desenergizado por um equipamento de
proteção situado à sua retaguarda e equipado com dispositivo para religamento
automático
− Operação. È um equipamento basicamente constituído de um elemento sensor de
sobrecorrente e de um mecanismo para contagem de desligamentos do
equipamento de retaguarda, além de contatos de dispositivos para travamento na
posição "aberto"

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8.3.5 RELÉ
(ELB Proteção, p.69)
− Definição: É um dispositivo que atua quando as condições de um circuito por ele
protegido se alteram para valores diferentes dos pré-estabelecidos
− Exemplos de relés:
− Relé de sobrecorrente
− Relé de sobrecorrente instantâneo
− Relé de sobrecorrente de tempo definido
− Relé de sobrecorrente de tempo inverso
− Relé de sobrecorrente de tempo muito inverso
− Relé de sobrecorrente direcional
− Relé de sobretensão
− Relé de subtensão
− Relé direcional de potência
− Relé de distância
− Relé diferencial
− Relé de religamento

8.4 COORDENAÇÃO
Elo-fusível - Elo-fusível

Tabela 8-4 - Elos-fusíveis dos transformadores

Potência do transformador (kVA) Corrente (A) Elo fusível


15 0,63 1H
30 1,26 2H
45 1,88 3H
75 3,14 5H
112,5 4,71 6K
150 6,28 8K
225 9,41 10K
300 12,55 15K
500 20,92 25K

Fusível - Religador (exemplo p. 98 ELB Proteção)


Religador - Fusível (exemplo p. 106 ELB Proteção)
Fusível - Relé (exemplo p. 113 ELB Proteção)
Seccionador - Religador (exemplo p. 121 ELB Proteção)
Fusível - Seccionador - Religador
Fusível - Seccionador - Relé
Religador - Religador
Religador - Relé

8.4.1 COORDENAÇÃO DE ELOS FUSÍVEIS


Princípios básicos

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1 - O tempo total de interrupção do elo protetor não deve ser maior que 75% do tempo
mínimo de fusão do elo protegido.
Os 25% são considerados devido ao fato do pré-aquecimento do elo devido à condução
de corrente antes do defeito.

2 - A corrente nominal do elo fusível de ramal deve ser no mínimo 150% do valor de carga
máxima do ramal e, no máximo 25% da corrente de curto-circuito fase-terra-mínimo no
final do trecho protegido por ele, considerando, se possível, o trecho para o qual ele é
proteção de retaguarda.

3 - O elo protegido deve coordenar com o elo protetor para o valor da máxima corrente de
curto-circuito no ponto de instalação do elo protetor.
Esta prática pode levar à utilização de elos protegidos de bitola elevada, sendo assim, o
elo protegido deve coordenar pelo menos para o valor da corrente de curto-circuito fase-
terra-mínimo (sistema a 3 fios) ou fase-terra (sistema a 4 fios) no ponto de instalação do
elo protetor.
Este procedimento é aceito devido ao fato do curto-circuito fase-terra-mínimo (ou fase-
terra) ser o que ocorre mais freqüentemente.

Figura 8-1 - Relação entre os tempos de interrupção dos fusíveis protetores e protegidos
onde
TTI = tempo total de interrupção;
TMF = tempo mínimo de fusão;
TEA = tempo de extinção de arco.

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Tabela 8-5 - Dados dos elos-fusíveis

Potência do transformador (kVA) Corrente do trafo Elo fusível Corrente do elo (A)
(A)
15 0,63 1H 1
30 1,26 2H 2
45 1,88 3H 3
75 3,14 5H 5
112,5 4,71 6K 9
150 6,28 8K 12

Tabela 8-6 - Tabela de coordenação de elos-fusíveis Tipo H e K


Elo
fusível Elo fusível protegido
Protetor
8K 10K 12K 15K 20K 25K 30K 40K 50K 65K 80K 100K 140K 200K
1H 125 230 380 510 650 840 1060 1340 1700 2200 2800 3900 5800 9200
2H 45 220 450 650 840 1060 1340 1700 2200 2800 3900 5800 9200
3H 45 220 450 650 840 1060 1340 1700 2200 2800 3900 5800 9200
5H 45 220 450 650 840 1060 1340 1700 2200 2800 3900 5800 9200
8H 45 220 450 650 840 1060 1340 1700 2200 2800 3900 5800 9200

Tabela 8-7 - Tabela de coordenação de elos-fusíveis Tipo K


Elo
fusível Elo fusível protegido
Protetor
8K 10K 12K 15K 20K 25K 30K 40K 50K 65K 80K 100K 140K 200K
6K 190 350 510 650 840 1060 1340 1700 2200 2800 3900 5800 9200
8K 210 440 650 840 1060 1340 1700 2200 2800 3900 5800 9200
10K 300 540 840 1060 1340 1700 2200 2800 3900 5800 9200
12K 320 710 1050 1340 1700 2200 2800 3900 5800 9200
15K 430 870 1340 1700 2200 2800 3900 5800 9200
20K 500 1100 1700 2200 2800 3900 5800 9200
25K 660 1350 2200 2800 3900 5800 9200
30K 850 1700 2800 3900 5800 9200
40K 1100 2200 3900 5800 9200
50K 1450 3500 5800 9200
65K 2400 5800 9200
80K 4500 9200
100K 2000 9100
140K 4000

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EXEMPLO DE COORDENAÇÃO
Os elos dos transformadores são obtidos diretamente da Tabela.
Baseado nas correntes de curto-circuito serão dimensionados os demais elos fusíveis do
exemplo, fazendo a devida coordenação.

A B C


3H 2H
φφ
φT 45 kVA 30 kVA
φTm
A1 6k C1

1H 112,5 kVA
15 kVA

A2 8k

150 kVA

Figura 8-2 - Diagrama unifilar do exemplo de coordenação

Dados da barra de 13,8 kV - Equivalente do sistema


Vbase = 13,8 kV Sbase = 100 MVA

Z1 = 0,3535 88,84o Z0 = 11,2320 90,00o

R1 = 7,1566*10-3 X1 = 353,4275*10-3 R0 = 0 X0 = 11,232

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Tabela 8-8 - Dados do exemplo de coordenação

Trecho Bitola Distância (km) R1 (pu) X1 (pu) R0 (pu) X0 (pu)


Subt. 4/0 HP 0,05 0,004385 0,002530 0,038250 0,005340
O-A 4/0 5,00 0,787650 1,073829 1,259714 4,953791
A-B 4/0 2,80 0,441084 0,601344 0,705440 2,774123
B-C 1/0 0,38 0,119922 0,086799 0,156138 0,381417
A-A1 4 0,40 0,319471 0,098719 0,358475 0,411510
A1-A2 4 0,54 0,431285 0,133270 0,483941 0,555539
C-C1 2 0,63 0,316257 0,149858 0,377491 0,638634

Tabela 8-9 - Resistências e reatâncias acumuladas

Ponto Bitola R1 (acumulado) X1 (acumulado) R0 (acumulado) X0 (acumulado)


Equiv. 0,007156 0,353428 0,000000 11,232000
Subt. 4/0 HP 0,011541 0,355958 0,038205 11,237340
A 4/0 0,799191 1,429787 1,297919 16,191131
B 4/0 1,240275 2,031131 2,003359 18,965254
C 1/0 1,360197 2,117930 2,159498 19,346671
A1 4 1,118662 1,528505 1,656394 16,602641
A2 4 1,549947 1,661776 2,140336 17,158180
C1 2 1,676454 2,267788 2,536988 19,985305

A Tabela a seguir apresenta as correntes de curto-circuito em pu e em Amperes. Para o


cálculo das correntes em Amperes utilizou-se como corrente de base 4,18 kA, calculado
no item Revisão de curto-circuito.

Tabela 8-10 - Correntes de curto-circuito do exemplo

Ponto CC 3φ CC φφ CC φT CC φTm CC 3φ CC φφ CC φT CC φTm


(pu) (pu) (pu) (pu) (A) (A) (A) (A)
A 0,61 0,53 0,16 0,10 2554 2212 651 411
B 0,42 0,36 0,13 0,09 1758 1522 535 365
C 0,40 0,34 0,12 0,09 1662 1439 521 358
A1 0,53 0,46 0,15 0,09 2209 1913 626 396
A2 0,44 0,38 0,14 0,09 1841 1594 594 377
C1 0,35 0,31 0,12 0,08 1483 1285 498 345

Suponha-se que a carga máxima deste circuito seja 10 A. O fator de demanda deste
circuito será portanto:

Dmax 3 * 13,8 * 10
f.d. = = ⇒f.d. = 0,68
Pot. Inst. 45 + 15 + + 150 + 30 + 112,5

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Deve-se observar que as vezes utilizam-se fatores de demanda diferentes ao longo do
circuito. Isso quando é conhecido que a carga de um certo ramal é muito elevada ou
muito baixa.

Determinação do fusível no ponto C

Carga do ramal C - C1

30 + 112,5
I= * 0,68⇒I = 4,05 A
3 * 13,8

Admitindo-se uma sobrecarga de 50% tem-se:

I = 4,05 * 1,5 ==> I = 6,07 A

Curto-circuito fase-terra-mínimo em C1

IφTm = 345 A

O elo no ponto C deve coordenar com o elo no ponto C1 pelo menos para 345A.

Da tabela de coordenação observa-se que o elo 6k coordena com 12k para até 350 A.
Portanto, deve-se utilizar em C 12k.

Verificação:

1,5 Icarga máxima ≤ Ielo ≤ IφTm / 4

6,07 ≤ Ielo ≤ 345 / 4

Determinação do fusível no ponto A1

Carga do ramal A1 - A2

15 + 150
I= * 0,68⇒I = 4,69 A
3 * 13,8

Admitindo-se uma sobrecarga de 50% tem-se:

I = 4,69 * 1,5 ==> I = 7,03 A

Curto-circuito fase-terra-mínimo em A2

IφTm = 377 A

O elo em A1 deve coordenar com o elo em A2 pelo menos para 377 A.

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Da tabela de coordenação observa-se que o elo 8k coordena com 15k para até 440 A.
Portanto deve-se utilizar em A1 15k.

Verificação:

1,5 Icarga máxima ≤ Ielo ≤ IφTm / 4

7,03 ≤ Ielo ≤ 377 / 4

Determinação do fusível no ponto A

Carga do ramal A - A2

45 + 15 + 150
I= * 0,68⇒I = 5,97 A
3 * 13,8

Admitindo-se uma sobrecarga de 50% tem-se:

I = 5,97 * 1,5 → I = 8,95 A

Curto-circuito fase-terra-mínimo em A1

IφTm = 396 A

O elo em A deve coordenar com o elo em A1 pelo menos para 396 A.

Das tabelas de coordenação observa-se que o elo 15k coordena com 25k para até 430 A.
Portanto deve-se utilizar em A 25k.

Verificação:

1,5 Icarga máxima ≤ Ielo ≤ IφTm / 4

8,95 ≤ Ielo ≤ 396 / 4

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1758
1522
535
365 1662
1439
A B C
521
25K 12K 358

3φ 2554
2212 3H 2H
φφ
φT 651 45 30
φTm 411
A1 6k C1 1483
2209 15K 1285
1913 498
626 345
1H 112,5 kVA
396 15

1845 A2 8k
1597
594 150 kVA
377
Figura 8-3 - Diagrama com os elos-fusíveis

8.5 EXERCÍCIOS PROPOSTOS


Na p.145 ELB tem um exemplo de coordenação para um subsistema grande.

EXERCÍCIO
Determinar os elos fusíveis a serem instalados nos pontos 1 e 2 (no sentido do ponto 3).
0 1

2 3

4
Figura 8-4 - Diagrama unifilar do exercício

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Tabela 8-11- Dados do exercício

Início do Fim do Trafo Carga CC 3φ CC 2φ CC φT CC


trecho trecho (kVA) (A) φTm
0 1 19 2000 1400 1100 600
1 2 8 1800 1300 900 500
2 3 45 2 1500 1100 750 390
2 4 6 1050
Obs.: 1)Os trafos estão localizados no final do trecho
Os valores de CC (curto circuito) referem-se ao final do trecho

EXERCÍCIO
Determinar os elos fusíveis da figura seguinte
1 2 3

15 kVA 45 kVA

4 6

15 kVA
15 kVA

45 kVA
Figura 8-5 - Circuito do exercício
Dados da barra de 13,8 kV - Equivalente do sistema

Vbase = 13,8 kV Sbase = 100 MVA

Z1 = 0,3535 88,84o Z0 = 11,2320 90,00o

R1 = 7,1566*10-3 X1 = 353,4275*10-3 R0 = 0 X0 = 11,232*10-3

Tabela 8-12 - Dados do exercício

Trecho Bitola Distância (km)


O-1 4/0 10
1-2 4/0 5
2-3 1/0 0,5
1-4 4 0,8
4-5 4 1
3-6 2 0,85

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Capítulo 9

9. DESEMPENHO DE SISTEMAS DE DISTRIBUIÇÃO

9.1 HISTÓRICO

De 1978 a 2000 e 2001 Î Portarias 046/78 e 047/78

Portaria 046/78
DEC - Duração equivalente de interrupção por consumidor
FEC - Freqüência equivalente de interrupção por consumidor

Resolução ANEEL 024 / 2000

Portaria 047/78
Níveis de tensão

Resolução ANEEL 505 / 2001

Portaria 031/80
Supridores
DEKS
FEKS

9.2 RESOLUÇÃO ANEEL Nº24 DE 27/01/2000 (ATUALIZA A PORTARIA 046/78)


A continuidade da distribuição de energia elétrica deverá ser supervisionada, avaliada e
controlada por meio de indicadores que expressem os valores vinculados a conjuntos de
unidades consumidoras e às unidades consumidoras individualmente consideradas.

Ver em anexo a íntegra da Resolução.

− Conjunto de Unidades Consumidoras


Qualquer agrupamento de unidades consumidoras, global ou parcial, de uma mesma área
de concessão de distribuição, definido pela concessionária ou permissionária e aprovado
pela ANEEL .
− Duração Equivalente de Interrupção por Unidade Consumidora ( DEC )
Intervalo de tempo que, em média, no período de observação, em cada unidade
consumidora do conjunto considerado ocorreu descontinuidade da distribuição de energia
elétrica.
− Duração de Interrupção Individual por Unidade Consumidora ( DIC )
Intervalo de tempo que, no período de observação, em cada unidade consumidora
ocorreu descontinuidade da distribuição de energia elétrica.
− Duração Máxima de Interrupção Contínua por Unidade Consumidora ( DMIC )

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Tempo máximo de interrupção contínua, da distribuição de energia elétrica, para uma
unidade consumidora qualquer.
− Freqüência Equivalente de Interrupção por Unidade Consumidora ( FEC )
Número de interrupções ocorridas , em média, no período de observação, em cada
unidade consumidora do conjunto considerado.
− Freqüência de Interrupção Individual por Unidade Consumidora ( FIC )
Número de interrupções ocorridas, no período de observação, em cada unidade
consumidora.

DOS INDICADORES DE CONTINUIDADE DE CONJUNTO


As concessionárias deverão apurar, para todos os seus conjuntos de unidades
consumidoras, os indicadores de continuidade a seguir discriminados:
I - Duração Equivalente de Interrupção por Unidade Consumidora ( DEC )
II - Freqüência Equivalente de Interrupção por Unidade Consumidora ( FEC ).

n n
∑ Ca i * t i ∑ Ca i
DEC = i = 1 FEC = i = 1
Cs Cs
onde
DEC - Duração equivalente de interrupção por consumidor
Cai - número de consumidores atingidos pela interrupção i
ti - tempo da interrupção i
CS - número total de consumidores do sistema
i - número de interrupções variando de 1 a n
FEC - Freqüência equivalente de interrupção por consumidor

DOS INDICADORES DE CONTINUIDADE INDIVIDUAIS


As concessionárias deverão apurar, em até 30 (trinta) dias, sempre que solicitado pelo
consumidor ou pela ANEEL, os indicadores a seguir discriminados:
I - Duração de Interrupção por Unidade Consumidora ( DIC )
n
DIC = ∑ t(i)
i =1

II - Freqüência de Interrupção por Unidade Consumidora ( FIC )

FIC = n

Onde:
DIC = Duração das Interrupções por Unidade Consumidora considerada, expressa em
horas e centésimos de hora;
FIC = Freqüência de Interrupções por Unidade Consumidora considerada, expressa em
número de interrupções;
i = Índice de interrupções da unidade consumidora, no período de apuração, variando de
1 a n;
n = Número de interrupções da unidade consumidora considerada, no período de
apuração; e

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t(i) = Tempo de duração da interrupção (i) da unidade consumidora considerada, no
período de apuração.

9.3 PORTARIA 031/80 - SUPRIMENTO

n n
∑ POTi * ti ∑ POTi
DEKS = i = 1 FEKS = i = 1
POTs POTs
onde
DEKS - Duração equivalente de interrupção em suprimento
POTi - potência interrompida do suprido, ou ponto de interligação, atingido na interrupção
“i”
ti - tempo da interrupção i
POTS - potência máxima registrada no período de apuração, referente ao suprido, ou
ponto de interligação
i - número de interrupções variando de 1 a n
FEKS - Freqüência equivalente de interrupção em suprimento

DEKSP e FEKSP - relativo a cada ponto de interligação


DEKSC e FEKSC - relativo a cada suprido englobando todos os pontos de interligação

Não considerar
< 1 minuto
Falha do suprido sem repercussão para outros

Apurar separado racionamento e/ou esquema regional de alívio de carga


Guardar por 36 meses
Apuração anual e trimestral

9.4 RESOLUÇÃO ANEEL N° 505 DE 26/11/2001


Estabelece, de forma atualizada e consolidada, as disposições relativas à conformidade
dos níveis de tensão de energia elétrica em regime permanente.
Ver em anexo a íntegra da Resolução.

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9.5 PORTARIA 163/93 - GRUPO DE TRABALHO PARA PROPOR NOVOS ÍNDICES


CAUSAS
Tabela 9-1 - Causas de interrupções

GRUPO SUPRIMENTO FORNECIMENTO


0 Externas ao conjunto Externas ao conjunto
1 Programadas Programadas
2 Fenômenos naturais e ambientais Fenômenos naturais
3 Falhas humanas Meio ambiente
4 Falhas em equipamento de potência Falhas humanas
5 Falhas em equipamentos de proteção e Falhas em equipamentos
controle
6 Outras Outras

Conjunto: alimentador de média tensão

SUPRIMENTO

n n
∑ Pi * ti ∑ Pi n
DREQ = i = 1 FREQ = i = 1 ENES = ∑ Ei
Dm Dm
i =1
onde
DREQ - Duração equivalente de interrupção
Pi - potência interrompida
ti - tempo da interrupção i
Dm - Demanda máxima verificada no período
i - número de interrupções variando de 1 a n
FREQ - Freqüência equivalente de interrupção
ENES - Energia interrompida
Ei - Valor estimado ou calculado da energia não fornecida na interrupção i

FORNECIMENTO

Quanto à continuidade

DEC - Exprime o espaço de tempo que, em média, cada consumidor do conjunto


considerado ficou privado do fornecimento de energia elétrica, no período de observação

FEC - Representa o número de interrupções que, em média, cada consumidor do


conjunto sofreu no período de observação

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n n
∑ Pi * ti ∑ Pi
DEP = i = 1 FEP = i = 1
Pc Pc

onde
DEP - Duração equivalente de interrupção por potência
Pi - potência interrompida
ti - tempo da interrupção i
Pc - Potência total instalada do conjunto considerado
i - número de interrupções variando de 1 a n
FEP - Freqüência equivalente de interrupção por potência

Número de interrupções de curta e longa duração - ICD / ILD

Tabela 9-2 - Interrupções de curta e longa durações

Intervalo
Interrupções ICD ILD
0 a 1 min 1 min a 1 h 1ha2h ... ≥8h Total
Quantidade

Quanto à conformidade

Cv
FEV =
Ca
onde
FEV - Freqüência equivalente de violação de tensão
Cv - número de consumidores com violação dos limites de tensão
Ca - número de consumidores da amostra

Representa a proporção de consumidores que receberam energia com níveis de tensão


de fornecimento fora dos limites legais

z Tg − Tl
∑ Tf
g =1
NEV =
z

NEV - Nível equivalente de violação de tensão


Tg - nível de tensão medido fora dos limites estabelecidos em Portaria
Tl - nível de tensão limite, superior ou inferior
Tf - nível de tensão de fornecimento
z - número de violações, superior ou inferior
g = contador do número de violação, variando de 1 a z

Exprime a média dos níveis de tensão fora dos limites legais, referenciada à tensão de

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fornecimento, dos consumidores considerados no FEV

2
z  Tg − Tl 
 
∑  T − NEV 
g = 1 f 
VEV = z -1
NEV

VEV - Dispersão ou variação equivalente de violação de tensão

Representa a variação relativa do NEV, significando o grau de dispersão de cada medida,


em torno da média NEV. Exprime o desvio padrão relativo à média NEV
Cv x
∑ ∑ dvu
DEV = v = 1u = 1
Cv
DEV - Duração equivalente de violação de tensão
dvu - tempo de permanência da tensão de fornecimento fora dos limites preconizados,
referente a cada consumidor v, desde que maior ou igual a 5 minutos
x - número de situações seqüenciais do consumidor v, que violaram os limites
preconizados da tensão de fornecimento e com durações maiores ou iguais a 5 minutos,
para um ciclo de 24 horas
u - contador do número de situações seqüenciais do consumidor v, que violaram os
limites preconizados da tensão de fornecimento e com durações maiores ou iguais a 5
minutos, para um ciclo de 24 horas, variando de 1 a x

Exprime a média dos espaços de tempo de ultrapassagem dos limites legais de tensão de
cada consumidor, com duração igual ou superior a 5 minutos, no período de observação
de 24 horas

Quanto à satisfação do consumidor

SAC - Índice de satisfação do consumidor


É traduzido por um conjunto de indicadores estatísticos, realizados através de pesquisa
de opinião junto aos envolvidos, no sentido de avaliar a percepção dos consumidores
quanto à qualidade da prestação de serviço dos consumidores, contemplando os
aspectos de continuidade e de conformidade

APURAÇÃO
SUPRIMENTO

Abrangência: AT e MT
DREQ - FREQ - ENES
− Por empresa origem, em uma empresa suprida do sistema, por causa de
responsabilidade da empresa origem
− Por empresa origem, em uma empresa suprida do sistema, por todas as causas de
responsabilidade da empresa origem
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− Em uma empresa suprida do sistema, por todas as empresas origem, por todas as
causas
− Por empresas origem, em todas as empresas supridas do sistema, por todas as causas
Periodicidade: Mensal, trimestral e anual

FORNECIMENTO

DEC - FEC - DIC - FIC


Abrangência:
Quando conjunto: MT
Quando consumidor individual: global
− Por causa, por conjunto e por empresa

DEP - FEP
Abrangência: por conjunto (MT)
− Por causa, por conjunto e por empresa

ILD
Abrangência: MT
− Por conjunto / duração
− Por conjunto
− Por empresa / duração
− Por empresa

ICD
Abrangência: MT - todas as interrupções < 1 minuto
− Por conjunto
− Por empresa
Periodicidade: mensal, trimestral e anual
Trimestral e anual - consumidores e potência: média dos meses e trimestres

DIC e FIC - solicitação da ANEEL ou dos consumidores


FEV - NEV - VEV - DEV
Por empresa
Abrangência: BT, MT e AT
Periodicidade: anual

Satisfação do consumidor
Questionários
I - Residencial
II - Industrial e Comercial e Serviços atendidos em BT
III - Industrial e Comercial e Serviços atendidos em AT
Periodicidade: anual

Amostra

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_
N*S*S
Ca =
_
(N - 1)ε 2 + (S * S)
4
onde
Ca - tamanho da amostra
N - tamanho do universo considerado
S - proporção da população com características consideradas semelhantes
_
S - proporção da população c/ características não semelhantes àquelas de S
ε - erro amostral

_
S+S=1
Tamanhos de amostra para erros de 1%, 2%, 3%, 4%, 5% e 10%
Hipótese: S = 0,5 e grau de confiança = 95%
Tabela 9-3 - Tamanhos de amostra

Tamanho da amostra para as margens de erros indicados


Universo 1% 2% 3% 4% 5% 10%
500 476 417 345 278 222 83
1.000 909 714 527 385 286 91
1.500 1.304 938 639 441 316 94
2.000 1.667 1.111 715 476 333 95
5.000 3.334 1.667 909 556 370 98
10.000 5.000 2.000 1.000 588 385 99
15.000 6.000 2.143 1.035 600 390 99
50.000 8.333 2.381 1.087 617 397 100
100.000 9.091 2.439 1.099 621 398 100
infinito 10.000 10.000 1.111 625 400 100

Exemplo:

S = 0,5 S = 0,5 N = 5000 ε = 5% ⇒

5000 * 0,5 * 0,5


Ca = = 370
(5000 - 1) * (0,05)2 + (0,5 * 0,5)
4
_
4*S*S
lim C a =
N→ ∞ ε2

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9.6 EXEMPLO RESOLVIDO

Calcular os indicadores DEC, FEC, DEP e FEP utilizando os dados da tabela a seguir.
Estes cálculos podem ser feitos por conjuntos de consumidores, por alimentadores, por
causas, para toda a empresa, etc

Tabela 9-4 - Cálculos auxiliares para determinação dos índices

Hora início Hora fim Cons ating. Pot. interr. Dura- Tempo Ca * t Pot * t
ção (h)
10:25 11:48 152 75 01:23 1,383 210,3 103,8
09:14 10:13 95 45 00:59 0,983 93,4 44,3
08:58 09:15 36 15 00:17 0,283 10,2 4,3
12:55 13:47 310 150 00:52 0,867 268,7 130,0
14:20 16:20 470 225 02:00 2 940,0 450,0
15:02 19:22 680 300 04:20 4,333 2.946,7 1.300,0
19:00 20:19 320 145 01:19 1,317 421,3 190,9
18:44 22:14 1.050 500 03:30 3,5 3.675,0 1.750,0
11:45 14:59 550 265 03:14 3,233 1.778,3 856,8
10:48 15:03 380 175 04:15 4,25 1.615,0 743,8
Totais 4.043 1.895 11.958,9 5.573,8

Dados: Cs = 3000 consumidores


Pot inst. = 1500

DEC = 11.958,9 / 3.000 = 3,98

FEC = 4.043 / 3.000 = 1,35

DEP = 5.573.8 / 1.500 = 3,72

FEP = 1.895 / 1.500 = 1,26

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9.7 EXEMPLO RESOLVIDO


Considere as tensões máximas e mínimas de 10 consumidores selecionados conforme
indicado na figura a seguir:
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
238

232 232 233


229

227 228
226
225 223
220
219
218
215

205 204
201

198 197
196 196

194 194
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
Cálculo do FEV
FEV = 7 / 10

Cálculo do NEV e do VEV


Tabela 9-5 - Cálculos do NEV e do VEV

Consumidor Valor medido Limites Diferença pu


1 196 201 5 0,0227
2
3 232 229 3 0,0136
4 238 229 9 0,0409
5 194 201 7 0,0318
6
7 233 229 4 0,0181
7 197 201 4 0,0181
8 194 201 7 0,0318
9
10 196 201 5 0,0227

Média dos valores em pu (NEV) = 0,0249


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Desvio padrão = 0,0091
VEV = Desvio / Média = 0,0091 / 0,0249 = 0,3659

9.8 EXEMPLO RESOLVIDO


Suponha 2 concessionárias para as quais na apuração do NEV foram obtidos os
seguintes valores em pu:
Tabela 9-6 - Dados das concessionárias A e B do exemplo

Conc. A 0,01 0,02 0,05 0,04 0,18 0,19 0,20 0,15


Conc. B 0,1 0,1 0,1 0,1 0,1 0,15 0,1 0,09

NEV (A) = 0,105 NEV (B) = 0,105


Desvio padrão (A) = 0,08229 Desvio padrão (B) = 0,01852
VEV (A) = 0,7837 VEV (B) = 0,1763

9.9 EXEMPLO RESOLVIDO


Exemplo de cálculo do DEV
Tabela 9-7 - Somas dos tempos de violação

Consumidores Soma dos tempos de violação


1 35
2 46
3 12
4 78
5 11

DEV = 182 / 5
DEV = 36,4

9.10 CONCEITOS DE MEDIDAS DE CONFIABILIDADE


(p. 73 ELB Desempenho)
− Itens reparáveis
− Itens não-reparáveis
− Confiabilidade
− Taxas de falhas
− Tempo médio entre falhas
− Tempo médio até a falha
− Tempo médio de reparo
− Vida média
− Exemplos de aplicação
− Aplicação ao cálculo das medidas de confiabilidade de itens não-reparáveis
− Aplicação ao cálculo das medidas de confiabilidade de itens reparáveis

161 Versão preliminar (Agosto / 2006)


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9.11 EXERCÍCIOS PROPOSTOS

EXERCÍCIO 1
Considere as tensões máximas e mínimas de 10 consumidores selecionados conforme
indicado na figura a seguir. Calcule o FEV, o NEV e o VEV.

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10

240

233
230 229

227 228
226
224 223
221 220

219
215
207
203 205 203 205
202 201

197
195 196

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10

EXERCÍCIO 2
Suponha 2 concessionárias para as quais na apuração do NEV foram obtidos os
seguintes valores em pu. Calcule o NEV e o VEV para as 2 concessionárias
Tabela 9-8 - Dados do exercício

Conc. A 0,04 0,07 0,06 0,03 0,12 0,05 0,02 0,10


Conc. B 0,03 0,02 0,03 0,01 0,02 0,03 0,15 0,19

EXERCÍCIO 3
Calcule o DEV considerando os dados da tabela a seguir:

Tabela 9-9 - Dados do exercício

Consumidores A B C D E F G H I J
Soma dos tempos de 43 12 15 77 45 21 66 35 48 68
violação

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Capítulo 10

10. MEDIÇÃO E COMERCIALIZAÇÃO DE ENERGIA EM SISTEMAS DE


DISTRIBUIÇÃO

10.1 ASPECTOS GERAIS


− Definições
− Unidade consumidora
− Ponto de entrega
− etc
− Tipos de unidades consumidoras
− Classificação das unidades consumidoras
− Tipos de medições
− Contratos de fornecimento, prazos para ligação
− Opções de faturamento
− Leitura e entrega de contas (novas tecnologias disponíveis)
− Suspensão do fornecimento e religação
− Fornecimento provisório
− Análise e aprovação de projetos
− Alteração na carga
− Custos das atividades

10.2 RESOLUÇÃO 456/2000 CONDIÇÕES GERAIS DE FORNECIMENTO DE


ENERGIA ELÉTRICA (29/11/2000)
Ver texto completo da Resolução em anexo.

10.3 UNIVERSALIZAÇÃO
Antes Î Portaria DNAEE nº 005 de 11/01/90

Depois Î Resolução ANEEL nº 223, DE 29 DE ABRIL DE 2003.

Estabelece as condições gerais para elaboração dos Planos de Universalização de


Energia Elétrica visando ao atendimento de novas unidades consumidoras ou aumento de
carga, regulamentando o disposto nos arts. 14 e 15 da Lei no 10.438, de 26 de abril de
2002, e fixa as responsabilidades das concessionárias e permissionárias de serviço
público de distribuição de energia elétrica.

Ver texto completo da Resolução em anexo.

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Capítulo 11

11. TARIFAS DE ENERGIA ELÉTRICA EM SISTEMAS DE DISTRIBUIÇÃO

11.1 ASPECTOS GERAIS


− Tarifas de fornecimento
− Tarifas de suprimento
− Tarifas de fornecimento horo-sazonais (Azul e Verde)
− Tarifas do Grupo A - Convencional
− Tarifas do Grupo B - Convencional
− Período seco
− Período úmido
− Cobrança de ICMS
− Tarifas monômias e binômias
− Energia e demanda
− Horário de ponta de carga
− Sistemas de tarifação: pelo custo do serviço, pelo preço, pelo custo marginal
− Custos envolvidos

TARIFAS

Grupo A Grupo B
A1 => 230 kV ou mais B1 => Residencial
A2 => 88 a 138 kV B2 => Rural
A3 => 69 kV B3 => Não residencial nem rural
A3a => 30 a 44 kV B4 => Iluminação pública
A4 => 2,3 a 25 kV
AS => subterrâneo

Os valores a seguir são apenas ilustrativos.

Ressalta-se ainda que os consumidores estão em processo de reenquadramento como


baixa renda em função de mudança nos critérios.

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Consumo ICMS R$/kWh
B1 - Res. Baixa Até 30 kWh Isento 0,0799000
Renda até 50 kWh De 31 a 50 kWh Isento 0,1369700
B1 - Residencial Até 30 kWh 12% 0,0907954
Baixa Renda De 31 a 100 kWh 12% 0,1556477
51 a 180 kWh De 101 a 180 kWh 12% 0,2334886

B1 - Residencial até 50 kWh Isento 0,2349000


B1 - Residencial de 51 a 200 kWh 12% 0,2669318
B1 - Residencial de 201 a 300 kWh 17% 0,2830120
B1 - Residencial de 301 a 500 kWh 21% 0,2973417
B1 - Residencial acima de 500 kWh 25% 0,3132000

Tarifa Horo-Sazonal Azul


Comercial/Industrial acima de 1000 kWh Demanda - R$/kW Consumo - R$/kWh
Poder Público acima de 500 kWh ICMS Ponta Fora de Ultrapas. Ultrapas. Ponta Ponta F. de ponta F. de ponta
Demais classes: qualquer consumo Ponta na ponta f. de ponta seca úmida seca úmida
A2 - Comercial/Industrial 21% 18,3417721 4,2151898 67,9493670 15,5063291 0,1029113 0,0959873 0,0737215 0,0676455
A2 - Poder Público 25% 19,3200000 4,4400000 71,5733333 16,3333333 0,1084000 0,1011066 0,0776533 0,0712533
A2 - Saneamento (redução de 15%) 17% 14,8391566 3,4102409 54,9734939 12,5451807 0,0832590 0,0776572 0,0596433 0,0547277
A3a - Saneamento (redução de 15%) 17% 23,2572289 7,7421686 78,2716867 26,0939759 0,1525698 0,1412228 0,0725572 0,0641186
A4 - Comercial/Industrial 21% 29,7721518 9,9113924 89,4303797 29,7721518 0,1955063 0,1809746 0,0929746 0,0821645
A4 - Poder Público 25% 31,3600000 10,4400000 94,2000000 31,3600000 0,2059333 0,1906266 0,0979333 0,0865466
A4 - Saneamento (redução de 15%) 17% 24,0867469 8,0186746 72,3524096 24,0867469 0,1581716 0,1464150 0,0752198 0,0664740
A4 - Rural (redução de 10%) 17% 25,5036144 8,4903614 76,6084337 25,5036144 0,1674759 0,1550277 0,0796445 0,0703843
A4 - Madrugada (redução de 80%) 17% - - - - 0,0372168 0,0344506 0,0176987 0,0156409
A4 - Cooperativa (redução de 50%) 17% 14,1686746 4,7168674 42,5602409 14,1686746 0,0930421 0,0861265 0,0442469 0,0391024
AS - Comercial/Industrial 21% 29,7721518 15,2405063 93,5949367 45,7088607 0,2046455 0,1893797 0,0972911 0,0859493
AS - Poder Público 25% 31,3600000 16,0533333 98,5866666 48,1466666 0,2155600 0,1994800 0,1024800 0,0905333

Tarifa Horo-Sazonal Verde

Comercial/Industrial acima de 1000 kWh Demanda - R$/kW Consumo - R$/kWh


Poder Público acima de 500 kWh ICMS Normal Ultrapas. Ponta Ponta F. de ponta F. de ponta
Demais classes: qualquer consumo seca úmida seca úmida
A4 - Comercial/Industrial 21% 9,9113924 29,7721518 0,8847721 0,8702531 0,0929746 0,0821645
A4 - Poder Público 25% 10,4400000 31,3600000 0,9319600 0,9166666 0,0979333 0,0865466
A4 - Saneamento (redução de 15%) 17% 8,0186746 24,0867469 0,7158126 0,7040662 0,0752198 0,0664740
A4 - Rural (redução de 10%) 17% 8,4903614 25,5036144 0,7579192 0,7454819 0,0796445 0,0703843
A4 - Madrugada (redução de 80% no consumo) 17% - - - - 0,0176987 0,0156409
A4 - Cooperativa (redução de 50%) 17% 4,7168674 14,1686746 0,4210662 0,4141566 0,0442469 0,0391024
AS - Comercial/Industrial 21% 15,2405063 45,7088607 0,9258987 0,9107341 0,0972911 0,0859493
AS - Poder Público 25% 16,0533333 48,1466666 0,9752800 0,9593066 0,1024800 0,0905333

11.2 TARIFAS HORO-SAZONAIS AZUL E VERDE


Fonte: Manual de orientação ao consumidor CODI - CEB

Conceitos:

Horário de ponta
Horário fora de ponta

165 Versão preliminar (Agosto / 2006)


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Período seco: maio a novembro
Período úmido: dezembro a abril
Horário de ponta em período seco
Horário de ponta em período úmido
Horário fora de ponta em período seco
Horário fora de ponta em período úmido

Tarifa convencional
− Demanda de potência (kW)
preço único
− Consumo de energia (kWh)
preço único

Tarifa Azul
− Demanda de potência (kW)
um preço para a ponta
um preço para fora da ponta
− Consumo de energia (kWh)
um preço para a ponta em período úmido
um preço para fora da ponta em período úmido
um preço para a ponta em período seco
um preço para fora da ponta em período seco

Tarifa Verde
− Demanda de potência (kW)
preço único
− Consumo de energia (kWh)
um preço para a ponta em período úmido
um preço para fora da ponta em período úmido
um preço para a ponta em período seco
um preço para fora da ponta em período seco

Aplicação das tarifas


Unidades consumidoras do Grupo A

Unidades consumidoras atendidas em tensão igual ou superior a 69 kV Î Tarifa azul

unidades consumidoras atendidas em tensão inferior a 69 kV, com demanda igual ou


superior a 300 kW Î Tarifas azul ou verde

unidades consumidoras atendidas em tensão inferior a 69 kV que apresentarem nos


últimos 11 ciclos de faturamento 3 medidas de demanda consecutivas ou 6 alternadas
iguais ou superiores a 300 kW Î Tarifas azul ou verde

unidades consumidoras atendidas em tensão inferior a 69 kV com demanda contratada


inferior a 300 kW Î Tarifas convencional, azul ou verde

O consumidor poderá optar pelo retorno à estrutura tarifária convencional, desde que seja

166 Versão preliminar (Agosto / 2006)


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verificado, nos últimos 11 (onze) ciclos de faturamento, a ocorrência de 9 (nove) registros,
consecutivos ou alternados, de demandas medidas inferiores a 300 kW

Tarifa de ultrapassagem
Tarifa aplicada à parcela da demanda medida que ultrapassar o valor da demanda
contratada, respeitados os limites de tolerância

Limites de tolerância
− 5% para unidade consumidora atendida em tensão de fornecimento igual a ou superior
a 69 kV (Tarifa azul)
− 10% para unidade consumidora atendida em tensão de fornecimento inferior a 69 kV

Superados os limites caberá a aplicação da tarifa de ultrapassagem em toda a parcela


que exceder a respectiva demanda contratada

Faturamento

Tarifa convencional
− Demanda
− FD = Dfat * TD
onde
FD = faturamento da demanda
Dfat = demanda faturável
TD = tarifa de demanda
Dfat = Maior valor entre:
Demanda contratada
A maior potência demandada verificada por medição
85% da maior demanda registrada nos últimos 11 meses (exceto Rural ou
Sazonal)
10% da maior demanda nos últimos 11 meses (Rural ou Sazonal)

− Tarifa de Ultrapassagem
− FD = DC * TD + (DM-DC) * TU
onde
DC = Demanda contratada
DM = Demanda medida
TU = tarifa de ultrapassagem

− Consumo
− FC = C * TC
onde
FC = faturamento do consumo
C = consumo medido
TC = tarifa de consumo

Tarifa azul
− Demanda

167 Versão preliminar (Agosto / 2006)


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− FD = Dfatp * TDp + Dfatfp * TDfp
onde
Dfat = Maior valor entre:
Demanda contratada
A maior potência demandada verificada por medição
10% da maior demanda nos últimos 11 meses (Rural ou Sazonal)
TDp = tarifa de demanda de ponta
TDfp = tarifa de demanda fora de ponta

− Tarifa de Ultrapassagem
− FD = FDp + FDfp
onde
FDp = faturamento de demanda de ponta
FDfp = faturamento de demanda fora de ponta

− FDp = DCp * TDp + (DMp-DCp) * TUp


onde
DCp = demanda contratada de ponta
DMp = demanda medida no horário de ponta
TUp = Tarifa de ultrapassagem para a ponta

− FDfp = DCfp * TDfp + (DMfp-DCfp) * TUfp


onde
Similar ao anterior, porém fora de ponta

− Consumo
− FC = Cp * TCp + Cfp * TCfp
onde
Cp = consumo medido no horário de ponta
TCp = tarifa de consumo no horário de ponta
As variáveis com índice fp referem-se a fora da ponta

Tarifa verde
− Demanda
− FD = Dfat * TD
onde
Dfat = Maior valor entre:
Demanda contratada
A maior potência demandada verificada por medição
10% da maior demanda nos últimos 11 meses (Rural ou Sazonal)

− Tarifa de Ultrapassagem
− FD = DC * TD + (DM-DC) * TU

− Consumo
− FC = Cp * TCp + Cfp * TCfp

168 Versão preliminar (Agosto / 2006)


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Valor total (importe do fornecimento)

I = FD + FC

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11.2.1 EXEMPLO RESOLVIDO

Fonte: Manual de orientação ao consumidor CODI - CEB


500

450

400

350

300
Carga (kW)

250

200

150

100

50

0
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23
Horas

Figura 11-1 - Curva de carga antes

Tabela 11-1 - Dados de carga

Horas Consumo
Ponta Fora Total Ponta Fora Total
Carga 1 150 3 13 16 450 1.950 2.400
Carga 2 150 1 12 13 150 1.800 1.950
Carga 3 30 3 14 17 90 420 510
Carga 4 20 0 13 13 0 260 260
Carga 5 10 0 8 8 0 80 80
Carga 6 20 0 9 9 0 180 180
Carga 7 20 1 4 5 20 80 100
Carga 8 40 2 12 14 80 480 560
Carga 9 20 2 12 14 40 240 280
Carga 10 20 0 11 11 0 220 220
Carga 11 20 3 14 17 60 280 340
Carga 12 10 1 11 12 10 110 120
Total 510 900 6.100 7.000

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Demanda (kW) Ponta 440


Fora de ponta 490
Consumo (kWh) Ponta 19.800
Fora de ponta 134.200

Tarifa convencional
FTC = Dfat * TD + C * TC

Tarifa azul
FTA = Dfatp * TDp + Dfatfp * Tdfp + Cp * TCp + Cfp * TCfp

Tarifa verde
FTV = Dfat * TD + Cp * TCp + Cfp * TCfp

Tarifa convencional
TD = 5,82 R$ / kW
TC = 0,0852 R$ / kWh
FTC = 15.972,60

Tarifa azul
TDp = 15,38 R$ / kW
TDfp = 5,13 R$ / kW
TCp = 0,1009 R$ / kWh
TCfp = 0,0480 R$ / kWh
FTA = 17.720,32

Tarifa verde
TD = 5,13 R$ / kW
TCp = 0,4567 R$ / kWh
TCfp = 0,0480 R$ / kWh
FTV = 17.997,96

Convencional 15.972,60
Azul 17.720,32
Verde 17.997,96

171 Versão preliminar (Agosto / 2006)


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500

450

400

350

300
Carga (kW)

250

200

150

100

50

0
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23
Horas

Figura 11-2 - Curva de carga - Situação 2

Tabela 11-2 - Dados de carga - Situação 2

Horas Consumo
Ponta Fora Total Ponta Fora Total
Carga 1 150 2 14 16 300 2.100 2.400
Carga 2 150 0 13 13 0 1.950 1.950
Carga 3 30 3 14 17 90 420 510
Carga 4 20 0 13 13 0 260 260
Carga 5 10 0 10 10 0 100 100
Carga 6 20 0 9 9 0 180 180
Carga 7 20 0 4 4 0 80 80
Carga 8 40 0 14 14 0 560 560
Carga 9 20 0 14 14 0 280 280
Carga 10 20 0 11 11 0 220 220
Carga 11 20 3 14 17 60 280 340
Carga 12 10 0 12 12 0 120 120
Total 510 450 6.550 7.000

Demanda (kW) Ponta 200


172 Versão preliminar (Agosto / 2006)
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Fora de ponta 490
Consumo (kWh) Ponta 9.900
Fora de ponta 144.100

Tarifa convencional
TD = 5,82 R$ / kW
TC = 0,0852 R$ / kWh
FTC = 15.972,60

Tarifa azul
TDp = 15,38 R$ / kW
TDfp = 5,13 R$ / kW
TCp = 0,1009 R$ / kWh
TCfp = 0,0480 R$ / kWh
FTA = 13.505,41

Tarifa verde
TD = 5,13 R$ / kW
TCp = 0,4567 R$ / kWh
TCfp = 0,0480 R$ / kWh
FTV = 13.951,83

Convencional 15.972,60
Azul 13.505,41
Verde 13.951,83

173 Versão preliminar (Agosto / 2006)


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500

450

400

350

300
Carga (kW)

250

200

150

100

50

0
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23
Horas

Figura 11-3 - Curva de carga - Situação 3

Tabela 11-3 - Dados de carga - Situação 3

Horas Consumo
Ponta Fora Total Ponta Fora Total
Carga 1 150 1 15 16 150 2.250 2.400
Carga 2 150 0 13 13 0 1.950 1.950
Carga 3 30 1 16 17 30 480 510
Carga 4 20 1 12 13 20 240 260
Carga 5 10 1 7 8 10 70 80
Carga 6 20 1 8 9 20 160 180
Carga 7 20 0 5 5 0 100 100
Carga 8 40 1 13 14 40 520 560
Carga 9 20 0 14 14 0 280 280
Carga 10 20 0 11 11 0 220 220
Carga 11 20 1 16 17 20 320 340
Carga 12 10 1 11 12 10 110 120
Total 510 300 6.700 7.000

Tarifa convencional
174 Versão preliminar (Agosto / 2006)
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TD = 5,82 R$ / kW
TC = 0,0852 R$ / kWh
FTC = 15.972,60

Tarifa azul
TDp = 15,38 R$ / kW
TDfp = 5,13 R$ / kW
TCp = 0,1009 R$ / kWh
TCfp = 0,0480 R$ / kWh
FTA = 14.868,84

Tarifa verde
TD = 5,13 R$ / kW
TCp = 0,4567 R$ / kWh
TCfp = 0,0480 R$ / kWh
FTV = 12.603,12

Convencional 15.972,60
Azul 14.868,84
Verde 12.603,12

11.2.2 EXEMPLO RESOLVIDO

Adaptado do artigo
Elevação de tensão para 138 kV garante retorno econômico para indústria
Revista Eletricidade Moderna Outubro / 97 pag 98

Situação Original Situação Proposta


A4 (2,3 a 25 kV) A2 (138 kV)

Necessário: Investimento em Linha de transmissão e Subestação


Doação da LT para a Concessionária

Vantagens
Consumidor: Confiabilidade maior
Possibilidade de aumento de carga
Redução na conta de energia

Concessionária: Aumentar o faturamento a médio prazo


Liberar demanda no circuito de MT
(Adiar investimento)
Receber a LT

Investidores: Oportunidade de negócios


(ESCOs)

Portaria 466 de 12/11/97 (Na época em vigor)

175 Versão preliminar (Agosto / 2006)


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Condições Gerais de fornecimento de Energia Elétrica

Dos Limites de Fornecimento


Art 3o Competirá ao Concessionário estabelecer e informar ao interessado a tensão de
fornecimento para a unidade consumidora, com observância dos seguintes limites:
I- Tensão secundária de distribuição (Grupo B):
Quando a carga instalada na unidade consumidora for igual ou inferior a 50 kW
II - Tensão primária de distribuição (Grupo A)
Quando a carga instalada na unidade consumidora for superior a 50 kW e a
demanda de potência, contratada ou estimada pelo interessado, para o
fornecimento, for igual ou inferior a 2500 kW
III - Tensão de transmissão (Grupo A)
Quando a demanda de potência, contratada ou estimada pelo interessado, para o
fornecimento, for superior a 2500 kW

Atualmente:
Resolução n° 456 / 2000 ANEEL
Art. 6º Competirá a concessionária estabelecer e informar ao interessado a tensão de
fornecimento para a unidade consumidora, com observância dos seguintes limites:
I - tensão secundária de distribuição: quando a carga instalada na unidade consumidora
for igual ou inferior a 75 kW;
II - tensão primária de distribuição inferior a 69 kV: quando a carga instalada na unidade
consumidora for superior a 75 kW e a demanda contratada ou estimada pelo interessado,
para o fornecimento, for igual ou inferior a 2.500 kW; e
III - tensão primária de distribuição igual ou superior a 69 kV: quando a demanda
contratada ou estimada pelo interessado, para o fornecimento, for superior a 2.500 kW.
Parágrafo único. Quando se tratar de unidade consumidora do Grupo “A”, a informação
referida no “caput” deste artigo deverá ser efetuada por escrito.

CONTA DE ENERGIA ANTES E APÓS

Tabela 11-4 - CONTA DE ENERGIA ANTES E APÓS

Valor Tarifa A4 R$ * 1000 Tarifa A2 R$ * 1000


R$/kW e R$/kW e
R$/MWh R$/MWh
Demanda de 4.000 kW 15 60 9 36
ponta
Demanda fora 4.700 kW 5 24 2 9
da ponta
Consumo de 220 MWh 100 22 52 12
ponta
Consumo fora 2.000 MWh 48 96 38 76
da ponta
202 133

Investimentos necessários: R$ 1,3 milhão (SE de 7,5 MVA)


Economias mensais: R$ 68 mil

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Tempo de retorno do investimento considerando 10% ao ano = 21 meses

Condições: Durante 5 anos 90 % da economia na conta fica com a ESCO e 10% para o
consumidor

Mecanismo de proteção para:


Variações no consumo de eletricidade
Variações entre as tarifas A2 e A4
Transformar o contrato previsto para 5 anos em um montante equivalente total de energia
em kWh.
Cada mês a economia seria convertida em kWh (daquele mês).
Quando a soma dos kWh convertidos mensalmente alcançasse o montante equivalente
total o contrato se encerraria.
Havendo redução de consumo de energia do cliente, as economias mensais
diminuem e, na mesma proporção os kWh convertidos. O contrato fica mais longo.
Havendo aumento na distância entre as tarifas A2 e A4 as economias mensais se
elevarão. O contrato se encerrará mais rapidamente. Todos ganham se a produção
aumenta.

Calcular quanto deve ser o aumento na energia ou demanda para que a Concessionária
tenha o mesmo faturamento anterior.

Hipótese:
Considerar percentuais diferentes para as 4 parcelas formadoras da fatura:
Demanda de ponta
Demanda fora de ponta
Consumo de ponta
Consumo fora de ponta

Fazer uma análise mais detalhada do ponto de vista da Concessionária:


Perdas: Diminuição na receita
Ganhos: Incorporação da LT ao patrimônio
Adiamento de investimentos na MT (que liberou demanda)
Redução na compra de energia

11.2.3 EXERCÍCIOS PROPOSTOS


EXERCÍCIO
Com os dados do exemplo dado em aula, em que o consumidor passou da Tarifa A4 para
a Tarifa A2, calcular quanto deve ser o aumento na energia (ponta e fora de ponta) ou na
demanda (ponta e fora de ponta) para que a Concessionária tenha o mesmo faturamento
mensal anterior.
Considerar cada um dos casos separadamente.

11.3 ENERGIA REATIVA EXCEDENTE


− A Potência ativa efetivamente realiza trabalho gerando calor, luz, movimento, etc.
− A potência reativa usada apenas para criar e manter os campos eletromagnéticos das

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cargas indutivas.
− A legislação estabelece um nível máximo para utilização de reativo indutivo ou
capacitivo limitado pelo fator de potência mínimo de 0,92.
− Para cada kWh de energia ativa consumida a concessionária permite a utilização de
0,425 kVAr de energia reativa indutiva ou capacitiva.
− Para alimentar uma carga de 1 kW com fator de potência igual a 0,70 são necessários
1,43 kVA. Para a mesma carga de 1 kW com fator de potência de 0,92 são necessários
apenas 1,09 kVA, ou seja 24% a menos.

− Causas mais comuns da ocorrência de baixo fator de potência:


− Motores e transformadores operando em vazio ou com pequenas cargas
− Motores e transformadores superdimensionados
− Grande quantidade de motores de pequena potência
− Máquinas de solda
− Lâmpadas de descarga: fluorescentes, vapor de mercúrio, vapor de sódio - sem
reatores de alto fator de potência
− Excesso de energia reativa capacitiva

11.3.1 EFEITOS NAS PERDAS


− Quantidades elevadas de energia reativa provocam o aumento da corrente total que
circula nas redes de distribuição. As perdas são proporcionais ao quadrado da corrente
total. Logo, baixo fator de potência guarda relação direta com aumento nas perdas.
− Exemplo: Unidade consumidora com consumo anual de 50MWh/ano, fator de potência
de 0,8 e perdas globais de 6% (3 MWh/ano). Elevando-se o fator de potência para 0,92
as perdas serão reduzidas para 4,54% (24,4%)

 FP2 
 inicial 
Redução das perdas (%) = 1 -  * 100
 FP 2 
 final 

11.3.2 EFEITOS NA QUEDA DE TENSÃO


− O aumento na corrente provocado pelo aumento na potência reativa aumenta a queda
de tensão nas redes

11.3.3 IMPLICAÇÕES NA CAPACIDADE INSTALADA


− Supondo-se uma carga com potência ativa de 1000 kW. A potência do transformador
(kVA) necessário para atender a esta carga será função direta do fator de potência.

Tabela 11-5 - Implicações na potência instalada

Fator de Potência Potência do transformador (kVA)


0,70 1428
0,80 1250
0,85 1176
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0,92 1087

11.3.4 IMPLICAÇÕES NAS SEÇÕES DOS CONDUTORES


− Com o aumento da corrente para que não se aumente as perdas é necessário que se
utilize condutores de seções maiores.

Tabela 11-6 - Implicações nas seções dos condutores

Seção relativa Fator de potência


1,00 1,00
1,23 0,90
1,56 0,80
2,04 0,70
2,78 0,60
4,00 0,50
6,25 0,40
11,11 0,30

 
 1 
Seção relativa =  
 (Fator de Potência)2 
 

11.3.5 CORREÇÃO DO FATOR DE POTÊNCIA


− Compensação individual
− Compensação por grupos de cargas
− Compensação geral
− Compensação na entrada da energia em alta tensão
− Compensação com regulação automática
− Compensação combinada
− Compensação por motores síncronos

11.3.6 FORMAS DE AVALIAÇÃO DO EXCEDENTE DE REATIVO


− Através do fator de potência horário ou mensal

Fator de potência horário

 n  0,92  
FDR(p) = max  DA t *  − DF(p)  * TDA (p)
 t = 1 ft  

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n  0,92  
FER(p) =  ∑  CA t *  − 1  * TCA (p)
   ft

 
t =1

FDR(p) - Faturamento da demanda de potência reativa excedente por posto tarifário


DAt - Demanda de potência ativa medida de hora em hora
DF(p) - Demanda de potência ativa faturada em cada posto
TDAp - Tarifa de demanda de potência ativa
FER(p) - Faturamento do consumo de reativo excedente por posto tarifário
Cat - Consumo de energia ativa medido em cada hora
TCA(p) - Tarifa de energia ativa
ft - Fator de potência calculado de hora em hora
t - intervalo de uma hora
p - posto tarifário

Fator de potência mensal

 0,92 
FDR = DM * − DF * TDA
 fm 

FDR - Faturamento da demanda de reativo excedente


DM - Demanda ativa máxima registrada no mês (kW)
DF - Demanda ativa faturável no mês (kW)
TDA - Tarifa de demanda ativa
FER - Faturamento do consumo de reativo excedente
CA - Consumo ativo do mês
TCA - Tarifa de consumo ativo
fm - Fator de potência mensal

11.3.7 EXERCÍCIOS PROPOSTOS


EXERCÍCIO
Calcular a redução percentual nas perdas, de uma carga que consome 5.500 MWh por
ano e cujo fator de potência é 0,85, ao ter seu fator de potência melhorado para 0,92.

EXERCÍCIO
Calcular a redução percentual na queda de tensão para uma carga de 1 MVA num trecho
de rede de 1 km, ao melhorar o fator de potência de 0,8 para 1. Fazer os cálculos para as
seguintes bitolas: 4, 2, 1/0 4/0 e 336,4.

EXERCÍCIO
Calcular quanto de carga nova poderá ser ligada num sistema com capacidade instalada
de 3 MVA e que teve o fator de potência melhorado de 0,7 para 0,95.

EXERCÍCIO
Utilizando-se os dados do exercício anterior e supondo que o custo para instalar cada kW
de capacidade no sistema seja de R$550,00, até quanto pode-se investir na melhoria do
fator de potência para passar de 0,70 para 0,95.
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Capítulo 12

12. Normas, Padrões e Procedimentos em Sistemas de Distribuição


− Definições
− Norma
− Padrão
− Especificação
− Orientação Técnica
− Resoluções da ANEEL (ex-DNAEE)
− Normas da ABNT
− Métodos de trabalho
− Especificações técnicas para compra de materiais e equipamentos e contratações
− Requisitos mínimos necessários
− Pesquisar novas tecnologias
− Aplicação de materiais e equipamentos
− Rede protegida
− Transformador auto protegido
− Pára-raios de BT
− etc
− Controle e avaliação de desempenho de materiais e equipamentos
− Chaves fusíveis
− Pára-raios
− etc
− Cadastramento de materiais e equipamentos
− Normas e orientações técnicas referentes a
− Projetos de sistemas de distribuição
− Fornecimento de energia elétrica
− Instalações consumidoras
− Iluminação pública
− Segurança no Trabalho incluída nas rotinas de trabalho
− Definir os critérios de planejamento, projetos, construção, operação e manutenção
− Custos das atividades (custos modulares)

Exemplos de instruções normativas:


− Procedimentos para análise e aprovação de projetos contendo instalações elétricas de
sistemas de combate a incêndio
− Procedimentos para uniformização de processos e rotinas para fins de uso mútuo de
instalações da rede de distribuição
− Pára-raios a óxido de zinco, em corpo polimérico, no sistema de redes aéreas de
distribuição, em substituição ao pára-raios de carboneto de silício

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Exemplos de normas
− Critérios para projeto de redes aéreas protegidas - 15 kV, compactas com espaçadores
− Critérios para projeto de redes de dutos e caixas subterrâneas
− Padrão de construção de redes de dutos e caixas subterrâneas
− Pára-raios para baixa tensão a óxido de zinco - especificação e padronização
− Especificações técnicas de conjunto de medição trifásica
− Fornecimento de energia elétrica em tensão primária de distribuição
− Procedimentos para recebimento de obras de distribuição
− Critérios para uso mútuo de redes de distribuição

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Capítulo 13

13. Outras atividades relacionadas com a Distribuição


Suprimento de materiais e equipamentos
− Compra
− Inspeção e recebimento em fábrica
− Armazenamento
− Controle de estoque
− Garantir estoque ótimo técnica e economicamente

Engenharia de materiais e equipamentos


− Especificações
− Inovações tecnológicas

Interligação com os supridores de energia (Operação)


− Busca de alternativas para o suprimento
− Análise das opções de suprimento
− Buscar o binômio : Menor custo e confiabilidade garantida

Relações com os supridores de energia (Comerciais)


− Estabelecimento dos contratos iniciais
− Estabelecimento dos contratos bilaterais
− Mercado spot
− Comercialização da energia de curto prazo

Mercado
− Previsão dos valores futuros de energia e demanda
− Desagregar por classes de consumidores
− Reflexos dos consumidores livres
− Mercado cativo e livre
− Novos mercados

Marketing
− Relações com os clientes

Economia e Finanças
Segurança do trabalho
Materiais e Equipamentos (tecnologia, tendências, etc)
Gerenciamento de contratos
Financiamentos

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Capítulo 14

14. Revisão de Matemática Financeira


− Objetivo
− Comparação de alternativas (na mesma base)
− Auxílio à decisão
− Conceitos
− Fluxo de caixa
− Taxa de juros (desconto, retorno) - sempre juros compostos
− Valor do dinheiro no tempo (n)
− Valor presente (P)
− Valor futuro (F)
− Série Uniforme (A)
− Gradiente (G)

F
A

(1+i)
períodos (anos, meses, etc)
P
Figura 14-1 - Representação do fluxo de caixa

Fatores de correlação entre os Valores Presente, Futuro e Série Uniforme

Tabela 14-1 - Fatores de correlação entre os Valores Presente, Futuro e Série Uniforme

Valor Presente Valor Futuro Série Uniforme


(P) (F) (A)
Valor Presente 1 (1 + i)n (1 + i)n
(P) i*
(1 + i)n − 1
Valor Futuro 1 1 i
(F)
(1 + i)n (1 + i)n − 1
Série Uniforme 1
(1 + i)n − 1 (1 + i)n − 1
(A)
i * (1 + i)n i
i = taxa de desconto
n = número de períodos
Pagamentos nos finais dos períodos
− A/P ==> Fator de Recuperação de Capital (FRC)
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− F/P ==> Fator de Acumulação de Capital (FAC’)
− P/F ==> Fator de Valor Atual (FVA’)
− A/F ==> Fator de Formação de Capital (FFC)
− F/A ==> Fator de Acumulação de Capital (FAC)
− P/A ==> Fator de Valor Atual (FVA)
Quando n → ∞ ( > 30 ) ⇒ A = P * i

− VPL - Valor Presente Líquido: É a diferença entre o valor presente de todas as


despesas e de todas as receitas, de um dado fluxo de caixa.
− Custo do ciclo de vida - valor presente de todos os custos
− Taxa mínima de atratividade
− Método do valor presente líquido
− Relação Benefício-Custo
− Valor anual equivalente
− Vantagens e deficiências dos métodos (exemplos)
− TRS - Tempo de Retorno Simples (Período de payback simples)

Investimen to inicial
TRS =
Ganhos periodicos

− TRD - Tempo de Retorno Descontado (Período de payback descontado): É o menor


valor de n, tal que:
n (Receitas - Despesas)
∑ t
≥ Investimen to inicial
t =1 (1 + i)

− TIR - Taxa Interna de Retorno: É a taxa de desconto que torna o Valor Presente
Líquido igual a zero. Ou ainda é a taxa de desconto para a qual duas alternativas de
investimento tem o mesmo valor presente.

AVALIAÇÃO DE PROJETOS
Apresenta-se a seguir uma maneira de avaliar projetos dependendo do tipo de decisão a
ser tomada, e as figuras de mérito que podem ser utilizadas dependendo do tipo de
análise.

1) Aceitar ou rejeitar um projeto


Os projetos são avaliados individualmente.
− Valor presente líquido (VPL). Se VPL>0 aceita-se o projeto; se VPL<0 rejeita-se.
− Relação entre o valor presente dos benefícios e o valor presente dos custos. Se
VP(B)/VP(C) > 1 aceita-se o projeto; se VP(B)/VP(C) < 1 rejeita-se.
− Taxa interna de retorno modificada (TIRM). A taxa interna de retorno modificada
diferentemente da taxa interna de retorno convencional (TIR), considera as
reaplicações que ocorrem no fluxo de caixa a taxas de mercado. Se a TIRM > taxa
mínima de atratividade aceita-se o projeto; se TIRM < taxa mínima de atratividade
rejeita-se o projeto.

2) Escolher entre projetos concorrentes


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Dado um conjunto de alternativas que tenham a mesma finalidade precisa-se escolher
qual é mais interessante de ser adotada.
− Valor presente líquido (VPL). Escolher o de maior VPL.
− A relação benefício/custo e a taxa interna de retorno não se aplicam para decidir entre
programas concorrentes.

Para ilustrar estas características considere-se um exemplo fictício de dois projetos


concorrentes X e Y que apresentem como valores os contidos na Tabela seguinte.

Tabela 14-2 - Exemplo de relação benefício custo

VP das economias VP dos custos VPL Benefício/Custo


Programa X 200 100 100 2,0
Programa Y 100 40 60 2,5
VP: valor presente; VPL: valor presente líquido

Verifica-se que apesar do programa Y apresentar maior relação benefício / custo esse
projeto retorna menos capital, pois o seu VPL é menor e, portanto, é menos interessante
do que o programa X.
Para ilustrar a vulnerabilidade da TIR nesse tipo de análise considere-se a Figura
seguinte. Nessa figura observa-se que o programa X tem uma TIR (ponto C no gráfico)
maior do que o programa Y (ponto B). Ocorrendo entretanto taxas de mercado abaixo do
ponto A o programa Y é mais interessante do que o programa X, enquanto para taxas
maiores do que A a situação se inverte e o programa X passa a ser mais interessante do
que o programa Y.

VPL
Valor presente líquido

Programa X

Programa Y

A B C
Taxa

Figura 14-2 - Valor presente líquido em função da taxa de desconto

3) Escolher mix de alternativas interdependentes

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A aplicação das figuras de mérito para este tipo de análise é similar ao caso anterior.

4) Priorizar alternativas independentes havendo restrição de investimentos


Escolher entre alternativas que já foram avaliados e mostraram ser interessantes
economicamente.
− Classificar em ordem decrescente em função da relação benefício/custo.
− Classificar em ordem decrescente em função da TIR modificada.
− Para este tipo de análise as figuras de mérito que não deve ser utilizado o VPL.

Apresenta-se a seguir exemplo que ilustra a aplicação das figuras de mérito para esse
tipo de análise.
Suponham-se 6 alternativas independentes, conforme os dados da Tabela seguinte, e
que haja um limite de gastos de $700.

Tabela 14-3 - Exemplo de alternativas independentes

VP dos VP das benefício/ VPL investimento VPL


custos economias custo acumulado acumulado
Alt. A 100 1000 10 900 100 900
Alt. B 100 500 5 400 200 1300
Alt. C 200 800 4 600 400 1900
Alt. D 300 1000 3,3 700 700 2600
Alt. E 500 1500 3 1000 1200 3600
Alt. F 400 600 1,5 200 1600 3800
Adaptado de FULLER & PETERSON, 1995.
VP: valor presente; VPL: valor presente líquido

Os projetos estão listados na tabela em ordem decrescente, de acordo com a relação


benefício/custo. Observa-se que escolhendo os 4 primeiros projetos obtém-se um VPL
acumulado de $2600. Não existe outra combinação de projetos a partir desta lista que
mantendo a restrição de $700 de gastos obtenha um VPL acumulado maior.

Quanto à vida útil


− Vida útil dos equipamentos diferente do prazo de análise
− Maior Î valor residual
− Menor Î mmc das vidas úteis dos projetos
− Valor anual equivalente

Análise incremental

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14.1 EXEMPLOS RESOLVIDOS


Quanto representará daqui a 10 anos um investimento de R$ 1.000,00 feito hoje,
considerando-se uma taxa de juros de 12% aa.?

n = 10 P = 1.000 i = 12% F=?

F = 1.000 * (1+0,12)^10 = R$ 3.105,85

Considerando os dados do exemplo anterior quanto teria que ser aplicado anualmente
para se obter os mesmos R$ 3105,85 daqui a 10 anos?

n = 10 i = 12% F = 3.105,85 A=?

A = 3.105,85 * {0,12 / [(1+0,12)^10-1]} = R$ 176,98

Quanto deve ser aplicado hoje para que se tenha R$ 5.000,00 daqui a 5 anos,
considerando uma taxa de 6% aa ?

n=5 i = 6% F = 5.000 P=?

P = 5.000 * [0,06 / (1+0,06)^5] = R$ 3.736,29

Qual deve ser o depósito anual para que se tenha os mesmos R$ 5.000,00 daqui a 5
anos?

n=5 i = 6% F = 5.000 A=?

A = 5.000 * {0,06 / [(1+0,06)^5 - 1]} = R$ 886,98

Paga-se por um carro uma prestação de R$ 1.500,00, durante 18 meses. Considerando


uma taxa de 1% am qual o valor equivalente à vista ?

n = 18 i = 1% A = 1.500 P=?

P = 1.500 * [(1+0,01)^18 - 1] / [0,01 * (1+0,01)^18] = R$ 24.597,40

Qual a prestação do carro do exemplo anterior se o preço à vista fosse R$ 30.000,00 ?

n = 18 i = 1% P = 30.000 A=?

A = 30.000 * {[0,01 * (1+0,01)^18] / [(1+0,01)^18-1]} = R$ 1.829,46

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15. Referências Bibliográficas

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ANEEL – Resolução nO 456 / 2000 - Condições Gerais de Fornecimento de Energia
Elétrica. Brasília, 2000
ANEEL – Resolução nO 505 / 2001 – Conformidade dos níveis de tensão. Brasília, 2001
ANEEL – Resolução nO 520 / 2002 – Registro e apuração dos indicadores relativos às
ocorrências emergenciais. Brasília, 2002
ANEEL – Legislação básica do Setor Elétrico Volumes I e II. Brasília, 2000
BURANI, G. Notas de aula pessoais do Prof. Dr. Geraldo Burani da Escola Politécnica da
Universidade de São Paulo
CAMARGO, I. Engenharia Econômica. Universidade de Brasília, Brasília, 1998.
CEB, Estudo Técnico de Distribuição – Melhoria no atendimento a Santa Maria.
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CEB, Estudo Técnico de Distribuição – Melhoria no atendimento ao Recanto das Emas
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CEB, ETD – 21 Estudo Técnico de Distribuição – Sistemática para elaboração e
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CEB, NTD – 1.02. Projetos de Redes Aéreas. Brasília, 1992.
CIPOLI, J. A. Engenharia de Distribuição. Editora Qualitymark, Rio de Janeiro, 1993.
CODI - ELETROBRÁS, Controle de Tensão de Sistemas de Distribuição. Editora
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CODI - ELETROBRÁS, Desempenho de Sistemas de Distribuição. Editora Campus,
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CODI - ELETROBRÁS, Energia Reativa Excedente - Manual de Orientação aos
consumidores sobre a nova legislação para faturamento de energia reativa
excedente.
CODI - ELETROBRÁS, Manutenção e Operação de Sistemas de Distribuição. Editora
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CODI - ELETROBRÁS, Método de cálculo dos carregamentos econômicos de
condutores aéreos de distribuição, Relatório CODI 3.2.19.26.0, 1996.
CODI - ELETROBRÁS, Método para determinação, análise e otimização das perdas
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CODI - ELETROBRÁS, Planejamento de Sistemas de Distribuição. Editora Campus,
Rio de Janeiro, 1986
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CODI - ELETROBRÁS, Tarifas Horo-sazonais Azul e Verde - Manual de Orientação
aos consumidores.

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ENE – Departamento de Engenharia Elétrica ferfig@pobox.com
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WESTINGHOUSE ELECTRIC CORPORATION, Distribution Systems. Electric Utility
Engineering Reference Book. 1959.
WESTINGHOUSE ELECTRIC CORPORATION, Electrical Transmission and
Distribution Systems Reference Book. 1959.

191 Versão preliminar (Agosto / 2006)

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