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Eurípedes pertenceu à
Câmara Municipal de sua
cidade, na qualidade de
Vereador Especial, cargo
de que se aproveitou para
dotar a terra natal do que
tem de melhor em
matéria de legislação.
Sua conversão
Cerca de dezoito
quilômetros de
Sacramento, existe uma
pequena povoação
composta de espíritas, o
mais antigo núcleo de
crentes daquelas
redondezas - é Santa
Maria. Residindo alguns
parentes seus naquela
localidade e atraído pelas
curas maravilhosas
alcançadas por seus tios -
bons médiuns que eram -
e impressionado com o
conjunto de fatos ligados
a essas curas, com as
lições científicas,
filosóficas, de profundeza
tão fora da possibilidade
dos que lá habitavam e
que ele bem conheciae
sabia ineptos, resolveu ir
a Santa Maria para
auscultar de perto a fonte
prodigiosa de tantos
fenômenos.
No início do seu
apostolado, um Espírito
que se intitulou de
Protetor os Orfãos,
desejou dificultar o
trabalho de Eurípedes, e,
estando um dia em sua
cátedra, no Liceu
Sacramento, ouviu de
repente uma voz
dulçorosa que se dizia de
São Vicente de Paulo, que
lhe teria dito: "Trabalha,
meu filho és um
missionário. Vai pregar a
Verdade mundo afora; ela
está no Espiritismo".
Julgando que necessitaria
pregar fora dali o
Espiritismo, comunica o
fato aos seus discípulos
que, debulhados em
pranto, seguiam-no,
deixando a população
estarrecida pelo
inesperado
acontecimento.
Entretanto, o verdadeiro
São Vicente de Paulo e
também Santo Agostinho,
ali estavam para amparar
o seu querido filho,
utilizando a ação daquele
irmão que desejava
desviar Barsanulfo de sua
gloriosa senda. Tempos
depois, surgiu-lhe a
mediunidade e, atendendo
a um conselho de São
Vicente de Paulo, fundou
em 1905, o Colégio "Allan
kardec" e o Grupo Espírita
"Esperança e Caridade",
nascendo, assim, em
Sacramento, o
Espiritismo.
Suas lutas
Não apenas de
sacramento, mas de todos
os recantos chegavam
doentes e obsidiados para
serem curados, e todos
recebiam o tratamento
homeopático, aconselhado
pelo espírito do querido
Bezerra de Menezes, com
quem Barsanulfo
mantinha amistosas
conversações. Quantos
desenganados pela
medicina oficial não se
curavam em Sacramento!
Aquela cidade, pequena,
insignificante, tomou vulto
e chegou a possuir muitos
hotéis e mais de vinte
pensões. A qualquer hora
do dia ou da noite, com
uma simples pancada na
janela de seu quarto,
contíguo à farmácia,
respondia com o seu
invariável "pronto!", e a
porta era imediatamente
aberta, fosse para quem
fosse.
Implora a benção do
Altíssimo para aquele
padre ainda um tanto
longe da senda do Amor,
e encete a mais profunda
réplica às palavras do
pregador católico.
Barsanulfo prova a
inexistência do demônio e
do inferno material
eterno, e durante algumas
horas, que pareceram
minutos, dá àquela massa
popular ali estacionada,
presa pela magia daquela
voz poderosamente
vencedora, as mais
concludentes provas da
veracidade do Espiritismo,
o puro Cristianismo, ao
mesmo tempo que
mostrava àquela
compacta assistência os
erros do Catolicismo.
Quando concluiu a sua
belíssima oração, palmas
e vivas reboaram pelo
espaço, e aquela gente,
comovida, abraçava
Barsanulfo, desprezando o
pregador católico.
Eurípedes dá ali mesma
prova cabal de verdadeiro
amor cristão: estreitando
o sacerdote de encontro
ao coração, num amplexo
fraternal.
Sua desencarnação
Em 1918, a impiedosa
gripe que tantas vítimas
fez, invadiu também
Sacramento. Eurípedes
fôra também atingido,
justamente quando ele
não descansava um só
momento, nem dia, nem
noite quase. A febre
abatia-o, de momento a
momento, mas milhares
de receitas partiam da sua
abençoada boca e os
medicamentos eram
manipulados sob a sua
carinhosa vigilância.
Às 6 horas de 1o. de
novembro de 1918,
Sacramento foi
despertada pela notícia da
desencarnação de
Eurípedes, que reboou por
todos os cantos como se
um cataclisma
descomunal desabasse
sobre todos! Desde os
primeiros momentos após
o seu falecimento, o povo
em peso, chorando,
enchia a câmara
mortuária daquele ente
querido que se evoláva
para o espaço.
Chovia. A Natureza,
acompanhando em sua
profunda dor os milhares
de pessoas soluçantes que
acompanhavam o féretro
ao cemitério, derramava
também as suas lágrimas
sobre aquele corpo inerte
que ia ser lançado ao pó
da terra. E até hoje, a sua
sepultura simples, como
ele a quis, cobre-se de
flores que mãos piedosas
depositam sobre ela, , e
no lar augusto sua
mamãe foi sempre alvo da
imorredoura gratidão de
todos quando receberam
bençãoes de seu filho
querido. QUE JESUS
ABENÇÕE O QUERIDO
ESPÍRITO DE EURÍPEDES
BARSANULFO!