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JSPL MOÇAMBIQUE MINERAIS LIMITADA

Instituição de Ensino: Instituto Superior Politécnico de Tete (I.S.P.T)

Curso: Engenharia de Minas

RELATÓRIO DE ACTIVIDADES DE ESTÁGIO NA EMPRESA JSPL


MOÇAMBIQUE MINERAIS LDA

Estagiária:

IDÁLMISSE MARCOS SABÃO

Chirodzi, Abril de 2020


ÍNDICE

Índice de Figuras ........................................................................................................................ i

I. Listas de Abreviatura ......................................................................................................... i

II. Agradecimentos ................................................................................................................... ii

III. Dedicatória...................................................................................................................... iii

IV. Epígrafe .......................................................................................................................... iv

V. Metodologia ........................................................................................................................ v

VI. Resumo ........................................................................................................................... vi

VII. Abstract .......................................................................................................................... vii

1. INTRODUÇÃO .................................................................................................................. 1

2. OBJECTIVOS ..................................................................................................................... 2

2.1. Geral .................................................................................................................................. 2

2.2. Específicos ........................................................................................................................ 2

3. CARACTERÍSTCAS FÍSICO-GEOGRÁFICO DA REGIÃO DE ESTUDO ................... 3

3.1. Enquadramento geográfica da região de estudo ............................................................... 3

3.2. Relevo ............................................................................................................................... 3

3.3. Rede Hidrográfica ............................................................................................................. 3

3.4. Clima Fauna e Flora .......................................................................................................... 4

3.4.1. O Clima Tropical Seco .......................................................................................... 4

3.4.2. O Clima Tropical Húmido ..................................................................................... 4

3.4.3. O Clima Modificado pela Altitude ........................................................................ 4

3.5. Flora .................................................................................................................................. 4

3.6. Características Socioeconómicas da Região de Estudo .................................................... 5

3.6.1. Vias de comunicação ............................................................................................. 5


3.6.2. Geologia local ........................................................................................................ 5

4. SITUAÇÃO MINEIRA..................................................................................................... 12

4.1. Generalidades .................................................................................................................. 12

5. REVISÃO DO ESTADO DA ARTE ................................................................................ 13

6. APRESENTAÇÃO DE DADOS COLHIDOS NA EMPRESA ....................................... 15

6.1. Mineração........................................................................................................................ 15

6.2. Planificação mineira ........................................................................................................ 16

6.3. Pesquisa........................................................................................................................... 16

6.4. Exploração ...................................................................................................................... 17

7. ITINERARIO 1 ................................................................................................................. 18

7.1. Mina, Topografia e a Geologia ....................................................................................... 18

7.2. Mina ................................................................................................................................ 18

7.3. Operações unitárias em lavra da mina da JSPL (ciclo de produção) .............................. 19

7.4. Ciclo de produção ........................................................................................................... 19

8. ITINERÁRIO 2 ................................................................................................................. 23

8.1. Planta de beneficiamento de carvão fóssil (usina da Jindal) ........................................... 23

8.1.1. Maquinaria ........................................................................................................... 23

8.1.2. Rom Section ........................................................................................................ 23

8.1.2.1. Princípio de operação Rom Section ................................................................. 13

8.1.3. Primary; ............................................................................................................... 13

8.1.3.1. Princípio de operacional da Primary ................................................................ 13

8.1.3.2. Circuito de carvão ............................................................................................ 14

8.1.3.3. Circuito de magnetite ....................................................................................... 15

8.1.3.4. Circuito de água ............................................................................................... 15

8.1.5. Unidade Secondary; ............................................................................................. 16


8.1.5.1. Princípio operacional da Secondary ................................................................ 16

8.1.5.2. Circuito de magnetite ....................................................................................... 16

8.1.5.3. Circuito de água ............................................................................................... 17

8.1.6. Unidade Spirals ................................................................................................... 17

8.1.6.1. Princípio operacional da unidade Spirals......................................................... 17

8.1.7. Filter plant; .......................................................................................................... 19

8.1.7.1. Operacionalização da filter plant ..................................................................... 19

8.1.8. Floate plant and filter press plant ........................................................................ 20

8.1.8.1. Operacionalidade da planta de flotação (froth flotation), ................................ 20

8.1.8.2. Operacionalidade da planta de filtração ........................................................... 21

9. LABORATÓRIO DE ANALISE DE CARVÃO.............................................................. 22

9.1. Amostragem .................................................................................................................... 22

9.2. Formulário para o calculo das variáveis analisadas no laboratório ................................ 26

9.2.1. Moisture (teor de humidade) ............................................................................... 26

9.2.2. Ash (Cinza) .......................................................................................................... 26

10. CONCLUSÃO ............................................................................................................... 28

10.1. Sugestões ......................................................................................................................... 28

11. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS .......................................................................... 30

12. Anexos ........................................................................................................................... 31

13. GLOSSÁRIO ................................................................................................................. 32


Índice de Figuras

Figura 1:Ilustração 1 mapa de localização geográfica da área de estudo .................................... 3


Figura 2: Colecta de Amostras .................................................................................................. 16
Figura 3: Ilustrando um Acessório de Detonação ( booster), Linha de Tiro e Retardo de 25 ms
................................................................................................................................................... 20
Figura 4: Ilustrando uma escavadeira ........................................................................................ 20
Figura 5: Ilustrando o equipamento topográfico utilizado na JSPL .......................................... 21
Figura 6: Acesso a mina e operação de carga ............................................................................ 22
Figura 7: Interior do DMS Thinkner ......................................................................................... 20
Figura 8: Usina de beneficiamento, carregadeira frontal, empilhadora e o minério em forma de
pilha ........................................................................................................................................... 21
Figura 9: britador de mandibulas e o raimond mill ................................................................... 23
Figura 10: Quarteador rotativo e cadinhos ................................................................................ 24
Figura 11: Perfil padrão do teste CSN ....................................................................................... 26
Figura 12: crivos e a usina de beneficiamento do carvao da jindal ........................................... 31
Figura 13: bandas transportadoras, e empilhadoras................................................................... 31
Figura 14: Estufas, e britador de rolos ....................................................................................... 31

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I. Listas de Abreviatura

EN- Estrada Nacional;

ISPT- Instituto Superior Politécnico de Tete;

Kg- quilograma;

Km- quilómetro;

Lda- limitada;

m- metro;

m3- metros cúbicos;

mm-milímetro;

º - Graus;

Tons – toneladas.

JSPL – Jindal Steal Power Limitada

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II. Agradecimentos

É com muito entusiasmo e satisfação que a autora serve-se deste relatório para agradecer em
primeiro lugar à Deus por ter guiado-lhe e protegido em todos os momentos da sua vida. Em
seguida agradeçe aos seus pais e familiares que sempre estiveram disponíveis para apoiar
directa ou indirectamente. Também estende o seu obrigado ao sr. Vish, e ao sr. Amit bem como
os supervisores, pela disponibilidade e paciência que teveram durante o estágio profissional,
não se esquecendo de igual forma de agradecer ao seu namorado Caldino Lucas pelo apoio que
sempre dispôs.
Em especial agradece a comissão de práticas profissionais do ISPT pela oportunidade de um
aprendizado prático no ambiente de trabalho.
A autora não deixa de endereçar o enaltecimento a empresa Jindal, por ser portos de abrigo
para uma aprendizagem agregada e concisa, por oportunizarem a janela que permitiu
vislumbrar um horizonte relacionando os aspectos teóricos e práticos da engenharia de minas;
Aos que directa ou indirectamente acompanharam e ajudaram na confecção do físico projecto
(docentes, amigos, colegas, trabalhadores da Jindal, entre outros), a autora, endereça em especial
agradecimento por serem humildemente acolhedores, por aguentarem euforias, desagrados e por
terem prestado a ajuda necessária quando necessitara.

ii
III. Dedicatória

A ambição de querer alcançar sonhos dos horizontes da vida tem vindo a se concentrar devido
ao auxílio, compreensão, apoio e pilares dos progenitores, a autora aproveita momento único
este para apoteosar seus progenitores genealógicos e com enorme honra e apreço dedica este
relatório aos pais, Marcos Joaquim Sabão e Elisa Luís Matsinhe.

iii
IV. Epígrafe

“A verdadeira medida de um Homem não si vê na forma como se comporta em momentos de


conforto e conveniência, mas em como se mantem em tempos de controversa e desafios”
(Marthin Luther King)

iv
V. Metodologia

Os traçados objectivos alcançados no físico trabalho, emanaram da metodologia seguinte:


Recolha de dados: consultas nos manuais escritos, entrevistas, observação directa e consultas
na internet. Feita a recolha de dados seguiu-se a fase de análise e selecção de dados que consistiu
na leitura e realização de sínteses de acordo com pontos considerados mais pertinentes e
interpretação dos dados colhidos por fim, a fase do compilar do mesmo. Isto é: foi possível
compilar Obedecendo as etapas seguintes:

Trabalho de Campo:

 Reconhecimento do campo e sua generalidade;


 Entrevistas aos supervisores responsáveis pelo itinerário;
 Entrevista aos operadores afectos na área de operação;
 Colecta de apêndices;
 Observações e análises directas as operações;

Trabalho de Gabinete:

 Esta etapa baseou-se na inteiração sobre o funcionamento do processamento de dados


recolhidos no campo, análise dos resultados, confecção de anexos, apêndice e elaboração do
informe final seguindo:
 Um exercício de Pesquisas bibliografias;
 Debates (discussão) com colegas sobre as operações;
 Confecção do físico relatório.

v
VI. Resumo

As aulas práticas visam destacar o nível de abstracção dos conhecimentos por parte dos
estudantes, uma vez que todas experienciais a serem efectivadas no campo, tem de ser
previamente leccionada teoricamente. Este trabalho, constitui um relatório resultado das práticas
e investigações levadas a cabo pela estudante Idalmisse Marcos Sabao, este, está membrado por
capítulos sendo alguns dedicados a revisão bibliografia, parte introdutória, e outros retratando o
aprendizado durante o estágio e por fim as conclusões e referências bibliográficas.

Um vínculo memorial e contractual entre o Estudante e a Jindal o possibilitou a participação


nas operações mineiras conciliando a prática e a teoria. Objectivando mostrar o aprendizado
estão descritas neste relatório todas as actividades levadas a cabo pelo autor desde as da planta
de processamento, topografia, mina e laboratório de controlo de qualidade servindo como seu
reflexo. De salienta que na mina, exerceram se as actividades de perfuração, locação de
explosivos, detonação, desmonte, carregamento e transporte; Na planta de processamento são
exercidas as actividades de tratamento (benefecimento) do carvão, Na topografia são executadas
actividades que envolvem levantamento e representação bidimensional e tridimensional de
coordenadas, mapeamento topográfico cálculos de volumes; Já no laboratório, as actividades se
resumem em análises qualitativas do carvão.

Palavras-chave: Relatório, extracção, carregamento, transporte, processamento, análises


laboratoriais.

vi
VII. Abstract

The practical classes aim to highlight the level of knowledge abstraction on the part of the
students, since all the experiences to be carried out in the field, must be previously taught
theoretically. This work is a report resulting from the practices and investigations carried out by
the student (Idalmisse Marcos). It’s organized by chapters where some are inherent to,
introductory part bibliographic revision and others describing what have learned during
internship and in the end bibliographic references and conclusions.

A memorial and contractual link between the Student and Jindal enabled him to participate in
mining operations, reconciling practice and theory. Aiming to show learning, this report
describes all the activities carried out by the author, from those of the processing plant,
topography, mine and quality control laboratory, serving as his reflection. It should be noted
that drilling, explosives leasing, detonation, dismantling, loading and transport activities were
carried out at the mine; Coal treatment (beneficiation) activities are carried out in the processing
plant. In topography, activities involving two-dimensional and three-dimensional coordinate
survey and representation, topographic mapping and volume calculations are performed; In the
laboratory, the activities are summarized in qualitative analysis of coal.

Keywords: Report, extraction, loading, transport, processing, laboratory analysis

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1. INTRODUÇÃO

O ensino das engenharias, é sustentada pelas aulas de campo pois, estas têm uma mera
importância sobretudo para a especialização em Minas pois, permitem relacionar as aulas lições
(teóricas) e a realidade (prática) encontrada no campo (estagio). Desta feita, cabe ao estudante
conciliar os conhecimentos. A Mineração é um termo que abrange os processos, actividades e
indústrias cujo objectivo é a extracção de substâncias minerais a partir de depósitos ou massas
minerais usando conhecimentos técnicas e métodos ideias (Engenharia minas).

No âmbito do estágio profissional que decorreu num período compreendido a 3 meses, de 17 de


Janeiro de 2020 à 17 de Abril de 2020, na empresa JSPL (Jindal Steal Power Limitada)
vocacionada na mineração de carvão fóssil, situada na Província de Tete, Distrito de Marara
povoado de Chirodzi, Imiscui o físico relatório que, enquadra-se na vertente de aprendizagem e
conciliação do aprendizado teórico e prático servindo como espelho reflector e auxiliando na
avaliação e determinação do grau de percepção da estudante Idalmisse Marcos Sabao em relação
aos factos participados no estágio Profissional, um contacto com o ambiente real do trabalhos
mineiros que não só resultou na descrição das actividades lá praticadas mas também permitiu o
compilar do físico relatório. O aspecto fulcral do relatório em contexto, é a descrição das
actividades desencadeadas durante a mineração de carvão pela empresa JSPL das quais,
actividades da planta de processamento, topografia, mina e laboratório de controlo de qualidade.

Em títulos, subtítulos e itinerários, está hierarquizado, onde, no fim, estão destacadas as


referencias bibliografias que facultaram o compilar deste seguidas das conclusões e
recomendações possíveis. Detalhes adjacentes tangentes ao relatório em abordagem, o caro
leitor poderá fazer a apreciação do mesmo nas páginas adventes. Uma boa leitura e óptima
compreensão, é o mínimo que o autor deseja ao caro leitor.

1
2. OBJECTIVOS

2.1. Geral

 Debrucar sobre as actividades executadas pela Mineradora JSPL Moçambique Minerais


Limitada, a quando o estágio profissional no se todo;

2.2. Específicos

 Compilar um informe actualizado a respeito da posição do estado da mineração na empresa


JSPL Moçambique Minerais Limitada.
 Descrever as actividades levadas a cabo pela empresa durante a mineração na Empresa
conciliando a teoria e a prática;
 Relacionar e conciliar os conhecimentos teóricos e práticos da mineração de carvão;

2
3. CARACTERÍSTCAS FÍSICO-GEOGRÁFICO DA REGIÃO DE ESTUDO

3.1. Enquadramento geográfica da região de estudo

A área localiza-se entre os Distritos de Marara e Cahora Bassa, na Província de Tete, ao longo
da Estrada Nacional, que dá acesso a Vila de Songo. A área se situa à 98 Km da cidade de Tete
e à 45 Km até ao Distrito de Songo. (GORDANE, 2016)

Figura 1:Ilustração 1 mapa de localização geográfica da área de estudo

Fonte: internet GORDANE, 2016

3.2. Relevo

O Relevo subdivide-se em duas partes bem distintas, sendo a Norte da Província a formação dos
Planaltos da Marávia-Angónia e a Sul, a Planície do Vale do Zambeze, que apresenta algumas
formações montanhosas cujas altitudes têm menor valor com relação à Zona Norte, onde se
localizam os pontos mais altos, os Montes Dómuè e Chiróbue com 2096 e 2021 metros
respectivamente.

3.3. Rede Hidrográfica

A rede hidrográfica da Região de Implementação do Projecto, é predominante pelo Rio


Zambeze e seus afluentes que atravessa na região, com numerosos rios e riachos que nascem
nas montanhas. A área do Projecto é atravessada pelo Rrio Luenha e seus afluentes e atravessa

3
em direcção às zonas mais baixas. A maior parte dos rios gerados pelas fontes naturais na área,
são de regime periódico, possuindo água somente nas épocas chuvosas.

3.4. Clima Fauna e Flora

Identificam-se na Província de Tete três tipos de climas:

3.4.1. O Clima Tropical Seco

Que ocupa uma pequena faixa a esquerda do rio Zambeze e toda a região a direita excepto uma
pequena faixa no distrito de Mutarara que possui o Clima Tropical Húmido, com Temperaturas
máximas médias anuais na ordem dos 32°C e a Precipitação máxima de 180 mm.

3.4.2. O Clima Tropical Húmido

Que ocupa uma faixa alongada no sentido Este-Oeste no interior da Região Norte de Tete,

3.4.3. O Clima Modificado pela Altitude

Desde o rio Aruângua (Zumbo) ao Distrito de Tsangano causado pelos planaltos da Marávia-
Angónia com Temperaturas máximas médias anuais na ordem dos 26°C e com uma Precipitação
máxima média de aproximadamente 360 mm.

3.5. Flora

A Norte da Província de Tete, predomina a Floresta Aberta de Miombo, Savana Arbórea e


Arbustiva e Savana herbácea e Arbórea. As principais madeiras da província são: Chanfuta,
Umbila, Miombo, Mopone, Pau preto, Ntumbue, Mbana, Miacias e Ntondo. Para fins
energéticos são utilizadas a Mipone e Micaias.

O Embondeiro é muito abundante nesta província uma árvore de grande porte e secular com
muitos mistérios (ligada a tradição dependendo de cada região). O tronco pode atingir um
diâmetro de 8m e de acordo com a idade,6 a 15m de altura. O tronco é coroado por ramos
extremamente grossos, com escassas folhas

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3.6. Características Socioeconómicas da Região de Estudo

3.6.1. Vias de comunicação


A Concessão é acessada bem pela estrada Tete-Songo que atravessa a mesma na direcção
Noroeste – Sudeste.

3.6.2. Geologia local


Em Moçambique acredita-se que o carvão tem uma idade de cerca de 280 milhões de anos
(Pérmico) e foi formado durante o vulgo fracturamento Karoo que afectou a Região Oriental da
África, que se estende mais ou menos W-E entre Zambia/Zimbabwe e vergando na direcção SE-
SSE desde a Província Tete até Costa em Moçambique. (GORDANE, 2016)

De acordo com GORDANE (2016), O rift (fractura), formou-se em Rochas Proterozóicas que
se desenvoveu numa Zona de tectonismo extensional, activo e de deposição sedimentar. O
Basamento Cristalino Proterozóico compeende Rochas como Gneisses, Xistos e
Metasedimentos, Rochas Intrusivas Proterozóicas Gabro-anortositos (complexo de Tete).

Ainda segundo GORDANE (2016), As Rochas de Karoo (Carbonífero-Jurássico) foram


depositadas nas Bacias Sedimentares gerados pelo tectonismo activo no Basamento
Proterozóico. Os depósitos de Karoo foram seguidos por uma sedimentção marinha durante o
Mesozóico Superior (Jurássico – Cretácico).

A Licença da Pesquisa 1218L, que fora localizada na área da Vila de Chirodzi, foi considerada,
como sendo parte da Bacia de Carvão Sanangoe-Mefideze, provavelmente separado por
tectónicas combinadas com erosão do bem conhecido o Campo de Carvão de Moatize situado à
Este. (GORDANE, 2016)

O Campo de Carvão de Moatize, foi motivo de muitas investigações no passado e foi provado
que tem um alto Potencial para Exploração Mineira, em minas de céu aberto, assim como
Explorações mineiras Subterrâneas para a Extrcção (Produção) do Carvão.

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4. SITUAÇÃO MINEIRA

4.1. Generalidades

A JSPL Mozambique Minerais, Lda, é uma empresa Moçambicana de sociedade por quotas
e de responsabilidade limitada, registada em Moçambique a 30 de Julho de 2008 com número
100065053 da conservatória de registo de empresa em Maputo, publicados os seus estatutos no
III suplemento da edição 43 III série do Boletim República de 27 de Outubro de 2008.
(GORDANE, 2016)

JSPL Mozambique Minerals, Lda, é subsidiária da Empresa Steel and Power (Mauritius), Ltd,
parte da Jindal and Power, Limited, uma das maiores Companhias de fabrico de Ferro na Índia.
Empresa com interesses de Negócios Multinacional nas áreas de Minérios de Ferro e seus
derivados, Energia, Gases Industriais, Gestão Portuária e Processamento de Ferro.

JSPL, MOZAMBIQUE MINERALS, LDA, foi estabelecido para explorar a possibilidade de


produzir e exportar Carvão Coque de qualidade para Índia e objectivamente aumentar a
demanda de Carvão Coque nas Plantas de Processamento de Aço, operados pelas empresas
Jindal Aço e Power, Limited. (GORDANE, 2016)

O Mapeamento Geológico foi realizado durante Setembro 2008/Novembro 2008. Baseando–se


nos resultados do Mapeamento Geológico, foi concebido um Plano de Sondagem Exploratório
que teve inicio em Janeiro 2009. (GORDANE, 2016)

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5. REVISÃO DO ESTADO DA ARTE

Relatório é uma declaração formal dos resultados de uma investigação feita por alguém, que
em relação recebeu instrução de um outro, sob a forma de pedido ou ordem;
Jazigo Mineral – é a concentração comprovada de minerais que pode ser extraída com lucro;
Afloramento - formação geológica (fenómenos geológicos) patente na superfície oriunda das
zonas mais ou menos profundas da terra;
Amostra é uma porção que se toma duma rocha (universo) com características capazes de servir
como representativa;
Rocha: é o agregado formado por um ou mais minerais (podendo incluir vidro vulcânico,
matéria orgânica e precipitados químicos), de ocorrência natural na litosfera, e que mantêm certa
uniformidade de composição e de características que diferem entre se basicamente pela
composição mineralógica, textura, tamanho, forma e cor.
Mineral: é uma substância inorgânica, tendo uma composição química definida e características
físicas distintas (corpo sólido, homogéneo, natural, inorgânico, com composição química
definida) AFONSO, Rui S., MARQUES ;
Minério é toda rocha constituída de um mineral ou agregado de minerais contendo um ou mais
minerais valiosos, que podem ser aproveitados economicamente. Esses minerais valiosos,
aproveitáveis como bens úteis, são chamados de minerais-minério. (DA LUZ, Adão Benvindo,
et al)
Tratamento ou Beneficiamento de Minérios consiste de operações aplicadas aos bens
minerais visando modificar a granulometria, a concentração relativa das espécies minerais
presentes ou a forma, sem contudo modificar a identidade química ou física dos minerais. Há
autores que defendem um conceito mais amplo para o tratamento de minérios, como sendo um
processamento no qual os minerais podem sofrer até alterações de ordem química, resultantes
de simples decomposição térmica ou mesmo de reacções típicas geradas pela presença do calor.
GAUDIN, A.M.
Concentração – Remover a maior parte da ganga presente em grande proporção no minério
(Arthur Pinto e PERES).
Ganga- mineral ou conjunto de minerais não aproveitados num minério obtidos na planta de
beneficiamento.

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Desmonte de Minério/Rocha se refere a um conjunto de operações que visam o arranque do
material rochoso;
Minerar: é arte de extrair economicamente bens minerais da crosta terrestre, utilizando técnicas
adequadas a cada situação;
Engenharia é a prática da aplicação segura e económica das leis científicas que governam as
forças e materiais da Natureza, através da organização, design e construção, para o benefício da
humanidade. Lindsay (1920)
Equipamento: máquina ou agrupamento formado por duas ou mais máquinas ou máquina (s) e
implemento (s) destinado (s) à execução de um determinado serviço; Lindsay (1920)
Lavra: o conjunto de operações coordenadas que objectivam o aproveitamento industrial das
jazidas, desde a extracção das substâncias minerais até o beneficiamento destas.
(DOMINGUES, A. F at all 2006)
Máquina: Conjunto de peças ou de órgãos ligados entre si, isto é Todo o equipamento, com
movimento, e com fonte de energia que não é humana.
Mina – é a escavação feita no subsolo para a extracção de bens minerais; (DOMINGUES, A. F
at all 2006)
Produção é a combinação dos recursos humanos e materiais que culminam num bem ou serviço;
Lindsay (1920)
Amostra é uma quantidade representativa do todo que se deseja amostrar. O método de retirada
da amostra deve garantir que ela seja representativa deste todo, no que diz respeito à(s)
característica(s) de interesse. (MARIA Alice C. et all 2004)
Incremento é uma quantidade modular de material retirada do todo que se deseja amostrar, para
composição de uma amostra. (MARIA Alice C. et all 2004)
Lote é uma quantidade finita de material separada para uma utilização específica. (MARIA
Alice C. et all 2004)
A amostra primária ou global é a quantidade de material resultante da etapa de amostragem
propriamente dita. (MARIA Alice C. et all 2004)
A amostra final é uma quantidade de material, resultante das etapas de preparação da amostra
primária, que possui massa e granulometria adequadas para a realização de ensaios (químicos,
físicos, mineralógicos etc). (MARIA Alice C. et all 2004)

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6. APRESENTAÇÃO DE DADOS COLHIDOS NA EMPRESA

6.1. Mineração

A mineração é considerada um dos sectores básicos da economia porque dela ocorrem inúmeras
actividades que contribuem no desenvolvimento de um dado país. Mineração/Lavra – conjunto
de operações necessárias para a extracção industrial de substâncias minerais ou fosseis da jazida.
Esta, pode ser:
A céu aberto – operações realizadas na superfície; Modo usado na Jindal.
Subterrânea – operações realizadas abaixo da superfície;
Submersa – operações realizadas no fundo de um lago, mar ou no oceano.
Para que se leve a cabo a actividade de produção ou seja exploração mineira é necessário que
se tenha em conta estudos sobre um grupo de procedimentos antecedentes a esta, isto é, um
estudo sobre a metodologia aplicada para a abertura e obtenção do produto desejado. O processo
de produção mineira engloba fases de actuação nomeadamente:
Prospecção – é a fase da procura do bem mineral, visando definir áreas com indícios de
ocorrência mineral;
Exploração – é a fase de estudo de uma ocorrência mineral descoberta, empreendida para se
conhecer o seu tamanho, forma, teor e valor económico associado a esta ocorrência;
Desenvolvimento – é a fase de preparação e traçado de uma jazida mineral já estudada e
provada, tendo como a finalidade a sua preparação para a futura lavra;
Lavra – é a fase de verdadeiro aproveitamento económico e industrial da jazida, isto é, conjunto
de trabalhos de desmonte, extracção e beneficiamento mineral, visando as operações à
manutenção e segurança destes serviços;
Recuperação Ambiental – é a fase de verdadeiros trabalhos de preparação para a devolução
das terras degradadas pela mineração à comunidade ou ao governo ou a particulares.

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6.2. Planificação mineira

COSTA, R. R. 1979 diz qualquer que seja a actividade mineira requer um pré estudo e um
projecto (plano de actividades) para que os objectivos traçados sejam concretizados. É uma das
funções tradicionais da gestão a organização e, tem como missão estabelecer o sistema que rege
as relações do uso racional dos recursos (financeiros humanos e materiais).
Thiago Borges 2013 diz que a Planificação mineira consiste em elaborar o plano de produção
(plano de actividades mineiras), que representa aquilo que a empresa pretende produzir em um
determinado período.
Na Jindal as actividades estão ordenadas e planeados em função da duração (curto, médio e
longo prazo), desta feita, emanam dessa planificação, actividades diárias, mensais, trimestrais,
semestrais, e anuais. Com isso, existem operações de mensalmente devem ser feitas outras
programadas por dia outras desertadas semanalmente, tudo em função do escopo e do pré plano
de produção.

6.3. Pesquisa

Sem declarações concisas a respeito dessa fase mas com tudo, o autor tem a comentar que
acredita que se tenha feito previamente estudos de pesquisa que induziram a prática dessa
mineração uma vez já ter confirmado a viabilidade económica dos depósitos geológicos
carboníferos sedimentares combustível (carvão fóssil) alguns autores dizem são as possíveis
razões e condições para a mineração.

Figura 2: Colecta de Amostras

Fonte: Autora

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6.4. Exploração

A análise da qualidade da quantidade foi feita consequentemente a prática da mineração não só


trabalhos contínuos laboratoriais são feitos para a determinação e confirmação da qualidade
previamente estabelecida. São factos categóricos que testemunham isso, nisso, tanto a
viabilidade técnica como económica foram previamente definidos.

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7. ITINERARIO 1

7.1. Mina, Topografia e a Geologia

Para que se leve a cabo a actividade de produção ou seja exploração é necessário que se tenha
em conta estudos sobre um grupo de procedimentos antecedentes a esta, isto é, um estudo sobre
a metodologia aplicada para a abertura e obtenção do produto desejado. O processo de produção
engloba fases de actuação nomeadamente:
Prospecção – é a fase da procura do bem mineral, visando definir áreas com indícios de
ocorrência mineral;
Exploração – é a fase de estudo de uma ocorrência mineral descoberta; é empreendida para se
conhecer o seu tamanho, forma, teor e valor económico associado a esta ocorrência;
Desenvolvimento – é a fase de preparação e traçado de uma jazida mineral já estudada e
provada, tendo como a finalidade a sua preparação para a futura lavra;
Lavra – é a fase de verdadeiro aproveitamento económico e industrial da jazida, isto é, são
conjuntos de trabalhos de desmonte, extracção e beneficiamento mineral, visando as operações
à manutenção e segurança destes serviços;
Recuperação Ambiental – é a fase de verdadeiros trabalhos de preparação para a devolução
das terras degradadas pela mineração à comunidade ou ao governo ou a particulares.
Os três sectores trabalham em coordenação para que toda a actividade mineira seja de acordo
com o projecto previamente elaborado. A mineração é feita a céu aberto engloba quatro fases,
aplicando o método em cava única.

7.2. Mina

Mina é o espaço onde as actividades combinadas de mineração são levadas a cabo com o
propósito de produção isto é, extracção do bem mineral para o aproveitamento económico

O Desenvolvimento (3 ͣ fase de mineração) caracteriza a mina da Jindal, a preparação e traçado


de uma jazida mineral já estudada e provada para a futura lavra tendo como elementos
estruturais envolvidos nessa engenharia de produção a abertura de vias de acesso e operações
auxiliares e unitárias fazem se desenvolvidas em certas frentes da Jspl.

18
7.3. Operações unitárias em lavra da mina da JSPL (ciclo de produção)

O bem mineral é produzido com a conjugação das operações unitárias em lavra. Em conjunto,
as operações formam um ciclo de produção onde aparecem também operações auxiliares.

7.4. Ciclo de produção

O ciclo de produção significa, todas as operações, equipamentos e pessoal necessário para a


realização dos trabalhos, estes que podem ser directamente ou indirectamente ligados aos
trabalhos de desmonte. Tendo como princípio o desmonte (por explosivos), as operações
executadas pela Jindal com vista à extracção de um minério e até ao seu processamento são
sequenciais e podem ser resumidas da seguinte forma:

 Decapeamento - com o auxílio das ferramentas princípios topográficos e a geologia,


remove-se a camada estéril (capeamento ou top soil) a partir de tractores de esteiras de
queixo duro (bulldozer) até alcançar a superfície da camada de carvão e de seguida, faz
se a perfuração.
 Perfuração – o minério é furado utilizando máquinas de perfuração, a perfuração é
executada com diâmetro, comprimento distâncias entre furos previamente calculadas e
geométrica especifica para alocar o explosivo. Esta acção perfurante é dada forças de
penetração e rotação (retro percursiva). Com o auxilio da topografia, faz-se o
levantamento de coordenadas dos pontos onde serão efectuados as perfurações para
efectivar as operações de perfuração.
 Desmonte – os furos previamente executados são preenchidos (ou carregados) com
explosivo, procedendo-se então à detonação deste e consequente fragmentação do
minério. De salientar que é construída uma malha mista (triangular + rectangular) com
espaçamento e afastamento que não passa de 6 m normalmente, sendo portando
empregues: cordéis detonantes, retardos estopins, emulsão, buster, detonadores como
acessórios e explosivos para a detonação. Após a locação de explosivos, é feita a
conecção da malha paralelamente (sequenciamento do fogo), inicia pirotecnicamente e
por fim detona-se o banco. O material detonado é carregado escavo-carregadeira
(Escavadeira de esteira) que enche os camiões.

19
Figura 3: Ilustrando um Acessório de Detonação ( booster), Linha de Tiro e Retardo de 25 ms

Fonte: Autora

 Remoção (Carregamento e Transporte)– O minério assim fragmentado é carregado em


caminhões, até à instalação de processamento, situada próximo da mina. O carregamento
do material desmontado é feito por máquinas escavo-carregadeiras que enchem os
camiões basculantes comuns e os fora de estrada (dumpers).

Figura 4: Ilustrando uma escavadeira

Fonte autora

20
 Topografia

A topografia é uma ciência que possibilita ao homem localizar qualquer porção limitada da
superfície terrestre (fundo dos oceanos e subterrânea) caracterizando sua dimensão, contorno e
posição relativa, desconsiderando a curvatura resultante da esfericidade da Terra. (Luís A. K.
Veiga).

A topografia responsabiliza-se pelos cálculos de volumes com base no levantamento


tridimensional de coordenadas que é feito observando os princípios da triangulação esta
(topografia), orienta o avanço da mina (determina o nivelamento e desnivelamento, ajuda no
calculo da quantidade delimitação das áreas para construção de estruturas, determinação ou
delimitação das vias de acesso, terraplanagem, Locação de Obras, Loteamento, Traçado
Geométrico de Vias, planeamento de mina).

Figura 5: Ilustrando o equipamento topográfico utilizado na JSPL

Fonte: Autora

Em suma, é a base de qualquer projecto e de qualquer obra realizada por engenheiros. As


coordenadas levantadas são levadas ao escritório e representadas em 3D num software
denominado AUTOCAD, obtendo assim o design da mina a cada vez que ocorre uma alteração
nela.

21
Figura 6: Acesso a mina e operação de carga

Fonte:Autora

22
8. ITINERÁRIO 2

8.1. Planta de beneficiamento de carvão fóssil (usina da Jindal)

Na planta de beneficiamento é onde o carvão é incorrido a operações unitárias (britagem,


peneiramento, separação e classificação) aplicadas visando modificar a granulometria, a
concentração relativa das espécies minerais presentes ou a forma, sem contudo modificar a
identidade química ou física dos minerais, de notificar que o tratamento é a húmido pois em
todas as operações unitárias a água é indispensável. Esta, esta constituída por 6 unidade com
funções distintas a destacar:

 Rom Section;  Spirals;


 Primary;  Float plant and filter press plant;
 Secondary;  Filter plant;

8.1.1. Maquinaria
Em termos de maquinarias usadas na usina, a empresa é detentora de diversos equipamentos
dos quais destacam-se:

 Escavadeira hidráulica  Hoppers (funis)


 Front in loader (Pá-carregadeira)  Surge bin
 Truck (camiões basculantes)  Metal detecter
 Crusher (Britadores de rolos dentados)  Cilos entre outros equipamentos não
 Conveyor belt (tapetes rolantes) menos importantes.
 Scream (peneiras vibradoras)

8.1.2. Rom Section


Esse é considerada a primeira unidade na subdivisão das operações da planta de processamento
da Jindal, comporta equipamentos evidentes como : 2 britadores de rolos dentados (roll crush),
correias transportadoras (conveyor) num numero não superior a 4 unidades, peneiras vibratórias
(size screen) num numero de duas, detector de metais (metal detector), reservatório (surge bin),
funis de descarga (funnel or hoppers) entre outros utilitários não menos importantes.

23
8.1.2.1. Princípio de operação Rom Section
O material vem da frente do desmonte (ROM) por meio de camiões basculantes estes que
drenam o material a partir do hopper ao britador primário de rolos dentados (roll crush), onde,
dependendo do estado do britador que quando estiver indisponível o material entra na fila de
espera em forma de pilha pulmão, recebendo o material apenas quando estiver mecanicamente
e fisicamente disponível, a um diâmetro de partículas não superior a 50mm o material é
submetido a redução da granulometria (britagem ou trituração), onde, a partir do Apex o material
é drenado a correia de descarga (discharge conveyor), esta encaminha o carvão até ao detector
de metais (metal detector), este que avalia a ocorrência de metais no carvão anteriormente
triturado, razões para o efeito “eficiência das posteriores operações unitárias” nisso, removidos
são os metais contidos no material bruto e são descartados, posteriormente, o carvão segue outro
destino por meio de correia de tamanho (size conveyor) onde, submetido é o material ao processo
de peneiramento no size screen a um diâmetro de 50mm, os passantes (undersize) seguem ao
rumo do surge bin e os não passantes (oversize) sofrem a britagem secundaria a igual diâmetro
das partículas “inferior a 50mm” seguido de seu peneiramento na segunda peneira de tamanho
onde o undersize segue ao surge bin e o não passante é descartado (rejeitado) e, as operações da
ROM Section terminam com a deposição do material passante no surge bin.

8.1.3. Primary;
Esta é tida como a segunda unidade da usina de beneficiamento do carvão da Jindal que, é
compartida em D1 e D2 sendo portando operações simétricas ocorrentes em cada
compartimento, o aumento da produtividade é a fundamental razão da existência de duas
subunidades, compostas por equipamentos como: 1 britadores de rolos dentados (roll crush),
peneiras vibratórias (size screen) num número não inferior a 6, funis de descarga (funnel or
hoppers), Cyclones (ciclones), Delude, bins, motores (engines), bombas (pump), Canos (tube),
metal deter (íman), spliter, harderbox entre outros equipamentos não menos importantes

8.1.3.1. Princípio de operacional da Primary


É importante deixar claro que nessa segunda etapa ou unidade de tratamento do carvão, 3
circuitos operacionais caracterizam o processo unitário dos quais destacam-se:

Circuito de carvão;
13
Circuito de magnetite;
Circuito de água.

8.1.3.2. Circuito de carvão


Este refere-se as operações submetidas ou sofridas pelo carvão onde, o material estocado no
Surge Bin que passou pela primeira etapa de beneficiamento (ROM Section), quando atinge 17%
da quantidade do carvão no Surge Bin, alimenta a D1 por meio de correias transportadoras e só
poderá alimentar a D2 quando atingir um nível não inferior a 20% da quantidade do material
contido no reservatório da ROM Section. O material é recebido por uma peneira de deslamagem
(dislaming screen) que classifica o material em lama (undersize) e o retido ou grosso (oversize).
De salientar que a deslamagem é feita com o propósito de não inviabilizar o processo de
tratamento do carvão nas posteriores etapas sendo portanto necessário encaminhar a lama a um
concentrador mais eficiente ou adequado aos produtos finos Spirrals (espirais) Separação por
gravidade, o grosso sofre uma outra classificação no ciclone após ser britado pelo britador
terciário a um diâmetro de partículas não superior a 20mm onde num meio denso (caracterizado
pela presença de magnetite a uma certa densidade isto é, depois de ser britado o carvão é juntado
ao magnetite formando polpa) encaminhado por meio de ductos (canos) até o ciclone, este
classifica em underflow (sink material ou material que afunda) e overflow (flot material ou
material que flutua) pelo principio densitario. O material que afunda (underflow) é considerado
rejeito, encaminha se ao sink sreen para a recuperação do magnetite e após isso descarta se como
rejeito encaminhando-o ao ponto de descarga de rejeito e o outro (overflow), também vai a
peneira de recuperação do magnetite (flot screen) e, nesse processo, o material que passante
undersize vai até a Secodary (terceira unidade para a classificação em coque e térmico) o que
não passa Undersize retorna a trituração terciaria até se ajustar ao tamanho ideal (20mm) após
isso retorna no ciclone dispensado passa de flot screen e vai até a secondary de lembrar que o
mesmo ocorre na D2 compartilhado o mesmo britadora para ajustar a 20mm de tamanho dos
particulados apenas e o mesmo meio de transporte desloca o material até ao seconday servindo
como alimentação deste, assim, fecha-se o circuito de carvão na unidade Primary

14
8.1.3.3. Circuito de magnetite
Este inicia no Over Dance (local onde se prepara o magnetite isto é, faz se a lavagem do mag)
por meio de ductos a solução é induzida ao mag separator 1 (separador de magnetite -íman)
este que detecta as impurezas e as descarta, por meio de ductos e bombas bombeia se o magnetite
em casos de requisição até ao spliter (fornecedor do mag) que pode alimentar a D1, a D2 ou
pode retornar, alimentando um dos dois (D1 ou D2) o material vai ao SEM (tanque de
conservação do mag puro) num processo controlado e combinado junta se o carvão que vem do
desliming screen com o mag distribuído por head box (distribuidor do magnetite) isto, significa
que do SEM tanque o mag, por meio de ductos vai até ao header box este que alimenta o mix
box criando uma solução entre o carvão, magnetite e a água, propositando a criação de um meio
denso que faculta a classificação nos ciclones. Sendo portanto o processo de recuperação do
magnetite consistindo em: antes de lembrar que a recuperação inicia nas peneiras (flotscreen e
sinksreen) estas que são constituídas de uma parte fixa (estática) e outra móvel (vibrante),
assume se que na parte fixa o magnetite ainda não esta misturado com outros elementos por isso
o obtido lá, é drenado no tanque SEM e o que sai da parte móvel já esta alterada a sua densidade
devendo ser alocado noutro tanque diferente denominado “Dailude” onde desse em casos de
necessidade do uso passa por uma equalização isto é: purificação do magnetite das impurezas
no mag separator 2 (separador de magnetite -íman) que para além de recuperar o magnetite e
drená-lo no SEM tanque recupera a água. Desta feita o circuito de magnetite da se por fim
faltando o de água.

8.1.3.4. Circuito de água


Toda a água usada na usina emana do rio Zambeze por meio de bombas com transporte a ductos
visita a planta de tratamento do carvão da Jindal, esta, é albergada no tanque conservatório
designado claryfayer podendo também o clarifayer receber a água a partir do DMS Thinker ou
da feltert press plant (planta de recuperarão da água) água restaurada durante o processamento.
Contudo, ductos esverdeados caracterizam o fluxo da água até nos diversos compartimentos do
primary dos quais Dailude, Deslaming Screens, SEM, em suma em todo o D1 e o D2 e até as
outras unidades como Spirrls, Secundary Fleat Plant de forma suplica resume se o circuito de
água fluindo por meio de tubos estando na dependecia dos pumps (bombas).
15
8.1.5. Unidade Secondary;
Esta unidade, é caracterizada pelas suboperações responsáveis pela classificação do produto
proveniente da pramary do qual emana o coque coal e termical coal (carvão térmico e coque),
de salientar que as ocorrências nesse sector não diferem se tanto das do primary e, no que
concerne aos equipamentos, a planta está munida de: peneiras vibratórias (size screen) num
numero de 3 unidades, funis de descarga (funnel or hoppers), um Cyclones (ciclones), um
Delude, motores (engines), bombas (pump), Canos (tube), spliter, harderbox, Steckers
(empilhadeiras) DMS tank entre outros equipamentos não menos importantes.

8.1.5.1. Princípio operacional da Secondary


Tudo inicia com a alimentação recebida do terceiro britador de rolo dentado, esse material é
induzido ao desliming screen (peneira de desalmar) por meio de ducto que pelo notado é uma
peneira vibradora, antes quero deixar claro que a secundary é também caracterizado pela
ocorrência de três circuitos (de água, de Magnetite de carvão) e o que está no momento a ser
detalhado é o de carvão faltando o de magnetite e de água que passarei a abordar logo após
abordado o circuito de carvão. O material (carvão britado a tamanhão aproximado ou menor a
20mm) alimentado a secundary a parti de ductos que drenam o carvão no hopper encaminhando
ao desliming screen este que faz a separação por granulometria onde os mais finos (lamas e
nanómetros particulados), atravessam a grelha sendo assim considerado Undersize, o undersize
fica conservado no fines tank que posteriormente serve a planta de espirais e o oversize cai no
chute do Mixing box esse que se mistura com o magnetite. Esse mistura, é transferida ate o
Ciclone este que separa os materiais em Underflow e overflow por meio denso o underflow é
considerado térmico e o overflow coque que caiem nos screns sink screen e float screen
respectivamente, essas peneiras são responsáveis pela recuperação da água e do magnetite na
parte estática do vibrador, após isso 2 resultados (coque e térmico) emanam a partir das Stecker
(2 empilhadoras uma de coque e outra de térmico) e assim se fecha a circuito de carvão

8.1.5.2. Circuito de magnetite


Diferente do primarys, o circuito de magnetite inicia na propria planta secundaria onde se
prepara o magnetite isto é, faz se a lavagem do mag no flow onde uma bomba, transfere o
magnetite por meio de ductos em forma de solução heterogénea ( água e magnetite) e é induzido

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ao mag separator (separador de magnetite -íman) este que detecta as impurezas e as descarta,
por meio de ductos e bombas bombeia se o magnetite em casos de requisição até ao spliter
(fornecedor do mag) o material vai ao SEM (tanque de conservação do mag puro) num
processo controlado e combinado junta se o carvão que vem do britador terciário com o mag
distribuído por head box (distribuidor do magnetite) isto, significa que do SEM tanque o mag,
por meio de ductos vai até ao header box este que alimenta o mix box criando uma solução entre
o carvão, magnetite e a água, propositando a criação de um meio denso que faculta a
classificação no ciclone. Sendo portanto o processo de recuperação do magnetite consistindo
em: antes de lembrar que a recuperação inicia nas peneiras (flotscreen e sinksreen) estas que são
constituídas de uma parte fixa (estática) e outra móvel (vibrante), assume-se que na parte fixa o
magnetite ainda não está misturado com outros elementos por isso o obtido lá, é drenado no
tanque SEM e o que sai da parte móvel já esta alterada a sua densidade devendo ser alocado
noutro tanque diferente denominado “Dailude” onde desse em casos de necessidade do uso
passa por uma equalização isto é: purificação da magnetite das impurezas que para além de
recuperar a magnetite e drená-lo no SEM tanque recupera a água. Desta feita o circuito de
magnetite da se por fim faltando o de água.

8.1.5.3. Circuito de água


Este circuito não se defere do primary, isto é a água segue simétrico fluxo com o da primary

8.1.6. Unidade Spirals


Essa é a unidade da usina caracterizada pela classificação gravítica nas espiras, censitária nos
hidrociclones e granulometria nas peneiras. É importante referir que em termos de equipamentos
essa planta porta: Hydrocyclons (hidroclones) dividido em primary (um grupo alimentado pela
primay e outro pela secundary), secundary, Distribuidores, screens num número de 4 unidade
(product screen, midle screen, Galden screen discharge screen), spirais num número de 14
dividido em 2 grupos, um de 8 e outro de 6 o de 6 faz a intercalação com os hidroclones
secundários entre outros equipamentos não menos importantes.

8.1.6.1. Princípio operacional da unidade Spirals


Em forma de polpa a fines tank da primary induz a alimentação um conjunto de hidroclones da
primay, a fines tank da secunday alimenta também a sparlys em forma de polpa a outro grupo
17
de hidrociclones mas também da primary, classifica é a polpa em underfow (material mais
denso) e overflow (material menos denso) de lembrar que o princípio de separação é por
densidade onde considerado rejeito o material flutuante que é encaminhado ao DMS Thinkner
para recuperação da água ou para o posterior beneficiamento na float plant na verdade esse é o
rejeito da planta das espirais mas serve como alimentação para a flotação. Desta feita o material
que afundou nos hidroclones sofre outra concentração mas já nos engenhos espirais passando
do galden screen que classifica o material em undersize e oversize, o undersize vai ao hidroclone
secundário e outro material (oversize) passa pelos distribuidores dos espirais de 8 unidades, a
gravidade executa o efeito desejado (concentração) surtindo 3 materiais dos quais produto
(coque), médio (térmico), e o leve (rejeito este que é direccionado ao descharge screen que após
a recuperação da água descarta se do chute a coveyor de rejeito, a água recuperado flui no
discharge tank), o produto cai no product screen para a recuperação da água que depois é
contida no product tank, e o coque cai do chute e é transportado por meio de correia até o
empilhamento, o mesmo acontece com o térmico após a recuperação da água a partir do midle
screen e a água reservada no midle tank empilha se o térmica. De uma forma suplica, O princípio
básico de separação empregado nos hidrociclones é a sedimentação centrífuga que consiste em
diminuir a percentagem de lama existente no material. A polpa é injectada sob pressão no
aparelho, através dum ducto situado na parte superior da câmara cilíndrica e, como resultado de
sua entrada tangencial, é criado no seu interior um redemoinho. As partículas mais grossas e
mais densas são arremessadas às paredes e descarregadas na abertura inferior, o apex,
constituindo o underflow. Já as partículas mais finas, menos densas e grande parte da fase líquida
são dirigidas para o centro do hidrociclone e saem por um cilindro na parte superior do aparelho,
denominado vortex finder, constituindo o overflow. Este densifica mais o material.

E nas espirais, (concentração gravítica) um processo no qual densidades, tamanhos e formas são
separadas uma das outras por acção da força de gravidade ou por forças centrífugas. Durante o
processo de concentração, o pesado (mais denso) tende ao centro e o estéril ou menos pesado
para as extremidades e ficando entre o pesado e o estéril o material médio (mids).

O secondary (espirais e hidroclones secundários) são empregues para a recuperação do material


do overlow dos tanques de produto e do material médio não portando fugindo do principio de
concentração disenteria e gravítica em obtendo se também três resultados: rejeito, produto e o
18
medi (descarte, coque, térmico) resumindo-se assim os circuitos de beneficiação do carvão na
unidade spirls.

8.1.7. Filter plant;


A Filtração (processo de separação de misturas heterogéneas sólidos dos líquidos) caracteriza a
filter plant, removidas são as impurezas do fluido hidráulico. Isto é feito forçando o fluxo do
fluido a passar por um elemento filtrante que retém a contaminação. Essa planta, em suma se
restringe na restauração da água para a reutilização na planta. Em termos de equipamento a filtre
plant está munida: 1 head box, 2 filter horizontal belt, rolls, screw feeder, 3 dosing tank, 3
hoppers entre outros componentes não menos importantes.

8.1.7.1. Operacionalização da filter plant


Filter plant assim designada por ser uma planta que a partir de cintos horizontais (horizontal
filtre belt) filtra-se a água usada na usina. Todo o processo de filtração inicia com a alimentação
da filtre planta a partir do material overflow do spirals este que ao ser drenado no DMS Thinkner,
com base na estimulação causada pelo floculante o material tente a se unir (aglomera)
considerando se underflow este que alimente a plante de filtração, esta que também recebe o
material do Tail Thinkners onde, por meio de tubagens, o material chega ao header box onde,
em função da necessidade pode se alimentar filtre belt one ou fulter belt two ou mesmo retorno
em forma de descarte para o band rol que depois pode ser descartado ou pode retornar ao
Thinkner. Em caso de houver a necessidade de recuperação a água, após a chegada do material
ao heder box em forma de polpa, este é distribuído ao feed tank este que também recebe o
floculante já preparado do dosing tank preparado no screw feeder de salientar que o floculante
que se usa serve para estimular os sólidos no sentido de se aderirem (juntarem tornando se
consolidados), desta forma esse material é também drenado para o feed tank onde, um solução
química caracteriza o floculante, água e os sólidos. Após a mistura, o material por meio de
bombas e ductos é obrigado a enfrentar um processo de filtragem por meio de bandas isto é: fica
a polpa entre as cintas ou tapetes de filtragem que, com rolos exercendo uma pressão no material,
este cede a parte liquida descarregando a no band rool que posteriormente transporta se para o
Thinkner que depois faz o acabamento do processo de filtragem já que no Thinkner coloca se
também floculantes com o propósito de separa a água (overflow) que vai depois ao clarifay (tank

19
de clarificação da água para o posterior uso na planta) dos sólidos (underflow) que serve de
alimentação para o FILTER Plant e o Float plant e a parte sólida libertada pelos horizontal filter
rol vão para o chut que cai na banda transportadora de descarte (rejeito) esse processo é
semelhante tanto para os filtradores do grupo um assim como do grupo dois e assim fecha se o
processo de recuperação da água

Figura 7: Interior do DMS Thinkner

Fonte: Autora

8.1.8. Floate plant and filter press plant


Duas plantas estão acopladas formando única unidade que objectiva a flotação do carvão e a
filtragem da água respectivamente na float plant e filtre press. Esta unidade comporta
equipamentos como: células de flotação, filtros de pressão ductos, bombas, Tail Thinckner,
header box, flotaction feed tank, clarifay tank, plates, compressores entre outros equipamentos
não menos importantes.

8.1.8.1. Operacionalidade da planta de flotação (froth flotation),

Direct froth flotation assim se pode designar pois a flotação é directa por meio de bolhas.
Flotação é uma técnica de separação puramente mecânica, fora da sua área de actuação.

O material alimentado na float plant provem do spirals (overflow, material coloidal) que
passando do DMS Thinckner, com o estímulo do floculante este tende a se aglomerar e devida
sua densidade, afunda (underflow) uma bomba transporta por meio de ductos o underflow do
thinkner até ao flotaction feed tank, este alimenta o header box que por sua vez o header box
distribui o material nas células primárias de flotação. Já nas células de flotação com a adição de

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reagentes (combustível) carvão toma novo comportamento tornando se mais hidrofóbico (A
propriedade de determinadas espécies minerais capturarem bolhas de ar no seio da polpa, e
exprime a tendência dessa espécie mineral ter maior afinidade pela fase gasosa que pela fase
líquida) tendendo a formação de bolhas de ar que flutuam (overflow) sendo nesse caso o produto
que é encaminhado a floates que por meio de ductos encaminha se ao filtre feed tank. Já o
material não flotado (underflow) nas células primarias de flotação é transferido as células
secundaria de flotação o mesmo acontece o underflow (ganga ou rejeito ou não flotado ) é
descartado por meio de ducto num tank (Thinckner tail tank) e o overflow também é
encaminhado ao filtre feed tank desta feita a flotação encontra se resumida.

8.1.8.2. Operacionalidade da planta de filtração


O material que alimenta essa planta, provem da flotação (produto flotação nas células de
flotação), na verdade essa planta objectiva a secagem do coque e recuperação da água.

Tudo inicia com alimentação dos filtros a partir do feed filtre press tank de salientar que 3 filtros
comportam a planta de restauração da água A, B e C sendo a nomenclatura usada para distinguir
um filtro de outro, as operações ocorridas num caracterizam o outro ou por outra todas tem
mesmo princípio de funcionamento. Após a alimentação da polpa, o material é sujeito a uma
pressão exercida aos pratos de filtração condicionando a liberação da parte liquida que é depois
clarificado no clarifay e a sólida que é o coque, a partir da banda transportadora leva se o produto
até as espalhadeiras (steckers) que formam pilhas de minério e assim da se por encerado o
circuito operacional da float plant e filtre press plant.

Figura 8: Usina de beneficiamento, carregadeira frontal, empilhadora e o minério em forma de pilha

Fonte: Autora

21
9. LABORATÓRIO DE ANALISE DE CARVÃO

O Laboratório é caracterizado por ser um local onde as actividades levadas a cabo objectivam
a análise da qualidade do carvão. Operações como amostragem, preparação de amostras análise
de variáveis como: inchamento do carvão, material volátil, humidade, cinza entres outras são
cuidadosamente feitas de forma sistemática.

9.1. Amostragem

O processo de amostragem consiste na retirada de quantidades moduladas de material


incrementos) de um todo que se deseja amostrar, para a composição da amostra primária ou
global, de tal forma que esta seja representativa do todo amostrado. (MARIA Alice C. et all
2004)

Com isso, são tomadas 10 amostras da planta de processamentos em cada turno incrementos
estes que são tomados numa varia de 30 em 30 minutos formando assim uma amostra primaria
que é levado ao laboratório para efeitos de análise.

Já no laboratório, a amostra primária é submetida a uma série de etapas de preparação que


envolvem operações de cominuição, homogeneização e quarteamento, com o propósito de dar
génese a amostra final, com massa e granulometria adequadas (representatividade) para a
realização de ensaios (químicos, físicos, mineralógicos etc).

Cabe ressaltar que a representatividade referida é válida para a(s) característica(s) de interesse
(densidade, teor, humidade, distribuição granulometria, constituintes minerais etc) definida(s) a
priori. E, ainda, que todos os cuidados são tomados para que essa representatividade não se
perca, quando da preparação da amostra primária. (MARIA Alice C. et all 2004)

Na usina as seguintes amostras são recolhidas: feed coal, secondary clean, spiral clean, filter
clean, high grade termal, spiral thermal, filter thermal, scalping reject, discard new e discard
old. A amostra é recolhida nas bandas transportadoras por amostradores automáticos ou pelos
operadores, levadas ao laboratório, e colocadas a secar ao sol (temperatura ambiente), após a
secagem, passam por britagem cónico reduzindo o carvão a -50mm e pelo jaw crusher com o
reduzindo a granulometria para -20mm de salientar que em função da granulometria o as

22
amostras são direccionadas ao britador especifico, para promover maior representatividade da
amostra, estas são homogeneizadas e quarteadas em um quarteador rotativo.

Figura 9: britador de mandibulas e o raimond mill

Fonte: Autora

Feito o quarteamento de forma aleatória são tomadas algumas gavetas e brita-se novamente em
um roller crusher para que alcance -3mm e após a secagem nas estufas moem-se em um
Raymond mil e produzir o pó de 212micrometros que serve de amostra final para posteriores
análises no laboratório.

A importância da amostragem é ressaltada, principalmente, quando entram em jogo a avaliação


de depósitos minerais, o controle de processos e a comercialização de produtos uma amostragem
mal conduzida pode resultar em prejuízos vultosos ou em distorções de resultados com
consequências técnicas imprevisíveis. (MARIA Alice C. et all 2004)

Portanto, a amostra primária, ao chegar ao laboratório, numa sequência de estágios de


preparação (secagem, britagem, moagem, secagem, homogeneização, transferência etc) e
estágios de amostragem propriamente dita (redução da massa de material), ambos susceptíveis
a alteração do teor da característica de interesse e, portanto, à geração de erros de preparação e
erros de amostragem obtém se o tamanho ideal da Amostra Primária é em função do tipo de
material, granulometria, teor do elemento de interesse e precisão desejada. É determinado

23
estabelecendo-se, inicialmente, a dimensão do incremento e o número de incrementos a serem
retirados.

Figura 10: Quarteador rotativo e cadinhos

Fonte: Autora

As análises feitas no laboratório são normalmente as seguintes: Moisure (humidade), Volatle


Material (material volátil), Ash (cinzas) e CSN – Coal sweling number (número de inchamento)
mediante os seguintes procedimentos:

 Pesa-se o cadinho vazio (com tampa se for analise de cinza) na balança e regista-se o peso
(P1);
 Coloca-se um grama de carvão moído no cadinho e pesa-se novamente obtendo-se o P2;
 Coloca-se o cadinho no oven se for teste de humidade ou na mufler (mufla) para os outros
testes considerando os aspectos seguintes:
 Para o teste de humidade, o cadinho deve ficar no oven durante uma hora a temperatura de
105 graus celsius;
 Para o teste de voláteis, o cadinho deve ficar na mufler durante 7 minutos a uma temperatura
de 900 graus celsius;
 Para o teste de cinzas, o cadinho deve ficar na mufler durante duas horas a uma temperatura
de 800 graus celsius;
 Para o teste de inchamento (CSN), o cadinho deve ficar na mufler durante 3 minutos a uma
temperatura de 820graus celsius.

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 Retirado o cadinho, deve se deixar esfriar e voltar a pesar na balança de modo a se obter as
se obter o peso P3;
 O CSN é obtido comparando o padrão geométrico do carvão dentro de cadinho após queima
com a tabela padrão de inchamento que contem figuras com indicação do valor de CSN.

Os números padrões que correspondem a cada tamanho de coque obtido são:

1, 1 ½, 2, 2 ½, 3, 3 ½, 4, 4 ½, 5, 5 ½, 6, 6 ½, 7, 7 ½, 8, 8 ½ e 9.

Os números de inchamento podem ser usados para indicar, de modo geral, os fins industriais
para os quais o carvão é adequado ou inadequado.(MB, 2015)

 Número de inchamento até 2 ½ (inclusive)

Não coqueificável ou propriedades de coqueificação muito fracas. Carvões adequados para


produção de vapor de água em caldeiras e para queima em outras fornalhas (geralmente de
alimentação mecânica móvel) porém, inadequados para qualquer forma de carbonização, ou
seja, aquecimento fora do contacto do ar de modo que o carvão se decompõe termicamente,
produzindo coque, combustível líquidos e combustíveis gasosos.

 Número de inchamento 3 e 3 ½

Carvões de poder de coqueificação fraco e moderado. São carvões s para todos os fins de
combustão: adequados para carbonização para produção de gás, porém, inadequados para
fabricação de coque metalúrgico.

 Número de inchamento de 4 a 6 ½

Carvões de poder de coqueificação moderado. São adequados para fins de combustão porém
são um tanto fortemente coqueificáveis para algumas formas de alimentadores mecânicos. São
usados para produção de gás combustível e para fabricação de coque metalúrgico de segunda
qualidade.

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 Número de inchamento de 7 a 9

Carvões fortemente coqueificáveis. Estes carvões são muito coqueificáveis para serem
adequados para combustão em fornalhas e ainda fortemente coqueificáveis para uso em
produção de gás. Essa classe inclui os carvões que são os melhores para a fabricação de coque
metalúrgico em coqueiras.

Figura 11: Perfil padrão do teste CSN

Fonte: MB, 2015

9.2. Formulário para o calculo das variáveis analisadas no laboratório

9.2.1. Moisture (teor de humidade)


𝑷𝟐 −𝑷𝟑
Moi = 𝒙𝟏𝟎𝟎%
𝑷𝟐 −𝑷𝟏

Sendo:

 𝒑𝟏 – peso do cadinho sem carvão


 𝒑𝟐 – peso do cadinho com um grama de carvão sem ser submetido ao oven
 𝒑𝟑 − peso do cadinho com um grama de carvão sem após ser submetido ao oven (secado)

9.2.2. Ash (Cinza)


𝑷𝟑 −𝑷𝟏
Ash = 𝒙𝟏𝟎𝟎%
𝑷𝟐 −𝑷𝟏

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Sendo:

 𝒑𝟏 – peso do cadinho sem carvão


 𝒑𝟐 – peso do cadinho com um grama de carvão sem ser submetido ao oven
 𝒑𝟑 − peso do cadinho com um grama de carvão após ser carbonizado no oven (queimado)

Volatile Material (VM)

𝑷𝟐 −𝑷𝟑
VM = [ 𝒙𝟏𝟎𝟎%] − [𝐌𝐨𝐢 ]
𝑷𝟐 −𝑷𝟏

𝑷𝟐 −𝑷𝟑 𝑷𝟐 −𝑷𝟑
VM = [ 𝒙𝟏𝟎𝟎%] − [ 𝒙𝟏𝟎𝟎% ]
𝑷𝟐 −𝑷𝟏 𝑷𝟐 −𝑷𝟏

Sendo:

 𝒑𝟏 – peso do cadinho sem carvão


 𝒑𝟐 – peso do cadinho com um grama de carvão sem ser submetido ao oven
 𝒑𝟑 − peso do cadinho com um grama de carvão após ser carbonizado no oven (queimado)

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10. CONCLUSÃO

Perante situações de ponto de vista técnico e gerais o observador é obrigado a tirar suas
conclusões de carácter técnico, na tentativa de evoluir a qualidade de científica para o
desenvolvimento cada vez mais desejável deste modo tornar o meio ambiente saudável e
racional. Ao longo deste percurso, várias foram as actividades desenvolvidas e que
possibilitaram adquirir competências e desenvolver capacidades sobre a mineração de carvão
na Jindal

O estágio permitiu assim ao estudante conciliar, obter os conhecimentos práticos sobre a


mineração de carvão através de participações nas actividades feitas. Na obstante salienta se que
os objectivos almejados foram com sucesso alcançados sem interferências

Conclui ainda que duma forma súplica as operações minerais na jindal são conjugadas
(perfuração, desmonte, carregamento, transporte) e unitárias (britagem, peneiramento, moagem,
amostragem, testes laboratoriais,) de modo alcançar resultados aplausíveis num curto espaço de
tempo

10.1. Sugestões

A autora deste artigo, depois de ter participado com êxito em quase todas as actividades mineiras
executadas na empresa Jindal, constatado certos pontos de dar sugestão para melhorias tens se
como sugestões:

Na mina:

 Que se aplique na empresa Jindal tecnologias amigáveis ao ambiente durante a extracção do


carvão;
 Que se faça o redimensionamento da geométrica da cava por forma a aplica métodos de
mineração propícios (uso de bancadas por exemplo ou por tiras);
 Que se verifica estabilidade do talude (a altura está em demasia o que pode causar
implicações no que tange a segurança);

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 Que se insole a área de mineração para evitar o acesso de seres não autorizados;
 Que se crie condições na empresa para o melhoramento do controlo das vibrações;

Na planta de processamento:

 Que se adoptem técnicas propícias para a gestão e manuseio do rejeito e produtos (minério)

 Que se crie condições para o melhoramento do controlo das vibrações;


 Que se insole a área de mineração para evitar o acesso de seres não autorizados
 Que se crie condições para o reaproveitamento do carvão que se perde durante as operações
unitária, transporte nas correias
 Que se crie condições de se melhorara a questão da segurança (evitar a exposição dos
operadores a riscos seja vibrações, radiações, poeiras etc)

No laboratório:

 Que se instale amostradores automáticos em todas as correias que são recolhidas as amostras
na planta, pois a recolha de amostra usando pá sobre a correia é uma acção perigosa e pode
resultar em acidente e ou erros laboratoriais;
 Que se crie condições na empresa para o melhoramento do controlo das vibrações;

Na topografia:

 Que se verifique a compatibilidade do carvão por se desmontar (volume) com a capacidade


de beneficiamento da planta para evitar a sobrecarga da mesma e nisso uso não sustentável
dos recursos;
 Que se crie condições para acelerara e garantir a restauração das área já mineradas

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11. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

 CAMILO, Borges Neto, Equipamentos Para Escavação – Compactação E


Transporte Out/2011
 COSTA, F. P. Aplicações de técnicas de optimização a problemas de planeamento
operacional de lavra em minas a céu aberto. Ouro Preto: Escola de Minas da
Universidade Federal de Ouro Preto. Dissertação de Mestrado. Programa de Pós-
Graduação em Engenharia Mineral. 2005. 140 p.
 COSTA, R. R. Projecto de Mineração. 1ª edição. Universidade Federal de Ouro Preto,
vol. 1 e 2, Ouro Preto, 1979.
 COSTA, Valdir e Silva, operações mineiras, Departamento de Engenharia de Minas
Escola de Minas, Março, 2009.
 DOMINGUES, A. F at all, Manual de Gestão dos Recursos Hídricos e a Mineração,
Brasília, 2006;
 Ensaios de Laboratório: Analise imediata de carvão (Método Brasileiro – MB), 2015.
 FLORIANO polis: UFSC, 1995. (Monografia de Especialização em Engenharia de
Segurança do Trabalho).
 GORDANE, R.: Actualização de plano de lavra e avaliação técnica económica da
mina de carvão explorada em Tete no distrito de Marara/Cahora Bassa. Matola:
JSPL, 2016.
 HERRMAN, C. Manual de perfuração de rocha, São Paulo, Polígono, 1972, 2a
edição.
 JISELA Aparecida Santanna Greco Escavação em Rochas- Construção de Estradas e
Vias Urbanas
 LUIS A. K. Veiga/Maria at all fundamentos de topografia. Faggion 273
 MARIA Alice C. et all, Amostragem. 4a Edição Rio de Janeiro. Centro de Tecnologia
Mineral. Pág. 19a51. Dezembro/2004
 SILVA, V. C. Carregamento e transporte de rochas. Escola de Minas da Universidade
Federal de Ouro Preto. Ouro Preto. 2009.
 S. L. M. (Ed). Tratamento de Minérios 4ª ed. Rio de Janeiro: CETEM/MCT, 2004.

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12. Anexos

Figura 12: crivos e a usina de beneficiamento do carvao da jindal

Fonte: Autora

Figura 13: bandas transportadoras, e empilhadoras

Fonte: Autora

Figura 14: Estufas, e britador de rolos

Fonte: Autora

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13. GLOSSÁRIO

Circulate middle tank – tanque de meio circulante


Stacker conveyor – correias de descarga
Thickener – espessador
Control room – sala de controlo
Clarifier – clarificador
Collector – colector
Coal sweling number – índice de inchamento do carvão
Ash – cinza
Volatile material – material volátil
Moisture – humidade
Strike – azimute
Belt – cinturão
Wash plant – planta de beneficiamento
Shift – turno
Run of Mine – vindo da mina
Thermal coal – carvão térmico
Coking coal – carvão coque
Spirals – espirais
Filter plant – planta de filtragem
Flotation – flotação
Filter press – filtro de prensa
Crusher – britador
Conveyor – correia transportadora
Feeder – alimentador
Sizing screen – peneira classificadora
Fines tank – tanque de finos
Set point – teor de corte
Cyclone – ciclone
Discard – descartado

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Float-sink – afunda-flutua
Undersize – retido
Oversize – passante

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