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NORMA ABNT NBR

BRASILEIRA 15012
Segunda edição
02.09.2013

Válida a partir de
02.10.2013

Rochas para revestimentos de edificações —


Terminologia
Rocks for cladding — Terminology
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ICS 01.020; 91.100.15 ISBN 978-85-07-04457-4

Número de referência
ABNT NBR 15012:2013
23 páginas

© ABNT 2013
ABNT NBR 15012:2013
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ABNT NBR 15012:2013

Sumário Página

Prefácio ...............................................................................................................................................iv
1 Escopo ................................................................................................................................1
2 Termos e definições ...........................................................................................................1
2.1 Conceitos ............................................................................................................................1
2.2 Características geológicas e petrográficas .....................................................................1
2.2.1 Gerais .................................................................................................................................1
2.2.2 Petrografia e texturas das rochas com aplicação ..........................................................2
2.2.3 Processos de alteração, intemperismo e alterabilidade.................................................5
2.2.4 Formas dos corpos para rochas ígneas, metamórficas e sedimentares ......................6
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2.2.5 Tipos de rochas mais frequentes – Definições petrográficas e minerais


característicos ...................................................................................................................7
2.2.6 Processos de extração, beneficiamento e seus produtos ...........................................11
2.2.7 Denominações comerciais ..............................................................................................22

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ABNT NBR 15012:2013

Prefácio

A Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) é o Foro Nacional de Normalização. As Normas


Brasileiras, cujo conteúdo é de responsabilidade dos Comitês Brasileiros (ABNT/CB), dos Organismos
de Normalização Setorial (ABNT/ONS) e das Comissões de Estudo Especiais (ABNT/CEE), são
elaboradas por Comissões de Estudo (CE), formadas por representantes dos setores envolvidos,
delas fazendo parte: produtores, consumidores e neutros (universidades, laboratórios e outros).

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A ABNT NBR 15012 foi elaborada pela Comissão de Estudo Especial de Rochas Ornamentais
(ABNT/CEE-187) . O Projeto circulou em Consulta Nacional conforme Edital nº 05, de 22.05.2013
a 22.07.2013, com o número de Projeto ABNT NBR 15012.

Esta segunda edição cancela e substitui a edição anterior (ABNT NBR 15012:2003), a qual foi
tecnicamente revisada.

O Escopo desta Norma Brasileira em inglês é o seguinte:

Scope
This Standard defines terms related to the geology of rock materials, such as the main petrographic
types, its textures and structures.

This Standard also defines terms related to the extraction and beneficiation of rock materials, designated
to ornamental use.

This Standard presents concepts commonly used in the commerce and industry of ornamental rocks.

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NORMA BRASILEIRA ABNT NBR 15012:2013

Rochas para revestimentos de edificações —Terminologia

1 Escopo
1.1 Esta Norma define os termos referentes à geologia dos materiais rochosos, destacando os prin-
cipais tipos petrográficos, suas texturas e estruturas.

1.2 Esta Norma define também os termos referentes aos processos de extração e de beneficiamen-
to dos materiais rochosos destinados ao uso como rocha ornamental, bem como os produtos dela
gerados.
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1.3 Esta Norma apresenta, também, conceitos usados no comércio e na indústria das rochas orna-
mentais.

2 Termos e definições
Para os efeitos deste documento, aplicam-se os seguintes termos e definições.

2.1 Conceitos

2.1.1
rocha ornamental
material pétreo natural, utilizado em revestimentos internos e externos, estruturas, elementos
de composição arquitetônica, decoração, mobiliário e arte funerária

2.1.2
rocha para revestimento
rocha ornamental submetida a diferentes graus ou tipos de beneficiamento, utilizada no revestimento
de superfícies, especialmente pisos, paredes e fachadas

NOTA O termo “pedra de revestimento” é também utilizado em alguns setores para identificar tanto rochas
utilizadas em revestimentos quanto pedras decorativas.

2.2 Características geológicas e petrográficas

2.2.1 Gerais

2.2.1.1
cristalização
formação de novos minerais em uma rocha por cristalização magmática ou metamórfica

2.2.1.2
mineral
elemento ou composto químico gerado por processos inorgânicos, de composição química definida,
com estrutura cristalina interna ordenada, encontrado naturalmente na crosta terrestre

2.2.1.2.1
mineral acessório
mineral que ocorre nas rochas em quantidades inferiores a 5% e que não influencia na sua classificação

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2.2.1.2.2
mineral essencial
mineral ou conjunto de minerais predominantes e essenciais em uma rocha e determinantes para
a sua classificação

2.2.1.2.3
mineral primário
mineral formado a partir da cristalização de um magma, no caso das rochas ígneas, ou da cristalização
metamórfica, no caso das rochas metamórficas

2.2.1.2.4
mineral secundário
mineral que resulta da substituição de um outro mineral previamente formado ou primário
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2.2.1.3
natureza das rochas
origem ou gênese da rocha

2.2.1.4
recristalização
crescimento a partir de mineral preexistente, sob efeito de aporte de calor durante o metamorfismo

2.2.1.5
rocha
material sólido natural mono ou poliminerálico, que pode conter compostos amórficos ou orgânicos
em diferentes proporções. De acordo com a origem, é classificada como sedimentar, magmática
ou metamórfica

2.2.1.6
rocha ígnea ou magmática
rocha formada a partir da cristalização de líquidos magmáticos; plutônica ou intrusiva, se formada
por cristalização lenta no interior da crosta ou do manto; vulcânica, que pode ser extrusiva ou efusiva,
se resultante de cristalização rápida na superfície, de materiais expelidos por vulcões. Nos casos
em que a cristalização acontece a pequenas profundidades da crosta, a rocha é subvulcânica

2.2.1.7
rocha metamórfica
rocha formada por processos no interior da Terra, que provocam transformações mineralógicas
e texturais nas rochas preexistentes, em função de mudanças nas condições de temperatura e pressão,
em presença de fluidos quimicamente ativos

2.2.1.8
rocha sedimentar
rocha formada por processos de consolidação dos produtos resultantes da desagregação ou de
decomposição de rochas preexistentes ou, ainda, de acumulação de restos orgânicos

2.2.2 Petrografia e texturas das rochas com aplicação

2.2.2.1
amígdala
vesícula que foi preenchida posteriormente com minerais precipitados a partir de soluções aquosas
ou gasosas

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2.2.2.2
bandamento
feição macroscópica desenvolvida em rochas ígneas e metamórficas, resultante da alternância
de camadas, lentes e faixas que diferem basicamente na composição mineral (e consequentemente
na cor) e/ou textura

2.2.2.3
descontinuidades
qualquer estrutura geológica que interrompa, ou possa interromper – quando submetida a certas
cargas – a continuidade física da rocha. Engloba juntas, falhas, fraturas, fissuras e planos de fraqueza
em acamamentos, bandamentos, foliações, lineações e outros

2.2.2.4
elementos determinantes para a definição de texturas das rochas
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(1) rochas ígneas: grau de cristalinidade, tamanho de grão; disposição de grãos; forma dos grãos;
(2) rochas metamórficas: tamanho, disposição e orientação dos grãos; (3) rochas sedimentares: tamanho
e forma dos grãos

2.2.2.5
estrutura
aspectos morfológicos das rochas, como disposição em camadas, foliações, xistosidades, lineações,
vesiculação e outros devido a dobramentos, falhamentos e fraturamentos. A estrutura também pode
ser utilizada para designar, de maneira genérica,os tipos de textura

2.2.2.6
foliação
estrutura planar resultante da orientação e achatamento dos constituintes minerais. Usualmente,
engloba diferentes tipos de estruturas condicionadas pela natureza da rocha e deformações posteriores

2.2.2.7
lineação
engloba qualquer estrutura linear na rocha, como minerais alongados segundo as direções
de deformação e outros. Termo geralmente utilizado para se referir às estruturas lineares que não
se caracterizam como foliações

2.2.2.8
petrografia
área da geologia que se ocupa da descrição macro e microscópica das rochas, considerando
os seus conteúdos mineralógicos e as relações entre os grãos desses minerais

2.2.2.9
rocha maciça
rocha com aspecto compacto, homogêneo e com ausência de minerais com orientação planar
ou dispostos em leitos

2.2.2.10
termos relativos ao tamanho do grão
(1) rochas ígneas: grosso, médio e fino; afaníticas: rocha de grão muito fino, na qual não
é possível a individualização de grãos sem a utilização de lupa; faneríticas: rocha na qual é possível
a individualização de grãos sem a utilização de lupa; (2) rochas metamórficas: as rochas metamórficas
apresentam granulação variando de muito fina até grossa, mas sem indicação de valores.
Alguns minerais metamórficos podem crescer mais do que outros, alcançando dimensões centimétricas
(porfiroblastos)

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2.2.2.11
textura
termo que se refere à organização íntima de uma rocha, indicando, em escala microscópica, a forma,
o tamanho, a distribuição e as múltiplas relações entre os minerais constituintes

2.2.2.11.1
textura cataclástica
textura de rochas caracterizadas por intenso fraturamento, microfraturamento e deformação
dos minerais, oriundos de movimentos tectônicos na crosta em condições de temperatura relativamente
baixa

2.2.2.11.2
texturagranolepido/nematoblática
textura de rocha que apresenta porções com textura granoblástica, intercalada com outras de textura
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lepidoblástica ou nematoblástica

EXEMPLO Gnaisses.

2.2.2.11.3
textura granular
textura de rochas onde a maioria dos minerais é aproximadamente equidimensional

2.2.2.11.4
textura hipidiomórfica
textura descreve, nas rochas ígneas, em que os cristais individuais de minerais são somente em parte
limitados por suas faces cristalinas

2.2.2.11.5
textura lepidoblástica
textura fornecida pela isorientação de minerais micáceos, foliáceos, isorientados paralela
ou subparalelamente

EXEMPLO Em xistos, filitos etc.

2.2.2.11.6
textura nematoblástica
textura de rocha com predominância de minerais prismáticos (piroxênios ou anfibólios) isorientados

EXEMPLO Em anfibolitos.

2.2.2.11.7
textura ofítica
textura típica de rocha plutônica básica, caracterizada por ripas de plagioclásio englobadas por cristais
maiores de piroxênio

2.2.2.11.8
textura poiquilítica
textura de arranjo mineral de rocha magmática, em que grandes cristais de uma espécie mineral
englobam numerosas inclusões de outros minerais, orientados ao acaso

2.2.2.11.9
textura poiquiloblástica
textura de arranjo mineral de rocha metamórfica, em que grandes cristais de uma espécie mineral
(porfiroclastos) englobam numerosas inclusões de outros minerais

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2.2.2.11.10
textura porfirítica
textura de arranjo mineral de rochas ígneas, caracterizada pela presença de cristais maiores
(fenocristais) dispersos em uma massa de granulação fina ou vítrea

2.2.2.11.11
textura porfiroblástica
textura de arranjo mineral de rochas metamórficas caracterizada por cristais maiores (porfiroblastos),
dispersos entre cristais de granulação mais fina

2.2.2.11.12
textura subofítica
textura de rocha plutônica, média a grossa, caracterizada por ripas de plagioclásio parcialmente
envolvidas por cristais maiores de piroxênio
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2.2.2.12
vesícula
cavidade vazia encontrada em rochas efusivas, de forma variável (esférica, elíptica, ovóide ou irregular),
sendo originada pela expansão de gases em derrame de lavas

2.2.3 Processos de alteração, intemperismo e alterabilidade

2.2.3.1
albitização
transformação parcial ou total de minerais de uma rocha, geralmente feldspatos, em albita, pela ação
de gases e/ou fluidos durante processos tardi e/ou pós-magmáticos

2.2.3.2
alterabilidade
aptidão de uma rocha para se alterar em função do tempo, com base no período de tempo em que a
rocha pode manter suas características inatas em uso, dependendo do meio ambiente e do uso da
rocha em questão (por exemplo, em exteriores ou interiores)

2.2.3.3
alteração
qualquer mudança na composição química e mineralógica de uma rocha ocorrida por meios físicos
e químicos, especialmente pela ação hidrotermal, mas também pela ação intempérica

2.2.3.4
alteração deutérica
alteração da mineralogia original de rochas magmáticas, causada por soluções e/ou gases atuantes
nos estágios finais de consolidação de um magma

2.2.3.5
alteração hidrotermal
mudança na composição química das rochas, produzida por soluções aquecidas, ascendentes
do magma

2.2.3.6
caulinização
formação do argilomineral caulinita a partir de um mineral de uma rocha, em geral o feldspato, resultante
da alteração deutérica ou intempérica

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2.2.3.7
cloritização
conjunto de processos pelos quais os minerais ferromagnesianos de uma rocha são alterados
para minerais do grupo da clorita, ou pelos quais são substituídos pela clorita. Pode se originar por
alteração hidrotermal ou por meteorização

2.2.3.8
decomposição
tipo de intemperismo causado por agentes químicos. Ver 2.2.3.10.2.

2.2.3.9
desagregação
desintegração
tipo de intemperismo físico que consiste na separação em diferentes partes de um mineral ou de uma
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rocha, causada pelo trabalho dos agentes erosivos ou dos agentes exógenos

2.2.3.10
intemperismo
conjunto dos processos de natureza física, química ou biológica que atuam na superfície terrestre
e que levam à desintegração e decomposição química das rochas e minerais

2.2.3.10.1
intemperismo físico
uma série de processos acumulativos que culminam na quebra mecânica (fraturamento) das rochas
e sua desintegração

2.2.3.10.2
intemperismo químico
processo de decomposição dos minerais e formação de novos produtos (por exemplo, argilominerais),
mais estáveis na zona de intemperismo

2.2.3.11
meteorização
ver 2.2.3.10

2.2.4 Formas dos corpos para rochas ígneas, metamórficas e sedimentares

2.2.4.1
maciço
corpo rochoso contínuo, sem delimitação aparente

2.2.4.2
matacão
grande massa rochosa arredondada, achatada ou elíptica, produzida geralmente pelos processos
de intemperismo químico e que possui dimensões suficientes para a produção de blocos passíveis
de aproveitamento econômico

2.2.4.3
veio
massa monomineral tabuliforme inserida na rocha

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2.2.5 Tipos de rochas mais frequentes – Definições petrográficas e minerais característicos

2.2.5.1
alabastro
gipsita
rocha carbonática de origem sedimentar, translúcida, de cor clara, essencialmente constituída
por gipso, que corresponde a sulfato hidratado de cálcio, geralmente de cor branca ou incolor,
com aspecto fibroso, micáceo ou lamelar

2.2.5.2
anfibolito
rocha metamórfica de granulação fina a grossa, com discreta xistosidade, composta principalmente
de anfibólios e plagioclásio. Dos anfibólios, a hornblenda é o mais comum, apresentando proporções
variáveis de cálcio, sódio, magnésio, ferro e alumínio. Geralmente ocorre com tonalidades
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do verde-escuro ao negro, com aspecto fibroso ou granular. Outro anfibólio comum é a actinolita,
mineral verde, granular ou fibroso, contendo cálcio, magnésio e ferro. Outros anfibólios que podem
estar presentes são: antofilita, cummingtonita, tremolita, riebeckita, glaucofânio e arfvedsonita

2.2.5.3
ardósia
rocha metamórfica de origem sedimentar, de granulação fina, fracamente metamorfizada e de textura
lepidoblástica não discernível a olho nu e com orientação planar muito intensa (clivagem ardosiana).
Apresenta estrutura foliada e delaminação em placas com espessuras reprodutíveis e superfícies
notavelmente planas, lisas e uniformes,e derivadas da isorientação de minerais placoides e prismáticos

2.2.5.4
arenito
rocha sedimentar proveniente da consolidação e cimentação natural de partículas minerais arenosas
(com diâmetro entre 0,06 mm e 2,0 mm), principalmente grãos de quartzo. O material cimentante pode
ser silicoso, carbonático, ferruginoso ou argiloso

2.2.5.5
basalto
rocha vulcânica composta principalmente de plagioclásio cálcico e clinopiroxênio, em uma massa
fundamental afanítica, podendo conter vidro. É correspondente ao extrusivo do gabro

2.2.5.6
calcário
rocha sedimentar carbonática de granulação normalmente fina, constituída predominantemente
por cristais de calcita, que é um carbonato de cálcio, geralmente de cor branca, podendo apresentar
tonalidades avermelhadas, alaranjadas, esverdeadas e outras. Pode conter também dolomita,
que é um carbonato de cálcio e magnésio, geralmente incolor ou branco, sendo o constituinte essencial
de dolomitos e podendo estar presente em algumas variedades de mármores. A presença de fósseis
de dimensões variáveis é comum

2.2.5.7
charnockito
hiperstênio granito
rocha ígnea de granulação média a grossa, essencialmente constituída por quartzo e feldspato,
caracterizada pela presença de hiperstênio (ortopiroxênio), e de típica coloração esverdeada.
O hiperstênio corresponde a uma variedade de piroxênio constituída por magnésio e ferro,
frequentemente alterada para clorita e serpentina. Apresenta-se em tom acinzentado, amarelado
ou branco-esverdeado ao verde-oliva e pardo

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2.2.5.8
diabásio
rochasubvulcânica de granulação fina a média, constituída essencialmente por plagioclásio cálcico
e piroxênios. Correspondente ao subvulcânico do gabro e do basalto

2.2.5.9
diorito
rocha magmática de granulação média, constituída por plagioclásio intermediário, hornblenda, biotita
e pouco quartzo (< 5%)

2.2.5.10
dolomito
rocha sedimentar de granulação fina a média, constituída predominantemente de dolomita (carbonato
de cálcio e magnésio)
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2.2.5.11
esteatito
rocha metamórfica magnesiana, de granulação fina, estrutura maciça, essencialmente constituída
por talco. Essa rocha é decorrente da alteração de rochas ígneas ultrabásicas e ultramáficas originalmente
compostas por olivinas e piroxênios, tendo como principais representantes a forsterita/faialita
e a enstatita, que normalmente alteram-se para serpentina. O talco é um mineral de dureza baixíssima
e corresponde a um silicato hidratado de magnésio, formado pela desidratação da serpentina
em presença de quartzo. A rocha é maciça ou laminar, com cores variando do verde-claro
ao cinza-escuro ou branco

2.2.5.12
gabro
rocha magmática de composição básica, de granulação média a grossa e essencialmente
constituída por plagioclásio cálcico e piroxênio. No caso dos gabros, a augita é a variedade mais
comum de piroxênio. Composta por cálcio, sódio, ferro, magnésio e alumínio, ocorre como cristais
prismáticos em cores verde-escuro ou preto. As relações entre cristais de plagioclásio e de piroxênios
são determinantes das texturas subofíticas a ofíticas. O gabro pode conter teores variáveis de olivina

2.2.5.13
gnaisse
rocha metamórfica de granulação média a grossa, que apresenta estrutura de bandamento,
normalmente identificado pela alternância de bandas claras e escuras, regulares ou não, e estruturas
planares normalmente definidas pela disposição de minerais micáceos (biotita ou muscovita)
ou prismáticos (anfibólios, granadas etc.)

2.2.5.14
granito
rocha magmática ácida, de granulação média a grossa, constituída essencialmente por quartzo,
feldspatos alcalinos, que podem ser potássicos (microclina ou ortoclásio) ou sódicos (albita
e oligoclásio) e, secundariamente, por feldspatos cálcicos (plagioclásio) e, acessoriamente, por biotita,
muscovita, granada, sillimanita, anfibólios e, raramente, piroxênio. Apresenta textura com grãos mais
ou menos do mesmo tamanho (equigranular) ou com tamanhos muito diferentes (inequigranular ou
porfirítica). Normalmente, é isotrópica a levemente anisotrópica (com alguma orientação) e mostra
coloração variando entre a esbranquiçada, a acinzentada, a rosada, a avermelhada ou a bege.
A coloração de um granito é fortemente influenciada pelo feldspato presente

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2.2.5.15
granodiorito
rocha magmática de granulação média a grossa, constituída essencialmente por plagioclásio, quartzo
e feldspato potássico, podendo conter teores variáveis de biotita, hornblenda e, mais raramente,
piroxênios

2.2.5.16
granulito
rocha metamórfica de alta temperatura e/ou pressão, de granulação fina a média e, por vezes, plano-
foliada. Sua composição é normalmente feldspática, com ou sem quartzo, e caracteristicamente contendo
aluminossilicatos como a sillimanita ou a cianita, ou, ainda, aluminossilicatos ferromagnesianos,
como a cordierita, e granadas nos tipos derivados de sedimentos,e também conhecidos comoácidos

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latito
rocha vulcânica, comumente porfirítica, com presença de fenocristais de feldspato em uma massa
fundamental vítrea ou criptocristalina. Correspondente ao extrusivo do monzonito

2.2.5.18
mármore
rocha metamórfica carbonática, constituída predominantemente por cristais de calcita e/ou dolomita
recristalizados, de granulação fina a grossa, em geral com textura granoblástica. Pode conter outros
minerais, como micas e piroxênios, como o diopsídeo, que contribui para a presença de colorações
esverdeadas

2.2.5.19
mármore tipo ônix
espécie de mármore, um pouco translúcido, de cor amarelada ou esbranquiçada. Mármore
em camadas policrômicas

2.2.5.20
metaconglomerado
rocha metamórfica composta por seixos ou fragmentos rochosos heterogêneos, com dimensões
superiores a 2 mm, em matriz silicosa e/ou ferruginosa ou carbonática

2.2.5.21
migmatito
rocha de caráter híbrido, contendo porções metamórficas (normalmente com estruturação gnáissica)
e ígneas, estas com frequência mostrando texturas típicas de rochas magmáticas e composição
granítica. Por conta da estruturação gnáissica, é normalmente descrita como uma rocha movimentada,
como os gnaisses

2.2.5.22
milonito
qualquer rocha ígnea ou metamórfica que tem a sua textura fortemente modificada pela atuação
de forças dirigidas, apresentando estrutura planar penetrante e redução de granulação.
Encontra-se associada a zonas de falhas, como as transcorrentes

2.2.5.23
monzogranito
granito em que feldspatos potássico e plagioclásio estão presentes em quantidades semelhantes

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2.2.5.24
monzonito
rocha magmática de granulação média a grossa, caracterizada por possuir quantidades
aproximadamente iguais de feldspato potássico e plagioclásio, e menos de 10 % de quartzo

2.2.5.25
pegmatito
rocha ígnea de granulação muito grossa, de composição similar à do granito, cristalizada a partir
de magmas muito enriquecidos em voláteis e com ocorrência de minerais raros

2.2.5.26
piroxenito
rocha magmática de granulação média a grossa, essencialmente constituída por piroxênio, podendo
conter teores variáveis de olivina
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2.2.5.27
quartzito
rocha metamórfica de granulação variando de fina a média, composta essencialmente de quartzo,
sendo resultante do metamorfismo sobre arenitos

2.2.5.28
riolito
rocha vulcânica, comumente porfirítica, constituída de fenocristais de quartzo e feldspato alcalino em
uma massa fundamental vítrea ou criptocristalina. Correspondente ao extrusivo do granito

2.2.5.29
serpentinito
rocha produzida pela alteração de rocha ultramáfica, de granulação fina a média/fina, essencialmente
constituída por minerais do grupo da serpentina, podendo conter teores variáveis de talco, clorita e,
secundariamente, magnetita

2.2.5.30
sienito
rocha magmática de granulação média a grossa, essencialmente constituída por feldspatos alcalinos
e, acessoriamente, podendo conter biotita, anfibólios e piroxênios. Pode conter feldspatoides, que são
minerais (aluminossilicatos de potássio, sódio e cálcio) semelhantes aos feldspatos, porém deficientes
em sílica (SiO2)

2.2.5.31
sienogranito
granito com predomínio de feldspato potássico sobre plagioclásio

2.2.5.32
tonalito
rocha magmática de granulação média a grossa, essencialmente constituída por quartzo e plagioclásio
sódico-cálcico, usualmente com biotita e anfibólio

2.2.5.33
travertino
rocha calcária porosa e/ou bandada, formada por precipitação química. Pode apresentar cavidades
perceptíveis à vista desarmada, com até vários centímetros

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2.2.5.34
xisto
rocha metamórfica de granulação fina a média, tipicamente laminada (nítida xistosidade), em cuja
composição são abundantes os minerais isorientados de hábito micáceo, mas também prismáticos.
Além do quartzo e dos feldspatos, pode conter outros minerais, como a granada, a estaurolita,
a cianita, a andaluzita, a sillimanita, a cordierita, anfibólios, clorita e epidotos

2.2.6 Processos de extração, beneficiamento e seus produtos

2.2.6.1 Geral

2.2.6.1.1
processos de beneficiamento
toda atividade desenvolvida em unidades de beneficiamento ou na própria mina, para a obtenção
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de produtos

2.2.6.1.2
processos de extração
toda atividade desenvolvida em uma mina para a obtenção de blocos e de placas

2.2.6.1.3
produto
todo elemento obtido nos processos de extração e nas etapas de beneficiamento

2.2.6.2 Processos de extração

2.2.6.2.1
abrasividade
capacidade de um determinado material de produzir desgaste

2.2.6.2.2
afloramentos
locais onde ocorre a exposição de rochas na superfície da terra

2.2.6.2.3
anfo
tipo de explosivo, de baixo custo, produzido pela mistura de óleo diesel, por vezes querosene,
com nitrato de amônio (NH4NO3)

2.2.6.2.4
beco
canal
abertura vertical de dimensões adequadas, executada no maciço, para a obtenção de uma frente
de lavra

2.2.6.2.5
bits
notões de metal duro (carbeto de tungstênio) ou diamantados, acoplados à coroa de perfuração
(brocas de perfuração) que fragmenta a rocha ao golpeá-la. A especificação dos bits é conforme o tipo
de rocha perfurada

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2.2.6.2.6
bloco
material rochoso obtido do matacão ou do maciço, convenientemente talhado, de formato
paralelepipédico, destinado à serraria e cantaria

2.2.6.2.7
bota-fora
local específico de deposição de resíduos sólidos (rocha ou solo) oriundos do processo de extração

2.2.6.2.8
canal
o mesmo que “beco”

2.2.6.2.9
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capeado
camada de estéril ou de minério que recobre a jazida mineral

2.2.6.2.10
capeamento
termo que se aplica à camada de solo vegetal, ou solo simplesmente, que cobre o bem mineral
que será extraído

2.2.6.2.11
cordel detonante
cordel explosivo que , quando detona, age como escorva para cargas explosivas, detonado-as também.
Possui núcleo formado por um alto explosivo (tetranitrato de pentaeritritol–PETN), com velocidade de
aproximadamente 7000 m/s. A iniciação do cordel pode ser feita com espoleta comum ou espoleta
elétrica (ligada ao cordel no momento da detonação)

2.2.6.2.12
corrida
orientação e melhor plano de partição no maciço e no bloco

2.2.6.2.13
corte
operação que visa a separação de rochas em partes, executada em maciços, matacões e blocos, no
processo de extração

2.2.6.2.14
decapeamento
retirada da camada fértil de solo, rica em húmus

2.2.6.2.15
desmonte
ação de obtenção de volume de rocha predeterminado, com forma definida ou não, por meio de cortes
primários no processo de extração em uma mina, com uso de fio diamantado, explosivos, argamassa
expansiva ou outros meios

2.2.6.2.16
dinamite
artefato explosivo à base de nitroglicerina, contendo terra diatomácea (dióxido de silício em pó)
ou outro material absorvente

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2.2.6.2.17
exploração
pesquisa
procedimentos utilizados para localizar e dimensionar uma ocorrência mineral com vista a determinar
a sua economicidade

2.2.6.2.18
explosivo
substância ou um conjunto de substâncias que podem sofrer o processo de explosão em um curto
espaço de tempo, liberando grande quantidade de gases e calor

2.2.6.2.19
explotação
termo técnico utilizado para a retirada, extração ou obtenção de recursos naturais, geralmente
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não renováveis, para fins de aproveitamento econômico

2.2.6.2.20
extração
o mesmo que “explotação”

2.2.6.2.21
fio diamantado
insumo utilizado para os cortes primário e secundário na pedreira, bem como para o desdobramento
de blocos. É composto por um cabo de aço, plastificado ou vulcanizado, contendo pérolas diamantadas,
espaçadas homogeneamente ao longo de sua extensão

2.2.6.2.22
fogacho
operação de fragmentação de corpos rochosos por meio de produtos explosivos

2.2.6.2.23
fogo
operação, no processo de extração, planejada para corte com uso de produtos explosivos

2.2.6.2.24
fundo-furo
perfuração no sentido horizontal que permite a passagem do fio diamantado para dar início ao corte

2.2.6.2.25
guilhamento
execução de vários furos, em geral alinhados e equidistantes, para facilitar o corte por esforço mecânico
no processo de extração

2.2.6.2.26
jazida
ocorrência de rochas ou minerais em quantidade, teor e características físico químicas e reservas que,
aliada a condições suficientes de infraestrutura e localização, permite a sua exploração econômica

2.2.6.2.27
lavra
conjunto de operações realizadas visando a retirada de determinado bem mineral

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2.2.6.2.28
levante
corte horizontal em maciço de rocha, executado no processo de extração

2.2.6.2.29
liso
fraturas naturais presentes nos matacões ou nos maciços

2.2.6.2.30
mina
jazida mineral em lavra. Tal designação é utilizada também mesmo quando o processo de extração
tiver sido suspenso

2.2.6.2.31
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mineração
extração, elaboração e beneficiamento de rochas e minerais que se encontram em estado natural,
além das atividades para preparar e beneficiar minérios em geral, sem provocar alteração, em caráter
irreversível, na sua condição primária

2.2.6.2.32
nitropenta
tetranitrato de pentaeritritol, que é um dos mais poderosos explosivos conhecidos. É um explosivo
extremamente seguro, tendo grande aplicação tanto para fins militares como civis, utilizado na
construção de cordéis detonantes

2.2.6.2.33
pau de carga
equipamento utilizado para o carregamento de blocos

2.2.6.2.34
pinchotagem
execução de pequenos rasgos nas rochas, para introdução de cunhas (pinchote),com o objetivo
de provocar o corte no processo de extração

2.2.6.2.35
planejamento de lavra
conjunto de ações para se determinar e assegurar a melhor condução do projeto e sua sustentabilidade.
Na fase de planejamento, a seleção é baseada em critérios geológicos, social, geográfico e ambiental,
todavia as condições de segurança e higiene devem ser garantidas durante toda a vida útil da mina.
Os aspectos relativos à estabilidade da mina, à recuperação do minério e à produtividade máxima
também devem ser considerados

2.2.6.2.36
plano de fogo
definição da forma de se trabalhar em uma bancada. Inclui a definição dos seguintes parâmetros:
diâmetro das perfurações (ϕ); afastamento (Vt, Vp); espaçamento ( E ); inclinação da face; altura
da bancada (H); profundidade dos furos (H1); carga de fundo (Cf, If); carga de coluna (Cc, Ic); tampão

2.2.6.2.37
praça
área de trabalho em uma pedreira onde se faz a movimentação ou aparelhamento de blocos

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2.2.6.2.38
prancha
paralelepípedo de grandes dimensões, destacado do quadrote para posterior desmembramento em
blocos

2.2.6.2.39
quadrote
porção inicialmente isolada do maciço rochoso, de acordo com o planejamento, onde serão
dimensionadas as pranchas

2.2.6.2.40
raiação
operação que consiste na execução de alargamento de um furo, cuja finalidade é direcionar o corte
por produto explosivo ou expansivo, no processo de extração
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2.2.6.2.41
resíduo
qualquer material que sobra após uma ação ou processo produtivo

2.2.6.2.42
segundo
plano por onde a rocha apresenta resistência intermediária ao corte, em comparação com a corrida e
o trincante

2.2.6.2.43
testemunho de sondagem
amostra de rocha, de forma geralmente cilíndrica, obtida a partir de um furo de sondagem

2.2.6.2.44
trincante
plano por onde a rocha apresenta maior resistência ao corte

2.2.6.2.45
TNT
abreviação de trinitrotolueno
explosivo de cor amarela-pálida, relativamente insensível ao atrito e ao impacto, necessitando,
para a sua detonação, de uma espoleta

2.2.6.3 Processos de beneficiamento

2.2.6.3.1
apicoamento
processo de beneficiamento para a obtenção de rugosidade superficial através de impactos por meio
de apícola

2.2.6.3.2
beneficiamento primário
serragem
conjunto de processos industriais que visa desmembrar o bloco de rocha ornamental em chapas

2.2.6.3.3
beneficiamento secundário
conjunto de processos industriais que visa dar o acabamento final da chapa de rochas ornamentais

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2.2.6.3.4
bifio
equipamento dotado de duas traves metálicas e um conjunto de polias, que possibilita o giro
de dois fios diamantados. É geralmente usado para conferir um melhor acabamento das faces
longitudinais de um bloco, com o objetivo de otimizar o espaço que ele ocupará no tear

2.2.6.3.5
biseladora
máquina utilizada para conferir um acabamento de borda aos ladrilhos de rochas ornamentais

2.2.6.3.6
boleamento
processo de beneficiamento destinado a se obter arredondamento de um ou mais lados de uma placa
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2.2.6.3.7
calçamento de carga
atividade auxiliar no beneficiamento, que consiste no travamento do(s) bloco(s) nos carros, antes,
durante e após a carga, para manter a verticalidade

2.2.6.3.8
calibradora
máquina utilizada para conferir aos ladrilhos de rochas ornamentais a mesma espessura ao longo
de toda a sua extensão

2.2.6.3.9
carga
atividade auxiliar no processo de beneficiamento, que consiste no assentamento de bloco(s) de rocha
em carro apropriado para a serragem

2.2.6.3.10
caseamento
fase inicial da serragem em teares multilâminas, que consiste na descida lenta do quadro porta-
lâminas, com objetivo de criar um contato suave com o bloco a ser cortado. Tal procedimento visa criar
um caminho preferencial para o atrito entre as lâminas e a rocha

2.2.6.3.11
cavalete
dispositivo utilizado para o acondicionamento de chapas

2.2.6.3.12
chanfreamento
atividade de beneficiamento, que consiste no corte das arestas formadas por duas faces, produzindo
assim uma terceira face em ângulo oblíquo

2.2.6.3.13
corte
processo de beneficiamento destinado a se obterem partes de uma chapa, com geometria definida,
através do uso de ferramentas próprias

2.2.6.3.14
desbaste
remoção de saliências mais proeminentes de uma chapa, representando a primeira fase do processo
de polimento

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2.2.6.3.15
envelopamento
tratamento que antecede a serragem de blocos com pequena coesão, que consiste em envolver
o bloco com borrachas, madeiras e até chapas de rochas ornamentais descartadas, adicionadas
a material “ligante”, visando estruturar o bloco

2.2.6.3.16
escovação
tratamento superficial da chapa realizado pelas escovas diamantadas, que imprimem aspecto rústico
à rocha

2.2.6.3.17
esquadrejamento
processo de corte de uma chapa de rocha ornamental em ladrilhos
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2.2.6.3.18
estivamento
operação de estocagem das chapas, em peça de aço, madeira ou concreto, geralmente dispostas
em cavalete

2.2.6.3.19
estucagem
processo de acabamento superficial que consiste no preenchimento de fraturas existentes na chapa
a partir de uma mistura composta por resina e pó oriundo da própria rocha

2.2.6.3.20
expurgo
processo de retirada da porção de lama abrasiva que apresenta a granalha sem poder de corte

2.2.6.3.21
filtro-prensa
máquina utilizada para a retirada da água da lama abrasiva, com objetivo de um melhor acondicionamento
dos resíduos das etapas de beneficiamento

2.2.6.3.22
flameamento
processo de obtenção de superfície áspera por meio de choque térmico

2.2.6.3.23
forno
máquina utilizada para acelerar a cura da resina disposta sobre as chapas

2.2.6.3.24
granalha
elemento abrasivo utilizado para cortar o bloco em teares multilâmina

2.2.6.3.25
granalhamento
processo de acabamento superficial usado para obtenção de uma superfície rugosa, por meio de atrito
produzido pela ação de granalha

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2.2.6.3.26
jateamento
processo de beneficiamento usado para a obtenção de rugosidade superficial, por meio de impacto
por elemento abrasivo

2.2.6.3.27
lama abrasiva
polpa abrasiva
mistura constituída por água, resíduo da rocha, cal ou bentonita e insumos utilizados na serragem
das rochas

2.2.6.3.28
levigação
o mesmo que “levigamento”
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2.2.6.3.29
levigamento
parte do processo de polimento que objetiva redução das rugosidades e a obtenção de uma perfeita
planicidade da superfície, além da definição da cor do material e dos cristais dos minerais, mantendo,
entretanto, uma tonalidade clara e opaca

2.2.6.3.30
lustro
fase final do processo de polimento, que consiste em conferir maior brilho aos minerais constantes
do material polido

2.2.6.3.31
marmoraria
unidade industrial voltada para a preparação de peças sob medida e prontas para serem utilizadas
na construção civil

2.2.6.3.32
monofio
equipamento com duas colunas unidas por uma trave em aço eletrossoldado de altíssima resistência,
sendo a solução ideal para requadrar os blocos de mármore, granito e pedra em geral e corte
de espessuras, como as utilizadas na arte funerária e obras públicas

2.2.6.3.33
multifio
tipo de tear composto por fios diamantados, utilizado para a serragem de blocos de rochas ornamentais

2.2.6.3.34
placa
porção de rocha produto da serragem de blocos

2.2.6.3.35
polimento
operação que confere à superfície do material brilho e lustre que realcem a coloração predominante
dos diferentes minerais presentes no material

2.2.6.3.36
politriz
máquina utilizada para realizar o processo de polimento

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2.2.6.3.37
ponte rolante
equipamento necessário para a movimentação de chapas pela serraria

2.2.6.3.38
pórtico
equipamento necessário para a movimentação de blocos no pátio da serraria

2.2.6.3.39
prato
dispositivo no qual os rebolos abrasivos são dispostos, geralmente utilizado para o polimento de
rochas carbonáticas

2.2.6.3.40
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rebaixo
degrau executado em uma placa para facilitar encaixe entre as peças e permitir melhoria de acabamento
da superfície

2.2.6.3.41
rebolo abrasivo
insumo utilizado na etapa de beneficiamento secundário

2.2.6.3.42
resina
produto químico, geralmente à base de epóxi ou fenol, utilizado em algumas etapas de processamento
de rochas ornamentais

2.2.6.3.43
satélite
dispositivo no qual os rebolos abrasivos são dispostos, geralmente utilizado para o polimento
de rochas silicáticas

2.2.6.3.44
serra-ponte
máquina utilizada no esquadrejamento inicial da chapa

2.2.6.3.45
serraria
unidade industrial que transforma blocos em chapas e ladrilhos

2.2.6.3.46
talha-bloco
máquina empregada para o corte de rochas, utilizando serras diamantadas, que se destina à produção
de tiras com larguras específicas, determinadas pelas dimensões finais que o produto deve ter pelo
diâmetro do disco de corte

2.2.6.3.47
tardoz
lado da chapa que não foi polida

2.2.6.3.48
tear
máquina utilizada para a serragem dos blocos de rochas ornamentais

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2.2.6.3.49
tela
malha geralmente composta por fibra de vidro ou náilon, que é fixada no tardoz de algumas rochas
ornamentais com o auxílio de uma resina. É utilizada em rochas que apresentem baixa resistência
a esforços fletores

2.2.6.3.50
telagem
procedimento adotado para aumentar a resistência da chapa a solicitações fletoras, consistindo
na colocação de uma tela, de náilon ou fibra de vidro, no tardoz da chapa

2.2.6.3.51
unhatura
o mesmo que “rebaixo”
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2.2.6.3.52
ventosa
mecanismo de fixação da chapa necessário para a sua movimentação

2.2.6.4 Produtos

2.2.6.4.1
arquitrave
faixa ou outra moldura ornamental ao redor de uma porta ou outra abertura retangular

2.2.6.4.2
baguete
filete
soleira de pequena largura

2.2.6.4.3
batente
conjunto de placas que revestem as faces dos vãos de portas e janelas

2.2.6.4.4
cantaria
toda pedra aparelhada ou afeiçoada, destinada a revestir edificações ou servir de elemento decorativo
ou funcional, com geometria e acabamento preestabelecido por um projeto

2.2.6.4.5
casqueiro
costaneira
uma face irregular originada das laterais dos blocos após o processo de desdobramento destes
em chapas

2.2.6.4.6
chapa
material rochoso de formato laminar, com espessura menor que 40 mm, de contorno aproximadamente
regular, obtido após a serrada dos blocos

2.2.6.4.7
chapim
cobertinha
placa usada para o revestimento da parte superior de muretas, banheiras e afins

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2.2.6.4.8
cobertinha
o mesmo que “chapim”

2.2.6.4.9
costaneira
o mesmo que “casqueiro”

2.2.6.4.10
espessor
chapa com espessura igual ou maior que 40 mm

2.2.6.4.11
filete
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o mesmo que “baguete”

2.2.6.4.12
folheta
pedra aparelhada, de dimensões ao redor de 60 cm × 40 cm × 10 cm, usada normalmente para
revestimento de paredes ou pisos

2.2.6.4.13
guarnição
conjunto de componentes de pedra que arrematam bordas e juntas

2.2.6.4.14
ladrilho
componente com geometria e dimensões padronizadas, obtido de uma chapa, possuindo
duas superfícies paralelas

2.2.6.4.15
laje
corpo rochoso, em estado natural, com comprimento e largura acentuadamente maiores que
a espessura

2.2.6.4.16
paralelepípedo
sólido com seis lados retangulares, cujas faces opostas aos pares são iguais e paralelas

2.2.6.4.17
pedra
porção de uma rocha de formato regular ou irregular, destinada ao uso em construção civil

2.2.6.4.18
placa
componente de geometria definida, obtido de uma chapa

2.2.6.4.19
polpa
o mesmo que “lama”

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2.2.6.4.20
rachão
sobra de pedra resultante do aparelhamento de blocos, ou de pontas de blocos ou de folhetas,
adequada para alvenaria ou concreto ciclópico

2.2.6.4.21
sofito
face com ornatos, sob uma arquitrave

2.2.6.4.22
soleira
placa de formato retangular para assentamento no piso de vãos de circulação, como portas e portais

2.2.6.4.23
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tabeira
placas dispostas de maneira contínua e linear, inseridas no plano do piso, com dimensões e/ou
acabamentos diferentes. Pode ser ou não do mesmo material

2.2.7 Denominações comerciais

2.2.7.1
ardósia
rocha usada em telhados e revestimentos, na qual os filossilicatos são os componentes predominantes,
e que pode ser facilmente separada em lâminas paralelas

2.2.7.2
granito
amplo conjunto de rochas silicáticas granulares e compactas, de estrutura orientada ou não,
independentemente da sua classificação petrográfica

2.2.7.3
mármore
todas as rochas carbonáticas, de massa fina e de massa grossa,englobando os travertinos, limestones
e ônix

2.2.7.4
pedra Cariri
rocha sedimentar do tipo calcário, com cores que variam do bege ao marrom e do cinza-claro ao cinza-
azulado. Possui estrutura tabular, sendo aproveitada sob a forma de placas recortadas em lajotas
ao natural, regulares ou não, para revestimento de muros, paredes ou pisos, de interiores ou exteriores,
e ainda como elementos decorativos (tampos de mesa, balcões)

2.2.7.5
pedra Goiás, pedra goiana ou pedra Pirenópolis
rocha com características e usos similares aos da pedra São Tomé, incluindo variedades esverdeadas

2.2.7.6
pedra Lagoa Santa
rocha metamórfica assemelhada ao mármore, com padrões cromáticos mais comuns acinzentados,
e variações esverdeadas, azuladas ou amareladas. Possui estrutura placoide, sendo aproveitada
na forma de lajotas regulares e ao natural, para revestimento de muros, ou pisos e paredes, de
interiores ou exteriores

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2.2.7.7
pedra-luminária
variação de cor verde da pedra mineira

2.2.7.8
pedra mineira ou pedra São Tomé
rocha metamórfica do tipo quartzito, com coloração variada, esbranquiçada, amarelada ou rosada.
É coesa, não escamável ou friável, resistente à abrasão, com média absorção d’água e baixa
condutividade térmica, além de antiderrapante. Possui estrutura tabular, o que permite seu
desplacamento e aproveitamento no revestimento de muros, ou pisos e paredes, principalmente
de exteriores, sob a forma de lajotas, regulares ou não, quase sempre ao natural, embora existam
variações que suportem polimento

2.2.7.9
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pedra Miracema ou pedra Paduana


rocha metamórfica do tipo gnaisse, de cor predominante cinza, estrutura bandada e placoide, média
resistência mecânica, elevada resistência ao intemperismo, alta condutividade térmica e propriedades
antiderrapantes. Permite desplacamento e é empregada na forma de lajotas ou blocos regulares,
ao natural, como revestimento de muros, paredes e pisos, especialmente de exteriores

2.2.7.10
pedraMorisca
rocha sedimentar do tipo arenito, exclusiva do Piauí, com cores variadas do amarelo a tons acinzentados.
Possui uma característica ondulada e rústica que lhe confere expressiva peculiaridade

2.2.7.11
pedra-madeira
variação da pedra Miracema, com cores rosa, amarela ou branca, em decorrência da maior alteração
por intemperismo

2.2.7.12
pedra-sabão
esteatito, de estrutura maciça e baixa resistência ao desgaste. Permite polimento e é utilizada como
revestimento de paredes e, eventualmente, pisos, em interiores ou exteriores. Por suas propriedades
refratárias, destina-se também à elaboração de fornos domésticos, lareiras e artefatos para preparação
de alimentos (panelas, chapas), e é ainda aproveitada como matéria-prima de objetos decorativos,
com destaque para produtos de estatuária

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