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Algumas dicas para uma Viagem à Buenos Aires

1. Câmbio: Como o Banco do Brasil não vende pesos argentinos, recomendo


levar uns R$ 500 e trocar na chegada em BsAs, no Banco de La Nación
(localizado no saguão do aeroporto, depois de passar pela alfândega e
aberto 24h). O câmbio está bem favorável: R$1= AR$ 2,18. Recomendo pedir
muitas notas de 10 pesos, pois são bem utilizadas, particularmente, para as
pequenas corridas de táxi. Nas lojas e restaurantes normalmente podem
pagar com cartão de crédito. Na fatura do CC será acrescida uma taxa de
2,5% por conta do BC, mas mesmo assim, vale a pena, pois o câmbio
utilizado nas compras com cartão é o comercial em vez do turismo. Quando
precisarem de mais pesos, podem sacar com cartão em caixas automáticos
do Banco de La Nación (espalhados pela cidade, é o BB deles), evitando as
agências localizadas em ruas muito movimentadas, por medida de
segurança. As casas de câmbio pagam bem menos pelo Real, normalmente
aceitam somente dólar. Caso levem também dólar podem trocar em uma
casa de câmbio localizada na Galeria Pacífico. O câmbio do dólar não varia
muito e nesse local tem a vantagem da segurança. Lembrem-se de
desbloquear o cartão de crédito junto a operadora antes da viagem.

2. Taxi: No aeroporto é mais seguro pegar o REMIS (equivale ao táxi especial


nos aeroportos brasileiros), são motoristas particulares que cobram preço fixo
pela corrida, com automóveis mais novos e confortáveis. O trecho do
aeroporto ao centro fica em torno de 60 pesos e pode ser dividido por 3 ou 4
pessoas (dependendo da quantidade de malas). Este serviço é contratado
numa loja localizada ao lado do Banco de La Nación e pode ser pago com
cartão de crédito. As corridas no centro e do centro para Puerto Madero
normalmente não chegam a 10 pesos. Evitem pagar com notas de valor alto,
pois há relatos de troco com notas falsas. Como estão em grupo os
deslocamentos devem ficar mais baratos de taxi do que de metrô, que não
atende bem os locais turísticos. Normalmente se arredonda o valor da corrida
para evitar ficar com os bolsos cheios de moedas que não têm quase valor.


 
3. RESTAURANTES:

Normalmente os pratos podem ser divididos (como 2 porções para 3


pessoas), até porque não comemos tanta carne como os portenhos. Os preços
sugeridos abaixo, incluem o prato principal, vinho, uma sobremesa mais simples e
café.
Puerto Madero

É um lugar para turistas, por isso os preços são mais caros. Não é para o dia
a dia.

 El Potrillo (antigo La Caballeriza Restaurante - Avenida Alicia Moreau de


Justo 850) - (R$ 30 – 60);
 Siga La Vaca - Avenida Alicia Moreau de Justo, 1714 – Almoço, com preço
fixo, incluindo entradas, carnes (sem limite de peso), complementos, vinho e
sobremesa) (R$ 25) tipo churrascaria no Brasil; Jantar (só a la carte) (R$ 30 –
50);
 Cabaña Las Lilas - Av. Alicia Moreau de Justo 516 – Lugar mais chic, com a
melhor carne e sempre lotado – (R$60 – 120).
 Freddo – Sorveteria – cadeia de lojas em BsAs. A loja de Puerto Madero é
especial. Tem sabores diferentes para nós, como doce de leite, frutas
silvestres, vinho, café, entre outros. É imperdível, mesmo no frio. Saindo de
um desses restaurantes vão margeando o porto (é bem seguro, mesmo na
madrugada), conversando até chegar ao Freddo. De lá tomem um táxi para o
hotel.

Obs: Não dá para ir a pé do centro, pois os restaurantes ficam bem longe da


entrada do porto. O táxi do centro aos restaurantes fica menos de 10 pesos.

Centro

 El Palacio de la Papa Frita - Lavalle 735 – boa carne e batatas fritas


especiais – (R$ 20 – 40)

 ABC - Lavalle 545 – comida alemã, mas servem um bife de lomo (filé mignon)
especial – (R$ 20 – 40);

 
 McDonald, para quando estiverem cansados de restaurante. Eles têm uma
saladinha que faz falta nos restaurantes de carne. Como no Brasil oferecem
pacotes, como exemplo, meu preferido Quarteirão com queijo, coca, fritas e
um café, para rebater o frio, fica por volta de R$ 10. Tem uma loja na Calle
Florida. Não convidem a Camila, pois parece que ela é radical contra fast
food. Eu também era contra, mas acabei me rendendo, devido ao cansaço e
a falta de tempo para ficar horas num restaurante;

 Em BsAs, não temos comida a quilo, mas podem encontrar espalhados pelas
ruas do centro dezenas de restaurantes mais baratos (voltados para os
nativos) com alternativas de pacotes completos, com preços bem razoáveis.
Eu diria que até mais baratos que uma refeição no McDonald no Brasil.

 Havanna Cafés – a pedida é o famoso alfajor com um chocolate quente para


afastar o frio do inverno portenho. Alfajor é uma instituição nacional que pode
ser encontrada de vários marcas e em toda a esquina num bom café.

4. COMPRAS:
 Lojas ao longo da Calle Florida, produtos interessantes:
o Terno e Blazer de lã, bem fina;
o Suéter de cachemir;
o Casaco e sobretudo de lã com poliéster (os melhores vêm do
Uruguai), não muito pesados e cachecol de cores variadas para
parecer nas fotos como se tivessem mudado de roupa;
o Casaco de couro – não sou muito fã deles, mas quem sabe não se
encantam por algum, mas deve ser escolhido com calma sem a
pressão dos vendedores para turistas;
o Material de esporte – camisa, calção, tênis – (Nike, Adidas, Reebok) –
a grande pechincha, pois custa a metade dos preços do Brasil, sempre
são as melhores compras que faço;
o Cosméticos e hidratantes - (também são bem mais baratos;
o Cheguei a conclusão de que não vale a pena se deslocar grandes
distâncias (mesmo com o táxi barato) para comprar nos outlets. Estes
acabam tendo lojas na Calle Florida. E a concorrência na Florida é


 
muito grande. Se procurarem com calma sempre vão achar o que
querem num melhor preço.
o Artigos de couro – sapatos e bolsas não valem muito a pena, apesar
de serem mais baratos que no Brasil, o estilo é ultrapassado e de
gosto duvidoso.
o Para as mulheres os artigos da Puma é o que há de mais fashion. São
estilosos e de ótima qualidade, porém mais caros.

 Galeria Pacífico
o Produtos de grife, mais sofisticados. Gosto das lojas de material
esportivo. A Farmácia Avantage, no subsolo, tem cosméticos e
hidratantes a preços competitivos e tem bom jogo de cintura para dar
descontos em compras de maior valor.
o Casa de Câmbio – localizado no subsolo, mas normalmente só trocam
dólar. Vale a pena checar!
.
 Shoppings – há vários shoppings, com lojas bem sofisticadas e preços
compatíveis com os das lojas de São Paulo. Vale a pena somente ver a
moda.

5. PASSEIOS:
 City tour – sempre vale a pena, principalmente para quem nunca esteve em
BsAs. Contratar no hotel;
 Show de Tango – são muitas as opções, mas se destacam: Señor Tango
(mais pirotécnico, eclético e badalado); El Viejo Almacén (mais tradicional e
mais simples) e La Ventana (bom compromisso) – Não vale a pena pegar o
pacote com o jantar. Normalmente já inclui um champanhe para duas
pessoas. Melhor deixar para jantar depois no Puerto Madero,
 Confiteria Ideal - Suipacha 384, Centro– tangueria tradicional, em prédio
clássico, embora um pouco decadente, criado no início do século XX. O
público em geral é de pessoas de mais idade. Em seu salão se realizam
shows nas quartas e sextas. As milongas e as aulas de tango são oferecidas
praticamente todos os dias. Os preços são bem baratos.
 Puerto Madero – simplesmente caminhar e fotografar (para quem gosta)
margeando o porto, tanto durante o dia quanto à noite;


 
 Café Tortoni - Av. De Mayo 829, Centro – um pedaço de Paris em Buenos
Aires, ou melhor, é a velha Buenos Aires dos anos 20, quando se rivalizava
em esplendor com Paris;
 Bairro Recoleta - Cemitério, Plaza Intendente Alvear, Basílica Nuestra Señora
del Pilar, Centro Cultural e Shopping de Utilidades. É muito charmoso;
 Feira de Santelmo – domingo das 10 às 17 h – é um antiquário a céu aberto
com obras de arte e utensílios sofisticados das épocas de esplendor da
Argentina. Acho bem deprimente.
 El Caminito – região portuária, onde as favelas dos marinheiros foram
pintadas com cores vivas, muitas transformadas em lojas de artesanato de
gosto bem duvidoso. Deve ser visitada com cuidado por ser uma região com
alto índice de furtos e roubos. Caso façam um city tour, certamente estará
incluído no roteiro.
 Casa Rosada e Catedral (próxima ao Café Tortoni) vale a pena visitar, com
calma, explorando os prédios clássicos dispostos em volta da praça. É
sempre um prazer voltar a essa região, de arquitetura sofisticada, indo do art
nouveau ao moderno, refletindo as várias fases da história da Argentina.

6. CUIDADOS:
 Devem ter muito atenção na prevenção de assalto em BsAs. Ao longo da
Calle Florida e nas ruas/avenidas transversais tem muita gente
aparentemente desocupada, mas tentando abordar os turistas, vendendo
mercadorias ou ingressos para os shows de tango. Tive o desprazer de
presenciar dois assaltos com certa truculência, mas sem armas.  
 Recomendo que deixem o passaporte no cofre do hotel, levando o dinheiro
mais graúdo num porta-dólar (adquirido em lojas de malas no Shopping
Vitória). A carteira, com o dinheiro pequeno, cartões de créditos (nunca mais
de dois) e a identidade (RG), deve ser colocada no bolso interno do paletó ou
blaze e nunca no bolso de trás da calça, pois é o lugar preferido para os
roubos. As meninas, cuidado com as bolsas! É importante também tentar
andar em grupo, sempre olhando em volta, guardando sempre a máquina
fotográfica após o uso. 
 Há relatos freqüentes de pessoas que tiveram as malas despachadas
violadas com perda de produtos de valor na volta de BsAs. Por isso, sempre
quando chego ao aeroporto de Ezeiza, utilizo do serviço de embalagem
plastificante de malas, localizado bem na entrada. Custa por mala cerca de

 
R$ 20, mas dá direito a um seguro, caso venha a ser violada. Em caso de
violação ficará bem evidente quando do recebimento no aeroporto de
Cumbica, devendo imediatamente ser registrado o ocorrido para se ter o
ressarcimento do valor segurado. Normalmente as malas seladas não são
mexidas, talvez não por mera coincidência. 
 
Desejo-lhes uma boa estada; um excelente curso e nas horas vagas, o
prazer de curtir a música (melancólica, um tanto deprimente, mas vinda do fundo da
alma); o tango, uma dança sensual em que dois corpos se enroscam e parecem um
só; um bom vinho Malbec (uva especial da Argentina); a melhor carne do mundo
(com exceção da australiana) e principalmente a oportunidade do convívio de um
grupo maravilhoso que irá marcar, para o resto de suas vidas, com momentos
agradáveis que passaram juntos. Um capítulo a parte serão as histórias a serem
contada pela Sayuri na volta que farei questão de saber nos detalhes.

Um grande abraço,

Antonio Roberto Fontenelle


 


 

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