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Bispo Oídes José do Carmo

Presidente

AULA 2:
A IGREJA REVIGORADA NA
ESPERANÇA DA GLÓRIA FINAL
Rm. 8:18-25

2021
A IGREJA REVIGORADA PARA UM NOVO TEMPO

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Bispo Oídes José do Carmo
Presidente

2) A IGREJA REVIGORADA NA ESPERANÇA DA GLÓRIA FINAL!


Rm. 8. 18-25

CONSIDERAÇÕES INICIAIS
O tema geral estabelece uma necessidade que temos, como Igreja, frente à
realidade desta presente Era. Cada Era ou época apresenta seus desafios e somos
concitados a enfrentá-los na certeza de que Deus está com o Seu povo e sempre
nos dá a vitória - Rm. 8.31-37.
A necessidade da Igreja é estar permanentemente revigorada na força do
Senhor e no poder do Espírito Santo que nos são liberados pela multiforme graça
de Deus.
Conforme o Dicionário Globo, revigorar é um verbo transitivo que tem a
ideia de "dar novo vigor a", "recobrar forças". No intransitivo, o verbo tem o
sentido de "adquirir vigor", "fortificar-se". A esperança, por sua vez significa o
"ato de esperar o que se deseja..."; "Confiança em conseguir o que se deseja...";
"Expectativa", "espera" - Dicionário Aurélio.
De acordo com os gramáticos, esperança vem da raiz do verbo
"esperançar", e não simplesmente do verbo "esperar"; pois esperar, não é
esperança, mas apenas aguardar passivamente. Enquanto que esperança do
verbo "esperançar" é agir, é ir atrás, é não desistir ante as dificuldades
enfrentadas.
Os filhos de Deus, conforme Paulo escreve no texto supra citado podem
suportar os sofrimentos da era presente porque têm em expectativa a glória final,
que é extraordinariamente superior aos sofrimentos desta vida. Portanto, é nessa
voga que vamos enfocar o Tema proposto para a Aula de hoje. Atentemos, então,
para os seguintes pontos:

I - A ESPERANÇA DA GLÓRIA FINAL NÃO ANULA O SOFRIMENTO DO PRESENTE

1.1 - Para os filhos de Deus, os sofrimentos e a glória são indissociáveis -


Rm. 8.17; I Pe. 5.10;
1.2 - Paulo afirma que a própria "criação geme" esperando a restauração
final - Rm. 8.19-21;
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1.3 - Nós que temos a "primícias do Espírito" gememos enquanto


aguardamos a "redenção do nosso corpo" - Rm. 8.23;
1.4 - O sofrimento não resulta apenas da oposição do mundo, mas,
também, das nossas fragilidades, tanto física quanto moral;
1.5 - Como filhos de Deus, vivemos sob esse paradoxo do "já e o ainda
não". Já somos filhos de Deus, mas ainda estamos vivendo no corpo e na
presença do pecado. (I Jo. 3.2)

II - OS SOFRIMENTOS DO PRESENTE NÃO PODEM ANULAR A ESPERANÇA DA


GLÓRIA FUTURA - Rm. 8.18

2.1 - Os Sofrimentos do Presente e a Glória futura são tão amplamente


diferentes que não se podem comparar - Rm. 8.18;
2.2 - Paulo diz: "... Tenho por certo", "considero", "tenho certeza que". São
convicções racionais alcançadas com base no Evangelho - Rm. 8.18;
2.3 - Os sofrimentos dessa presente era não podem ser comparados com a
glória final que aguarda os Filhos de Deus;
2.4 - Sofrimento e Glória devem ser contrastados, e não comparados, pois
os sofrimentos presentes "são leves e momentâneos", mas a glória futura é
"eterna" - II Co. 4.17;
2.5 - Diante do exposto por Paulo, devemos viver mais em função da glória
futura do que a realidade, a fim de vencermos as lutas e sofrimentos do
presente século mau.

III - A ESPERANÇA FINAL REPOUSA SOBRE A OBJETIVIDADE DA NOSSA


SALVAÇÃO - Ef. 1.18.

3.1 - Paulo diz que a Esperança é assegurada pelo penhor do Espírito - II Co.
1.22; Ef. 1.4;
3.2 - Temos os primeiros frutos, "as primícias" do Espírito", a garantia que a
colheita final haverá de chegar;
3.3 - A Esperança nos revigora enquanto caminhamos a partir da convicção
de que Deus deu-nos o Seu Espírito como penhor, como a primeira

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prestação e a garantia que Ele, no futuro vem resgatar o que é Seu - II Co.
5.5;
3.4 - Nossa Esperança está firmada na convicção da Salvação que já temos-
Rm. 8.24. Paulo usa um pretérito perfeito: "Nós fomos salvos". Fomos
salvos na esperança e não pela esperança;
3.5 - Fomos salvos na esfera da Esperança. Ainda que agora soframos,
fomos salvos na "esperança" de mossa redenção final.

IV - A ESPERANÇA CRISTÃ É A EXPECTATIVA DE QUE A NOSSA REDENÇÃO FINAL


SE CONCRETIZARÁ

4.1 - Já vimos que fomos salvos "na esperança" de nossa libertação total da
condição de estarmos, ainda, no "corpo do pecado";
4.2 - Essa libertação e "adoção" final está no futuro e a esperança do Crente
não depende das "coisas que se veem, mas das que se não veem"- Rm.
8.23-24;
4.3 - A Esperança é a "âncora da alma, segura e firme, que penetra o
interior do santuário, por trás do véu, onde Jesus entrou como precursor
em nosso favor - Hb. 6.19-20;
4.4 - O crente vive "num intervalo" entre o "já e o ainda não", entre os
sofrimentos de agora e a glória que ainda está por vir.

CONSIDERAÇÕES FINAIS
O crente é alguém que alimenta no coração uma "viva esperança" e está
sempre na expectativa de que o melhor de Deus, no que concerne à finalização de
sua Redenção está na iminência de acontecer. Ele espera coisas que ainda não se
vêem, mas, que seguramente cumprir-se-ão, pois Deus é fiel nas Suas promessas.
A maneira como esperamos evidencia o tipo de crentes que somos. A
espera deve ser com ardente expectativa e ansiosa persistência. A esperança que
revigora a Igreja é PERSISTÊNCIA paciente e PACIENTE persistência.
A Esperança que revigora a alma não é mera resignação e espera passiva,
mas envolve esforço a fim de alcançar o que se espera. A esperança cristã é algo
prático que a feta a vida e o procedimento do homem cristão. Que sejamos
revigorados na Esperança da Glória Final que aguarda os Filhos de Deus.

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BIBLIOGRAFIA

01) COMENTÁRIO BÍBLICO EXPOSITIVO - Vl. 5


WIERSBE, Warren W. Geográfica Editora- Santo André-SP.
02) ROMANOS - Série a Bíblia Fala Hoje
STOTT, John R. W. Ed. ABU - São Paulo- SP.
03) COMENTÁRIO DO NOVO TESTAMENTO – ROMANOS
HENDRIKSEN, William - Ed. Cultura Cristã - São Paulo-SP.
04) RENOVE SUA ESPERANÇA/ Quando a Vida For Somente Dor e Seus Sonhos
Desfalecerem!
SWINDOLL, Charles R. Ed. Atos - Belo Horizonte- MG.

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