NOSSA HISTÓRIA

A igreja, que Jesus fundamentou em uma conversa com seus discípulos, quando
estes foram questionados sobre o que as pessoas diziam sobre o Filho do Homem,
relatado em Mateus 16, uns diziam ser Elias, outros Jeremias, outros João Batista, Jesus
os pergunta: “E vocês, o que dizem que eu sou?” – Pedro respondeu: “Tú és o Cristo,
Filho do Deus vivo!” Então, Jesus fundamenta a igreja ali, naquele instante, dizendo que
as portas do inferno não prevalecerão contra a igreja do Senhor, portanto, a promessa se
cumpre até os dias atuais.

Atos 1, é relatado para que os discípulos ficassem em Jerusalém até serem

revestidos do poder do alto, que os levariam de Jerusalém, Samaria até os confins da
terra.

A promessa se cumpriu, aconteceu em atos 2, com a descida do Espírito Santo.

O tempo passou e em 1906, nasceu o que chamamos de Movimento Pentecostal,

no estado do Kansas, nos Estados Unidos, de onde espalhou-se pela Europa e por todo o
mundo. Dentre as igrejas pioneiras, destacamos a Apostolic Faith Mission, na Rua Azusa,
nº 312, em Los Angeles, California.

William Joseph Seymour, líder do avivamento da Rua

Azusa.

A Missão de Fé Apostólica na rua Azusa, considerada o

berço do Pentecostalismo.

Enquanto o avivamento expandia-se e dominava a vida religiosa de Chicago, na

cidade de South Bend, no Estado de Indiana, que fica cem quilômetros de Chicago,
morava um pastor batista que se chamava Gunnar Vingren. Atraído pelos acontecimentos
do avivamento de Chicago, o jovem originário da Suécia foi a essa cidade a fim de saber
o que realmente estava acontecendo ali. Diante da demonstração do poder divino, ele
creu e foi batizado com o Espírito Santo.
 Pouco tempo depois, Gunnar Vingren participou de uma convenção de igrejas
batistas, em Chicago. Essas igrejas aceitaram o Movimento Pentecostal. Ali ele conheceu
outro jovem sueco que se chamava Daniel Berg. Esse jovem também fora batizado com
Espírito Santo.

Algum tempo depois, Daniel Berg foi visitar o pastor Vingren em South Bend.
Durante aquela visita, quando participavam de uma reunião de oração, o Senhor lhes
falou, através de uma mensagem profética, que eles deveriam partir para pregar o
Evangelho e as bênçãos do Avivamento Pentecostal. O lugar tinha sido mencionado na
profecia: Pará.

Nenhum dos presentes conhecia aquela localidade. Após a oração, os dois jovens
foram a uma biblioteca à procura de um mapa que lhes indicasse onde o Pará estava
localizado. Foi quando descobriram que se tratava de um estado do Norte do Brasil.

Após uma ampla troca de informações, experiências e idéias, Daniel Berg e

Gunnar Vingren descobriram que Deus os estava guiando numa mesma direção, isto é: o
Senhor desejava enviá-los com a mensagem do Evangelho a terras distantes, mas
nenhum dos dois sabia exatamente para onde seriam enviados.

Rumo ao Brasil
Gunnar Vingren e Daniel Berg despediram-se da igreja e dos irmãos em Chicago.
A ordem lhe fora designado ir. A igreja levantou uma coleta para auxiliar os missionários
que partiam. A quantia que lhes foi entregue só deu para a compra de duas passagens
até nova Iorque. Quando lá chegassem, eles não sabiam como conseguiriam dinheiro
para comprar mais duas passagens até o Pará. Porém, esse detalhe não os abalou em
nada nem os deteve em Chicago a espera de mais recursos. Tinham convicção de que
haviam sido convocados por Deus. Portanto, era da total responsabilidade e
especialidade de Deus fazer com que os recursos materiais inexistentes necessários à
viagem surgissem.

Chegaram à grande metrópole, Nova Iorque, sem conhecer ninguém e sem

dinheiro para continuar a viagem. Os dois missionários caminhavam por uma das ruas de
Nova Iorque, quando encontraram um negociante que conhecia o jovem Gunnar. Na noite
anterior, enquanto em oração, aquele negociante sentira que devia certa quantia ao irmão
Vingren. Pela manhã aquele homem colocou a referida importância em um envelope para
mandá-la pelo correio, mas enquanto estava caminhando para executar aquela tarefa, viu
os dois enviados do Senhor surgirem a sua frente. Surpreso ao ver a maneira especial
como Deus trabalhava, o comerciante contou-lhes sua experiência e entregou-lhe o
envelope.

Quando o irmão Vingren abriu o envelope, encontrou dentro dele 90 dólares -

exatamente o preço de duas passagens até o Pará.

No dia 5 de novembro de 1910, os missionários Daniel Berg e Gunnar Vingren

deixaram Nova Iorque a bordo do navio "Clemente" com destino à Belém do Pará. No
início do século XX, apesar da presença de imigrantes alemães e suíços de origem
protestante e do valoroso trabalho de missionários de igrejas evangélicas tradicionais,
nosso país era quase que totalmente católico.

A chegada no Brasil
No dia 19 de novembro de 1910, em um dia de sol causticante, os dois
missionários desembarcaram em Belém. Quando Daniel Berg e Gunnar Vingren
chegaram a Belém, ninguém poderia imaginar que aqueles dois jovens suecos estavam
para iniciar um movimento que alteraria profundamente o perfil religioso e até social do
Brasil.
Não possuíam amigos ou conhecidos na cidade de Belém. Não traziam endereço
de alguém que os acolhessem ou orientasse. Carregando suas malas, enveredaram por
uma rua. Ao alcançarem uma praça, sentaram-se em um banco para descansar; e aí
fizeram a primeira oração em terras brasileiras. Seguindo a indicação de alguns
passageiros com os quais viajaram, os missionários Gunnar Vingren e Daniel Berg
hospedaram-se num modesto hotel, cuja diária completa era de oito mil réis. Em uma das
mesas do hotel, o irmão Vingren encontrou um jornal que tinha o endereço do Pastor
Metodista Justus Nelson. No dia seguinte, foram procurá-lo, e contaram-lhe como Deus
os tinha enviado como missionários para aquela cidade. Como Daniel Berg e Gunnar
Vingren estivessem até aquele momento ligados à Igreja Batista na América (as igrejas
que aceitavam o avivamento permaneciam com o mesmo nome), Justus Nelson os
acompanhou à Igreja Batista, em Belém e os apresentou ao responsável pelo trabalho,
Pastor Raimundo Nobre.

E, assim, os missionários passaram a morar nas dependências da igreja. Alguns

dias depois, Adriano Nobre, que pertencia à Igreja Presbiteriana e morava nas ilhas, foi a
Belém em vista ao primo Raimundo Nobre. Este apresentou os missionários a Adriano,
que imediatamente mostrou-se interessado em ajudá-los a aprender falar o português.

Passado um determinado tempo eles já podiam falar português. Vingren continuou

a estudar a língua, enquanto Daniel trabalhava como fundidor. Passado algum tempo,
Berg começou a dedicar-se ao trabalho de colportagem (entregar folhetos).

O Movimento Pentecostal no Brasil

Os jovens missionários tinham o coração avivado pelo Espírito Santo, e oravam de
dia e de noite. Oravam sem cessar. Esse fato chamou a atenção de alguns membros da
igreja, que passaram a censurá-los, considerando-os fanáticos por dedicarem tanto tempo
à oração. Mas isso não os abalou.

Com desenvoltura e eloqüência, continuaram a pregar a salvação em Cristo Jesus

e o batismo com o Espírito Santo, sempre alicerçados nas Escrituras. Todavia, como
resultado daquelas orações, alguns membros daquela Igreja Batista creram nas verdades
do Evangelho completo que os missionários anunciavam. Os primeiros a declararem
publicamente sua crença nas promessas divinas foram as irmãs Celina Albuquerque e
Maria Nazaré. Elas não somente creram, mas resolveram permanecer em oração até que
Deus as batizasse com Espírito Santo conforme o que está registrado em Atos 2.39.

Numa quinta-feira, à uma hora da manhã de dois de junho de 1911, na Rua

Siqueira Mendes, 67, na cidade de Belém, Celina de Albuquerque, enquanto orava, foi
batizada com o Espírito Santo. Após o batismo daquela irmã começaria a luta acirrada.
Na Igreja Batista alguns creram, porém outros não se predispuseram sequer a
compreender a doutrina do Espírito Santo. Portanto, dois partidos estavam criados.

Devido a este movimento pentecostal Daniel Berg e Gunnar Vingren e mais 17

simpatizantes foram expulsos da Igreja Batista, no dia 13 de junho de 1911. Na mesma
noite da expulsão, ao chegarem a casa da irmã Celina, na Rua Siqueira Mendes, 67, os
irmãos resolveram passar a se congregar ali, o que normalmente foi feito pelo espaço de
mais ou menos três meses, com cultos dirigidos pelo missionário Vingren e pelo irmão
Plácido. Daniel Berg pouco falava por ainda estar atrasado no aprendizado da língua.

No dia 18 de Junho, Vingren e Berg fundaram a Missão da Fé Apostólica e sete

anos mais tarde, no dia 11 de Janeiro de 1918, foi registrada oficialmente como
Assembleia de Deus.

A partir de Belém, a Assembleia de Deus estendeu seus braços por todo o Brasil,
alcançando vilas, cidades, estados e chegando, em fins de 1923, à então capital da
República, o Rio de Janeiro.

Em 1924, o Missionário Gunnar Vingren mudou-se para o Rio de Janeiro, onde

passou a pastorear a Assembleia de Deus no Campo de São Cristóvão.

Os pioneiros
 Em 1928 João Evangelista, membro da Assembleia de Deus de São Cristóvão-RJ
partiu para Rio Bonito para pregar a Mensagem Pentecostal e dali a Palavra de Deus foi
divulgada nas cidades de Pirineus, Cachoeiras de Macacu, Bananeiras, Sumidouro,
Carmo, Duas Barras e entre outras, Nova Friburgo.

Mais tarde, em 1936, Anatálio Joaquim de Oliveira chegou a Nova Friburgo,

enviado pelo Missionário Nils Kastberg, líder da Assembleia de Deus de São Cristóvão,
para dar continuidade à evangelização.

Em 1939 o Missionário Samuel Nyström passou ao Pastor Moysés Soares da

Fonseca a responsabilidade de diversas igrejas. Dentre elas, as Assembleias de Deus em
Bananeiras, Sumidouro e Nova Friburgo, para onde mudou-se e trabalhou por um ano.

Neste primeiro ano de trabalho em Nova Friburgo, o Pastor Moysés Soares

conheceu Waldo Benjamim de Oliveira, um sapateiro, membro da Assembleia de Deus de
Bananeiras, distrito de Silva Jardim-RJ, que aqui lutava pela conquista das almas,
evangelizando a todos quanto podia e realizando cultos em sua própria residência, no
bairro de Duas Pedras.

Foi ali que a semente da Igreja Evangélica Assembleia de Deus Central em Nova
Friburgo foi plantada e, nesse solo fértil, a Palavra de Deus germinou e começou a dar os
frutos que se multiplicam até os dias atuais.

Os primeiros passos
A obra do Senhor continuou a progredir e homens e mulheres de Deus deixaram
marcas na história do Evangelho em Nova Friburgo, tais como o Missionário Nils Kastberg
(em 1940), o Pastor Eugênio J. de Oliveira (em 1942), o Pastor Moysés Soares da
Fonseca, (novamente de 1943 a 1946) e o Pastor João Corrêa da Silva (em 1946).

Também o Missionário Leif Gunnar Andersen (de 1950 a 1951) trabalhou com êxito
e dedicação por quase dois anos. Foi este líder quem decidiu alugar um pequeno
cômodo, localizado no Centro da cidade, à Rua Almirante Barroso no, esquina com a Rua
Carlos Éboli, fizeram na parede uma inscrição que dizia: “A Universal Assembleia dos
Santos”, ali os cultos aconteceram até o ano de 1954.

Durante esses anos a igreja também pôde contar com a assistência do irmão
Henrique Gomes de Mattos, mais tarde também chamado para o Ministério Pastoral, e
que acompanhou a trajetória de vários líderes, incluindo o Pastor Raul Soares (em 1952)
que atuou até a vinda do Pastor Manoel Octávio Dembergue, em 1953.

Pastor Manoel Octávio Dembergue

Manoel Octávio Dembergue nasceu em Trajano de Moraes/RJ, em 1909. Casou-se
em 1933 com Ligia Sampaio Dembergue, mudando-se para o Rio de Janeiro em 1935,
onde aceitou a Cristo como Salvador em Abril de 1938, na Assembleia de Deus do
Campo de São Cristóvão. Mais tarde voltou com a família em 1945 para a localidade de
Tapera, em Trajano de Moraes, para evangelizar e foi consagrado ao Pastorado em 27 de
Maio de 1949.

Em 1951 mudou-se para Cantagalo e logo depois para Muriaé-MG. Instalou-se

definitivamente em Nova Friburgo no ano de 1953.

A Igreja cresceu e em Janeiro de 1959 tornou-se autônoma e o Pastor Manoel

Octávio o 1o Pastor Presidente da Assembléia de Deus Central.

Em Setembro de 1979 o Pastor Manoel Octávio partiu para o Senhor, deixando

para todos um grande exemplo de vida, fé, coragem e ousadia para a glória de Deus!

Assumiu então a igreja o pastor José Antonio dos Santos, que nasceu na cidade de
Bom Jardim/RJ em 1941, que em 1957 fixou residência em Nova Friburgo, onde
entregou-se a Cristo no ano de 1958, na 1a Igreja Batista, na Praça do Suspiro. Em 10 de
Novembro de 1959 transferiu-se para a Assembleia de Deus Central.

A CEIFA E OS CEIFEIROS
Em 1981, na sede da Igreja Evangélica Assembléia de Deus, na cidade de
Itaperuna/RJ, sob a bênção do Pastor presidente e pioneiro regional, Dr. José Antônio de
Carvalho, seu filho Eliel dava início a uma nova frente de trabalho.

Na época Eliel Furtado de Carvalho era coordenador das Cruzadas do Evangelista

Bernard Johnson e, por meio delas, testemunhava a conversão de milhares de pessoas
ao evangelho de Cristo. Porém, depois de seguidos desgastes com a denominação em
função da ‘‘visão’’ de Reino que possuía e pelas tradições que imperavam, deixou a
Cruzada e fundou o Ministério Ceifa (Centro Evangelístico Internacional Frente de
Apoio).

Bispo Eliel Furtado de Carvalho

Nascido em 1938, em Teresópolis, casado com Ceil de Carvalho, pais de quatro
filhos, o filho do pastor José Antônio de Carvalho fundou o Coral Jovem dos anos 60. Em
1960 e 1961, cursou teologia no Instituto Bíblico das Assembleias de Deus, em
Pindamonhangaba, tendo como professor seu fundador, pastor João Kolenda Lemos.

Uniu-se a Oziel e Otoniel Moura de Paula. Juntos, propuseram à Convenção

Evangélica das Assembleias de Deus do E.R.J. – CEADER a criação da Unidade de
Mocidade Assembleia de Deus do E.R.J. – UMADER.

Em 23 de janeiro de 1964, em Petrópolis, na presença dos fundadores e de

Nemuel Kessler, os integrantes da Convenção autorizaram a efetivação do movimento.
Acertada a decisão da CEADER.

A UMADER foi por ele presidida entre 1965 e 1968 e se tornou um grande
movimento de evangelização para a igreja do Senhor Jesus Cristo, de proporção
estadual, quiçá nacional.
 Em 1964, ordenado a pastor convencionado pela CEADER, dirigiu a Cruzada
Bernard Johnson, em que preparou Cruzadas em várias partes do país, como a da Quinta
da Boa Vista, com 20.000 almas para Cristo e, em Governador Valadares, resultou em
1.300 decisões. Em 1984, criou o CEIFA - Centro Evangelístico Internacional Frente de
Apoio às Igrejas.

Continuando a obra do Senhor, inaugurou várias igrejas, estendendo suas tendas

na América do Norte, onde permaneceu sete anos, na Flórida. Após esse período, residiu
dois anos no Rio de Janeiro, de onde retornou para os Estados Unidos, lá permanecendo
por um novo período de sete anos.

Muitas igrejas já estabelecidas receberam autonomia.

Em homenagem à saudosa mãe, fundou, em Itaperuna, o Centro Educacional

CEIFA - Creche-escola Irmã Narcisa. Sua vida , pautada pelo amor ardente à salvação de
almas.

Pouco mais de 50 anos de Ministério, para a glória de Deus. Para seu regozijo, sua
obra tem horizonte de longo alcance, pois muitas igrejas tem sido implantadas no território
nacional e internacional.

O trabalho com o Evangelista Bernard Johnson se dava em diversas cidades do

país, onde havia uma equipe que chegava um mês antes nas cidades e faziam toda a
divulgação do trabalho, levando diversas pessoas ao “evento”, se é que assim podemos
descrever.

No final dos eventos, muitas vidas recebiam Jesus e eram encaminhadas as igrejas
locais, porém, como não haviam meios de controlar ou acompanhar as conversões,
muitas dessas vidas se desviavam ou nem mesmo eram consolidadas pelas igrejas
locais.

Voltando a história da Ceifa Nova Friburgo, aproximadamente 12 anos depois do

fato ocorrido com o então pastor Eliel de Carvalho, onde ele conversou com seu líder e
com a Convenção das Assembléias de Deus e se desligou da mesma, debaixo da benção
de Deus e aprovado por seus líderes.

Por razões idênticas, um grupo de 14 jovens, participantes do grupo Sublime

Louvor, se desligava sa mesma denominação (Igreja Assembléia de Deus Central) na
cidade de Nova Friburgo, debaixo da benção de Deus e aprovados por seu líder, o pastor
José Antonio dos Santos.

Inicialmente, esse grupo de irmãos pretendia filiar-se a alguma igreja já existente

na cidade. Entretanto, por uma orientação inequívoca de Deus, a direção tomada foi
outra.

A Igreja Ceifa de Nova Friburgo nasceu de um sonho dado por Deus a alguns
jovens, cujos corações estavam em conquistar vidas e trazê-las para um convívio, onde
fosse possível sentir e expressar a liberdade da adoração.

Fomos levados a buscar para a nossa geração um marco histórico, porque se Deus
nos capacitou. Ele tinha um propósito.
 A Igreja Ceifa de Friburgo teve início quando Nélis e Roseliane, hoje pastores da
Igreja Ágape, na Flórida (EUA), se empolgaram com a possibilidade de se trazer o
ministério Ceifa para nossa cidade, convidando o seu líder, Pr. Eliel de Carvalho, para nos
expor seu projeto.

A reunião que havia sido marcada para o início de janeiro de 1993, acabou sendo
precedida por outra, em 31 de dezembro de 1992, na cidade de Itaocara, marcada
certamente por Deus, porque nos encontramos com o Pr. Eliel e sua esposa casualmente.
E nesse primeiro contato, onde toda a nossa família estava presente, pudemos ouvir os
projetos e nos empolgarmos o suficiente para saber que realmente partia de Deus a
necessidade da abertura dessa igreja.

Qualquer possibilidade de medo, apreensão ou ansiedade da nossa parte

certamente desapareceu naquele dia. E quando, definitivamente, nos reunimos no dia 03
de janeiro de 1993, todo o grupo foi unânime em aderir a essa nova e empolgante missão.

Tivemos o privilégio de receber o jovem pastor Arcélio Luis, que desempenhou um

papel fantástico nessa cidade, tornando a Igreja Ceifa reconhecida por todos em pouco
tempo, devido à sua preparação espiritual e teológica e, ainda vocacionado para o serviço
de Deus.

Exatos dois anos passaram-se e ele foi substituído, para nossa agradável surpresa,
pelo ainda jovem pastor Sérgio Paulo Garcia Paim (na época com 31 anos) que, ao longo
de nossa caminhada, como Equipe Sublime Louvor, já vinha revezando-se entre o
operador de som e o pregador, por muitas igrejas por onde passamos e o mesmo já
desempenhava o ministério pastoral na igreja Ceifa em Sumidouro.

Deus já estava preparando a terra. Mal podíamos crer que aquele garoto
brincalhão se tornaria o nosso pastor e desenvolveria, com tamanho brilho e seriedade,
esse ministério.

Assim, na manhã do dia 24 de janeiro de 1993 começamos a nos reunir em uma

sala do SASE (Serviço de Assistência Social Evangélico), que hoje se encontra
desativado.

Ali ficamos por poucos meses e em seguida nos mudamos para o centro,
alugando uma velha oficina que, surpreendentemente, na parede dos fundos, que estava
coberta por um painel de lambrim, havia a inscrição “A Universal Assembleia dos Santos”,
feita por missionários da Assembleia de Deus.

Que maravilhosa surpresa! Naquele lugar, havia iniciado-se, dezenas de anos

antes, a igreja da qual viéramos. Coisas assim não podem ser coincidência!

Em 1997, com pouco mais de três anos de fundação, nos mudamos para a
avenida central da cidade. Ali, ganhamos força e reconhecimento como denominação e
conseguimos comprar nosso primeiro imóvel, onde hoje está edificado nosso templo. Mais
alguns anos se passaram e adquirimos também o imóvel ao lado do templo, onde foram
organizadas salas para departamento infantil, dança, música etc.
 O inicio não foi muito fácil. Éramos 14 irmãos e possuíamos uma visão. Uma visão
de conquista de almas, de unidade interdenominacional e, acima de tudo, uma visão de
culto com liberdade de expressão.

Tudo isso estava além de algumas tradições que ainda eram muito dominantes e,
como “dois não podem andar juntos se não houver entre eles acordo” (Am 3:3), seguimos
o exemplo de Abraão e seu sobrinho Ló, que se separaram fisicamente, mas continuaram
se amando e respeitando dentro de suas características. Assim, nos lançamos aos
desafios.

Não é fácil implantar um ministério em uma cidade onde a Palavra já é tão bem
divulgada, com isso, houve muita incerteza por parte da sociedade local, mas, sabíamos
que Deus estava à frente de tudo, então, prosseguimos com nossos sonhos e hoje, já
vemos parte deles realizados.

Poderíamos dizer que nossa igreja já nasceu missionária. No primeiro ano de

existência, já enviara várias pessoas ao campo: Mírian Moreno, para treinamento
missionário em Belo Horizonte; pastor Nélis Nilson, para assumir a igreja CEIFA na
Flórida; e o, então Diácono, pastor Sérgio Paim, que assumiria a igreja em Sumidouro.

Na mesma época, recebemos dois pastores em nossa membresia: Israel Moraes,

vindo da CEIFA de Itaperuna e hoje pastor da CEIFA em Cabo Frio e Arcanjo Neto, da
Assembleia de Deus Central, em Friburgo. Pastor Arcanjo e família seriam enviados
posteriormente para Cabo Frio, Espanha e depois para a Alemanha, onde estão
pastoreando até hoje.

No segundo ano de funcionamento, as movimentações de membros trouxeram

mudanças mais significativas. Próximo ao segundo aniversário, aconteceu o envio do
pastor da igreja, Arcélio Luis, para Uberaba. Obviamente, fez-se necessário o
remanejamento de alguém, para que pudesse assumir a igreja. O pastor Sérgio Paim foi
então trazido de Sumidouro e, no dia 6 de janeiro de 1995, assumiu a igreja e está à sua
frente até hoje.

Muitos outros ministérios foram revelados nos anos seguintes: Mírian, hoje
casada com Eurico, com quem tem dois filhos - Samuel e Jonathan - está na Espanha.
Juntos, estão pastoreando duas igrejas, uma em Jaén e outra em Madrid, além de terem
trabalhos estabelecidos em outras quatro cidades. Wilson Coelho, Neiva Coelho, Lene
Paim, Débnei Dembergue (Binim), neto do saudoso pastor Manoel Otávio Dembergue e
Ricardo Verly membros fundadores, também tiveram seus ministérios reconhecidos.

Atualmente, temos nos alegrado pelo surgimento de novos ministros da Palavra.

Gente que, em sua maioria converteu-se na CEIFA ao longo desses 30 anos, em Nova
Friburgo e tem se levantado como pastores e líderes. Poderíamos apontar Grégory e
Ingrid (pastores em Tatuí), Silvio e Iasmim, Francisco e Suelane (pastores em Banquete),
Ricardo e Simone (pastores em Itaipava) e outras dezenas de líderes que nos fornecem
bases para prosseguirmos. Irmão sem os quais a visão não caminharia com a excelência
vista hoje e que apesar do anonimato, são imprescindíveis à igreja.

Hoje não somos mais um pequeno grupo, mas uma igreja estabelecida, que sabe
para onde caminha. Este é nosso alvo: ganhar almas para Cristo, consolidando sua fé,
preparando-as através de um discipulado permanente, até que estejam prontas para
serem enviadas a ganhar outras vidas.

Em 2002, o bispo Eliel de Carvalho concedeu a autonomia às igrejas filiadas ao

Ministério Ceifa, o que fez nossa igreja iniciar um novo tempo. Quando recebemos a
autonomia, pensamos que teríamos maior liberdade para trabalharmos a igreja de Nova
Friburgo. Em nosso coração não havia qualquer pretensão de levarmos a visão de igreja
que agora tínhamos para fora de nossa cidade. Mas os projetos de Deus eram outros.

Quando os irmãos Silvio e Iasmim Guedes nos pediram autorização para

começarem uma célula em Pedra Branca, não podíamos imaginar que ali estavam os
futuros pastores da igreja que nasceria em Banquete, e muito menos que aquela igreja
abriria portas para várias outras, que surgiriam a partir daquela iniciativa.

Então, começando por Banquete, Distrito da cidade de Bom Jardim (RJ), várias
outras igrejas nasceram: Nova Iguaçu (RJ), Itaipava - Petrópolis (RJ), Rio de Janeiro (RJ)
e Tatuí (SP). Além dessas, houve a integração da Igreja de Sumidouro (RJ), Dores da
Vitória - Miraí (MG), Cabo Frio (RJ) e Monnerat em Duas Barras (RJ) e Conselheiro
Paulino (RJ), que se aliançaram conosco e a abertura de trabalhos missionários na
Espanha e na Alemanha.

Hoje, acreditamos que o Senhor ainda nos enviará a muitas cidades, e estamos
abertos a ir aonde Ele nos enviar.

No dia 5 de fevereiro de 2022, foi realizada em Nova Friburgo uma reunião para a
criação da Convenção das Igrejas Ceifa, onde, após convite do então bispo Eliel de
Carvalho, assumiu a presidência da mesma o pastor Sérgio Paulo Garcia Paim, dando
autonomia a todas as igrejas, tornando cada uma delas uma igreja independente, tendo a
aliança firmada com a convenção.

Hoje somos de 29 igrejas aliançadas através da Convenção das Igrejas Ceifa,

sabendo que muitas outras cidades, estados e países serão alcançados com a graça de
Deus.