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HISTÓRIA DA IGREJA - Flávia Maurício

Introdução

Nós não participamos da filosofia existencialista para quem o passado é sem


sentido, só interessando ao homem o presente. Logo, fazer História para eles não tem
razão de ser, pois esta nada tem a esclarecer do presente, nem diz nada de relevante ao
homem hodierno. Para nós o passado tem valor esclarecedor e orientador do próprio
passado e nos habilita a agir no presente face as nossas crises eclesiásticas e desafios.
Precisamos entender nosso passado com suas motivações, vicissitudes e realizações para
que diante das crises e perigos dos séculos ou do presente, possamos ter um direção
segura. Neste hierdieno trabalhos descreverei os factos que derem origem a Igreja
Adventista Do Sétimo Dia, precisamos estudar nossa identidade como povo, sem
mantermos, ou aceitarmos conceitos restritivos. Precisamos recuar nosso horizontes, e
vermo-nos como uma parte inseparável de toda história, como o final seguimento de sua
verdade.

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HISTÓRIA DA IGREJA - Flávia Maurício

História da Igreja Adventista do Sétimo Dia no Mundo

Em apenas um século e meio a Igreja Adventista do Sétimo Dia tem crescido de


um punhado de pessoas, que diligentemente estudaram a Bíblia em procura da verdade,
para uma comunidade mundial de mais de oito milhões de membros e, outros milhões,
que consideram a Igreja Adventista seu lar espiritual. Doutrinariamente, os Adventistas
do Sétimo Dia são herdeiros do supradenominacional movimento Milleriano da década
de 1840. Embora o nome “Adventista do Sétimo Dia” tenha sido escolhido em 1860, a
denominação não foi oficialmente organizada até 21 de maio de 1863, quando o
movimento incluia cerca de 125 Igrejas e 3.500 membros.

Entre 1831 e 1844, William Miller - um pregador Batista e ex-capitão de exército


da guerra de 1812 - lançou o “grande despertar do segundo advento” o qual eventualmente
se espalhou através da maioria do mundo cristão. Baseado em seu estudo da profecia de
Daniel 8:14, Miller calculou que Jesus poderia retornar a terra em 22 de outubro de 1844.
Quando Jesus não apareceu os seguidores de Miller experimentaram o que veio a se
chamar “O grande Desapontamento.” A maioria dos milhares que haviam se juntado ao
movimento, saiu em profunda desilusão. Uns poucos no entanto, voltaram para suas
Bíblias para descobrirem porque eles tinham sido desapontados. Logo eles concluíram
que a data de 22 de outubro tinha na verdade estado correta, mas que Miller tinha predito
o evento errado para aquele dia. Eles se convenceram que a profecia bíblica previa não o
retorno de Jesus à Terra em 1844, mas que Ele começaria naquela data um ministério
especial no céu para Seus seguidores. Assim, eles continuaram a esperar pelo breve
retorno de Jesus, como fazem os Adventistas do Sétimo Dia ainda hoje. Deste pequeno
grupo que se recusou a desistir depois do “grande desapontamento” surgiram vários
líderes que construíram a base do que viria a ser a Igreja Adventista do Sétimo Dia.
Destacam-se dentre estes líderes um jovem casal - Tiago e Ellen White - e um capitão de
navio aposentado, José Bates. Este pequeno núcleo de “adventistas” começou a crescer -
principalmente nos estados da Nova Inglaterra na América do Norte, aonde o movimento
de Miller havia começado. Ellen White, apenas uma adolescente na época do “grande
desapontamento”, desenvolveu-se em uma dotada escritora, oradora e administradora, se
tornando, e permanecendo, a conselheira espiritual de confiança da família Adventista
por mais de 70 anos até sua morte em 1915.

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Os primeiros Adventistas vieram a acreditar - como têm os Adventistas desde


então - que ela desfrutou da direção especial de Deus enquanto ela escrevia seus conselhos
para o crescente grupo de crentes. Em 1860, em Battle Creek, Michigan, EUA, um
punhado de congregações de Adventistas escolheram o nome Adventista do Sétimo Dia
e em 1863 organizaram formalmente o corpo da Igreja com um número de 3.500
membros. No princípio, a atuação foi em grande parte limitada a América do Norte, até
1874 quando o primeiro missionário da Igreja, J.N. Andrews, foi enviado para Suíça. A
obra na África foi iniciada timidamente em 1879 quando Dr. H.P. Ribton, um recente
converso na Itália, se mudou para o Egito e abriu uma escola, mas o projeto terminou
quando tumultos começaram a surgir nas vizinhanças. O primeiro país cristão não-
protestante a receber a Igreja foi a Rússia, aonde um ministro Adventista foi enviado em
1886. Em 20 de outubro de 1890, a escuna Pitcairn foi lançada em São Francisco e logo
designada para levar missionários para as ilhas do Pacífico. Missionários Adventistas do
Sétimo Dia entraram pela primeira vez em países não-cristãos em 1894 - Costa Dourada
(Gana), oeste da África, e Matalbeleland, África do Sul. No mesmo ano missionários
vieram a América do Sul, e em 1896 havia representantes no Japão.

Início do Adventismo em Angola

O primeiro contato do movimento Adventista do Sétimo Dia em Angola foi


estabelecido em 1922 pelo pastor William Harry Anderson, apelidado em Angola de
"Kakongo", norte americano de nacionalidade, mas nascido no México, em 1871. Vindo
da Namíbia, fez uma viagem de exploração, a fim de estudar as possibilidades de
estabelecer a Igreja no país, a pedido do Comité anual da Divisão (1922) presidido pelo
Pastor H. Branson, seguindo assim, os passos de John N. Andrews o primeiro missionário
além-mar.

Ao atingir a margem meridional do Cunene, começou a anoitecer. Os jangadeiros


(espécie de barco de pesca) recusaram-se a transportá-lo para outra margem do rio, em
cumprimento ao horário estabelecido para o funcionamento da canoa. Por mais que
insistisse, mesmo pagando um valor superior ao cobrado nos bilhetes de passagens, nada
conseguiu. Ele tencionava passar a noite do outro lado da margem e pôr-se a caminho
logo de manhã cedo. Na mesma situação, havia na margem oposta do rio um indivíduo,
também de cor branca (português), aguardando a travessia.

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No dia seguinte, depois de atravessar o rio, o missionário W. H. Anderson


deparou-se com uma cena horrível. Os leões tinham devorado aquele indivíduo que
dormia no local onde o missionário W. H. Anderson tencionava passar a noite, tendo
sobrado os pés nas botas!.

W.H. Anderson "Kakongo" e esposa Mary Parrin, de segunda núpcias, depois do


falecimento da primeira esposa Nora Haysner Paulson Anderson, por doença (febre de
água preta em 1907)

Em função do relatório dessa viagem exploratória, desembarcaram na cidade


portuária de Lobito (12º20`S de latitude e a 13º34` E de longitude), em 12 de Junho de
1923, além do próprio missionário W. H. Anderson, T. M. French, Secretário do Campo
de Divisão Africana dos Adventistas do Sétimo Dia e J. D. Baker, cedido pela União Sul-
Africana dos Adventistas do sétimo dia para trabalharem em Angola. James Delmer
Baker Jr. (1914-2008), o Filho, que cresceu em Angola.

Depois que passaram alguns dias em Benguela, há 34 km do Lobito, tiveram a


oportunidade de proverem-se de mantimentos indispensáveis. Seguiram no comboio
(trem) para o interior. Primeiro pararam na Ganda (253 km). A cidade lhes agradou.
Entretanto, souberam que a Missão Filafricana (Protestante) planejava estabelecer ali uma
estação missionária, prosseguiram a viagem.

No comboio, conversaram com o capitão Morais, que se expressava em inglês.


Ele era Administrador do Lépi (12º 52´15" S; 15º 23´54" E, altitude de mil 637 metros
acima do nível do mar). A paisagem do Lépi é soberba, com montes e florestas. Lá há um
rochedo com a forma duma cabeça de elefante, daí lhe vindo o nome de "tromba de
elefante". Ele os convidou para que os missionários estabelecessem a Missão Adventista
naquela povoação. No entanto, eles não foram bem recebidos pelos habitantes dessa vila.

Resolveram, então, ir até Mbongo (Bongo) onde residia o soba Cipopiakulo


/Tchipopiakulo/ (O que diz os mais velhos) que os recebeu alegremente, principalmente
por entender os benefícios que trariam para a região: educação, postos de saúde,
condições de higiene e saneamento básico, como acontecia em localidades próximas onde
funcionavam Missões Protestantes.

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Pouco tempo depois, apresentaram o pedido formal para o estabelecimento de uma


Missão no Bongo ao governador Geral de Angola, que na altura se encontrava de
passagem no Lobito, tendo sido deferido nos termos da legislação então em vigor 1923).
Foi-lhes concedido um terreno inicialmente 300 hectares (1924) e depois de 620 hectares
(1925). W.H. Anderson e esposa, James D. Baker e O. O. Bredenkamp e esposa chegaram
ao Lépi, em 27 de Abril de 1924, no primeiro dia da semana, Domingo, portanto. A
esposa de J. D. Baker só chegou em 20 de Junho. W.H. Anderson ficou residindo no Lépi
e os outros dois missionários no Bongo. Bongo dista 23 km de Longonjo, 18 km do Lépi
e 80 km do Huambo.

Organização eclesiástica.

O Lépi foi a sede temporária do Campo Missionário do Sul do Atlântico, que


abrangia a Namíbia e Angola. Em 1925, o Campo da Namíbia foi transferido para a União
Sul-Africana dos Adventistas do Sétimo Dia. Angola ficou integrado à União Equatorial
que era formado pelos territórios: Camarões, África Equatorial Francesa, Ilha de
Fernando Pó, Ilhas de São Tomé e Príncipe e Guiné Espanhola.

Nessa época a União Angolana era composta de quatro campos missionários: 1)


Kimbundu, (distritos de Kuanza Norte, Zaire, Cabinda e Malanje); 2) Ovimbundu
(distritos de Benguela, Bié e Kuanza Sul); 3) Huila, (distritos de Namibe, Huila e
Cubango); 4) Quioco (distritos de Lunda, Moxico e Luchazes).

Em 1928, Angola assumiu o estatuto de União Angolana, que se mantém até os


nossos dias. Entre os anos de 1955 a 1957 ocorreu uma situação transitória, em que
Angola e Moçambique formaram uma só União. Em 1959, a Missão de São Tomé e
Príncipe passou a fazer parte da União Angolana permanecendo até os nossos dias. Em
11 de novembro de 1975, ocorreu a independência de Angola. Muitos missionários
tiveram que abandonar o país. Nessa época havia as seguintes igrejas européias: a de
Benguela, Bongo, Ganda-Cubal, Lobito-Catumbela, Luanda, luso, Namibe, Huambo e
Lubango.

Do ponto de vista eclesiástico, em 1975, a União Angolana estava composta dos


seguintes Campos Missionários: Bongo, Cuale, Huambo, Huila, Luanda, Leste (Luz e
Lucusse), Namba, Quilengues, São Tomé e Príncipe. Com o crescimento da Igreja foram
criadas Associações (Uma Associação é formada por um conjunto de igrejas de algumas

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cidades ou províncias). Assim, em 1999, a União Angolana possuía as seguintes


organizações eclesiásticas: 1) Associação de S. Tomé e Príncipe (1959); 2) Associação
norte (1982) que abrange as províncias de Luanda, Bengo, Malanje, Kuanza Norte, Uíge,
Cabinda e Zaire; 3) Associação Centro (1983) – Huambo, Benguela, Kuanza Sul, Bié e
Kuando Kubango; 4) Associação Sul (1984) – Huila, Namibe e Kunene; 5) Associação
Leste (1985) – Moxico, Lunda-Norte e Lunda Sul.

Presidência da União

A presidência da direção da Igreja Adventista do Sétimo Dia em Angola esteve a


cargo de: W.H. Anderson (1924-1935); C.W. Curtis (1935-1941); Peter Stevenson (1942-
1950); Manuel Lourinho (1951-1956); Ernesto Ferreira (1957-1968); Armando Casaca
(1969-1975); Pedro Balança de Freitas (1976-1990) – primeiro angolano, que nasceu no
ano da fundação da Missão do Bongo; Vasco Cubenda (1991 -2000); Teodoro Elias (2001
– atual). (Para ver a lista atualizada do Presidente, Secretário, Tesoureiro da União e
outros departamentais Angola, por muito tempo pertenceu à Divisão Euro-Africana.
Atualmente faz parte da Divisão Sul-Africana-Ocenao índico (Southern Africa-Indian
Ocean Division – Zimbabwe.

Estabelecimento de Missões e Igrejas

Missão do Bongo (1924, abril ) (Prov.Huambo) - A Missão Adventista do


Bongo é hoje o mais saliente foco de projeção adventista em Angola. Se fosse no Brasil,
teria a mesma importância histórica do IAE (Instituto Adventista de Ensino ou melhor,
Centro Universitário Adventista de São Paulo - Campus SP). As duas primeiras
residências, em casas de contextura provisória, começaram a ser construídas em 1924,
seguindo-se uma terceira em 1925. Em outubro desse ano, chegou D. P. Harder para
ocupar o Departamento da Educação. No ano seguinte, no local, onde mais tarde foi
levantada a igreja, começou-se a construir uma escola que foi inaugurada em 1927 . No
tempo de O.I. Fields (1931-1942) esta escola foi substituída pelo Instituto Adventista do
Bongo, notável edifício que ainda hoje conserva de pé as suas paredes.

Ainda, foi foi ano (1927) que se deram as primeiras campanhas evangelíticas que
se têm notícias, nomeadamente em Emanha, Aienja, Iava e Gonga. Em 1954 foi
inaugurado o residencial das meninas e em 1963 o das rapazes. Até a década de 90, Bongo

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era o principal centro de formação de Teologia de Angola (Seminário Adventista do


Bongo - Bongo Adventist Seminary). Missão Adventista do Bongo (vista aérea)

Missão da Luz (também conhecida como "Missão Mufeje" (1925) (Província


de Lunda) - O local dessa Missão foi explorado por W.H. Anderson no verão de 1924,
quando foi recebido pelo soba Mualengue (1924). Os primeiros missionários que aí se
estabeleceram foram O.O. Bradenkamp e sua esposa. Ao chegarem, aguardava-os o
Pastor Anderson e sua esposa, que tinham limpado parte do terreno e levantado uma
palhota de capim, que os Bredenkamp ocuparam depois da partida daqueles obreiros. Em
1927, essa missão já possuía: uma casa do Diretor e do obreiro, um edifício provisório
para que acolhia 200 pessoas, um armazém com um alpendre para carpintaria. Em 1929
foi construído um dispensário, com Senhorita M. Fourie como enfermeira. Em 1949
começou a ser construída pelo pastor E. L. Jewell uma escola, que foi inaugurada no ano
seguinte. Entre os Diretores que passaram pela Missão da Luz destaca-se o Pastor Manuel
Salustiano de Castro.

Pr. Manuel Salustiano de Castro, casado com a irmã Aninha Staroski, trabalhou
em Angola em dois períodos (1947-1958) e (1970-1974). Ele é natural de Funchal, Ilha
da Madeira, estudou (1937-1942) e radicou-se no Brasil. Foi Diretor da Missionário na
Missão da Luz (Missão Mufeja) e em 1956 foi Diretor da Missão do Bongo. Trabalhou
trambém em Benguela e Luanda. É (co)autor do livro "Aventuras do Missionário Manuel
de Castro: entre os leões de Angola", (2005), CPB, Tatuí (Brasil).Atualmente vive em
Curitiba (Brasil).

Sede da União (1927) - Em 1927 foi adquirido na "futura" cidade do Huambo um


terreno onde foi construído, por T.R. Huxtable, o edifício da União. Lá funcionou desde
1929, um dispensário, que no tempo da Sra. Cútis, atendia de 50 a 100 pacientes.

Missão da Namba (1928) (Kuanza Sul) - Esta Missão foi estabelecida por James
Delmes Baker, que se fixou em novembro de 1928. A escola foi construída em 1956. O
edifício da Igreja foi inaugurado no princípio de 1961, sendo Diretor da missão o pastor
Vitorino Chaves.

Sede da Missão da Namba [1]Missão do Lucusse (1932) (Prov. Moxico) - O.O.


Bredenkamp chegou ao Lucusse em Junho de 1932, começando logo a construir as

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primeiras infra-estruturas – residências e escola. A escola definitiva da missão foi


levantada em 1952, sob a direção do pastor António Coquenão Lopes.

Missão do Cuale (1934) (Prov. Malange) - A missão foi estabelecida, em 1934,


por E. Bukley. Os cultos eram feitos debaixo de árvores. Em 1949 foi construído por O.U.
Giddings o dispensário da Missão. Todas as despesas foram suportadas por ele. Naquela
época, quem tinha dinheiro davam-no, mas as ofertas eram dadas em espigas de milho,
trigo, centeio, abóbora, algumas batatas, ovos e cuia com feijão. Um belo edifício da
Escola foi construído em 1953, sendo o Diretor o pastor Ataíde Candeias. Em 1962 foi
inaugurado o dispensário, com a irmã Mercedes Esteves como enfermeira-chefe. Em
1963 o amplo edifício da Igreja foi inaugurado (dedicado) pelo Pastor Carlos Esteves.

Missão do Quicuco (1953) (Huila) - Uma vasta propriedade foi adquirida em


1931. Só em 1952 que foi enviado o Pastor José de Sá, que nessa Missão dirigiu (1952-
1975) a construção de duas residências, uma capela, um dispensário (Quicuco
Dispensary), inaugurado em novembro de 1958. Em 1966, foi inaugurada uma ampla e
formosa escola, com os respectivos residenciais feminino e masculino. Vale destacar que
as camas eram feitas de varas e capim com pano sobre o capim e um cobertor.

Missão de São Tomé (1938) - Em 1938, estabeleceu-se na cidade de São Tomé o


primeiro missionário Adventista – José Freire. Em 1946, começou a funcionar, com
Capitolina Grave como primeira diretora, a escola Primária, que se tornou um prestigioso
centro cultural, onde estudaram alguns alunos que após a independência vieram a
desempenhar funções de destaque na administração pública. O edifício definitivo da
igreja foi inaugurado em 1 de dezembro de 1956, sob a direção do pastor Eliseu Miranda.
Em 1966 começou a funcionar a escola das Neves. Outro edifício de Igreja seria
inaugurado em santo António do Príncipe, em 19 de Abril de 1967 pelo Pastor João
Chaves. A Missão de São Tomé e Príncipe fez parte da União Portuguesa dos Adventistas
do Sétimo Dia até 1959, tendo nesse ano passado a pertencer na União Angolana. Em
1975 ocorreu um "cisma" no seio dessa Missão, onde um grupo dirigido Samuel Batista
proclamando-a de União Santomense dos Adventistas do Sétimo Dia e do outro o Pastor
Cosme da Mota leal às orientações superiores. Nos anos que se seguiram esses dois
grupos se reconciliaram. Entre os pioneiros, obreiros e pastores que atuaram nessa Missão
destacam-se: Afonso das Neves, Arlindo Miranda, Cosme da Mota, Daniel Martins,
Eliseu Miranda, Eliseu Xavier, Germiniano Rodrigues, João Chaves, João Esteves, José

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Freire, José Manuel Dias Marques, Juvenal Gomes Boneco, Manuel do espírito Santo,
Manuel Quaresma da Cruz Lima, Orlando Albuquerque, Samuel Grave e Victorino
Chaves.

Em 1955 foi inaugurado o templo de Benguela, onde já havia uma congregação


Adventista desde 1947. No Huambo, foi inaugurado em 1961 um “artístico Niemeyer”
templo.

No Lubango, em 1965, sob direção do Pastor Américo Rodrigues foi inaugurada


uma igreja, mais tarde transformada em escola. Em 1971 foi dedicado o templo definitivo.

A Igreja de Lobito foi inaugurada em 18 de Fevereiro de 1968 (pastor J.P.F. Sicer).

Em agosto de 1969 foi inaugurada a Igreja de Luanda. Desde 1951 que seus
membros se congregavam num salão alugado.

No Cubal, em 20 de Julho de 1968, foi inaugurada uma sala de cultos.

Outras igrejas foram inauguradas: Catumbela (1962), Caála (1964), Luena (1968),
Malanje (1969), Ganda (Junho de 1974).

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Conclusão

Foi sempre Deus quem dirigiu o seu povo desde os tempos mais remotos aos
contemporâneos, rematamos este coevo trabalho dizendo o seguinte: Somos a última
linha de testemunhas de Deus para alcançarmos o fim da era cristã. Precisamos recuar
nosso horizontes, e vermo-nos como uma parte inseparável de toda história, como o final
seguimento de sua verdade. Somos a consumação de todos os reavivamentos e reformas
da história cristã. Porque as igrejas reformadas falharam em completar a obra, nós
estamos aqui para fazê-la. Nossa finalidade é a final missão. Nós temos um lugar
específico a ocupar no plano de Deus, no conflito dos séculos. Nós somos a testemunha
final da cadeia de arautos da verdade salvadora. Portanto, nossa luz cumulativa, nossos
privilégios conforme a eleição, nos fazem responsáveis diante de Deus e dos homens da
tocha da grande comissão. Somos o último movimento mundial de missão.

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