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   Capa do Jornal de Angola, Sexta, 13 de Janeiro de 2023 

Home Notícias A paz em Angola

OPINIÃO

A paz em Angola

Falar da paz segundo o dicionário de Língua Portuguesa pressupõe “sossego,


tranquilidade ou ainda ausência de guerra”. É impossível abordar o assunto sem
pensar na ausência de conflito e de outras situações que nos induzem a um clima de
instabilidade, seja ela política, social e etc.

02/04/2022 ÚLTIMA ATUALIZAÇÃO 11H41

  

Tendo em conta a definição acima apresentada, reconhecemos ser difícil a sua


abordagem, pois de acordo com a Professora Dra. Nádia Maria Bádue Freire, "o
conceito é complexo, porque ela remete a significados muito diferentes, com autores
diferentes e até opostos”.

Em meio a essa complexidade temos por responsabilidade apresentar um breve


discurso sobre a paz em Angola.

Tal como muitos países, Angola viveu um período de guerra-civil, o que contribuiu de
forma efectiva para a instabilidade social. Segundo Rita Silva (2013) "Este conflito foi
reconhecido internacionalmente como a guerra mais sangrenta e sofisticada de
todas as guerras africanas e, ainda que as estatísticas oficiais apenas revelem parte
dos números (500 mil mortos), sabe-se que o número de vítimas foi muito superior”.

Os registos que estão ao nosso dispor, e a depender das fontes que nos são
oferecidas, deixam-nos cientes de que houve guerra no país. O período de perda de
vidas, instabilidade, falta de concórdia, reconciliação, que durou mais de 30 anos. "A
guerra em Angola deixou muitas marcas, nomeadamente a fome, a nudez, as
doenças, subnutrição, etc. Depois de 1993, foi calculado pela ONU que teriam
morrido mil pessoas por dia” (Silva, 2013).

Paz em Angola

Os angolanos e angolanas, velhos, jovens e crianças respectivamente. Vilas e bairros


foram destruídos. Campos minados que tinham por finalidade impedir o avanço da
tropa inimiga, mas infelizmente alguns serviram como objecto de destruição de civis.

A paz era urgente, porque interessava a todos, já ninguém mais queria viver no meio
do conflito, dormir com medo de não acordar no dia seguinte, tristes pela incerteza
de não poder ver o filho ou esposo que foi retirado do seio da família para ir na frente
de combate.

A situação em causa, obrigava as pessoas percorrerem quilómetros à procura de um


lugar seguro nesta vasta Angola. Ainda neste quadro, muitos perderam entes-
queridos e não tiveram a possibilidade de oferecer um enterro digno, onde a única
solução era jogar os corpos nos rios e lagos. A paz era urgente.

A busca pela paz foi desde sempre o desejo dos angolanos. Motivados pela vontade
de mudar o quadro do país (que piorava cada vez mais), rumo ao desenvolvimento do
indivíduo, do homem.

O país precisava se preparar para o desafio do moderno mundo, o globalizado e o


industrializado. O mundo do desenvolvimento tecnológico, industrial, da agricultura e
da arte, etc. Pois estava assim, a caminho o período da valorização do trabalho
humano - o século do criar, do fazer, elaborar, equacionar. Portanto o século da
emancipação do homem. Para tal era necessário a paz.

Enfim chegou a paz no ano de 2002. "Foi na capital da província do Moxico, "Luena”,
em que se chegou à conclusão ser o local mais adequado para recomeçar o Acordo
de Paz há muito desejado pelos angolanos.

Como tal, o general de Exército, Nunda, das FAA, e o chefe de Estado-Maior da UNITA,
o general Abreu Kamorteiro, assinaram um "pré-acordo” de cessar-fogo, em
Cassamba, a 18 de Março de 2002”(Silva, 2013).

O clamor dos angolanos e angolanas chegava aos ouvidos das forças em conflito, o
que contribuiu para a reflexão destes quanto a necessidade de dar avante com o
"Luena”.

O cessar-fogo foi imediato e o acordo militar chegaria a ser assinado a 30 de Março


de 2002, mas o Memorando de Luena tomava realmente forma a 4 de Abril de 2002,
quando passou a ser visto como o acordo de Paz vigente em Angola, assinado entre
a UNITA e o MPLA e todos os intervenientes na guerrilha (data comemorada com
Feriado Nacional e um dos dias mais importantes da vida dos angolanos). (Silva,
2013).

Manutenção da paz o grande foco

A paz foi o sonho de todos os angolanos, não somente dos políticos ou das forças de
guerrilha. A sua chegada dependeu do esforço de todos os que desejavam ver o país
livre do conflito armado e pronto a abraçar os desafios da modernidade. A palavra
manutenção segundo o dicionário de língua portuguesa, significa "conservação” ou
ainda "gerência”.

Tal como a sua chegada dependeu de todos, a sua conservação possui a mesma
dependência. "Orgulhoso lutaremos pela paz”, esse é um trecho do Hino Nacional, e
serve também como fundamento de que é de nossa responsabilidade a gestão da
paz.

Fiq

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A paz em Angola

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