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FUNDAÇÃO ESCOLA DE COMÉRCIO ÁLVARES PENTEADO

FECAP

CENTRO UNIVERSITÁRIO ÁLVARES PENTEADO

CIÊNCIAS CONTÁBEIS

UMA ANÁLISE POR MEIO DE INDICADORES


FINANCEIROS, MAGAZINE LUIZA X VIA VAREJO.

São Paulo
2020
2

Bruno Ramos Araújo Deiró


Gustavo Vieira Martins
Matheus Paz Coutinho

UMA ANÁLISE POR MEIO DE INDICADORES


FINANCEIROS, MAGAZINE LUIZA X VIA VAREJO.

Trabalho de conclusão de curso apresentado


à Fundação Escola de Comércio Álvares
Penteado - FECAP, como parte dos
requisitos para a obtenção do título de
bacharel em Ciências Contábeis.

Orientador: Prof. Me. Marina Fidelis


Jerônimo de Oliveira

São Paulo
2020
Resumo

Este trabalho tem por objetivo a análise de duas empresas do mercado de varejo brasileiro,
Magazine Luiza e Via Varejo, verificando o comportamento dos indicadores financeiros e
comparando-os com os seus respectivos valores de mercado, buscando observar se existe
alguma relação de causa e efeito entre essas variáveis. O estudo foi desenvolvido a partir de
uma pesquisa quantitativa, com procedimentos baseados na pesquisa descritiva e documental.
Teve como fonte de informação para coleta de dados as demonstrações financeiras das
respectivas empresas nos anos analisados para o cálculo dos indicadores financeiros; e a base
de dados do Economatica® para a obtenção dos valores de mercado na data de publicação das
demonstrações. A comparação dos indicadores com os valores de mercado se deu por meio do
cálculo da correlação de Pearson entre as variáveis. A pesquisa foi dividida em 3 etapas,
sendo elas: coleta e obtenção de dados, análise dos indicadores e as correlações obtidas. Os
resultados obtidos demonstram que os indicadores de Liquidez da Magazine Luiza são
satisfatórios e possuem uma forte relação com o valor de mercado, ao passo que a Via Varejo
apresentou quedas ao longo do período ocasionando uma correlação forte, todavia negativa.
Nos indicadores de rentabilidade, destaca-se negativamente o ROE apresentado pela Via
Varejo no ano de 2019 de -111,21%. Por último, com relação aos indicadores de estrutura e
endividamento, observa-se um comportamento contrário dos indicadores de Participação de
Capitais de Terceiros e Imobilização de Patrimônio Líquido, ao passo que na Magazine Luiza
diminuia nos 5 anos analisados, na Via Varejo aumentava significativamente.

Palavras-chave: Indicadores financeiros; valor de mercado; setor de varejo.

1 Introdução
O mercado varejista tem como objetivo levar as mercadorias aos consumidores,
fazendo a intermediação desses bens entre as indústrias e distribuidores, para as pessoas
físicas e jurídicas (SOCIEDADE BRASILEIRA DE VAREJO E CONSUMO, 2019). De
acordo com a última Pesquisa Anual do Comércio (2017) realizada pelo IBGE em 2017, o
setor do comércio varejista possuía uma grande participação na economia, representando
45,50% das receitas líquidas, empregando 74,29% do total da população ocupada. Segundo a
Sociedade Brasileira de Varejo e Consumo (2019), o setor representa 62,50% do produto
interno bruto (PIB), apurado em R$ 6,8 trilhões em 2018.
Tendo em vista os dados apresentados e a importância do setor de varejo para a
economia, a Via Varejo e a Magazine Luiza destacam-se como as principais empresas
brasileiras de capital aberto no segmento de eletromóveis. Tendo como base o faturamento
bruto dessas companhias em 2018, sendo de R$ 30,5 bilhões (Via Varejo) e 18,9 bilhões
(Magazine Luiza), nota-se, segundo a Sociedade Brasileira de Varejo e Consumo (2019) que
elas ocupam o 1° e o 2° lugar do segmento, respectivamente. Observa-se também uma notável
evolução no valor de mercado destas 2 companhias durante os 5 anos de análise, o que será
detalhado no levantamento de dados
4

As informações de caráter financeiro e econômico podem ser obtidas e analisadas com


base nas demonstrações financeiras que, de acordo com o Art. 176 da Lei n. 6.404/1976, têm
a sua apresentação obrigatória (BRASIL, 1976). Garrison, Noreen e Brewer (2011) abordam a
importância da análise de demonstrações financeiras, com a finalidade de constatar tendências
dos dados financeiros mais relevantes das organizações, quando comparadas a outras de
características semelhantes ou do mesmo setor. O mesmo relatório é essencial para a extração
dos índices financeiros, ferramenta que viabiliza a análise da situação financeira ou
econômica da empresa. Quando os indicadores financeiros não recebem a devida atenção
quanto a sua análise, as tomadas de decisões podem sofrer impactos negativos significantes,
que poderão acarretar futuras perdas financeiras ou econômicas (BAADE et al, 2018).
Considerando a relevância dessas duas varejistas para o mercado de eletrodomésticos
e para a economia e a importância da análise das demonstrações financeiras, o objetivo deste
trabalho é procurar entender, a partir da visão financeira e econômica, o comportamento das
duas empresas, com base na análise comparativa dos indicadores financeiros mais expressivos
para esse setor, correlacionando-os com o valor de mercado e buscando compreender se existe
uma relação de causa e efeito entre o desempenho dos indicadores e o valor de mercado, além
das principais características que as diferenciam no mercado, tornando-as proporcionalmente
competitivas.
O trabalho está estruturado em referencial teórico, abordando a contextualização do
mercado analisado e dos indicadores selecionados para a análise, além da metodologia que
será utilizada.

2 Referencial Teórico
2.1. Setor de Varejo
O varejo compreende todas as atividades referentes a comercialização de bens ou
serviços voltados ao consumidor final, para fins de uso pessoal e não comercial. Entende-se
como varejista, qualquer negócio comercial do qual a maior parte do volume de vendas
provenha do varejo. Qualquer empresa que comercializa com consumidores finais, seja ela
fabricante, atacadista ou varejista, está vinculada com o varejo, independente da forma como
os bens são vendidos e onde serão vendidos (KELLER; KOTLER, 2006). De acordo com
IBGE (2017) em sua Pesquisa Anual do Comércio, havia cerca de 1,5 milhão de empresas
comerciais que geraram uma receita operacional líquida em torno de R$ 3,4 trilhões, além
disso possui cerca de 10,2 milhões de empregados a quais foram pagos R$ 226,7 bilhões,
entre salários e outros benefícios.
5

O varejo teve uma grande evolução com o avanço tecnológico por todo o mundo,
facilitando o acesso de produtos aos consumidores, ocasionando o aumento da concorrência
no setor. De acordo com a Sociedade Brasileira de Varejo e Consumo (2019), no seu ranking
de maiores empresas de varejo e consumo do país, temos na categoria de maiores E-
COMMERCES ocupando o segundo e terceiro lugar a Via Varejo e a Magazine Luiza
respectivamente, com seus R$ 6,8 bilhões e R$ 6,7 bilhões de vendas representando 22,6% e
35,7% do total de receita bruta do ano de 2018.

2.1.1 Magazine Luiza


A empresa Magazine Luiza iniciou as suas atividades em 1957 na cidade de Franca,
interior de São Paulo, onde seus fundadores Luiza Trajano Donato e seu esposo Pelegrino
Trajano Donato começaram a vender os primeiros aparelhos de TV em cores. Em 1991 a
presidência da organização foi assumida por Luiza Helena Trajano, sobrinha do casal. A
mesma atua até hoje no conselho da administração e desempenhou papéis importantes como:
ampliação do negócio com novos produtos como a máquinas de lavar roupa, e em 2000 com o
lançamento do site de comércio eletrônico da Magazine Luiza. Passo importante, visto que
atualmente é uma das principais empresas brasileiras que atuam na estratégia de marketplace.
De 2003 a 2005, além de ter sido considerada uma das melhores empresas para se trabalhar, a
empresa ampliou o seu mercado com a aquisição de redes tais como a “Lojas Líder” de
Campinas (SP), “Lojas Arno (RS)”, “Base”, “Kilar” e “Madol” (EXAME, 2003). Neste
mesmo período, em sociedade com a Cardif - empresa do grupo BNP Paribas - criou-se a
Luizaseg, atual seguradora da empresa, conforme Magazine Luiza (2020).
Segundo a referida empresa, o ano de 2011 foi marcado pela sua abertura de capital,
fator que possibilitou uma capitalização de recursos considerável (R$ 564 milhões), utilizado
para investir em expansão, infraestrutura e tecnologia, sendo este último um item chave para a
atual conjuntura da empresa no mercado brasileiro. Neste mesmo ano, a empresa despendeu
de investimentos consideráveis com a aquisição das Lojas Baú nas regiões sul e sudeste, o
início do processo de integração das lojas Maia no Nordeste e a infraestrutura dos centros de
distribuição.
6

Fonte: elaborado pelos autores do artigo.


Conforme as demonstrações financeiras da Magazine Luiza (2011 - 2019) e
demonstrado no gráfico acima, é notável a evolução da Receita Líquida no período de 2011 a
2018. Utilizando-se da estratégia multicanal entre as plataformas física e digital, a empresa
passou a partir de 2016 a adotar a estratégia de marketplace, onde segundo ela “[...] esta
transformação consiste em passar a vender produtos de outros varejistas, distribuidores ou até
mesmo de canais de venda direta de indústrias”.
Conforme Magazine Luiza (2018), no ano de 2018 aconteceram duas relevantes
aquisições, Softbox e Logbee, sendo a primeira especializada em soluções de vendas digitais
entre varejistas e seu consumidor final, e a segunda especializada em tecnologia logística de
lojas urbanas. No mesmo ano as vendas e-commerce já haviam atingido 37,7% das vendas
totais da empresa e o marketplace representava 16,3% deste número. A receita líquida total da
empresa foi de R$ 15,6 bilhões de reais, 30,1 % a mais que o ano anterior. E assim continuou
em 2019, desta vez com um crescimento de 27,5% na receita líquida total.

2.1.2 Via Varejo SA


A Via Varejo como é conhecida hoje, é resultado da incorporação entre as empresas
Ponto Frio e Casas Bahia, ambas adquiridas pelo Grupo Pão de Açúcar - GPA. A associação
se deu após a compra das Casas Bahia pelo GPA no último quadrimestre de 2009, segundo
Estadão (2009). No ano de 2011, ainda não havia uma visão única do grupo, foi no ano de
2012 que se iniciou a utilização do atual nome da companhia, Via Varejo (2011).
Segundo Via Varejo (2011 - 2013), o período de 2011 a 2013 foi marcado pela
integração das atividades do Ponto Frio e Casas Bahia. Integração que não se baseou apenas
nas negociações com fornecedores e na unificação da central operacional, mas também
ocorreu no âmbito digital, onde foi criada a Nova Pontocom, cuja controladora, assim como a
Ponto Frio, era a Globex Utilidades. A expansão das lojas físicas também foi um marco,
sendo 33 novas lojas em 2012, 16 delas localizadas no norte e nordeste.
Ainda de acordo com a empresa em questão, observando o âmbito financeiro, em
2015, tendo em vista o cenário de recessão econômica do período, houve um reflexo na
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receita líquida de -15% se comparado ao ano anterior. Este resultado atípico perdurou-se
ainda no ano de 2016 e foi recuperado nos anos posteriores. Nos anos seguintes, foi notável o
crescimento na receita operacional. De acordo com Via Varejo (2018), a companhia alcançou
uma receita líquida de R$ 26,9 bilhões em 2018, que já era 5% superior ao exercício anterior.

Fonte: elaborado pelos autores.


No ano de 2019, a companhia passou a investir em um projeto de renovação, o “Fazer
Varejo de Novo”, onde o foco é a renovação do visual de lojas e acessibilidade do cliente.
Não limitado apenas à experiência do consumidor final, o projeto também visa um maior
empenho do público interno. A Via Varejo afirma ainda em sua carta da administração que o
foco para o ano de 2020 é continuar expandindo seus negócios no norte e nordeste e em
regiões com menor participação de lojas (VIA VAREJO, 2019).

2.2. Indicadores Financeiros


Matarazzo (2010) conceitua indicador financeiro como a associação entre contas
contábeis ou grupo de contas contábeis dos Demonstrativos Financeiros, com a finalidade de
demonstrar determinada situação econômica ou financeira de uma organização. Assaf Neto
(2012), de forma resumida, organiza os índices em cinco grupos: liquidez, operacionais,
rentabilidade, endividamento e estrutura, análise de ações e geração de valor.
Partindo dos indicadores financeiros de uma organização, podemos compreender e
analisar como se dá a relação das partes das demonstrações contábeis que ele compõe,
inclusive do ponto de vista qualitativo, além de observar a evolução do seu desempenho com
base na comparação dos resultados periodicamente. Os números obtidos em uma empresa em
específico podem ser utilizados a título de comparação com empresas que exercem a mesma
atividade, possuem o mesmo porte ou se situam na mesma área geográfica, a fim de ter
conhecimento se a empresa está apresentando desvios consideráveis em relação a seus
concorrentes ou ao seu setor de atividade (SILVA, 2017).
Diversas são as partes interessadas por esses dados, como os acionistas (existentes e
em potencial) que buscam por esses números com o objetivo de prever futuras valorizações
ou desvalorizações que afetam diretamente o valor de mercado das ações. Os credores
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também podem se interessar, uma vez que é de seu interesse que as empresas que desejam
obter crédito tenham um bom índice de liquidez, garantindo que seus empréstimos,
financiamentos e afins sejam pagos de forma tempestiva e seus encargos remunerados. Além
desses, a Administração também utiliza os indicadores a fim de supervisionar a situação
financeira e econômica da organização, comparar com os períodos anteriores e assim tomar
decisões tempestivas e mais qualificadas (GITMAN, 2010).
Dentre as ferramentas utilizadas pelos analistas e interessados pelos índices
financeiros, o Balanço Patrimonial e a Demonstração do Resultado são as duas demonstrações
contábeis utilizadas com mais frequência. O objetivo do Balanço Patrimonial é apresentar um
resumo financeiro e patrimonial numa determinada data, assim sendo, apresentando a posição
estática da organização (GELBCKE; IUDÍCIBUS; MARTINS, 2003). Esse deve ser
organizado de modo a colaborar com o conhecimento e a análise da situação financeira da
companhia. Para isso, as contas do ativo devem ser apresentadas em ordem decrescente de
liquidez, e são classificadas em ativo circulante e ativo não circulante) (BRASIL, 1976, Art.
178. § 1º). Quanto ao passivo, as contas são classificadas em passivos circulantes, não
circulantes e patrimônio líquido (BRASIL, 1976, Art. 178. § 2º). A Demonstração de
Resultado de Exercício apresenta o desempenho em um dado período baseado na
confrontação das receitas e despesas. Esse demonstrativo é capaz de informar quando as
receitas excedem as despesas, ou seja, quando há lucro líquido, e quando há um prejuízo
líquido, no caso de as despesas excederem as receitas (DUCHAC; REEVE; WAREEN, 2010).
Todavia, antes de discutir sobre cada índice especificamente, é de suma importância
realizar algumas ponderações a título de precaução quanto a análise de índices financeiros.
Para chegar, com maior assertividade, na causa de um problema econômico ou financeiro de
uma empresa, usualmente são realizadas análises mais aprofundadas do que somente a análise
dos índices financeiros. Além disto, não é possível determinar o desempenho de uma empresa
com base em apenas um índice, contudo, se aquele que analisa tem o objetivo de determinar
um aspecto econômico ou financeiro específico da empresa, a reunião de alguns índices pode
atender as suas demandas (GITMAN, 2010).

2.2.1 Indicadores de Liquidez


Liquidez Corrente
Este indicador demonstra a capacidade de liquidação das dívidas de curto prazo da
empresa, com os seus recursos de curto prazo. Ele aponta, de acordo com Matarazzo (2010), a
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proporção de Ativo Circulante para cada real alocado no Passivo Circulante, e é dada pela
seguinte fórmula:
LIQUIDEZ CORRENTE = ATIVO CIRCULANTE / PASSIVO CIRCULANTE

Quanto maior o resultado apresentado nesse indicador, mais propriedade a empresa


terá para financiar seus ativos operacionais (ASSAF NETO, 2012).

Liquidez Seca
O conceito de liquidez seca é semelhante ao de liquidez corrente, com o adendo de que
devemos excluir os estoques e as despesas antecipadas da fórmula para obtermos a equação.
Matarazzo (apud Martins, Diniz e Miranda, 2012, p. 190) entende liquidez seca como a
“capacidade de pagamento de curto prazo da empresa mediante uso basicamente de
disponível e valores a receber”. A fórmula utilizada para análise é dada abaixo:
LIQUIDEZ SECA = (ATIVO CIRCULANTE – ESTOQUES –DESPESAS
ANTECIPADAS) / PASSIVO CIRCULANTE

Este índice tem como objetivo verificar a eficiência dos atuais recursos financeiros da
entidade. Se, comparado a empresas do ramo, o índice estar abaixo de certos limites, poderá
indicar algum problema quanto a liquidez da empresa. Todavia, tal conclusão só deverá ser
tomada quando o índice de Liquidez Seca, colocado em consonância com o índice de
Liquidez Corrente, apresentarem resultados abaixo dos limites padrões do ramo, uma vez que,
um baixo índice de Liquidez Seca não implica diretamente no comprometimento da saúde
financeira no curto prazo da empresa (MATARAZZO, 2010).

2.2.2 Indicadores de Rentabilidade

Giro do Ativo
O Giro do Ativo demonstra a capacidade da empresa em utilizar os seus ativos com a
finalidade de gerar vendas e produzir resultados. De acordo com Matarazzo (apud Martins,
Diniz e Miranda, 2012, p. 223) o Giro do Ativo indica “quanto a empresa vendeu para cada
R$1,00 de investimento total”, e é dado pela fórmula:
GIRO DO ATIVO = VENDAS LÍQUIDAS / ATIVO TOTAL

Matarazzo (2010, p. 111) complementa, apontando:


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O volume de vendas tem relação direta com o montante de investimentos. Não se


pode dizer se uma empresa está vendendo pouco ou muito olhando-se apenas para o
valor absoluto de suas vendas. Uma empresa que vende R$10.000.000 por mês tem
vendas elevadas se o seu Ativo é de R$5.000.000. Certamente, suas vendas serão
baixas se o Ativo for de R$200.000.000.

Margem Líquida
Para Matarazzo (2010, p. 112) a margem líquida “indica quanto a empresa obtém de
lucro para cada R$100 vendidos”. Segundo Gitman (2010, p. 59) ela “[...]mede a porcentagem
de cada unidade monetária de vendas remanescentes após a dedução de todos os custos e
despesas, inclusive juros, impostos e dividendos de ações preferenciais.
MARGEM LÍQUIDA = LUCRO LÍQUIDO / VENDAS LÍQUIDAS

Rentabilidade do Ativo
A Rentabilidade do Ativo, segundo Gitman (2010, p. 60) “[...]mede a eficácia
geral da administração na geração de lucros a partir dos ativos disponíveis. Quanto mais
elevado o retorno sobre o ativo total de uma empresa, melhor”. Para Matarazzo (2010, p.114),
esse quociente é “[...]uma medida da capacidade da empresa em gerar lucros líquidos e assim
poder capitalizar-se. Obtemos os resultados aplicando a seguindo fórmula:
RENTABILIDADE DO ATIVO = LUCRO LÍQUIDO / ATIVO TOTAL
Rentabilidade do Patrimônio Líquido
Este quociente mede a rentabilidade dos recursos investidos pelos acionistas na
empresa, de acordo com Gitman (2010), e quanto maior a razão, melhor para seus
investidores. O índice de rentabilidade do patrimônio líquido também pode ser colocado em
contraste com outras taxas de rendimentos de papéis oferecidos no mercado, com a finalidade
de atestar se os investimentos dos proprietários do negócio oferecem rentabilidade mais
atraente que as outras opções (MATARAZZO, 2010).
RENTABILIDADE DO PATRIMÔNIO LÍQUIDO = LUCRO LÍQUIDO /
PATRIMÔNIO LÍQUIDO MÉDIO

2.2.3 Indicadores de Endividamento e Estrutura


Participação de Capitais de Terceiros
O objeto desse quociente é medir a proporção do valor financiado por capitais de
terceiros, em relação ao financiamento dos proprietários (MATARAZZO, 2010). Ele é
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responsável por relacionar as duas fontes de financiamento das empresas e demonstrar o nível
de sujeição dos financiamentos de terceiros. É dado pela seguinte fórmula:
PERCENTUAL DE CAPITAIS DE TERCEIROS = PASSIVO TOTAL / PATRIMÔNIO
LÍQUIDO

Composição do Endividamento
De acordo com Matarazzo (apud Diniz, Martins e Miranda, 2012, p. 219) esse
quociente indica “qual o percentual de obrigações a curto prazo em relação às obrigações
totais”. Este indicador pode denotar como a empresar assume o seu perfil de dívida, se ela
prefere dar atenção às políticas de pagamento no curto prazo, ou se prefere atribuir mais
tempo a fim de gerar mais recursos e pagar as dívidas no longo prazo.
COMPOSIÇÃO DO ENDIVIDAMENTO = PASSIVO CIRCULANTE / PASSIVO
TOTAL

Imobilização do Patrimônio Líquido


A finalidade deste índice é medir o percentual aplicado no Ativo Permanente, que
compreende o Imobilizado, Investimentos e o Intangível, para cada real investido pelos
proprietários (MATARAZZO, 2008; apud Diniz, Martins e Miranda, 2012).
IMOBILIZAÇÃO DO PATRIMÔNIO LÍQUIDO = ATIVO PERMANENTE /
PATRIMÔNIO LÍQUIDO
3 Metodologia
A pesquisa possui abordagem quantitativa, por se tratar de uma pesquisa com foco na
comparação de resultados obtidos através de indicadores econômico-financeiros, calculados a
partir das demonstrações financeiras publicadas pelas próprias entidades e na correlação com
a evolução do seu valor de mercado, tendo por sua vez uma natureza empírica. Quando se
tratando da abrangência da amostra utilizada, foram selecionadas as duas empresas do ramo
de varejo de eletromóveis: Magazine Luiza e Via Varejo. A que diz respeito do período
utilizado para as análises correlativas dos indicadores financeiros e valor de mercado,
compreende-se o período de 2015 a 2019 (5 anos).
Para os valores de mercado utilizados nesta pesquisa, foi utilizada a data de publicação
das Demonstrações Financeiras das empresas, pois assim compreende-se que o valor de
mercado geriu as informações geradas pelas publicações. Além disto, o presente trabalho
pretende utilizar o método de correlação de Pearson para verificar a existência de uma relação
de causa e efeito entre os indicadores e o valor de mercado destas empresas.
12

Sendo a análise descritiva a exposição de um fenômeno ou o levantamento de dados e


a constituição de relação entre variáveis (GIL, 1999 apud Raupp e Beuren, 2008), o presente
trabalho compreende a apresentação dos indicadores econômico-financeiros para comparar a
posição patrimonial e financeira das entidades em estudo e averiguar se existe influência na
evolução de seu valor de mercado, entende-se este recurso como objetivo do trabalho.
Quanto ao procedimento de pesquisa utilizado, trata-se de uma pesquisa documental,
uma vez que utilizadas as Demonstrações Financeiras e a base de dados do Economatica ®
para obtenção das informações contábil-financeiras e valores de mercado, que são dados a
partir da multiplicação entre as ações emitidas subtraídas aquelas em tesouraria, e a cotação
das ações na data de publicação das demonstrações contábeis. Ademais, considerando a
externalidade das informações obtidas e sendo uma publicação administrativa, entende-se
como uma fonte secundária de informação (LAKATOS; MARCONI, 2005).
Nakasone (2015) aplicando a análise multivariada em seu estudo, observa a
importância dos indicadores de liquidez seca e corrente, assim como os índices de
participação de capital de terceiros, composição do endividamento e os indicadores de
rentabilidade (Rentabilidade do Ativo, Rentabilidade do Patrimônio Líquido e Retorno sobre
os Investimentos) como forma de representar a situação financeira e econômica da empresa.
Outras fontes como Matarazzo (2010), Assaf Neto (2012), Martins, Diniz e Miranda (2012) e
Gitman (2010) também foram utilizados para embasar a escolha dos indicadores contábeis.
O quadro abaixo apresenta os indicadores que serão utilizados:
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Indicadores Financeiros Fórmula


Ativo Ciculante

L iquidez
Liquidez Corrente
Passivo Circulante
Ativo Ciculante - Estoques - Despesas Antecipadas
Liquidez Seca
Passivo Circulante
Vendas Líquidas
Giro do Ativo
Ativo Total
R entabilidade

Lucro Líquido
Margem Líquida
Vendas Líquidas
Lucro Líquido
Rentabilidade do Ativo
Ativo Total Médio
Rentabilidade do Patrimônio Lucro Líquido
Líquido Patrimônio Líquido Médio
A tividade E strutura e Endividamento

Participação de Capitais de Passivo Total


Terceiros Patrimônio Líquido

Composição do Passivo Circulante


Endividamento Passivo Total

Imobilização do Patrimônio Ativo Permanente


Líquido Patrimônio Liquido

Necessidade de Capital de Ativo Circulante Operacional - Passivo Circulante


Giro Operacional

Fonte: Elaborado pelos autores


Oliveira et al. (2017) examinou a relação entre os indicadores contábeis de
desempenho e o valor de mercado das empresas listadas na Bolsa de Valores brasileira,
utilizando para tal, a correlação de Pearson e o método da regressão linear, e de acordo com
os seus estudos, observou-se que de modo geral, a margem líquida, o EBITDA e a margem
EBITDA possuem maior relação de causa e efeito com o valor de mercado, ao passo que os
indicadores ROA, ROE e Giro do Ativo não apresentaram significância que justifique sua
influência no valor de mercado das empresas.

4 Análise e discussão de dados


A análise se deu pelo cálculo e avaliação dos indicadores financeiros e a sua
correlação com os valores de mercado da Magazine Luiza e Via Varejo.

4.1.1 Análise dos Índices de Liquidez


Magazine Luiza Via Varejo
LC LS LC LS
2015 1,17 0,70 2015 1,13 0,85
2016 1,07 0,63 2016 0,89 0,63
2017 1,27 0,80 2017 0,83 0,53
2018 1,19 0,67 2018 0,88 0,57
2019 1,60 1,13 2019 0,79 0,50
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Observa-se que a Magazine Luiza apresenta uma certa estabilidade no Indicador de


Liquidez Corrente, com uma tendência de aumento, considerando um crescimento anual
composto médio de 6,5% do ano de 2015 para 2019. O Índice de Liquidez Seca também
apresentou uma tendência de aumento, com um crescimento anual médio de 10,1%. A Via
Varejo apresentou uma tendência diferente se comparada a sua concorrente, com uma redução
no Índice de Liquidez Corrente de -6,8% médio anual. A Liquidez Seca apresentou uma
tendência semelhante, com -10,1% média anual no período analisado de 5 anos.
De acordo com Matarazzo (2010) o indicador de liquidez corrente mede a capacidade
que a empresa tem em honrar suas dívidas de curto prazo com apenas seus recursos
disponíveis de curto prazo. Quanto a Magazine Luiza, ela apresentou R$117,00 de ativo
circulante para cada R$100,00 de passivo circulante, e ao longo do período analisado
podemos notar um aumento constante no decorrer dos 5 anos, tendo assim ao final do 2019
R$160,00 de ativo circulante para cada R$100,00 de passivo circulante, demonstrando
capacidade de honrar suas dívidas de curto prazo com margem. Na empresa Via Varejo em
2015 obteve uma proporção de R$113,00 de ativo circulante para cada R$100,00 de passivo
circulante, porém, com passar dos anos o cenário inverteu tendo quedas em seus índices,
chegando em 2019 com R$79,00 de ativo circulante para cada R$100,00 de passivo
circulante, demonstrando assim uma falta de capacidade de honrar suas obrigações de curto
prazo.
Matarazzo (apud Martins, Diniz e Miranda, 2012) entende liquidez seca como a
“capacidade de pagamento de curto prazo da empresa mediante uso basicamente de
disponível e valores a receber”. Dito isso, observa-se que na Magazine Luiza, no ano de 2015
apresentou R$70,00 de ativo circulante líquido dos estoques e despesas antecipadas para cada
R$100,00 de passivo circulante, que se manteve constante no decorrer dos anos e, no ano de
2019 obteve um resultado de $113,00 reais no ativo circulante para cada R$100,00 no passivo
circulante, demonstrando que, houve uma evolução considerável na sua capacidade de
liquidar suas dívidas de curto prazo mediante o uso de disponíveis e recebíveis. Quanto a Via
Varejo, observamos a ocorrência de um cenário inverso da sua concorrente, onde em 2015 ela
possuía capacidade de liquidar 85,00% de suas dívidas de curto prazo mediante uso de ativos
circulantes, exceto estoques e despesas antecipadas. Vê-se que, no período analisado, a
empresa apresentou uma redução significativa ao ponto de ter a propriedade de liquidar
apenas 50,00% de seus passivos de curto prazo, com ativos de curto prazo, exceto estoques e
despesas antecipadas.
15

Podemos inferir que com base nos dados de Liquidez Corrente e Seca, que a Magazine
Luiza desenvolveu ainda mais propriedade de liquidar suas dívidas de curto prazo com seus
recursos de curto prazo ao longo dos anos. A Via Varejo em contrapartida, possuía em 2015
esta capacidade de liquidação de recursos de curto prazo, o que foi reduzido ao longo do
período analisado, principalmente pelo fato do aumento desproporcional de suas dívidas
operacionais em comparação aos seus ativos de curto prazo.

4.1.2 Índices de Liquidez – Correlação com o Valor de Mercado

Magazine Luiza Via Varejo


LC LS LC LS
Correlação com VM 0,94 0,92 Correlação com VM -0,81 -0,85

Ao correlacionarmos os valores de mercado com os índices de liquidez corrente e seca


entre 2015 e 2019, observamos uma forte relação de causa e efeito na Magazine Luiza para
ambos os indicadores (0,94 e 0,92 respectivamente). Todavia, ao aplicar o mesmo processo na
Via Varejo, observamos resultados adversos quando colocado em comparação com a sua
principal concorrente, apresentando uma correlação inversa entre as variáveis com -0,81 e
-0,85 respectivamente, podendo assim analisar a relação entre os índices de liquidez com a
evolução do valor de mercado onde temos uma correlação que não justifica a sua variação.

4.2.1 Análise dos Índices de Rentabilidade


Magazine Luiza Via Varejo
GA ML ROA ROE GA ML ROA ROE
2015 1,63 -0,73% -1,22% -10,55% 2015 1,18 0,07% 0,09% 0,36%
2016 1,56 0,91% 1,49% 14,46% 2016 1,13 -0,48% -0,56% -2,69%
2017 1,62 3,25% 5,75% 28,86% 2017 1,10 0,66% 0,82% 6,61%
2018 1,77 3,83% 7,37% 27,30% 2018 1,09 -1,08% -1,21% -13,62%
2019 1,00 4,64% 6,45% 18,68% 2019 1,05 -5,59% -5,84% -111,21%

Ambas as empresas apresentaram uma queda no giro do ativo ao longo dos anos, fato
que na Magazine Luiza se deu de maneira mais expressiva. Ao comparar as Margens Líquidas
das duas empresas, observa-se que a Magazine Luiza desenvolve ao longo dos 5 anos, uma
boa capacidade de transformar a receita líquida em lucro líquido, em contrapartida, a Via
Varejo perdeu ao longo do tempo esta capacidade de transformação. Analisando a
Rentabilidade do Ativo e do Patrimônio Líquido, percebe-se que na Magazine Luiza e na Via
Varejo, existe uma disparidade, pois enquanto a Magazine Luiza possui um crescimento
16

gradual, observa-se uma redução significativa por parte da Via Varejo, principalmente do ano
de 2018 para 2019.
Matarazzo (apud Martins, Diniz e Miranda, 2012) aponta que o Giro do Ativo é a
relação entre as vendas e o investimento total da empresa. Verifica-se que no ano de 2015, a
Magazine Luiza auferiu R$163,00 de receita de vendas para cada R$100,00 investidos no
ativo. Com um investimento considerável em sua infraestrutura no decorrer dos anos, no final
do período analisado a companhia apresentou proporções semelhantes entre a receita auferida
e o valor de investimento total da empresa. Quanto a Via Varejo, no ano de 2015, a
companhia obteve R$118,00 de vendas líquidas para cada R$100,00 de ativo total. Essa
proporção diminuiu de forma tênue ao longo dos anos, apresentando em 2019 R$105,00 de
receita auferida para cada R$100,00 de investimento total.
Quanto a Margem Líquida, indicador que aponta a capacidade da empresa de
transformar suas receitas em lucro líquido, observa-se que a Magazine Luiza parte de uma
margem negativa, que fora revertido em 2016, apresentando uma capacidade de transformar
0,91% de suas receitas em lucro líquido, que evoluiu ao longo dos anos, apresentando
potencial de converter em lucro líquido, 4,64% de suas receitas líquidas. Referente a Via
Varejo, que perdeu gradualmente sua capacidade de transformação, com destaque para o ano
de 2018 para 2019, é importante salientar que, em 2019 a Via Varejo incorreu de despesas
com reestruturação nas áreas administrativas e operacionais, incluindo readequação logística,
demandas judiciais trabalhistas e rescisões contratuais trabalhistas. Devido a esses pontos, a
conta de despesas com reestruturação sofreu uma variação de 165%, além da conta de
impairment com 264%, segundo notas explicativas do ano de 2019.
Para Gitman (2010) a Rentabilidade do Ativo mede a eficiência da empresa em gerar
lucros a partir dos investimentos totais realizados, e o Retorno do Patrimônio Líquido como a
rentabilidade dos recursos investidos pelos acionistas na empresa e ambos, quanto maior,
melhor para a companhia. Quanto a Magazine Luiza, observa-se que ela parte de um resultado
negativo em ambos os indicadores, que são revertidos nos anos conseguintes, demonstrando
uma capacidade, em 2018, de transformar 7,37% seu ativo total e 27,30% do seu patrimônio
líquido em lucro líquido. Quanto a Via Varejo, a companhia apresentou um cenário inverso da
sua concorrente, partindo de um cenário de conversão de ativos de 0,09% e capital próprio de
0,36% em lucro líquido, melhor resultado obtido dentre os cinco anos analisados, gerando
prejuízos que consumiram uma parte significante dos recursos investidos pelos acionistas e
dos seus ativos investidos.
17

4.2.2 Índices de Rentabilidade - Correlação com o Valor de Mercado


Magazine Luiza Via Varejo
GA ML ROA ROE GA ML ROA ROE
Correlação com VM -0,85 0,77 0,63 0,34 Correlação com VM -0,70 -0,07 -0,05 -0,12

Observa-se que o giro do ativo possui uma correlação inversamente proporcional em


ambas as empresas, enquanto a rentabilidade do ativo e do patrimônio líquido de ambas as
empresas não possuem significância o suficiente para explicar o valor de mercado entre 2015
e 2019, indo de acordo com o estudo de Oliveira et.al (2017). Adicionalmente, percebe-se que
a Margem Líquida da Magazine Luiza possui uma correlação notória, diferente da Via Varejo,
que não possui correlação significativa com o valor de mercado, dadas estas correlações dos
índices de rentabilidade analisados, é possível afirmar que os mesmos não possuem uma
significância com a evolução do valor de mercado por não terem nos fornecidos correlações
relevantes para essa afirmação.

4.4.1 Análise de Estrutura e Endividamento


Magazine Luiza Via Varejo
PCT CE IMOB PCT CE IMOB
2015 8,56 58,36% 2,40 2015 2,84 78,62% 0,61
2016 8,81 67,03% 2,20 2016 5,24 81,91% 1,01
2017 2,58 77,37% 0,68 2017 9,25 69,83% 2,65
2018 2,82 82,98% 0,72 2018 11,34 67,58% 3,16
2019 1,62 65,45% 0,69 2019 41,26 65,98% 11,07

Comparando os indicadores de estrutura e endividamento das duas varejistas, verifica-


se uma relação inversa quanto a Participação de Capitais de Terceiros e Imobilização do
Patrimônio Líquido, onde, ao passo que na Magazine Luiza o indicador apresenta quedas
significantes no decorrer dos anos, na Via Varejo observa-se um crescimento notório, visto
que o grupo de Patrimônio Líquido apresentou um crescimento anual composto de -32,9%.
A finalidade da Participação de Capital de Terceiros é medir a proporção do valor
financiado por capitais de terceiros, em relação ao financiamento dos proprietários
(MATARAZZO, 2010). Ele é responsável por relacionar as duas fontes de financiamento das
empresas e demonstrar o nível de sujeição dos financiamentos de terceiros. No caso da
Magazine Luiza, observa-se uma alta dependência de capitais de terceiros no início do
período analisado, com uma relação de R$8,56 de dívida para cada R$1,00 de capital próprio
em 2015 e R$8,81 de dívida para cada R$1,00 de capital próprio em 2016, que diminuiu no
decorrer dos anos, ou seja, abriu mão do financiamento de terceiros em prol do financiamento
18

dos acionistas. Quanto a Via Varejo, ao contrário da Magazine Luiza, abriu mão do
financiamento de capital próprio para auferir recursos de terceiros, chegando, em 2019, a
possuir R$41,26 de dívida para cada R$1,00 de capital próprio.
A Composição do Endividamento denota como a empresar assume o seu perfil de
dívida, se ela prefere dar atenção às políticas de pagamento no curto prazo, ou se prefere
atribuir mais tempo a fim de gerar mais recursos e pagar as dívidas no longo prazo. Quanto a
Magazine Luiza, a companhia apresentou um aumento gradual até o ano de 2018, chegando a
possuir 82,98% de suas dívidas alocadas no curto prazo. Observando a Via Varejo constata-se
que a relação entre os passivos de curto prazo e os passivos total, diminui de forma gradual,
saindo de 78,62% em 2015 para 65,98% em 2019, a participação de dívidas de curto prazo em
relação ao total de dívidas.
A Imobilização do Patrimônio Líquido tem como finalidade medir o percentual
aplicado no Ativo Permanente, que compreende o Imobilizado, Investimentos e o Intangível,
para cada real investido pelos proprietários (MATARAZZO, 2008; apud Diniz, Martins e
Miranda, 2012). No caso da Magazine Luiza, no início do período analisado, apresentou um
resultado de R$240,00 alocados nos Ativos Permanentes para cada R$100,00 de recursos
próprios, a companhia tinha maior dependência de recursos de terceiros para financiar os seus
ativos de curto prazo. No decorrer dos anos, essa relação diminuiu notoriamente, chegando
em 2019, a uma relação de R$69,00 investidos nos Ativos Permanentes para cada R$100,00
de capital próprio, atribuindo mais propriedade para financiar seus ativos de curto prazo com
recursos dos acionistas. Referente a Via Varejo, observa-se um aumento gradual nos quatro
primeiros anos de análise, indo de R$61,00 para R$316,00 de recursos alocados nos Ativos
Permanentes, para cada R$100,00 de capital próprio. Em 2019, visto o capital próprio
consumido pelo prejuízo acumulado apresentado nas demonstrações financeiras deste mesmo
ano, a companhia aumentou significativamente sua dependência de recursos de terceiros para
financiar seus recursos de curto prazo, dado que a empresa alocou R$1.107,00 para cada
R$100,00 investidos pelos proprietários da companhia.

4.4.2 Estrutura e Endividamento - Correlação com o Valor de Mercado


Magazine Luiza Via Varejo
PCT CE IMOB PCT CE IMOB
Correlação com VM -0,73 0,02 -0,64 Correlação com VM 0,32 -0,66 0,35

Ao analisar a correlação dos indicadores de estrutura e endividamento na Magazine


Luiza, nota-se uma moderada relação inversa de causa e efeito nos índices de Participação de
19

Capitais de Terceiros e Imobilização do Patrimônio Líquido, ao passo que, na Via Varejo,


essa relação não possui a mesma intensidade que sua concorrente, embora tenha apresentado
uma correlação positiva, mas ainda assim sem relação de causa e efeitos com a evolução do
valor de mercado. Quanto a Composição do Endividamento, a Magazine Luiza não apresenta
correlação com o valor de mercado, enquanto a Via Varejo apresenta uma correlação inversa
moderada que se deu ao seu aumento de endividamento ao longo do período analisado,
todavia, os resultados apresentação não são suficientemente satisfatórios a fim de explicar a
evolução do valor de mercado durante os cinco anos analisados.

5 Considerações Finais
A pesquisa teve como propósito analisar o comportamento dos indicadores financeiros
da Magazine Luiza e Via Varejo, verificando se estes possuem influência significativa que
explique o valor de mercado dessas empresas na data de publicação de balanço.
De acordo com o que foi visto ao longo do trabalho, estas são as duas empresas mais
significantes do setor de eletromóveis no varejo brasileiro (SOCIEDADE BRASILEIRA DE
VAREJO E CONSUMO, 2019). A respeito dos indicadores financeiros, de acordo com
Matarazzo (2010), possuem o objetivo de demonstrar a posição econômica ou financeira de
uma entidade. Além disso, é possível comparar os resultados obtidos com empresas
semelhantes, do mesmo setor e porte, a fim de analisar os desvios em relação à concorrência.
(SILVA, 2017).
De acordo com os resultados da pesquisa, podemos inferir que em relação aos
indicadores de liquidez, a Magazine Luiza apresentou no decorrer do período analisado uma
evolução considerável e satisfatória, demonstrando assim capacidade de honrar suas dívidas
de curto prazo. A Via Varejo em contrapartida, apresenta os menores indicadores de liquidez
quando comparada à sua concorrente, sendo que a partir de 2016, não possuía capacidade de
honrar suas dívidas de curto prazo utilizando seus recursos de curto prazo.
Em relação aos indicadores de rentabilidade, nota-se que o giro do ativo de ambas as
empresas, apresentaram resultados semelhantes. Vale destacar que as empresas vão em
sentido oposto quanto a evolução da margem líquida, ao passo que, no ano de 2019, a
Magazine Luiza apresentava uma margem positiva e a Via Varejo, uma margem negativa. O
mesmo contexto se aplica a Rentabilidade dos Ativos e do Patrimônio Líquido de ambas as
empresas, com destaque para 2019, onde a Via Varejo apresentou um ROE de -111,21%.
Ao analisar os indicadores de estrutura e endividamento, observando na Participação
de Capital de Terceiros um comportamento inverso entre as empresas, pois, enquanto na
20

Magazine Luiza, a relação entre dívidas com terceiros e capital próprio diminuía, na Via
Varejo aumentava de forma significativa O mesmo contexto ocorre na Imobilização do
Patrimônio Líquido para ambas empresas. A Composição do Endividamento se comportou de
maneira semelhante nas duas varejistas.
Adicionalmente, ao verificar a correlação entre os indicadores de liquidez e os valores
de mercado de ambas as empresas, observa-se que no caso da Magazine Luiza há uma forte
relação de causa e efeito entre as duas variáveis, porém, quanto a Via Varejo, há uma relação
inversa entre os seus indicadores e o valor de mercado. Ao analisar a correlação dos
indicadores de rentabilidade, os resultados mostram que o giro do ativo em ambas as
empresas possui correlação inversa com os seus respectivos valores de mercado, e os demais
indicadores não apresentam evidências significativas que expliquem o seu valor de mercado.
Os indicadores de estrutura e endividamento não apresentaram resultado satisfatórios que
expliquem a relação de causa e efeito entre os indicadores e seus valores de mercado.
De acordo com os resultados, deve-se apontar como limitação de pesquisa, a
amostragem reduzida, margem temporal utilizada. Além disso, há outros fatores externos as
demonstrações contábeis que podem influenciar o valor de mercado das empresas. Como
sugestão para futuras pesquisas, recomenda-se a utilização de mais empresas varejistas como
amostragem a fim de observar o mercado varejista como um todo e verificar qual é o tipo de
correlação predominante no mercado, além da utilização de uma margem temporal maior que
cinco anos.

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24

DECLARAÇÃO DE AUTORIA – GRADUAÇÃO EM CIÊNCIAS CONTÁBEIS


Disciplina: Trabalho de Conclusão de Curso – Graduação
Título do Trabalho:
UMA ANÁLISE POR MEIO DE INDICADORES FINANCEIROS, MAGAZINE
LUIZA X VIA VAREJO.
NOMES Matrícula
Bruno Ramos Araújo Deiró 17020532
Gustavo Vieira Martins 17021002
Matheus Paz Coutinho 17020166

Professor(a) Orientador(a): Marina Fidelis Jerônimo de Oliveira

1. Sei o que é plágio e reconheço que copiar trabalhos científicos ou parte deles, bem como submeter
como próprio trabalho que foram feitos por outras pessoas, sejam elas conhecidos ou “prestadores de
serviços acadêmicos”, vai contra os princípios declarados no Código de Ética da FECAP.
2. Afirmo que, para realizar este trabalho acadêmico, utilizei a normalização da Associação Brasileira
de Normas Técnicas (ABNT) e American Psychological Association (APA) com as adequações
propostas pelo Manual de Normalização de Trabalhos Acadêmicos e Referências Bibliográficas da
FECAP para a elaboração das citações e das referências. Cada texto copiado literalmente e
interpretado nesse Trabalho de Conclusão de Curso que foi extraído do(s) trabalho(s) de outras
pessoas foi/foram demonstrado(s) por meio de citações e referências.
3. Não permito e não permitirei, a quem quer que seja, copiar o meu trabalho com a intenção de
passá-lo como se o trabalho fosse seu.
4. Afirmo que o conteúdo desse Trabalho para Conclusão de Curso é original, não foi comprado e não
foi entregue a nenhuma outra disciplina, curso ou Instituição de Ensino Superior.
5. Estou ciente de que a versão eletrônica desse trabalho poderá ser submetida à softwares de
detecção de plágio.
6. Autorizo a divulgação e inclusão da versão impressa e eletrônica desse trabalho na base de dados
da biblioteca da FECAP.
Assim sendo, declaro que esse trabalho é de minha inteira responsabilidade e autoria.

Assinatura do Representante do Grupo: Gustavo Vieira Martins

São Paulo, 27 de maio de 2020.

Declaração de autoria adaptada de: Universityof Oxford. Disponível em:


<http://www.admin.ox.ac.uk/epsc/plagiarism/declofauth.shtml>. Acesso em: 23 dez 2009. Universityof Cape Town. Disponível
em: <http://www.uct.ac.za/downloads/uct.ac.za/about/policies/plagiarism_students.pdf >. Acesso em: 23 dez 2009.

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