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MARABÁ-PA
2021
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO 2
2. MODELAGEM MATEMÁTICA 3
2.1. Estudo de caso 3
2.2. Considerações 3
2.3. Equação Diferencial 4
2.4. Método de diferenças finitas 5
2.4.1. Processo de discretização 5
3. ANÁLISE DE RESULTADOS 8
4. CONCLUSÃO 13
5. REFERÊNCIAS 14
6. APÊNDICE 15
7. ANEXO 20
1. INTRODUÇÃO
Em 1912 um grande desafio surgiu para pesquisadores e cientistas do mundo inteiro,
nenhum deles imaginava que o Titanic, um navio projetado para ser símbolo de luxuosidade e
segurança, seria palco de um desastre histórico. O Titanic tinha aproximadamente 269 metros
de comprimento, 28 metros de largura e 53 metros de altura e era movido por dois sistemas de
propulsão combinados (2 hélices triplas - cerca de 7 metros de diâmetro e 38 toneladas de
massa - e 1 hélice quádrupla) - Cerca de 5 metros de diâmetro e 22 toneladas de peso). O casco
do navio foi feito de aço de baixo carbono (aproximadamente 2.000 placas, 3 metros de
comprimento, 2 metros de altura e entre 2,5 e 3,8 cm de espessura), e suas placas fixadas por
cerca de 3 milhões de rebites de ferro forjado e aço, o este último sendo o mais resistente (IOP,
2012). Na Figura 1, um esboço representativo do navio é mostrado.
Inúmeros estudos surgiram desde o acontecido, um estudo amplamente discutido trata a
transferência de calor intensa ocorrida durante o impacto como uma das causas principais. Este,
envolve um problema de transferência de calor por condução bidimensional em coordenadas
cilíndricas com geração de calor interna e em regime transiente. Considera-se a diferença
abrupta de temperaturas interna e externa no local da trinca como um fator que pode ter
causado o acidente, analisar a distribuição de temperaturas no local, ou seja na proa do navio é
extremamente necessário. Entretanto, como alguns problemas de transferência de calor que
envolvem geometrias e condições de contorno complexas não podem ser resolvidos
analiticamente, torna-se necessário o uso do método de diferenças finitas. Sendo assim, o
objetivo deste trabalho é detalhar a metodologia e a modelagem matemática realizada no artigo
"Análise da distribuição de temperatura na proa do Titanic no momento do naufrágio”,
resolvendo as equações diferenciais parciais pelo método de diferenças finitas.
2
2. MODELAGEM MATEMÁTICA
2.2. Considerações
O modelo matemático que descreve o processo de transferência de calor na proa do
Titanic foi desenvolvido de acordo com a equação da difusão térmica (2), escrita na forma
bidimensional em coordenadas cilíndricas e com geração de calor interna, devido ao
maquinário do navio. Para essa modelagem o autor (Cardoso, 2019) fez as seguintes
considerações:
01. Adotou-se a geometria cilíndrica para representar a proa do navio, portanto o sistema
possui simetria radial;
02. A transferência de calor ocorre no interior da metade uma porção cilíndrica, como
representado na Figura 3, de altura (H) e raio (R) ;
i. Altura, H = 10, 5 m
ii. Raio, R = 28 m
03. Condução de calor bidimensional;
04. Ocorre geração de calor interna (q) devido ao funcionamento das máquinas;
i. Geração de calor interna, q = 2000 W
3
05. O casco da proa é formado unicamente por aço com baixo teor de carbono,
denominado aço doce;
i. Densidade do aço doce, ρ = 7860 kg /m3
ii. Calor específico do aço doce , C p = 460 J /kgK
iii. Condutividade térmica do aço doce, K = 52 W /mK
06. Propriedades constantes ao longo do processo.
07. As condições oceânicas e atmosféricas no momento do impacto foram consideradas;
i. Temperatura da água, T ∞ (H2O) = − 2ºC
ii. Coeficiente convectivo da água, hH2O = 1000 W /m2 K
iii. Temperatura do ar, T ∞ar = − 2ºC
iv. Coeficiente convectivo do ar har = 25 W /m2 K
A fim de simplificar a equação, pode-se dividir toda equação pela condutividade térmica
( k ), pois é uma propriedade constante, além disso sabendo que a difusividade térmica é
expressa por: α = k/ρC p . Logo substituindo os termos, a equação que descreve o modelo é
representada pela equação (2).
1 ∂ ∂T ∂ ∂T q 1 ∂T
r ∂r (r ∂r )+ ∂z ( ∂z )+ k = α ∂t (2)
4
onde q é o fluxo de calor gerado pelo maquinário (W), k é a condutividade térmica do aço
doce (W/mK), r é o raio da proa (m), z é a altura da proa (m), T é a temperatura (°C) e t é o
tempo (s).
As condições iniciais e de contorno para o modelo implementado, são descritas pelas
seguintes equações:
∂T
∂r
= 0 para r = 0 ; t > 0 (4)
k ∂T
∂r
+ hágua T = hágua T ∞,água ; ∣ r = R; t > 0 (5)
k ∂T
∂z
+ har T = har T ∞, ar ; ∣ z = 0; t > 0 (6)
k ∂T
∂r
+ hágua T = hágua T ∞,água ; ∣ z = H ; t > 0 (7)
∂T T k i,j −T k i−1,j
∂r 1 = Δr (8)
i+
2
5
∂T T k i+1,j −T k i,j
∂r 1 = Δr (9)
i−
2
∂T T k i,j −T k i,j −1
∂z 1 = Δz (11)
j+ 2
∂T T k i,j+1−T k i,j
∂z 1 = Δz (12)
j− 2
6
∂ 2T T k i,j+1−2T k i,j+T k i,j −1
∂ 2z
= Δz 2
(13)
Portanto substituindo as equações (10), (13) e (14) na equação geral do calor (2), e
fazendo algumas manipulações matemáticas e organizando a equação, obtêm-se:
k k k k k k k k
1 T i+1,j+T i−1,j T i+1,j −2T i,j+T i−1,j T i,j+1−2T i,j+T i,j −1 q
r( 2Δr ) + Δr 2
+ Δz 2
+ k =
k+1 k
1 T i,j −T i,j
= α Δt (15)
7
Em relação às condições de contorno discretizadas, temos que a primeira condição de
k k
∂T T −T
i+1,j i, j
contorno discretizada, tomando a derivada parcial ∂r = 2Δr , e o eixo em relação à
direção radial (r) variando de r = 0 até r = R , é:
k k+1
T 1,,j = T 2,j (16), Para r = 0, i = 1 e j = 1,2,3, …, m
3. ANÁLISE DE RESULTADOS
Em síntese, o autor obteve resultados dentro do esperado, colaborando para a teoria de
que a diferença abrupta de temperaturas entre o meio interno e externo do casco pode ter
causado a fragilização do metal. No instante inicial o autor mostra que a proa estava a uma
temperatura constante de 25ºC, após a análise transiente, ou seja, no tempo final da análise foi
possível identificar que a região em que r = 28m os valores de temperatura apresentam seu
menor valor ficando entre 20 e 21ºC. Além disso, para z = 0m (origem) as temperaturas foram
um pouco maiores, cerca de 23,1ºC. O autor conclui a partir disso que o maior fluxo de calor
ocorre na superfície que está em contato com a água. Por fim, no ponto em que r =28m e z
=10,5m há uma queda massiva na temperatura que ao final da análise ficou próxima de 20ºC. O
autor conclui que isso pode ser explicado devido às perdas de calor que ocorrem nesse ponto
tanto para a água quanto para o ar, diferentemente de outros pontos em que houve apenas a
influência de um ou outro.
A partir da discretização das equações geral e de contorno, adotando todas as
considerações já apresentadas anteriormente, com o uso do software MATLAB R2021a foi
possível resolver o problema bidimensional transiente em coordenadas cilíndricas. Foi utilizado
o formato explícito de diferenças finitas para uma malha retangular mais refinada do que a
8
utilizada pelo autor, com n=150 e m=400. A nova análise, foi feita a partir da variação de t para
valores distintos t1≅0, t2 = 68.1402 s e t3= 170.3503s, uma vez que o problema é transiente, é
importante ressaltar que o autor não mostra esta variação, apenas define os resultados
encontrados no tempo final, contudo, com o objetivo de obter um estudo com maior
detalhamento foram escolhidos outros instantes para analisar o comportamento da distribuição
de temperatura de forma mais efetiva.
Finalmente, em relação aos resultados obtidos para o instante t1 ≅ 0s, mostrado nas
Figuras 6 e 7 , a temperatura não apresenta grandes variações, logo a proa estava a uma
temperatura constante de 25ºC, contudo, o ponto r = 28m e z = 10,5m que representa o fundo
da proa já sofre uma redução de temperatura considerável visto que nesta região a proa perde
calor por convecção para a água ficando em 17,73ºC.
Fonte: Autor(2021)
Fonte: Autor(2021)
9
Para o instante t2 = 68.1402 s, mostrado nas figuras 8 e 9, observa-se que a temperatura
apresenta uma queda massiva na região mais profunda da proa, o ponto r = 28m e z = 10,5m,
visto que nesta região a proa transfere calor por convecção para água, ficando em 7,10615ºC.
Enquanto na região interior da proa, ao longo do raio para z = 0 ( origem), a temperatura
permanece próxima de 25ºC devido a geração de calor resultante do maquinário do navio.
Fonte: Autor(2021)
Fonte: Autor(2021)
Já, para t3 = 170.3503s, mostrado na figura 10, observa-se que ao final da análise ao
longo da proa a temperatura foi reduzida de forma considerável na região que sofre influência
da convecção do ar, z=0, enquanto a temperatura cai bruscamente na região que sofre influência
dos dois fluidos refrigerantes (água e ar) simultaneamente, além disso, na região mais profunda
10
da proa a temperatura fica em torno de 2,2ºC , z = 10,5m, uma vez que o coeficiente convectivo
da água é suficientemente grande em comparação com o ar.
O pico descendente exibido no gráfico, colabora para a teoria de que o aço estaria
submetido a muitas tensões internas sendo propício a rachaduras ou trincas em consequência da
drástica mudança de temperatura. Esses resultados colaboram para a teoria de que o aço já
estava fragilizado no momento do impacto com o iceberg. Resultados obtidos da nova análise:
Figura 10: Distribuição de temperatura - 3D para t5 = 170.3503 s
Fonte: Autor(2021)
Fonte: Autor(2021)
11
Figura 12: Matriz de distribuição de temperatura no instante t2
Fonte: Autor(2021)
Fonte: Autor(2021)
Em relação a matriz de temperaturas que foi obtida, observa-se que a condução de calor
ocorre de maneira lenta no interior da proa, porém, a perda de calor nas superfícies externas é
evidente quando se analisa o deslocamento no tempo t. Desse modo, foram obtidas 3 matrizes
de dimensão 400 x 150, e foi analisado que há uma camada externa que apresenta uma queda
brusca de temperatura conforme o passar do tempo. Essa camada está submersa em água a
-2ºC, sujeita a convecção.
12
4. CONCLUSÃO
A partir dos resultados apresentados podemos concluir que a solução numérica por
diferenças do autor do artigo foi assertiva, pois de acordo com a implementação e análise
realizadas, os resultados obtidos foram bastante satisfatórios. Diante disso foi possível observar
a distribuição de temperatura na proa do RMS Titanic. A solução numérica mostrou que
realmente a parte da proa que estava em contato com a água perde mais calor, ou seja, a
temperatura nessa região é mais baixa quando comparada com a parte da proa que estava em
contato com o ar, isso acontece porque o coeficiente convectivo da água a -2ºC é muito maior
que do ar.
Por fim, é comprovado que a transferência de calor entre a proa e o meio externo foi
realmente massiva, principalmente nos locais que se encontravam em contato com a água, o
que deixou o casco do navio mais vulnerável e propício a rachaduras, tornando-se um dos
fatores chave para o naufrágio do RMS Titanic.
13
5. REFERÊNCIAS
Araújo, J. M. Curso de concreto armado. 2 ed. Rio Grande do Sul: Dunas, 2003.
Çengel, Y. A. Transferência de calor e massa: uma abordagem prática, 4 ed. São
Paulo: Mc Graw-Hill, 2012.
Incropera, F. P.; De Witt, D. P.; Bergman, T. Fundamentos de Transferência de Calor
e de Massa, 7. ed. Rio de Janeiro: LTC, 2015.
14
6. APÊNDICE
Código utilizado no Matlab R2021a:
clc;
close all;
clear all;
%DEFINIR O NÚMERO DE LINHAS E COLUNAS DA MALHA
L = input('Entre com o comprimento [m]: ');
H = input('Entre com a altura [m]: ');
Sx = input('Entre com o número de pontos em x: ');
Sy = input('Entre com o número de pontos em y: ');
15
end
%PARÂMETROS DO MATERIAL
k = 52; %em W/m.K
Cp = 460; %em J/kg.K
p = 7860; %em kg/m^3
Dx = L/(Sx); %em m
Dy = H/(Sy); %em m
Fo = 0.10; %admensional, arbitrado, tendo valor menor ou igual a 0.25
DT = (Fo*p*Cp*Dx*Dy)/(k); %em segundos
G = 2000; %geração interna, em W/m^3
%PARÂMETROS DO FLUIDO
Tagua = -2; %em ºC
Hagua = 1000; %em W/m^2.K
Tar = -2; %em ºC
Har = 25; %em W/m^2.K
Bi1 = Hagua*Dx/k; %admensional
Bi2 = Har*Dx/k; %admensional
x = linspace(0, L, Sx);
y = linspace(0, H, Sy);
[PLOT.X,PLOT.Y] = meshgrid(x,y);
contourf(x,y,T.*(T<1e4),10,'EdgeColor','none');colorbar
set(gca,'FontSize',20);
xlabel('Distância em r [m]');
16
ylabel('Distância em z [m]');
title('Distribuição de Temperatura em Equilíbrio');
PLOT.figure = figure;
surf(PLOT.X,PLOT.Y,T,'EdgeColor','none');colorbar
set(gca,'FontSize',20);
xlabel('Distância em r [m]');
ylabel('Distância em z [m]');
zlabel('Temperatura [ºC]');
title('Distribuição de Temperatura em Equilíbrio');
17
%CONDIÇÕES DE CONTORNO INFERIOR/DIREITA
Tk(Sy,Sx) = 2*Fo*(T(Sy-1,Sx)+T(Sy,Sx-1)+2*Bi1*Tagua)+T(Sy,Sx)*(1-4*Fo-4*Bi1*Fo) ;
%CONDIÇÕES INICIAL
for J = 2:1:(Sx-1)
for I = 2:1:(Sy-1)
Tk(I,J) = T(I,J) ;
end
end
T=Tk;
fprintf("O tempo em minutos e:")
disp(TIME/3600)
%disp(T);
x = linspace(0, L, Sx);
y = linspace(0, H, Sy);
[PLOT.X,PLOT.Y] = meshgrid(x,y);
PLOT.figure = figure;
contourf(x,y,Tk,10,'EdgeColor','none');colorbar
set(gca,'FontSize',20);
xlabel('Distância em r [m]');
ylabel('Distância em z [m]');
title('Distribuição de Temperatura em Equilíbrio');
18
PLOT.figure = figure;
surf(PLOT.X,PLOT.Y,Tk,'EdgeColor','none');colorbar
set(gca,'FontSize',20);
xlabel('Distância em r [m]');
ylabel('Distância em z [m]');
zlabel('Temperatura [ºC]');
title('Distribuição de Temperatura em Equilíbrio');
19
7. ANEXO
20
Interdisciplinary Scientific Journal. ISSN: 2358-8411
Nº 4, volume 6, article nº 02, October/December 2019
D.O.I: http://dx.doi.org/10.17115/2358-8411/v6n4a2
Accepted: 12/04/2019 Published:12/12/2019
Dandarha Pigatti5
Graduanda em Engenharia Química pelo Centro de Ciências Agrárias e Engenharias da
Universidade Federal do Espírito Santo
Abstract
In 1912, the RMS Titanic represented a great achievement for engineering because
its grandiosity. After the sinking, engineers from all over the world tried to understand
the causes of this disaster. Studies show that one of the causes was the massive
heat transfer that occurred at the moment of impact with the iceberg. The present
work used the finite difference method in the explicit form to solve the heat transfer
problem in the Titanic bow section. The problem variables were based on the
atmospheric and oceanic conditions at the moment that the ship struck the iceberg. A
transient temperature distribution analysis was made, using two-dimensional
cylindrical coordinates, and assuming heat generation in the inner portion of the bow
section.
Keywords: heat transfer; finite difference; Titanic; bow section.
1
Universidade Federal do Espírito Santo, ES, henriquecardoso6@hotmail.com
2
Universidade Federal de Uberlândia, MG mr-tomaz@hotmail.com
3
Universidade Federal do Espírito Santo, ES, guilherme.dellacqua@gmail.com
4
Universidade Federal de Uberlândia, MG, carolinelms@hotmail.com
5
Universidade Federal do Espírito Santo, ES, dandarhapigatti@gmail.com
INTRODUÇÃO
O Royal Mail Steamer (RMS) Titanic, navio irlandês construído em 1912 na cidade
de Belfast, naufragou em sua primeira viagem e muitas teorias surgiram para que o
motivo do desastre fosse explicado. Dentre as especulações, estudou-se a
possibilidade de o material utilizado ser de baixa qualidade, fazendo com que
estivesse mais vulnerável às tensões de cisalhamento. Além disso, a alta diferença
de temperatura entre o interior e exterior do navio pode ter contribuído para agravar
essa vulnerabilidade (IOP, 2012).
Estudos realizados posteriormente mostraram que fatores físicos podem ter sido
definitivos para resultar no naufrágio do navio. Simulando as condições do momento
do impacto em laboratório, concluiu-se que na cabeça dos rebites podem ter surgido
pressões extremas, fazendo com que se soltassem, desprendendo, assim, as placas
de aço do casco, como pode ser observado na Figura 2.
A análise dos fatores que podem ter levado ao naufrágio do RMS Titanic é de
extrema importância, visto que esse estudo pode ser útil em projetos de novos
navios e até mesmo impulsionar o desenvolvimento da indústria náutica. Nestes
casos, tem-se a modelagem matemática do como uma ferramenta útil e viável,
proporcionando um melhor entendimento do fenômeno em questão.
Sabendo-se que um dos fatores que podem ter causado o acidente do navio foi a
grande diferença de temperatura entre o interior e o exterior do navio, nota-se a
necessidade de analisar a distribuição de temperatura no local de ocorrência da
rachadura causada pelo iceberg, ou seja, na proa do navio.
DESENVOLVIMENTO
(1)
(2)
(3)
(4)
(5)
(6)
(7)
(8)
(9)
(10)
(11)
(14)
r = R (i=n): = onde i = 1,2,3,...,n
z = 0 (j=1): , (15)
Além disso, outro ponto importante no gráfico, que é melhor apresentado no gráfico
abaixo, Figura 5, é o que representa o interior da proa (r=0m). Neste ponto nota-se
um leve aumento na temperatura local, de 25 para 25,2°C. Este fenômeno pode ser
atribuído ao maquinário presente na proa, cuja geração de calor é considerada neste
trabalho.
A análise dos resultados mostrou que a parte da proa que estava em contato com a
água perdeu mais calor para o ambiente, quando comparada à parte da proa que
estava em contato com o ar, o que já era esperado, visto que o coeficiente
convectivo da água a -2°C é quarenta vezes maior do que o do ar. Além disso, pode-
se observar uma queda brusca na temperatura no ponto da proa que estava em
contato com a água e o ar ao mesmo tempo, visto que houve transferência de calor
para os dois fluidos. Já no interior da proa (r=0), percebeu-se um leve aumento na
temperatura local, devido ao calor gerado pelo maquinário presente no local.
Por fim, comprova-se que a transferência de calor entre a proa e o meio externo no
momento do impacto com o iceberg foi realmente massiva, principalmente nos locais
que se encontravam em contato com a água, o que deixou o casco do navio ainda
mais vulnerável e propício a rachaduras, tornando-se um dos fatores chave para o
naufrágio do RMS Titanic.
REFERÊNCIAS
Araújo, J. M. Curso de concreto armado. 2 ed. Rio Grande do Sul: Dunas, 2003.
Chirnside, M. The ‘Olympic’ Class Ships: Olympic, Titanic & Britannic. Stroud:
Tempus, 2004.