As revoluções industriais ocorridas na Inglaterra modificaram o espaço global e
contribuíram para maiores avanços das ciências e suas tecnologias, sinônimo de desenvolvimento para toda a humanidade. No entanto, tal fato não significou uma melhoria universal, uma vez que a ascenção do capitalismo favoreceu a desigualdade social e a marginalização da sociedade, fenômenos que criam uma divisa bem marcada com a parcela mais requintada da população. A desigualdade social se fez presente antes mesmo do início da neocolonização, porém, essa que deveria trazer o progresso aos povos menos desenvolvidos tecnologicamente gerou uma alta amplitude de problemas à população local, já que os mais pobres se tornaram mão de obra barata às potências da Europa ou América. A matéria-prima produzida por países subdesenvolvidos é vendida a preços banais aos países prepotentes, os quais transformam a matéria em produtos industrializados e as vendem para nações de terceiro mundo. Tal processo enobrece os ricos empresários e comerciantes, enquanto torna ainda mais pobre o proletariado. É inegável que as tecnologias atuais muitas vezes não estão à mão da comunidade mais carente, a qual geralmente não tem sequer infraestrutura básica, fato que mostra a enorme polarização de um mundo globalizado, pois uma pequena parcela da população goza de amplas ferramentas de entretenimento, comunicação, iguarias alimentícias e ostentação de automóveis. Fronteiras entre tais classes foram causadas pela má distribuição da renda, ou até mesmo por fatores históricos ligados a uma colonização exploradora. A globalização mundial permitiu amplas conquistas em diversas áreas, e também, uma utópica promessa de melhora no cotidiano da nação, a qual não se efetuou até os dias de hoje. A instransigente busca pelo capital tem causado um enriquecimento dos ricos e uma piora para a população mais necessitada, cenário que impede o crescimento equivalente de ambas partes. Uma solução para tais desigualdades é aumentar a distribuição de renda para as grandes massas da população, além de amparar indivíduos mais pobres e incentivar filmes, anúncios e meios de informar a sociedade dos danos causados pelo capitalismo, a fim de diminuir o apetite por capital. Tais mudanças permitiriam um convívio mais justo e igualitário para todos os povos.