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90497-Texto Do Artigo-130706-1-10-20150225
90497-Texto Do Artigo-130706-1-10-20150225
O rganização textual!
do filme “ não é de modo nenhum anim ação, fluxo, m obilidade, 'v id a'
cópia, mas apenas a arm ação de um desdobram ento perm utativo” ;
aqui, jogando com a oposição entre as categorias do /contínuo/vs/des
contínuo/, estabelece-se um percurso que pode ser esquem atizado da
seguinte m aneira:
Figura 1
onde se registra uma prim eira m udança noi estatuto formal do discurso:
exercendo o seu fazer cognitivo sobre o objeto filme, o sujeito reco
nhece aí a existência de unidades discursivas menores — os fotogramas
— que passarão então a servir de suporte a um novo discurso cogniti
vo. N a etapa seguinte, virá a descrição dos elem entos fotogram áticos
com o articuláveis em níveis de sentido e a exploração do terceiro nível,
com o na Figura 2
figura 2
Proposições teóricas
B arthes individualiza o seu discurso, num outro nivel, detonando
com a descrição de seu objeto um a série quase inum erável de paráfra
ses. Contam -se por volta de setenta definições diferentes para o seu
“ sentido ob tu so ” em um a dúzia de páginas do trabalho. O terceiro
sentido, segundo B arthes, “ é o nível da significáncia” e seu discurso
enfatiza este m ecanismo. Se a significáncia é o “ trabalho de diferen
ciação, estratificação e confrontação que se pratica na língua, e
deposita sobre a linha do sujeito falante um a cadeia significante
com unicativa e gram aticalm ente estru tu rad a” (J. K rísteva), “ trabalhar
a língua é então explorar com o ela trabalha” (Todorov e D ucrot, 1972)
— e é esse o sentido que escritura assum e em B arthes.
A idéia de diálogo está em butida no conceito de significáncia.
R etom ada de M. Bakhtin, é colocada por K rísteva em term os de
intertextualidade; B arthes fala em dialogismo e interlocução: “ o senti
do obtuso está fo ra da linguagem (articulada), m as contudo no interior
da interlocução” É por isso que “ nem a simples fotografia nem a
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