ESTRUTURA DOS MATERIAIS E PROPRIEDADES FÍSICAS

1. MASSA
A quantidade de matéria e é constante para o mesmo corpo, esteja onde estiver.
2. PESO
Definido como a força com que a massa é atraída para o centro da Terra varia de local
para local.
3. DENSIDADE
A relação entre sua massa e a massa do mesmo volume de água destilada a 4ºC.
𝑴
𝑽
a. Densidade Aparente do Material
é a relação entre a massa do material e o volume total (incluindo o volume dos
poros).

𝑀𝐸𝐴 𝑚𝑎𝑡𝑒𝑟𝑖𝑎𝑙
𝐷𝐴 = = 𝑴𝑬𝑨 𝒎𝒂𝒕𝒆𝒓𝒊𝒂𝒍
𝑀𝐸 𝑎𝑔𝑢𝑎

b. Densidade Real do Material

é a relação entre a massa do material e o volume do material (não inclui o volume de
poros).

𝑀𝐸𝑅 𝑚𝑎𝑡𝑒𝑟𝑖𝑎𝑙
𝐷𝑅 = = 𝑴𝑬𝑹 𝒎𝒂𝒕𝒆𝒓𝒊𝒂𝒍
𝑀𝐸 𝑎𝑔𝑢𝑎

4. MASSA ESPECÍFICA

a. Massa Específica Aparente

𝑀𝑎𝑠𝑠𝑎 𝑇𝑜𝑡𝑎𝑙
𝑀𝐸𝐴 =
𝑉𝑜𝑙𝑢𝑚𝑒 𝑇𝑜𝑡𝑎𝑙

Sendo VTOTAL=Vs + Vv, onde Vs é o volume do sólido (ou volume absoluto) e Vv é o volume
de vazios.

b. Massa Específica Real

𝑀𝑎𝑠𝑠𝑎 𝑑𝑜 𝑠ó𝑙𝑖𝑑𝑜
𝑀𝐸𝑅 =
𝑉𝑜𝑙𝑢𝑚𝑒 𝑑𝑜 𝑠ó𝑙𝑖𝑑𝑜

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 5. POROSIDADE OU COEFICIENTE DE VAZIOS
A propriedade que tem a matéria de não ser contínua, havendo espaços entre as massas.
Quanto maior o coeficiente de vazios, maior o consumo de pasta para ligar os
agregados.
1−𝑀𝐸𝐴
𝐶𝑉 = OU
𝑀𝐸𝑅

PROPRIEDADES MECÂNICAS DOS MATERIAIS

Propriedades de um material associadas com a capacidade que ele tem de resistir a esforços
mecânicos.

1. TENSÃO-DEFORMAÇÃO

a. TENSÃO
Tensão é a relação entre a carga aplicada e a área resistente.
A tensão é expressa em kgf/cm² ou N/m² (Pascal).
Na indústria do concreto, as tensões geralmente são expressas em Mpa = N/mm².
Muitos materiais, tais como cerâmicas, vidros, concreto e alguns metais têm
comportamento frágil. Isto geralmente significa que o ponto de ruptura está próximo do limite de
elasticidade (a ruptura é drástica, e não dúctil!). As estruturas devem ser dimensionadas de forma
que atue sobre os componentes uma tensão aceitável de trabalho.
𝑭
Tensão = , onde F é a força aplicada e Ao é a área inicial.
𝑨𝒐

b. DEFORMAÇÃO

Deformação (ε) é definida como sendo a relação entre a variação de alongamento em um dado
instante e o comprimento inicial do corpo-de-prova.

Onde L0 é o comprimento inicial e Lf é o comprimento final, após aplicada determinada

solicitação no material.
Alguns materiais, a partir de determinada carga, deformam-se excessivamente (sem
romper) e não retornam para a sua forma e posição originais depois de retirada a carga. São
exemplos disso os metais e alguns polímeros.

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 Por isso, a tensão de trabalho para estes tipos de materiais é determinada a partir da tensão
em que a deformação passa a ser excessiva (tensão de escoamento), e não a partir da tensão de
ruptura.

2. MÓDULO DE ELASTICIDADE

Elasticidade é a capacidade de o material recuperar o tamanho original após a retirada da força.

Obs: Os materiais estruturais são dimensionados para permanecerem no estado elástico.

▪ Expresso em GPa, por conta dos seus valores elevados. (GPa = 109 N/m²)
▪ A diferença do módulo de elasticidade dos metais, cerâmicos e polímeros dar-se-à por
conta dos diferentes tipos de ligações atômicas existentes nessas três classes de materiais.
▪ Na maior parte das vezes, o aumento da temperatura tende a diminuir o módulo de Young
para quase todos os materiais.

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 3. TRAÇÃO
Esforço aplicado na mesma direção e sentido contrário que leva o objeto a sofrer um
alongamento na direção em que o esforço é aplicado.

4. COMPRESSÃO
Esforço aplicado na mesma direção e sentido contrário que leva a um “encurtamento” do objeto
na direção em que está aplicado.

5. FRATURA FRÁGIL
Quando um material se rompe após sofrer pequenas deformações. Ex: Tijolos e concretos.

Olhar gráficos da apostila de prop. Gerais (página 18).

6. FRATURA DÚCTIL
Quando um material se rompe após sofrer grandes deformações. Ex: metais.
Quanto mais dúctil, maior a redução da área. (Área original – Área final / Área original).
Olhar gráficos da apostila de prop. Gerais (página 18).

Materiais Dúcteis vs. Materiais Frageis

Caracterizam-se por apresentarem
escoamento à temperaturas normais. São exemplos
o aço estrutural e o alumínio.
No ensaio de tração quando o
carregamento atinge um certo valor máximo, a área
da seção transversal começa a diminuir, devido a
perda de resistência local (fenômeno conhecido
como estricção).
Após iniciada a estricção, um baixo
acréscimo de carga é suficiente para manter o corpo
de prova se deformando, até que a ruptura se dê.
Caracterizam-se por não apresentarem
escoamento, ou seja, não ocorre alteração
significativa no mecanismo de deformação. São
exemplos o ferro fundido, o vidro, o concreto e as
rochas em geral.
Não existe diferença entre a tensão limite
de resistência e a tensão de ruptura.
A deformação até a ruptura é muito menor
nos materiais frágeis do que nos materiais dúcteis.

MATERIAIS BETUMINOSOS

1. COMPOSIÇÃO
Entende-se por betume um aglomerante orgânico, de consistência sólida, líquida ou gasosa,
obtido por processo industrial (resíduo da destilação do petróleo) ou na própria natureza,

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completamente solúvel em bissulfeto de carbono (CS2), e apresentando polímeros de variada
composição química (CH4 – gás metano – combustível para aquecimento; C8H8 – líquido octana
– gasolina - combustível para motores; C100 – sólido – asfaltos para pavimentação e
impermeabilização).

1.1 TIPOS

• Asfaltos

São materiais constituídos predominantemente de betumes, que se apresentam no estado sólido

ou semi-sólido à temperatura ambiente, possui cor preta ou parda-escura e cheiro de óleo
queimado. Pode ser:

Cimentos Asfálticos de Petróleo (CAP) - Obtido como resíduo da destilação do petróleo,

sendo bem mais abundante e barato.

Asfaltos Diluídos (ADP);

Emulsões Asfálticas (EAP);
Asfaltos Modificados por Polímeros (AMP);
Asfaltos Modificados por Borrachas (AMB).

• Alcatrão
São materiais constituídos predominantemente de betumes, que se
apresentam no estado líquido com grande viscosidade à temperatura ambiente. Possui
cheiro mais forte que o asfalto e é mais sensível à temperatura. São obtidos a partir da destilação
do carvão, madeira, turfa, etc.

Substância betuminosa, espessa, escura e de forte odor, que se obtém da destilação

destrutiva de carvão, madeira, açúcar, constituindo um subproduto da fabricação de gás e coque
metalúrgico.

2. PROPRIEDADES

• TERMOPLÁSTICO, isto é, amolecem quando aquecidos, sendo então moldados e

resfriados sem perda das propriedades, podendo passar novamente pelo mesmo processo;

a. passa do estado líquido ao sólido de maneira reversível;

b. a aplicação no pavimento deve ser feita em temperaturas elevadas;

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• COMPORTAMENTO VISCO-ELÁSTICO (varia com a temperatura) relacionado à
consistência e à suscetibilidade térmica:

c. tráfego rápido  comportamento elástico

d. tráfego lento  comportamento viscoso

• QUIMICAMENTE POUCO REATIVO:

e. garante boa durabilidade;
f. contato com o ar acarreta oxidação lenta, que pode ser acelerada por
temperaturas altas;
g. para limitar risco de envelhecimento precoce: evitar temperatura excessiva de
usinagem e espalhamento e alto teor de vazios.

• São aglomerantes com alta força adesiva não requerendo a mistura com água como a maioria
dos aglomerantes disponíveis, eles endurecem por resfriamento a temperatura ambiente após
terem sido aquecidos;

• São HIDRÓFUGOS (repelem a água) em função do seu estado físico oleoso e densidade
menor do que a da água;

• São quimicamente inertes quando aplicados junto a maioria dos materiais de construção;

• Perde suas propriedades, notadamente a sua ductilidade quando expostos por muito tempo a
intempéries.
• Por serem inócuos e termoplásticos podem ser reciclados, o que lhes proporciona um grande
número de reutilizações

• Ao contrário dos aglomerantes minerais da construção civil (cimento Portland, gesso, cal),
são adesivos que dispensam o uso da água;

3. APLICAÇÃO

• PAVIMENTAÇÃO – é a regularização superficial do solo com o intuito de dar passagem

fácil a todo e qualquer veículo ou transeunte.

• PAVIMENTO ASFÁLTICO – são pavimentos feitos com materiais betuminosos puros ou

em misturas com agregados pétreos.

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• IMPRIMAÇÕES OU PINTURA DE LIGAÇÃO – é uma fina camada feita de asfaltos
diluídos ou emulsões aplicados diretamente sobre o solo, com a função de
impermeabilização e aderência, e também sobre pavimento antigo com a única função de
aderência.

• CONCRETO ASFÁLTICO – nome dado somente para pavimentos do tipo hotmixed, de

graduação compacta, preparados com dosagem racional e aplicados com equipamentos e
técnicas avançadas.

PAVIMENTAÇÃO

• SOLO-ASFALTO – mistura de asfalto como solo natural para obter estabilização, não
sendo apropriado para o tráfego de veículos.

• IMPERMEABILIZAÇÃO – é a proteção das construções contra a infiltração da água.

Membranas asfálticas – moldada a frio “in loco”.

• MANTAS ASFÁLTICAS – moldada a quente na forma de tecido.

• FELTRO ASFÁLTICO - São materiais largamente aplicados em impermeabilizações,

constituídos de feltros ricos em algodão ou de papelão absorvente, embebidos com
asfalto; uma tira de 5 cm de largura deve resistir, no mínimo a uma tração de 1,5 Mpa.

• PLACAS ASFÁLTICAS PRENSADAS.

• MISTURAS BETUMINOSAS - Os materiais betuminosos podem ser misturados entre

si, sem provocar reação química apreciável a fim de melhorar as propriedades. Podem
ser adicionados filetes diversos a fim de melhorar plasticidade, adesão, resistência,
durabilidade etc;

NOVOS PRODUTOS

• ASFALTOS MODIFICADOS COM POLÍMEROS – são adicionados polímeros

com o intuito de aumentar a homogeneidade, durabilidade e o comportamento elástico;

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 • ASFALTOS MODIFICADOS COM FIBRAS – O maior exemplo dessa utilização
esta em Interlagos a fim de aumentar a resistência mecânica do pavimento.

ASFALTOS MAIS ADEQUADOS ÀS CONDIÇÕES BRASILEIRAS

• Resistentes à fadiga: asfaltos modificados por SBS, SBR, BMP e EVA;

• Resistentes à deformação permanente: asfaltos modificados por SBS, BMP e EVA;
• Em microrrevestimentos: SBR ou SBS, ou mistura de EVA, na ordem de 3 a 4%;

Obs 1: Em revestimentos drenantes é necessário o uso de asfaltos modificados;

Obs 2: Escolha do teor e tipo de polímero depende do clima, tráfego e tipo de serviço
desejado.

Obs: Esse é um resumo geral até a P1 de Materiais I acompanhando a turma dos profs.
Oscar e Vivian, complemente seus estudos. 😊

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