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LEACH, Sistemas Políticos da

Alta Birmânia – Apresentação


e Cap.1 1954 (1ª publicação)

Amanda Jardim S. Rezende


A importância da obra: Legado para a Antropologia
APRESENTAÇÃO - pp.9 a 45: (Lygia Sigaud)

-Estudo sobre os kachins e chans


-Ponto de vista distinto da tradição inglesa

Visão de equilíbrio
realidades dos sistema
repletas de sociais
inconsistências
Críticas:
- 1) Os sistemas sociais só se tornam
inteligíveis quando pensados em
relação aos outros sistemas com os
quais interagem
Leach trata as tribos
Críticas: Kachin e Chan como
ficções etnográficas
A importância da obra: Legado para a Antropologia
-2) Os modelos antropológicos
devem ser encarados como “ Quando o antropólogo
formalizações de uma ideologia estuda outra cultura, ele a
nativa “inventa” generalizando
suas impressões,
-3) “ A dificuldade dos colegas em experiências e outras
lidar com as transformações “ (...) aquilo evidências como se estas
sociais interpretou como que fossem produzidas por
insuficiência metodológica e chamamos os alguma “coisa externa”. (...)
alternativamente firmou princípios nossos dados Mas para que a cultura que
de análise que implicavam no uso são ele inventa faça sentido
da história, na consideração do construções para seus colegas
papel de indivíduos e grupos de outras antropólogos, bem como
como agentes de mudança e pessoas sobre para outros compatriotas é
numa revisão das teorias a aquilo que necessário que haja um
respeito de mitos ritos e eles e os seus controle adicional sobre
parentesco, cuja aplicabilidade compatriotas sua invenção. Ela precisa
pretendia que fosse muito além fazem.” ser plausível e pela de
das montanhas da Birmânia.” (GEERTZ, sentido nos termos de sua
(SIGAUD,1995:9) 1973: 9) própria imagem de
“cultura”. “ (WAGNER,
2009 :89)
Construção de ficções etnográficas:

Modelo ficcional sobre a


cultura inventado pelo Modelo ficcional
Modelo ficcional antropólogo em contraste sobre a cultura
sobre a cultura com seus referenciais inventado pelo
inventado pelo culturais em relação aos antropólogo com
nativo do nativo o fim de dialogar
com seus pares

Construções
compartilhadas pelo “Acesso” as estruturas Necessidade de
mundo nativo – noção do do inconsciente nativo tornar o modelo
“como se” plausível
-Figura intermediária:

antropólogos sociais LEACH antropólogos sociais


da 1ª formação da da 2a formação da
Escola Britânica: Escola Britânica (pós-guerra)

-Malinowski Van Velsen, Turner, Gluckman ... Hugh-Jones


-Radcliffe-Brown
aluno de Malinoswki
-Evans-Pritchard
Sobre o autor

conheceu Fortes e Radcliffe-Brown que o influenciou coma teoria funcionalista


estrutural
-Raymond Firth
orientando de Malinowski e orientador de Leach
Meyer Fortes
Influencia de Malinowski, Evans Pritchard e Firth (LSE)

“ Tratar-se-á de uma simples “Como explicar a audácia intelectual


coincidência que a crise da antropologia expressa por Leach em sua análise sobre
social britânica tenha ocorrido no preciso os Kacins e os Chan? De onde veio o
momento em que a Grã-Bretanha sentimento de liberdade de opor-se às
liquidava o seu império africano?” idéias estabelecidas e propor uma outra
(KUPER, 2004:211) forma de pensar?” (SIGAUD,1995 :11)
-considera-se um insider com orientação destoante dos outsiders
-A categoria outsiders utilizada por Leach se refere basicamente a Malinowski
e seus discípulos, cuja naturalidade era estrangeira, ou seja, o não
pertencimento cultural desses a sociedade britânica assinalava justificativas
para o posicionamento dos mesmos em relação a construção do Império
Britânico, não havia, por isso, esforço dos mesmos em julgar a pátria como
arcaica.
-Inclui dentre os insiders os britânicos da alta classe média que se engajaram
em desconstruir teorias sobre coesão social, percebendo que a mesma
contribuía para a construção positiva da ação governamental.
-Os insiders: E. E. Evans-Pritchard, Gregory Bateson, Camila Wedgwood,
Sobre o autor

Audrey Richards, Lucy Mair, Edmund Leach


-“(...) os acadêmicos imigrantes que se destacavam no círculo funcionalista
estavam provavelmente predispostos a projetar a imagem de uma ordem
estável em qualquer sociedade que observassem; tentando adaptar-se à
sociedade britânica, procuravam fórmulas de normas comportamentais que
pudessem apreender facilmente.”(KUKLIK, apud, KUPER,2004:213)
Contextualização da iniciativa
de uma nova proposta
-encontrou uma arena fértil (pós-guerra) para elaborar críticas aos
detentores do poder institucional da disciplina na Inglaterra
- acaba por adquirir a reputação de crítico e destruidor de ortodoxias
PREFÁCIO:

-Crítica a utilização do termo “dinâmico”: desgastado

-A análise das forças em movimento ou dos princípios em ação (associadas a


idéia de instituições em transformação) é de modo geral mais descritiva, ou
quando abstrata, os conceitos se tornam por demais artificiais e destituídos de
qualquer relação das ações humanas observadas em sociedades específicas.

- Leach: trabalha com a teoria dinâmica num nível de abstração mais elevado
Raymond Firth

- idéia de descrever sistemas sociais como modelos de uma realidade social:


-“Para ele, os padrões “ideais” – as relações sociais tidas como “corretas” – é
que são expressos no modelo que dá a descrição estrutural de um sistema
social. O equilíbrio necessário do modelo enquanto constructo significa
essencialmente que ele é impedido de fornecer por si só uma análise
dinâmica. A dificuldade reside não tanto em introduzir no modelo o tempo
como fator abstrato quanto em infundir-lhe uma verdadeira expressão
daquilo que é efetivamente relevante nas condições existentes. Deve-se
atentar, portanto, para aquilo que as pessoas realmente fazem em sua vida
cotidiana normal a fim de estabelecer ma base para um estudo dinâmico, um
estudo da mudança estrutural.” -> influência de Malinowski na determinação
da existênca de padrões “ideais” e “reais” ou “normais”
PREFÁCIO:

-Padrões “reais”: na vida real os indivíduos são continuamente solicitados a


fazer escolhas aantre alternativas para a ação, Leach introduz a idéia de que
essas escolhas são tomadas no sentido de adquirir poder

-> “(...) a concentração de poder e de status na busca de apreço como fator de


acesso a uma posição social sugere ou uma restrição indevida do campo da
Raymond Firth

motivação o uma reinterpretação da noção de poder em termos tão amplos


que incluem praticamente toda e qualquer ação social.”

-Teoria dinâmica do Dr Leach ainda não é uma teoria geral, é largamente


específica -> trata mais detidamente do Norte da Birmânia embora envolva
termos de fronteira, muitas “tribos” devem ser ficções etnográficas

- a obra é uma contribuição básica à teoria dos sistemas sociais.


Região estudada: KACHIN
Totalidade da população:
subdivisões em kachin e chan
Chans: Ocupam os vales ribeirinhos onde
cultivam arroz em campos irrigados; são um
povo relativamente sofisticado, com uma
cultura algo semelhante à dos birmaneses
Kachins: Ocupam as colinas onde cultivam
arroz usando sobretudo as técnicas de
cultura itinerante através de derrubadas e
queimadas. A literatura publicada no século
passado quase sempre tratou-os como
selvagens primitivos e belicosos, tão
diferentes dos chans na aparência língua e
na cultura geral que devem ser
considerados de origem racial totalmente
distinta.

-” (...)está dentro das convenções normais


da antropologia que as monografias sobre
os kachin ignorem os chans e as
monografias sobre os chans ignorem os
kachins.” -> abordagem que os relacionam,
inclusive por serem vizinhos próximos e
estarem bastante associados nas questões
comuns da vida
INTRODUÇÃO – pp. 65 a 80:

-“A maioria dos fatos etnográficos a que me refiro foram publicados


anteriormente. Não se deve, pois, procurar qualquer originalidade nos fatos de
que trato, mas na interpretação desses mesmos fatos.”

-Dados etnográficos que separam kachin e chan se baseando apenas em


termos linguísticos não podem ajustar kachins e chans em “categorias” raciais
Parte I: O problema e seu cenário

diferentes.

-“A literatura discrimina diversas variedades de kachins. Algumas dessas


subcategorias são principalmente linguísticas,(...) outras são sobretudo
territoriais (...). Porém a tendência geral tem sido minimizar a importância
dessas distinções e dizer que o essencial da cultura kachin é uniforme em toda
Região das Colinas de Kachin.”

-Problema: “(...) saber até que ponto pode se afirmar que u único tipo de
estrutura social prevalece alongo da região kachin. É legítimo pensar que a
sociedade kachin é organizada em toda parte segundo um conjunto particular
de princípios, ou será que essa categoria bastante vaga de kachin inclui
muitas formas diferentes de organização social?”
INTRODUÇÃO – pp. 65 a 80:

-” (...) conquanto modelos conceituais de socieddes sejam necessariamente modelos


de sistemas de equilíbrio, as sociedades reais não podem jamais estar em equilíbrio. A
discrepância está ligada ao fato de que, quando estruturas sociais expressam sob forma
cultural, a representação é imprecisa em comparação com a fornecida pelas categorias
exatas que o sociólogo, qua cientista, gostaria de empregar. (...) Sustento que essa
estrutura social em situações práticas (em contraste com o modelo abstrato do
antropólogo) consiste num conjunto de idéias sobre a distribuição de poder entre
Parte I: O problema e seu cenário

pessoas e grupo de pessoas. Os indivíduos podem nutrir, e nutrem, idéias


contraditórias e incongruentes sobre esses sistema.”
Quando nos referimos a mudança estrutural, temos de considerar
-Estrutura social não apenas as mudanças na posição dos indivíduos com respeito a
um sistema ideal de relacionamentos de status, mas também nas
mudanças no próprio sistema ideal de relacionamentos: ou seja,
mudanças na estrutura do poder”
-”As estruturas que o antropólogo descreve são modelos que existem apenas em sua
própria mente na forma de construções lógicas.”
- “Toda sociedade real é m processo no tempo. As mudanças que resultam desse
processo podem ser discutidas sob dois ângulos. Primeiro existem as que são coerentes
com uma continuidade da ordem formal existente(...), as mudanças são parte do
processo de continuidade. Não há mudança na estrutura formal. Segundo, existem
mudanças que de fato refletem modificações na estrutura formal (...) , podemos falar de
mudança na estrutura formal.”
INTRODUÇÃO – pp. 65 a 80:

Unidades sociais

-Conceito Radcliffe-Brown: “alguma localidade conveniente” -> insatisfatório


-Conceito Nadel: “qualquer unidade política autônoma” -> incompleto
-As unidades na Região das Colinas de Kachin variam grandemente de tamanho e
parecem ser intrinsecamente instáveis.
-Os vários tipos de sistemas políticos diferem uns dos outros não só em escala mas
Parte I: O problema e seu cenário

também nos princípios formais à luz dos quais são organizados: pequenas unidades
se desenvolvem em unidades maiores e as grandes unidades se fragmentam em
menores.
-“(...)não é uma simples parte d processo de continuidade estrutura; não é apenas
um processo de segmentação e agregação, é um processo que envolve mudança
estrutural.”

Sistemas de modelo

-sistemas de modelo= “o modo como o sistema social opera”


-Diferentes partes de um sistema de modelo= formam um todo coerente, um
sistema em equilíbrio
-”Em situações como as que encontramos na região das Colinas de Kachin,
podemos considerar que qualquer indivíduo particular detém uma condição social
em sistemas sociais diferentes ao mesmo tempo. Para o próprio indivíduo, tais
INTRODUÇÃO – pp. 65 a 80:

sistemas apresentam-se como alternativas ou incongruências no esquema de valores


pelo qual ele ordena sua vida. O processo global de mudança estrutural realiza-se
por meio da manipulação dessas alternativas como forma de progresso social. Todo
indivíduo de uma sociedade, cada qual em se próprio interesse, se empenha em
explorar a situação à medida quea percebe e, ao fazê-lo, a coletividade de indivíduos
altera a estrutura da própria sociedade.”
Parte I: O problema e seu cenário

-Ex: um kachin assume os nomes e títulos de um príncipe chan a fim de justificar sua
pretensão à aristocracia (sistema chan de governo – hierarquia feudal), mas que
apela simultaneamente a princípios gumlao de igualdade a fim de fugir a obrigação
de pagar direitos feudais ao seu próprio chefe tradicional (sistema gumlao
essencialmente anarquista e igualitário)

-sistema gumsa: um terceiro modelo estático entre o gumlao e o chan -> entretanto
as comunidades gumsa não são estáticas

- “A organização social kachin, tal como é descrita nos relatos etnográficos existentes,
é sempre o sistema gumsa; mas a minha tese é que esse sistema considerado em si
mesmo é realmente incompreensível, pois está cheio de contradições inerentes. (...)
No campo da realidade social, as estruturas políticas gumsa são essencialmente
instáveis, e sustento que elas só tornam plenamente inteligíveis em termos de
contraste apresentado pelos tipos polares de organização gumlao e chan. “
INTRODUÇÃO – pp. 65 a 80:

-Mudança estrutural e o poder de ação dos indivíduos:


“Os indivíduos exercem poder somente em sua capacidade de pessoas
sociais. (...) suponho que os indivíduos que se defrontam com uma
escolha de ação irão geralmente usar tal escolha para adquirir poder,
vale dizer, procurarão o reconhecimento como pessoas sociais que
Parte I: O problema e seu cenário

têm poder; ou para me servir de uma linguagem diferente, ele


procurarão ter acesso ao cargo o ao apreço de seus companheiros
que pode levá-los ao cargo.”

-A peculiaridade do tipo de situação nas Colinas de Kachiné que um indivíduo


pode pertencer a mais de um sistema de apreço, e que esses sistemas podem
não ser coerentes. A ação que é meritória segundo as idéias chans pode ser
tachada de humilhante no código gumlao.

Ritual

- Conceito de ritual:”serve para expressar o status do indivíduo enquanto


pessoa social no sistema estrutural em que ele se encontra temporariamente.”
INTRODUÇÃO – pp. 65 a 80:

-Ritual e dicotomias:
Durkheim: ritos religiosos=sagrado/ atos técnicos=profano
Malinowski: ritos mágico-religiosos=sagrado/ atos técnicos=profano
Mauss: ritos religiosos= sagrado/ atos mágico-técnicos=profano

Sagrado e o profano são encarados como totalidades


Parte I: O problema e seu cenário

-Ritual é pois uma palavra usada para descrever as ações sociais que ocorrem em
situações sagradas.

-Malinowski -> considera as ações no tocante a seus fins -> “necessidades básicas”
-Considerando o plantio do arroz um ato técnico, pois possui uma funcionalidade
definida, então para que serviriam os adornos e ornatos envolvidos na atividae
então por isso classificados como supérfluos? Presença de um elemento funcional e
outro de costume local.

- Se quisermos entender normas éticas de uma sociedade, é a estética que


devemos estudar ( e não classificá-la como irrelevante como feito por Malinowski,
como fim de prevalecer uma classificação). Na origem, ospormenores do costume
podem ser um acidente histórico; mas para os indivíduos que vivem numa
sociedade tais pormenores unca podem ser irrelevantes, são parte do sistema total
de comunicaçãointerpessoal dentro do grupo.São ações simbólicas, representações
INTRODUÇÃO – pp. 65 a 80:

-Durkheim->as representações coletivas estavam confinadas a esfera do sagrado,


desde que corroborassem com a dicotomia do sagrado e do profano-> as ações
parecem acontecer num escala contínua, são inteiramente profanas (pura e simples
técnica, funcionais)ou inteiramente sagradas (estéticas, não funcionais).
-as ações sociais se localizam entre esses dois extremos, esses que caracterizam
aspectos das ações e não elas propriamente ditas.
-Ex: sacrifício nat galaw (significa boa festa)-> o que ocorre no matadouro, cozimento
Parte I: O problema e seu cenário

e distruição da carne é irrelevante para os kachin durante o ato religioso

-O conceito de mito: “é a contrapartida do ritual; mito implica ritual, ritual implica


mito, ambos são uma coisa só e a mesma coisa.”
“(...) ação ritual e crença devem ser
entendidas como formas de afirmação
simbólica sobre a ordem social.”
-Se difere da doutrina clássica que os explicam como interdependentes e funcionais,
para esses rito é a dramatização do mito e mito seria a sanção o justificativa do rito.
-O mito encarado como uma afirmação em palavras “diz” a mesma coisa que o ritual
encarado como uma afirmação em ação. Indagar sobre o conteúdo da crença que não
está contido no conteúdo ritual é um contra-senso.
-Ex: diagrama de um desenho de um carro e a escrita “isso é um carro” –dizem a
mesma coisa
INTRODUÇÃO – pp. 65 a 80:

Interpretação
-”O ritual em seu contexto cultural é um modelo de símbolos ; as palavras
com que interpreto são outro modelo de símbolos composto largamente de
termos técnicos inventados por antropólogos – palavras como linhagem,
classe, status, etc. Os dois sistemas de símbolo têm algo em comum, a saber,
uma estrutura comum. De igual modo, uma partitura musical e sua execução
Parte I: O problema e seu cenário

têm uma estrutura comum. Isso é o que estou querendo dizer quando afirmo
que o ritual torna explícita a estrutura social.”

- “A estrutura que é simbolizada no ritual é o sistema das relações “corretas”


socialmente aprovadas entre indivíduos e grupos. Quando os homens estão
envolvidos em atividades práticas para satisfazer o que Malinowski denomina
“as necessidades básicas”, as implicações das relações estruturais podem ser
totalmente desprezadas;um chefe kachin trabalha em seu campo lado a lado
com o menor dos seus servos. Na verdade, estou preparado para afirmar que
o desprezo da estrutura formal é essencial para o prosseguimento das
atividades sociais informais ordinárias.”
INTRODUÇÃO – pp. 65 a 80:

Estrutura social e cultura

-”A cultura proporciona a forma, a “roupagem da situação social. Para mim a


situação social é um fator dado, é um produto e um acidente da história. (..)
Porém a estrutura da situação é largamente independente da sua forma
cultural. O mesmo tipo de relação estrutural pode existir em muitas culturas
Parte I: O problema e seu cenário

diferentes e ser simbolizado de maneiras correspondentemente diferentes.


(...) Em outras palavras não existe razão intrínseca pela qual as fronteiras
significativas dos sistemas sociais devam sempre coincidir com as fronteiras
culturais.”
Sociedade Kachin Sociedade Inglesa
-Ex: estrutura social casamento casamento
forma cultural simbolizado por m anel simbolizado por um turbante
*o mero fato de dois grupos pertencerem a culturas diferentes não implica que
pertençam necessariamente a sistemas sociais diferentes

- “a manutenção da diferença cultural e a insistência nessa diferença podem


por si mesmas tornar a ação ritual expressiva das relações sociais.”
INTRODUÇÃO – pp. 65 a 80:

-“Para os meus propósitos, o que tem significado real é o modelo estrutural


básico, e não o modelo cultura manifesto. Estou interessado não tanto na
interpretação estrutural de uma cultura particular, mas no modo como as
estruturas particulares podem admitir várias interpretações culturais e no
modo como estruturas diferentes podem ser representadas pelo mesmo
Parte I: O problema e seu cenário

conjunto de símbolos culturais. Ao tratar desse tema, procuro demonstrar um


mecanismo básico da mudança social.”
Referências bibliográficas:

KUPER, Adam. Histórias alternativas da antropologia social britânica. Texto


apresentado no encontro da EASA, “The future of Anthropology in Europe. 2004

GEERTZ, Clifford. A Interpretação das Culturas. 1973

SIGAUD, Lygia. Apresentação . Sistemas políticos da Alta Birmânia. 1995

FIRTH, Raymond. Prefácio. Sistemas políticos da Alta Birmânia. 1995

WAGNER, Roy. A Invenção da Cultura.2009

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