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Vida para consumo: A transformação das pessoas em mercadoria

 O mercado de trabalho quer um sujeito dotado de inteligência, mas que não


seja apegado à rotina, possa ser descartável facilmente sem problemas
futuros.
 A interminável obsessão em ser perfeito, mas perfeito aos olhos da “moda” do
momento, até que então a “moda” mude e a corrida em busca da perfeição,
sentimento de pertencer a um determinado grupo ou status social entre em um
looping infinito.
 O fato de termos perdido a total capacidade de relacionamento social,
principalmente amoroso nos fizeram indiferente ao próximo a ponto de escolher
nossos parceiros nas vitrines que se tornaram as redes sociais, e buscamos
estar perfeitos nessa vitrine afinal, queremos ser escolhidos.
 O consumidor como mercadoria já que as empresas escolhem consumidores
com status de rentáveis, a publicidade não é para aquele desprovido de
dinheiro nem a sociedade em que ele tenta pertencer sem sucesso.
 A subcategoria tratada como parasitas da sociedade sem nada a oferecer,
deviam desaparecer para então os problemas da alta sociedade se
extinguirem.

Na sociedade de consumidores, ninguém pode se tornar sujeito sem primeiro virar


mercadoria, e ninguém pode manter segura sua subjetividade sem reanimar,
ressuscitar e recarregar de maneira perpétua as capacidades esperadas e exigidas de
uma mercadoria vendável. A “subjetividade” do “sujeito”, e a maior parte daquilo que
essa subjetividade possibilita ao sujeito atingir, concentra-se num esforço sem fim para
ela própria se tornar, e permanecer uma mercadoria vendável [BAUMAN, 2007, pg,
20].

Pode-se dizer que o “consumismo” é um tipo de arranjo social resultante da


reciclagem de vontades, desejos e anseios humanos rotineiros, permanentes e, por
assim dizer, “neutros quanto ao regime”, transformando-os na principal força
propulsora e operativa da sociedade, uma força que coordena a reprodução
sistemática, a integração e a estratificação sociais, além de formação de indivíduos
humanos, desempenhando ao mesmo tempo uma papel importante nos processos de
auto identificação individual e de grupo, assim como na seleção e execução de
políticos de vida individuais [BAUMAN, 2007, pg, 41].

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